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Comunicações obrigatórias de atividades imobiliárias (Lei nº

83/2017, de 18 de agosto)

1. DEVERES PREVENTIVOS GERAIS

Normas Relevantes

LPCBC/FT | artigos 11.º a 56.º

Questões

Quais são os principais deveres preventivos, de carácter geral, a que as entidades


que exercem atividades imobiliárias se encontram sujeitas, no que concerne à
prevenção e repressão do branqueamento de capitais e financiamento do
terrorismo, nos termos da Lei n.º 83/2017 - 18.08, alterada e republicada pela Lei
n.º 58/2020 - 31.08 (LPCBC/FT)?

A LPCBC/FT prevê, no seu artigo 11.º, um conjunto de deveres preventivos de natureza geral,
visando o combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo, aos quais
estão sujeitas todas as entidades que exercem actividades imobiliárias em Portugal.

Os deveres gerais são os seguintes:

a) Dever de controlo, desenvolvido na Secção II do Capítulo IV da LPCBC/FT (cfr. arts. 12.º a


22.º da referida Lei);

b) Dever de identificação e diligência, desenvolvido na Secção III do Capítulo IV da LPCBC/FT


(cfr. arts. 23.º a 42.º da referida Lei);

c) Dever de comunicação, desenvolvido na Secção IV do Capítulo IV da LPCBC/FT (cfr. arts.


43.º a 46.º da referida Lei);

d) Dever de abstenção, desenvolvido na Secção V do Capítulo IV da LPCBC/FT (cfr. arts. 47.º a


49.º da referida Lei);

e) Dever de recusa, desenvolvido na Secção VI do Capítulo IV da LPCBC/FT (cfr. art. 50.º da


referida Lei);

f) Dever de conservação, desenvolvido na Secção VI do Capítulo IV da LPCBC/FT (cfr. art. 51.º


da referida Lei);

g) Dever de exame, desenvolvido na Secção VI do Capítulo IV da LPCBC/FT (cfr. art. 52.º da


referida Lei);

h) Dever de colaboração, desenvolvido na Secção VI do Capítulo IV da LPCBC/FT (cfr. art. 53.º


da referida Lei);
i) Dever de não divulgação, desenvolvido na Secção VI do Capítulo IV da LPCBC/FT (cfr. art.
54.º da referida Lei); e

j) Dever de formação, desenvolvido na Secção VI do Capítulo IV da LPCBC/FT (cfr. art. 55.º da


referida Lei)

Dos referidos deveres preventivos, de carácter geral, quais são aqueles que são
objeto de uma regulamentação específica, no Regulamento n.º 603/2021 - 02.07,
para as entidades com atividades imobiliárias?

Sem prejuízo da aplicabilidade genérica das normas constantes da LPCBC/FT, alguns dos
deveres previstos na Lei foram objeto de regulamentação pelo IMPIC, desenvolvendo e
precisando o conteúdo da obrigação, as condutas devidas e os mecanismos de atuação e
comprovação a adotar pelas entidades obrigadas, na esfera das atividades imobiliárias.

Tal sucedeu quanto aos seguintes deveres:

a) Dever de controlo, desenvolvido complementarmente no art. 4.º do Regulamento n.º


603/2021 - 02.07, bem como:

i. No art. 10.º, quanto à nomeação e comunicação ao IMPIC, do "Responsável pelo


Cumprimento Normativo" (RCN);

ii. No art. 12.º, no que respeita à elaboração e comunicação anual de relatório sobre canais
internos de reporte de irregularidades e ocorrências relacionadas; e

iii. No art. 13.º, no que respeita à execução das medidas restritivas decretadas, quanto a
pessoas, entidades ou países, pelas organizações nacionais ou internacionais, designadamente
a Organização das Nações Unidas (ONU) ou a União Europeia (EU);

b) Dever de identificação e diligência, desenvolvido complementarmente nos arts. 5.º a 8.º do


Regulamento n.º 603/2021 - 02.07;

c) Dever de conservação, desenvolvido complementarmente no art. 9.º do Regulamento n.º


603/2021 - 02.07; e

d) Dever de formação, desenvolvido complementarmente no art. 11.º do Regulamento n.º


603/2021 - 02.07.

Foram ainda objeto de desenvolvimento e regulamentação detalhada, enquanto obrigação


especificamente aplicável às entidades com atividades imobiliárias, os deveres de
comunicação de atividades imobiliárias, previstos no art. 46º da LPCBC/FT, os quais são
especificados e detalhados nos artigos 14.º a 20.º do Regulamento n.º 603/2021 - 02.07,
prevendo ainda o artigo 10.º desse Regulamento os deveres complementares relativos à
comunicação do "Responsável pelo Cumprimento Normativo".

1.1. DEVER DE CONTROLO

Normas Relevantes

LPCBC/FT | artigos 2.º/1/alíneas n), t), u) e aa) e 12.º a 22.º

Regulamento n.º 603/2021 - 02.07 | artigos 4º e 10.º

Questões

Em que consiste o dever de controlo?


Consiste no dever de as entidades obrigadas definirem e aplicarem, de forma eficaz e em
permanência, as políticas, procedimentos e controlos que se mostrem adequados para:

- gerir os riscos de BC/FT a que entidade obrigada esteja ou venha a estar exposta;

- dar cumprimento às normas legais e regulamentares em matéria de prevenção do BC/FT;

- assegurar o cumprimento das medidas restritivas de congelamento de bens e recursos


económicos, adotadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas ou pela União Europeia
e relacionadas com o terrorismo, com a proliferação de armas de destruição em massa e com o
respetivo financiamento.

Todas as entidades obrigadas devem adotar as mesmas políticas, procedimentos e


controlos preventivos do BC/FT?

Não. As políticas, procedimentos e controlos em que se traduz o sistema de controlo interno


devem ser proporcionais à natureza, dimensão e complexidade da entidade obrigada e da
atividade por esta prosseguida.

No entanto, as entidades obrigadas devem incluir no seu sistema de controlo interno, pelo
menos:

As entidades obrigadas devem avaliar periodicamente o seu sistema de prevenção


do BC/FT?

Sim. As entidades obrigadas devem monitorizar, através de avaliações periódicas, a qualidade,


a adequação e a eficácia das suas políticas, procedimentos e controlos em matéria de
prevenção do BC/FT.

Como devem as entidades obrigadas gerir os riscos de BC/FT?

A gestão dos riscos de BC/FT assenta em três pilares essenciais: identificação, avaliação e
mitigação dos riscos. Assim, devem as entidades obrigadas:

a) Identificar os concretos riscos de BC/FT inerentes à sua realidade operativa específica,


incluindo os riscos associados:

- à natureza, dimensão e complexidade da atividade prosseguida;

- aos respetivos clientes;

- às áreas de negócio desenvolvidas, bem como aos produtos, serviços e operações


disponibilizados;
- aos canais de distribuição dos produtos e serviços disponibilizados, bem como aos meios de
comunicação utilizados no contacto com os clientes;

- aos países ou territórios de origem dos clientes da entidade obrigada, ou em que estes
tenham domicílio ou, de algum modo, desenvolvam a sua atividade;

- aos países ou territórios em que a entidade obrigada opere, diretamente ou através de


terceiros, pertencentes ou não ao mesmo grupo.

b) Avaliar o risco de BC/FT associado à sua realidade operativa específica, designadamente


através da determinação:

- do grau de probabilidade e de impacto de cada um dos riscos concretamente identificados,


tendo em atenção, para o efeito, todas as variáveis relevantes no contexto da sua realidade
operativa, incluindo a finalidade da relação de negócio, o nível de bens depositados por cliente
ou o volume das operações efetuadas e a regularidade ou a duração da relação de negócio;

- do risco global da entidade obrigada e, se aplicável, das respetivas áreas de negócio, a aferir
com base na ponderação de cada um dos riscos concretamente identificados e avaliados;

c) Definir e adotar os meios e procedimentos de controlo que se mostrem adequados à


mitigação dos riscos específicos identificados e avaliados, adotando procedimentos
especialmente reforçados quando se verifique a existência de um risco acrescido de BC/FT;

d) Rever, com a periodicidade adequada aos riscos identificados, ou com a periodicidade


definida em regulamentação, a atualidade das práticas de gestão de risco referidas nas alíneas
anteriores, de modo a que as mesmas reflitam adequadamente eventuais alterações registadas
na realidade operativa específica e riscos a esta associados.

As entidades obrigadas devem ainda:

a) Adaptar as referidas práticas de gestão do risco de BC/FT (e as respetivas atualizações) à


natureza, dimensão e complexidade da sua estrutura e da atividade prosseguida;

b) Ter em consideração os riscos identificados:

- nas informações disponibilizadas pelas autoridades setoriais com o objetivo de facilitar as


avaliações de risco a conduzir pelas entidades obrigadas;

- nos relatórios e pareceres a que se refere o n.º 4 do artigo 8.º da LPCBC/FT, bem como nas
respetivas atualizações;

- em quaisquer outras informações relevantes para a condução das avaliações nacionais dos
riscos de BC/FT e das respetivas atualizações, designadamente as que forem indicadas pelas
autoridades setoriais (através de publicação nos seus websites ou por outro meio) ou pela
Comissão de Coordenação das Políticas de Prevenção e Combate ao BC/FT (através do
website www.portaLPCBC/FT.pt );

c) Fazer constar de documentos ou registos escritos que demonstrem detalhadamente:

- os riscos inerentes à realidade operativa específica da entidade obrigada e a forma como esta
os identificou e avaliou;

- a adequação dos meios e procedimentos de controlo destinados à mitigação dos riscos


identificados e avaliados, bem como a forma como a entidade obrigada monitoriza a sua
adequação e eficácia;

d) Conservar esses documentos e registos nos termos previstos no artigo 51.º da LPCBC/FT e
colocá-los, em permanência, à disposição das autoridades setoriais.

Quando os riscos específicos inerentes a um determinado setor de atividade sujeito à


aplicação da LPCBC/FT se encontrem claramente identificados e compreendidos, as
autoridades setoriais podem, através de regulamentação:
- dispensar a realização de avaliações de risco individuais e documentadas ou permitir que as
mesmas sejam realizadas em termos simplificados, a definir pela respetiva autoridade setorial;

- estabelecer os procedimentos alternativos à realização das avaliações de risco individuais ou


simplificadas.

Quem deve ser o Responsável pelo Cumprimento Normativo (RCN)?

O RCN é um elemento da direção de topo ou equiparado de uma entidade obrigada,


designado pelo respetivo órgão de administração, que tem como missão zelar pelo controlo do
cumprimento do quadro legal e regulamentar vigente em matéria de prevenção do BC/FT.

Nos termos da alínea n) do n.º 1 do artigo 2.º da LPCBC/FT, integra a "direção de topo" de uma
entidade obrigada qualquer dirigente ou colaborador com conhecimentos suficientes da
exposição da entidade em causa ao risco de BC/FT e com um nível hierárquico
suficientemente elevado para tomar decisões que afetem a exposição ao risco, não sendo
necessariamente um membro do órgão de administração.

As entidades obrigadas devem garantir que o cargo de RCN é exercido por uma pessoa idónea
e dotada da qualificação profissional e da disponibilidade adequadas, cabendo-lhes avaliar
previamente o preenchimento destes requisitos e, sempre que solicitadas a tal, disponibilizar às
autoridades setoriais os resultados dessa avaliação.

O RCN, em matéria de prevenção e combate ao BC/FT, deverá ser o elemento privilegiado de


contacto entre a empresa e o IMPIC, nesta matéria.

Sem prejuízo do disposto em legislação especial, as autoridades setoriais podem:

a) Sujeitar a autorização prévia a designação do RCN e estabelecer os pressupostos que


devam determinar a reavaliação do mesmo;

b) Avocar a avaliação da adequação do RCN, com base em:

- circunstâncias já verificadas ao tempo da sua designação ou outras, caso entendam que tais
circunstâncias foram objeto de uma apreciação manifestamente deficiente pela entidade
obrigada;

- quaisquer circunstâncias supervenientes que possam fundamentar a inadequação para o


exercício da função;

c) Determinar as medidas necessárias a assegurar a eficaz gestão dos riscos de BC/FT,


incluindo, sempre que necessário, a suspensão provisória de funções e a fixação de prazo para
a substituição do RCN.

Que entidades com atividades imobiliárias estão obrigadas a designar o RCN?

As entidades com atividades imobiliárias designam, nos termos do n.º 1 do artigo 16.º da
LPCBC/FT e do artigo 10.º do Regulamento n.º 603/2021 - 02.07, um elemento da sua direção
de topo ou equiparado, desde que detentor dos poderes e competências necessários para
zelar pelo controlo do cumprimento do quadro normativo em matéria de prevenção e combate
ao BC/FT, qualquer que seja a sua natureza jurídica, e cujo número de colaboradores nas áreas
comercial ou administrativa seja superior a cinco.

Nas entidades cujo número de colaboradores nas áreas comercial ou administrativa for inferior
a cinco, as funções de RCN devem ser materialmente asseguradas por colaborador designado
para o efeito de entre os colaboradores que tenham funções comerciais e/ou administrativas
na empresa.

As entidades imobiliárias garantem o preenchimento pela pessoa designada dos requisitos de


idoneidade, qualificação profissional e disponibilidade constantes do n.º 3 do artigo 16.º da
LPCBC/FT.
Além dos colaboradores com competências na área comercial, que tenham contacto frequente
com o cliente, assim como, os representantes legais e gerentes da empresa, poderão ser
designados para o efeito prestadores de serviços profissionais como advogados, contabilistas
e pessoal com outras funções não relacionadas com BC/FT, caso em que devem também ter
incumbências de acompanhamento da transação ocasional ou da relação de negócio
estabelecida.

Posso atribuir as funções do RCN a uma entidade externa à organização (exs.


advogado, consultor, auditor)?

Não existe nenhum normativo na LPCBC/FT e no Regulamento n.º 603/2021 - 02.07 que
impeça a designação do RCN a uma entidade externa à organização através de um contrato de
prestação de serviços. Porém, relembra-se a importância e o papel fundamental que o RCN
deve ter, quer no âmbito do controlo interno dos procedimentos BC/FT, quer no reporte de
desconformidades ou irregularidades e na correção dos mesmos, na disponibilidade para o
serviço, assim como, no contato privilegiado com as entidades de regulação e de investigação
nesta sede.

Como e quando deve ser feita a comunicação ao IMPIC da nomeação do RCN?

A nomeação do RCN, prevista no n.º 8 do artigo 16.º da LPCBC/FT, é comunicada no prazo de


60 dias úteis a contar da data de designação através de formulário eletrónico (Ponto 3 do
Anexo A) disponibilizado no Portal do IMPIC.

À referida comunicação deve ser anexo o documento de nomeação e o respetivo termo de


aceitação pela pessoa designada, contendo obrigatoriamente a seguinte informação:

a) Nome completo do nomeado;

b) Nacionalidade constante do documento de identificação do nomeado;

c) Número de identificação fiscal do nomeado;

d) Tipo, número, data de validade do documento de identificação do nomeado;

e) Número de contacto e endereço eletrónico do nomeado;

f) Data de nomeação;

g) Vínculo contratual;

h) Descrição sumária das funções exercidas pela pessoa nomeada;

i) Indicação da qualidade e assinatura do nomeante no documento de nomeação e da pessoa


nomeada no termo de aceitação da nomeação.

No caso de o RCN já estar nomeado à data da entrada em vigor do presente regulamento, a


comunicação prevista no n.º 3 do artigo 10.º do Regulamento n.º 603/2021 - 02.07 deverá ser
efetuada no prazo de 60 dias úteis, a contar da data de entrada em vigor do mesmo.

Sendo entidade obrigada a nomear o RCN e não o tendo ainda feito à data da entrada em
vigor do Regulamento n.º 603/2021 - 02.07 (ocorrida em 05/07/2021), deverá fazê-lo e
proceder à respetiva comunicação no prazo de 60 dias úteis após a data da entrada em vigor
do mesmo (ie, até 24/09/2021).

O que fazer quando ocorram alterações à nomeação efetuada do RCN?

Sempre que ocorram alterações à designação efetuada pela entidade obrigada ou relativas à
pessoa designada ou a algum dos elementos constantes do n.º 3 do artigo 10.º do
Regulamento n.º 603/2021 - 02.07, a entidade com atividade imobiliária deverá comunicar tais
alterações no prazo de 20 dias úteis a contar da data da sua ocorrência, nos termos e através
dos meios previstos no mesmo.

Estão as entidades financeiras com atividades imobiliárias obrigadas a comunicar


ao IMPIC o seu RCN?

As entidades financeiras com atividades imobiliárias não estão abrangidas pela obrigação de
comunicação do RCN ao IMPIC por elas designado, uma vez que o âmbito de intervenção do
IMPIC, se limita às normas contidas no artigo 46º da LPCBC/FT.

No entanto, atenta a relevância da figura, o seu papel na verificação do cumprimento interno


das normas de prevenção e combate ao BC/FT e no relacionamento institucional com as
entidades reguladoras, considera-se ser uma boa prática a sua indicação no Ponto 3 do anexo
A do Regulamento n.º 603/2021 - 02.07.

Comunicação de Irregularidades

O que devem fazer os colaboradores das entidades obrigadas quando tomam


conhecimento de factos graves que configurem violações da LPCBC/FT ou do
Regulamento n.º 603/2021 - 02.07 que a concretiza, ou infração das políticas,
procedimentos e controlos internamente definidos em matéria de prevenção do
BC/FT?

As pessoas que, em virtude das funções que exercem na entidade obrigada, nomeadamente ao
abrigo do artigo 16.º da LPCBC/FT, tomem conhecimento de tais factos têm o dever de os
comunicar ao órgão de fiscalização da entidade obrigada ou, na ausência deste, ao órgão de
administração.

Para a concretização das comunicações dessas irregularidades, as entidades obrigadas devem


criar canais internos específicos, independentes e anónimos que, de forma adequada,
assegurem a receção, o tratamento e o arquivo das comunicações dos referidos factos,
devendo tais canais internos:

- ser proporcionais à natureza, dimensão e complexidade da atividade da entidade obrigada;

- garantir a confidencialidade das comunicações recebidas e a proteção dos dados pessoais do


denunciante e do suspeito da prática da infração, nos termos da Lei n.º 67/98, de 26 de
outubro.

As entidades obrigadas devem ainda:

- conservar - nos termos do artigo 51.º da LPCBC/FT - as comunicações efetuadas e os


relatórios a que elas dêem lugar, colocando-os, em permanência, à disposição das autoridades
setoriais;

- facultar às autoridades setoriais - nos termos e com a periodicidade por estas definidos - as
informações que as mesmas solicitem sobre os canais internos existentes, bem como sobre as
comunicações recebidas e o respetivo processamento;

- abster-se de quaisquer ameaças ou atos hostis e, em particular, de quaisquer práticas laborais


desfavoráveis ou discriminatórias contra quem efetue tais comunicações, não podendo as
mesmas, por si só, servir de fundamento à promoção pela entidade obrigada de qualquer
procedimento disciplinar, civil ou criminal relativamente aos respetivos autores (salvo se as
mesmas forem deliberada e manifestamente infundadas).

No caso das entidades com atividades imobiliárias, o que estabelece o


Regulamento n.º 603/2021 - 02.07 quanto à comunicação de irregularidades?
As autoridades setoriais podem exigir às entidades obrigadas sob a sua jurisdição a
apresentação de um relatório, nos termos e com a periodicidade a definir por aquelas
autoridades, contendo a descrição dos canais referidos no n.º 1 do artigo 20º da LPCBC/FT e
uma indicação sumária das comunicações recebidas e do respetivo processamento.

O Regulamento n.º 603/2021 - 02.07 estipula que, para efeitos do disposto no n.º 7 do artigo
20.º da LPCBC/FT, as entidades obrigadas, elaboram um relatório anual que deve conter:

a) A descrição dos canais específicos, independentes e anónimos que internamente


assegurem, de forma adequada, a receção, o tratamento e o arquivo das comunicações de
irregularidades relacionadas com eventuais violações à LPCBC/FT, ao Regulamento n.º
603/2021 - 02.07 e às políticas e aos procedimentos e controlos internamente definidos em
matéria de prevenção do BC/FT;

b) Uma indicação sumária das comunicações internas recebidas e do respetivo processamento.

