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História- Maria Clara Vilela

Gabarito Sistema de ensino

História

Pré-história
A Pré-História é, basicamente, dividida entre Paleolí co, Mesolí co (período intermediário) e
Neolí co.

Paleolí co

O período paleolí co é conhecido também como Idade da Pedra Lascada e esse nome faz
referência aos objetos que eram u lizados pelo homem para sua sobrevivência, que eram
produzidos exatamente de pedra lascada. Paleolí co é um período em que o homem
sobrevivia da coleta e da caça, sendo fundamental, no caso da caça, a elaboração de
ferramentas para auxiliá-lo na obtenção do alimento. Por depender da caça e coleta, o homem
era nômade e mudava de lugar quando os recursos do local que estava instalado ficava
escasso.

Mesolí co

Esse período marcou a decadência dos agrupamentos humanos que viviam exclusivamente da
caça em detrimento daqueles que eram caçadores e coletores. Ficou marcado também pelo
desenvolvimento da olaria (produção de cerâmica) e da técnica para produção de tecidos.
Considera-se o fim desse período o momento em que a agricultura foi desenvolvida.

Neolí co

Com o desenvolvimento da agricultura, o homem conseguiu mudar radicalmente o seu es lo


de vida, uma vez que a agricultura permi a o homem fixar-se em um só local (sedentarização
do homem), sobrevivendo de tudo o que ele produzia. O domínio da agricultura também levou
o homem a desmatar a floresta e desenvolver campos de plan o.

Junto do desenvolvimento da agricultura veio também a domes cação dos animais, que
auxiliava o homem no transporte de carga, na agricultura, como animal de tração, servia de
alimento e até mesmo como meio de transporte. Todas essas novidades, que possibilitaram a
sedentarização humana, resultaram na formação de enormes agrupamentos humanos que,
com o tempo e conforme cresciam, tornaram-se as primeiras cidades do mundo.

• A Pré-História

• A evolução do ser humano.

• A sobrevivência do ser humano em função das mudanças do clima do planeta Terra:

- caça;

- coleta:
• O trabalho dos camponeses permi a o sustento de suas famílias e dos grupos dirigentes,
bem como o desenvolvimento de obras de infraestrutura.

• O isolamento geográfico favoreceu a proteção da civilização contra povos invasores, durante


longo período.

• As pirâmides (túmulos reais) eram grandes monumentos funerários e religiosos.

• A dominação exercida pelos hicsos (aproximadamente de 2000 a 1700 a.C.) legou

técnicas de guerra aos egípcios.

• A reforma religiosa promovida por Amenófis

IV (Akenaton) ins tuiu o monoteísmo.

• Entre os traços mais marcantes da cultura egípcia estão o empirismo, o mis cismo e a
obsessão pela morte.

• Acreditavam em vida após a morte e desenvolveram técnicas de mumificação dos corpos.

• Desenvolveram a escrita hieroglífica.

• Sucumbiram após as sucessivas dominações que sofreram por parte dos assírios, persas,
gregos, romanos e, finalmente, foram absorvidos pela expansão islâmica.

Mesopotâmia

• Localiza-se entre os rios Tigre e Eufrates.

• Território no qual se desenvolveram várias civilizações, simultaneamente à egípcia.

• Periodicamente uma cidade-estado dominava as demais.

• Sumérios:

- primeiro povo a construir cidades na

região;

as comunidades agrícolas foram subme das ao poder de uma classe dirigente;

inicialmente, o poder polí co é exercido pelos templos; depois por um rei, cujo poder
conservou o caráter sagrado. O rei (patesi ou lugal) nha funções administra vas e militares;

- a produção era voltada para a subsistência, bem como para o sustento das classes dirigentes;

- o trabalho era realizado pelos camponeses.

• Dos povos que se alternaram no domínio da região (sumérios, amoritas, caldeus, assírios e
persas), os assírios eram os mais belicosos.

• Código de leis (Código de Hamurábi), mitos, escrita, literatura e técnicas de irrigação


irradiaram-se da Mesopotâmia para outras regiões.

• A religião era politeísta.

• Dividiram o dia em 24 horas e a hora em 60 minutos, além de desenvolverem conhecimentos


de geometria e de matemá ca.
• Suas principais cidades-estado eram Tiro, Biblos e Sidon.

• O alfabeto foné co é um de seus principais legados.

Os persas

• A an ga Pérsia correspondia, grosso modo, ao atual território do Irã.

• Originou-se da fusão dos medos e persas.

• A expansão do império começou no reinado de Ciro e teve grande impulso sob o reinado de
Dário.

• O império era dividido em satrapias (províncias):

- cada satrapia era governada por um sátrapa (representante do rei persa);

- os sátrapas eram fiscalizados por inspetores reais - "olhos e ouvidos do rei";

- cobravam pesados impostos dos povos dominados, mas respeitavam as suas culturas.

- Religião: Zoroastrismo

- atribuída a Zoroastro;

- dualista;

- livro sagrado: Avesta.

Civilização clássica
Grécia

• A an ga civilização grega desenvolveu-se no sul da península balcânica, nas ilhas do mar


Egeu, na costa da Ásia Menor, no sul da Itália, na região do mar Negro e em outros pontos à
volta do mar Mediterrâneo.

• O povo grego foi formado pelos aqueus, eólios, jônios e dórios.

• Anteriores aos gregos, os cretenses habitavam as ilhas da região, principalmente Creta.

Período homérico:

• Nome que se refere ao poeta Homero, autor de Ilíada e de Odisseia, poemas que cons tuem
a mais importante fonte histórica para o estudo do período.

• A Ilíada narra a Guerra de Troia.

• A Odisseia narra o retorno de Ulisses (herói da Guerra de Troia) para Ítaca, seu

reino.

• Em O trabalho e os dias, de Hesíodo, há importantes dados sobre os costumes e a concepção


de jus ça dos gregos.

• Por volta de 1150 a.C. os dórios invadiram a região.

• A sociedade era organizada em clãs familiares, chefiados pelos proprietários de terras, armas
e escravos domés cos, cons tuindo uma aristocracia guerreira.
• Os escravos (hilotas) pertenciam ao Estado.

• Os periecos eram artesãos e camponeses.

Não nham direitos polí cos.

• O sistema de leis em Esparta era atribuído ao lendário Licurgo.

• A cidadania em Esparta era direito assegurado à aristocracia.

• A educação dos jovens era voltada para o

militarismo.

• A mulher era valorizada pelo seu papel de procriadora.

• A economia espartana era baseada na agricultura. Sua organização polí ca era aristocrá ca.

• Havia forte rivalidade entre Atenas e Esparta.

Período clássico:

• As Guerras Médicas foram conflito entre as pólis gregas (a Liga de Delos), sob a liderança de
Atenas, e os persas. Houve vitória grega nas três guerras.

• O pres gio ateniense, sob o governo de

Péricles:

- aumentou o número de escravos;

- fez Atenas a ngir seu esplendor cultural (arquitetura, escultura e filosofia) e econômico.

• Esparta se contrapôs à Atenas formando a

Liga do Peloponeso, desencadeando a Guerra do Peloponeso.

• Esparta venceu o conflito, porém ficou tão enfraquecida quanto Atenas, bem como as demais
cidades-estado gregas.

• O esgotamento das pólis abriu caminho para a dominação macedônica.

• Intervenções de Filipe (rei macedônico)

sobre a Grécia.

• Alexandre sucedeu Filipe e estendeu os domínios de seu império, preservando e difundindo


elementos da cultura grega.

O império de Alexandre se dividiu entre seus generais, após sua morte, deixando importante
legado cultural - a fusão da cultura grega com a cultura oriental: o helenismo.

O legado grego:

• As Olimpíadas.

• A religião antropomórfica.
• Aumentaram a pobreza, a fome e as tensões sociais.

• A proposta de reforma agrária dos irmãos Tibério e Caio Graco (tribunos da plebe):

- Tibério Graco foi por isso assassinado e

Caio Graco se suicidou.

• As guerras passam a ter caráter vital para a expansão territorial e aquisição de escravos para
Roma.

• Os cônsules Mário e Sila tentaram conter as tensões sociais.

• A revolta de escravos liderada pelo escravo-

-gladiador Espártaco.

• Formação do Primeiro Triunvirato (generais): Pompeu, Crasso e Júlio César.

• Jálio César se destaca como grande líder militar apoiado pelo povo; contudo, foi assassinado
numa conspiração de senadores.

• Formou-se o Segundo Triunvirato: Lépido,

Marco Antônio e Otávio.

• Lépido teve seu poder suprimido, e Marco

Antônio e Otávio disputaram o poder.

• Otávio vence a disputa polí ca contra Marco

Antônio, e se in tula imperador.

O império romano:

O imperador passou a deter grande poder, apesar da manutenção das ins tuições anteriores.

• Otávio inves u na área social, tornando-se assim popular.

• O império romano ampliou ainda mais suas fronteiras.

• Houve intenso combate contra os bárbaros, sobretudo germânicos.

• Surgiu o cris anismo, concorrendo com muitas outras religiões pra cadas no império
romano.

• Devido às contradições polí cas e econômicas, o império começa a vivenciar verdadeira

crise.

• O fim das guerras estancou a principal fonte de escravos.

• Surgiu o sistema de colonato, levando a população carente à ruralização.

• O império foi dividido em quatro, quebrando a unidade imperial.

• O imperador Constan no transferiu a capital do império para a cidade de Constan nopla.


salvos por Carlos Martel.

