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➢ O que é estética;
➢ O belo e o feio;
➢ A estética da arte indígena e africana;
➢ Kant e a crítica do juízo estético;
Introdução
Observe essas duas imagens. O espaço de tempo que as separa é de séculos e ambas são expressões
artísticas. A primeira é uma escultura grega que representa os ideais de beleza de sua época, focados na
harmonia, no equilíbrio e na proporção das formas. A segunda é do norte-americano Basquiat, grafiteiro das
ruas de Nova York e que adquiriu fama, expondo nas mais famosas galerias do mundo.
O contraste entre as duas obras pode nos confundir, levando-nos a perguntar: O que é arte? O que é
necessário para identificar uma obra artística? Se a arte visa à beleza, como pode representar o feio, o
trágico, a dor? Será que os críticos são unânimes em detectar o que é obra de arte? Gosto se discute? É
preciso educar a apreciação artística?
Por exemplo, um dos famosos quadros de Picasso é Guernica, nome da cidade basca, na Espanha,
bombardeada pela aviação alemã nazista, com a conivência do general Franco, em 1937. O pintor,
conhecido pelo uso de cores fortes, usou nessa tela apenas o branco, o cinza e o preto. Figuras recorrentes
em suas obras, o touro e o cavalo — este na agonia da morte —, permeiam as vítimas impotentes diante da
desgraça. Não se trata de uma tela agradável, pelo contrário, representa a tragédia, expressa no sofrimento e
desespero das vítimas. E, no entanto, é bela.
Assim diz Mikel Dufrenne:
“Mas o que é, então, o belo? Não é uma ideia ou um modelo. É uma qualidade
presente em certos objetos — sempre singulares — que nos são dados à percepção. (...) O
objeto belo me fala e ele só é belo se for verdadeiro. Mas o que me diz? Ele não se dirige à
inteligência, como objeto conceitual (...), nem à vontade prática como objeto de uso (...), nem
à afetividade como o objeto agradável ou amável: primeiramente ele solicita a sensibilidade
para arrebatá-la”.
DUFRENNE, MIKEL. Estética e filosofia. São Paulo: Perspectiva, 1972. pp. 45-46.
Arte Africana
As artes das sociedades da África foram, antes, rotuladas no singular, por terem sido chamadas de
"arte primitiva" ou "selvagem“ dado o ínfimo interesse europeu inicial à essas produções. Baseavam- se
apenas no lema “conhecer para melhor dominar”, tratando a produção estética africana como objeto
científico.
Mas, após seu reconhecimento, for percebido que não há máscaras sem música nem dança, e que há
um design digno de nota desde tempos imemoriais na África. Exposição nenhuma jamais poderia recuperar
a força das rochas, fontes e matas que abrigavam estátuas, nem o ambiente dos palácios, templos, altares em
que se situavam ou ao menos seu caráter representativo.
Em lado filosófico, a evocação dos mitos nas artes da África é um tributo às origens com vistas à
perpetuação(para o futuro) da cultura, da sociedade, do território. Relatando, com isso, o tempo transcorrido
e tocando no problema da espacialidade e da oralidade. Um exemplo é a máscara kpeliée kponungo
Dosenufos que não é feita apenas para dançar, mas para celebrar tais mitos. A forma superior da máscara
kpelié representa um pássaro associado à origem dessa cultura. Ela, assim como outras criações estéticas da
África, constela aspectos de tudo o que envolve a humanidade o Homem em sua interioridade sensorial e na
sua relação com o mundo ao redor. Ou mesmo uma clara alusão à consciência do Homem sobre a
magnitude da Natureza e de sua relação intrínseca com ela, como as estátuas “de pregos” dos bakongo que é
uma um conglomerado composto por uma figura humana de madeira e uma parafernália de outros materiais
vegetais, minerais e animais.
O deserto do Saara atuou e continua atuando
como uma barreira natural entre o norte da África e o resto
do continente, mas, através de rotas de comércios desde a
antiguidade, há sempre indícios de influências entre essas
duas zonas. E foi nessa região, deserto do Saara, que
foram encontradas as primeiras manifestações artísticas
remontando ao período pré-histórico (6000 AC ao século I
da nossa era):são as pinturas e gravações em pedra de
Tassili e Ennedi, feitas por povos nômades pastores e
caçadores, os quais usavam da pintura para sua expressão,
muito provavelmente, principalmente para os pastores,
essas pinturas faziam parte de seus ritos de iniciação para
a vida adulta, tema frequente da arte primitiva, esses desenhos têm, com frequência, a representação de
animais (inclusive extintos) e humanos armados para caça-los. As figuras desses animais costumam estar
divididas em quatro fases. Veja duas delas:
Bubalus Antiquus: é a primeira delas, em que são representados animais selvagens (como o extinto
búfalo) normalmente em larga escala e com preocupações naturalísticas, como a riqueza de detalhes. Reflete
um estilo de vida caçador.