No caso da entidade imobiliária não estar obrigada a designar um RCN, atenta a dimensão e a
estrutura da mesma, o relatório deverá ser elaborado pelo seu representante legal, pelo
empresário em nome individual ou colaborador designado, contendo os elementos referidos
no número anterior.

As comunicações constantes do artigo 20.º da LPCBC/FT, bem como, os relatórios a que elas
dêem lugar, são conservados nos termos previstos no artigo 51.º da LPCBC/FT e colocados, em
permanência, à disposição do IMPIC.

O RCN assegura ainda o cumprimento dos n.ºs 3 e 4 do artigo 20.º da LPCBC/FT.

Em caso de inexistência de comunicação de irregularidades no cumprimento dos


procedimentos previstos na LPCBC/FT e no Regulamento n.º 603/2021 - 02.07
adotados pela entidade é necessário elaborar algum documento?

Nesta situação apenas deve ser elaborado e assinado um documento pelo RCN, representante
legal, empresário em nome individual ou colaborador designado a mencionar a existência de
canais de comunicação específicos e a inexistência de comunicações internas de
irregularidades nos procedimentos adotados.

Em sede do dever de controlo as entidades obrigadas estão sujeitas a manter a


atualização de dados das entidades relativamente às medidas restritivas aplicadas
por organismos internacionais, designadamente pelo Conselho de Segurança das
Nações Unidas e pela União Europeia?

Sim, as entidades estão obrigadas a atualizar os dados relativos ao cumprimento das medidas
restritivas aplicadas, designadamente, em sede de relação e negócio.

O IMPIC disponibiliza de forma imediata por email a todas as associações representativas dos
setores do imobiliário e da construção a informação relativa às medidas restritivas aplicadas
pelos organismos internacionais acima mencionados.

1.2. DEVER DE IDENTIFICAÇÃO E DILIGÊNCIA

Normas Relevantes

LPCBC/FT | artigos 23.º a 42.º, 68.º a 71.º, Anexo II e Anexo III


Regulamento n.º 603/2021 - 02.07 | artigos 5º a 8º

Questões

Em que consiste o dever de identificação e diligência?

Consiste no dever de as entidades obrigadas observarem procedimentos de identificação e


diligência - relativamente aos clientes, aos respetivos representantes e aos beneficiários
efetivos - quando:

a) Estabeleçam relações de negócio;

b) Efetuem transações ocasionais: - de montante igual ou superior a 15.000 euros


(independentemente de a transação ser realizada através de uma única operação ou de várias
operações aparentemente relacionadas entre si);

c) Se suspeite que as operações, independentemente do seu valor e de qualquer exceção ou


limiar, possam estar relacionadas com o branqueamento de capitais ou com o financiamento
do terrorismo;

d) Existam dúvidas sobre a veracidade ou a adequação dos dados de identificação dos clientes
previamente obtidos.

Quando ocorrem alterações na legislação ou regulamentação sobre prevenção do


BC/FT, as entidades obrigadas devem adotar/atualizar os procedimentos de
identificação e diligência relativamente aos clientes mais antigos?

Neste caso, as entidades obrigadas devem verificar se os procedimentos de identificação e


diligência anteriormente adotados se mostram adequados, suficientes e atuais, tendo em
consideração os riscos de BC/FT especificamente associados a esses clientes e os requisitos
previstos no novo quadro legal ou regulamentar em vigor.

Sempre que concluam pela inadequação, insuficiência ou desatualização daqueles


procedimentos face ao grau de risco de BC/FT concretamente identificado, as entidades
obrigadas devem suprir as deficiências detetadas, no mais curto prazo possível.

Como se procede à identificação dos clientes das entidades obrigadas que sejam
pessoas singulares e, sendo o caso, dos respetivos representantes?

A identificação é efetuada mediante a recolha e o registo dos seguintes elementos


identificativos:

a) Fotografia;

b) Nome completo;

c) Assinatura;

d) Data de nascimento;

e) Nacionalidade constante do documento de identificação;

f) Tipo, número, data de validade e entidade emitente do documento de identificação;

g) Número de identificação fiscal ou, quando não disponha de número de identificação fiscal, o
número equivalente emitido por autoridade estrangeira competente;

h) Profissão e entidade patronal, quando existam;


i) Endereço completo da residência permanente e, quando diverso, do domicílio fiscal;

j) Naturalidade;

k) Outras nacionalidades não constantes do documento de identificação;

No caso dos representantes dos clientes, as entidades obrigadas verificam igualmente o


documento que habilita tais pessoas a agir em representação dos mesmos.

Como se procede à identificação dos clientes das entidades obrigadas que sejam
pessoas coletivas ou centros de interesses coletivos sem personalidade jurídica e
dos respetivos representantes?

A identificação é efetuada mediante a recolha e o registo dos seguintes elementos


identificativos:

a) Denominação;

b) Objeto;

c) Morada completa da sede social e, quando aplicável, da sucursal ou do estabelecimento


estável, bem como, quando diversa, qualquer outra morada dos principais locais de exercício
da atividade;

d) Número de identificação de pessoa coletiva ou, quando não exista, número equivalente
emitido por autoridade estrangeira competente;

e) Identidade dos titulares de participações no capital e nos direitos de voto de valor igual ou
superior a 5 %;

f) Identidade dos titulares do órgão de administração ou órgão equivalente, bem como de


outros quadros superiores relevantes com poderes de gestão;

g) País de constituição;

h) Código CAE (Classificação das Atividades Económicas), código do setor institucional ou


outro código de natureza semelhante, quando exista.

No caso dos representantes dos clientes, as entidades obrigadas verificam igualmente o


documento que habilita tais pessoas a agir em representação dos mesmos.

Como se procede à comprovação dos elementos identificativos das pessoas


singulares?

As entidades obrigadas devem exigir sempre a apresentação de documentos de identificação


válidos, dos quais constem os seguintes elementos identificativos:

a) Fotografia;

b) Nome completo;

c) Assinatura;

d) Data de nascimento;

e) Nacionalidade constante do documento de identificação;

f) Tipo, número, data de validade e entidade emitente do documento de identificação.

A comprovação daqueles elementos identificativos das pessoas singulares deve processar-se


nos seguintes termos:

1. Sempre que os clientes e os respetivos representantes disponham dos elementos necessários


para o efeito e manifestem à entidade obrigada a intenção de assim proceder, a comprovação
é efetuada com recurso aos seguintes meios (a disponibilizar pela entidade obrigada):

a) Utilização eletrónica do cartão de cidadão com recurso à plataforma de interoperabilidade


da administração pública, após autorização do titular dos documentos ou do respetivo
representante;

b) Chave Móvel Digital;

c) Plataformas de interoperabilidade entre sistemas de informação emitidos por serviços


públicos, nos termos do Regulamento (UE) 910/2014, do Parlamento Europeu e do Conselho,
de 23 de julho de 2014.

2. Não sendo possível utilizar qualquer um dos meios mencionados em 1, a comprovação é


efetuada mediante:

a) Reprodução do original dos documentos de identificação, em suporte físico ou eletrónico;

b) Cópia certificada dos mesmos;

c) Acesso à respetiva informação eletrónica com valor equivalente, designadamente através:

- do recurso a dispositivos que confiram certificação qualificada, nos termos a definir por
regulamentação;

- da recolha e verificação dos dados eletrónicos junto das entidades competentes responsáveis
pela sua gestão.

- iii) Da autorização para a transmissão dos dados nos termos dos n.os 1 e 4 do artigo 4.º -A da
Lei n.º 37/2014, de 26 de junho;

- iv) Do recurso a prestadores qualificados de serviços de confiança, nos termos previstos no


Decreto-Lei n.º 12/2021 de 9 de fevereiro, que assegura a execução na ordem jurídica interna
do Regulamento (UE) 910/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de julho de 2014.

Posso para efeitos de comprovação da identificação do cliente ou do representante


legal e interveniente obter cópia do cartão de identificação respetivo? Como devo
proceder em caso de recusa do cliente em fornecer cópia do documento de
identificação?

A Lei n.º 7/2007, de 5 de fevereiro (cria o cartão do cidadão) prevê no artigo 5.º, n.º 2, no
âmbito da figura da proibição da retenção e reprodução do cartão do cidadão que "É
igualmente interdita a reprodução do cartão do cidadão em fotocópia ou qualquer outro meio
sem consentimento do titular, salvo nos casos expressamente previstos na lei ou mediante
decisão de autoridade judiciária."

Para efeitos de aplicação da LPCBC/FT, o pedido de conferência e de reprodução do cartão do


cidadão está devidamente protegido nos artigos 24.º e 25.º, n.ºs 1 e 4, alínea a). Encontra assim
previsão legal, quer a exigência de apresentação do documento dos intervenientes na
transação ocasional ou no âmbito da relação de negócio em causa, assim como, a reprodução
do original dos documentos de identificação, em suporte físico ou eletrónico.

Deste modo, a lei prevê quer a exigência dos referidos documentos, quer a conservação dos
documentos obtidos no âmbito do cumprimento do dever de identificação e de diligência
encontrando-se desse modo cumprida a salvaguarda constante do artigo 5.º, n.º 1 da Lei n.º
7/2007, de 5 de fevereiro (regime do cartão do cidadão).

Se ainda assim existir alguma resistência por parte do cliente/interveniente a identificar, deverá
a entidade obrigada proceder a um registo manual dos dados constantes do cartão do cidadão
e juntar ao mesmo uma informação que explique devidamente a recusa/resistência do
cliente/interveniente na cedência de cópia do documento de identificação para justificação do
procedimento.

Acresce que o REGULAMENTO GERAL SOBRE A PROTEÇÃO DE DADOS (RGPD) DA UNIÃO


EUROPEIA (UE) - Regulamento (UE) n.º 679/2016, de 27 de Abril, prevê na alínea c) do n.º 1 do
seu Artigo 6.º (Licitude do tratamento) que O tratamento é lícito se e na medida em que for
necessário para o cumprimento de uma obrigação jurídica a que o responsável pelo
tratamento esteja sujeito, de que o cumprimento do dever de identificação é um exemplo.

Como se procede à comprovação dos elementos identificativos das pessoas


coletivas e dos centros de interesses coletivos sem personalidade jurídica?

As entidades obrigadas devem exigir sempre a apresentação (i) do cartão de identificação da


pessoa coletiva, (ii) da certidão do registo comercial ou (iii) de documento equivalente emitido
por fonte independente e credível, no caso de entidade com sede social situada fora do
território nacional, para comprovação dos seguintes elementos identificativos:

a) Denominação;

b) Objeto;

c) Morada completa da sede social e, quando aplicável, da sucursal ou do estabelecimento


estável, bem como, quando diversa, qualquer outra morada dos principais locais de exercício
da atividade;

d) Número de identificação de pessoa coletiva ou, quando não exista, número equivalente
emitido por autoridade estrangeira competente.

e) Identidade dos titulares de participações no capital e nos direitos de voto de valor igual ou
superior a 5 %;

f) Identidade dos titulares do órgão de administração ou órgão equivalente, bem como de


outros quadros superiores relevantes com poderes de gestão;

g) País de constituição;

h) Código CAE (Classificação das Atividades Económicas), código do setor institucional ou


outro código de natureza semelhante, quando exista.

No caso dos representantes dos clientes, as entidades obrigadas verificam igualmente o


documento que habilita tais pessoas a agir em representação dos mesmos.

A comprovação daqueles elementos identificativos das pessoas coletivas e dos centros de


interesses coletivos sem personalidade jurídica deve processar-se através da utilização de um
dos seguintes meios:

a) Plataformas de interoperabilidade entre sistemas de informação emitidos por serviços


públicos, nos termos do Regulamento (UE) 910/2014, do Parlamento Europeu e do Conselho,
de 23 de julho de 2014;

b) Reprodução do original dos documentos de identificação, em suporte físico ou eletrónico;

c) Cópia certificada dos mesmos;

d) Acesso à respetiva informação eletrónica com valor equivalente, designadamente através:

- do recurso a dispositivos que confiram certificação qualificada, nos termos a definir por
regulamentação;

- da recolha e verificação dos dados eletrónicos junto das entidades competentes responsáveis
pela sua gestão.
VERIFICAÇÃO DA IDENTIDADE

O que devem as entidades obrigadas fazer no caso de os meios de identificação


eletrónica não contemplarem alguns dos elementos de identificação exigidos?

Nestas situações, as entidades obrigadas devem proceder à recolha dos elementos


identificativos em falta através de outros meios complementares admissíveis.

O que devem as entidades obrigadas fazer caso tenham dúvidas sobre o teor, a
idoneidade, a autenticidade, a atualidade, a exatidão ou a suficiência dos suportes
comprovativos dos elementos identificativos apresentados?

Nestas situações, as entidades obrigadas devem promover as diligências que se mostrem


adequadas à cabal comprovação dos elementos identificativos.

Em que momento devem as entidades obrigadas proceder à verificação da


identidade dos seus clientes e dos respetivos representantes?

Em regra, a comprovação da identidade deve ter lugar antes do estabelecimento da relação de


negócio ou da realização de qualquer transação ocasional, isto é, no caso particular da
mediação imobiliária, no momento da celebração do contrato de prestação de serviços de
mediação imobiliária, e sempre em momento anterior à celebração de contrato-promessa ou
escritura pública (sendo que, neste último caso, as entidades obrigadas devem verificar a
atualidade dos elementos de identificação apresentados mesmo que tais elementos já tenham
sido recolhidos no âmbito de uma transação ocasional anterior).

No entanto, no caso específico das relações de negócio, admite-se que a comprovação da


identidade seja completada após o início das mesmas desde que se verifiquem todos os
seguintes pressupostos:

a) Ser o adiamento da comprovação necessário para não interromper o normal desenrolar do


negócio;

b) Não ser o adiamento da comprovação vedado por norma legal ou regulamentar aplicável à
atividade da entidade obrigada;

c) Apresentar a situação em causa um risco reduzido de BC/FT, expressamente identificado


como tal pela entidade obrigada;

d) Executarem as entidades obrigadas as medidas adequadas para gerir o risco associado


àquela situação, designadamente através da limitação do número, do tipo ou do montante das
operações que podem ser efetuadas.

Quando procedam ao adiamento da comprovação dos elementos identificativos dos seus


clientes ou dos respetivos representantes para momento posterior ao do início da relação de
negócio, devem as entidades obrigadas completar os procedimentos de verificação da
identidade no mais curto prazo possível.

Qual o instrumento que posso adotar para a recolha dos elementos obrigatórios de
modo a dar cumprimento ao dever de identificação e de diligência dos
intervenientes na transação ocasional ou na relação de negócio?

As entidades com atividades imobiliárias poderão adotar a elaboração de questionários para


preenchimento pelo cliente ou representante legal e pelos outros intervenientes no negócio
jurídico por forma a dar cumprimento aos procedimentos de identificação e diligência
previstos na LPCBC/FT.

Para esta finalidade, foram publicitadas através da Orientação Genérica n.º 1/IMPIC/2020,
disponível na página do IMPIC em www.impic.pt, dois modelos-tipo de questionário, consoante
o interveniente seja pessoa singular ou colectiva.

No caso de existência de partilha de contrato de mediação imobiliária com outra


entidade a quem compete dar cumprimento ao dever de identificação e diligência
dos intervenientes no negócio?

O cumprimento dos deveres preventivos compete a todas as entidades com atividades


imobiliárias que intervenham na realização do negócio jurídico, quer seja a entidade que
procede à angariação do interessado, quer seja a entidade que foi contratada diretamente pelo
cliente para promover o negócio visado.

No caso de uma transação imobiliária ou de contrato de arrendamento em que


intervenham duas mediadoras imobiliárias com clientes distintos (comprador e
vendedor/ inquilino e senhorio) estão as duas entidades obrigadas a executar os
procedimentos de identificação e diligência relativamente a todos os
intervenientes?

Ambas as entidades estão obrigadas a realizar os procedimentos de identificação e diligência


nos termos comuns, quer quanto ao seu cliente, quer quanto ao outro interessado ou
interveniente no negócio sobre bens imóveis em que intervenham.

Procedimentos de Diligência:

Além dos procedimentos de identificação, que outro tipo de procedimentos devem


as entidades obrigadas adotar no âmbito deste dever específico?

As entidades obrigadas devem, complementarmente, adotar também os seguintes


procedimentos de diligência:

a) Obter informação sobre a finalidade e a natureza pretendida da relação de negócio;

b) Obter informação sobre a origem e o destino dos fundos movimentados no âmbito de uma
relação de negócio ou na realização de uma transação ocasional, quando o perfil de risco do
cliente ou as características da operação o justifiquem;

c) Manter um acompanhamento contínuo da relação de negócio, a fim de assegurar que as


operações realizadas no decurso dessa relação são consistentes com o conhecimento que a
entidade obrigada tem das atividades e do perfil de risco do cliente e, sempre que necessário,
da origem e do destino dos fundos movimentados.

Medidas Simplificadas

As entidades obrigadas podem adotar medidas simplificadas de identificação e


diligência?

Sim. Podem fazê-lo quando identifiquem um risco comprovadamente reduzido de BC/FT nas
relações de negócio, nas transações ocasionais ou nas operações que efetuem, desde que:

- essa identificação se baseie numa avaliação adequada dos riscos, efetuada pelas próprias
entidades obrigadas ou pelas respetivas autoridades setoriais;

- as medidas simplificadas a aplicar sejam proporcionais aos fatores de risco reduzido


identificados.

É possível encontrar na lei alguns exemplos de situações indicativas de um risco de


BC/FT potencialmente mais reduzido?

Sim. Sem prejuízo de outras situações elencadas pelas respetivas autoridades setoriais, a
LPCBC/FT contém, no seu Anexo II uma lista de fatores e tipos indicativos de risco de BC/FT
potencialmente mais baixo. Este lista:

- tem uma natureza meramente exemplificativa, não constituindo um elenco fechado das
hipóteses que podem configurar um risco mais baixo de BC/FT;

- não tem por objetivo induzir as entidades obrigadas a conferir - de forma automática - um
risco baixo a qualquer relação de negócio, transação ocasional ou operação concreta
enquadrável nas situações descritas (devendo a aferição do grau de risco de BC/FT decorrer
da apreciação casuística das circunstâncias concretas de cada situação).

Assim, considera a LPCBC/FT que oferecerem um risco potencialmente mais reduzido os


seguintes fatores exemplificativos:

A) Fatores de risco inerentes ao cliente:

- sociedades com ações admitidas à negociação em mercado regulamentado e sujeitas, em


virtude das regras desse mercado, da lei ou de outros instrumentos vinculativos, a deveres de
informação que garantam uma transparência adequada quanto aos respetivos beneficiários
efetivos;

- administrações ou empresas públicas;

- clientes que residam em zonas geográficas de risco mais baixo (vd. infra "Fatores de risco
inerentes à localização geográfica").

B) Fatores de risco inerentes ao produto, serviço, operação ou canal de distribuição:

- contratos de seguro «Vida» e de fundos de pensões ou produtos de aforro de natureza


semelhante cujo prémio ou contribuição anual sejam reduzidos;

- contratos de seguro associados a planos de pensão desde que não contenham uma cláusula
de resgate nem possam ser utilizados para garantir empréstimos;

- regimes de pensão, planos complementares de pensão ou regimes semelhantes de


pagamento de prestações de reforma aos trabalhadores assalariados, com contribuições
efetuadas mediante dedução nos salários e cujo regime vede aos beneficiários a possibilidade
de transferência de direitos;

- produtos ou serviços financeiros limitados e claramente definidos, que tenham em vista


aumentar o nível de inclusão financeira de determinados tipos de clientes;

- produtos em que os riscos de BC/FT são controlados por outros fatores, como a imposição
de limites de carregamento ou a transparência da respetiva titularidade, podendo incluir certos
tipos de moeda eletrónica.