• Seu filho Pepino, o Breve assumiu o trono do reino, originando a dinas a carolíngia.

• Foi sob o reinado de Carlos Magno que a dinas a a ngiu seu auge de poder, formando

o Império Carolíngio.

• A par r da coroação de Carlos Magno, pelo papa, como Imperador dos Romanos o poder dos
reis europeus passou a ser legi mado pelo papa.

• Defendia-se o "projeto" de revitalizar a cultura romana, com a criação de escolas para nobres
dentro dos mosteiros.

O império de Carlos Magno se esfacelou com sua morte.

Igreja versus poder temporal

• A preponderância do poder eclesiás co sociedade medieval.

• A ordem religiosa benedi na foi uma das primeiras a exis r na Europa.

A questão das inves duras provocou conflitos entre o papado e a nobreza.

Cultura e sociedade na baixa idade média

• A Igreja preservou o conhecimento e os escritos da An guidade greco-romana nos mosteiros.

• As primeiras universidades surgiram nesse contexto (século XI), sendo controladas pelo

clero.

O islã e sua expansão

• A história do islã começa na península arábica.

• Os árabes, antes de Maomé, eram nômades e politeístas.

• Segundo a tradição, Maomé, depois de ter visões do Anjo Gabriel, passou a difundir a fé em
um único Deus, Alá.

• Levanta-se contra Maomé forte oposição, e consequente perseguição.

• Maomé fugiu de Meca para Medina, o que se chamou Hégira - marco inicial do calendário
islâmico (ano de 622).

• Maomé dominou seus perseguidores e contribuiu para a unificação do povo árabe em torno
da nova fé que anunciara.

• O livro sagrado que registra os ensinamentos de Alá é o Al Corão.

• O islã se expandiu por meio de seguidores de Maomé, os califas.

• A expansão do islã se deu por meio da guerra santa (djihad).


• O mar Mediterrâneo torna-se novamente rota importante de comércio.

• Formaram-se nesse contexto as corporações de o cio.

• Os reis passaram a incen var e apoiar o desenvolvimento comercial, pois isso significava
aumento na arrecadação de impostos.

O fortalecimento dos reis

• A aliança entre rei e burguesia possibilitou o comércio em grande escala na Europa, sendo
Portugal, Espanha, França e Inglaterra as primeiras monarquias nacionais a se formar no
con nente.

Em funcão desse processo de centralização polí ca, França e Inglaterra entraram em um longo
conflito armado - a Guerra dos Cem Anos, que enfraqueceu a nobreza e contribuiu para o
fortalecimento do poder real.

• O poder tradicional da Igreja entra em choque com o poder real em ascensão. Por exemplo, o
papado e a monarquia francesa entraram em choque quando esta ins tuiu a cobrança de
impostos sobre os bens da Igreja. Isso levou ao Cisma do Ocidente, dividindo a Igreja em dois
papados, um com sede em Avignon, para onde havia sido transferido, e outro estabelecido
posteriormente em Roma.

• Contradição entre a nova realidade social e econômica e a doutrina tradicional da Igreja.

A guerra dos cem anos

• A disputa pelo trono francês mo vou a guerra entre Inglaterra e França, vencida pelos
franceses.

• Reforçou o patrio smo e o exército nacional francês.

• Favoreceu a formação dos Estados Nacionais inglês e francês, bem como a autoridade do rei
sobre a nobreza fragilizada.

A crise geral do feudalismo

• A Guerra dos Cem Anos foi um fator que contribuiu para a crise na agricultura, resultando em
fome e miséria.

• Em 1347 a Peste Negra (bubônica) chegou à

Europa, trazida do Oriente, e dizimou 40% da população do con nente.

• A escassez de mão de obra levou à excessiva exploração dos camponeses, que se rebelavam e
grada vamente evadiam do campo para as cidades.
• Foram estabelecidas feitorias ao longo da costa africana, fornecedoras de escravos, marfim,
ouro etc.

• O obje vo de chegar às Índias foi alcançado em 1498, quando os portugueses, sob a


liderança de Vasco da Gama, chegaram à cidade de Calicute.

• As Índias eram ricas em especiarias - fonte de lucros para os portugueses

• Em 1500, Pedro Álvares Cabral desviou a rota das especiarias e chegou à costa leste da
América do Sul, no atual estado da Bahia.

Era o início da conquista portuguesa do território que futuramente seria o Brasil.

A expansão marí ma espanhola e o Tratado de Tordesilhas

• Em 1492 os espanhóis expulsaram os árabes de seu território, consolidando o Estado

Nacional espanhol.

• A Coroa espanhola contratou o navegador genovês Cristóvão Colombo.

• O obje vo de também alcançar as Índias levou os espanhóis à América.

• Portugal reivindicou seu direito de posse sobre as novas terras.

• Espanha e Portugal então assinaram o Tratado de Tordesilhas, em 1494, dividindo a posse das
novas terras conquistadas entre si.

A montagem da empresa colonial

• Os espanhóis conseguiram submeter os indígenas que já habitavam a porção americana da


qual tomaram posse.

• Hernán Cortez submeteu os astecas, no México.

• Pizzaro e Diego Almagro submeteram os incas, na região dos Andes.

• Depois de saquear as riquezas dos povos subme dos, os espanhóis instalaram a economia
mineradora.

• Exploraram a mão de obra indígena de forma compulsória, sendo a mita e a encomienda os


dois mecanismos u lizados.

• Os indígenas foram contaminados por doenças trazidas pelos europeus, além de terem
sofrido com a violência das guerras e da escravidão.

• A Espanha impôs o monopólio comercial às suas colônias.

• Os portugueses voltaram suas atenções para o comércio de especiarias, tendo iniciado a


colonização do Brasil somente após 1530.

• A presença portuguesa na América, antes de 1530, limitou-se às expedições de


reconhecimento e proteção da costa contra estrangeiros.
• A Revolução Industrial consolidou a posse dos meios de produção pela burguesia, destruindo
grada vamente as relações feudais de produção na Europa.

• O capital passou a ser inves do em maior escala na produção.

• A formação de uma numerosa classe proletária fomentou cada vez mais o trabalho
assalariado.

• Outra consequência da expansão europeia foi a formação de impérios coloniais e a


implantação da escravidão moderna na produção colonial.

O Brasil no quadro da expansão europeia

• O pioneirismo português marca o início do processo de expansão marí ma.

• O Brasil foi inserido na rota oriental de comércio português a par r de 1500.

O período pré colonial


• Nesse período não houve ocupação efe va do Brasil pelos portugueses (de 1500 a 1530).

• Quando da chegada dos portugueses à América, o Brasil era habitado por vários grupos
indígenas, com culturas muito diversificadas.

• A extração do pau-brasil foi a primeira a vidade econômica desenvolvida pelos portugueses


no Brasil, feita por meio do escambo com os indígenas.

• A Coroa portuguesa logo estabeleceu o monopólio comercial nas relações mercan ns entre
colônia e metrópole.

• Franceses e ingleses também fizeram suas inves das na exploração do pau-brasil, já que não
reconheciam o Tratado de Tordesilhas.

• A Coroa portuguesa enviou ao Brasil as expedições guarda-costas, na tenta va de afugentar


os demais estrangeiros.

• A decisão de colonizar o Brasil, a par r de 1530, deveu-se:

- à garan a de posse do território, ameaçada por franceses e ingleses;

- à possibilidade de encontrar metais preciosos, como os espanhóis nos territórios que


dominaram; e ao fato de o comércio de especiarias orientais entrar em decadência, em função
de gastos militares e concorrência de outras potências.

• A primeira expedição colonizadora chegou ao Brasil em 1530, chefiada por Mar m Afonso de
Sousa, que estabeleceu as bases da empresa açucareira.

• Foi implantado o sistema de capitanias hereditárias.

O renascimento cultural
• A decadência do comércio italiano em favor da ascensão de Portugal e Espanha.

O Renascimento em outras partes da Europa

• Nos Países Baixos, uma classe de ricos comerciantes e banqueiros estava ligada ao consumo e
à produção intelectual e ar s ca.

• A crí ca à intolerância do pensamento religioso medieval foi feita por Erasmo de

Ro erdam.

• Na França destacaram-se Rabelais e Montaigne, nos campos da literatura e filosofia, e


Ambroise Parè, no campo das ciências.

• Na Espanha, a forte influência da Igreja Católica e o clima repressivo da Contrarreforma


dificultaram as inovações. Se destacaram El-Greco, nas artes plás cas, Miguel de Cervantes, na
literatura, Miguel de Servet, nas ciências.

• Na Inglaterra, destacaram-se Thomas Morus, William Shakespeare e Francis Bacon.

• Em Portugal, destacaram-se Luís Vaz de

Camões e Gil Vicente.

• Na Alemanha, a pintura renascen sta consagrou Hans Holbein e Albert Dürer.

• Na Polônia, a ciência consagrou Nicolau Copérnico, que influenciou Galileu e Kepler.

A reforma religiosa
• Trata-se do rompimento da unidade religiosa na Europa Ocidental, originando novas igrejas
cristãs.

• A Reforma religiosa foi contemporânea do Renascimento, bem como das transformações que
a Europa vivenciava, envolvendo todas as camadas da sociedade:

- o Renascimento urbano e comercial;

- a formação das Monarquias Nacionais;

- o luxo do clero, a compra de cargos eclesiás cos, o envolvimento do clero em questões


polí cas, a má-formação teológica dos clérigos, a venda de indulgências e de falsas relíquias
religiosas também colocaram em descrédito a autoridade clerical.

