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BRUNNA SARAIVA OLIVEIRA

Prof. Renato Ribeiro

ROMA
Divisão básica dos povos: Gauleses, etruscos-latinos (pioneiros na região,
formaram as aldeias) e gregos (magna Grécia).
Visão mítica* da origem de Roma: Rômulo e Remo, filhos de um troiano e de
uma etrusca, foram jogados no Rio TIBRE, salvos e amamentados por uma
loba.
Mito: explicação que se dá para aquilo inexplicável ou que ainda não
possui ciência para explicar. Muitas vezes, a ciência explica, entretanto os
mitos não são largados.
REPÚBLICA ROMANA → todo poder econômico/político está nas mãos dos
patrícios*
Patrícios → o sujeito da mesma origem. Etruscos. Quem chegou primeiro e,
portanto, possui as melhores terras e elaboram leis, com o passar do tempo.
“Quem chega primeiro, faz a lei”. Latifundiários.
Os patrícios/etruscos organizam a política, distribuindo cargos
políticos entre eles mesmos
Aristocracia agrária.
Res-Publos → República → Organização da coisa pública, do estado, sempre
sob a visão dos patrícios.
Saltos de qualidade:
Podemos fazer uma comparação entre os patrícios e os eupátridas,
espartanos. Donos de terras que comandavam.
Aqueles que detém o poder econômico acabam detendo também o
poder político
Joe Biden, presidente dos EUA, do partido democrata, venceu as
eleições de Trump, e distribuiu os cargos entre os democratas. → característica
romana.
Bolsonaro, ex-militar, colocou militares em cargos.do governo, pois
foram eles que o apoiaram.
“Quando elegemos um presidente, elegemos os apoiadores dele, dado
que serão eles a governar juntamente com quem você votou”.
Quem está no poder representa algum grupo social, e vai organizar a
república a partir de sua visão.
Poder econômico → Poder político
Patrícios –Eupatridas –Espartanos → Donos de terras que comandam.
Sociedade Romana de constante confronto. Quem manda são os patrícios, e
quem não é comtemplado por suas leis vai brigar. Sociedade constituída por:
- Patrícios → Possuidores de propriedades, poder econômico e político. (na
sociedade atual seriam como os grandes latifundiários, agropecuários, adm’s
de grandes empresas).
- Plebeus → Homem livre possuidor de terras (que sobraram ou foram doadas).
Descendentes de grupos que chegaram posteriormente à Península Itálica.
Sem poder político. (pequenos produtores de agricultura familiar, peq/med.
empresário)
- Clientes → Prestadores de serviços (marceneiros, professores, ferreiros...)
- Escravos → Quem perdeu na guerra; devedores.
 Classes sociais que possuem necessidades diferentes, e quando há o
domínio de uma sobre outra, conflitos ideológicos surgem.

Plebeus x Patrícios

“Conquistas” plebéias – revoltas


 494 a.c. → Revolta do Monte Sagrado criou um cargo político exclusivo
para os plebeus, dessa forma, eles conseguiram representação política.
Todavia, eles continuaram sendo minorias e tendo projetos que os
favoreciam vetados, porém pelo menos agora eles sabiam o que estava
ocorrendo na política.
 450 a.c. → Lei das 12 tábuas estabeleceu que a partir daquele
momento, todas as leis deveriam ser escritas, dando segurança jurídica
(pois a partir deste momento a lei era livre de segundas interpretações)
e embasamento aos plebeus, que agora sabiam exatamente pelo que
lutar.
 445 a.c. → Lei canuléia, permitia que patrícios se casassem com
plebéias (o que não acabou com o preconceito dedicado aos plebeus)
 367 a.c. → Leis licínias, partilhas de terras (ainda assim, o império
romano as conquistava, depois os patrícios as pegavam e os plebeus
ficavam com resto que muitas sequer havia)