C) Fatores de risco inerentes à localização geográfica:

- Estados-membros da União Europeia;

- países terceiros que dispõem de sistemas eficazes em matéria de prevenção e combate ao


BC/FT;
- países ou jurisdições identificados por fontes credíveis como tendo um nível reduzido de
corrupção ou de outras atividades criminosas;

- países terceiros que estão sujeitos, com base em fontes idóneas, tais como os relatórios de
avaliação mútua, de avaliação pormenorizada ou de acompanhamento publicados, a
obrigações de prevenção e combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do
terrorismo coerentes com as recomendações revistas do GAFI e que implementam
eficazmente essas obrigações.

É possível encontrar na lei alguns exemplos de medidas simplificadas de


identificação e diligência?

Sim. O n.º 4 do artigo 35.º da LPCBC/FT elenca como possíveis medidas simplificadas as
seguintes (sem prejuízo de outras medidas que se mostrem mais adequadas aos riscos
concretos identificados e/ou de outras cujo conteúdo concreto seja definido pelas autoridades
setoriais competentes):

- a verificação da identificação do cliente e do beneficiário efetivo após o estabelecimento da


relação de negócio;

- a redução da frequência das atualizações dos elementos recolhidos no cumprimento do


dever de identificação e diligência;

- a redução da intensidade do acompanhamento contínuo e da profundidade da análise das


operações, quando os montantes envolvidos nas mesmas são de valor baixo;

- a ausência de recolha de informações específicas e a não execução de medidas específicas


que permitam compreender o objeto e a natureza da relação de negócio, quando seja razoável
inferir o objeto e a natureza do tipo de transação efetuada ou relação de negócio estabelecida.

A aplicação de medidas simplificadas dispensa as entidades obrigadas do


acompanhamento das operações e das relações de negócio?

Não. Mesmo nos casos em que tenham adotado medidas simplificadas de identificação e
diligência, as entidades obrigadas devem acompanhar as operações e as relações negócio, de
modo a permitir a deteção de operações não habituais ou suspeitas.

Existem situações em que às entidades obrigadas é vedada a adoção de medidas


simplificadas de identificação e diligência?

Sim. A adoção de medidas simplificadas nunca pode ter lugar:

- quando existam suspeitas de branqueamento de capitais ou de financiamento do terrorismo;

- quando devam ser adotadas medidas reforçadas de identificação ou diligência;

- sempre que tal seja determinado pelas autoridades setoriais competentes.

Medidas Reforçadas

Em que casos devem as entidades obrigadas adotar medidas reforçadas de


identificação e diligência?

Em complemento dos procedimentos normais de identificação e diligência, as entidades


obrigadas devem adotar medidas reforçadas no âmbito do cumprimento deste dever:
a) Quando for identificado - pelas próprias entidades obrigadas ou pelas respetivas
autoridades setoriais - um risco acrescido de BC/FT nas relações de negócio, nas transações
ocasionais ou nas operações que efetuem.

b) Sempre que estiver em causa alguma das situações previstas nos seguintes artigos da
LPCBC/FT (independentemente do grau de risco de BC/FT associado à situação concreta):

- artigo 37.º (países terceiros de risco elevado);

- artigo 38.º (contratação à distância);

- artigo 39.º (pessoas politicamente expostas e titulares de outros cargos políticos ou


públicos);

- artigo 69.º (beneficiários de contratos de seguros do ramo Vida);

- artigos 70.º e 71.º (relações de correspondência).

c) Em quaisquer outras situações que, para o efeito, venham a ser designadas pelas
autoridades setoriais competentes, inclusive através da identificação de pessoas singulares ou
coletivas ou centros de interesses coletivos sem personalidade jurídica que devam motivar a
adoção de tais medidas.

Paralelamente às situações que se encontram expressamente previstas na


LPCBC/FT, como justificativas da adoção obrigatória de medidas reforçadas, é
possível encontrar na lei alguns exemplos de situações indicativas de um risco de
BC/FT potencialmente mais elevado?

Sim. Sem prejuízo de outras situações elencadas pelas respetivas autoridades setoriais, a
LPCBC/FT contém, no seu Anexo III uma lista de fatores e tipos indicativos de risco de BC/FT
potencialmente mais alto, a qual:

- tem uma natureza meramente exemplificativa, não constituindo um elenco fechado das
hipóteses que podem configurar um risco mais alto de BC/FT;

- não tem por objetivo induzir as entidades obrigadas a conferir - de forma automática - um
risco alto a qualquer relação de negócio, transação ocasional ou operação concreta
enquadrável nas situações descritas (devendo a aferição do grau de risco de BC/FT decorrer
da apreciação casuística das circunstâncias concretas de cada situação).

Assim, considera a LPCBC/FT que oferecerem um risco potencialmente mais elevado os


seguintes fatores exemplificativos:

A) Fatores de risco inerentes ao cliente:

- relações de negócio que se desenrolem em circunstâncias invulgares;

- clientes residentes ou que desenvolvam atividade em zonas de risco geográfico mais elevado
(vd. infra "Fatores de risco inerentes à localização geográfica");

- pessoas coletivas ou centros de interesses coletivos sem personalidade jurídica que sejam
estruturas de detenção de ativos pessoais;

- sociedades com acionistas fiduciários (nominee shareholders) ou que tenham o seu capital
representado por ações ao portador;

- clientes que prossigam atividades que envolvam operações em numerário de forma intensiva;

- estruturas de propriedade ou de controlo do cliente que pareçam invulgares ou


excessivamente complexas, tendo em conta a natureza da atividade prosseguida pelo cliente.

B) Fatores de risco inerentes ao produto, serviço, operação ou canal de distribuição:


- private banking;

- produtos ou operações suscetíveis de favorecer o anonimato;

- pagamentos recebidos de terceiros desconhecidos ou não associados com o cliente ou com a


atividade por este prosseguida;

- novos produtos e novas práticas comerciais, incluindo novos mecanismos de distribuição e


métodos de pagamento, bem como a utilização de novas tecnologias ou tecnologias em
desenvolvimento, tanto para produtos novos como para produtos já existentes.

C) Fatores de risco inerentes à localização geográfica:

- países identificados por fontes idóneas, tais como os relatórios de avaliação mútua, de
avaliação pormenorizada ou de acompanhamento publicados, como não dispondo de sistemas
eficazes em matéria de prevenção e combate ao BC/FT (sem prejuízo do disposto na
LPCBC/FT relativamente a países terceiros de risco elevado);

- países ou jurisdições identificados por fontes credíveis como tendo um nível significativo de
corrupção ou de outras atividades criminosas;

- países ou jurisdições sujeitos a sanções, embargos, outras medidas restritivas ou


contramedidas adicionais impostas, designadamente, pelas Nações Unidas e pela União
Europeia;

- países ou jurisdições que proporcionem financiamento ou apoio a atividades ou atos


terroristas, ou em cujo território operem organizações terroristas.

É possível encontrar na lei alguns exemplos de medidas reforçadas de identificação


e diligência?

Sim. O n.º 6 do artigo 36.º da LPCBC/FT elenca como possíveis medidas reforçadas as
seguintes (sem prejuízo de outras que se mostrem mais adequadas aos riscos concretos
identificados e/ou de outras cujo conteúdo concreto seja definido pelas autoridades setoriais
competentes):

- a obtenção de informação adicional sobre os clientes, os seus representantes ou os


beneficiários efetivos, bem como sobre as operações planeadas ou realizadas;

- a realização de diligências adicionais para comprovação da informação obtida;

- a intervenção de níveis hierárquicos mais elevados para autorização do estabelecimento de


relações de negócio, da execução de transações ocasionais ou da realização de operações em
geral;

- a intensificação da profundidade ou da frequência dos procedimentos de monitorização da


relação de negócio ou de determinadas operações ou conjunto de operações, tendo em vista a
deteção de eventuais indicadores de suspeição e o subsequente cumprimento do dever de
comunicação previsto no artigo 43.º da LPCBC/FT;

- a redução dos intervalos temporais para atualização da informação e demais elementos


colhidos no exercício do dever de identificação e diligência;

- a monitorização do acompanhamento da relação de negócio pelo responsável pelo


cumprimento normativo referido no artigo 16.º da LPCBC/FT ou por outro colaborador da
entidade obrigada que não esteja diretamente envolvido no relacionamento comercial com o
cliente;

- a exigência da realização do primeiro pagamento relativo a uma dada operação através de


meio rastreável com origem em conta de pagamento aberta pelo cliente junto de entidade
financeira ou outra legalmente habilitada que, não se situando em país terceiro de risco
elevado, comprovadamente aplique medidas de identificação e diligência equivalentes.
Que medidas reforçadas devem as entidades obrigadas adotar nas situações que
envolvam países terceiros de risco elevado?

As entidades obrigadas devem, em qualquer circunstância, adotar medidas reforçadas eficazes


e proporcionais aos riscos existentes sempre que estabeleçam relações de negócio, realizem
transações ocasionais, efetuem operações ou de algum outro modo se relacionem com
pessoas singulares ou coletivas ou centros de interesses coletivos sem personalidade jurídica
estabelecidos em países terceiros de risco elevado.

As entidades obrigadas devem também adotar medidas reforçadas de identificação e


diligência:

- no âmbito de relações de negócio, transações ocasionais ou operações com pessoas


singulares ou coletivas ou centros de interesses coletivos sem personalidade jurídica
estabelecidos noutras jurisdições que venham a ser identificadas pelas autoridades setoriais,
com base nas divulgações efetuadas pelo GAFI ou noutras fontes credíveis;

- em quaisquer outras situações em que as próprias entidades obrigadas - com base nas
divulgações efetuadas pelo GAFI, noutras fontes credíveis ou noutras informações que lhes
sejam disponibilizadas pelas autoridades setoriais - identifiquem um risco geográfico
acrescido, à luz de uma abordagem baseada no risco.

Que medidas reforçadas devem as entidades obrigadas adotar no âmbito da


contratação à distância?

Nos casos em que o estabelecimento da relação de negócio ou a realização da transação


ocasional tenha lugar sem que o cliente ou o seu representante estejam fisicamente presentes,
a comprovação dos documentos referidos nos n.ºs 1 e 5 do artigo 25.º da LPCBC/FT deve ser
efetuada:

- nos termos previstos nos n.ºs 2 a 4 do referido artigo 25.º, no caso das pessoas singulares;

- nos termos previstos no n.º 6 do mesmo artigo, no caso das pessoas coletivas ou centros de
interesses coletivos sem personalidade jurídica.

Complementarmente, as entidades obrigadas adotam as demais medidas reforçadas que se


mostrem necessárias para fazer face ao risco concreto identificado, designadamente:

- a realização de diligências adicionais para comprovação da informação obtida; ou

- a exigência da realização do primeiro pagamento relativo a uma dada operação através de


meio rastreável com origem em conta de pagamento aberta pelo cliente junto de entidade
financeira ou outra legalmente habilitada que, não se situando em país terceiro de risco
elevado, comprovadamente aplique medidas de identificação e diligência equivalentes.

Que medidas reforçadas devem as entidades obrigadas adotar relativamente às


pessoas politicamente expostas e aos titulares de outros cargos políticos ou
públicos?

No âmbito das relações de negócio ou transações ocasionais com clientes, representantes ou


beneficiários efetivos que sejam pessoas politicamente expostas, devem as entidades
obrigadas (em complemento dos procedimentos normais de identificação e diligência):

a) Detetar a qualidade de "pessoa politicamente exposta", adquirida em momento anterior ou


posterior ao estabelecimento da relação de negócio ou à realização da transação ocasional,
com base nos procedimentos ou sistemas de informação previstos no artigo 19.º da LPCBC/FT;

b) Assegurar a intervenção de um elemento da direção de topo para aprovação:


- do estabelecimento de relações de negócio ou da execução de transações ocasionais;

- da continuidade das relações de negócio em que a aquisição da qualidade de "pessoa


politicamente exposta" seja posterior ao estabelecimento da relação de negócio.

c) Adotar as medidas necessárias para conhecer e comprovar a origem do património e dos


fundos envolvidos nas relações de negócio, nas transações ocasionais ou nas operações em
geral, para o efeito entendendo-se por:

- "património", a totalidade dos ativos que compõem as fontes de riqueza da pessoa


politicamente exposta; e por

- "fundos", os montantes ou ativos concretamente afetos à relação de negócio estabelecida, à


transação ocasional ou à operação efetuada com a pessoa politicamente exposta.

d) Monitorizar em permanência e de forma reforçada as relações de negócio, tendo


particularmente em vista identificar eventuais operações que devam ser objeto de
comunicação nos termos previstos no artigo 43.ºda LPCBC/FT.

e) Adotar outras medidas reforçadas ou intensificar as medidas referidas nas alíneas b), c) e d),
sempre que o concreto risco acrescido da relação de negócio ou da transação ocasional se
revele particularmente elevado.

As medidas reforçadas de identificação e diligência adotadas relativamente às


pessoas politicamente expostas são extensivas a outras pessoas consigo
relacionadas?

Sim. As medidas reforçadas de identificação e diligência previstas no artigo 39.º da LPCBC/FT


são igualmente aplicáveis às relações de negócio ou transações ocasionais com clientes,
representantes ou beneficiários efetivos que sejam:

a) Membros próximos da família das pessoas politicamente expostas, considerando-se como


tal:

- os ascendentes e descendentes diretos em linha reta de pessoa politicamente exposta;

- os cônjuges ou unidos de facto de pessoa politicamente exposta;

- os cônjuges ou unidos de facto dos ascendentes e descendentes diretos em linha reta de


pessoa politicamente exposta.

b) Pessoas reconhecidas como estreitamente associadas a pessoas politicamente expostas,


considerando-se como tal:

- qualquer pessoa singular, conhecida como comproprietária, com pessoa politicamente


exposta, de uma pessoa coletiva ou de um centro de interesses coletivos sem personalidade
jurídica;

- qualquer pessoa singular que seja proprietária de capital social ou detentora de direitos de
voto de uma pessoa coletiva, ou de património de um centro de interesses coletivos sem
personalidade jurídica, conhecidos como tendo por beneficiário efetivo pessoa politicamente
exposta;

- qualquer pessoa singular, conhecida como tendo relações societárias, comerciais ou


profissionais com pessoa politicamente exposta.

1.3. DEVER DE COMUNICAÇÃO


Normas Relevantes

LPCBC/FT | artigos 43.º a 46.º, n.º 1 a 4, 89.º e 91.º

Regulamento n.º 603/2021 - 02.07 | artigos 14.º a 20.º

Questões

Em que consiste o dever de comunicação, previsto nos arts. 43.º e 44.º da


LPCBC/FT, e quais as atividades principais em que se desenvolve?

O dever de comunicação, em sentido estrito, consiste no dever que recai sobre as entidades
obrigadas de, por sua própria iniciativa, informarem de imediato o Departamento Central de
Investigação e Ação Penal da Procuradoria-Geral da República (DCIAP) e a Unidade de
Informação Financeira (UIF), da Polícia Judiciária, sempre que saibam, suspeitem ou tenham
razões suficientes para suspeitar que certos fundos ou outros bens, independentemente do
montante ou valor envolvido, provêm de atividades criminosas ou estão relacionados com o
financiamento do terrorismo.

O dever de as entidades obrigadas efetuarem estas comunicações ("comunicação de


operações suspeitas" ou "suspicious transactions report") às autoridades referidas incide sobre
atos, contratos ou atividades em execução, bem como todas operações que lhes sejam
propostas, ou ainda operações tentadas, que estejam em curso ou que tenham sido
executadas, e relativamente às quais, as suas características e contexto permitam, de alguma
forma, concluir pela natureza suspeita da operação.

A comunicação ao DCIAP e à UIF das operações suspeitas é efetuada junto destas autoridades
através dos canais, específicos e diretos, que as mesmas definam para o efeito, devendo ser
feita imediatamente, assim que a entidade obrigada conclua pela natureza suspeita de
determinada operação.

A entidade comunicante deve ainda, de acordo com o previsto na LPCBC/FT, observar um


conjunto de elementos na sua realização e de cuidados especiais posteriores, para garantir a
eficácia da comunicação.

Sem prejuízo da consulta da LPCBC/FT, e demais diplomas relevantes, encontra-se disponível


no Portal na internet da Comissão de Coordenação de Políticas de Prevenção e Combate ao
Branqueamento de Capitais e ao Financiamento do Terrorismo um conjunto abrangente de
informação sobre o dever de comunicação - PERGUNTAS FREQUENTES | Portal da Comissão
Prevenção do Branqueamento de Capital e Financiamento do Terrorismo (portalBC/FT.pt) , no
item "DEVER DE COMUNICAÇÃO".

1.4. DEVER DE ABSTENÇÃO

Normas Relevantes

LPCBC/FT | artigos 47º a 49º e 56º

Questões

Em que consiste o dever de abstenção, previsto nos arts. 47.º a 49.º da LPCBC/FT,
e quais as atividades principais em que se desenvolve?
O dever de abstenção consiste no imperativo que recai sobre as entidades obrigadas, de se
absterem de executar qualquer operação ou conjunto de operações, presentes ou futuras, que
saibam ou que suspeitem poder estar associadas a fundos ou outros bens provenientes ou
relacionados com a prática de atividades criminosas ou com o financiamento do terrorismo.

O conhecimento ou a suspeita de que uma determinada atividade ou operação (ou conjunto


de operações) poderá estar associada a uma prática de branqueamento de capitais ou de
financiamento do terrorismo implica, para além da análise do seu impacto e imediata
suspensão no momento da sua deteção, comunicação imediata, similar a uma "transação
suspeita", junto do DCIAP e da UIF, nos termos previstos no art. 43.º e seguintes da LPCBC/FT.

A entidade obrigada deve ainda abster-se de praticar quaisquer atos ou condutas que possam
fazer perigar a utilidade ou eficiência do cumprimento do dever de abstenção ou do seu
seguimento.

Sem prejuízo da consulta da LPCBC/FT, e demais diplomas relevantes, encontra-se disponível


no Portal na internet da Comissão de Coordenação de Políticas de Prevenção e Combate ao
Branqueamento de Capitais e ao Financiamento do Terrorismo um conjunto abrangente de
informação sobre o dever de comunicação - PERGUNTAS FREQUENTES | Portal da Comissão
Prevenção do Branqueamento de Capital e Financiamento do Terrorismo (portalBC/FT.pt) , no
item "DEVER DE COMUNICAÇÃO".

1.5. DEVER DE RECUSA

Normas Relevantes

LPCBC/FT | artigo 50.º

Questões

Em que consiste o dever de recusa, previsto no art. 50.º da LPCBC/FT, e quais as


atividades principais em que se desenvolve?

O dever de recusa consiste no dever legal que recai sobre as entidades obrigadas de recusar
iniciar relações de negócio, realizar transações ocasionais ou efetuar outras operações quando
não obtenham:

a) Os elementos identificativos e os respetivos meios comprovativos previstos para a


identificação e verificação da identidade do cliente, do seu representante e do beneficiário
efetivo, incluindo a informação para a aferição da qualidade de beneficiário efetivo e da
estrutura de propriedade e de controlo do cliente; ou

b) A informação prevista no artigo 27.º da LPCBC/FT sobre a natureza, o objeto e a finalidade


da relação de negócio.

As entidades obrigadas encontram-se ainda sujeitas a especiais deveres de cuidado nas


relações de negócio, transações ocasionais ou outras operações, incluído para efetuar a
atualização dos mesmos, nomeadamente quando não obtêm elementos identificativos, os
meios comprovativos ou outra informação necessária para o aferimento dos reais riscos das
operações que realizem.

A ocorrência de tais situações poderá acarretar, por exemplo, não apenas a necessidade de
recusar novas relações de negócios ou transações ocasionais, como de, eventualmente, pôr
termo imediato a relações de negócio já estabelecidas - devendo ainda as entidades obrigadas
analisar as causas para a não obtenção dos elementos, meios ou informações concretamente
denegados, tendo em vista a realização de uma comunicação, como "transação suspeita", às
autoridades judiciárias competentes, ou efetuar consultas junto das mesmas sobre o
procedimento a adotar.