• A Igreja Católica considerava heresia toda e qualquer manifestação que fosse de encontro

à sua autoridade.

A reforma luterana

• Mar nho Lutero, monge agos niano alemão, cri cava a Igreja Católica, sendo excomungado
após publicar 95 teses contestando a ins tuição.
• O anglicanismo se consolida no reinado de Isabel I, filha de Henrique VIII.

A Contrarreforma
• Trata-se do conjunto de medidas tomadas pela Igreja Católica para combater o avanço da
Reforma religiosa.

• De 1545 a 1563 manteve-se reunido o Concílio de Trento, no qual foram reafirmados os


princípios e dogmas negados pelos reformadores.

• Foi determinada a exclusividade da Igreja

sobre a interpretação da Bíblia.

• Foi restabelecido o Tribunal do Santo O cio.

• Foram criados o Index Librorum Prohibitorum, o Catecismo e os Seminários.

• Fundou-se a Companhia de Jesus, com o intuito de difundir o catolicismo na América.

• A Contrarreforma foi muito atuante na Espanha, em Portugal e na Itália.

A empresa colonial:

A produção

• A produção de açúcar no Brasil foi favorecida pelos seguintes fatores:

- a larga aceitação do produto na Europa;

- a abundância de terras férteis (solo de massapê) e clima tropical;

- a experiência dos portugueses em cul var cana-de-açúcar nas ilhas do Atlân co;

- os financiamentos holandeses.

• A a vidade visava transferir renda da colônia para a metrópole, dando lucros para a
burguesia mercan l.

• U lizou-se a planta on, com o emprego de mão de obra escrava.

• Empregou-se tanto a mão de obra indígena

como a do negro africano.

• O tráfico negreiro era rentável para a metrópole e a Igreja criou entraves à escravidão
indígena.

• O engenho era a unidade básica de produção.

• Os senhores de engenho consumiam os ar gos de luxo vindos da metrópole.

• A pecuária foi introduzida na economia colonial pela necessidade de subsistência e de


animais de tração, sendo fator de interiorização. Empregava trabalho livre - o vaqueiro.

• Portugal man nha o monopólio comercial com base no pacto colonial.


• A Companhia das Índias Ocidentais, holandesa, financiava a invasão da colônia portuguesa
para se apoderar das regiões produtoras de açúcar.

• O auge da presença holandesa se deu com a administração do Conde Maurício de Nassau.

• A cobrança das dívidas dos brasileiros, confiscando terras, escravos e animais, provocou a
Insurreição Pernambucana e a expulsão dos holandeses. Com isso, os holandeses
estabeleceram a produção de açúcar nas An lhas.

• Ao término da União Ibérica, portugueses e holandeses retomaram sua parceria comercial.

O Brasil do ouro

• Portugal estava em plena crise econômica, em razão da queda do preço internacional do


açúcar.

• A Coroa passou a incen var e patrocinar a busca por metais preciosos no interior da colônia.

• Os bandeirantes da Capitania de São Vicente eram homens talhados para o


empreendimento.

• Em 1693 descobriu-se ouro em Minas Gerais, e os paulistas começaram a explorar as


riquezas da região.

• Houve grande fluxo de imigrantes para a região mineradora.

• Os imigrantes metropolitanos (portugueses) reivindicaram direitos sobre as minas, entrando


em conflito com os paulistas - os descobridores.

• Foi criada a Capitania de Minas Gerais, desmembrada de São Vicente.

• Os bandeirantes penetraram, ainda, regiões como Mato Grosso e Goiás, onde também
encontraram ouro.

A sociedade mineradora:

• Diferencia-se da sociedade açucareira, já que conta com a presença de uma classe média,
havendo mobilidade social, embora também fosse escravista.

• A classe média poderia enriquecer em função do ouro, e eventualmente escravos


conseguiam comprar sua alforria.

• Essa sociedade era predominantemente urbana, ao contrário da sociedade açucareira,


basicamente rural.

Cultura no Brasil da mineração:

• O es lo barroco predominava nas artes, arquitetura, música e literatura, com destaque para
Aleijadinho.

• A sociedade mineradora nha rela va autonomia cultural em relação a Portugal, havendo


influências iluministas.
Rebeliões coloniais:

• Revolta de Beckman (1684): ocorreu no Maranhão devido à proibição da escravização


indígena e da atuação intransigente da Companhia de Comércio do Maranhão, criada por
Pombal.

• Guerra dos Emboabas (1707-1709): ocorreu em Minas Gerais devido à interferência dos
portugueses (emboabas) na mineração, contrariando os paulistas descobridores das minas.

• Guerra dos Mascates (1710): ocorreu devido às rivalidades polí cas entre os la fundiários de
Olinda e os comerciantes de Recife.

• Rebelião de Vila Rica - (1720): ocorreu em Minas Gerais, em protesto contra o fisco
português.

• Quilombo de Palmares (1630-1694): foi a maior manifestação da resistência contra a


escravidão do período colonial.

O absolu smo e o mercan lismo


Caracterização do:

Absolu smo

Foi o sistema polí co que predominou na Europa durante a Idade Moderna.

• O Renascimento comercial possibilitou a centralização polí ca e acelerou o desenvolvimento


mercan l.

O rei se fortaleceu ao ponto de centralizar todo o poder polí co em suas mãos.

• O Absolu smo foi possível com o enfraquecimento do poder local da nobreza.

Os teóricos do absolu smo

• Pensadores contemporâneos ao Absolu smo criaram teorias para explicar e jus ficar o poder
absoluto dos reis.

• Nicolau Maquiavel defendia que a ação de quem detém o poder deve obedecer a critérios de
eficiência, não a princípios morais ou religiosos.

• Jacques Bossuet desenvolveu a teoria do direito divino dos reis.

• Para Thomas Hobbes o absolu smo real era necessário para manter a ordem social,
impedindo a desordem causada pela luta de todos contra todos. "O homem é o lobo do
homem".
• Os Tudor consolidaram o poder real com o apoio da burguesia mercan l e da nobreza
aburguesada.

• Consolidou-se o anglicanismo, sob o reinado de Elizabeth.

• Durante o reinado de Elizabeth a Inglaterra derrotou a Espanha.

• O puritanismo (próprio da burguesia) entrou em choque com o anglicanismo, a religião


oficial.

A Guerra Civil e o governo de Cromwell


• Ao término da dinas a Tudor, os Stuart assumiram o trono da Inglaterra.

• Em 1642 os ingleses entraram em guerra civil, tendo Oliver Cromwell à frente dos puritanos.

• Com a vitória da revolução, o rei Carlos I foi decapitado.

• Cromwell assumiu o poder na Inglaterra, dissolveu o Parlamento, estabelecendo uma


ditadura.

A revolução gloriosa
• Após a morte de Cromwell, diante da incompetência polí ca de Richard, seu filho e sucessor,
os Stuart retomaram o poder.

• Em 1688 o rei holandês Guilherme de Orange é colocado no trono inglês pelo Parlamento -
Revolução Gloriosa.

• Jaime II, então rei da Inglaterra, fugiu, enquanto Guilherme de Orange se submeteu ao
Parlamento por meio da assinatura do Bill of Rights.

• A monarquia absoluta foi banida da Inglaterra, sendo estabelecida a monarquia


cons tucional; o rei figura como chefe de Estado, mas o Parlamento governa de fato o país.

O nascimento do mundo contemporâneo:

A revolução industrial
• Manifestou-se o uso das máquinas e de novas fontes de energia, além de novos meios de
transporte.

• Formou-se um operariado moderno e assalariado; sendo assim, a força de trabalho se torna


mercadoria.

• Houve o êxodo rural e a consequente urbanização.

• A Revolução Industrial inglesa pode ser situada nos séculos XVIII e XIX.

• Ela representou a consolidação do modo de produção capitalista.


• A construção de ferrovias no mundo todo marcou esse período, ampliando o mercado para
as indústrias metalúrgica e siderúrgica.

As consequências da industrialização riqueza e miséria

• Industriais, comerciantes e empresários em geral acumularam grandes capitais.

• Os operários tenderam ao empobrecimento, subme dos às péssimas condições de trabalho


e sobrevivência.

• As fábricas, desde então, poluíam e arruinavam o aspecto de salubridade das cidades.

• Os operários passaram a se organizar em sindicatos e manifestar greves como forma de


protesto contra as más condições de trabalho.

O Iluminismo
• Era um conjunto de ideias formuladas por filósofos e economistas, a par r do século XVII, e
propunha um projeto de sociedade que vinha ao encontro dos interesses da burguesia.

• Cri cavam os fundamentos ideológicos do An go Regime (Absolu smo, mercan lismo,


clericalismo etc.).

• O racionalismo era o ponto de par da dos iluministas para se pensar uma nova sociedade,
bem como as ins tuições que a comporiam.

• Foram precursores do Iluminismo: René Descartes, Isaac Newton, John Locke, Baruch
Spinoza, Denis Diderot, D'Alembert, Voltaire, Montesquieu e Rousseau.

O despo smo esclarecido:

• Com o intuito de evitar convulsões socias, sobretudo contra si mesmos, sob as influências do
Iluminismo, muitos monarcas aderiram às reformas que o movimento intelectual propunha.

• Principais déspotas esclarecidos:

- Catarina, da Rússia.

