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Sumário

Introdução.................................................................................................................................2
Objectivo Geral...........................................................................................................................2
Objectivos Específicos................................................................................................................2
Fundamentação Teórica...........................................................................................................3
Bases da organização dos elementos....................................................................................3
Tentativas da Organização dos Elementos da Tabela Periódica......................................5
Antoine Lavoisier Antoine Lavoisier (1770/1789).............................................................6
Jöns Jakob Berzelius Jakob Berzelius.................................................................................6
Johann Döbereiner...............................................................................................................7
John Newlands.....................................................................................................................7
Lothar Meyer.......................................................................................................................7
Dimitri Ivanovich Mendeleev..............................................................................................7
William Ramsay..................................................................................................................9
Henry Moseley.... Lei Periódica..........................................................................................9
Glenn Seaborg... O último retoque......................................................................................9
Organização da Tabela Periódica........................................................................................9
Propriedades Periódicas e não periódicas.........................................................................13
Conclusão.................................................................................................................................23
Bibliografia..............................................................................................................................23
Introdução

Com esse trabalho pretendemos aprofundar os nossos conhecimentos da tabela periódica, que
é uma forma de organização dos elementos químicos em ordem crescente de número atômico
e de recorrência de suas propriedades físico-químicas. A classificação dos elementos em
formato de tabela foi proposta por Dmitri Mendeleev em 1869, o qual foi responsável por
identificar e agrupar elementos químicos com propriedades similares em uma mesma coluna.
Inicialmente, Mendeleev utilizou a massa atômica como critério de organização dos
elementos. Porém, em 1913, Henry Moseley descobriu o número atômico, e a tabela periódica
passou a ser ordenada de acordo com o número crescente de protões no átomo, assumindo a
configuração atual. A disposição dos elementos na tabela periódica permite reconhecer a
tendência de variação de algumas de suas propriedades físico-químicos ao longo de um grupo
ou de um período da tabela. E por ser um estudo muito amplo abordaremos principalmente
sobre as bases e tentativas da organização dos elementos da tabela periódica, como está
organizada a tabela periódica, e sobre as propriedades periódicas e não periódicas.

Objectivo Geral
 Entender a organização dos elementos químicos e suas propriedades.

Objectivos Específicos
 Compreender a estrutura e organização dos elementos Químicos
 Identificar tendências periódicas
 Relacionar Estrutura atómica com propriedades químicas.

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Fundamentação Teórica

Bases da organização dos elementos


A base da organização dos elementos na tabela periódica é o número atômico, que
representa o número de protões presentes no núcleo de um átomo. A tabela periódica é
organizada de forma que os elementos são dispostos em ordem crescente de número atômico,
o que significa que cada elemento é colocado em uma posição que reflete seu número de
protões. A tabela periódica também exibe tendências periódicas, como o raio atômico,
eletronegatividade e afinidade eletrônica, que são propriedades que variam de forma
previsível de acordo com a posição do elemento na tabela.

O número atômico costuma aparecer ao lado do símbolo do elemento químico subscrito


(no canto inferior) à esquerda. Exemplo: 1H.

No estado fundamental, o número atômico é igual à quantidade de eletrões, tendo em vista


que nesse estado o elemento é neutro, portanto, a quantidade de cargas positivas (protões)
precisa ser igual à quantidade de cargas negativas (eletrões) do átomo.

O número atômico é importante porque é ele que determina as principais características e


propriedades do elemento, além do seu comportamento e localização na Tabela Periódica. Os
elementos estão alistados na Tabela Periódica em ordem crescente de número atômico, que
geralmente aparece acima do elemento, como será ilustrado abaixo. Nota-se que o primeiro
elemento é o hidrogênio, H (Z= 1), seguido do hélio, He (Z=2), depois vem o lítio, Li (Z = 3),
e assim sucessivamente.

Tabela: Número atômico dos elementos na Tabela Periódica

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Inclusive, podemos conceituar um elemento químico como sendo “um conjunto de átomos
que possui o mesmo número atômico”. Desse modo, quando falamos, por exemplo, no
elemento químico oxigênio, estamos falando dos átomos com número atômico 8. Abaixo
temos os átomos dos elementos químicos dos períodos 1 e 2 da Tabela Periódica em ordem
crescente de número atômico:

Elementos químicos dos períodos 1 e 2 da Tabela Periódica em ordem crescente de número atômico

Os números atômicos foram definidos inicialmente pelo físico inglês Henry Gwyn
Jeffreys Moseley (1887-1915), sendo que ao realizar experiências envolvendo o
bombardeamento de vários elementos químicos com raios X, ele observou que a raiz
quadrada da frequência dos raios X produzidos pela emissão do núcleo atômico era
diretamente proporcional ao número atômico do elemento na Tabela Periódica. Com isso, ele
concluiu que o número atômico estava relacionado com as propriedades dos átomos porque
representava o número de cargas positivas no núcleo de cada átomo.