Período Pastoralista: que apresenta menor preocupação com o naturalismo e com os detalhes,
representações.
Os povos fixos costumavam fazer seus objetos de arte, como as esculturas, como estátuas,
utilizando diversos elementos da natureza. Essas obras já têm como autores os povos agricultores como os
Ifes, cuja cultura floresceu entre o ano 1000 e 1500 da Era Cristã, na região da Nigéria e eram conhecidos
pelo seu estilo de esculturas em bronze mais naturalistas (o que, uma fez, já se fez pensar em uma possível
influência grega).
A máscara, símbolo artístico mais famoso africano, representa o tipo de cara da sociedade a qual
pertence, desta maneira, o aspecto da mesma tem um significado estritamente iconográfico, simbolizando
nas suas figuras relíquias do Poder Sagrado de Deus e da Natureza.
A máscara protege, capta a força vital, se completa com a vestimenta, ainda que seja considerada
em alguns casos, a cabeça, como lugar onde reside a força vital. Sua função é reafirmar em intervalos
regulares a verdade e a presença dos mitos na vida cotidiana. Assegurar a vida coletiva em todas as suas
atividades. Tenta tirar o homem de sua degradação no tempo histórico mediante representações. Que o
homem adquira consciência de seu lugar no universo.
ARTE INDÍGENA BRASILEIRA
Na arte indígena é usada ampla variedade de elementos naturais para confeccionar seus objetos:
madeiras, caroços, fibras, palmas, palhas, cipós, sementes, cocos, resinas, couros, ossos, dentes, conchas,
garras e belíssimas plumas das mais diversas aves. Apesar do uso mesmo material, a arte entre as tribos é
diversificada. Cada tribo tem sua singularidade e sua forma de expressão. Os estilos da pintura corporal, do
trançado e da cerâmica variam significativamente de uma tribo para outra.
No século XVIII, o filósofo Kant teoriza na obra Crítica do juízo sobre a nossa capacidade de formular
julgamentos, entre eles, o juízo estético do gosto. Reconhece a sensação de prazer provocada pelo objeto no
sujeito que o aprecia. E ainda mais, que essa apreciação é desinteressada, não visa à aplicação prática
imediata, mas apenas ao deleite, à fruição.
Vejamos alguns exemplos.
Se apreciamos uma igreja gótica, podemos considerá-la bela, independentemente de saber se ela teve e
ainda tem como finalidade o culto religioso, se ela levou séculos para ser finalizada ou se exigiu o trabalho
penoso e não reconhecido de milhares de artesãos anônimos. O mesmo se contemplamos as pirâmides do
Egito, construídas por escravos para a ostentação dos poderosos.
Nada disso nos interessa quando as contemplamos esteticamente — igreja e pirâmide
— porque nos voltamos apenas para o prazer ou desprazer que resulta dessa contemplação.
Identifiquemos o que foi dito em duas citações bem conhecidas de Kant:
“Gosto é a faculdade de julgamento de um objeto ou de um modo de
representação, por uma satisfação, ou insatisfação, sem nenhum interesse. O
objeto de uma tal satisfação chama-se belo. O belo é aquilo que, sem conceitos,
é representado como objeto de uma satisfação universal”.
KANT, Immanuel. Crítica do juízo.São Paulo: Abril Cultural, 1980. p. 215.
Justamente por ser a percepção da beleza sentida como satisfação, prazer, fruição, é que ela se
apresenta sem conceitos, apenas como juízo estético. Ou seja, não há uma regra, um fundamento conceitual
para emitir esse julgamento. Mesmo assim, Kant acrescenta que o belo agrada universalmente, não no
sentido de que todos devam apreciar a beleza de modo igual, mas porque encontramos naquele objeto algo
que poderia ser apreciado por outros. Por exemplo, quando lemos um poema que nos agrada, tendemos a
mostrá-lo a outras pessoas nas quais, esperamos, provocará o mesmo prazer.
Além disso, Kant destacou outras características da arte, tais como a originalidade e a exemplaridade.
De fato, o talento do artista está em fazer não o que já está estabelecido por regra, mas algo original. Só
então sua inovação poderá servir de modelo, de exemplar transformado em medida e regra de apreciação e
imitado por seguidores.
Transpondo essas ideias para os dias de hoje, percebemos a dinâmica da atividade artística, em que os
artistas iniciantes frequentam museus, copiam inicialmente os mestres que os influenciam, para só então
buscar o estilo próprio, aquele que irá, por sua vez, lhes conferir (se conseguirem...) a originalidade artística.