- José II, da Áustria.

- Frederico II, da Prússia.

- José I, de Portugal.

- Carlos III, da Espanha.

A independência dos Estados Unidos


• As colônias de povoamento - a Nova Inglaterra - predominaram no norte da América,
configurando-se como uma sociedade autônoma em relação à sua metrópole, a

Inglaterra.
• Os ministros Necker e, posteriormente, Turgot, tentaram implementar a reforma tributária,
rejeitada pela nobreza e pelo clero.

• O rei convocou a Assembleia dos Estados Gerais, em 1789, para procurar uma solução para a
crise financeira do Estado.

• Os Estados Gerais estavam representados pelo clero (primeiro estado), pela nobreza
(segundo estado) e pelos demais membros da sociedade (terceiro estado).

A crise polí ca e a assembleia nacional cons tuinte:

• A imprensa panfletária teve grande relevância na difusão das ideias iluministas.

• O sistema de votação na Assembleia dos Estados Gerais era por ordem de estado, e não por
cabeça, prejudicando o terceiro estado e favorecendo o clero e a nobreza.

• A discordância do terceiro estado quanto ao sistema de votação criou um impasse e levou à


convocação de uma Assembleia Nacional Cons tuinte.

• Ao tentar dissolver a Assembleia Nacional Cons tuinte, o rei provocou uma reação popular:
em 14 de julho de 1789, o povo tomou a Bas lha - prisão an ga, símbolo do Absolu smo
francês.

• Levantaram-se barricadas em Paris, e o rei teve que se submeter à Assembleia Nacional


Cons tuinte.

• Foi aprovada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, incorporada à primeira


cons tuição francesa (1791).

• Membros do clero e da nobreza planejavam uma contrarrevolução, par ndo da Áustria e da


Holanda.

A guerra, a República e o governo jacobino

• A Revolução Francesa significou uma forte ameaça às monarquias absolutas europeias, daí a
reação militar contra a França.

• Luís XVI tentou se juntar ao exército reacionário no exterior.

• Os jacobinos Marat e Robespierre denunciaram a traição do rei, que foi guilho nado.

• Foi proclamada a República, iniciando-se o governo da Convenção, inicialmente sob o


controle dos girondinos, iden ficados com os interesses burgueses, que receberam forte
oposição dos jacobinos, representantes dos interesses populares.

• Radicalizaram-se os conflitos entre girondinos e jacobinos.

• Formou-se a primeira coligação an francesa: Inglaterra, Espanha, Holanda, Sardenha,

Prússia e Áustria.

• Em função da ameaça externa, os jacobinos se organizaram para combater a reação, e


tomaram o poder na França.
• Representantes das grandes potências que derrotaram Napoleão (Rússia, Áustria, Prússia e
Inglaterra) se reuniram, entre 1814 e 1815, no Congresso de Viena.

• A Santa Aliança, formada por inicia va do imperador russo, era um exército mul nacional
com a função de reprimir movimentos revolucionários e nacionalistas.

Os movimentos separa stas


A inconfidência mineira (1789)

• Esse movimento teve caráter separa sta, pretendendo romper os laços do Brasil com

Portugal. O fisco português era cada vez mais exigente, sobretudo nas áreas de mineração.

A influência das ideias liberais. Havia um clima de insa sfação e revolta entre os mineradores.

As ideias iluministas encontraram campo fér l na sociedade mineradora, por meio de


intelectuais brasileiros que estudavam na Europa.

A independência dos Estados Unidos teve influência na colônia portuguesa.

Os inconfidentes pertenciam à elite mineradora colonial.

Destacou-se no movimento a figura do alferes Joaquim José da Silva Xavier - Tiradentes.

A conspiração:

• A revolta estava marcada para o mesmo dia da derrama de 1789, e se estenderia até o Rio de
Janeiro e São Paulo.

• A conspiração foi delatada por Joaquim Silvério dos Reis.

• Tiradentes foi preso e executado como principal líder do movimento, sufocado antes de
eclodir.

A Inconfidência Baiana ou Revolução dos Alfaiates (1798)

• Em 1798 ocorreu na Bahia mais um movimento emancipacionista, que visava romper laços
coloniais com Portugal.

• O movimento também era influenciado pelos ideais libertários europeus, bem como pela
própria Revolução Francesa.

• Havia influências maçônicas no movimento, sobretudo por parte de indivíduos mais


intelectualizados, como Cipriano Barata e Agos nho Gomes.

• Os intelectuais aglu naram as massas populares que almejavam a abolição da escravidão.

• Os líderes do movimento optaram pela violência na luta contra o jugo português.

• O levante foi liderado por alfaiates.

• Antes que a população entendesse e aderisse ao levante, Portugal sufocou o movimento.


Eles estabeleceram um governo provisório e a revolta se espalhou para outras províncias,
porém as tropas portuguesas conseguiram conter o movimento.

A revolução do porto e a tenta va de recolonização:

• Em 1820 estourou a Revolução do Porto em Portugal.

• A revolução nha caráter liberal, por se posicionar contra o absolu smo e defender uma
Monarquia Cons tucional.

• Exigia-se o retorno de D. João VI a Portugal, e assim ele fez, em 1821, deixando seu filho

D. Pedro no Brasil, na condição de Príncipe Regente.

• Por outro lado, a Revolução do Porto pretendeu recolonizar o Brasil, com o intuito de
recuperar as finanças portuguesas.

A independência
• Por meio das ações de José Bonifácio, D. Pedro foi aclamado pelos brasileiros, passando a
contrariar os interesses da Corte portuguesa.

• Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro decidiu ficar no Brasil - Dia do Fico.

• As tropas portuguesas sediadas no Brasil pressionaram D. Pedro, mas foram expulsas.

Posteriormente, em 7 de setembro de 1822, proclamou a independência do Brasil.

• Os Estados Unidos foram os primeiros a reconhecer o Brasil como independente.

• A Inglaterra reconheceu a independência do Brasil e mediou o reconhecimento por parte de


Portugal. Financiou a indenização paga pelo Brasil a Portugal.

• O movimento de independência teve escassa presença popular, tendo predominado a


par cipação da elite aristocrata.

O primeiro reinado e a Regência

A Assembleia cons tuinte de 1823:

• A Assembleia Cons tuinte foi convocada com o intuito de dar uma cons tuição ao novo
Estado, mas foi fechada por D. Pedro I; pois contrariava os interesses absolu stas de

D. Pedro, já que subme a o poder execu vo ao poder legisla vo.

• Disputavam o poder o Par do Brasileiro e o Par do Português.

A cons tuição de 1824

• Em 1824 D. Pedro outorgou a Cons tuição por ele patrocinada.

• Ela não representava os interesses da aristocracia agrária brasileira.


• Os principais grupos polí cos que se enfrentaram na época foram os liberais moderados, os
restauradores (caramurus) e os liberais exaltados.

• Para combater as agitações do período, foi designado para o cargo de Ministro da Jus ça o
liberal moderado Padre Diogo Antônio Feijó.

• Foi criada a Guarda Nacional, formada pelas oligarquias locais, para reprimir as agitações
populares.

O Ato Adicional:

• Estabelecia medidas para conter as agitações populares.

• Promulgado em 1834, ins tuía:

- maior autonomia das províncias;

- ex nção dos Conselhos de Estado;

- diminuição do poder Moderador;

- estabelecimento da Regência Una.

• Feijó foi eleito em 1835 para o cargo de regente; encontrou o país mergulhado em revoltas.

A cabanagem (Pará:1834-1840)

• A revolta teve caráter popular - cabanos.

• As forças populares assumiram o poder na província durante dez meses.

• A manifestação foi sufocada com extrema violência.

A Farroupilha (Rio Grande do Sul: 1835-1845)

• A produção gaúcha só conseguia concorrer no mercado interno com a produção pla na se


recebesse proteção alfandegária do governo central, o que não ocorria.

• Em 1835, Bento Gonçalves, líder gaúcho, iniciou a rebelião obtendo grandes vitórias contra o
exército imperial.

• O movimento se estendeu até Santa Catarina, onde foi proclamada a República Juliana.

• Em 1839, o famoso revolucionário italiano, Garibaldi, tomou parte nos combates contra o
governo imperial.

• Depois de algumas vitórias importantes, Duque de Caxias conseguiu um acordo de paz com
os chefes farroupilhas.

A Balaiada (Maranhão: 1830-1840)

A revolta nasceu da crise na economia algodoeira, que a ngiu as camadas populares.

• A liderança da revolta passou para as mãos de líderes populares.


• Surgiram núcleos urbanos e uma elite letrada, rivais dos chapetones, os criollos

(nascidos nas colônias e descendentes dos espanhóis).

• Os criollos foram fortemente influenciados pelo Iluminismo.

• A oportunidade para a concre zação da independência surgiu quando Napoleão

interveio na Península Ibérica.

• A situação foi aproveitada pelos criollos para abolirem várias leis colonialistas.

• Líderes como Saint Mar n e Simón Bolívar aboliram a escravidão, garan ndo apoio popular
para o movimento de independência.

• A Amércia La na representava para a Inglaterra um grande mercado.

Um sonho desfeito:

• O sonho de Bolívar de fazer da América La na um só país, forte e independente, malogrou.

• As colônias espanholas não estavam ar culadas economicamente.

Não havia uma consciência nacional plena.

• A fragmentação econômica alimentava o regionalismo polí co.

• O caudilhismo era um obstáculo à centralização polí ca.