As ligações químicas não afetam o número atômico dos átomos, pois elas envolvem
somente os elétrons que estão na eletrosfera. No entanto, as reações nucleares envolvem o
núcleo atômico e, consequentemente, o número atômico está incluído também.

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Assim sendo, quando partículas (principalmente os nêutrons moderados) são bombardeadas
sobre um núcleo atômico pesado e instável, esse núcleo é quebrado e origina dois núcleos
atômicos menores, ou seja, com um número de prótons e nêutrons menor, liberando uma
quantidade colossal de energia. Já a fusão nuclear é o processo contrário, é quando dois
núcleos pequenos e leves unem-se, originando um núcleo maior e mais estável, liberando uma
quantidade ainda maior de energia.

Assim, sempre que ocorrem essas reações nucleares, originam-se novos elementos químicos,
pois os números atômicos dos elementos iniciais são diferentes dos números atômicos dos
elementos finais. Por exemplo, veja abaixo que a fissão do urânio-235 de número atômico 92
dá origem ao bário (Z = 56), ao criptônio (Z = 36) e a três nêutrons:

Reação de fissão nuclear do urânio-235

Tentativas da Organização dos Elementos da Tabela Periódica


No mundo que nos rodeia encontra-se uma enorme diversidade de materiais e de
substâncias que os constituem. Mas, a grande variedade de substâncias obtém-se a partir de
um número muito mais reduzido de elementos químicos que, actualmente, se encontram
organizados numa tabela – a Tabela Periódica dos Elementos (TP). Um pré-requisito
necessário para construção da tabela periódica, foi a descoberta individual dos elementos
químicos. Embora os elementos, tais como ouro (Au), prata (Ag), Estanho (Sn), cobre (Cu),
chumbo (Pb) e mercúrio (Hg) fossem conhecidos desde a antiguidade. A primeira descoberta
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científica de um elemento, ocorreu em 1669, quando o alquimista Henning Brand descobriu
o fósforo. Durante os 200 anos seguintes, um grande volume de conhecimento relativo às
propriedades dos elementos e seus compostos, foram adquiridos pelos químicos. Com o
aumento do número de elementos descobertos, os cientistas iniciaram a investigação de
modelos para reconhecer as propriedades e desenvolver esquemas de classificação.

Antoine Lavoisier Antoine Lavoisier (1770/1789)


Nasceu em Paris e foi um químico Francês considerado o “Pai” da Química.

 Foi o primeiro cientista a enunciar o princípio da conservação da matéria;


 Identificou e baptizou o Oxigénio;
 Escreveu a primeira lista extensiva que continha 33 elementos;
 Distinguiu metais de não metais;
 Contestou a teoria Flogística (segundo o químico Stahl os corpos combustíveis
possuiriam uma matéria chamada flogisto, libertada para o ar durante os processos de
combustão.);
 Participou na reforma da nomenclatura química.

Foi Lavoisier que descobriu que a água é uma substância composta, formada por dois
átomos de Hidrogénio e um átomo de Oxigénio (H2O). Em 1789, Lavoisier formulou a
conservação da matéria - “Na Natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”.

Jöns Jakob Berzelius Jakob Berzelius


Nasceu a 20 de Agosto de 1779 na Suécia, e faleceu em 1848. Foi um químico Sueco que se
afirmou como um dos fundadores da Química moderna.

 Durante uma década estudou cerca de dois mil compostos químicos, descrevendo
vários elementos químicos até então desconhecidos, como por exemplo o Selénio
(1817);
 Separou pela primeira vez o Silício, o Zircónio e o Titânio.
 Introduziu os conceitos de isometria, halogéneos, acção catalítica e radical orgânico;
 Construiu uma tabela de “pesos atómicos”;
 Introduziu as letras para simbolizar os elementos.

Jakob Berzelius estudou os fenómenos eletroquímicos. Estudou o comportamento dos sais de


alguns ácidos e dos sais de amónio. Determinou o peso atómico de 43 elementos, entre os
quais, o Bário, o Silício, o Cálcio, etc. Determinou massas atómicas, e tomou o oxigénio
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como base, os resultados foram apresentados em 1818 numa tabela de massas atómicas de 42
elementos.

