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Finanças I
Ano Letivo 2018/2019 – 1º Semestre
Curso: Economia
Gestão de Carteiras
p
admissíveis para o ativo financeiro
ps = probabilidade (subjetiva) de s 1 s 1;
ocorrência de cada cenário s 1
ri,s = o retorno gerado pelo título i
Para S estados da natureza, com 0 < ps < 1
em cada cenário
p r E ri
S
i s i ,s
2
s 1
w
i 1
i 1, sem possibilidades de short - selling.
rp , s E (rp , s ) ps
rentabilidade esperada do título i S 2
n = número de títulos que 2
compõem a carteira
p
wi = peso relativo do título i na
carteira s 1
σi,j = covariância entre as taxas de Esta fórmula usa-se no caso de já
rentabilidade dos títulos i e j conhecermos a rentabilidade da carteira
em cada um dos estados da natureza
i wi 2 ij wi w j
2 2 2
p
i 1
i2 wi2 2j (1 wi ) 2 2 ij i j wi (1 wi )
s 1
• É assim uma medida que combina a volatilidade das
rentabilidades com a sua tendência para se mover para
cima ou para baixo ao mesmo tempo.
i, j
i , j 1 i , j 1
i j
Finanças I (1º sem) – Ano Letivo 2017/2018 Gestão de carteiras 21
Carteira de títulos
• O desvio-padrão da taxa de rentabilidade
esperada para uma carteira de ativos pode ainda
ser expresso como
Porque pela fórmula do coeficiente
n n
w w
de correlação linear temos:
p i , j
i 1 j 1
i j i j
i , j i , j i j
• Logo, o risco de uma carteira de ativos financeiros
não depende exclusivamente do risco de cada um
dos títulos que a compõem, sendo determinado pelo
risco de cada título, pelo peso relativo do título na
carteira e pela correlação entre as taxas de
rentabilidade esperadas dos diferentes títulos que
compõem a carteira
Finanças I (1º sem) – Ano Letivo 2017/2018 Gestão de carteiras 22
Carteira de títulos - exemplo
2 16 16 36
2 16
(1 w1 ) 2
2
p w1 1 w2 2 2 w1 (1 w1 ) 1 2
2 2 2 2
2
p
w1 1 1 w1 2 2
Rent. 16 14 12 14 12 10 12 10 8
Prob. ¼ *1/3 1/12 1/12 ½*1/3 1/6 1/6 ¼*1/3 1/12 1/12
• E a variância é:
1 1 1 1 1
2 (16 12) 2 (14 12) 2 02 2 2 02
12 12 12 6 6
2 2 4 4,6667
1 1 1 1
02
2 2 2
6 12 12 12
p2 rp , s E (rp , s ) ps
S 2
Fórmula de cálculo s 1
implícita:
Finanças I (1º sem) – Ano Letivo 2017/2018 Gestão de carteiras 30
Carteira de títulos - exemplo
• Ou seja, a variância da carteira é inferior à
variância de qualquer um dos ativos que a
compõem.
• Quando os ativos são independentes (o que
implica que a correlação é zero) o desvio-padrão
da rentabilidade da carteira é inferior à média
ponderada do desvio-padrão da rentabilidade dos
ativos que a compõem
• Este exemplo ilustra o facto de o desvio-padrão da
rentabilidade da carteira de ativos ser inferior à
média ponderada do desvio-padrão dos ativos que
a compõem, excetuando no caso de existir
correlação linear positiva e perfeita entre os ativos
Finanças I (1º sem) – Ano Letivo 2017/2018 Gestão de carteiras 31
Carteira de títulos - exemplo
• A implicação prática desta propriedade do risco
de uma carteira de ativos é que a diversificação
reduz o risco
• Um investidor racional, ao procurar maximizar a
rentabilidade e minimizar o risco, prossegue
naturalmente uma estratégia de diversificação, na
medida em que a diversificação contribui para a
redução do risco
• A minimização do risco depende em parte do
grau de diversificação, ou seja, quanto maior o
número de títulos a integrar numa carteira de
investimentos menor será a sujeição ao risco
específico de cada um dos títulos.
Finanças I (1º sem) – Ano Letivo 2017/2018 Gestão de carteiras 32
Diversificação
Finanças I
Ano Letivo 2018/2019 – 1º Semestre
Curso: Economia
Fronteira Eficiente
D.
F. E.
B.
C. A.
E (rp ) 2 2 E (r2 ) E (rp ) E (r2 ) 2 12
p
2 1
2
2
E (r1 ) 2 E (r1 ) E (rp ) E (rp ) 2
2 2
E (r1 ) E (r2 )
2 E (r1 ) E (r2 ) E (rp ) E (rp ) E (r1 ) E (r2 ) 12
2
Finanças I (1º sem) – Ano Letivo 2017/2018 Gestão de carteiras 46
Fronteira eficiente de Markowitz
• Se considerarmos agora diversas hipóteses para o
coeficiente de correlação linear entre as taxas de
rentabilidade dos referidos ativos financeiros,
podemos analisar os efeitos de redução do risco
via diversificação:
– Se ρ = -1, a correlação é perfeita negativa e as
rentabilidades dos dois títulos movem-se em sentido
oposto.
– Se ρ = 1, a correlação é perfeita positiva e as
rentabilidades dos dois títulos movem-se no mesmo
sentido.