A herança colonial

• A independência polí ca não conseguiu romper os laços de dependência econômica que


uniam as ex-colônias à economia europeia, sobretudo em relação à Inglaterra.

• As jovens nações con nuaram com uma economia agroexportadora de matérias-primas e


importadora de bens industrializados.

• No caso do Brasil, a escravidão foi man da.

O movimento operário

• As más condições de vida e de trabalho deram origem ao movimento operário.

• A quebra de máquinas foi uma das primeiras manifestações contra a exploração capitalista, o
ludismo. As máquinas eram responsabilizadas pelo desemprego e pela miséria.

• O car smo também marcou a luta operária.

• As trade unions foram reconhecidas como associações de trabalhadores de ajuda mútua,


legalmente reconhecidas (1832).

• Ob veram jornada de oito horas para menores e a inspeção do Estado nas fábricas

(1833).
• Vítor Emanuel II, rei da Sardenha e do Piemonte, incumbiu o seu ministro Cavour de
arquitetar um plano para unificar a Itália.

• A ação militar sob o comando de Garibaldi foi fundamental para a unificação italiana.

• Em 1834 a Prússia havia ins tuído o Zoll-verein - a unificação alfandegária de alguns estados
alemães, que excluía a Áustria.

• Em 1861 Guilherme I assumiu o poder na Prússia e nomeou O o von Bismarck como


ministro, que arquitetou a unificação alemã.

• Depois de combater a Áustria, a Prússia formou a Confederação Germânica do Norte.

• Para incluir os estados do sul, Bismark provocou guerra com a França (1870). A França foi
derrotada e Bismark criou o Reich Alemão (império).

A guerra Franco-Prussiana e a Comuna de Paris

• A derrota para a Alemanha levou à queda de Napoleão III, sendo proclamada a república

na França.

• Indignados com a rendição da França à Alemanha, o povo parisiense se revoltou e ins tuiu o
governo da Comuna (1871), de caracterís cas socialistas.

• Com o apoio do exército prussiano, os conservadores entraram em Paris e suprimiram a


Comuna, com muita violência.

O segundo Reinado
• O Segundo Reinado foi de estabilidade polí ca e desenvolvimento econômico. Expansão da
lavoura cafeeira.

• A antecipação da maioridade de D. Pedro II

facilitou a pacificação do país.

• O Par do Conservador e o Par do Liberal se alternavam no poder, mas representavam os


mesmos interesses.

• A aristocracia escravocrata e monarquista

História

de nha a hegemonia.

• Em 1840 os liberais conseguiram derrubar o governo conservador antecipando a maioridade


de D. Pedro (Golpe da Maioridade).

O parlamentarismo brasileiro:

• O sistema no Brasil ficou conhecido como "parlamentarismo às avessas": o execu vo


• Para pressionar o Brasil, a marinha britânica aprisionou cinco navios mercantes brasileiros.

• O caso foi levado ao arbitramento internacional, e a decisão foi favorável ao Brasil, mas os
ingleses não aceitaram.

• O Brasil não se entendia com a Inglaterra no que tange ao comércio de escravos desde a
chegada da Corte portuguesa.

• Esse problema só foi resolvido com a aprovação da Lei Eusébio de Queiroz, que proibia o
tráfico negreiro.

A guerra do Paraguai

• O modelo de organização de economia paraguaia era muito diferente dos demais países
la no-americanos: mercado interno, protecionismo.

• O Paraguai era um obstáculo ao imperialismo da Inglaterra.

• Em fins de 1864, o governo de Lopes aprisionou o navio brasileiro Marquês de Olinda,


acusado de facilitar o contrabando de mercadorias inglesas para o Paraguai.

• Tropas paraguaias entravam na Argen na em apoio aos blancos uruguaios, dando início à
guerra.

• A guerra se estendeu de 1865 a 1870, e o Paraguai foi arrasado.

• Sob a promessa de alforriar escravos, o Brasil contou com grande número de negros nas suas
tropas.

Consequências da guerra:

• O Paraguai se transformou numa das regiões mais pobres do mundo, além de sua população
ter decrescido.

• O Brasil aumentou sua dívida externa e fortaleceu o Exército Nacional e a sua influência
polí ca.

A economia brasileira no Segundo Reinado:

• A economia agroexportadora do Brasil baseava-se na produção majoritária de café e de


outros produtos primários, como o açúcar, o algodão, a borracha, o cacau, o couro.

A abolição do tráfico negreiro

• A escravidão contrariava a industrialização, limitando o mercado consumidor, e imobilizava


capital desnecessariamente.

• Desde 1810 o Brasil estava comprome do com a ex nção do tráfico negreiro, e o não
cumprimento desse compromisso desencadeou uma série de pressões da Inglaterra.

A agricultura cafeeira e o problema da mão de obra:


• A Segunda Revolução Industrial significou um novo arranque na acumulação capitalista.

• A produção expandiu-se mais do que o mercado, e a lucra vidade caiu assustadoramente.

• As ferrovias ofereceram a possibilidade de novos inves mentos lucra vos e permi ram a
superação da crise.

• O mesmo desenvolvimento aconteceu com a siderurgia, inaugurando a fase do aço.

• A eletricidade e o petróleo, como duas novas fontes de energia, aceleraram a expansão


industrial e econômica e transformaram a vida da maioria da população do planeta.

• A interação entre ciência e tecnologia, no final do século XIX, alavancou a capacidade


produ va da indústria.

• O capitalismo concorrencial foi superado pelo capitalismo monopolista.

• Surgiram métodos de dominação do mercado como o truste e o cartel.

• As grandes empresas criavam seus próprios bancos ou se associavam a eles - é o que se


denomina de capital financeiro.

• Inglaterra, França, Estados Unidos e Alemanha controlavam juntos 80% do capital do planeta,
após a Segunda Revolução Industrial.

• Essa concentração de capital proporcionava lucros fabulosos.

• Lucrava-se com os emprés mos e com as vendas.

• O trabalho assalariado se generalizou, criando o consumo de massa.

• Surgiram os modelos de produção fordista e taylorista.

A expansão dos Estados Unidos

• Ainda na primeira metade do século XIX, os norte-americanos iniciaram a expansão para o


oeste, dizimando várias tribos indígenas e anexando territórios mexicanos.

• Descobriu-se ouro na Califórnia.

A rivalidade entre o sul e o norte: a Guerra Civil

• A expansão para o oeste acentuou os antagonismos entre os estados do sul e os estados

do norte.

• O norte era industrializado, empregava mão de obra livre e havia o predomínio da pequena
propriedade.

• No sul predominava a planta on.

• A camada dirigente sulista defendia o federalismo.

• Os industriais do norte eram protecionistas

e abolicionistas.
alianças, logo o conflito se ampliou, com a entrada da Rússia, do Império Alemão, da Inglaterra
e da França.

O desenrolar da guerra:

• Primeira fase: guerra de movimento; segunda fase: guerra de trincheiras.

• Em 1915 a Itália, que havia abandonado a Tríplice Aliança, declarou guerra à Alemanha e à
Áustria.

1917: o ano das mudanças

• A falta de alimentos e as condições precárias de trabalho provocaram greves e levantes


operários, principalmente na Alemanha.

• Com o afundamento de navios dos Estados Unidos por submarinos alemães, os norte-
americanos entraram no conflito a favor da Entente.

• O peso econômico e industrial desequilibrou a guerra, levando a Alemanha à derrota.

• A Rússia saiu do conflito depois que os bolcheviques tomaram o poder (Revolução

Russa de 1917).

O fim da guerra e os tratados de paz:

• O Império Áustro-Húngaro entrou em colapso, deixando a Alemanha sozinha na guerra.

• França e Inglaterra permaneceram no conflito.

• Na Alemanha, o caos social paralisou a máquina de guerra, derrubando o imperador


Guilherme II, que foi subs tuído por um governo provisório.

• A Alemanha assinou o armis cio com os aliados, pondo fim ao conflito.

• Em 28 de junho de 1919, começou a Conferência de Paz de Versalhes, que:

- formou a Liga das Nações;

- estabeleceu novas fronteiras;

- re rou territórios da Alemanha;

- impôs limites militares à Alemanha e pesadas indenizações de guerra.

A revolução Russa
• Rússia czarista: monarquia absoluta, sociedade estamental, economia predominantemente
agrária, mão de obra servil, união entre Estado e Igreja. An go Regime no século XX.

• Algumas áreas industrializadas como Petro-grado e Moscou: burguesia e proletariado.

Modernidade e arcaísmo no mesmo país - contradições.


• Stálin manteve uma ditadura pessoal até sua morte, em 1953.

A República velha: implantação e consolidação


A proclamação da república
• Os movimentos emancipacionistas durante o período colonial já eram republicanos.

• Várias revoltas ocorridas após a independência também eram republicanas.

• O republicanismo ganhou a adesão dos cafeicultores paulistas.

• O Exército era outro foco republicano. Os militares estavam fortalecidos pela vitória na
Guerra do Paraguai e se inspiravam no posi vismo de Augusto Comte.

• As camadas médias e populares também foram contagiadas pelo republicanismo.

• Exis am duas tendências do republicanismo: os evolucionistas e os revolucionários.

• Dois episódios decorridos simultaneamente marcaram a derrocada do Império: a Questão

Militar e a Questão Religiosa.

• O imperador apoiava a maçonaria, entrando em conflito com a Igreja, descontente com sua
submissão ao Estado.