Johann Döbereiner
Johann Wolfgang Dobereiner, nasceu em dezembro de 1780 e faleceu em março de 1849,
foi professor de química na Universidade de Lena.

 Organizou as “tríades”, grupo de 3 elementos com propriedades físicas semelhantes;


 Iniciou a noção de grupo;
 Contribuiu para o desenvolvimento da tecnologia dos vidros ópticos.

Johann começou a estudar a lista dos elementos conhecidos, registando as suas propriedades e
pesos atómicos, e acabou por descobrir dois grupos de elementos com o mesmo padrão.

John Newlands
John Alexander Newlands nasceu em 1837 e faleceu em 1898 foi um químico Inglês.

 Organizou os elementos por ordem de “pesos atómicos;


 Propôs a Lei da Oitavas;
 Iniciou a noção de período.

John usou o exemplo das notas musicais (dó, ré, mi, fá,.) para ordenar os elementos químicos,
pois esta foi uma tentativa de ordenação que mostrava uma certa periodicidade, apesar de
muitos químicos não terem concordado com a ideia.

Lothar Meyer
Julius Lothar Meyer nasceu em 1830, em Varel, e morreu em 1895. Foi um químico Alemão.

 Compilou uma tabela periódica de 56 elementos baseada na periodicidade das


propriedades com o volume molar em função de “peso atómico”;
 Procurou calcular o volume atómico dos elementos descobertos.

Meyer e Mendeleev produziram as suas tabelas periódicas simultaneamente.

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Dimitri Ivanovich Mendeleev
Dmitri Mendeleev foi um professor universitário da Rússia que fez uma importante
descoberta na história da Ciência, enquanto estava a escrever um livro de Química.
Mendeleev registou as propriedades de cada um dos elementos químicos conhecidos (na
época eram 63; hoje são mais de 100) em fichas de papel, cada ficha para um elemento.
Trabalhou as fichas, na tentativa de encadear as ideias. Antes de escrever determinada parte
da obra, Mendeleev percebeu algo extraordinário. Nessa época havia evidências científicas de
que os átomos de cada elemento têm massas diferentes. Mendeleev organizou as fichas de
acordo com a ordem crescente da massa dos átomos de cada elemento. Distribuindo-as em 8
colunas verticais e 4 linhas horizontais às quais deu o nome de grupos. Apercebeu-se que
nessa sequência havia intervalos regulares, elementos com propriedades semelhantes, de
modo semelhante ao que Newlands tinha feito. Havia uma periodicidade, ou seja, uma
repetição nas propriedades dos elementos. Entre os muitos exemplos de elementos com
propriedades semelhantes, podemos evidenciar:

 Sódio (Na), potássio (K) e rubídio (Rb) - reagem explosivamente com a água;
combinam-se com o cloro e o oxigênio formando, respectivamente compostos de
fórmulas ECl e E2O (E representa o elemento);
 Magnésio (Mg), cálcio (Ca) e estrôncio (Sr) - reagem com água, mas não tão
violentamente; combinam-se com o cloro e o oxigênio formando, respectivamente,
compostos de fórmulas ECl2 e EO.

Em 1869, Mendeleev pôde organizar os elementos numa tabela, onde os elementos com
propriedades semelhantes apareciam numa mesma coluna.

Organizou melhor a sua descoberta e percebeu que parecia faltar alguns elementos para
que ela ficasse completa. Mendeleev resolveu, então, deixar alguns locais em branco nessa
tabela, julgando que algum dia alguém descobriria novos elementos químicos que pudessem
ser encaixados nesses locais, com base nas suas propriedades. Mendeleev até preveu algumas
das propriedades que esses elementos teriam. Abaixo do silício, por exemplo, Mendeleev
presumiu que deveria existir um elemento que ele denominou eka-silício e cujas propriedades
preveu. Esse elemento foi descoberto em 1886 pelo alemão Clemens Winkler, que o chamou
de germânio. As propriedades do germânio são muito próximas das previstas por Mendeleev.
Admitiu que as massas atómicas de alguns elementos estavam erradas. Inverteu as suas
posições, como por exemplo no caso do telúrio e do iodo. Em 1871, ele publicou uma versão

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aperfeiçoada do seu trabalho. O mérito de Mendeleev foi de ser o primeiro a fazer uma
extensiva organização dos elementos com base nas suas propriedades, realizando pequenas
modificações necessárias e deixar locais para elementos que poderiam existir, mas que ainda
não tinham sido descobertos. Além do germânio, outros elementos cuja existência foi prevista
por Mendeleev foram descobertos posteriormente como o escândio (Sc), o gálio (Ga) e o
polônio (Po). E as propriedades desses elementos são iguais às previstas por ele ou bastante
próximas.