Em qualquer caso, as entidades obrigadas efetuam e mantêm registos escritos sobre todas as
conclusões e análises realizadas, quanto às razões subjacentes à não obtenção de elementos
identificativos, bem como as diligências empreendidas.

PERGUNTAS FREQUENTES | Portal da Comissão Prevenção do Branqueamento de Capital e


Financiamento do Terrorismo (portalBC/FT.pt)

Sem prejuízo da consulta da LPCBC/FT, e demais diplomas relevantes, encontra-se disponível


no Portal na internet da Comissão de Coordenação de Políticas de Prevenção e Combate ao
Branqueamento de Capitais e ao Financiamento do Terrorismo um conjunto abrangente de
informação sobre o dever de recusa - PERGUNTAS FREQUENTES | Portal da Comissão
Prevenção do Branqueamento de Capital e Financiamento do Terrorismo (portalBC/FT.pt), no
item "DEVER DE RECUSA".

1.6. DEVER DE CONSERVAÇÃO

Normas Relevantes

LPCBC/FT | artigo 51.º

Regulamento n.º 603/2021 - 02.07 | artigo 9.º

Questões

Qual o prazo de manutenção de documentos e elementos que deve ser assegurado


pelas entidades obrigadas no cumprimento dos procedimentos conservatórios?

A LPCBC/FT e o Regulamento n.º 603/2021 - 02.07 estabelecem um prazo limite de 7 anos


para a conservação dos documentos e elementos que suportaram o cumprimento dos
procedimentos e dos deveres preventivos.

Posso efetuar o registo e a conservação dos documentos e elementos obtidos em


suporte digital?

Sim, o arquivamento dos documentos obtidos junto dos clientes e intervenientes, bem como,
outros decorrentes da tramitação e conclusão da relação de negócio ou da transação
ocasional podem ser arquivados em suporte físico ou digital devendo ser disponibilizados em
permanência às entidades com competência em matéria de BC/FT, designadamente, ao IMPIC,
sempre que solicitados.

Pode no âmbito da conclusão de uma transação imobiliária um cliente ou interveniente no


negócio celebrado exigir a destruição dos documentos entregues e o apagamento dos dados
fornecidos à entidade obrigada no âmbito do dever de identificação e diligência previsto na
LPCBC/FT?
O direito ao apagamento dos dados "direito a ser esquecido" previsto no artigo 17.º, n.º 3,
alínea b) do Regulamento (UE) 2016/679 do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu de 27
de Abril de 2016 prevê que o mesmo não se aplica sempre que o tratamento dos dados se
revele necessário ao cumprimento de uma obrigação legal e decorrente do interesse público
ou ao exercício da autoridade pública de que esteja investido o responsável pelo tratamento
dos dados, previsto na LPCBC/FT, relativamente aos procedimentos conservatórios dos
elementos recolhidos nesse âmbito.

1.7. DEVER DE EXAME

Normas Relevantes

LPCBC/FT | artigo 52.º

Questões

Em que consiste o dever de exame, previsto no art. 52.º da LPCBC/FT, e quais as


atividades principais em que se desenvolve?

O dever de exame consiste no dever de as entidades obrigadas analisarem com especial


cuidado e atenção quaisquer condutas, atividades ou operações cujos elementos
caracterizadores as tornem suscetíveis de poderem estar relacionadas com fundos ou outros
bens que provenham de atividades criminosas ou que estejam relacionados com o
financiamento do terrorismo.

Para o cumprimento e execução do dever de exame, as entidades obrigadas deverão


considerar a globalidade dos elementos e características da operação, aplicando um conjunto
de indicadores na sua análise, como sejam:

- A natureza, finalidade, a frequência, a complexidade, invulgaridade e atipicidade da conduta,


da atividade ou das operações;

- A natureza, a atividade, o padrão operativo, a situação económico-financeira e o perfil dos


intervenientes, bem como uma possível e aparente inexistência de um objetivo económico ou
de um fim lícito associado à conduta, à atividade ou às operações;

- Os montantes, a origem e o destino dos fundos movimentados e a natureza ou características


dos meios de pagamento utilizados, a par do local de origem e de destino das operações;

- A existência ou intervenção de um determinado tipo de transação ou produto, ou de uma


estrutura societária ou centro de interesses coletivos sem personalidade jurídica que possa
favorecer especialmente o anonimato dos intervenientes.

Na execução do dever de exame, a avaliação do grau de suspeita que determinada conduta,


relação, transação ou operação possa revestir, decorre e resulta primacialmente da atuação e
diligência das entidades obrigadas, através da apreciação das circunstâncias concretas que se
encontrem em causa, à luz dos critérios de diligência exigíveis a um profissional na análise da
situação. Não se encontra, assim, limitado ou dependente da existência de qualquer tipo de
documentação confirmativa da suspeita.

Nota-se, com especial importância no que respeita às entidades obrigadas com atividades
imobiliárias, que o Anexo C do Regulamento n.º 603/2021 - 02.07 prevê uma "Listagem de
Indicadores de Suspeição no Setor Imobiliário", ainda que meramente exemplificativa,
destinada a auxiliar as entidades obrigadas a identificar situações de risco e a dar
cumprimento à obrigação de comunicação de operações suspeitas constante dos artigos 43.º
e 44.º da LPCBC/FT, que deverão ser usados pelas entidades obrigadas, em conjugação com
os critérios genéricos e as diligência comum e avaliação de risco em cada situação concreta.

No seguimento da execução do dever de exame, as entidades obrigadas, sempre que


concluam pela existência de uma "transação suspeita", deverão efetuar a respetiva
comunicação, nos termos do art. 44º da LPCBC/FT, junto das autoridades judiciárias
cometentes.

Sem embargo, caso concluam não estar em causa uma situação que imponha a comunicação
de uma "transação suspeita", as entidades obrigadas devem lavrar um registo escrito
circunstanciado do incidente, no qual fazem constar os fundamentos da decisão de não
comunicação, incluindo, nomeadamente, os motivos que sustentam a inexistência de fatores
concretos de suspeição e quaisquer eventuais contactos com o DCIAP e a UIF/PJ,
estabelecidos no decurso do exame.

Sem prejuízo da consulta da LPCBC/FT, e demais diplomas relevantes, encontra-se disponível


no Portal na internet da Comissão de Coordenação de Políticas de Prevenção e Combate ao
Branqueamento de Capitais e ao Financiamento do Terrorismo um conjunto abrangente de
informação sobre o dever de exame - PERGUNTAS FREQUENTES | Portal da Comissão
Prevenção do Branqueamento de Capital e Financiamento do Terrorismo (portalBC/FT.pt) , no
item "DEVER DE EXAME".

Nesse Portal encontram-se ainda uma listagem de indicadores de suspeição, com carácter
genérico e sectorial sob o item "LISTAS/Indicadores de suspeição", cuja consulta é relevante.

1.8. DEVER DE COLABORAÇÃO

Normas Relevantes

LPCBC/FT | artigo 53.º

Questões

Em que consiste o dever de colaboração, previsto nos arts. 53.º e 56.º da


LPCBC/FT, e quais as atividades principais em que se desenvolve?

O dever de colaboração consiste no dever de as entidades obrigadas prestarem, de forma


pronta e cabal, toda a colaboração que lhes for requerida pelo DCIAP, pela UIF e pelas demais
autoridades judiciárias e policiais, bem como pelas autoridades setoriais e pela Autoridade
Tributária e Aduaneira.

Desta obrigação (e para além do cumprimento de outros deveres de disponibilização de


informações, elementos e documentos, eventualmente previstos quanto a atividades
económicas reguladas) acarreta decorre, um conjunto de deveres de conduta, como sejam, por
exemplo:

- O dever de pronta e atempada resposta a pedidos de informação sobre as relações,


transações ou operações mantidas;

- O dever de disponibilizar, de forma completa e no prazo fixado, todas as informações,


esclarecimentos, documentos e elementos que lhes sejam requeridos, mais conferindo, sempre
que requerido, o acesso remoto àquelas informações, documentos e elementos;

- O dever de cumprir quaisquer deveres de comunicação periódicos estabelecidos em


regulamentação setorial, bem como enviar quaisquer outras informações requeridas de forma
periódica ou sistemática; e

- O dever de cumprir ordens ou instruções que lhes sejam dirigidas ao abrigo do disposto na
LPCBC/FT, bem como atender a recomendações emitidas e prestar informação sobre o
respetivo estado de execução.
Em especial, e no que concerne especificamente ao exercício das funções e atividades
inspetivas das autoridades sectoriais, as entidades obrigadas devem colaborar plena e
prontamente com as mesmas, designadamente:

a) Abstendo-se de qualquer recusa ou conduta obstrutiva ilegítimas;

b) Facultando a inspeção de quaisquer instalações utilizadas, ainda que por terceiros, para o
exercício da sua atividade e serviços conexos;

c) Garantindo acesso direto e facultando o exame de elementos de informação no local,


independentemente do respetivo suporte;

d) Facultando cópias, extratos ou traslados de toda a documentação requerida;

e) Assegurando a comparência e a plena colaboração de qualquer representante ou


colaborador que deva ser ouvido pela autoridade inspetiva, qualquer que seja a natureza do
respetivo vínculo.

Nota-se, por fim, que o dever de colaboração tem um carácter global e permanente, não sendo
limitado ou restrito, por exemplo, a situações de comunicações de "transações suspeitas".
Sendo um dever genérico, nos termos da LPCBC/FT a disponibilização de boa-fé daquelas
informações, documentos e elementos não pode configurar a violação de qualquer dever de
segredo imposto por via legislativa, regulamentar ou contratual, nem implica responsabilidade
de qualquer tipo para quem presta a informação.

Sem prejuízo da consulta da LPCBC/FT, e demais diplomas relevantes, encontra-se disponível


no Portal na internet da Comissão de Coordenação de Políticas de Prevenção e Combate ao
Branqueamento de Capitais e ao Financiamento do Terrorismo um conjunto abrangente de
informação sobre o dever de colaboração - PERGUNTAS FREQUENTES | Portal da Comissão
Prevenção do Branqueamento de Capital e Financiamento do Terrorismo (portalBC/FT.pt) , no
item "DEVER DE COLABORAÇÃO".

1.9. DEVER DE NÃO DIVULGAÇÃO

Normas Relevantes

LPCBC/FT | artigo 54.º

Questões

Em que consiste o dever de não divulgação, previsto no art. 54.º da LPCBC/FT, e


quais as atividades principais em que se desenvolve?

O dever de não divulgação consiste no dever de as entidades obrigadas - bem como os


membros dos respetivos órgãos sociais, os que nelas exerçam funções de direção, de gerência
ou de chefia, os seus empregados, os mandatários e outras pessoas que lhes prestem serviço a
título permanente, temporário ou ocasional - não revelarem, ao cliente ou a terceiros,
informações, documentos ou elementos respeitantes às averiguações, análises, exames,
diligências ou comunicações efetuadas na execução dos deveres a que se encontram sujeitas
em matéria de prevenção e repressão do branqueamento de capitais e financiamento do
terrorismo.

Estas obrigações revestem especial importância, nomeadamente, quanto à proibição de


revelação a clientes ou terceiros de elementos informações:

- Respeitantes à possibilidade, eminência, existência ou realização de comunicações de


operações suspeitas à autoridades judiciárias, ou de outras comunicações, previstas na
LPCBC/FT, ou quaisquer outras informações relacionadas com as mesmas;

- Respeitantes à possibilidade ou existência de investigação ou inquérito criminal, bem como


quaisquer outras investigações, inquéritos, averiguações, análises ou procedimentos legais a
conduzir pelas autoridades judiciárias, policiais ou setoriais; ou

- Quanto a quaisquer outras informações ou análises, de foro ou interno ou externo, que


possam pôr em causa ou relevem para o exercício das funções conferidas pela LPCBC/FT às
entidades obrigadas e às autoridades judiciárias, policiais e setoriais; ou relevem para a
preservação de quaisquer investigações, inquéritos, averiguações, análises ou procedimentos
legais e a prevenção, investigação e deteção do BC/FT, em geral.

Neste campo, as entidades obrigadas devem agir com a necessária prudência junto dos
clientes - atuando, inclusive, no sentido de evitar empreender diligências que, por qualquer
razão, possam suscitar a suspeição, ou gerar alerta junto dos visados, de que poderão estar em
curso quaisquer procedimentos que visem averiguar suspeitas de práticas relacionadas com o
BC/FT.

Sempre que, nas referidas condições, as entidades obrigadas se devam abster da realização de
ulteriores diligências junto dos seus clientes, devem proceder de imediato à comunicação
prevista no artigo 43.º da LPCBC/FT ("transação suspeita"), transmitindo as informações de
que disponham no momento.

Sem prejuízo da consulta da LPCBC/FT, e demais diplomas relevantes, encontra-se disponível


no Portal na internet da Comissão de Coordenação de Políticas de Prevenção e Combate ao
Branqueamento de Capitais e ao Financiamento do Terrorismo um conjunto abrangente de
informação sobre o dever de não divulgação - PERGUNTAS FREQUENTES | Portal da
Comissão Prevenção do Branqueamento de Capital e Financiamento do Terrorismo
(portalBC/FT.pt) , no item "DEVER DE NÃO DIVULGAÇÃO".

1.10.
1.10. DEVER
DEVER DE
DE FORMAÇÃO
FORMAÇÃO

Normas
Normas Relevantes
Relevantes

LPCBC/FT | artigos 11.º, n.º 1, alínea j) e 55.º

Regulamento n.º 603/2021 - 02.07 | artigo 11º

Questões
Questões

Em
Em que
que consiste
consiste o
o dever
dever de
de formação?
formação?

Consiste no dever de as entidades obrigadas - de forma proporcional aos respetivos riscos e à


natureza e dimensão da sua atividade - assegurarem aos seus dirigentes, trabalhadores e
demais colaboradores cujas funções sejam relevantes para efeitos da prevenção do BC/FT um
conhecimento adequado das obrigações decorrentes da LPCBC/FT e da respetiva
regulamentação, através da realização de ações específicas e regulares de formação,
adequadas a cada sector de atividade, que habilitem os mesmos, a todo o momento, a
reconhecer operações que possam estar relacionadas com o BC/FT e a atuar de acordo com o
quadro normativo vigente.

Existe
Existe alguma
alguma especificidade
especificidade para
para os
os colaboradores
colaboradores recém-admitidos?
recém-admitidos?

No caso de colaboradores recém-admitidos cujas funções relevem diretamente no âmbito da


prevenção do BC/FT, as entidades obrigadas, imediatamente após a respetiva admissão,
devem proporcionar-lhes formação adequada sobre as políticas, procedimentos e controlos
internamente definidos nesta matéria.

Nos
Nos casos
casos em
em que
que aa entidade
entidade obrigada
obrigada éé uma
uma pessoa
pessoa singular
singular que
que exerce
exerce aa sua
sua
atividade
atividade profissional
profissional como
como colaborador
colaborador dede uma
uma pessoa
pessoa coletiva,
coletiva, aa quem
quem compete
compete
dar
dar cumprimento
cumprimento aoao dever
dever de
de formação?
formação?

Nestes casos, o dever de formação incide sobre a pessoa coletiva.

Que
Que requisitos
requisitos devem
devem preencher
preencher as
as ações
ações de
de formação
formação em
em matéria
matéria de
de prevenção
prevenção
do
do BC/FT?
BC/FT?

As ações de formação proporcionadas pelas entidades obrigadas aos seus colaboradores -


independentemente de serem ministradas interna ou externamente - devem:

a) Ser asseguradas por pessoas ou entidades com reconhecida competência e experiência no


domínio da prevenção e combate ao BC/FT;

b) Ser precedidas de parecer favorável do RCN designado nos termos do n.º 1 do artigo 16.º da
LPCBC/FT quando tal cargo exista na estrutura organizativa da entidade obrigada.

Que
Que outras
outras obrigações
obrigações impendem
impendem sobre
sobre as
as entidades
entidades obrigadas
obrigadas no
no âmbito
âmbito do
do
dever
dever de
de formação?
formação?

As entidades obrigadas devem manter registos atualizados e completos das ações de


formação internas ou externas realizadas, conservando-os nos termos previstos no artigo 51.º
da LPCBC/FT e colocando-os, em permanência, à disposição das autoridades setoriais.

Quais
Quais as
as especificidades
especificidades introduzidas
introduzidas pelo
pelo Regulamento
Regulamento n.º
n.º 603/2021
603/2021 -- 02.07,
02.07,
quanto
quanto ao
ao dever
dever de
de formação?
formação?

A formação continua a ser obrigatória, em moldes ligeiramente diferentes do previsto no


Regulamento n.º 282/2011, com realce na exigência do programa de formação conter uma área
dedicada a métodos e mecanismos de implementação de análise de risco setorial e individual
referentes ao imobiliário. (art. 55.º).

É ainda efetuada a adequação das exigências de formação à estrutura e dimensão das


entidades imobiliárias, nos seguintes moldes:

- Entidades com 1-5 colaboradores - uma ação de formação em cada 2 anos civis;

- Entidades com 6-10 colaboradores - uma ação de formação p/cada ano civil;

- Entidades com mais de 10 colaboradores asseguram de forma rotativa que os seus


colaboradores recebam formação adequada - uma ação de formação no mínimo por cada ano
civil, com a presença em todas do RCN.

O registo, atualizado e completo das ações de formação, referido na LPCBC/FT é também


concretizado no n.º 7 do artigo 11.º do Regulamento n.º 603/2021 - 02.07.

Nos termos do artigo 21.º do Regulamento n.º 603/2021 - 02.07, os destinatários da formação
prevista no artigo 11.º do mesmo, que tenham sido admitidos ou nomeados posteriormente à
entrada em vigor do presente regulamento, só estão vinculados ao cumprimento do disposto
no referido preceito seis meses após a sua admissão, designação ou nomeação.
2.
2. COMUNICAÇÕES
COMUNICAÇÕES OBRIGATÓRIAS
OBRIGATÓRIAS AO
AO IMPIC
IMPIC (por
(por entidades
entidades com
com atividades
atividades
imobiliárias)
imobiliárias)

Questões
Questões

Quais
Quais as
as entidades
entidades obrigadas
obrigadas aa efetuar
efetuar aa comunicação
comunicação de
de atividades
atividades imobiliárias
imobiliárias
junto
junto do
do IMPIC?
IMPIC?

As entidades, independentemente da sua natureza financeira ou não financeira que exerçam as


seguintes atividades imobiliárias ou pratiquem atos materiais de Mediação imobiliária; Compra,
Venda, Compra para revenda ou permuta de imóveis; Promoção imobiliária; e, Arrendamento
de bens imóveis.

As
As sociedades
sociedades irregulares
irregulares têm
têm de
de efetuar
efetuar aa comunicação
comunicação de
de atividades
atividades
imobiliárias?
imobiliárias?

Sim, se desenvolverem uma atividade imobiliária, estão sujeitas ao cumprimento dos deveres
previstos na LPCBC/FT.

Procedo
Procedo àà compra,
compra, venda
venda e/ou
e/ou arrendamento
arrendamento de
de imóveis
imóveis na
na atividade
atividade da
da minha
minha
empresa
empresa mas
mas não
não tenho
tenho nana descrição
descrição do
do objeto
objeto social
social as
as referidas
referidas atividades.
atividades. Estou
Estou
obrigado
obrigado ao
ao cumprimento
cumprimento dasdas comunicações
comunicações dede atividades
atividades imobiliárias
imobiliárias de
de acordo
acordo
com
com oo Regulamento
Regulamento n.º
n.º 603/2021
603/2021 -- 02.07?
02.07?