• Com a adesão de vários setores da sociedade, em 15 de novembro de 1889, Marechal


Deodoro da Fonseca proclamou a República no Brasil.

A monarquia tentou reagir mas foi inú l.

A república da Espada (1889-1894)


Deodoro da Fonseca

• Provisoriamente Deodoro seria o presidente do Brasil.

• Eram evidentes as divergências entre civis e militares, e entre Exército e Marinha.

• O Ministro da Fazenda lançou uma polí ca de industrialização, conhecida como encilhamento


- fracassou.

• Em 1891 foi promulgada a Cons tuição Republicana, baseada na Cons tuição dos Estados
Unidos.

• Caracterizava-se por defender o federalismo e as eleições diretas em todos os níveis.

• Deodoro foi eleito presidente da República e o marechal Floriano Peixoto foi eleito vice-
presidente, sendo de chapa oposta.

Reagindo a manifestações do Congresso,

Deodoro decretou estado de sí o.

• A Marinha e o próprio Exército reagiram contra Deodoro, que renunciou. Floriano


• São Paulo tentou barrar sua candidatura lançando o nome de Rui Barbosa; episódio que se
chamou campanha civilista.

• Hermes da Fonseca venceu as eleições e assumiu a Presidência da República.

• Foi lançado o salvacionismo, com o intuito de frear os abusos de poder das oligarquias nos
estados, por meio da intervenção de militares.

A República Velha: contradições e conflitos


Café e indústria

• O café atraiu mão de obra estrangeira e permi u a acumulação de capitais, o que possibilitou
o início da industrialização brasileira.

• A expansão cafeeira criou uma moderna rede de transportes e um sistema de créditos.

• A expansão cafeeira intensificou o trabalho assalariado e aumentou a renda nacional.

• A industrialização do país era restrita, devido ao conservadorismo dos governantes. A


siderurgia e a produção de bens de capital, por exemplo, não se desenvolviam.

Cacau e borracha

• A economia cacaueira foi favorecida pela conjuntura do mercado internacional.

• A borracha, no norte, também foi favorecida pelo mercado internacional, com a criação da
indústria automobilís ca.

• O cacau e a borracha sofreram, posterior-mente, com a concorrência da produção nas


colônias europeias asiá cas.

Urbanização e modernização

• São Paulo representava o dinamismo modernizador trazido pelo café.

• O Rio de Janeiro, na condição de capital, sofreu intenso processo de urbanização.

• Criação do programa de saúde criado por

Oswaldo Cruz.

A revolta da vacina

• Em nome da salubridade no Rio de Janeiro, cor ços foram demolidos, desalojando milhares
de pessoas no Rio de Janeiro.

• Reação popular contra a polí ca sanitarista arbitrária do governo (novembro de 1904).

A guerra de canudos

• A decadência da economia nordes na se acentuou com a crise iniciada na década de

1870.

• Formaram-se bandos de cangaceiros, com destaque para o de Lampião.


• Os imigrantes europeus trouxeram ideais libertários, que divulgavam por meio da imprensa
operária.

• A grande greve de 1917 teve importante par cipação anarquista.

• Houve dura repressão, mas a greve terminou

pela negociação entre operários e indus-triais.

• Foram adotadas medidas altamente coerci vas contra o movimento, que passou a ser
tratado como "caso de polícia".

• Aação organizada da massa operária era vista pelo patronato como uma ameaça ao poder
cons tuído.

O tenen smo

• Além dos operários, havia outros grupos de oposição ao poder dos cafeicultores: classe
média, militares, burguesia industrial etc.

• O ano de 1920 marcou o início de uma crise econômica.

• Antes, durante a Primeira Guerra, a balança comercial do país foi favorável.

• O governo de Epitácio Pessoa ameaçava cortar subsídios à valorização do café. Sofria também
oposição dos militares por ter se oposto ao aumento de soldos.

O levante do forte de Copacabana

• A ordem de fechamento do Clube Militar e a prisão do marechal Hermes da Fonseca


provocaram a revolta dos jovens oficiais do Exército (chamados genericamente de tenentes).

• Em 5 de julho de 1922, o forte de Copacabana se rebelou, disparando canhões e pedindo a


renúncia do presidente eleito (Artur Bernardes).

• Os militares revoltosos foram mortos, exceto Siqueira Campos e Eduardo Gomes.

• O Rio Grande do Sul entrou em guerra civil, mobilizando o governo federal para o
apaziguamento.

• Em finais de 1923, no Rio Grande do Sul, estourou outro movimento tenen sta.

A revolta de 1924 e a Coluna Prestes

• São Paulo foi núcleo de nova rebelião, em 5 de julho de 1924.

• O comando tenen sta marchou em direção ao Paraná e encontrou uma coluna de rebeldes
vinda do sul, começando a coluna prestes, liderada pelo Capitão Luís Carlos Prestes (que mais
tarde, se declarou comunista).

A semana da arte Moderna


- nacionalismo;

- an comunismo;

- controle do movimento operário.

• Crescia a industrialização, sobretudo a indústria bélica.

• A oposição era duramente reprimida.

• O exército italiano invadiu a E ópia (1935) e interveio na Guerra Civil Espanhola.

Alemanha

• A Alemanha foi o país mais afetado pela guer-ra, tendo assinado rendição incondicional e o
humilhante Tratado de Versalhes.

• Os líderes liberais que governavam o país foram incompetentes na tarefa de conter o


operariado, sob influência da Revolução

Russa.

• Soldados e direi stas puniam cruelmente os levantes operários, com o patrocínio da


burguesia.

• A República de Weimar (1919 a 1933) foi um período tumultuado na Alemanha.

• Em 1920, Adolf Hitler fundou o Par do Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães;

o Par do Nazista.

• Hitler tentou desfechar um golpe na Alema-nha, mas fracassou e acabou sendo preso.

• Em 1924, o país iniciou uma fase de recuperação econômica, favorecida pela ajuda financeira
dos Estados Unidos.

• Quando a bolsa de Nova York quebrou, os efeitos sobre a Alemanha foram mais desastrosos
do que em qualquer outro país da Europa.

• Esse caos favoreceu o crescimento do Par do Nazista.

• Hitler se tornou primeiro-ministro neutralizando oposições e ins tuiu uma ditadura


totalitária na Alemanha.

• Um dos sustentáculos do nazismo no poder era sua forte máquina de propaganda.

• A economia alemã se recuperou graças ao rearmamento.

O Fascismo ibérico

Espanha

• As eleições gerais na Espanha, em 1931, puseram fim à monarquia e implantaram a


república.

• Crescia o movimento operário e camponês.


• No dia 12 de setembro de 1939, tropas nazistas atravessaram a fronteira polonesa, depois de
firmar o Tratado de Não Agressão com a União Sovié ca. Isso garan a para a Alemanha uma
guerra com uma só frente.

• No dia 3 de setembro, Inglaterra e França declararam guerra à Alemanha.

A primeira fase da guerra

• Em pouco tempo, as divisões nazistas neutralizaram as forças francesas, deixando a Inglaterra


sozinha na luta contra os nazistas.

• A Itália entrou na guerra ao lado da Alemanha.

• A guerra se estendeu à África.

• Em julho de 1941, após a dominação dos Balcãs, os nazistas iniciaram a invasão da União
Sovié ca.

• No Oriente, o Japão man nha uma polí ca expansionista, entrando em guerra com a China.

• No dia 8 de dezembro, enquanto os sovié cos de nham o avanço nazista, os japoneses


atacavam Pearl Harbour, base naval americana localizada no Havaí.

• Dias depois, Itália e Alemanha declaravam guerra aos Estados Unidos.

A segunda fase da guerra: A derrota do eixo

• O ano de 1942 foi marcado por sucessivas derrotas das forças do Eixo, tanto na Europa como
no Pacífico.

• Em 1943, a Itália foi invadida pelos aliados.

Mussolini acabou preso e executado pelos italianos que lutavam contra o fascismo.

• Em junho de 1944, os Aliados desembarcaram uma poderosa força na Normandia e iniciaram


a libertação da França.• O Exército Vermelho avançava na frente leste e os americanos e
ingleses, na oeste, cercando a Alemanha.

• Hitler se suicidou em fins de abril de 1945.

Em maio os generais nazistas assinaram a rendição incondicional.

• No Pacífico, a guerra se prolongou até agos-to, quando os americanos lançaram duas bombas
atômicas sobre o Japão (Hiroshima e Nagasaki).

• Os japoneses assinaram a rendição, em setembro de 1945. A Segunda Guerra havia chegado


ao fim.

A par cipação do Brasil na guerra:

• A América La na estava na área de influência dos Estados Unidos.

• O Brasil, sob o governo de Getúlio Vargas, enviou a Força Expedicionária Brasileira (FEB) para
combater os nazistas na Itália.
• A Cons tuição de 1934 previa eleições diretas para todos os cargos, mas Vargas foi eleito
presidente da República pelo Congresso Nacional, com mandato até 1938.

A AIB, a ANL e o Estado Novo

• O surgimento da AIB (Ação Integralista Brasileira) e da ANL (Aliança Nacional Libertadora)


denotava a modernização polí ca do país.

• A AIB era reacionária, liderada por Plínio

Salgado. A ANL era socialista, liderada por Luís Carlos Prestes.