William Ramsay
Descobriu os gases raros.

Henry Moseley.... Lei Periódica


Em 1913 e 1914, o inglês Henry Moseley fez importantes descobertas a trabalhar com
uma complexa técnica envolvendo raios X. Ele descobriu uma característica numérica nos
átomos de cada elemento que ficou conhecida como número atómico e que posteriormente foi
associada ao número de protões. Os elementos não estão apresentados na tabela periódica
actual por ordem crescente de massa atómica, mas sim por ordem crescente de número
atómico. Hoje sabe-se que quando os elementos químicos são organizados em ordem
crescente de número atómico, ocorre uma periodicidade nas suas propriedades, ou seja,
repetem-se regularmente elementos com propriedades semelhantes. Essa regularidade da
natureza é conhecida como Lei Periódica dos Elementos, de modo geral, à medida que o
número atómico cresce, a massa atómica também cresce. Há apenas quatro casos de
elementos consecutivos na tabela em que o de menor número atómico apresenta a maior
massa atómica.

Glenn Seaborg... O último retoque


Glenn Seaborg foi quem fez a última modificação na tabela periódica, durante a década
de 50. A partir da descoberta do plutónio em 1940, Seaborg descobriu todos os elementos
transurânicos. Reconfigurou a tabela periódica colocando a série dos actnídeos abaixo da série
dos lantanídeos. Em 1951, Seaborg recebeu o Prémio Nobel da química, pelo seu trabalho. E
o elemento 106 tabela periódica é chamado seabórgio, como sua homenagem. O sistema de
numeração dos grupos da tabela periódica, usados actualmente, é recomendado pela União
Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC). A numeração é feita em algarismos
arábicos de 1 a 18, começando a numeração da esquerda para a direita, sendo o grupo 1, o dos
metais alcalinos e o 18, o dos gases nobres.

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Organização da Tabela Periódica
Dmitri Ivanovich Mendeleev (1834-1907) foi considerado o “pai da Tabela Periódica”,
pois em 1869 ele organizou os elementos químicos em filas horizontais em ordem crescente
de massa atômica e mostrou que nas linhas verticais havia elementos com propriedades
químicas e físicas semelhantes.

Foi o primeiro trabalho que conseguiu relacionar as propriedades periódicas (que se


repetiam em intervalos regulares) dos elementos. Seu trabalho foi tão impressionante que
Mendeleiev conseguiu até mesmo prever a existência de determinados elementos que ainda
não haviam sido descobertos, onde eles ficariam na Tabela Periódica e quais seriam as suas
propriedades.

No entanto, em 1913, o físico inglês Henry Moseley realizou experimentos com raios X
e descobriu o número atômico (Z) dos elementos químicos, ou seja, a quantidade de protões
que há no núcleo dos átomos de cada elemento. Ele provou que as propriedades dos
elementos tinham relação não com a massa atômica, como dizia Mendeleiev, mas sim com o
número atômico.

Por isso, a Tabela Periódica atual é organizada em linhas horizontais em ordem crescente
de número atômico. Tanto que o primeiro elemento químico que aparece da esquerda para a
direita na parte superior é o hidrogênio, que é o elemento de menor número atômico, 1. Logo
à sua direita vem o hélio, He, com número atômico igual a 2, depois vem o lítio, com número
atômico igual a 3, seguido do berílio, Be, de número atômico igual a 4, e assim por diante.

Essa classificação crescente de números atômicos permite organizar os elementos


em grupos ou famílias (colunas) que possuem propriedades semelhantes, além disso, as linhas
horizontais também nos revelam particularidades a respeito dos átomos dos elementos.
Observe como se dá essa organização:

Grupos ou famílias – Colunas:

As colunas são chamadas de grupos ou famílias. Esses nomes são bem apropriados, pois
os membros de uma família possuem várias características físicas, emocionais e psicológicas
semelhantes; além disso, os membros de um grupo específico possuem também objetivos e
gostos similares. Da mesma forma, os elementos pertencentes a um mesmo grupo ou a uma
mesma família da Tabela Periódica possuem propriedades físicas e químicas semelhantes.