Os artistas que inovam constituem a vanguarda e por isso mesmo nem sempre são compreendidos ou
aceitos em um primeiro momento, por desafiarem a sensibilidade corrente no seu tempo. Seguindo o curso
dessa dinâmica, quando uma determinada tendência se esgota, exige outra renovação. Esse movimento
ocorre também na produção do artista, que em sua vida passa por fases diferentes.
Outra ideia que ainda persiste nesse conceito de obras exemplares é que, além do artista, também o
público fruidor deve educar o seu olhar pela frequentação das obras de arte, refinando o seu gosto. Nesse
sentido, podemos responder afirmativamente à pergunta corriqueira: “Gosto se discute?”.
Evidentemente, isso não significa igualar os gostos ou fixar padrões de apreciação.
Mas se gostamos de cinema, é preciso assistir a filmes, ler o que dizem os especialistas, participar de
discussões para aprimorar nossa percepção e sensibilidade e depois os apreciarmos por nós próprios. O
mesmo com relação à literatura, ao teatro, às artes plásticas e assim por diante.
Objeto de Conhecimento: Estética: A Estética da arte indígena e africana;
Kant e a critica do juízo estético.
QUESTÃO 3- Dado o conhecimento adquirido, analise as frases abaixo e identifique quais delas
EXPRIMEM JUÍZO ESTÉTICO.
I - O Rio Tocantins é uma majestade deslumbrante.
II - Titanic, de James Cameron, é um filme emocionante.
III - Este pôr-do-sol é belo.
IV - Aquela peça de dança tem ritmo e elegância.
V - Todo triângulo tem três lados.
Das afirmativas acima, podemos conceituar como JUÍZO ESTÉTICO, segundo Kant:
A) Somente a afirmativa I, III e V.
B) Nenhuma das afirmativas.
C) Todas as afirmativas.
D) Somente a afirmativa V não é um juízo estético.
O principal problema que os filósofos costumam discutir acerca do juízo estético é a sua justificação.
Logo, há duas teorias rivais que procuram responder a esse problema: o subjetivismo estético e o
objetivismo estético. Em linhas gerais, o subjetivismo estético é a perspectiva acerca da justificação do
juízo estético que defende basicamente que a beleza resulta do que sentimos quando observamos as coisas;
enquanto, o objetivismo estético defende que os objetos são belos em virtude das suas propriedades
intrínsecas e independentemente do que sentimos quando os observamos.
QUESTÃO 4- Agora, associe a 2ª coluna de acordo com a 1ª e, estabeleça a diferença entre Subjetivismo
estético e Objetivismo estético.
( I ) Subjetivismo Estético
( II ) Objetivismo Estético
( )A beleza está nas coisas e não nos olhos de quem as vê.
( )A beleza está nos olhos de quem a vê.
( )O belo não depende dos gostos ou dos sentimentos pessoais.
( )O belo depende dos gostos, preferências e sentimentos pessoais.
( )Baseia-se em características ou propriedades dos objetos, efetivamente existentes neles.
( )Decorre exclusivamente da sensibilidade do sujeito perante um determinado objeto.
Assinale a alternativa que representa a sequência correta da associação:
A) II - II - II - I - II - II
B) I - I -I - I - II - II
C) II - I - II -I - II - I
D) II- II - I - I - I - I
QUESTÃO 5- A justificação do juízo estético e um problema muito discutido entre os filósofos, porém para
procurar responder a esse problema foram criadas duas teorias rivais. Quais são elas?
A) O subjetivismo estético e objetivismo estético.
B) Subjetivismo estético e o belo.
C) Objetivismo estético e o feio.
D) O belo e o feio.
QUESTÃO 6 - “Todos nós manifestamos uma visão de mundo e, na maior parte do tempo, não nos damos
conta dos signos que vamos emitindo. A roupa que já nos socorreu em meio a intempéries, já nos cobriu as
‘vergonhas’, descolou dessa funcionalidade básica e dificultou seu discurso: ela nos exibe como, de fato, nos
constituímos ou de como desejaríamos nos constituir.”
PRECIOSA, Rosane. Produção estética: notas sobre roupas, sujeitos e modos de vida. São Paulo: Anhembi Morumbi, 2005. p. 29.
No texto acima, vemos uma exposição das mudanças que sofremos com relação aos nossos gostos e
visões de mundo. Diante disso podemos dizer que:
( V ) a moda serve apenas para sabermos quais são as novas tendências que devemos seguir.
( V ) a moda está, em parte, ligada com a cultura e com o contexto histórico. Cada época tem uma
forma e um modo de fazer moda.
( V ) a moda é ditada pelos estilistas, artistas e costureiros, que difundem as novas tendências.
( F ) somos nós quem criamos a moda, uma vez que a escolha dos itens que nos vestem e adornam
expressa as nossas opções individuais e personalidade.
( V ) muito mais do que uma roupa, acessórios, um corte de cabelo, estilos, a moda representa ideias,
pensamentos e atitudes.