Sim, o conceito de atividade imobiliária previsto no artigo 2.º da LPCBC/FT e no artigo 2.º do
Regulamento n.º 603/2021 - 02.07 consiste, na prática, no exercício de atos materiais
correspondentes às entidades de mediação imobiliária, compra, venda, compra para revenda
ou permuta de imóveis, arrendamento e promoção imobiliária pelo que deverá ser comunicada
após a data do 1.º ato material de execução dessas atividades.

Quais
Quais são
são as
as comunicações
comunicações obrigatórias
obrigatórias aa efetuar
efetuar ao
ao IMPIC
IMPIC pelas
pelas entidades
entidades
(financeiras
(financeiras ee não
não financeiras)
financeiras) que
que exercem
exercem atividades
atividades imobiliárias?
imobiliárias?

- A data de início de atividade imobiliária (a data declarada para efeitos fiscais), acompanhada
do código de acesso à certidão permanente do registo comercial ou da certidão do registo
comercial (caso a entidade comunicante não possua a certidão permanente mencionada),
através do formulário, Anexo A, "Comunicação de Atividade Imobiliária".

A data de início de uma nova atividade imobiliária deve, igualmente, ser comunicada ao IMPIC.

- A designação do Responsável pelo Cumprimento Normativo - RCN (com a ressalva já referida


para as entidades financeiras):

A nomeação do Responsável pelo Cumprimento Normativo (RCN), deve ser efetuada através
do formulário, Anexo A, "Comunicação de Atividade Imobiliária", Grupo 3. IDENTIFICAÇÃO DO
RESPONSÁVEL PELO CUMPRIMENTO NORMATIVO (RCN).

- Os elementos relativos a cada transação imobiliária em que intervenham; e,

- Os elementos relativos a cada contrato de arrendamento celebrado, cujo valor da renda


mensal seja igual ou superior a € 2.500,00, através do formulário, Anexo B, "Comunicação de
Elementos de transação Imobiliária ou Contrato de Arrendamento".

2.1.
2.1. DEVER
DEVER DE
DE COMUNICAÇÃO
COMUNICAÇÃO DA
DA DATA
DATA DE
DE INÍCIO
INÍCIO DE
DE ATIVIDADES
ATIVIDADES IMOBILIÁRIAS
IMOBILIÁRIAS
(ANEXO
(ANEXO A):
A):

Questões
Questões

Tenho
Tenho de
de comunicar
comunicar ao
ao IMPIC
IMPIC o
o início
início de
de uma
uma nova
nova atividade
atividade imobiliária,
imobiliária, por
por
exemplo
exemplo de
de arrendamento
arrendamento de
de bens
bens imóveis?
imóveis?

Sim. Mesmo as entidades que, em cumprimento do disposto em legislação anterior, já tinham


efetuado a comunicação da data do início de uma, ou mais, atividades imobiliárias ao IMPIC e
já tinham iniciado (ou vão iniciar) a atividade de arrendamento de bens imóveis devem,
também, efetuar a comunicação da data do início dessa atividade, através do formulário Anexo
A - "Comunicação de Atividade Imobiliária", de acordo com a alínea a), n.º 1 do artigo 46.º da
LPCBC/FT e em conjugação com a alínea a), n.º 1 do artigo 14.º do Regulamento n.º 603/2021 -
02.07.

A
A comunicação
comunicação da
da data
data de
de cessação
cessação de
de uma
uma atividade
atividade imobiliária
imobiliária tem
tem de
de ser
ser
comunicada
comunicada ao
ao IMPIC?
IMPIC?

Não. As entidades que exercem atividades imobiliárias apenas se encontram obrigadas a


comunicar a data de início da sua atividade imobiliária. No entanto, não obstante a cessação
de atividade da empresa esta, ainda carece de praticar uma série de requisitos legais;
designadamente, o cumprimento do dever previsto no artigo 46.º, n.º 1, alínea b) da LPCBC/FT
- proceder à comunicação dos elementos sobre cada transação imobiliária e contrato de
arrendamento efetuados.

Apesar de, a entidade ter cessado a sua atividade numa determinada data, a mesma pode
efetuar as comunicações das transacções em que interveio ainda durante o trimestre em curso,
logo após a celebração do negócio, até ao final do trimestre seguinte.

Nos termos do n.º 1 do artigo 20º do Regulamento n.º 603/2021 - 02.07, a comunicação de
elementos de transação imobiliária e contratos de arrendamento referidos nas alíneas b) e c)
do n.º 1 do artigo 14.º é efetuada utilizando o formulário constante do Anexo B, nos seguintes
prazos: a) As transações imobiliárias e contratos de arrendamento efetuados no primeiro
trimestre de cada ano, até 30 de junho seguinte; b) As transações imobiliárias e contratos de
arrendamento efetuados no segundo trimestre de cada ano, até 30 de setembro seguinte; c)
As transações imobiliárias e contratos de arrendamento efetuados no terceiro trimestre de
cada ano, até 31 de dezembro seguinte; e d) As transações imobiliárias e contratos de
arrendamento efetuados no quarto trimestre de cada ano, até 31 de março do ano seguinte.

Quais
Quais as
as entidades
entidades dispensadas
dispensadas de
de efetuar
efetuar aa comunicação
comunicação da
da data
data de
de início
início de
de
atividade
atividade imobiliária?
imobiliária?

- As entidades financeiras que exercem atividades imobiliárias;

- As entidades com atividade de mediação imobiliária que, no âmbito do respetivo processo de


licenciamento, tenham entregue no IMPIC, a declaração de início de atividade ou de alteração
de atividade.

- As entidades que, em cumprimento do disposto em legislação anterior, já haviam


comunicado ao IMPIC o início de uma atividade imobiliária.
Contudo, não obstante o Regulamento n.º 603/2021 - 02.07 estabelecer que as empresas de
mediação imobiliária que, no âmbito do respetivo processo de licenciamento, tenham entregue
no IMPIC, I. P., a declaração de início de atividade ou de alteração de atividade estão
dispensadas da comunicação da data de início de atividade imobiliária, certo é que, no
momento do registo na plataforma, e por razões de natureza técnica, as entidades que detêm
Licença AMI têm que preencher necessariamente o Formulário Anexo A (declaração de início
de actividade) antes de poderem proceder a comunicação de transacções por via do
preenchimento do Formulário Anexo B.

No entanto, a data de início de uma nova atividade imobiliária (ou a data de início da atividade
de arrendamento) deve ser sempre comunicada ao IMPIC.

As
As entidades
entidades dispensadas
dispensadas dede efetuar
efetuar aa comunicação
comunicação da da data
data de
de início
início de
de atividade
atividade
imobiliária
imobiliária são
são obrigadas
obrigadas aa registar-se
registar-se por
por via
via eletrónica
eletrónica no
no sítio
sítio da
da internet
internet do
do
IMPIC?
IMPIC?

Sim, as entidades financeiras com atividades imobiliárias e as entidades com atividade de


mediação imobiliária devem previamente à primeira "Comunicação de Elementos de Transação
Imobiliária ou Contrato de Arrendamento" que venham a efetuar, registar-se por via eletrónica
no sítio da internet do IMPIC com o endereço www.impic.pt e proceder ao preenchimento e
submissão do formulário Anexo A "Comunicação de Atividade Imobiliária". A submissão deste
formulário permite que, quando o agente económico proceder à comunicação dos elementos
de uma transação imobiliária ou contrato de arrendamento os campos do grupo 1 -
Identificação da entidade comunicante já se encontrem preenchidos (com os dados constantes
da "Comunicação de Atividade Imobiliária").

Acresce referir que, o formulário Anexo A "Comunicação de Atividade Imobiliária" pode ser,
também, utilizado para efeitos de atualização de dados da entidade comunicante
(denominação/nome, morada, etc.) sendo que, após a sua submissão a atualização desses
elementos é imediata em novo formulário Anexo B "Comunicação de Elementos de Transação
Imobiliária ou Contrato de Arrendamento".

Posso
Posso alterar
alterar os
os dados
dados da
da entidade
entidade comunicante
comunicante através
através do
do formulário
formulário Anexo
Anexo A
A
"Comunicação
"Comunicação dede Atividade
Atividade Imobiliária"?
Imobiliária"?

Sim, o formulário Anexo A "Comunicação de Atividade Imobiliária" pode ser utilizado para
efeitos de alteração dos dados constantes do grupo 1. IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE
COMUNICANTE. (denominação/nome, morada, etc.) Após a submissão deste formulário, a
atualização destes elementos é imediata no formulário "Comunicação de Elementos de
Transação Imobiliária ou Contrato de Arrendamento".

Qual
Qual o
o prazo
prazo para
para efetuar
efetuar aa comunicação
comunicação da
da data
data de
de início
início de
de atividades
atividades
imobiliárias
imobiliárias ao
ao IMPIC?
IMPIC?

A Comunicação da data de início da atividade imobiliária, acompanhada do código da certidão


permanente do Registo Comercial (ou da certidão do Registo Comercial, no caso de a entidade
comunicante não possuir certidão permanente), deve ser efetuada no prazo máximo de 60
dias úteis contados a partir da data declarada na Autoridade Tributária e Aduaneira como data
de início da(s) atividade(s) imobiliária(s).

Como
Como posso
posso anexar
anexar documentos
documentos ao
ao formulário
formulário Anexo
Anexo A
A "Comunicação
"Comunicação de
de
Atividade
Atividade Imobiliária"?
Imobiliária"?

Através da opção "Anexar" disponibilizada no grupo 5 do formulário.


Qual
Qual o
o tipo
tipo de
de formatos
formatos de
de arquivos
arquivos digitais
digitais admissíveis
admissíveis como
como anexos
anexos ao
ao
formulário
formulário Anexo
Anexo AA "Comunicação
"Comunicação de
de atividade
atividade Imobiliária"?
Imobiliária"?

São permitidos os seguintes formatos: doc, docx, pdf, jpg, png, jpeg, gif, txt e tif.

Quais
Quais os
os documentos
documentos que
que devem
devem ser
ser anexados
anexados ao
ao formulário
formulário Anexo
Anexo A
A
"Comunicação
"Comunicação de
de Atividade
Atividade Imobiliária"?
Imobiliária"?

Os documentos a anexar são os seguintes:

- Nomeação com termo de aceitação do Responsável pelo Cumprimento Normativo (RCN):


Documento de nomeação do Responsável pelo Cumprimento Normativo (RCN) e o respetivo
termo de aceitação pela pessoa designada;

- Certidão do Registo Comercial: Caso a entidade comunicante não possua a Certidão


Permanente do Registo Comercial deve anexar a Certidão do Registo Comercial;

- Procuração de Advogado, de Solicitador ou de outra pessoa: nos casos em que as


comunicações sejam autenticadas eletronicamente através do certificado profissional do
advogado ou do solicitador, ou através do certificado digital qualificado do cartão do cidadão
de qualquer outra pessoa individual mandatada, enquanto responsável pelo preenchimento da
"comunicação" e em nome da entidade comunicante, deve ser junta procuração.

Todos
Todos os
os campos
campos constantes
constantes do
do formulário
formulário Anexo
Anexo A,
A, "Comunicação
"Comunicação de
de Atividade
Atividade
Imobiliária"
Imobiliária" são
são de
de preenchimento
preenchimento obrigatório?
obrigatório?

Todos os campos assinalados com (*) são de preenchimento obrigatório podendo clicar no
número do campo para consultar as instruções de preenchimento do mesmo.

Pode-se
Pode-se enviar
enviar aa certidão
certidão do
do registo
registo comercial
comercial em
em papel?
papel?

O código de acesso à certidão permanente é a informação preferencial, sendo de rápida


obtenção e de mais baixo custo que a certidão em suporte de papel. Além de que, a
comunicação referida na alínea a) do n.º 1 do artigo 46.º da LPCBC/FT é efetuada através do
modelo intitulado "Comunicação de Atividade Imobiliária", devendo no caso de a entidade
comunicante ser pessoa coletiva indicar o código no campo "Código de acesso à Certidão
Permanente do Registo Comercial:", que é um campo de preenchimento obrigatório, para as
sociedades comerciais.

Onde
Onde obter
obter o
o Código
Código de
de Acesso
Acesso àà Certidão
Certidão Permanente?
Permanente?

Numa Conservatória de Registo Comercial ou em qualquer um dos seguintes sítios na internet,


com os endereços: www.eportugal.gov.pt; www.empresaonline.pt ; www.portugal.gov.pt e,
www.portaldocidadao.pt

Como
Como proceder
proceder em
em caso
caso de
de dificuldade
dificuldade em
em registar
registar o
o código
código CAE
CAE (Código
(Código da
da
atividade
atividade económica
económica principal)
principal) ou
ou oo Código
Código previsto
previsto na
na tabela
tabela de
de actividades
actividades do
do
artigo
artigo 151.º
151.º do
do Código
Código do
do IRS
IRS (CIRS)
(CIRS) no
no formulário
formulário "Comunicação
"Comunicação de de Atividade
Atividade
Imobiliária?
Imobiliária?

Deve posicionar o cursor e fazer "clique" na janela "PopUp CAE" ou "PopUp CIRS" consoante o
caso e aguardar a abertura de nova janela; após o que deve inscrever o CAE ou o CIRS da
entidade comunicante no campo denominado "CAE Identificador:" ou "CIRS Identificador:";
fazer "pesquisar" e "selecionar" a designação da atividade correspondente, voltar ao
formulário, o campo estará preenchido.

Como
Como anular
anular uma
uma "Comunicação
"Comunicação de
de Atividade
Atividade Imobiliária"
Imobiliária" (Anexo
(Anexo A)
A) submetida?
submetida?

O pedido de anulação tem de ser subscrito pelo representante da entidade comunicante


responsável pela submissão da Comunicação (inicialmente submetida) com indicação do seu
nome e do n.º dos seus documentos de identificação. Devem ainda ser indicados os elementos
que permitam identificar devidamente a Comunicação, bem como a entidade comunicante,
para que os serviços do IMPIC, de forma inequívoca, possam proceder à anulação da
comunicação submetida (Ex. indicar a referência A/XXXXXXXXX/XX/XXXX). O(s) pedido(s)
deve(m) ser enviado(s) para o seguinte endereço de correio eletrónico: informa.lei83@impic.pt

2.2.
2.2. DEVER
DEVER DE
DE COMUNICAÇÃO
COMUNICAÇÃO DA
DA DESIGNAÇÃO
DESIGNAÇÃO DO DO RESPONSÁVEL
RESPONSÁVEL PELO
PELO
CUMPRIMENTO
CUMPRIMENTO NORMATIVO
NORMATIVO (RCN)
(RCN) -- GRUPO
GRUPO 33 DO
DO ANEXO
ANEXO A:
A:

Questões
Questões

Como
Como posso
posso anexar
anexar o
o documento
documento de
de nomeação
nomeação ee respetivo
respetivo termo
termo de
de aceitação
aceitação
pela
pela pessoa
pessoa nomeada
nomeada para
para Responsável
Responsável pelo
pelo Cumprimento
Cumprimento Normativo
Normativo (RCN)?
(RCN)?

Através da opção "Anexar" - "Nomeação com termo de aceitação do RCN", disponibilizada no


grupo 5 do formulário Anexo A, "Comunicação de Atividade Imobiliária".

2.3.
2.3. DEVER
DEVER DE
DE COMUNICAÇÃO
COMUNICAÇÃO DEDE ELEMENTOS
ELEMENTOS SOBRE
SOBRE CADA
CADA TRANSAÇÃO
TRANSAÇÃO
IMOBILIÁRIA
IMOBILIÁRIA EE CONTRATO
CONTRATO DE
DE ARRENDAMENTO
ARRENDAMENTO CELEBRADO
CELEBRADO CUJO
CUJO VALOR
VALOR DA
DA
RENDA
RENDA MENSAL
MENSAL SEJA
SEJA IGUAL
IGUAL OU
OU SUPERIOR
SUPERIOR A
A 2.500
2.500 EUROS
EUROS (ANEXO
(ANEXO B):
B):

Questões
Questões

Quais
Quais as
as transações
transações imobiliárias
imobiliárias que
que devem
devem ser
ser comunicadas?
comunicadas?

Todas as transações imobiliárias efetuadas, entendidas estas como as que concretizam


transferências de propriedade, realizadas por escritura pública, ou documento particular
equivalente, desde que se concretizem no âmbito da atividade imobiliária exercida pela
entidade comunicante.

Quais
Quais as
as transações
transações imobiliárias
imobiliárias ee contratos
contratos de
de arrendamento
arrendamento que que não
não se
se inserem
inserem
no
no âmbito
âmbito da
da comunicação
comunicação obrigatória
obrigatória prevista
prevista no
no art.
art. 46,
46, n.º
n.º 1,
1, alínea
alínea b)
b) ee n.º
n.º 33 da
da
LPCBC/FT?
LPCBC/FT?

Atendendo à natureza jurídica das operações e configuração matricial do risco associado as


transações imobiliárias e contratos de arrendamento que não se inserem no âmbito da
comunicação obrigatória prevista no art. 46, n.º 1, alínea b) e n.º 3 da LPCBC/FT, são as
seguintes:
- Expropriação por utilidade pública;

- Processos de execução fiscal;

- Vendas de imóveis efetuadas por adjudicação no âmbito de processo de execução judicial;

- Processos de negociação particular por ordem de Tribunal Judicial, efetuadas por


adjudicação no âmbito dos processos de execução;

- Contratos de doação;

- Contratos de promessa de compra e venda;

- Contratos de arrendamento de imóveis cujo valor da renda mensal seja inferior a 2.500 euros
após a entrada em vigor do Regulamento n.º 276/2019 - 26.03 (Circular n.º 2/2019);

- Contratos de arrendamento de imóveis cujo valor da renda mensal seja igual ou superior a
2.500 euros celebrados até ao dia 30 de junho de 2019;

- Contratos de exploração dos estabelecimentos de alojamento local (Decreto-lei n.º 128/2014,


de 29 de agosto, alterado pela Lei n.º 62/2018 de 22 de agosto);

- Contrato de cedência de utilização de loja num complexo comercial;

- Contrato de cessão de quotas de sociedade comercial.

Procedi
Procedi àà compra,
compra, venda
venda ouou arrendamento
arrendamento dede um
um imóvel
imóvel para
para aa instalação
instalação da
da sede
sede
da
da minha
minha empresa.
empresa. Estou
Estou obrigado
obrigado aa efetuar
efetuar aa comunicação
comunicação dos
dos elementos
elementos da
da
transação
transação imobiliária
imobiliária ou
ou do
do contrato
contrato de
de arrendamento
arrendamento efetuado?
efetuado?

As transações imobiliárias e os contratos de arrendamento realizados por entidades sem


atividades imobiliárias que se destinem à sua atividade funcional (como é o caso do exemplo
citado) não estão obrigadas a efetuar a comunicação ao IMPIC. No entanto, se materialmente o
imóvel adquirido/arrendado vier a ser destinado a outra utilização, designadamente a sua
revenda, promoção de edificação, arrendamento ou outra forma de exploração conducente à
sua transação posterior, tal implicará o exercício efetivo de atividade imobiliária. Assim que tal
suceda, a entidade, sem prejuízo de outras obrigações, deverá efetuar as comunicações
obrigatórias perante o IMPIC (comunicação de atividade imobiliária e dos elementos de cada
transação imobiliária ou contrato de arrendamento efetuados, quanto ao imóvel em causa ou
quaisquer outros).

Tenho
Tenho de
de proceder
proceder àà comunicação
comunicação de
de elementos
elementos referentes
referentes aos
aos Contratos
Contratos de
de
Locação
Locação Financeira
Financeira celebrados?
celebrados?

As entidades que exercem a atividade de mediação imobiliária não se encontram obrigadas à


comunicação de elementos referentes ao Contrato de Locação Financeira. Mas, estão
obrigadas a proceder à comunicação dos elementos sobre a transação, que esteve na origem
da celebração do Contrato de Locação Financeira.

Tenho
Tenho de
de proceder
proceder àà comunicação
comunicação de
de elementos
elementos referentes
referentes aos
aos Contratos
Contratos de
de
Trespasse
Trespasse celebrados?
celebrados?

