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Apresentação
Estudaremos a pré-história, uma época do desenvolvimento primário do ser humano. Foram necessários o domínio do
fogo e a criação de instrumentos para afugentar, dominar e caçar os animais.
Compreenderemos os registros no campo da expressão artística. Primeiramente, teremos o contato com a técnica da
fotografia. Exploraremos também a arte como fenômeno histórico-social.
Conheceremos a linguagem artística (forma e estilo) – importante na medida em que contempla pesquisa e reflexão da
relação construída socialmente e da relação estabelecida entre indivíduo, grupo e o mundo social.
Objetivos
Apoiar a percepção dos registros da linguagem artística;
Arte na origem
Sociedades antigas (476 a.C.) como as dos egípcios, gregos e romanos já eram consideradas sociedades altamente
desenvolvidas.
"É possível que, se os registros nunca tivessem existido, a história do mundo poderia ser
condensada na relevância do que um ser humano pudesse memorizar.”
- HORCADES, 2004, p. 16
Temos que contar com a interpretação de quem relata um fato. Já diz o dito popular: “quem conta um conto aumenta um
ponto”. Isso porque dependia da memória dos indivíduos o armazenamento das informações.
Com os registros da arte, reduziu-se a chance de interpretações errôneas e de exclusão de informações. Os relatos artísticos
seriam então mais verídicos e, principalmente, mais duráveis.
Uma das maiores realizações do homem é o registro da expressão artística. O homem permaneceu tão primitivo em termos de
comunicação até cerca de dez mil anos atrás.
"Os agrupamentos humanos começaram a crescer mais e mais e, com tanta gente nas
vilas, foi preciso organizar a sociedade. Só a palavra falada não era suficiente. Então o
homem inventou a escrita, a arte.”
- CLAIR; BUSIC-SNAIDER, 2009, p. 9
A partir do registro da expressão, o conhecimento passou a se acumular e os novos integrantes da sociedade tinham a seu
dispor história e experiências de seus antecedentes registradas.
O registro mais antigo que se tem da expressão são as placas de Uruk, pequenas placas de argila escritas com osso, metal ou
marfim.
• Interagir;
• Ajudar uns aos outros;
• Comunicar seus pensamentos, sentimentos;
• Trocar técnicas;
• Atingir um conforto maior em suas vidas e na vida em sociedade.
Os pictogramas, como eram chamados, consistiam em desenhos simplificados para representação de objetos e animais.
Os desenhos foram os primeiros passos da humanidade rumo à comunicação escrita. A partir disso, as linguagens se
desenvolveram.
Gruta de Chauvet
• Imagens que não representavam apenas objetos e animais, mas sim pensamentos.
• Combinavam-se alguns pictogramas para representar uma ideia, um conceito.
"Cada cultura desenvolveu seus próprios ideogramas, refletindo suas crenças, política,
economia e sociedade."
- CLAIR; BUSIC-SNAIDER, 2009
• Os nascimentos;
• A administração;
• As leis;
• Os documentos literários;
• Os funerais.
Papiro
Saiba mais
1. O papiro era o precursor do papel e foi disseminado na Idade Média quando monges faziam cópias de documentos. A maioria
dos textos escritos nos papiros já não existem mais, pois o clima mediterrâneo úmido ajudou na sua deterioração. Em seguida,
com os pergaminhos, feitos de peles de animais, os documentos e registros tornaram-se mais duráveis, mais resistentes ao clima
e às temperaturas.
A história se passa em 1327. Os monges da Idade Média em atividades diárias faziam cópias documentos, de livros, e de outros
materiais que deveriam ser reproduzidos dentro dos monastérios. É possível ver o tipo de papel, tintas e canetas utilizados na
época. Os monges, então, exerciam a atividade de copistas. Antes do invento dos tipos móveis e da prensa, essa era a forma de
fazer cópias.
"A tentativa de reviver o real por meio da fotografia foi tema de dois filmes clássicos no
século passado. O primeiro - Laura, de 1945, em que um detetive se apaixona pelo
retrato na parede de uma garota supostamente assassinada e, a seguir, consegue
encontrá-la viva no mundo real.
"Um único objeto podendo gerar várias imagens diferentes, sejam elas pinturas ou
fotografias.
Para entendermos melhor a arte como refletor e reflexo da nossa sociedade, precisamos nos ater um pouco sobre os
conceitos de arte, artista e objeto artístico.