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Isso acontece porque os elementos químicos que estão em uma mesma família possuem a
mesma quantidade de eletrões na camada de valência, isto é, na última camada eletrônica:

 Família 1: possuem todos 1 eletrão na camada de valência;


 Família 2: possuem todos 2 eletrões na camada de valência;
 Família 13: possuem todos 3 eletrões na camada de valência;
 Família 14: possuem todos 4 eletrões na camada de valência;
 Família 15: possuem todos 5 eletrões na camada de valência;
 Família 16: possuem todos 6 eletrões na camada de valência;
 Família 17: possuem todos 7 eletrões na camada de valência;
 Família 18: possuem todos 8 eletrões na camada de valência.

Segundo a IUPAC (União Internacional da Química Pura e Aplicada), atualmente as famílias


da Tabela Periódica devem ser ordenadas de 1 a 18. Algumas dessas famílias possuem nomes
especiais, que são muito usados:

 Família 1: Metais alcalinos;


 Família 2: Metais alcalinoterrosos;
 Família 16: Calcogênios;
 Família 17: Halogênios;
 Família 18: Gases Nobres.

Organização das famílias da tabela periódica

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Ainda hoje existem Tabelas Periódicas que usam a numeração antiga, que usava números
acompanhados das letras “A” ou “B”. Essas letras eram usadas para representar mais alguns
subgrupos dos elementos, que são: elementos representativos e elementos de transição
(externa e interna).

 Elementos representativos: Antigamente eram todos os membros das famílias que


tinham o número acompanhado da letra “A” (1A, 2A, 3A, 4A, 5A, 6A, 7A e 8A).
Hoje eles estão nas famílias 1, 2, 13 a 18. São os elementos mais importantes da
Tabela Periódica e são os mais estudados no Ensino Médio. Todos os elementos
representativos possuem o seu elétron mais energético situado nos subníveis “s” ou
“p”.
 Elementos de transição: Antigamente eram todos os membros das famílias que tinham
o número acompanhado da letra “B” (1B, 2B, 3B, 4B, 5B, 6B, 7B e 8B), mas hoje são
os membros das famílias 3 a 12. Esses elementos estão representados na região central
da Tabela. Todos os elementos de transição possuem o seu elétron mais energético
situado nos subníveis “d” ou “f”.

a) - Elementos de transição externa: São aqueles que estão expostos regularmente


como os demais elementos na Tabela Periódica. Eles estão representados na região
central da Tabela. Seus eletrões mais energéticos ficam no subnível “d”.
b) - Elementos de transição interna: esses elementos estão abaixo do corpo principal
da Tabela e são duas séries: a série dos lantanídeos e a série dos actinídeos. Seus
eletrões mais energéticos ficam no subnível “f”.

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Elementos representativos e de transição na Tabela Periódica

 Períodos – Linhas:

As sete linhas horizontais que aparecem na Tabela Periódica são os períodos e indicam a
quantidade de camadas eletrônicas que os átomos de tais elementos possuem. Por exemplo,
todos os elementos do primeiro período (primeira linha) da Tabela Periódica possuem apenas
uma camada eletrônica, a camada K; enquanto isso, todos os elementos do segundo período
têm duas camadas eletrônicas, as camadas K e L, e assim por diante.

Organização dos períodos da tabela periódica

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Propriedades Periódicas e não periódicas
Podemos usar a Tabela Periódica dos elementos químicos para relacionar algumas de
suas propriedades. Entre elas, temos as propriedades periódicas e as não periódicas, A palavra
“periódica” é usada para se referir a alguma coisa que se repete em períodos regulares.

De modo similar, as propriedades periódicas são aquelas que variam periodicamente ao longo
da Tabela Periódica, ou seja, à medida que o número atômico aumenta, tais propriedades
assumem valores semelhantes para intervalos regulares.

As principais propriedades periódicas são:

Raio Atómico
Não é possível determinar com precisão o raio atômico (distância do núcleo até a camada
ou nível de energia mais externo) de um átomo isolado, porém é possível calcular qual é esse
raio por meio da distância entre os núcleos de dois átomos de um mesmo elemento, sem
estarem ligados e considerando o átomo como esferas.

Isso acontece quando se incide um feixe de raios X sobre uma amostra de um material
sólido formado por átomos ou íons do mesmo elemento. Esses raios sofrem uma deflexão e
são registrados em uma chapa fotográfica, na qual é possível visualizar a localização desses
átomos, bem como a distância entre seus núcleos.

