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ARTE EGÍPCIA

Povo egípcio é um dos mais antigos e curiosos do mundo

A arte egípcia é uma das expressões artísticas das antigas civilizações que são mais apreciadas até os dias de
hoje. É considerada arte egípcia toda expressão artística feita no Egito Antigo, seja na pintura, nas esculturas, na arte
decorativa, na arquitetura e outras formas.
As obras da arte egípcia eram muito ligadas à religiosidade desse povo. Então, grande parte da obra é feita em
homenagem aos deuses egípcios. As obras representavam ainda eventos políticos, por isso o faraó é uma das figuras
mais vistas nas obras da arte desse povo.
As características da arte da civilização egípcia duraram por todo o período de existência desse povo. Estima-
se que tenham vivido cerca dos últimos três mil anos antes de Jesus Cristo. As cores, os formatos e as modelagens
eram seguidas por todos os artistas da época.
As cores eram muito utilizadas por esse povo, e elas eram obtidas através de extração de produtos minerais e
misturas. Além de dar beleza às peças e pinturas, as cores tinham significados próprios.
O preto, por exemplo, era extraído do carvão de madeira ou do óxido de manganésio, e estava ligado à morte e
à noite ou, por vezes, a fertilidade e a regeneração. Já o branco, obtido da cal ou do gesso, representava verdade e
pureza.
Outras cores muito utilizadas na produção da arte egípcia foram o vermelho, o amarelo, o verde e
o azul.
Todas eram extraídas de materiais da natureza e utilizadas de acordo com suas características e crenças.

A Lei da Frontalidade da arte egípcia

Uma das mais conhecidas formas de expressões da arte egípcia eram as pinturas. Elas são encontradas em
vários locais onde essa civilização viveu. As Pirâmides do Egito, por exemplo, são repletas de pinturas e cores, que já
se desgastaram por conta da ação do tempo.
As imagens remontam as histórias dos faraós e, consequentemente, períodos da história desse povo. As
pinturas deixam claro a devoção do povo pelos faraós, que era visto como um deus na terra, por isso, nas pinturas, ele
é sempre a maior das figuras.
Mas uma das mais fortes características estéticas das pinturas da arte egípcia é a chamada Lei da Frontalidade.
As representações das pessoas são feitas da seguinte forma: os olhos, o peito e os ombros são representados de frente,
enquanto a cabeça e as pernas ficam de lado.
Os olhos são vistos de frente, pois acreditava-se que essa era a maior característica das pessoas. Essa forma de
mostrar o corpo só permitia três pontos de vista: de perfil, de frente e de cima.
Acreditou-se por muito tempo que essa forma de pintar as pessoas se dava a falta de técnicas dos artistas.
Porém, hoje acredita-se que essa técnica era utilizada para mostrar o máximo possível o corpo humano.

Características da arte egípcia

A arte egípcia teve diferentes momentos na história dessa civilização. Apesar de manter sempre as maiores
características, algumas delas vão passando por pequenas alterações, por reflexo dos períodos da história do povo.

Época Tinita (3100 - 2686 a.C.)

Alguns dos mais antigos exemplos de expressões artísticas dos antigos egípcios são da Época Tinita. Esse
período marca a união do Alto Egito com o Baixo Egito. Apesar de poucos itens terem sobrevivido ao tempo, de cerca
de 3.100 anos a.C., alguns túmulos e fachadas dão ideia da arte egípcia da época.
Percebe-se ali, alguma influência da arte mesopotâmica, com base em povos anteriores aos egípcios. Data dessa
época ainda materiais feitos com adobe cozido ao sol. Esse material, mais antigo que o tijolo de barro, foi substituído
pelo uso das pedras.

Reino Antigo (2686 - 2160 a.C.)

Na época seguinte, percebe-se mudanças na arte egípcia, principalmente na arquitetura. Com o uso da pedra, as
construções passam a ficar maiores. É nessa época também que a figura do faraó começa a ser vinculada à eternidade.
Surge o primeiro construtor egípcio a ficar com o nome conhecido: Imhotep. Ele ainda foi médico e
engenheiro. É ainda nesse período que a mastaba, uma espécie de túmulo egípcio, passa a ser usada no sepultamento
de faraós e nobres.
Os túmulos inicialmente tinham formatos retangulares ou de pirâmide truncada. Mais tarde, com o
desenvolvimento do Egito, surgem as famosas pirâmides faraônicas de Gizé, cujo complexo abrange as pirâmides de
Quéfren, Quéops e Miquerinos, além da Esfinge de Gizé.
Apesar das construções monumentais datadas desse período, é nesse mesmo tempo que surgem as estátuas
retratos. As proporções das estátuas tornam-se mais reais, e as figuras passam a ter maiores semelhanças com os
humanos.
As estátuas da arte egípcia estavam quase sempre nas mesmas posições. De pé, com o pé esquerdo à frente, ou
sentadas, com o braço direito sobre as pernas e, mais tarde, surgem as estátuas sentadas de pernas cruzadas.
Outra característica dessa época é que as estátuas masculinas tinham cores mais escuras, enquanto as femininas
tinham cores mais claras. Eram usados na composição das estátuas granito, basalto, calcário, alabastro, xisto e diorite.

Primeiro Período Intermediário (2160 - 2055 a.C.)

