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Indice

Introdução........................................................................................................................................2

Rendas..............................................................................................................................................3

1. Conceito das rendas.....................................................................................................................3

2. Classificação as rendas................................................................................................................4

3. Rendas temporárias......................................................................................................................5

Rendas Temporárias Inteiras........................................................................................................5

Rendas constantes........................................................................................................................5

Rendas Imediatas.........................................................................................................................7

Rendas Antecipadas.....................................................................................................................7

Rendas deferidas..........................................................................................................................8

4.Rendas variáveis...........................................................................................................................8

a. Progressão Aritmética (PA)......................................................................................................8

b. Progressão geométrica (PG)..................................................................................................10

5. Rendas fraccionadas..................................................................................................................11

6. Rendas perpétuas.......................................................................................................................12

Conclusão......................................................................................................................................13

Bibliografia....................................................................................................................................14

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Introdução
Uma renda, em matemática financeira (não confundir com o termo renda relacionado com
pagamento de aluguer), é um conjunto finito ou infinito de valores com vencimento de
periodicidade certa, ou seja, valores que são pagos ou recebidos com intervalos de tempo
constantes.
Por exemplo, o pagamento de um empréstimo para habitação faz-se habitualmente através de
pagamentos com periodicidade constante, em geral num determinado dia de cada mês. Pode ser
considerado uma renda em termos de matemática financeira. Os recebimentos dos juros de um
depósito em regime de juros simples, se o intervalo do seu vencimento for constante, é também
considerado uma renda.
Muitas das operações financeiras envolvem a utilização de rendas, nomeadamente para o
pagamento ou amortização de empréstimos ou investimentos. Os cálculos do valor de cada
prestação (que em matemática financeira se designa por termo), da taxa de juro associada ou do
número de prestações necessárias, são baseados nos princípios apresentados nos pontos sobre
Capitalização e actualização.

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Rendas

1. Conceito das rendas


Renda - é um conjunto de capitais, constantes ou não, com vencimentos a intervalos de tempos
constantes ou ainda podemos definir como sendo, a sucessão de capitais que se vencem
periódicamente sendo o intervalo de tempo entre períodos constante.
Termo da renda, C = é cada um dos capitais da sucessão. C1, C2, C3….Cn

Período da renda, p= intervalo de tempo constante que separa os vencimentos consecutivos


Para que uma renda esteja perfeitamente definida é necessários que saibamos:

 O seu objectivo (por exemplo, em termos de valor e data)


 O momento do vencimento do primeiro termo (isto é, o momento em que ele ocorre)
 O número de termos
 O valor de cada termo
 O período (intervalo de tempo constante que medeia entre quaisquer dois termos)
 A taxa (de juro ou de actualização) subjacente.

Dois momentos importantes em qualquer renda são aqueles que designaremos por origem e
momento de referência da renda.

Origem da renda

Define – se origem da uma renda como sendo o momento que fica situado um período antes do
vencimento do primeiro termo.

Momento de referência da renda (MR)

Define – se o momento de referencia de uma renda como sendo o momento em que se considera
que ela se inicia.

Tipicamente pode acontecer de três situações:

 O momento de referência coincide com a origem (MR = origem)


 O momento de referência coincide com o vencimento do primeiro termo da renda, ou
seja, fica situado um período após a origem (MR = origem + 1)

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 O momento de referência fica situado k períodos antes da origem (MR = origem - k)

2. Classificação as rendas
Critérios de classificação Designação das Rendas Características
Rendas temporárias O número de termos é
1.Quanto ao prazo de limitado
vigência Rendas perpétuas O número de termos é
ilimitado
O período da Renda coincide
Rendas inteiras com o período a que esta
2.Quanto ao período da reportado a taxa
Renda O período da Renda é
Rendas fraccionadas diferente do período a que
esta reportado a taxa
Rendas constantes Os termos são todos do
3.Quanto ao valor dos seus mesmo valor
termos Rendas variáveis Os termos são de diferentes
valores
Rendas imediatas O momento de referência da
Renda coincide com a origem
(MR=origem) ou situa-se um
4.Quanto ao momento de período após a origem
referência (MR=origem + 1)
Rendas diferidas O momento de referência da
Renda é anterior à sua origem
(MR=origem-k)
5.Quanto ao vencimento dos Rendas postecidas Os termos vencem no final de
termos cada período
Rendas antecipadas Os termos vencem no inicio
de cada período

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3. Rendas temporárias
Rendas Temporárias Inteiras
É uma sucessão de um número finito (limitado) de capitais que se vencem em períodos
equidistantes e, o período da renda coincide com o período de referência da taxa de juro.