Arte
É a representação da realidade.
"A arte possui uma autonomia, ou seja, não está vinculada a nenhuma finalidade
específica a não ser ela mesma. A arte deixa de ser apenas um instrumento mediador do
conhecimento do real, para se tornar uma experiência primária, a partir da qual
desaparece o conceito clássico de que a arte seria apenas como mimese.”
- ARGAN, 2013, p. 11
Artista
Aquele que cria, produz uma obra de arte, em determinado tempo e momento do mundo concreto em que vive, a partir de “um
tipo de postura (predominantemente racional ou passional) que [...] assume em relação à história e à realidade natural e social”
(ARGAN, 2013, p. 12).
Objeto artístico
É o resultado da arte, com significado para uma determinada cultura.
A linguagem faz uso de um sistema de signos para que a comunicação aconteça. Esse sistema de signos é convencional.
Todas as pessoas que fazem uso de um determinado sistema de signos devem saber que os signos significam e produzem
uma mensagem.
ÍNDICES ÍCONES
Têm uma relação direta com o elemento representado Têm uma relação analógica com o elemento representado.
(referente).
A foto de uma pessoa é uma analogia a essa pessoa. Um
Exemplos: Pegadas na areia (Indicam diretamente mapa de um território é uma analogia a esse território.
que alguém passou por ali); nuvens negras (proximidade da
chuva).
SÍMBOLOS
Poça-d’água Fumaça
A poça de água no chão indica que acabou de chover. A presença de fumaça indica que há fogo,
representando bem o ditado “Onde há fumaça, há fogo”.
As imagens anteriores são signos não linguísticos. Os referentes desses signos são os objetos no mundo aos quais eles se
referem, mas os referentes são representados de duas formas diferentes.
Esses signos indicam uma relação de causa e efeito – chuva/ poça, fogo/fumaça – são denominados índices.
Esboço de uma casa Planta de uma casa
Ainda de acordo com Abreu; Moura; Vieira (2019, p. 42-43), “o esboço de uma casa e a planta de um apartamento remetem-se a
seus referentes pela similaridade de suas qualidades. São ícones, da mesma forma que uma pintura ou a fotografia de uma
casa o seriam. A relação entre os símbolos e seus respectivos referentes é convencional, isto é, seu significado ficou
estabelecido por convenção dentro de uma determinada comunidade. Quem faz uso de um determinado símbolo conhece seu
significado, como no caso da cruz, que para os cristãos, é um símbolo da paixão e morte de Cristo”.
Atividade
1. Observe a imagem a seguir e identifique:
a) Artista
b) Obra
c) Apreciador
d) Linguagem
e) Interpretação
Referências
ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do Iluminismo aos movimentos contemporâneos. 2.ed. São Paulo: Companhia das Letras,
ABREU, A. S.; MOURA, M. F. de; VIEIRA, S. L. A. B. R. Estética da imagem. Rio de Janeiro: SESES, 2019.
2013.
CAVALCANTI, Luciano Marcos Dias. MÚSICA E POESIA EM MANUEL BANDEIRA: Estação Literária. Vagão-volume 3 (2009) – 1-
93. Disponível em: //www.uel.br/pos/letras/EL/vagao/EL3Art3.pdf. Acesso em: 17 jun. 2019.
CLAIR, Kate; BUSIC-SNAIDER, Cynthia. Manual de tipografia: a história, a técnica e a arte. 2. Ed. Trad. Joaquim da Fonseca.
Porto Alegre: Bookman, 2009.
GOMBRICH, E. H. (1974). Mirror and map: theories of pictorial representation. In: GOMBRICH, E. H. The image and the eye:
further studies in the Psychology of pictorial representation. Oxford: Phaidon Press, 1982.
HAUSER, Arnold. História social da literatura e da arte. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
HORCADES, Carlos M. A evolução da escrita: história ilustrada. Rio de Janeiro: Senac, 2004.
LAGO, Clenio. Experiência estética e formação a partir de Gadamer. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2014.
WILDE, Oscar. O Retrato de Dorian Gray. trad. Doris Goettems, São Paulo: Landmark, 2014.
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Leia o textos:
Arte e conceito em Marcel Duchamp: uma redefinição do espaço, do objeto e do sujeito artísticos.