Sendo os contratos de trespasse contratos de compra e venda de estabelecimento empresarial


ou industrial não devem ser comunicados elementos referentes a estas transações. A exceção
ocorre no caso em que o imóvel é parte integrante do estabelecimento e confere o direito de
propriedade do bem imóvel, nesta situação deve proceder à comunicação.
Tenho
Tenho de
de proceder
proceder àà comunicação
comunicação de
de elementos
elementos referentes
referentes aos
aos imóveis
imóveis
transacionados
transacionados por
por dação
dação em
em cumprimento
cumprimento de
de uma
uma dívida?
dívida?

Sim. Os imóveis transacionados por dação em cumprimento de uma dívida estão sujeitos à
obrigação de comunicação, nos seguintes termos:

Data da transação: A data de transmissão da propriedade do imóvel;

Montante: Valor (global) do imóvel;

Tipo de Pagamento: [selecionar a opção] OMP (Outro Meio de Pagamento), descrevendo a


situação, no espaço, livre, reservado para o efeito, identificado por "Qual": "dação em ?????".

Qual
Qual éé o
o prazo
prazo para
para efetuar
efetuar ao
ao IMPIC
IMPIC aa comunicação
comunicação dos
dos elementos
elementos de
de cada
cada
transação
transação imobiliária
imobiliária ee de
de cada
cada contrato
contrato de
de arrendamento
arrendamento cujo
cujo montante
montante da
da renda
renda
mensal
mensal seja
seja igual
igual ou
ou superior
superior aa 2.500
2.500 euros?
euros?

Nos termos do n.º 1 do artigo 20º do Regulamento n.º 603/2021 - 02.07, a comunicação de
elementos de cada transação imobiliária e contrato de arrendamento de bens imóveis é
efetuada em base trimestral:

A comunicação das transações imobiliárias e contratos de arrendamento celebrados no


primeiro trimestre de cada ano, deve ser efetuada até 30 de junho seguinte;

A comunicação das transações imobiliárias e contratos de arrendamento celebrados no


segundo trimestre de cada ano, deve ser efetuada até 30 de setembro seguinte;

A comunicação das transações imobiliárias e contratos de arrendamento celebrados no


terceiro trimestre de cada ano, deve ser efetuada até 31 de dezembro seguinte;

A comunicação das transações imobiliárias e contratos de arrendamento celebrados no quarto


trimestre de cada ano, deve ser efetuada até 31 de março do ano seguinte;

Quando
Quando sese deve
deve proceder
proceder àà comunicação
comunicação de
de elementos
elementos de
de cada
cada transação
transação
imobiliária
imobiliária ee contrato
contrato de
de arrendamento
arrendamento de
de bens
bens imóveis?
imóveis?

A comunicação pode ser efetuada durante o trimestre, logo após a celebração do negócio,
apenas tem como prazo limite 03 meses após o termo do trimestre correspondente (vd
questão anterior).

Como
Como proceder,
proceder, no
no caso
caso de
de aa entidade
entidade imobiliária
imobiliária não
não ter
ter efetuado
efetuado nenhuma
nenhuma
transação
transação imobiliária
imobiliária nem
nem contrato
contrato dede arrendamento
arrendamento de de bens
bens imóveis
imóveis cujo
cujo
montante
montante dada renda
renda mensal
mensal seja
seja igual
igual ou
ou superior
superior aa €
€2500,00
2500,00 mensais
mensais durante
durante o
o
trimestre?
trimestre?

A entidade imobiliária não tem de efetuar qualquer comunicação, dado que, a alínea b) do n.º 1
do artigo 46.º da LPCBC/FT, apenas obriga as entidades a comunicar os elementos das
transações imobiliárias e contratos de arrendamento efetuados.

Pode
Pode ser
ser efetuada
efetuada aa comunicação
comunicação de de elementos
elementos de
de cada
cada transação
transação imobiliária
imobiliária ee
contrato
contrato de
de arrendamento
arrendamento de de bens
bens imóveis
imóveis após
após o
o prazo
prazo fixado
fixado no
no n.º
n.º 11 do
do artigo
artigo
20º
20º do
do Regulamento
Regulamento n.º n.º 603/2021
603/2021 -- 02.07?
02.07?

Caso a comunicação de elementos da transação imobiliária ou contrato de arrendamento não


tenha sido efetuada no prazo legal previsto, deve ser efetuada quanto antes (mesmo fora do
prazo).

Estou
Estou obrigado
obrigado aa comunicar
comunicar os os elementos
elementos dosdos contratos
contratos de
de arrendamento
arrendamento de de bens
bens
imóveis
imóveis celebrados
celebrados em em data
data anterior
anterior àà entrada
entrada em
em vigor
vigor do
do Regulamento
Regulamento n.ºn.º
276/2019
276/2019 -- 26.03
26.03 (ie,
(ie, 26
26 de
de junho
junho de
de 2019),
2019), revogado
revogado pelo
pelo Regulamento
Regulamento n.º n.º
603/2021
603/2021 -- 02.07,
02.07, cujo
cujo valor
valor da
da renda
renda mensal
mensal seja
seja igual
igual ou
ou superior
superior aa 2.500
2.500 euros?
euros?

A Circular n.º 2/2019, de 24 de junho aprovada pelo Conselho Diretivo do IMPIC estabelece que
apenas os elementos dos contratos de arrendamento de bens imóveis cuja renda mensal seja
igual ou superior a 2.500 euros, celebrados após o dia 1 de julho de 2019 estão obrigados à
comunicação prevista no artigo 46.º, n.º, 1, alínea b) e n.º 3 da LPCBC/FT e artigo 20.º do
Regulamento n.º 276/2019 - 26.03, não sendo abrangidos por tal obrigatoriedade os contratos
efetuadas em data anterior.

Em
Em que
que momento
momento devo
devo proceder
proceder àà comunicação
comunicação dosdos elementos
elementos dodo contrato
contrato de
de
arrendamento
arrendamento cujo
cujo valor
valor da
da renda
renda mensal
mensal éé inferior
inferior aa 2.500
2.500 euros
euros ee
posteriormente,
posteriormente, vem
vem aa ser
ser atualizado
atualizado para
para um
um valor
valor de
de renda
renda igual
igual ou
ou superior
superior aa
2.500
2.500 euros
euros mensais?
mensais?

A comunicação de elementos do contrato de arrendamento de bens imóveis apenas deve ser


efetuada ao IMPIC no prazo correspondente ao trimestre em que o valor da renda mensal
atinge o montante igual ou superior a 2.500 euros previsto na LPCBC/FT, não sendo
obrigatória nesse caso a comunicação dos elementos do contrato na data da celebração do
contrato cujo montante é inferior àquele limite. Ou seja, a comunicação torna-se obrigatória no
trimestre em que o valor da renda mensal se torna igual ou superior a €2 500, devendo ser
efetuada no prazo previsto no Regulamento n.º 603/2021 - 02.07, de acordo com o trimestre
em que tal ocorra.

As
As entidades
entidades com
com aa atividade
atividade de
de Compra/Venda,
Compra/Venda, Promoção
Promoção Imobiliária
Imobiliária ou
ou
Arrendamento
Arrendamento de
de imóveis
imóveis têm
têm de
de comunicar
comunicar elementos
elementos referentes
referentes àà intervenção
intervenção de
de
mediador
mediador imobiliário
imobiliário na
na transação
transação ou
ou no
no contrato
contrato de
de arrendamento?
arrendamento?

Não. A entidade comunicante não tem de comunicar elementos referentes à intervenção de


entidades com a atividade de mediação imobiliária na transação ou no contrato de
arrendamento dado que, nos termos da LPCBC/FT, estas entidades também se encontram
obrigadas a proceder à comunicação dos elementos sobre as transações imobiliárias e os
contrato de arrendamento mediados.

Como
Como posso
posso anexar
anexar documentos
documentos aoao formulário
formulário Anexo
Anexo B
B "Comunicação
"Comunicação de
de
Elementos
Elementos de
de Transação
Transação Imobiliária
Imobiliária ou
ou Contrato
Contrato de
de Arrendamento"?
Arrendamento"?

Através da opção "Anexar" disponibilizada no grupo 5 do formulário.

Qual
Qual o
o tipo
tipo de
de formatos
formatos de
de arquivos
arquivos digitais
digitais admissíveis
admissíveis como
como anexos
anexos ao
ao
formulário
formulário Anexo
Anexo BB "Comunicação
"Comunicação de
de Elementos
Elementos de
de Transação
Transação Imobiliária
Imobiliária ou
ou
Contrato
Contrato de
de Arrendamento"?
Arrendamento"?

São permitidos os seguintes formatos: doc, docx, pdf, jpg, png, jpeg, gif, txt e tif.

Quais
Quais os
os documentos
documentos que
que devem
devem ser
ser anexados
anexados ao
ao formulário
formulário Anexo
Anexo B
B
"Comunicação
"Comunicação de
de Elementos
Elementos de
de Transação
Transação Imobiliária
Imobiliária ou
ou Contrato
Contrato de
de
Arrendamento"?
Arrendamento"?

Nota: Os ficheiros dos títulos de compra e venda e dos contratos de arrendamento de bens
imóveis efetuados só devem ser anexos mediante solicitação do IMPIC.

Os documentos a anexar à comunicação constante do Anexo B são os seguintes:

- Procuração de Advogado, de Solicitador ou de Outra pessoa: nos casos em que as


comunicações sejam autenticadas eletronicamente através do certificado profissional do
advogado ou do solicitador, ou através do certificado digital qualificado do cartão do cidadão
de qualquer outra pessoa individual mandatada, enquanto responsável pelo preenchimento da
"comunicação" e em nome da entidade comunicante, deve ser junta, procuração.

- Esta procuração deve, apenas, acompanhar a 1.ª (primeira) "Comunicação efetuada em cada
um dos trimestres, produzindo efeitos apenas durante o decurso destes.

Quais
Quais os
os elementos
elementos obrigatórios
obrigatórios aa constar
constar da
da Procuração?
Procuração?

A identificação da entidade mandante e do mandatário; o teor do mandato e o período de


validade do mandato. No caso da "Comunicação de Elementos de Transação Imobiliária ou
Contrato de Arrendamento" esta procuração deve, apenas, acompanhar a 1.ª "Comunicação
efetuada em cada um dos trimestres, produzindo efeitos apenas durante o decurso destes.

Os
Os elementos
elementos referentes
referentes às
às transações
transações imobiliárias
imobiliárias ee aos
aos contratos
contratos de
de
arrendamento
arrendamento efetuados
efetuados têm
têm de
de ser
ser conservados?
conservados? E E durante
durante quanto
quanto tempo?
tempo?

Sim. As entidades com atividades imobiliárias devem conservar todos os elementos relativos
ao cumprimento dos deveres de identificação e de diligência e à comprovação e registo das
operações efetuadas, de forma a permitir a sua reconstituição. Estes elementos devem ser
conservados, por um período de 7 anos.

No caso das entidades que exercem a atividade de mediação imobiliária as cópias das
escrituras públicas, ou documento particular equivalente, dos negócios de compra e venda ou
dos contratos de arrendamento que intermediaram, podem ser arquivados junto aos contratos
de mediação imobiliária celebrados.

Como
Como proceder
proceder quando
quando oo mediador
mediador imobiliário
imobiliário tem
tem dificuldade
dificuldade em
em obter
obter todos
todos os
os
elementos
elementos necessários?
necessários?

O mediador imobiliário encontra-se obrigado a solicitar às partes intervenientes no negócio


jurídico as informações necessárias ao comprimento dos deveres previstos na LPCBC/FT e no
Regulamento n.º 603/2021 - 02.07, e estas são obrigadas a fornecê-las. Tendo em conta que o
referido diploma tem por objetivo estabelecer um sistema de combate ao BC/FT, eventual
recusa em fornecer tais informações por parte dos intervenientes envolvidos no negócio
poderão constituir um indício da prática destes crimes e determinar a sua participação às
entidades competentes, bem como a recusa na celebração do negócio jurídico.

As
As entidades
entidades comcom atividade
atividade dede mediação
mediação imobiliária
imobiliária que
que apenas
apenas acompanham
acompanham os
os
negócios
negócios atéaté aos
aos contratos
contratos promessa
promessa de
de compra
compra ee venda,
venda, (não
(não acompanhando
acompanhando aa
partir
partir daí,
daí, até
até àà escritura),
escritura), devem
devem comunicar
comunicar essa
essa transação?
transação?

Sim, uma vez que, independentemente do âmbito dos serviços contratados, isto é,
independentemente de eles se obrigarem ou não a acompanhar o negócio até à escritura
pública, intermediaram um negócio que se veio a concretizar; pelo que, devem comunicar
todos os negócios de compra e venda intermediados.

Que
Que tipo
tipo de
de transação
transação imobiliária
imobiliária deve
deve ser
ser indicada
indicada pelas
pelas entidades
entidades que
que exercem
exercem aa
atividade
atividade de
de mediação
mediação imobiliária?
imobiliária?

Devem identificar a transação de acordo com o objeto do contrato de mediação imobiliária


celebrado com o cliente. No caso de a entidade comunicante ter celebrado um contrato de
mediação imobiliária com o proprietário do imóvel, cujo objeto seja a venda, e esta se venha a
concretizar mediante a celebração de escritura, ou documento particular equivalente, o tipo de
transação a comunicar pela entidade é "Venda".

Como
Como proceder
proceder quando
quando as
as transações
transações são
são partilhadas
partilhadas entre
entre duas
duas empresas
empresas que
que
exercem
exercem aa atividade
atividade de
de mediação
mediação imobiliária?
imobiliária?

A comunicação dos elementos da transação imobiliária ou do contrato de arrendamento deve


ser efetuada pela entidade que celebrar o contrato de mediação imobiliária e que intermediar
um negócio que se concretiza com a celebração de título de compra e venda ou de contrato
de arrendamento.

No entanto, se as duas entidades celebrarem contrato de mediação imobiliária com os dois


intervenientes no negócio (comprador e vendedor), ambas devem comunicar a transação. A
única diferença consiste na identificação do tipo de transação efetuada, dado que uma
entidade comunicará a venda (a que tiver celebrado contrato de mediação imobiliária com o
vendedor/transmitente do imóvel) e a outra entidade comunicará os elementos referentes à
compra.

Quando
Quando uma
uma empresa
empresa tem
tem mais
mais de
de um
um estabelecimento
estabelecimento (local
(local de
de atendimento
atendimento ao
ao
público)
público) pode
pode cada
cada estabelecimento
estabelecimento efetuar
efetuar as
as suas
suas comunicações
comunicações de de elementos
elementos
de
de transações
transações imobiliárias
imobiliárias ee contratos
contratos de
de arrendamento
arrendamento dede bens
bens imóveis?
imóveis?

Não. A obrigatoriedade de proceder à comunicação trimestral dos elementos das transações


imobiliárias e contratos de arrendamento de imóveis efetuados é, nos termos do n.º 1 do artigo
46.º da LPCBC/FT, das entidades que exerçam as atividades imobiliárias, independentemente
do número de estabelecimentos de que disponham.

Todos
Todos os
os campos
campos constantes
constantes do
do formulário
formulário do
do Anexo
Anexo BB "Comunicação
"Comunicação de
de
Elementos
Elementos de
de Transação
Transação Imobiliária
Imobiliária ou
ou Contrato
Contrato de
de Arrendamento"
Arrendamento" são
são de
de
preenchimento
preenchimento obrigatório?
obrigatório?

Todos os campos assinalados com (*) são de preenchimento obrigatório podendo clicar no
número do campo para consultar as instruções de preenchimento do mesmo.

Nos
Nos casos
casos em
em que
que os
os intervenientes,
intervenientes, com
com aa mesma
mesma qualidade
qualidade
(compradores/vendedores
(compradores/vendedores ou ou inquilinos/senhorios)
inquilinos/senhorios) são
são casados
casados éé necessário
necessário
identificar
identificar ambos?
ambos?

Sim. Independentemente da relação jurídica existente entre os intervenientes no negócio, estes


devem ser todos identificados, tal como consta do título de compra e venda ou do contrato de
arrendamento efetuado. No formulário Anexo B "Comunicação de Elementos de Transação
Imobiliária ou Contrato de Arrendamento" é disponibilizada a opção "ADICIONAR
INTERVENIENTE", que se destina à identificação de mais intervenientes no negócio jurídico
(sempre que os compradores e/ou vendedores e os inquilinos e/ou senhorios sejam duas ou
mais entidades).
Como
Como preencher
preencher os
os campos
campos do
do "Representante"
"Representante" nono formulário
formulário Anexo
Anexo BB
"Comunicação
"Comunicação de de Elementos
Elementos de
de Transação
Transação Imobiliária
Imobiliária ou
ou Contrato
Contrato de
de
Arrendamento"
Arrendamento" nos nos casos
casos em
em que
que os
os documentos
documentos de de identificação
identificação nomeadamente,
nomeadamente,
o
o N.º
N.º ee data
data de
de validade
validade não
não constam
constam da
da escritura
escritura pública
pública celebrada,
celebrada, ou
ou documento
documento
particular
particular equivalente?
equivalente?

Essa situação encontra-se contemplada pela opção de "Outro" disponibilizada no campo


"Documento de identificação:" Como os campos seguintes são alfanuméricos permitem a
descrição da situação; sendo que o campo NIF, dedicado à identificação do número de
contribuinte do representante não é de preenchimento obrigatório, podendo ficar em branco
No entanto, devem fazer corresponder o mais possível à informação que consta do título de
compra e venda celebrado.

Quando devem ser preenchidos os campos referentes ao "Representante" no Anexo B


"Comunicação de Elementos de Transação Imobiliária ou Contrato de Arrendamento"?

Sempre que uma das partes intervenientes (comprador ou vendedor; inquilino ou senhorio)
seja pessoa coletiva, ou sendo pessoa singular se faça representar no negócio jurídico por
intermédio de um procurador.

Tem
Tem de
de se
se obter
obter o
o número
número de
de identificação
identificação fiscal
fiscal de
de cidadão
cidadão estrangeiro
estrangeiro
interveniente
interveniente em
em transações
transações imobiliárias?
imobiliárias?

Sendo proprietário de bens imóveis em Portugal, o cidadão estrangeiro tem de ter número de
contribuinte fiscal pelo que, as entidades comunicantes devem diligenciar no sentido de obter
esse elemento.

Como
Como preencher
preencher o o campo
campo "Tipo
"Tipo de
de pagamento"
pagamento" nono Anexo
Anexo B
B "Comunicação
"Comunicação de
de
Elementos
Elementos de
de Transação
Transação Imobiliária
Imobiliária ou
ou Contrato
Contrato de
de Arrendamento"
Arrendamento" quando
quando no
no
negócio
negócio jurídico
jurídico não
não foi
foi realizada
realizada aa totalidade
totalidade do
do pagamento?
pagamento?

Nas situações em que o pagamento da transação imobiliária ainda não se tenha efetivado,
pode ser selecionado o meio de pagamento OMP (Outro Meio de Pagamento), descrevendo a
situação no espaço, livre, reservado para o efeito, identificado por "Qual".

Como
Como proceder
proceder àà comunicação
comunicação de de uma
uma transação
transação imobiliária
imobiliária em
em que
que intervenha
intervenha um
um
Fundo
Fundo de
de Investimento
Investimento Imobiliário,
Imobiliário, através
através de
de uma
uma Sociedade
Sociedade Gestora
Gestora de
de Fundo
Fundo
Imobiliário?
Imobiliário? Quem
Quem tem
tem aa responsabilidade
responsabilidade pela
pela comunicação
comunicação dos
dos elementos
elementos da
da
transação
transação imobiliária
imobiliária ou
ou contrato
contrato de
de arrendamento
arrendamento emem que
que intervenha
intervenha um
um Fundo
Fundo
de
de Investimento
Investimento Imobiliário?
Imobiliário?

Estando em causa a atuação de um Fundo ou entidade não personalizada, a obrigação de


comunicação das atividades imobiliárias incumbe e deve ser realizada pela entidade que
realize a respetiva administração, a sociedade gestora do fundo de investimento imobiliário.