Rendas constantes
São rendas compostas por n-termos anuais de t euros cada (constante, portanto), aos quais
estão associados juros compostos á taxa anual efectiva i. Admitimos também que o primeiro
termo ocorre no final do primeiro período (ano).

Características de Renda Constante

 Número de termos finitos;


 Período da renda coincidente com o período de referência da taxa de juro;
 Valores de termos constantes.

Valor acumulado de uma renda de termos constantes

O valor acumulado desta renda, que passaremos a designar por Sn┐.

Nota: O último termo (n- esimo) faz parte de Sn┐ o mas não inclui juros, ao contrário do que
sucede com todos os outros.

Termo Data de vencimento Número de períodos Valor acumulado de


do termo de capitalização cada termo
1 1 n-1 t (1+i)n-1
2 2 n-2 t (1+i)n-2
3 3 n-3 t (1+i)n-3
… … … …
n-2 n-2 2 t (1+i)2
n-1 n-1 1 t (1+i)1
N N 0 t (1+i)0 = t

5
Formula de obter o valor acumulado de acordo com o quadro

Sn┐ = t (1+i)n-1 + t (1+i)n-2 + t (1+i)n-3 +…+ t (1+i)2 + t (1+i)1 + t

No fundo, trata-se de uma equação de equivalência (entre um capital, o valor acumulado e um


conjunto de n capitais, todos no valor de t euros cada).

O processo de capitalização das rendas temporárias de termos constantes, é efectuada em regime


de juros compostos.

( 1+ i )n −1
Sn┐ = t= Valor acumulado (reportado ao momento em que ocorre o vencimento do
i
ultimo termo) de uma Renda temporária, constantes no valor de t euros cada à taxa i.

( 1+i )n −1
O valor de encontra-se tabelado para vários valores de n e de i e representa-se
i
habitualmente por sn┐i

Então:

(1+i) n−1
sn┐i= Factor de capitalização de uma Renda composta por n capitais de valor unitário à
i
taxa i (reportada o valor de todos esses n capitais ao momento do vencimento do ultimo).

O valor acumulado de uma Renda composta por n termos constantes no valor de t euros cada
pode, então, representar-se abreviadamente por:

Sn┐=t.sn┐i

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Valor actual

O valor actual ou valor na origem desta Renda, que passaremos a designar por An┐.

Termo Data do vencimento Número de períodos Valor actual de cada


do termo de actualização termo
1 1 1 t(1+i)-1
2 2 2 t(1+i)-2
3 3 3 t(1+i)-3
… … … …
n-1 n-1 n-1 t(1+i)-(n-1)
N N N t(1+i)-n

Formula para obter An┐de acordo com o quadro

An┐= t (1+i)-1 + t(1+i)-2 + t(1+i)-3 + …+ t(1+i)-(n-1) + t(1+i)-n

−n
1−(1+i )
An┐=t Valor actual (entenda-se, reportado à origem) de uma Renda temporária,
i
inteira, imediata, de n termos normais e constantes, no valor de t euros cada à taxa i.

−n
1−(1+i )
O valor de encontra-se tabelado para vários valores de n e de i e representa-se
i
habitualmente por an┐i

−n
1−(1+i)
an┐i = Factor de actualizacao de uma Renda composta por n capitais de valor unitário
i
à taxa i.

O valor actual de uma Renda composta por n termos constantes no valor de t euros cada pode,
então, representar-se abreviadamente por:

An┐=t.an┐i

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Rendas Imediatas
o período do primeiro termo da renda inicia-se imediatamente, se os seus termos são constantes e
em numero de termos finitos, o seu período coincide com o período de referencia da taxa de juro,
o valor dos termos constantes e o primeiro termo se vence o período apos a negociação.

Rendas Antecipadas
A renda antecipada é aquela na qual o seu valor final é calculado em um momento posterior à
conclusão de renda, os seus termos são constantes e em números finitos, o seu período coincide
com o período de referencia da taxa de juro e o primeiro termo se vence no momento de
negociação isto é, os seus termos vencem-se no inicio do período a que dizem respeito.

Na renda antecipada, a particularidade é o cálculo do valor final, pois o valor inicial coincide
com o início da renda.

