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Michel
Diogénia João
Universidade Rovuma
Lichinga
2023
Adelino Miguel B. Michel
Diogénia João
Universidade Rovuma
Lichinga
2023
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1. Introdução
No presente trabalho iremos abordar sobre A teoria do produtor faz parte da microeconomia que
aborda o comportamento e a dinâmica do ponto de vista de negócios e produção, como a
preferência e a demanda do consumidor de acordo com um produto ou serviço específico. Dos
quais iremos nos focar mais no apuramento de resultado de acordo com os processos, no custo
baseado em actividades ou simplesmente CBA que é uma metodologia que mede o custo e o
desempenho de actividades, recursos e objectos de custos de uma determinada empresa e também
iremos abordar sobre o orçamento que é basicamente um plano de actividades futuras, que podem
ser realizadas dentro de um ano e reflecte nos departamentos e em todo o conjunto da empresa
em termos financeiros, fornecendo as bases para o bom desempenho da organização.
E iremos abordar também acerca do orçamento flexível que é um dos tipos de orçamento e que
iremos detalhar mais no decorrer do trabalho, bem como é feita a elaboração do orçamento e suas
fases e por fim a análise de desvios orçamentais.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivos gerais:
Fazer uma completa analise em relação a Teoria do Produto Geradora da Curva da Oferta.
A teoria do produtor investiga, entre outras coisas, a oferta e a demanda em torno de um produto
ou vários em um mercado com certas características; considera o comportamento dos produtores
diante de cenários económicos específicos e também trabalha sobre como os factores de produção
podem ser eficientemente combinados para fabricar e obter mercadorias.
Oferta é a quantidade de um determinado bem ou serviço que os produtores desejam vender por
unidade de tempo.
Lei de Oferta: Quanto maior for o preço de um produto, maior será a quantidade ofertada e
vice-versa
Curva de oferta refere-se à quantidade de um determinado produto que uma empresa está
disposta a vender a um preço hipotético, mantendo constante o restante dos factores que podem
alterar a quantidade oferecida. Existe uma ligação directa entre essa quantidade oferecida e o
preço: a um preço mais alto, maior lucro para a empresa, que, portanto, está disposta a vender o
máximo possível do produto.
Apuração de resultados significa mensurar se a empresa está obtendo lucro ou prejuízo no final
do período especificado. Com isso, ela se torna imprescindível na gestão económica financeira
dos negócios, pois os indicadores dessa demonstração serão o embasamento para as estratégias
futuras, assim mantendo ou recuperando a saúde financeira do empreendimento.
Para montar o relatório da apuração é preciso utilizar as contas de receitas, custos e despesas,
também conhecidas como contas de resultados. Contabilisticamente, a apuração do resultado é
apresentada anualmente com os demais demonstrativos contabilísticos obrigatórios para a
maioria das empresas.
Entretanto, para fins gerenciais, é essencial que o gestor estipule qual período pretende analisar.
Uma vez que cada empreendimento apresenta suas particularidades, esse relatório deve ser
voltado para as necessidades de cada empresa.
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Em situações em que o saldo seja positivo, isso significa que a empresa trabalha com o lucro.
Quando os custos e despesas são maiores que a soma das entradas do período, isso demonstra que
o empreendimento trabalha com saldo negativo.
2.3. O CBA – custos baseados das actividades ou ABC – activity based costing
2.3.1. Conceitos básicos
“Um método que permite medir o custo, o desempenho das actividades e dos
objectos de custo. Aloca-se o custo às actividades baseadas no uso que estas
fazem dos recursos, e aloca-se o custo aos objectos de custo baseado no uso que
estas fazem das actividades”.
Martins (2003, p. 87), enfatiza que o custeio baseado em actividades é uma metodologia de
custeio que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos
custos indirectos. Este sistema tem como fundamento básico a busca do princípio da causa, ou
seja, procura identificar de forma clara, por meio de rastreamento, o agente causador do custo,
para lhe imputar o valor.