Na arte egípcia, esse período marca um grande avanço na literatura. O Egito passava por sérios problemas
políticos e as províncias tonam-se independentes. Isso permite que os escribas tenham maior liberdade nas suas
escritas.
Porém, nessa época, outras expressões artísticas são quase escassas. Os poucos registros que existem mostram
que uma baixa na admiração pelo Faraó, leva os artistas a expressarem as artes para pessoas comuns, dando a mesma
ênfase que nas produções para o soberano.

Reino Médio (2055 - 1650 a.C.)

Nesse período ocorre uma retomada nas construções de pirâmides, porém, essas não alcançam a altura e
grandiosidade das anteriores. Atualmente, essas construções não estão mais de pé, restando apenas alguns escombros.
A mais alta delas alcançou 78 metros.
Outra característica dessa época da história da arte egípcia é o trabalho com joalherias, além dos amuletos,
pentes e outras peças. Destaca-se ainda as famosas peças em faiança, como os hipopótamos. As peças desse material
tinham grande destaque por suas cores esmaltadas.
É dessa época ainda que data as pinturas seguindo a Lei da Frontalidade. É também nesse período que surgem
as estátuas dos faraós com as mesmas posições e sem expressões. Além dessas, surgem as estatuetas de outras pessoas,
que tem mais movimento e expressividade.
Outro importante marco da arte egípcia é o uso do Lápis Lazúli. A pedra foi muito utilizada por esse povo com
várias finalidades. Por conta da sua cor azul e grande beleza, era usada em amuletos e várias outras peças de artes
decorativas, sozinha ou misturadas a outras peças.
O Lápis Lazúli era utilizado ainda pulverizado para cobrir os olhos dos mortos. Acreditava-se que por conta da
sua cor, que representava a água, essa prática ajudava os mortos na passagem para a próxima vida. Além disso, foi
muito utilizado sendo dissolvido em água para maquiagem das mulheres.

Segundo Período Intermediário (1650 - 1550 a.C.)

Esse é um dos períodos que menos se sabe sobre a cultura e a arte egípcia. Isso se deu por conta de outra crise
na política, além da invasão de povos de fora. Mas a matemática e a medicina, por exemplo, foram campos que
continuaram a produzir conteúdo.

Reino Novo (1550 - 1069 a.C.)

Ao se recuperar do último momento de crise, a arte egípcia retoma os seus antigos costumes, principalmente
na arquitetura. Algumas construções dessa época ainda estão de pé. Uma novidade são as novas tumbas dos faraós que
não são mais feitas em pirâmides, e sim, em rochedos.
Nesse período as esculturas dos faraós ganham novas características, passando a ser representados em
situações da vida familiar. As esculturas passam a ter formatos mais orgânicos e pouco geométricos, como os
membros da família real, que eram representados com crânios mais longos.
Existem divergências sobre o motivo desse formato nas esculturas. Estudiosos acreditam que a família real
poderia sofrer de síndrome de Marfan, quando alguns membros do corpo tendem a crescer desproporcionalmente. Já
outros acham que isso era apenas um estilo adotado pela arte da época para diferenciar a família real.

Terceiro Período Intermediário (1069 - 664 a.C.)

Esse período é marcado por uma queda no poder do faraó, mas na arte egípcia, se destaca pelo avanço na
produção de peças de metais. Alguns destaques são as máscaras funerárias dos reis Psusenes I e Chechonk II e o
pendente em ouro de Osocor II.

Época Baixa (664 - 332 a.C.)

Desse período, destacam-se as obras arquitetônicas e o retorno ao uso da arte egípcia do Reino Antigo. É nessa
época que surge a chamada "arte lambida", originada do apreço dos artistas pelo trabalho com pedra polida.

Reino Ptolomaico (332 - 30 a.C.)

Nesse período em que o Egito começa a entrar em declínio e passa a ser assumido por outras potências, as artes
passam a ser reproduzidas por esses novos povos. Nas obras, os reis eram representados das mesmas formas que os
faraós eram na arte egípcia.

RESUMO DA ARTE EGÍPCIA

PINTURA E A ESCULTURA EM BAIXO E ALTO-RELEVO

Lei da Frontalidade –> representação da figura humana em que o troco era


representado de frente para o observador e a cabeça, os braços, as pernas e os pés representados de perfil.
• Os homens eram pintados de vermelho e as mulheres de amarelo.
• Uso abundante de cores vivas e de escrita hieroglífica nas paredes de templos e túmulos.
•Representação de episódios da vida quotidiana do falecido nas paredes dos túmulos. Na grande maioria a história do
Faraó, ou sacerdotes e ou Governadores, etc.

ESCULTURA

• A representação da figura humana:


- Rigidez da postura.
- Ocultação de traços físicos desfavoráveis.
- A sua apresentação era sempre feita de pé dando um passo à frente, sentada ou estando de joelhos cruzados.

ARQUITETURA

• Construções de grandes proporções (palácios e templos).


• Os egípcios foram os primeiros a usar a coluna nas construções.
•Monumentos funerários (ordem de aparecimento):
1º - Mastabas.
2º - Pirâmide de degraus (Saqara).
3º - Pirâmide de paredes lisas (Gizé).
4º - Hipogeus (Vale dos Reis; Vale das Rainhas).

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