Essa distância entre os núcleos pode ser considerada como igual ao diâmetro de cada
átomo, pois se trata de átomos iguais. Visto que a metade do diâmetro equivale ao mesmo que
o raio, é só dividir esse valor para encontrar o raio atômico.

Por exemplo, a distância entre dois núcleos de átomos de ferro é igual a 2,48 Å (1 angtröm
(Å) = 10-1 nm). Isso significa que o raio atômico do ferro é 1,24 Å.

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O raio atômico é uma propriedade periódica, isso significa que à medida que o
número atômico aumenta, os raios atômicos dos elementos da tabela periódica assumem
variações fixas, isto é, os tamanhos dos raios atômicos variam de forma periódica de acordo
com a família e o período do elemento.

Variação do raio atómico na mesma família


A diferença de um elemento para o outro em uma mesma família na Tabela Periódica é
que, de cima para baixo, o número de camadas eletrônicas aumenta. Com isso, o raio atômico
também aumentará.

Observe como isso ocorre com os elementos da família 1 da Tabela Periódica:

Variação do tamanho do raio atômico na família 1 da tabela periódica.

Variação do raio atômico no mesmo período:


Todos os elementos que pertencem ao mesmo período na Tabela Periódica possuem a
mesma quantidade de camadas ou níveis de energia, portanto não são as camadas que irão
alterar o tamanho do raio atômico. A diferença de um para o outro é que o número atômico,
isto é, a quantidade de prótons no núcleo vai aumentando da esquerda para a direita, ou seja,
com o aumento das famílias, a atração dos elétrons pelo núcleo também aumenta.
Consequentemente, o tamanho do raio atômico diminui.

Assim, conclui-se que:

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Abaixo temos o exemplo de como isso ocorre no segundo período da Tabela Periódica:

Variação do tamanho do raio atômico no segundo período da tabela periódica.

Portanto, podemos representar a variação do raio atômico na tabela periódica da seguinte


forma:

Relação da variação do raio atômico na tabela periódica

Energia de Ionização
Um átomo ou íon que esteja na fase gasosa perde elétrons desde que receba uma energia
suficiente, que é denominada energia (ou potencial) de ionização.

A energia fornecida para se retirar o primeiro elétron, isto é, o elétron mais afastado do
núcleo, que se encontra na camada de valência, é denominado primeira energia de
ionização. Seu valor é menor do que uma segunda energia de ionização, que é fornecida para
se retirar um segundo elétron, e assim sucessivamente. Isso ocorre porque, quando retiramos
um elétron, a quantidade de elétrons na eletrosfera do átomo diminui, aumentando a força de
atração com o núcleo e, consequentemente, será necessária uma energia maior para retirar o
próximo elétron. Isso pode ser visto pelos dados experimentais abaixo, que mostram a retirada
de 3 elétrons do nível de energia mais externo (3 s2 3 p1) de um átomo de alumínio (Al(g)):

Al + 577,4 kJ/mol →13Al1+ + e-


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13 Al1+ + 1816,6 kJ/mol →13Al2+ + e-


13 Al2+ + 2744,6 kJ/mol →13Al3+ + e-
13Al3+ + 11575,0 kJ/mol →13Al4+ + e-

Observe que a energia de ionização aumenta da seguinte forma:


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1ª E.I < 2ª E.I < 3ª E.I. <<< 4ª E.I.

Cada vez que se retira um elétron e o raio atômico diminui, maior se torna a atração
exercida pelos prótons do núcleo sobre os elétrons mais externos; e maior se torna a repulsão
exercida pelos elétrons mais internos, por isso se estabelece a seguinte regra:

Com base nesse pressuposto, podemos definir como essa propriedade varia em relação aos
elementos situados numa mesma família ou num mesmo período na tabela periódica:

 Na mesma família: o tamanho do átomo geralmente aumenta à medida que o número


de níveis ou camadas aumenta. Assim, o raio atômico vai aumentando e a energia de
ionização vai diminuindo de cima para baixo. Podemos dizer que a energia de
ionização dos elementos de uma mesma família cresce no sentido de baixo para cima.
 No mesmo período: os átomos apresentam a mesma quantidade de níveis. No entanto,
à medida que o número de prótons aumenta, aumenta também a atração exercida sobre
os elétrons, então o raio atômico vai diminuindo e a energia de ionização vai
aumentando. Temos que a energia de ionização dos elementos de um mesmo
período cresce no sentido da esquerda para a direita.