– Se ρ = 0, não há correlação entre as
variáveis/rentabilidades, ou seja, elas são
independentes
Finanças I (1º sem) – Ano Letivo 2017/2018 Gestão de carteiras 47
Hipótese: ρ1,2 = 1
• Recorde que: 1, 2
1, 2 1, 2 1, 2 1 2
1 2
• Como: E ( rp ) w1 E ( r1 ) (1 w1 ) E ( r2 )
e p2 w12 12 1 w1 22 2 w1 1 w1 1 2
2
2
p
w1 1 1 w1 2 2
p w1 1 2 w1 2
p 2 w1 1 2
• Teremos: E ( rp ) E ( r2 ) p 2
w1 e w1
E ( r1 ) E ( r2 ) 1 2
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Hipótese: ρ1,2 = 1
• Resolvendo em relação ao valor esperado da
rentabilidade da carteira
E ( rp ) w1 E ( r1 ) E ( r2 ) w1 E ( r2 )
E ( r2 ) w1 E ( r1 ) E ( r2 )
p 2
E ( rp ) E ( r2 ) E ( r1 ) E ( r2 )
1 2
• Graficamente:
Conclusão: Quando as taxas de
rentabilidade de dois títulos são
perfeita e positivamente
correlacionadas, não é possível reduzir
o risco da carteira via diversificação!
Neste caso, o risco da carteira é a
média ponderada dos riscos dos
ativos que compõem a carteira! Nunca temos E(rp) = x e σ(rp)=0
22
w1 2
1 22
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Curso: Economia
Modelo de Tobin
• E visto que f f ,c 0
• Temos que:
c
Finanças I
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Curso: Economia
Retirando a
fronteira de
Markowitz (toda a
hipérbole)
• Logo,
• O modelo diz que somente este fator comum (o
mercado) interessa; não há qualquer outra relação
• Para uma carteira de ações teremos: rp p p rm p
•VamosOnde 2
p
2 2
p m 2
p
supor então que temos dois ativos A e B numa carteira p. Neste caso a variância seguindo o modelo da reta
característica virá dada por: p2 p2 m2 w A2 2 wB2 2
A B
Avalia a
capacidade t-stat e p-
explicativa da Coefficients Standard error t-stat p-value value usam-se
variável para ver a
independent Intercept .0086 (=α) .0099 .8719 .3868 => não significância
e x para com significativo estatística dos
a dependente coeficientes
y S&P Index 2.0348 (=β) .2547 7.9888 .0000 => estimados!
significativo
Finanças I (1º sem) – Ano Letivo 2017/2018 Gestão de carteiras 110
CAPM e a reta característica
• O risco não sistemático ou específico pode ser diminuído a zero através
da diversificação.
• O modelo da reta característica é baseado no seguinte:
– A maioria das ações tem uma covariância positiva porque todas respondem de forma
similar a fatores macroeconómicos
– Mas algumas empresas são mais sensíveis a estes fatores do que outras e esta
variância específica da empresa é capturada pelo seu beta, que mede a sua variância
comparada com o mercado para um ou mais fatores económicos
– As covariâncias entre as ações resultam de respostas diferentes a fatores
macroeconómicos. A covariância de cada ação pode ser encontrada ao multiplicar o
seu beta pela variância do mercado porque: i i ,2m i ,m i
m m
r r
explicada ri:
i ,t i i m ,t i ,t
• Esta reta de regressão é frequentemente designada por reta característica
• Uma dificuldade que se levanta na estimação da reta característica é a
identificação da carteira de mercado. Na realidade, a carteira de mercado
deveria de incluir todos os ativos existentes na economia, incluindo ativos
financeiros de mercados internacionais e ativos reais. Na prática é
impossível identificar a mesma.
• Aquilo que é costume fazer é usar um índice de mercado como o S&P500
que é um índice vasto, mas depende sempre do mercado analisado!
• Como representativo do ativo sem risco: Bilhetes do tesouro, títulos
governo (obrigações) ou a euribor
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Finanças I (1º sem) – Ano Letivo 2017/2018 Gestão de carteiras
CAPM e a reta característica
• O parâmetro mais importante é o coeficiente
β
• Este β é o declive da reta e a fórmula de
cálculo já conhecíamos (vimos que para uma
carteira p; e para um título i vem…):
i ,m i
i 2 i ,m
m m
• O beta é frequentemente referido como uma
medida do risco sistemático, do mercado ou
não diversificável
porque E E ( x) E ( x)
2
2
• E… Logo,
Var (ri ) Var ( i i rm i ) 2 ( i ) 2 i rm i
i2 Var i rm Var i 2Covrm , i
0 i rm i
2
2
– é a variância residual ou específica do ativo
i
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Curso: Economia
E i j 0, para todo i j
beta
A 20 1,5
B 11 0,75
20 11
E (ri ) 11 bi 0,75 E (ri ) 2 12bi
1,5 0,75
2 bi 2
p reço do risco do fator 2 risco do ativo i ao fator 2
w i
i 0 , o que implica que o investimento é zero
wb
i
i i1 0 , ou seja, o portfolio não é sensível ao fator 1
wb i
i i2 0 , ou seja, o portfolio não é sensível ao fator 2
w i
i i 0 , o que significa que o risco residual é
aproximadamente zero
w E (r ) 0
i 1
i i