Atenta a estrutura dos modelos aprovados como Anexo A e Anexo B ao Regulamento n.º
603/2021 - 02.07 a sociedade gestora de fundos de investimento imobiliário é a entidade
comunicante, devendo esta entidade identificar como interveniente (comprador/vendedor;
inquilino/senhorio) no negócio jurídico o fundo de investimento imobiliário gerido. Através da
opção "Adicionar Representante", disponível no formulário, devem ser preenchidos os campos
com os elementos do representante da entidade/interveniente com quem é efetuada a
transação - com os elementos da sociedade gestora do fundo que o representa. E, novamente,
através da opção "Adicionar Representante", deve ser indicado o nome da pessoa singular que
a representa. [No caso da "sociedade gestora do fundo" ser representada por 2 procuradores
deve ser repetido este processo através da opção "Adicionar Representante"].

No
No mesmo
mesmo ato,
ato, título
título de
de compra
compra ee venda
venda ou
ou contrato
contrato de
de arrendamento
arrendamento efetuado
efetuado
foram
foram transacionados
transacionados 10 10 imóveis
imóveis aa clientes
clientes diferentes,
diferentes, tem
tem de
de se
se efetuar
efetuar o
o
preenchimento
preenchimento ee submissão
submissão de
de 10
10 formulários
formulários Anexo
Anexo BB "Comunicação
"Comunicação dede Elementos
Elementos
de
de Transação
Transação Imobiliária
Imobiliária ou
ou Contrato
Contrato dede Arrendamento"?
Arrendamento"?

A entidade terá de submeter os formulários Anexo B "Comunicação de Elementos de


Transação Imobiliária ou Contrato de Arrendamento" em número igual ao de títulos de compra
e venda e contratos de arrendamento efetuados.

Este formulário foi estruturado de forma a fazer reportar, apenas, a comunicação de elementos
referentes a uma transação imobiliária ou contrato de arrendamento, pelo que, por cada
transação imobiliária, com escritura pública celebrada (ou documento particular equivalente),
ou por cada contrato de arrendamento efetuado deverá proceder-se ao preenchimento de um
formulário.

No entanto, sempre que seja transacionado /arrendado mais de 1 imóvel e/ou parte de imóvel
no mesmo ato (mesmo negócio jurídico) a entidade comunicante pode optar por uma das
seguintes formas de preenchimento:

a) Caso os imóveis transacionados / arrendados tenham características comuns (Valor, morada


similar e quota-parte) a informação relativa à identificação destes imóveis pode ser agregada
no mesmo grupo de campos. Ex. R. XXXX, Lotes nºs, 10/11/12?; 1.º Esq./ 2.º Esq./ 3.ºEsq...
[Recomendável para as situações em que são transacionados muitos imóveis no mesmo
negócio].

b) Caso os imóveis transacionados / arrendados tenham características diferentes deve ser


utilizada a opção "ADICIONAR IMÓVEL", para identificar esses imóveis. A opção "ADICIONAR
IMÓVEL", destina-se à identificação de mais imóveis transacionados/arrendados.
[Recomendável para a identificação de imóveis, sempre que estes forem frações autónomas].

Como
Como proceder
proceder quando
quando surge
surge aa seguinte
seguinte mensagem
mensagem dede erro
erro "A
"A entidade
entidade
comunicante
comunicante tem
tem de
de ser
ser interveniente
interveniente no
no negócio
negócio jurídico"?
jurídico"?

O preenchimento do formulário online obriga à identificação dos dois intervenientes no


negócio jurídico (comprador e vendedor ou inquilino e senhorio), deve verificar-se se o tipo de
transação identificada corresponde ao tipo de transação efetuada pela entidade comunicante.
Por exemplo, se a entidade comunicante intervém no negócio com a qualidade de
Vendedor/Transmitente, o tipo de transação a comunicar corresponde a "VENDA".

Como
Como corrigir
corrigir ou
ou anular
anular os
os elementos
elementos constantes
constantes do
do formulário
formulário Anexo
Anexo B
B --
"Comunicação
"Comunicação de de Elementos
Elementos dede Transação
Transação Imobiliária
Imobiliária ou
ou Contrato
Contrato de
de
Arrendamento"
Arrendamento" submetidos?
submetidos?

Os elementos constantes do formulário Anexo B - "Comunicação de Elementos de Transação


Imobiliária ou Contrato de Arrendamento" submetido podem ser corrigidos, pela entidade
comunicante, nos 15 dias subsequentes à sua submissão. Esta opção é disponibilizada em
"ÁREA RESERVADA > SERVIÇOS ONLINE > COMUNICAÇÃO DE ATIVIDADES IMOBILIÁRIAS >
COMUNICAÇÕES SUBMETIDAS > COMUNICAÇÃO DE ELEMENTOS DE TRANSAÇÃO
IMOBILIÁRIA OU CONTRATO DE ARRENDAMENTO > "EDITAR".

Ultrapassado aquele período (de 15 dias após a submissão), a retificação dos elementos
constantes do formulário Anexo B - "Comunicação de Elementos de Transação Imobiliária ou
Contrato de Arrendamento" submetidos só pode ser efetuada pelo IMPIC a pedido da entidade
comunicante, assim como a anulação das comunicações submetidas.
Para efeitos de correção de elementos constantes da "Comunicação de Elementos de
Transação Imobiliária ou Contrato de Arrendamento" submetida, a entidade comunicante
pode, também, optar pelo preenchimento e submissão de novo formulário Anexo B,
"Comunicação de Elementos de Transação Imobiliária ou Contrato de Arrendamento" devendo,
neste caso, solicitar ao IMPIC a anulação da comunicação inicialmente submetida, e ter em
consideração o prazo fixado no Regulamento n.º 603/2021 - 02.07 para a comunicação.

Os pedidos de correção e de anulação, têm de ser subscritos pelo representante da entidade


comunicante responsável pela submissão da Comunicação (inicialmente submetida) com
indicação do seu nome e do n.º dos seus documentos de identificação. Devem ainda ser
indicados os elementos que permitam identificar devidamente a Comunicação, bem como a
entidade comunicante, para que os serviços do IMPIC, de forma inequívoca, possam proceder à
correção/anulação da comunicação submetida (Ex. indicar a referência
T/XXXXXXXXX/XX/XXXX). O(s) pedido(s) deve(m) ser enviado(s) para o seguinte endereço
de correio eletrónico: informa.lei83@impic.pt.

Como
Como anular
anular uma
uma "Comunicação
"Comunicação de
de Elementos
Elementos de
de Transação
Transação Imobiliária
Imobiliária ou
ou
Contrato
Contrato de
de Arrendamento"
Arrendamento" (Anexo
(Anexo B)
B) submetida?
submetida?

O pedido de anulação tem de ser subscrito pelo representante da entidade comunicante


responsável pela submissão da Comunicação (inicialmente submetida) com indicação do seu
nome e do n.º dos seus documentos de identificação. Devem ainda ser indicados os elementos
que permitam identificar devidamente a Comunicação, bem como a entidade comunicante,
para que os serviços do IMPIC., de forma inequívoca, possam proceder à anulação da
comunicação submetida (Ex. indicar a referência T/XXXXXXXXX/XX/XXXX). O(s) pedido(s)
deve(m) ser enviado(s) para o seguinte endereço de correio eletrónico: informa.lei83@impic.pt

Quais
Quais as
as consequências
consequências dodo não
não envio
envio da
da Comunicação
Comunicação dede Elementos
Elementos dede Transação
Transação
Imobiliária
Imobiliária ou
ou Contrato
Contrato de
de Arrendamento
Arrendamento através
através do
do formulário
formulário eletrónico
eletrónico Anexo
Anexo B
B
com
com aa certificação
certificação digital?
digital?

Desde 01.07.2010 que as comunicações obrigatórias - comunicação da data de início de


atividade, a comunicação dos elementos referentes às transações imobiliárias e a comunicação
do Responsável pelo Cumprimento Normativo - são autenticadas eletronicamente através da
utilização de certificado digital qualificado. O não cumprimento consubstancia indicia uma
violação ao disposto nos artigos 46.º e 169.º-A da LPCBC/FT, pelo que será instaurado um
procedimento de contraordenação contra a entidade infratora.

Como
Como comunicar
comunicar uma
uma transação
transação imobiliária
imobiliária com
com uma
uma cláusula
cláusula de
de usufruto
usufruto
associada?
associada?

Neste caso basta identificar uma das partes do usufruto - o nu-proprietário (aquele que é
proprietário do bem imóvel, objeto do usufruto). Não sendo necessário identificar a outra parte
- o beneficiário (usufrutuário). O montante da transação a indicar deve corresponder ao valor
global do imóvel transacionado, independentemente de qualquer distinção de valores que lhe
possa ter sido atribuída.

Como
Como proceder
proceder àà comunicação
comunicação de
de uma
uma transação
transação com
com Permuta
Permuta de
de Imóveis,
Imóveis, no
no
formulário
formulário B
B "Comunicação
"Comunicação de
de Elementos
Elementos de
de Transação
Transação Imobiliária
Imobiliária ou
ou Contrato
Contrato de
de
Arrendamento?
Arrendamento? [exemplo
[exemplo do
do preenchimento
preenchimento de
de alguns
alguns dos
dos campos
campos do do formulário]
formulário]

No caso de uma transação com permuta de imóvel(is) deve ser indicado o n.º de imóveis
inteiros e/ou de quotas partes de imóveis e identificados todos os imóveis transacionados,
incluindo o(s) imóvel(éis) permutado(s), através da opção "ADICIONAR IMÓVEL" existente no
formulário eletrónico. Sendo que, o valor a indicar no campo "(25)* Montante:", deve
corresponder ao imóvel de maior valor. No caso de ter sido atribuído o mesmo valor aos
imóveis permutados deve, apenas, ser indicado o valor de 1 dos imóveis. O valor atribuído a
cada um dos imóveis deve ser indicado nos campos "(30)* Valor do Imóvel:", do grupo 3.3.
IDENTIFICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO, INDIVIDUAL DE CADA IMÓVEL TRANSACIONADO /
ARRENDADO OU DA SUA PARTE. ]

Exemplo de preenchimento de alguns campos:

3.2. IDENTIFICAÇÃO DA TRANSAÇÃO:

(23)*N.º de Imóveis (inteiros): e/ou (24)*N.º de Partes de Imóvel: Indicar o n.º de todos os
imóveis transacionados no mesmo ato. [o valor inscrito neste campo corresponde à soma de
todos os números de imóveis mencionados no campo (29)* N.º de Imóveis do grupo 3.3.
IDENTIFICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO, INDIVIDUAL DE CADA IMÓVEL TRANSACIONADO /
ARRENDADO OU DA SUA PARTE]

(26)*Tipo) de pagamento utilizado: No caso de uma transação com permuta de imóvel é


ativado o meio de pagamento "(28)* Valor do imóvel permutado (€):" onde deve ser inscrito o
valor atribuído a este imóvel; sendo que, no caso de ter sido atribuído valor diferente aos
imóveis transacionados, deve(m) ser selecionado(s) o(s) outro(s) tipo(s) de pagamento
utilizado(s) no negócio jurídico e indicado(s) o(s) valor(es).

3.3. IDENTIFICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO, INDIVIDUAL, DE CADA IMÓVEL TRANSACIONADO /


ARRENDADO OU DA SUA PARTE.

Como
Como proceder
proceder para
para preencher
preencher o
o campo
campo "(24)*
"(24)* N.º
N.º de
de PARTES
PARTES DEDE IMÓVEL"
IMÓVEL" dodo
formulário
formulário Anexo
Anexo BB "Comunicação
"Comunicação de
de Elementos
Elementos de
de Transação
Transação Imobiliária
Imobiliária ou
ou
Contrato
Contrato de
de Arrendamento"
Arrendamento"

O campo "*(24)* N.º de PARTES DE IMÓVEL:" deve ser preenchido sempre que forem
transacionadas quota-partes de um imóvel (como nos casos de compropriedade). Esta opção
é disponibilizada para as situações, menos comuns, em que são transacionadas quota-partes
de 1 imóvel; por exemplo na partilha de bens imóveis por efeito de partilha ou liquidação, mas
tal terá de constar do título de compra e venda e do contrato de arrendamento celebrados. Se
for este o caso deve ser preenchido o campo "(29)*Valor da parte de imóvel (%) do grupo 3.3 -
IDENTIFICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO, INDIVIDUAL, DE CADA IMÓVEL TRANSACIONADO /
ARRENDADO OU DA SUA PARTE; sendo que, a quota-parte de imóvel(veis) transacionada(s) /
arrendada(s) deve ser inserida sob o formato numérico de percentagem (valor em
percentagem).

Pode-se
Pode-se inserir
inserir os
os dados
dados no
no formulário
formulário Anexo
Anexo B
B "Comunicação
"Comunicação de
de Elementos
Elementos de
de
Transação
Transação Imobiliária
Imobiliária ou
ou Contrato
Contrato de
de Arrendamento",
Arrendamento", suspender,
suspender, completar
completar o
o
registo,
registo, assinar
assinar ee submeter
submeter em
em momento
momento posterior?
posterior?

Sim. No final do formulário é disponibilizada a opção "Guardar Rascunho" que permite guardar
a informação registada para ser completada, assinada ou submetida posteriormente. Para
aceder à comunicação já preenchida (rascunho) deve no formulário Anexo B, "Comunicação de
Elementos de Transação Imobiliária ou Contrato de Arrendamento" selecionar o botão
"Escolher ficheiro"; localizar o ficheiro [Abrir]; e selecionar o botão "Carregar", para recuperar
a comunicação já preenchida, confirmar/completar os dados inseridos, assinar com certificado
digital qualificado e submeter.

Na
Na sequência
sequência da
da entrada
entrada em
em vigor
vigor do
do Regulamento
Regulamento n.º
n.º 603/2021,
603/2021, como
como proceder
proceder
para
para aa comunicação
comunicação das
das transações
transações realizadas
realizadas no
no primeiro
primeiro semestre
semestre de
de 2021?
2021?

O novo Regulamento consagra agora o regime de comunicação em base trimestral das


referidas comunicações, as quais devem ser efetuadas imediatamente após a sua celebração,
até ao final do trimestre seguinte àquele em que foram efetuadas.

Importa, assim, por forma a evitar situações de aplicação retroativa da norma, informar as
entidades obrigadas que:

a) As transações imobiliárias efetuadas no 3º trimestre de 2021, entre 01.07.2021 e 30.09.2021


(tendo o Regulamento nº 603/2021 entrado em vigor estando em curso já o 2º semestre, no
quadro regulatório então aplicável) poderão ser comunicadas até 28.02.2022, sendo
integralmente aplicável ao prazo para a realização dessa comunicação o regime que se
encontrava previsto no Regulamento nº 276/2019, em vigor no início do semestre (período-
padrão aplicável no Regulamento nº 276/2019).

b) As transações imobiliárias efetuadas no 4º trimestre de 2021, entre 01.10.2021 e 31.12.2021


(tratando-se de um período de tempo já totalmente compreendido no quadro regulatório
definido no Regulamento nº 603/2021) poderão ser comunicadas até 31.03.2022, prazo
previsto no art. 20º, nº 1, al. d), do Regulamento nº 603/2021.

Informa-se ainda que que o cumprimento do dever de comunicação das transações


imobiliárias, encontrando-se sujeitas aos prazos limite previstos no Regulamento nº 603/2021,
continua a poder ser assegurado pelas entidades obrigadas de forma antecipada, assim que
disponham dos elementos relevantes sobre a transação e sem esgotar necessariamente os
prazos previstos no Regulamento nº 603/2021.

3.
3. BENEFICIÁRIO
BENEFICIÁRIO EFETIVO
EFETIVO

Normas
Normas Relevantes
Relevantes

LPCBC/FT | artigos 2º/1/h) e 29.º a 34.º

LEI 89/2017 | artigos 3.º a 7.º

REGIME JURÍDICO RCBE | artigos 1.º e 2.º

Questões
Questões

Quem
Quem éé considerado
considerado "beneficiário
"beneficiário efetivo",
efetivo", nos
nos termos
termos previstos
previstos na
na Lei
Lei n.º
n.º 89/2017,
89/2017,
de
de 21.08?
21.08?

O beneficiário efetivo é a pessoa singular:

- Que, em última instância, detém a propriedade ou o controlo dos clientes das entidades
sujeitas ao cumprimento das normas da LCBC/FT; e/ou

- Por conta de quem é realizada uma operação ou atividade concreta.

Estando em causa entidades societárias, são beneficiários efetivos a pessoa ou pessoas


singulares que, em última instância, detêm a propriedade ou o controlo, direto ou indireto, de
uma percentagem suficiente de ações ou dos direitos de voto ou de participação no capital de
uma pessoa coletiva; em alternativa ou cumulativamente, a pessoa ou pessoas singulares que
exercem controlo por outros meios sobre essa pessoa coletiva; e, quando não tenham sido
identificadas nenhumas pessoas nas situações anteriores, ou subsistam dúvidas sobre a
efetividade da sua qualidade, são considerados beneficiários efetivos a pessoa ou pessoas
singulares que detêm a direção de topo da entidade societária.

No que concerne às entidades de natureza societária, a avaliação e determinação da qualidade


de beneficiário efetivo faz-se através da utilização de elementos indiciários. Para este efeito,
considera-se, designadamente:

- Indício de propriedade direta: a detenção, por uma pessoa singular, de participações


representativas de mais de 25 % do capital social do cliente; e

- Indício de propriedade indireta: a detenção de participações, representativas de mais de 25 %


do capital social do cliente, por uma entidade societária que esteja sob o controlo de uma ou
várias pessoas singulares; ou várias entidades societárias que estejam sob o controlo da
mesma pessoa ou das mesmas pessoas singulares.

Estes "indicadores de propriedade", todavia, não afastam a aplicabilidade e a necessidade de


verificação de quaisquer outros indicadores de controlo relevantes, podendo as entidades
obrigadas, no exercício dos seus deveres de diligência e controlo, v.g., chegar a conclusões
próprias sobre a detenção, por outras pessoas singulares, da qualidade de beneficiário efetivo
de uma determinada entidade.

Já no que concerne aos fundos fiduciários ("trusts"), são considerados beneficiários efetivos, e
como tal devem ser todos declarados, o fundador ("settlor"); o administrador ou
administradores fiduciários ("trustes") de fundos fiduciários; o curador, se aplicável; os
beneficiários ou, se os mesmos não tiverem sido ainda determinados, a categoria de pessoas
em cujo interesse principal o fundo fiduciário ("trust") foi constituído ou exerce a sua atividade;
e qualquer outra pessoa singular que detenha o controlo final do fundo fiduciário ("trust")
através de participação direta ou indireta ou através de outros meios.

Quando esteja em causa a atuação de pessoas coletivas de natureza não societária (como as
fundações) e dos centros de interesses coletivos sem personalidade jurídica de natureza
análoga a fundos fiduciários ("trusts", ou entidades equiparadas), consideram-se beneficiários
efetivos destas entidades a pessoa ou pessoas singulares com posições equivalentes ou
similares às mencionadas para os fundos fiduciários (trusts).

Sem prejuízo da consulta da Lei n.º 97/2017 - 23.08, da Lei n.º 89/2017, de 21.08, e da
LPCBC/FT, e demais diplomas relevantes, encontra-se disponível no Portal na internet da
Comissão de Coordenação de Políticas de Prevenção e Combate ao Branqueamento de
Capitais e ao Financiamento do Terrorismo um conjunto abrangente de informação sobre a
definição, determinação e deveres quanto ao beneficiário efetivo (PERGUNTAS FREQUENTES |
Portal da Comissão Prevenção do Branqueamento de Capital e Financiamento do Terrorismo
(portalBC/FT.pt)), sob os itens "BENEFICIÁRIO EFETIVO" e "REGISTO CENTRAL DE
BENEFICIÁRIO EFETIVO".