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Eletroafinidade ou Afinidade Eletrônica
Conforme o próprio nome diz, essa energia é definida assim porque ela mede o grau de
afinidade ou a atração do átomo pelo elétron adicionado. Pode-se equacionar esse fenômeno
conforme mostrado abaixo para um átomo genérico X:

X0(g) + e- → X-(g) + Energia

A unidade geralmente usada para expressar a eletroafinidade é o elétron-volt (eV), que


mede, por assim dizer, a intensidade com que o átomo “segura” o elétron.

Essa medida é muito difícil de ser feita experimentalmente; e por isso ainda não foi definida
para todos os elementos da tabela periódica, como, por exemplo, para os gases nobres e os
metais alcalinoterrosos. Mas essa propriedade é especialmente importante para os ametais,
principalmente para os halogênios e o oxigênio. Com base nos valores que já se obteve para
esses e outros elementos da tabela periódica, pode-se fazer uma relação do seu aumento em
relação a elementos numa mesma família e período:

 Na mesma família: a eletroafinidade costuma aumentar de baixo para cima;


 No mesmo período: a eletroafinidade geralmente aumenta da esquerda para a direita.

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Eletronegatividade
Eletronegatividade: força de atração exercida sobre os elétrons de uma ligação. Ela é
considerada como uma propriedade periódica, ou seja, à medida que o número atômico
aumenta, assume valor crescente ou decrescente em cada período da tabela de elementos.

Os átomos exercem uma força de atração sobre os elétrons de uma ligação, e essa força
se relaciona com o raio atômico: quanto menor o tamanho do átomo, maior será a força de
atração. Eletronegatividade é a capacidade que determinados átomos possuem de atrair
elétrons.
A maneira de saber sobre a eletronegatividade de um átomo é observando sua posição na
Tabela Periódica, a Eletronegatividade cresce de baixo para cima e da esquerda para a direita.

Eletropositividade
Eletropositividade é uma propriedade periódica que indica a tendência de um átomo
perder elétrons numa ligação química. A partir dessa perda, são formados cátions. Os cátions
são íons (átomos eletrizados) que têm mais prótons do que elétrons, logo, apresentam carga
positiva. O aumento ou redução da eletropositividade nos elementos químicos acontece no
mesmo sentido que o do raio atômico.

Se o número atômico é grande, o átomo tem mais camadas. Dessa forma, os elétrons
ficam mais distantes do seu núcleo, o que faz com que a carga negativa se afaste dele. A
eletropositividade é baixa nos elementos constantes no nível superior da tabela periódica. Ela
aumenta nos grupos quanto mais posicionados à esquerda eles estiverem.

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Assim, a eletropositividade aumenta nos elementos que têm raios maiores. Frâncio, Césio e
Rubídio são mais eletropositivos do que Flúor, Oxigênio e Nitrogênio. Por esse motivo é que
a eletropositividade também é conhecida como caráter metálico. Os metais são os elementos
mais eletropositivos.

Ponto de Fusão e Ponto de Ebulição


O Ponto de Ebulição (PE) de uma substância é a temperatura em que ela passa do estado
líquido para o gasoso (ou estado de vapor).

É importante ressaltar que ebulição é diferente de evaporação, pois apesar de ambas


serem a passagem do líquido para o gasoso, estes processos se dão de forma diferente. A
evaporação ocorre de forma lenta e somente na superfície da substância. Exemplos de
evaporação são: a roupa secando no varal e a evaporação de um rio. Já a ebulição é quando há
um aumento da temperatura e as moléculas passam para o estado gasoso de forma tumultuada
e em toda a sua extensão. Exemplo: quando se ferve a água em uma panela. Cada substância
tem um valor para o seu PE; o da água é de 100°C ao nível do mar. Se mudarmos a pressão,
não sendo ao nível do mar, este valor muda, ou seja, se aumentarmos a pressão, o PE
também aumentará e vice-versa.
Vale lembrar também que o valor do PE é igual ao do ponto de condensação ou
liquefação. O que determinará se está ocorrendo uma ebulição ou uma condensação será a
situação, ou seja, se está aquecendo ou resfriando o sistema. O Ponto de Fusão (PF) é a
temperatura em que certa substância passa do estado sólido para o líquido. Seu valor

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também é igual ao ponto de solidificação, pois é o caminho inverso, ou seja, a passagem do
líquido para o sólido. No caso da água, ao nível do mar, seu PF é de 0°C. Alguns exemplos de
PF e PE estão listados abaixo:

O PE e o PF são considerados propriedades periódicas, isto é, seus valores crescem ou


decrescem na medida em que o número atômico dos elementos químicos aumenta e que não
se repete em períodos determinados ou regulares.