• Em 1935, Luís Carlos Prestes organizou um levante armado para depor Vargas e instaurar um
governo socialista no Brasil;

• Ar culava-se um golpe para a permanência de Vargas no poder. A jus fica va para o golpe foi
o Plano Cohen, plano comunista para tomar o poder. Era falso.

• Em 10 de novembro de 1937, Vargas fechou o Congresso Nacional e ins tuiu o Estado Novo,
de caráter autoritário.

A polí ca econômica

• O governo Vargas se fez intervencionista e protecionista da economia.

• A indústria foi o setor que mais se expandiu, bem como o setor de energia.

• Vargas criou a Companhia Siderúrgica Nacional com financiamento ob do nos

Estados Unidos.

Aspectos polí co-administra vos

• A legislação trabalhista transformou Getúlio Vargas no líder polí co mais popular do

Brasil.

• Contava com órgãos repressivos eficientes.

• O Estado Novo valeu-se também de uma bem montada máquina de propaganda, o DIP.

• A ins tuição do programa radiofônico a

Voz do Brasil permi a ao governo difundir as mensagens do seu interesse em todo o território
nacional

• Foi criado o Dasp - Departamento de Administração do Serviço Público.


O segundo governo de Getúlio Vargas

• Em 1950, Vargas foi eleito presidente do Brasil pela via direta.

• Procurou atender às reivindicações populares e retomou a polí ca econômica nacionalista.


Nasceu a Petrobras.

• A oposição se tornava cada vez mais sistemá ca e virulenta, sempre liderada pela UDN de
Carlos Lacerda. As pressões contra o governo Vargas foram imensas (1953).

• Vargas pronunciou um discurso denunciando os altos lucros das empresas estrangeiras.

Dessa forma, as pressões contra o governo de Vargas faziam parte de uma estratégia do grande
capital para combater governos e par dos com projetos nacionalistas.

• As condições para o golpe surgiram em 1954. Gregório Fortunato, chefe da guarda pessoal do
presidente, organizou um plano para eliminar Lacerda, que malogrou.

• Força Aérea, UDN e outros setores civis e militares pediam a renúncia do presidente,
responsabilizado pelo atentado.

• Na manhã do dia 24 de agosto de 1954, Vargas se suicidou, e a no cia comoveu a população.


O suicídio foi o úl mo lance polí co de Vargas contra seus opositores.

Juscelino Kubitschek e Jânio Quadros

• A aliança entre PTB e PSD elegeu Juscelino Kubitschek para presidente do Brasil. A UDN
conspirou contra as eleições e contra a posse de JK.

• JK assumiu o governo em 31 de janeiro de 1956, tendo como lema desenvolver o Brasil

50 anos em 5.

• Rodovias, indústria automobilís ca, construção de Brasília e o crescimento da economia


configuraram o desenvolvimen smo de JK.

• O desenvolvimento industrial se fez com maciça entrada de capital estrangeiro, levando


muitos empresários brasileiros a se associar ao capital externo.

• Expandiu a polí ca econômica de Vargas, voltada para a produção de bens de produção, e


es mulou a produção de bens de consumo.

• A polí ca econômica de JK se apoiava nas análises da Cepal (Comissão Econômica para a


América La na) e nos projetos do BNDE (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico).

• A inauguração de Brasília fazia parte de um projeto de interiorização do desenvolvimento.

• Os grandes inves dores foram os maiores beneficiados com a expansão econômica.

• A criação da Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) não minimizou a


pobreza do nordeste brasileiro. A inflação aumentou, provocando reações de setores sociais
que antes apoiavam JK.

• Jânio Quadros. candidato pela UDN, venceu as eleições de 1960, prometendo moralizar a
administração pública e conter o "descalabro financeiro" do governo anterior.
• Foram cassados os direitos polí cos dos três úl mos presidentes: Jânio Quadros, João
Goulart e Juscelino Kubitschek, entre outros polí cos contrários ao golpe.

• Em junho de 1964, foi criado o Serviço

Nacional de Informações.

• As Forças Armadas estavam divididas entre os militares de linha-dura e os militares


castellistas, cujo ideólogo era o general Golbery do Couto e Silva.

• Em 1965, foi decretado o AI-2, que ex nguiu os par dos polí cos anteriores ao golpe,
criando dois par dos: Arena (Aliança Renovadora Nacional), governista, e MDB (Movimento
Democrá co Brasileiro), a oposição.

• O Congresso Nacional foi fechado e os polí cos inconvenientes ao regime foram cassados.

• A Lei de Segurança Nacional impedia o retorno dos an gos polí cos que formavam a Frente
Ampla.

• Em janeiro de 1967, foi promulgada pelo Congresso Nacional (reaberto) uma nova
cons tuição. Foi eleito indiretamente o novo presidente - Costa e Silva.

• Foi morto pela polícia do Rio de Janeiro o estudante Edson Luís, durante uma manifestação
oposicionista. Mobilizou-se uma onda de protestos na an ga capital da República, envolvendo
estudantes, polí cos do MDB, Igreja e líderes operários.

• A luta armada passou a ser uma alterna va polí ca.

• Em 13 de dezembro de 1968, foi decretado o AI-5, fechando o Congresso, cassando polí cos
do MDB e censurando os meios de comunicação.

• A Junta Militar, que subs tuiu Costa e Silva em 1969, fortaleceu ainda mais o Estado, por
meio da Emenda Cons tucional n° 21.

• Foi criada a pena de morte e indicou-se o novo presidente - Emílio Garrastazu Médici.

• Aação conjunta das Forças Armadas e da polícia desmantelou a esquerda armada, por meio
de tortura, mortes e prisões arbitrárias.

A polí ca econômica e social

• Castello Branco havia ins tuído o Plano de Ação Econômica de Governo, com o intuito de
conter a inflação.

• Houve grande concentração de renda nesse período.

• O Brasil tomou vultosos emprés mos. O capital estrangeiro entrou em massa no país.

• A televisão teve importante papel na difusão de uma imagem de prosperidade do país.

• O Produto Interno Bruto do Brasil cresceu e a inflação se manteve baixa; era o chamado
Milagre Brasileiro, que se fundamentava na produção industrial.
A Nova República

• Tancredo Neves faleceu, deixando o poder para José Sarney. Criou-se uma nova moeda, o
cruzado, e foram congelados os preços e salários por um ano.

A cons tuição cidadã

• A Cons tuição de 1988 ampliou os direitos sociais e polí cos do cidadão, tendo sido votada e
aprovada.

As eleições no Brasil democra zado

• Fernando Collor de Mello e Lula disputaram o segundo turno das eleições de 1989, vencido
pelo primeiro.

• Collor confiscou as poupanças e rendimentos dos brasileiros. Iniciou um programa de


priva zações. Demi u funcionários públicos.

• Não conseguiu conter o desemprego, a inflação e a estagnação econômica.

• Em 1992, foi inves gado e incriminado por corrupção, sofrendo processo de impeachment e
afastado da Presidência da República.

• Assumiu o poder seu vice, Itamar Franco, que nomeou Fernando Henrique Cardoso como
Ministro da Fazenda. FHC foi autor do Plano Real, criou uma nova moeda e conteve a inflação
no Brasil.

• FHC foi eleito presidente da República, em 1994, e reeleito em 1998.

• Em 2002 foi eleito Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, reeleito em 2006.

O Mercosul

• O Mercosul - Mercado Comum do Sul - foi criado em 1990, com Brasil, Paraguai, Uruguai e
Argen na criando uma zona de livre comércio.

A Era FHC e o governo Lula

• O governo FHC teve como prioridades manter a estabilidade da moeda, o Real, o equilíbrio
fiscal e a confiança dos inves dores estrangeiros.

• A dívida externa cresceu. A miséria, o desem-prego, a economia informal e a concentração de


renda cresceram.

• O crescimento da violência nos grandes centros urbanos está ligado aos dados de pobreza e
deficiência da educação.

• Em seu novo mandato, FHC manteve seu plano de governo e a mesma polí ca eco-nômica.

• Eleito em 2002, Lula manteve a mesma polí ca fiscal e monetária do governo anterior.
• Em 1949, a União Sovié ca explodiu a primeira bomba atômica, se igualando aos Estados
Unidos. A corrida armamen sta havia se iniciado, caracterizando a Guerra Fria.

• Os sovié cos organizaram o Pacto de Varsóvia, se contrapondo à Otan.

O período da Guerra Fria

• Enquanto durou a guerra contra o Eixo, os Aliados conseguiram manter relações de amizade
e cooperação.

• Na Conferência de Potsdam, em julho de 1945, o presidente dos Estados Unidos

Truman - declarou que lutaria contra a influência sovié ca no Leste Europeu.

Anunciava-se a Guerra Fria, ou conflito polí co-ideológico travado entre Estados Unidos e
União Sovié ca.

• A consciência de que uma guerra nuclear destruiria o planeta impediu o enfrentamento


militar direto entre as duas potências.

• A sociedade americana foi acome da de uma verdadeira paranoia em relação à

"ameaça comunista", criando-se assim um clima de "caça às bruxas". O senador Joseph


MacCarthy criou o Comitê de A vidades An americanas, inves gando os suspeitos de terem
ideias comunistas.

A descolonização

• Um dos fenômenos que marcaram o pós-guerra foi a descolonização da Ásia e da Africa. Os


países europeus que possuíam colônias saíram enfraquecidos da guerra. A própria vitória dos
países democrá cos na guerra reforçava os ideais de liberdade, o que tornava o colonialismo
imoral.

• A evolução econômica e social das áreas coloniais foi um fator de descolonização.