QUESTÃO 7 - Estudando sobre estética falamos sobre o feio. Marque a opção que nos conceitua o
feio.
a) Não existe o feio na arte, pois o feio é a obra mal feita, ou seja, que não correspondeu plenamente a
sua proposta e sendo assim não é arte.
b) O feio existe sim na arte, pois ao olhar para algumas eu não gosto do que vejo.
c) Existem muitas obras de arte feia.
d) Todas as alternativas correspondem ao conceito de feio na estética.
QUESTÃO 8 - O belo, ou o que é o belo é uma questão muito discutida entre os filósofos desde a
antiguidade até os dias de hoje, sem, no entanto chegarem a um veredicto final. No entanto todos concordam
numa coisa:
a) o belo é uma qualidade que atribuímos a alguma coisa.
b) é a descoberta da essência de um objeto
c) é a descoberta do objeto em si
d) o belo é igual para todos
QUESTÃO 9 - A arte também permite o desenvolvimento de aspectos como a consciência de si
próprio, a sua cultura, a sua história e as demais culturas. São expressões da
arte: música, pintura, escultura, dança, teatro, cinema, e outros. Dizemos que o belo é um atributo da arte,
no entanto sabemos que não é o único. É também objeto de estudo da arte:
a) a sabedoria e a realidade
b) o Feio e o trágico
c) a admiração e grandeza
d) todas as alternativas estão incorretas
QUESTÃO 10 - Cada pessoa é criada segundo padrões de sua família e local onde vive, sendo
moldado pelos costumes, regras e cultura. Sendo assim cada qual gera uma série de expectativas e gostos
diferentes, o que confere ao país uma diversidade incrível de pessoas e culturas. Assinale a alternativa
correta sobre o gosto:
a) o gosto é igual para todos.
b) apesar de diferentes por estarmos num mesmo país geramos gostos muito parecidos.
c) é a capacidade de julgamento de cada um.
d) nenhuma das alternativas.
Olhos e bocas aparecem costurados grosseiramente como um símbolo. O segredo guardado dentro
do universo doméstico: os olhos que não podem ver, a boca que não pode falar, gritar. A artista faz da trama
um elemento questionador e ao mesmo tempo criador de novos sentidos, como no trabalho Bastidores,
1997.
Adaptado de afreaka.com.br
A pintura indígena é individual, única e possui diversos significados segundo as diferenciações
sociais, traduzindo a dignidade do ser humano e exprimindo a sua função sociológica. Com base nas
imagens, no texto e nos conhecimentos de arte indígena e da arte contemporânea brasileira de Rosana
Paulino, considere as afirmativas a seguir.
I. A obra Bastidores apropria-se de objetos usuais das mulheres para abordar questões que remetem à
opressão, ao racismo, à feminilidade, articulando significados.
II. Obras indígenas trazem, também, o corpo como suporte e base das atividades artísticas, representando a
beleza, a vida e suas diferenças na forma humana.
III. A arte dos Kadiwéu apresenta uma produção abstrata na pintura do corpo e do rosto com detalhes,
simetria, equilibrio e beleza.
IV. A produção da obra Bastidores aborda o problema da relação entre o meio ambiente e a religião e
prioriza a posição da mulher na natureza e a força do pensamento místico.
QUESTÃO 13 - (Enem 2009) A dança é importante para o índio preparar o corpo e a garganta e
significa energia para o corpo, que fica robusto. Na aldeia, para preparo físico, dançamos desde cinco horas
da manhã até seis horas da tarde, passa-se o dia inteiro dançando quando os padrinhos planejam a dança dos
adolescentes. O padrinho é como um professor, um preparador físico dos adolescentes. Por exemplo, o
padrinho sonha com um determinado canto e planeja para todos entoarem. Todos os tipos de dança vêm dos
primeiros xavantes: Wamarĩdzadadzeiwawẽ, Butséwawẽ, Tseretomodzatsewawẽ, que foram descobrindo
através da sabedoria como iria ser a cultura Xavante. Até hoje existe essa cultura, essa celebração. Quando
o adolescente fura a orelha é obrigatório ele dançar toda a noite, tem de acordar meia-noite para dançar e
cantar, é obrigatório, eles vão chamando um ao outro com um grito especial.
(WÉRÉ' É TSI'RÓBÓ, E. A dança e o cantocelebração da existência xavante. Revista do PósGraduação em Arte da UnB. V. 5, n. 2, dez. 2006)
A partir das informações sobre a dança Xavante, conclui-se que os valores da diversidade artística e da
tradição cultural apresentado originam-se da
A. Iniciativa individual do indígena para a prática da dança e do canto.
B. Excelente forma física apresentada pelo povo Xavante.
C. Multiculturalidade presente na sua manifestação cênica.
D. Preservação de uma identidade entre a gestualidade ancestral e a novidade dos cantos a serem
entoados