De acordo com Cunha (2002), para implementação do método ABC é necessário ter em conta
algumas fases a seguir:
2.3.3.2. Desvantagens
As decisões estratégicas são tomadas pela sede como uma tomada de decisão geral;
A grande maioria dos custos é fixa;
A organização tem apenas um produto ou um pequeno grupo homogéneo de produtos;
Falta de conhecimento sobre as possíveis aplicações do modelo ABC;
Quando não é possível influenciar os preços de mercado as organizações colocaram em
causa a contribuição da informação do modelo ABC.
Hansen e Mowen (2007) afirmam que o orçamento consiste num plano financeiro abrangente
para a organização, que acarreta vários benefícios. Entre os quais se destacam a pressão sobre os
gestores para efectuarem o planeamento, a disponibilização da informação útil, que pode ser
usada para aperfeiçoar o processo de tomada de decisão, o apoio na definição da alocação dos
recursos que será, na sequência, usado na avaliação de desempenho, e o aperfeiçoamento da
comunicação e da coordenação.
2.4.1.1. Características
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De acordo com Tung (1994, p. 39) , Caiado (2009) e VanDerbeck (2010), pode-se concluir que
as principais características que o orçamento deve conter são:
Ter como base a conjuntura económica que a empresa enfrenta, com especial atenção para
as particularidades do sector, compreendendo de que forma se podem ultrapassar essas
ameaças externas e aproveitar as oportunidades.
Definir objectivos globais e objectivos específicos de cada departamento ou secção da
empresa é imprescindível. Esses objectivos devem ser claros, simples, quantificados,
exequíveis e sustentados.
Controlar e comparar os resultados previstos com a realidade deve ser realizado de forma
periódica e mais curta possível.
Ser um plano adaptável a circunstâncias inesperadas. A flexibilidade para se modificar o
plano é um factor importante, para que seja possível uma actuação mais rápida de acordo
com as novas condições.
Deve servir de base ao planeamento, coordenação, comunicação, motivação, controlo e
avaliação do desempenho organizacional.
De acordo com Leahy (2002) dentre as maiores falhas do processo orçamentário, temos:
Conduzir o processo de trás para a frente sem antes fazer o planeamento estratégico;
Estimar os custos no escuro, ou seja, não utilizar estimativas ou dados médios sem
consistência;
Tentar colocar um cilindro em um orifício quadrado, não utilizando modelos que se
adaptam à realidade da empresa;
Minimizar as importâncias das variações sem dar a devida importância à investigação das
razões que levaram aos desvios.
Para Zdanowicz (1983, p. 22), para que seja possível a implementação do orçamento em uma
organização, a mesma deve possuir uma estrutura organizacional definida, uma contabilidade
aberta e informatizada e haver a fixação de objectivos. Enquanto que Boisvert (1997, p. 330) cita
que para a implementação do orçamento em uma organização, são necessárias que as seguintes
condições já estejam implantadas: Estrutura organizacional, políticas da empresa, gestão de
pessoal e sistema de informação.
Desvantagens
Processo Orçamentário
Duas colocações são necessárias para entender o processo orçamentário: primeiro, o orçamento
faz parte do modelo empresarial de planeamento e controle e segundo, existe um modelo
estruturado de gerenciamento do próprio processo orçamentário.
Para montar um bom orçamento é preciso colectar informações, estimar criteriosamente receitas e
despesas, e então reunir tudo num documento abrangente e aceito por consenso (Brookson, 2000,
p. 31).
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De acordo Brookson (2000), podemos ter como influencias externas no orçamento as seguintes:
De acordo Brookson (2000), podemos ter como influencias internas no orçamento as seguintes:
Sobre a etapa de monitorização, Brookson (2000, p. 52) coloca que “[...] uma vez aprovado o
orçamento, as receitas devem ser atingidas e as despesas não podem ultrapassar o previsto. Para
isso, revise-o constantemente e faça os ajustes necessários”.
Estabelecer procedimentos:
Analisar os valores;
Analisar as despesas; e
Analisar as receitas.