Assim, na Tabela Periódica, a variação dos PF e PE pode ser representada conforme a figura
abaixo:

Por possuir o maior PF (3422°C) entre os metais, o tungstênio (W) é utilizado em filamentos
de lâmpadas incandescentes. Uma anomalia, que não segue esta representação periódica feita
acima, é o carbono. Ele possui PF= 3550°C e PE= 4287°C; isto ocorre porque este elemento
tem a propriedade de originar estruturas formadas por um grande número de átomos.

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Densidade
A densidade é uma característica dos elementos químicos. A variação da densidade
absoluta, no estado sólido, é uma propriedade periódica que aumenta de cima para baixo
(vertical) e das extremidades para o centro (horizontal) na Tabela Periódica.

Como podemos observar, os elementos mais densos estão no centro e na parte inferior da
tabela.

Volume atómico
O volume atômico é uma propriedade periódica dos elementos químicos. Todavia, antes
de um estudo mais detalhado sobre o assunto, é necessário deixar bem estabelecidos alguns
conceitos importantes. Denomina-se de volume o espaço que uma determinada matéria ocupa.
Já o volume atômico é a relação estabelecida entre a massa de um mol de átomos e a
densidade da substância simples (elemento químico) que esses átomos formam. Assim, o
volume atômico pode ser calculado com a seguinte fórmula:

M
VA =
Ds

 VA = Volume atômico
 M = Massa molar
 Ds = Densidade da substância

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Como é praticamente impossível determinar o volume (espaço) ocupado por um átomo,
utiliza-se no volume atômico a quantidade de 1 mol de átomos do elemento químico
(substância em questão) pelo fato de que, em 1 mol, há 6 , 02.1023 átomos.

Além da quantidade de átomos e da densidade da substância, o estudo do volume atômico


também leva em consideração a estrutura cristalina dos átomos. Isto ocorre porque, ao formar
a rede cristalina, os átomos podem estar mais ou menos compactados (próximos).

Propriedades não periódicas

São aqueles cujos valores só aumentam ou diminuem com o número atômico, mas não
obedecem à posição na Tabela, ou seja, não se repetem em períodos regulares.

Os dois principais exemplos de propriedades não periódicas são a massa atômica e


o calor específico. A massa atômica sempre aumenta com o número atômico, mas não diz
respeito à posição do elemento na Tabela. O calor específico (quantidade de calor necessária
para elevar em 1ºC a temperatura de 1 g do elemento) do elemento sólido sempre diminui
com o aumento do número atômico.

Conclusão
A tabela periódica de elementos químicos é uma das realizações mais significativas da
ciência, capturando a essência não só da química, mas também da física e da biologia. É uma
ferramenta única, permitindo aos cientistas prever o aspecto e as propriedades da matéria na
Terra e no resto do Universo. Em suma podemos observar o quanto os elementos químicos
estão relacionados ao nosso cotidiano. Podemos concluir também que a Tabela Periódica não
foi simplesmente inventada, mas foi criada a partir de poucos elementos e da sua
investigação, como é o caso do fósforo, o primeiro elemento a ser descoberto. A partir daí, a
Tabela Periódica foi sendo cada vez mais aperfeiçoada e completada com elementos que eram
descobertos, e comparados aos que já existiam. Bem como a grande importância dos
elementos e sua grande utilidade na vida de todo planeta.

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Bibliografia
 JOHNSON, R.B., ONWUEGBUZIE, A.J., TURNER, L.A. Toward a Definition of
Mixed Methods Research. Journal of Mixed Methods Research, v.1, n.2, p.112-133,
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prevista por redes neurais artificiais de Kohonen. Química Nova. v. 31, n.5 p. 1141-
1144, 2008.

 MELO, M. R. Estrutura atômica e ligações químicas - uma abordagem para o ensino


médio. 2002. Dissertação (mestrado) - Instituto de Química, Universidade Estadual de
Campinas, Campinas-SP, 2002.

 No Website: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tabela_peri%C3%B3dica

 No Website: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dmitri_Mendeleiev

 BROWN, T. L. et al. Química: a ciência central. 9. ed. São Paulo: Pearson Prentice
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 MAIA, D. J.; BIANCHI, J. C. de A. Química geral: fundamentos. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2007

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