Guerras púnicas, 261-146 a.c. → Entre Roma e Cartago (povos púnicos norte
da África).
Roma ganha a guerra, possuindo a partir de então o domínio do mar
mediterrâneo, podendo cobrar impostos dos navios.
“A extensão do império romano foi o motivo de sua glória e da sua derrota”
O domínio de terras se dava pelos militares romanos, eles exploravam
escravos e cobravam impostos.
Exércíto romano: conquista de terras; escravos; exploração de minas/
economia a e impostos. *
Constituição do império romano se deu pela força militar (império → conquista)
*O imposto paga o exército, o que fortalece o mesmo, fazendo um ciclo de
manutenção e ampliação:
+ terras conquistadas pelo exército → + imposto para eles se fortalecerem e
dominarem mais terras
Atualmente, o domínio de regiões (constituição de impérios) é
executado por meio econômico. Formas de imperialismo: 1) Desenvolvimento
de uma nação atrelado à um conjunto de empresas (Wolkvasgem no BR, uma
parte do dinheiro vai para a matriz, voltando para seu país, Alemanha); 2) País
ou empresa estrangeira comprar empresas nacionais; 3) Empresa privada
comprando nacionais. (Estatal Vale do Rio Doce sendo vendida).
Expansão romana → + riqueza
Consequências: Roma, devido a sua grande quantidade de colônias, tinha
dificuldade de controle. Com isso, a concorrência de produtos das colônias
ocorria, arruinando o lavrador e proletarizando a plebe.
+ Território = + Escravos (não apenas soldados, mas sim o povo, como
pedreiros, marceneiros, agricultores...) patrícios compram escravos com
habilidades, fazendo com que os clientes perdessem seus empregos e um
conflito se instaurasse.
Atualmente, quanto maior o número de desempregados, melhor para
contratar pessoas com mão de obra barata.
Aristocracia Senatorial → Senadores eram patrícios, donos de terra,
enriquecendo e podendo emprestar dinheiro para plebeus (surgimento de
mercadores e banqueiros); (maior desigualdade social).
Em uma pandemia, os bancos continuam enriquecendo.

IRMÃOS GRACOS, propostas de reforma


Tibério Graco, propôs limitação de terras para latifundiários (patrícios),
onde as terras ocupadas indevidamente seriam dadas aos pobres
(camponeses). Tibério foi assassinado.
Salto: a constituição BR diz que não se pode acumular meios de
comunicação (se você é dono de televisão, não pode ser dono de jornal), pois
devemos diversificar os donos de meios de comunicação, com visões
diferentes [muito poder comunicativo]. A lei não é regulamentada devido aos
representantes dos meios de comunicação presentes no governo.
Caio Graco, distribuição de trigo à preço baixo aos plebeus, venda sem
margem de lucro (lei frumentária), para que as pessoas conseguissem fazer
seu pão, amenizando a fome. Caio Graco foi perseguido.
Crise romana continua, patrícios colocam um representante da plebe,
‘consul’, Mário, para “ajudá-los à comandar” → organização do exército
profissional com plebeus, onde o soldado será um trabalhador assalariado,
com direito a terras, à disposição do império (reprimiam revoltas e tomavam
terras).
Silas, representante conservador ligado aos patrícios, assume como
‘consul’ e persegue plebeus que estavam junto à Mario, mantém
organização do exército que foi fundamental, posteriormente, para o controle
da maior revolta de escravos.
Instabilidade dentro do governo Romano, e os Patrícios necessitam
estabilidade, por isso, formaram um
Triunvirato, governo na mão de três grandes generais que sabem
comandar exércitos. Sendo eles: Julio César, Pompeu e Crasso → confronto
entre eles, pois cada um tem sua maneira de organização. Crasso morre em
batalha, Pompeu destitui César do comando das tropas, que depois volta, por
meio do Rio Rubicão, para enfrentá-lo. César vence, expulsa e mata Pompeu...
Rio Rubicão → “limite máximo”, após passado, não há mais volta
Julio César, venceu Pompeo pelo poder, atravessando o Rio Rubicão,
ele assume o poder (ou então, o poder o assume pois o poder subiu à sua
cabeça) comanda de maneira autoritária, se autodeclarando ditador perpétuo
baseado na sua força militar. Foi assassinado pelos senadores romanos.
*Amigo de Otávio
Se você manda sozinho, paga caro.
Exemplos de um passado próximo: Presidente Collor, montou um ministério
sem ligar para a opinião dos deputados de seu partido. Os deputados então
comprovaram atos de corrupção, processaram um impeachment, fazendo com
que o mesmo perdesse seu mandato. Outro exemplo é a, Dilma, que não
gostava de se aproximar dos deputados.
*Os senadores queriam fazer parte do governo, mesmo que fosse uma
ditadura. Por isso, depois da crise, eles estabelecem o:
Segundo triunvirato, com Marco Antonio, Emilio Lépido e Otávio, a
luta pelo poder. Lépido é exilado após perder de Marco, que declarou que o
filho de Cleópatra e Julio César seria o legítimo sucessor de Cesar. Otávio
expulsa Marco Antonio e assume o poder.
Otávio, o imperador, unido ao senado, manda suas propostas de leis
para eles, pedindo sua ajuda no governo e, assim, ganha confiança. Foi
titulado de princeps (1° cidadão/senador); Augusto (majestoso/respeitado);
Imperador e Pontifex Maximus (líder máximo religioso politeísta). Seus títulos
indicam a autoridade que ele recebe dos senadores para fazer leis. Com o
senado, ele dominou e expandiu o império e impõe a Pax Romana (Paz
Romana) através da força militar, assim, ele acalmou as colônias.
Nascimento do império
Exemplos de um passado próximo: Jucelino, ex-presidente, conciliava os
senadores e deputados. Fernando H. Cardoso criou a reeleição com ajuda dos
deputados e senadores. Lula tinha projetos e chamava líderes de
deputados/senadores/empresários com os quais deveria negociar para discutir.
Pax Romana → A política do Pão e do Circo: a melhor forma de conter
revoltas.
Otávio propõe a distribuição de pão aos plebeus- que fora anteriormente
citada, por Caio Graco- ao senado, como forma de evitar revoltas da população
(que era explorada, sem direitos políticos, e com muita força para se voltar ao
império).
A política do circo foi criada para como distração à população-
alienação-, para que assim não houvesse revoltas dos que eram explorados.
O circo moderno se desenrola através dos canais midiáticos, que por sua vez
apresentam esportes, novelas, séries, filmes entre outros elementos de
distração. Quanto mais o povo se distrai, mais suscetível se torna á
manipulações, e menos tem noção do que está acontecendo.
Não se controla o povo para sempre com a força militar.
Exemplos de um passado próximo: governantes que fazem “políticas do pão”,
através de políticas sociais que atenuam a fome, ajudam a economia e
minimizam rebeliões e, portanto, repressões, como “Leve Leite”, “Programa
vale gás”, “Bolsa Família”. A população ganha pouco, mas recebe auxílios.
Novas políticas do pão: “Auxílio Brasil”, “Auxílio emergencial”, “Bolsa do povo”.
Novas políticas do circo: esportes, televisão entre outros, ou até mesmo a copa
do Brasil em anos de eleição.