OO que
que éé o
o "Registo
"Registo Central
Central do
do Beneficiário
Beneficiário Efetivo"
Efetivo" (RCBE),
(RCBE), criado
criado pelo
pelo regime
regime
jurídico
jurídico constante
constante da
da Lei
Lei n.º
n.º 89/2017,
89/2017, de
de 21.08,
21.08, ee regulamentado
regulamentado pela
pela Portaria
Portaria n.º
n.º
233/2018,
233/2018, dede 21.08
21.08 (alterada
(alterada pela
pela Portaria
Portaria n.º
n.º 200/2019,
200/2019, dede 28.06),
28.06), ee quais
quais as
as
principais
principais obrigações
obrigações aa que
que sese encontram
encontram sujeitas
sujeitas as
as pessoas
pessoas coletivas
coletivas societárias
societárias
ee não
não societárias,
societárias, pessoas
pessoas equiparadas,
equiparadas, fundos
fundos fiduciários
fiduciários ee outros
outros centros
centros de
de
interesses
interesses coletivos
coletivos sem
sem personalidade
personalidade jurídica
jurídica com
com uma
uma estrutura
estrutura ou
ou funções
funções
similares?
similares?

O RCBE consiste numa base de dados com informação suficiente, exata e atual sobre a pessoa
ou as pessoas singulares que - ainda que de forma indireta ou através de terceiro - detêm a
propriedade ou o controlo efetivo dos entes coletivos abrangidos pela obrigação de registo,
tendo em vista o reforço da transparência nas relações comerciais e o cumprimento dos
deveres estabelecidos na LPCBC/FT.

A entidade gestora do RCBE é o Instituto dos Registos e do Notariado, I.P. (IRN, I.P.), com que
detém competências para realizar o tratamento dos dados, efetivar o direito de informação e
acesso e a legalidade na sua realização, e assegurar a legalidade nesses procedimentos.

Encontra-se sujeita à inscrição de informação sobre os respetivos beneficiários efetivos no


RCBE a generalidade das pessoas coletivas (por ex., associações, cooperativas, fundações,
sociedades civis e comerciais, bem como quaisquer outros entes coletivos personalizados),
suas representações, as entidades que prosseguem finalidades autónomas ainda que não
dotadas de personalidade jurídica, fundos fiduciários ou outros centros de interesse sem
personalidade coletiva, ou realidades equiparáveis, com muito escassas exceções.

O cumprimento de tal dever de inscrição, por todas as entidades sujeitas ao RCBE, é feito
através da "declaração de beneficiário efetivo", com a introdução e autenticação na plataforma
eletrónica disponibilizada pelo IRN, I.P., nos prazos legalmente previstos, de informação
suficiente, exata e atual sobre os seus beneficiários efetivos, todas as circunstâncias
indiciadoras dessa qualidade e a informação sobre o interesse económico nelas detido.

Importa destacar ainda que, para além da "declaração de beneficiário efetivo" inicial, a
informação constante do RCBE deve ser mantida atual e correta, tendo todas as entidades
sujeitas a este dever de declaração que proceder de modo a refletir e atualizar neste Registo
quaisquer alterações que ocorram, no mais curto prazo possível, mas sem nunca exceder 30
dias (contados a partir da data do facto que determina a alteração).

Este regime não prejudica outras obrigações mais exigentes de declaração ou confirmação
previstas na Lei, nomeadamente quanto a entidades estrangeiras que desenvolvam em
Portugal atos ocasionais, ou a aplicabilidade de regras especiais no momento da extinção,
dissolução ou cessação, de facto ou de direito, da entidade.

Por fim e ainda nesta matéria, a Portaria n.º 200/2019, de 28.06, alterando os prazos
anteriormente vigentes, veio estabelecer que a declaração inicial das entidades sujeitas ao
RCBE, constituídas à data de entrada em vigor desta portaria é efetuada de forma faseada, nos
prazos seguintes:

a) Até 31 de outubro de 2019, as entidades sujeitas a registo comercial;

b) Até 30 de novembro de 2019, as demais entidades sujeitas ao RCBE.

Sem prejuízo dos deveres a que se encontram sujeitas enquanto entidades obrigadas, no
âmbito da LPCBC/FT (nomeadamente no desempenho de identificação e diligência, ou de
deveres de controlo), as entidades com atividades imobiliárias encontram-se igualmente
sujeitas, nos termos gerais, ao dever de determinar e efetuar a comunicação da "declaração de
beneficiário efetivo" inicial, e proceder à sua atualização e correção sempre que necessário.

Poderá efetuar-se para além da necessária leitura da Lei n.º 89/2017, de 21.08, e da LPCBC/FT,
e demais diplomas relevantes, a consulta de um conjunto abrangente de informação sobre a
definição, determinação e deveres quanto ao beneficiário efetivo no Portal na internet da
Comissão de Coordenação de Políticas de Prevenção e Combate ao Branqueamento de
Capitais e ao Financiamento do Terrorismo (PERGUNTAS FREQUENTES | Portal da Comissão
Prevenção do Branqueamento de Capital e Financiamento do Terrorismo (portalBC/FT.pt)),
sob os itens "BENEFICIÁRIO EFETIVO" e "REGISTO CENTRAL DE BENEFICIÁRIO EFETIVO".

Quais
Quais os
os principais
principais deveres
deveres que,
que, designadamente
designadamente nos nos termos
termos dos
dos arts.
arts. 29.º
29.º aa 34.º
34.º
da
da LPCBC/FT,
LPCBC/FT, asas entidades
entidades obrigadas
obrigadas detêm
detêm nono que
que concerne
concerne àà verificação
verificação ee
averiguação
averiguação do
do beneficiário
beneficiário efetivo
efetivo de
de clientes,
clientes, intervenientes
intervenientes ee quaisquer
quaisquer outras
outras
entidades
entidades terceiras,
terceiras, com
com quem
quem estabeleçam,
estabeleçam, participem
participem ouou interajam
interajam emem relações
relações
de
de negócio,
negócio, transações
transações ocasionais
ocasionais ou
ou outras
outras operações?
operações?

As entidades obrigadas devem obter um conhecimento satisfatório sobre os beneficiários


efetivos do cliente ou entidade, em função do concreto risco de branqueamento de capitais e
de financiamento do terrorismo, sempre que:

- O cliente, interveniente ou quaisquer outras entidades terceiras, participantes, intervenientes


ou envolvidas em operações comercias seja uma pessoa coletiva ou um centro de interesses
coletivos sem personalidade jurídica; ou

- Esteja em causa a relação com uma pessoa singular, que possa encontrar-se a atuar por conta
de uma pessoa coletiva ou um centro de interesses coletivos sem personalidade jurídica.

As entidades obrigadas devem, com a finalidade de identificar os beneficiários efetivos de


clientes ou intervenientes, adotar todas as medidas necessárias a tal, desde o momento
anterior ao estabelecimento de uma relação de negócio ou da realização de uma transação
ocasional.

Devem ainda procurar ampliar o conhecimento sobre o beneficiário efetivo do cliente ou


interveniente, bem como perceber e averiguar qualquer eventual alteração que possa ocorrer
quanto ao mesmo, no decurso do acompanhamento contínuo da relação de negócio ou da
preparação e execução de transação ocasional.

As entidades obrigadas detêm, após registo, acesso amplo à informação constante do RCBE,
sobre as pessoas coletivas e outras entidades sujeitas a obrigação de declaração no mesmo.

Para efeito do desempenho dos seus deveres previstos na LPCBC/FT - nomeadamente, de


identificação e diligência; e de controlo -, as entidades obrigadas devem apurar as informações
constantes do RCBE, quanto ao cliente ou interveniente, procedendo à sua consulta e
verificação (reiterando-a com periodicidade adequada), visando, nomeadamente:

- Avaliar a obrigatoriedade de sujeição do cliente ou interveniente, enquanto pessoa coletiva


ou entidade equiparada, ao dever de declaração de beneficiário efetivo junto do RCBE em
Portugal;

- Verificar que a entidade cumpriu os deveres de declaração do beneficiário efetivo, a que está
sujeita junto do RCBE - sendo que deverá fazer depender o estabelecimento ou
prosseguimento da relação de negócio, ou a realização da transação ocasional, da verificação
do cumprimento efetivo da obrigação de registo no RCBE, pela mesma;

- Averiguar quaisquer desconformidades entre a informação constante do RCBE e a


informação obtida no âmbito do cumprimento dos deveres previstos na LPCBC/FT, assim
como outras omissões, inexatidões ou desatualizações que detetem. Neste caso em que, sem
prejuízo de outras medidas e comunicações que possam relevar, deverão comunicar tais
desconformidades, omissões ou desatualizações junto da entidade gestora do Registo, o IRN,
I.P..

Quando o cliente não esteja obrigado a registar os seus beneficiários efetivos em território
nacional (decorrendo o RCBE de uma iniciativa e atuação harmonizada a nível europeu,
existindo registos congéneres nos demais países), as entidades obrigadas deverão envidar os
esforços adequados para obter do cliente ou interveniente as informações constantes de
registo central de beneficiários efetivos ou de mecanismo equivalente estabelecido noutras
jurisdições, quando o acesso pelas entidades obrigadas a tais mecanismos não seja possível ou
não possa ser efetuado em tempo útil.

Em qualquer caso, a realização de consultas e diligências relativamente à informação sobre


beneficiários efetivos constante do RCBE ou de registo/mecanismo equivalente não dispensa
as entidades obrigadas de executarem os demais procedimentos de identificação e diligência
definidos na LPCBC/FT, designadamente aqueles destinados a averiguar e confirmar a
qualidade de beneficiário efetivo.

Por fim, nos termos gerais, as entidades obrigadas devem manter um registo escrito de todas
as ações destinadas a dar cumprimento ao disposto artigos 29.º a 34.º da LPCBC/FT, incluindo
de quaisquer meios utilizados para aferir a qualidade de beneficiário efetivo, que deverá ser
mantido e conservado para disponibilização, sempre que solicitado a autoridades judiciárias ou
autoridades sectoriais.

Sem prejuízo da necessária consulta da Lei n.º 89/2017, de 21.08, da LPCBC/FT, e demais
diplomas relevantes, encontra-se disponível um conjunto abrangente de informação sobre a
definição, determinação e deveres quanto ao beneficiário efetivo no Portal na internet da
Comissão de Coordenação de Políticas de Prevenção e Combate ao Branqueamento de
Capitais e ao Financiamento do Terrorismo (PERGUNTAS FREQUENTES | Portal da Comissão
Prevenção do Branqueamento de Capital e Financiamento do Terrorismo (portalBC/FT.pt)),
sob os itens "BENEFICIÁRIO EFETIVO" e "REGISTO CENTRAL DE BENEFICIÁRIO EFETIVO"
4.
4. OUTROS
OUTROS ASSUNTOS
ASSUNTOS

A
A que
que entidades
entidades se
se aplicam
aplicam os
os deveres
deveres previstos
previstos no
no Regulamento
Regulamento n.º
n.º 603/2021,
603/2021, de
de
02/07?
02/07?

Estes deveres são aplicáveis às entidades financeiras e não financeiras que exerçam, em
território nacional, atividades imobiliárias. Para este efeito, considera-se que as referidas
entidades exercem atividades imobiliárias quando pratiquem atos materiais de: a) Mediação
imobiliária; b) Compra, venda, compra para revenda ou permuta de imóveis; c) Promoção
imobiliária, consistindo no impulsionamento, programação, direção e financiamento, direta ou
indiretamente, com recursos próprios ou alheios, de obras de construção de edifícios, com
vista à sua posterior transmissão ou cedência, seja a que título for; d) Arrendamento de bens
imóveis.

Consideram-se, nomeadamente, como exercendo a atividade em território nacional as


entidades que tenham sede estatutária ou efetiva em Portugal ou aqui desenvolvam as
atividades acima referidas através de sucursais, agências, delegações, representações
permanentes ou outras formas locais de representação e que desenvolvam as atividades
referidas acima relativamente a edifícios ou outros imóveis situados em Portugal.

Onde
Onde posso
posso obter
obter informação,
informação, completa
completa ee atualizada,
atualizada, sobre
sobre as
as medidas
medidas restritivas
restritivas
aplicadas
aplicadas por
por organismos
organismos internacionais,
internacionais, designadamente
designadamente pelopelo Conselho
Conselho de
de
Segurança
Segurança das
das Nações
Nações Unidas
Unidas ee pela
pela União
União Europeia,
Europeia, aplicáveis
aplicáveis ao
ao exercício
exercício de
de
atividades
atividades pelas
pelas entidades
entidades obrigadas?
obrigadas?

As medidas restritivas consistem em restrições temporárias do exercício de um determinado


direito, através da imposição de uma proibição ou de uma obrigação, aprovada pela
Organização das Nações Unidas ou pela União Europeia, visando a prossecução de objetivos
respeitantes à paz ou segurança internacionais, proteção dos direitos humanos, da democracia
e do Estado de Direito, preservação da soberania, independência e outros interesses
fundamentais do Estado, ou à prevenção e repressão do terrorismo e da proliferação de armas
de destruição em massa.

Tais medidas restritivas podem ter por objeto pessoas de nacionalidade ou residência
portuguesa e outras que se encontrem ou pretendam ingressar em Portugal, bem como
qualquer pessoa coletiva, pública ou privada, constituída ou estabelecida em Portugal; e/ou
recair sobre bens, fundos e recursos económicos que se encontrem em território nacional,
independentemente da nacionalidade, residência ou sede dos seus proprietários, beneficiários
ou intervenientes.

As entidades obrigadas devem, nos termos do art. 21.º da LPCBC/FT, adotar os meios e os
mecanismos necessários para assegurar o cumprimento das medidas restritivas aprovadas pela
Organização das Nações Unidas ou pela União Europeia - incluindo a sua imediata consulta,
apreensão, compreensão e conhecimento.

A aplicação destas medidas é regulada pela Lei n.º 97/2017, de 23.08, a qual contém o regime
sancionatório aplicável à sua violação (podendo a mesma configurar a prática de crime punível
com pena de prisão de um até cinco anos).

Sem prejuízo da consulta da Lei n.º 97/2017, de 23.08 e da LPCBC/FT, e demais diplomas
relevantes, encontra-se disponível no Portal na internet da Comissão de Coordenação de
Políticas de Prevenção e Combate ao Branqueamento de Capitais e ao Financiamento do
Terrorismo um conjunto abrangente de informação sobre as medidas restritivas
(https://portalbcft.pt/pt-pt/content/enquadramento; https://portalbcft.pt/pt-
pt/content/quadro-legal), no item "MEDIDAS RESTRITIVAS" e seus desdobramentos.

As entidades obrigadas podem obter informação, atualizada e fidedigna, sobre as medidas


restritivas aplicadas por organismos internacionais, designadamente pelo Conselho de
Segurança das Nações Unidas e pela União Europeia, no Portal na internet da Comissão de
Coordenação de Políticas de Prevenção e Combate ao Branqueamento de Capitais e ao
Financiamento do Terrorismo (sob o item "LISTAS", que contém ligações respeitantes às
entidades "sancionadas CSNU" e entidades "sancionadas EU"; e https://portalbcft.pt/pt-
pt/ligacoesexternas, subtítulo "LIGAÇÕES SOBRE MEDIDAS RESTRITIVAS").

Atualmente - e sem prejuízo de alterações que possam ocorrer, no sentido de inclusão de


novas pessoas ou entidades, ou cessação de sanções existentes, que deverão ser sempre
verificadas pelas entidades obrigadas - as listas e atos relevantes, ferramentas de pesquisa ou
outras informações poderão ser precisadas e desenvolvidas a partir das seguintes ligações:

a) Sanções aplicadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas:

https://www.un.org/securitycouncil/content/un-sc-consolidated-list ;

https://www.un.org/securitycouncil/sanctions/information ;

b) Sanção aplicadas pela União Europeia:

https://www.sanctionsmap.eu/#/main ;

https://eeas.europa.eu/headquarters/headquarters-
homepage_en/423/Sanctions%20policy#Consolidated+list+of+sanctions;

Quais
Quais os
os principais
principais deveres
deveres que
que recaem
recaem sobre
sobre as
as entidades
entidades obrigadas,
obrigadas, no
no que
que
concerne
concerne àà prevenção
prevenção dada violação
violação dos
dos limites
limites àà utilização
utilização de
de numerário,
numerário, previstos,
previstos,
com
com carácter
carácter geral,
geral, no
no art.
art. 63.º-E
63.º-E da
da Lei
Lei Geral
Geral Tributária
Tributária (alterada
(alterada pela
pela Lei.
Lei. n.º
n.º
92/2017,
92/2017, de
de 22.08)
22.08) -- quer
quer quanto
quanto às às suas
suas operações
operações comerciais,
comerciais, quer
quer no
no
cumprimento
cumprimento de de deveres
deveres enquanto
enquanto entidades
entidades obrigadas
obrigadas emem sede
sede do
do regime
regime jurídico
jurídico
da
da prevenção
prevenção ee repressão
repressão do do branqueamento
branqueamento de de capitais
capitais ee do
do financiamento
financiamento dodo
terrorismo?
terrorismo?

O art. 63.º-E da Lei Geral Tributária (na sequência das alterações introduzidas pela Lei. n.º
92/2017, de 22.08) veio estabelecer limites máximos, no que concerne à utilização de
numerário.

Nos termos dessa norma, resultam proibidos, em especial, os pagamentos ou recebimentos em


numerário que envolvam montantes iguais ou superiores a 3.000 euros (ou equivalente noutra
moeda), em transações de qualquer natureza; ou montantes iguais ou superiores a 10.000
euros (ou equivalente), se se tratar de pagamento realizado por pessoas singulares que não
sejam residentes em território português e, cumulativamente, não atuem na qualidade de
empresários ou comerciantes. Tais montantes devem ser considerados quer em pagamentos
isolados, quer de forma agregada quando exista uma pluralidade de pagamentos associados à
venda de bens ou prestação de serviços.

Numa segunda vertente, no caso de pagamentos respeitantes a faturas ou documentos


equivalentes que sejam de valor igual ou superior a 1.000 euros (ou o seu equivalente em
moeda estrangeira), os sujeitos passivos de IRC e de IRS que disponham, ou devam dispor, de
contabilidade organizada encontram-se obrigados a utilizar meios de pagamento que
permitam a identificação do respetivo destinatário (designadamente, transferência bancária,
cheque nominativo ou débito direto).

Estas normas relevam para as entidades obrigadas com atividades imobiliárias, no que
concerne às suas operações e atividades comerciais próprias, em que se devem precaver e
proceder de forma a elas próprias respeitarem este conjunto de deveres, não realizando ou
recebendo pagamentos ou recebimentos em numerário em desconformidade ao previsto na
lei.

Mas relevam em especial, enquanto entidades obrigadas com atividades imobiliárias e sujeitas
à aplicabilidade genérica dos deveres previstos na LPCBC/FT, porquanto, nos termos do art.
10.º desta Lei, estas entidades encontram-se expressamente obrigadas a abster-se de, no
âmbito da sua atividade profissional, celebrar ou de algum modo participar em quaisquer
negócios dos quais possa resultar a violação dos limites à utilização de numerário previstos em
legislação específica.

Sem prejuízo da necessária consulta da LPCBC/FT, e do art. 63.º-E da Lei Geral Tributária
(alterada pela Lei.º n.º 92/2017, de 22.08) e demais diplomas relevantes, encontra-se disponível
um conjunto abrangente de informação sobre a definição e deveres quanto aos limites
máximos para a utilização de numerário no Portal na internet da Comissão de Coordenação de
Políticas de Prevenção e Combate ao Branqueamento de Capitais e ao Financiamento do
Terrorismo (PERGUNTAS FREQUENTES | Portal da Comissão Prevenção do Branqueamento de
Capital e Financiamento do Terrorismo (portalBC/FT.pt)), sob o item "UTILIZAÇÃO DE
NUMERÁRIO".

Impresso a partir do portal do IMPIC, www.impic.pt, em 18/01/2024 17:14

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