Por seu lado, a renda antecipada só pode ocorrer em rendas temporárias, nunca em exemplos de
rendas perpétuas, pois elas não terminam nunca.

(1+ i)n−1
VA =an ¬i =
(1+i)n−1 .i

Rendas deferidas
A renda diferida é aquela cujo valor inicial é calculado antes do início de renda.

 O termo que vai do fim do primeiro período ate o primeiro vencimento da renda, chama-
se período de diferimento.

Por exemplo: calcular hoje o valor de um contrato de locação, que entrará em vigor dentro de 6
meses.

Na modalidade de renda diferida, o que varia em relação aos modelos que temos
discutido é o cálculo do valor inicial, pois o valor final coincide com a conclusão da
renda (como nos modelos que temos visto

Uma renda diferida pode ser uma renda temporária (pré-pagável ou pós-pagável), ou uma renda
perpétua (também pré-pagável ou pós-pagável).

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4.Rendas variáveis

São aquelas cuja remuneração ou retorno do capital não pode ser dimensionado no memento da
aplicação podendo assim variar positivamente ou negativamente, de acordo com a espectativas
do mercado.
a) Progressão Aritmética (PA)
Uma progressão aritmética é uma serie de n valores (chamados termos da progressão,
representados por t1, t2, …, tn) em que cada um deles, a partir do segundo (inclusive), é igual ao
anterior adicionado algebricamente de um valor constante, deferente de zero (chamado razão da
progressão, r).

Assim, uma progressão aritmética de n termos, t1, t2, …, tn-1, tn, pode ser genericamente
reapresentado por:

t1, (t1 + r), (t2 + r), … , (tn-2 + r), (tn-1+ r).

Ou, o que é mesmo,

t1, (t1 + r), (t1 + 2r), … , [t1 + (n-2) r], [t1 + (n-1) r]

Termo geral de uma progressão aritmética

De acordo com o que se acaba de expor,

t2 = t1 + r

t3 = t2 + r = t1 + 2r

t4 = t3 + r = t1 + 3r

Assim, podemos exprimir qualquer termo, tk, em função do primeiro:

tk = t1 + (k-1) r

Mais, podemos exprimir qualquer termo, tk, em funcao de qualquer outro, tj.

tk = tj + (k – j) r

(Termo geral de uma progressão aritmética)

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A mnemónica é a seguinte: a soma do índice do termo do lado direito da equação (j) com o
factor pelo qual é multiplicada a razão (k-j) é igual ao índice do termo do lado esquerdo da
equação (k)

Assim, por exemplo, t37 = t22 + 15r (pois 22 + 15=37)

Soma dos N termos de uma progressão aritmética

Designado por SPA a soma dos n termos de uma progressão aritmética, o seu cálculo pode
ser efectuado como segue:

SPA = t1 + t2 + t3 + … + tn - 2 + tn-1 + 1n

SPA = t1 + (t1 + r) + (t1 + 2r) + … + (tn - 2r) + (tn – r) + tn [1]

Ou, o que é o mesmo

SPA = tn + (tn - r) + (tn – 2r) + … + (t1 + 2r) + (t1 + r) + t1 [2]

Somando as expressões [1] e [2] membro a membro, vem

SPA + SPA = (t1 + tn) + (t1 + r + tn – r) + (t1 + 2r + tn – 2r) + … + (tn – r + t1 + r) + (tn + t1)

2SPA = (t1 + tn ) + (t1 + tn) + (t1 + tn) + … + (t1 + tn) + (t1 + tn) + (t1 + tn)

n vezes

Donde,

t 1+t n
SPA¿ n
2

Expressão que dá soma dos n termos de uma progressão aritmética em que o 1 o termo é t1 e o
ultimo termo é tn.

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a) Progressão geométrica (PG)

Uma progressão geométrica é uma serie n valores (chamado termos da progressão, representados
por t 1, t2, …, tn) em que cada um deles, a partir do segundo, é igual ao anterior multiplicado por
um factor constante, diferente de zero (chamado razão da progressão, r).

