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• Para definirmos o conceito de arte é necessário reconhecermos que algumas pessoas são dotadas de uma
capacidade criadora que as habilita a conceber objetos ou a realizar atividades que expressam emoções, estados de
espírito e acontecimentos, traduzindo um modo único de perceber a realidade e/ou de transformá-la. Aqueles que
têm esse dom são os artistas, os que produzem arte.
• A arte não tem uma finalidade utilitária, ela tem um fim em si mesma, e várias são as formas de expressão
artística –uma delas- a Literatura.
• Em 1911, o crítico de cinema italiano Ricciotto Canudo escreveu o Manifesto das Sete Artes, publicado somente
em 1923, em que definia o cinema como a sétima arte. No manifesto, ele ordenou as outras seis de acordo com
uma ordem consensual, ou seja, segundo uma maioria que concordava com essa disposição. Mais tarde,
historiadores da arte acrescentaram a esse manifesto mais quatro artes, estabelecendo uma ordenação que se
consagrou.
1ª arte: Música (arte do som);
2ª arte: Dança (arte do movimento);
3ª arte: Pintura (arte da cor);
4ª arte: Escultura (arte do volume);
5ª arte: Teatro (arte da representação);
6ª arte: Literatura (arte da palavra);
7ª arte: Cinema (arte que reúne elementos das seis anteriores);
8ª arte: Fotografia (arte da imagem);
9ª arte: História em quadrinhos (arte sequencial);
10ª arte: Jogos eletrônicos
11ª arte: Arte digital (inclui artes gráficas produzidas em computador em duas ou três dimensões)
• A atriz, diretora de teatro, bailarina e coreógrafa brasileira Clarisse Abujamra costuma dizer que há duas
espécies de artistas: os ativos e os passivos. Os ativos são aqueles que produzem obras de arte; os passivos são
aqueles que têm talento para apreciar o objeto artístico.
• Além da sensibilidade que já nasce conosco para quaisquer desses dons, é possível treinar, estudar, ampliar os
horizontes culturais para que possamos nos apropriar mais e mais das competências, ou do fazer ou da
contemplação da arte. Em outras palavras, algumas pessoas dominam ativamente a concepção do objeto
artístico, conseguindo executá-lo, criá-lo. Outras, apesar de não serem criadoras, interagem com ela por meio de
sua apreciação, com a cumplicidade do apreciador da arte. Walt Whitman, o mais expressivo poeta estadunidense
do século XIX, diz em um de seus poemas:
“Você, leitor que pulsa
de vida e amor,
assim como eu:
para você, por isso,
os cantos que aqui seguem!”
Duas considerações são fundamentais para a iniciação neste processo. Primeiramente, não importa a sinceridade
com que o artista concebeu sua obra, mas sua habilidade em fazê-lo. O papel dele é proporcionar uma emoção
estética em quem consome sua criação, independentemente de tê-la. Além disso, é preciso entender que a arte é
feita de forma e conteúdo, e que ambos são indissociáveis, como veremos adiante.
Leia um trecho do poema de Fernando Pessoa:
Isto
Dizem que finjo ou minto Por isso escrevo em meio
Tudo que escrevo. Não. Do que não está ao pé,
Eu simplesmente sinto Livre do meu enleio,
Com a imaginação. Sério do que não é.
Não uso o coração. Sentir? Sinta quem lê!
Embora haja muitas diferenciações entre o que caracterizaria o texto literário em contraposição ao não-literário,
pode-se dizer que o primeiro apresenta uma função estética e ficcional, e o segundo, uma função utilitária e não
ficcional.
Assim o texto literário trabalha com a ficção, e o não-literário, em sua maior parte, com a realidade existente.
Enquanto no texto não-literário a linguagem se refere a fatos, pessoas e coisas do mundo real que existem
independentemente do texto, o mesmo não ocorre no texto literário, pois este se refere a fatos, pessoas e coisas que
existem exclusivamente no texto, mesmo que tenham sido inspirados em fatos reais.
Outras características das estruturas de texto literário e não-literário são a conotação e a denotação.