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05.

Quais são as hipóteses de cabimento e em que casos é excluída a remessa


necessária? Discorram sobre elas.

Remessa necessária, ou como é chamado de reexame necessário ou duplo


grau obrigatório: Hipóteses de Cabimento estão previstos no art. 496, I e II, e §§1º e
2º, CPC.A Remessa necessária é envio compulsório de um processo decidido contra a
fazenda pública pelas instancia inferiores nesses casos em que a revisão compulsória
a sentença não produzirá efeitos enquanto não for confirmada pelo tribunal, desse
forma ao proferir a sentença o juiz remeterá o processo para o tribunal analise mais
uma vez, após o Juiz na segunda decisão poderá ser cumprida. O art. 496 do código
processual estabelece incidir a remessa necessária, para as hipóteses em que as
decisões forem proferidas contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios
e suas respectivas autarquias e fundações de direito público.
Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois
de confirmada pelo tribunal, a sentença:
I – Proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas
Respectivas autarquias e fundações de direito público;
Na legislação está prevista as hipóteses em que são cabíveis a remessa necessária,
as normas extraídas dos §§3º e 4º do art.496, CPC fulminam qualquer possibilidade
de utilização do duplo grau de jurisdição obrigatório.
Art. 496. [...] §3º não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o
proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a:
No parágrafo 3º a hipótese de dispensa fundada na extensão do conteúdo econômico
da condenação. Portanto é necessário que a condenação tenha valor certo e líquido.
Deste modo, toda condenação ilíquida sujeita-se à remessa necessária. O Código Civil
estabelece um escalonamento, é analisado a disponibilidade econômica de cada ente
público.
Art. 496. [...]
§3º não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito
econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a:
I) 1.000 (hum mil) salários mínimos para a União e respectivas autarquias e fundações
de direito público;
II) 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as
respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam
capitais dos Estados;
III) 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais municípios e respectivas
autarquias e fundações de direito público.
Já no parágrafo 4º é determinada a dispensa quando a decisão judicial em razão do
entendimento dos tribunais superiores.
§4º Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada
em:
I) Súmula de tribunal superior;
A dispensa a remessa necessária nas hipóteses em fundamentou em súmula do
Tribunal Superior, não sendo apenas para simula vinculante e de competência do
STF.
II) Acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ em julgamento de casos repetitivos;
Os acórdãos do STF e do STJ, em sede de recursos repetitivos. A disposição legal
está com o caráter vinculativo de tais acórdãos (arts. 927 III e arts. 1036 a 1041 CPC).
III) Entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de
assunção de competência;
Dispensa da remessa nas hipóteses em que a decisão estiver de acordo com o que
decidido em incidentes de resolução de demanda repetitiva e assunção de
competência.
IV) Entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito
administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou
súmula administrativa.
É dispensa de remessa necessária, caso a Fazenda Pública ter orientado, de forma
vinculante, os seus servidores e em especial os advogados públicos, a resignarem-se
quanto a deliberações judiciais sobre determinados temas.

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