3. Avaliação das variações inesperadas
São muito comuns os casos de variações que não poderiam ter sido previstas ou evitadas,
portanto, deve-se:
Para Wood e Sangster (1996, p. 457) o princípio do orçamento flexível é construir orçamentos em
vários níveis de volume, e mostrar que custos e despesas podem variar nos diferentes níveis de
fabricação e vendas. Dessa forma, o orçamento flexível busca determinar um valor a ser atingido
a partir de diversos níveis de actividade que a empresa possa operar, considerando os seus custos
fixos e variáveis atrelados a cada um desses níveis. Leone (1997, p. 349) afirma que o orçamento
flexível mostra um objectivo ou um padrão em qualquer nível praticável de operações.
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Horngren, Foster e Datar (1997, p. 155) desenvolveram um método baseado em cinco etapas para
a elaboração de um orçamento que considera que os custos em relação a nível de fabricação são
variáveis ou fixos:
Determinação do preço orçado de venda, dos custos variáveis orçados, e dos custos fixos
orçados, todos considerando uma unidade de venda;
Definição da quantidade real de medidas de receita;
Definição do orçamento flexível da receita baseado na receita unitária orçada e no número
real de medidas da receita;
Definição da quantidade realizada das medidas de alocação de custos;
Desenvolvimento do orçamento flexível de custos com base nos custos variáveis unitários
orçados, custos fixos, e quantidade real das medidas de custo.
Os custos variáveis duma empresa são variáveis de acordo com a variação do faturamento, o
custo de matéria-prima para produzir cada item é 30,00, então se produzir 50.000 unidades, o
custo variável total será de 1.500.000,00 (30,00 × 50.000 unidades). Se a empresa aumentar a
sua produção para 70.000 unidades o custo variável total será de 2.100.000,00 (30,00 × 70.000
unidades), aumentado de forma proporcional. E as despesas fixas que são fixas independente
do faturamento ou da produção.
Descriçao
Nivel de actividade (volume produzido) 50.000 60.000 70.000
Receita liquida por unidade 40,00 40,00 40,00
Receita liquida total (volume produzido × 2.000.000,00 2.400.000,00 2.800.000,00
custo variavel unitario)
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A utilização da análise dos desvios e a sua a relevância serve para identificar e explicar as razões
da diferença encontrada entre os resultados orçamentados e os reais, e quando o desempenho real
se desvia significativamente do desempenho planeado, por isso será benéfico consultar serviços
de consultoria de gestão de forma a auxiliar na diferença encontrada e a tomar medidas
correctivas.
Existem várias causas que podem estar na origem dos desvios, sendo que as mais frequentes e de
aplicação universal são:
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3. Conclusão
Em jeito de conclusão podemos afirmar que o sistema de custeio baseado em actividades ele visa
a procura, igualmente, amenizar as distorções provocadas pelo uso do rateio, necessários aos
sistemas tratados anteriormente, principalmente no que tange ao sistema de custeio por absorção.
Poderia ser tratado como uma evolução dos sistemas já discutidos, mas sua relação directa com
as actividades envolvidas no processo configura mero aprofundamento do sistema de custeio por
absorção.
Os desvios orçamentais são uma importante ferramenta a ser utilizada pela gestão dentro duma
empresa já que fornecem informação mais exigente acerca do desempenho das actividades onde
as operações não decorrem conforme o previsto. E com isso a que estar em a atenção dos gestores
pode ser direccionada para as áreas onde os desvios que podem ter um grande impacto ajudando
desta forma na melhoria das decisões e dos resultados futuros dentro da empresa e com vista
permitir na produção de relatórios periódicos sobre os desvios que devem ser relevantes, dentro
do prazo, importantes e efectivos para a organização.
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4. Referências bibliográficas
Hansen, D. e Mowen, M., (2007). Cost Management: Accounting and Control. 5ª edition.
Vincinnati, Ohio: south-Wester College Publishing
Horngren, C. T., Foster, G. & Datar, S. M., (1997). Contabilidade de custos. 9a. ed. Rio de
Janeiro, LTC Editora
Leone, G. S. G., (1997). Curso de contabilidade: Custeio ABC. São Paulo: Atlas
Tung, N. H., (1994). Orçamento empresarial e custo-padrão. 4° Ed. São Paulo: Edições
Universidade –Empresa,
Turney, P. B. B. (1996). Activity Based Costing – The Performance Breakthrough. Kogan Page,
Londres.