Assim uma progressão geométrica de n termos, t1, t2, …, tn-1, tn, pode ser genericamente
representada por

t1, (t1 r), (t2 r), …, (tn-2 r), (tn-1 r)

Ou, o que é o mesmo

t1, , (t1 r), (t1 r2), …,(t1 rn-2), (t1 rn-1)

Termo geral de uma progressão geométrica

De acordo com o que se acaba de expor

t2 = t1 r

t 3 = t 2 r = t 1 r2

t 4 = t 3 r = t 1 r3

Assim podemos exprimir qualquer termo, tk, em função do primeiro:

tk = t1 rk-1

Mais: podemos exprimir qualquer termo, tk, em função de qualquer outro, tj

tk = tj rk-j (termo geral de uma progressão geométrica)

A mnemónica é a seguinte: a soma do índice do termo do lado direito da equação (j) com o
expoente ao qual é elevada a razão (k-j) é igual ao índice do termo do lado esquerdo da equação
(k).

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Assim, por exemplo, t28 = t12 + r16 (pois 12+16 = 28).

Soma de N termos de uma progressão geométrica

Designando por SPG a soma dos n termos de uma progressão geométrica, o seu calculo pode ser
efectuado como segue:

SPG= t1 + t2 + t3 + … + tn-1 + tn

SPG= t1 + (t1 r) + (t1 r2) + …+ (t1 rn-3) + (t1 rn-2) + t1 rn-1) [1]

Multiplicando ambos os membros desta igualdade por r, vem (r ≠ 0, como foi dito)

r SPG = (t1 r) + (t1 r2) + …+ (t1 rn-2) + t1 rn-1) + (t1 rn) [2]

Subtraindo membro a membro, a igualdade [1] à igualdade [2], vem

r SPG - SPG = (t1 r – t1 r) + (t1 r2 – t1 r2) + …+ (t1 rn-1 – t1 rn-1) + t1 rn -t1

r SPG - SPG = t1 rn -t1

SPG (r-1) = t1 (rn – 1)

Onde:

r n−1
SPG = t1 Expressao que da a soma dos n termos de uma progressão geométrica em que o
r −1
primeiro termo é t1 e a razão é r.

5. Rendas fraccionadas
Estamos perante rendas fraccionadas quando o período da renda e o período da taxa de juro não
coincidem.
Por via de regra, nas rendas fraccionadas, o período da taxa de juro é composta por dois ou mais
períodos da renda. Vamos, genericamente, considerar que o período da renda corresponde a 1/m
do período da taxa.
Assim, uma renda que se vence durante n períodos da taxa vai ter m x n termos, a saber: m- é o
que o período da taxa contém o período da renda, ou o número de termos da renda que se
vencem, número de vezes durante um período da taxa.

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n- é o numero de períodos da taxa durante os quais se vencem a renda
m x n será o numero de termos da renda.

6. Rendas perpétuas
Uma renda é perpétua se o número dos seus termos é (ou pode ser considerado) ilimitado.

As rendas perpétuas são usadas geralmente como alguns modelos de avaliação de empresas, em
situações ligadas à actividade seguradora e cálculos associados a doações perpétuas.
Relativamente a renda perpétua, apenas faz sentido falar do seu valor actual e não do valor
acumulado.
Quando se diz que o número de termos é ou pode ser considerada ilimitado, isso não significa
obrigatoriamente que n seja infinito apenas significa que n é suficientemente elevado para que se
possa assumir a renda coo se fosse infinito.
O que determina se uma renda é perpétua não é o valor de n, por si só, mas sim em conjunto com
o valor d taxa considerada i.

Valor actual
O valor actual (reportado à origem) de uma renda perpetua, que consiste na soma dos valores de
todos os seus termos actualizados para a origem.

1−i(1+i)−n
An┐ = t.an┐i = t Valor actual
i

Assim, considerando que n →∞, vem

−∞
1−i (1+i)
A∞┐= t. a∞┐i = t
i

Como
(1 + i) -∞ →0

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Vem
1
A∞┐=t Valor actual de uma renda perpetua (no valor de t euros cada)
I

Podemos então dizer que:

1
a∞┐i = Factor de actualização de uma renda perpetua. Reporta o valor à origem da renda.
I

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Conclusão
Terminado o trabalho concluímos, que a renda é de estrema importância no nosso quotidiano,
principalmente na área de matemática financeira visto que o tema abordado será tão útil para o
nosso desenvolvimento académico assim como para a área de negócio.

A renda é para nós um assunto de grande importância, que abrange a economia que é a razão de
cada movimento financeiro.

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Bibliografia
Matias, R. (2007). Calculo Financeiro – Teoria e Pratica (2 ed.). Lisboa: Escolar Editora.
Saias, L., Carvalho, R. .& Amaral, M. (1996). Instrumentos fundamentais da gestão financeira.
Portugal

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