Decadência do Império Romano – fatores


I. Localização - a extensão do império romano ocasionava grande
dificuldade na comunicação entre as regiões.
II. Devido à dificuldade de comunicação entre as regiões, uma anarquia*
militar se iniciou. Os comandantes começaram a resolver seus
problemas por conta, sem o poder central. (anarquia: decisões regionais
sem o poder central).
III. Gastos excessivos do império, com quem estava no poder. Estrutura
que acaba com os fundos do império, afetando-o. (salto: deputados)
IV. Crise romana devido à exploração romana (colônias), diminuindo a
capacidade de expansão (e manutenção) do império.
V. Princípios do cristianismo – que iam contra atos do império – estavam
sendo disseminados.
Atitudes tomadas foram TARDIAS, as mais efetivas foram...
Imperador Diocleciano, percebe a anarquia militar, e divide Roma entre
4 generais de sua confiança, para assim facilitar a administração, mas o
feito não resolveu o problema. Congelando preços e salários, decretou o
Edito máximo, porém a extensão do império dificultou a supervisão.
Imperador Constantino, decretou o Edito de milão, com a liberdade de
culto aos cristãos, e também a
Lei do Colonato, [o setor produtivo começa a ser afetado devido à crise do
império, onde a expansão já não ocorria e, portanto, o número de escravos
(perdedores da guerra) abaixava] decretava que o colono deveria se fixar a
terra, ganhando do patrício uma parte dela, ou sendo assalariado, como
forma de reduzir a queda do império e combater a falta de mão de obra.
Imperador Teodósio, oficializou o cristianismo como a religião do
império, amenizando o discurso que eles pregam (cooptação), “igreja
católica, apostólica Romana”. Ela se espalha por todo império, formando
convicções, doutrinando e influenciando os indivíduos, dirigindo a
sociedade. Dividiu o império entre Ocidental, capital em Roma e Oriental,
capital em bizâncio, futura Constantinopla.
Os bárbaros, não romanos e líderes de exércitos, iniciam suas invasões ou,
em locais de pouca organização militar, ocupações pelas fronteiras,
tomando territórios e iniciando o processo de ruralização, onde as pessoas,
patrícios/latifundiários, migram para o interior como forma de se proteger,
juntamente com os plebeus, clientes e escravos.

Fim do império. Início da Idade Média.

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