• O nacionalismo, em determinados territó rios, exerceu importante papel ideológico na luta


pela libertação. Em outras áreas as rivalidades tribais vieram à tona.

• A elite europeizada, que conduziu a luta pela independência, teve dificuldades em resolver
esses problemas internos.

• As contradições entre os interesses dividiam também a sociedade colonial, levando à


formação de organizações polí cas que nham ideologias opostas.

• O processo de descolonização se complicava ainda mais com a Guerra Fria. Não raro a luta
contra o colonizador era seguida de uma prolongada guerra civil pelo poder, após a
independência.

A revolução chinesa

• A China foi par lhada pelos países colonialistas em áreas de influência.


A Guerra do Vietnã

• A Indochina era uma zona colonial fran-cesa, tendo sido ocupada pelos japoneses durante a
Segunda Guerra Mundial. A luta contra os invasores assumiu um caráter an colonial.

• Após a derrota do Japão, a França tentou retomar o controle da região.

• O movimento de libertação do Vietnã (In-dochina), liderado por Ho Chi Min, havia ins tuído a
República Popular do Vietnã (socialista) no norte do país.

• A França declarou guerra à Indochina, sendo vergonhosamente derrotada (1954).

• Os Estados Unidos começaram a intervir militarmente no Vietnã, mas não conseguiram


derrotar as forças comunistas.

• Em 1973, os Estados Unidos re raram suas tropas do Vietnã, que se unificou sob um governo
comunista.

O nascimento de Israel

• O nascimento do Estado de Israel não pode ser considerado como resultado de uma luta
an colonial, embora tenha ocorrido no contexto da descolonização.

• Com o fim da Segunda Guerra, ganhou força o movimento sionista para a fundação de um


Estado judeu.

• A Pales na era habitada por uma população de maioria árabe, mas muitos colonos judeus já
haviam adquirido terras. O Estado de Israel foi fundado formalmente em 1948.

• Eclodiu a guerra entre árabes e judeus pela posse do território. A rápida vitória dos judeus
provocou a diáspora do povo Pales no.

• A par r de 1950, com a Lei do Retorno, aumentou a imigração de judeus para Israel.

• O estado de beligerância entre árabes e judeus se tornou permanente.

• A par r de 1964, a Organização para a Libertação da Pales na (OLP), sob o comando de


Yasser Arafat, intensificou a luta contra Israel.

• O uso do terrorismo como arma polí ca contribuiu para aumentar a tensão na região.

• A OLP e o governo de Israel concordaram que se instalasse um regime de autonomia limitada


para os pales nos na Faixa de Gaza, em Jericó e na Cisjordânia.

• Setores ligados ao fundamentalismo islãmico se recusaram a reconhecer os acordos


assinados por Arafat.

• Nos úl mos anos, a questão de agravou.

Atentados levados a cabo por radicais pales nos e sangrentas retaliações das forças

israelenses se repetem.

A América La na
• Em 1985, com a morte de Tchernenko, Mikail Gorbatchov, assumiu o poder, e implementou a
glasnost (transparência) e a perestroika (reconstrução) - dois princípios básicos das reformas
propostas pelo novo líder.

• Em dezembro de 1987, Gorbatchov assinou acordo com os Estados Unidos, prevendo a


destruição dos mísseis atômicos.

• Em março de 1989, o povo sovié co escolheu parte do Congresso nas primeiras eleições em
que se apresentaram candidatos não comunistas.

• Por essa época, já se falava na adoção de incen vos à produção.

O fim da Europa socialista

• Os países influenciados pela União Sovié ca chegavam a um impasse polí co, social e
econômico.

• Em setembro de 1989, já havia sido formado um movimento democrá co semiclandes -no


chamado Neues Fórum.

• Simbolicamente, a Guerra Fria chegou ao fim quando o Muro de Berlim foi aberto no dia 9 de
novembro de 1989.

• Em outubro de 1990, oficializou-se a reunificação da Alemanha.

O neoliberalismo e a globalização

A Inglaterra

• A aplicação de polí cas monetaristas e recessivas foi a saída para a crise que o capitalismo
vivenciou em fins dos anos 70. Essas polí cas foram tomadas por Margareth Tha-tcher, líder do
Par do Conservador inglês, indicada para o cargo de primeira-ministra da Inglaterra, em maio
de 1979.

• Depois, o neoliberalismo dos conservadores foi condenado pelos eleitores britânicos,


principalmente pelos seus resultados sociais.

•Embora os trabalhistas tenham chegado ao poder, não tomaram medidas alterna vas ao
modelo neoliberal.

• Os trabalhistas con nuaram no poder durante o governo de Gordon Brown, o sucessor de


Tony Blair. Com a crise econômica iniciada em 2008, o governo trabalhista ficou ainda mais
desgastado, e Brown passou a enfrentar uma forte oposição dentro do próprio par do.

Os Estados Unidos

• Em 1981, Ronald Reagan assumiu a presidência do país, conduzindo uma polí ca econômica
semelhante à do modelo neoliberal inglês.
• O país experimentou intenso crescimento até o início da década de 1990, quando ocorreu
sua unificação com a Alemanha

Oriental.

• O Japão passou por reformas democrá cas no pós-guerra e iniciou um período de arrancada
em sua economia.

• Um dos fatores desse processo foi a Guerra da Coreia, já que o Japão abastecia as tropas
americanas envolvidas no conflito.

• Em 1972, o Produto Interno Bruto do Japão já era o segundo no ranking das economias
capitalistas mundiais.

• Os produtos japoneses superaram no mercado mundial as tradicionais marcas europeias (por


exemplo, relógios suíços e máquinas fotográficas alemãs) e americanas (como televisores e
automóveis).

• Em dezembro de 1991, o Japão comemorou mais de 60 meses de crescimento con nuo.

• O surto de crescimento econômico japonês foi interrompido em 1992, provocando sucessivas


quedas no valor das ações na Bolsa de Valores de Tóquio.

Os gres asiá cos

• Os gres asiá cos cons tuem um polo de desenvolvimento industrial importante. São eles
Hong Kong, Taiwan, Cingapura, Malásia e Coreia do Sul. Formaram a Associação de Cooperação
Econômica da Ásia e do Pacífico.

• Produzem bens de consumo diversificados e conquistaram uma fa a importante dos

mercados ocidentais.

A Comunidade Econômica Europeia e a União Europeia

• A Comunidade Econômica Europeia (CEE) foi ins tuída em 1957 pelos Tratados de Roma, com
o obje vo de criar um mercado comum na Europa, com a eliminação gradual das barreiras
alfandegárias.

• Reunia inicialmente Bélgica, França, Alemanha, Itália, Luxemburgo e Países Baixos.

• Foi depois ampliada com o ingresso de Inglaterra, Dinamarca, Irlanda, Espanha,

Portugal e Grécia.

• Em 1993 entrou em vigor o Tratado de Maastri-cht, com a formação da União Europeia (UE).

• Por esse tratado, configurou-se na Europa um espaço sem fronteiras internas, com livre
trânsito de mercadorias, pessoas, serviços e capitais.

• Posteriormente, entraram no bloco muitos países europeus, incluindo vários do Leste.

• Em 2008 a UE englobava 27 países e cerca de 500 milhões de pessoas.

• A integração deu um passo decisivo em 2002, com a adoção de uma moeda única, o euro.

• A maior potência industrial da UE é a Alemanha.


muçulmanos, guerrilheiros, paramilitares colombianos ou traficantes dos morros cariocas, mas
há duas coisas em comum que os une: são habitantes de países pobres e são jovens." Em todos
os grandes encontros de en dades mundiais que reúnam representantes de países pobres, o
apelo é um só: condições mínimas de trabalho para uma sobrevivência digna. Claro que há as
diferenças culturais, mas elas estão cedendo lugar às necessidades humanas mais básicas.
Dessa forma, embora o conflito se manifeste como conflito de culturas, a sua raiz é econômica
e social.

A situação demográfica parece comprovar a tese do pesquisador americano: metade da


população do mundo tem menos de 24 anos.

Cerca de nove em cada dez desses jovens vivem em países em desenvolvimento (na verdade
um eufemismo para dizer pobre). Um bilhão dessas pessoas precisarão de emprego na próxima
década. Sessenta por cento delas vivem na Ásia e quinze por cento na África. Na verdade não
há muita opção: "dignidade ou desespero, trabalho ou inanição"

Essa contradição foi acentuada pela globalização da economia, que colocou os países pobres
diante de um dilema aparentemente insolúvel.

Não conseguem se integrar sa sfatoriamente à economia globalizada, devido à incapacidade


tecnológica e financeira, mas também não uras, conseguem se isolar dela. Isso tem, inclusive,
provocado deslocamentos populacionais importantes, impossíveis de serem con dos pelas leis
que restringem a imigração.

Internamente, em países como o Brasil, a Índia e a China, criam-se também enormes tensões
sociais devido a uma nova desigualdade criada pela globalização. Setores econômicos,
profissionais e culturais estão afinados com o novo mundo globalizado, estando integrados a
ele em termos de consumo, conhecimento, renda e cultura. Mas uma imensa massa, embora
envolvida pela globalização, não consegue se integrar a esse "admirável mundo novo". Te-mos,
assim, os cidadãos do mundo, formando uma verdadeira elite, e uma enorme massa de
excluídos. A desigualdade mundial entre países ricos e pobres se reproduz internamente nos
chamados "países emergentes".

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