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CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES – UNIT

ARQUITETURA E URBANISMO

ELÍZIA DE OLIVEIRA SANTOS

HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL: UMA ALTERNATIVA PARA PESSOAS


QUE MORAM EM ÁREA DE RISCO NA COMUNIDADE DO ALTO DO CENTO E
VINTE, EM VIÇOSA - AL

Maceió - AL

2020
ELÍZIA DE OLIVEIRA SANTOS

HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL: UMA ALTERNATIVA PARA PESSOAS QUE


MORAM EM ÁREA DE RISCO NA COMUNIDADE DO ALTO DO CENTO E VINTE,
EM VIÇOSA - AL

Trabalho Final de Graduação para


obtenção do título de Bacharel em
Arquitetura e Urbanismo pelo Centro
Universitário Tiradentes – UNIT, sob
orientação da Professora Me. Lana Souza
Costa Brandão, no 2° semestre de 2020.

Maceió - AL

2020
ELÍZIA DE OLIVEIRA SANTOS

HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL: uma alternativa para pessoas que moram


em área de risco na comunidade do Alto do Cento e Vinte, em Viçosa – AL.

Trabalho Final de Graduação (TFG)


apresentado ao curso de Arquitetura e
Urbanismo, do Centro Universitário
Tiradentes – UNIT, como parte dos
requisitos necessários à obtenção do
título de Bacharel em Arquitetura e
Urbanismo.

Maceió, 23 de Junho de 2020.

BANCA EXAMINADORA

Lana Souza Costa Brandão


Orientadora

Joana Teixeira Barbosa


Avaliadora interna

Camila Araujo de Sirqueira Souza


Avaliadora externa
DEDICATÓRIA

Dedico, primeiramente este trabalho a


Deus por ter me concedido
oportunidades, forças durante essa
graduação e minha vida acadêmica. Aos
meus pais, pelo incentivo e apoio em
minha educação. À minha saudosa e
querida avó, Francisca Freitas, pelo
carinho, companheirismo, conselhos e
amor. Ao meu noivo por sempre me
apoiar e acreditar em mim. Ao meu irmão,
minha irmã, família e amigos, pelo carinho
e gratidão.
AGRADECIMENTOS

Agradeço, especialmente, à minha orientadora, Prof.ª Me. Lana Souza


Costa Brandão, pela contribuição, dedicação e atenção.

Aos funcionários e a Prefeitura Municipal de Viçosa, que foram


fundamentais para a realização e desenvolvimento desse trabalho.

Por fim, a todos que colaboraram durante todo o processo de


desenvolvimento do presente trabalho.
RESUMO

As cidades brasileiras convivem com uma série de questões em relação ao


crescimento de moradias precárias. É através deste sentido que o Plano Diretor
deve ser importante, sendo capaz de corrigir os problemas e guiando ao interesse
de ajudar a resolver esse assunto. Desta forma, é um caminho que leva a uma
cidade justa, igualitária e inclusiva. O objetivo geral desse trabalho é elaborar um
estudo preliminar de um conjunto habitacional para a comunidade do Alto do Cento
e Vinte, localizada no município de Viçosa – Alagoas. Com a análise do contexto
histórico das problemáticas de moradia em que o Brasil enfrenta, o que se pretende
é a construção de um loteamento para essas pessoas, levando em consideração de
que o terreno será próximo de onde residem atualmente, facilitando ainda mais a
transferência dos moradores para um local digno.

PALAVRAS-CHAVE: Cidades brasileiras. Plano Diretor. Cidade justa. Áreas


íngremes. Local digno.
ABSTRACT

Brazilian cities live with a series of issues in relation to the growth of precarious
housing. It is through this sense that the Master Plan must be important, being able
to correct problems and guiding the interest in helping to resolve this issue. Thus, it is
a fair, egalitarian and inclusive city. The general objective of this work is to prepare a
preliminary study of a housing complex for the community of Alto do Cento e Vinte,
located in the municipality of Viçosa – AL. With the analysis of the historical context
of the housing problems in which Brazil faces, what is intended is the construction of
an allotment for these people, taking in to account that the land will be close to where
they currently reside, further facilitating the transfer of land. Residents to a decent
place.

KEYWORDS: Brazilian cities. Master Plan. Fair city. Main goal. Worthy place.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 01 – Moradias em locais inadequados .......................................................... 20

Figura 02 – Deslizamentos como este em Mairiporã causaram 20 mortes na região


no ano passado ........................................................................................................ 21

Figura 03 – Déficit habitacional por componente, por região – percentual do déficit


total (2010) ............................................................................................................... 22

Figura 04 – Os dados também confirmam que há problemas nos programas de


saneamento e de urbanização de favelas ................................................................ 23

Figura 05 – Fachada principal .................................................................................. 26

Figura 06 – Finalização da construção das residências ........................................... 26

Figura 07 – Residências do conjunto habitacional social Wirton Lira ...................... 27

Figura 08 – Planta baixa com dois quartos .............................................................. 27

Figura 09 – Planta baixa com dois quartos .............................................................. 28

Figura 10 – Planta baixa com três quartos ............................................................... 29

Figura 11 – Diagrama de usos ................................................................................. 30

Figura 12 – Fachada principal 1 ............................................................................... 30

Figura 13 – Fachada principal 2 ............................................................................... 31

Figura 14 – Planta baixa de coberta ......................................................................... 31

Figura 15 – Implantação das unidades habitacionais .............................................. 32

Figura 16 – Unidades habitacionais ......................................................................... 32

Figura 17 – Sala de estar e cozinha ......................................................................... 33

Figura 18 – Sala de estar ......................................................................................... 33

Figura 19 – Planta baixa de 2 quartos ...................................................................... 34

Figura 20 – Planta baixa de 3 quartos ...................................................................... 34

Figura 21 – Implantação das unidades habitacionais .............................................. 35


Figura 22 – Fachada frontal ..................................................................................... 35

Figura 23 – Planta baixa tipo .................................................................................... 36

Figura 24 – Planta baixa tipo – primeiro pavimento ................................................. 36

Figura 25 – Parâmetros Urbanísticos por Zona e Corredor Urbano – Jaraguá ....... 43

Figura 26 – Conforto ambiental ................................................................................ 44

Figura 27 – Fachada norte e fachada oeste (dois quartos) ..................................... 53

Figura 28 – Fachada sul e fachada leste (dois quartos) .......................................... 53

Figura 29 – Fachada norte e fachada oeste (três quartos) ...................................... 54

Figura 30 – Fachada sul e fachada leste (três quartos) ........................................... 54

Figura 31 – Fluxograma geral ................................................................................. 59

Figura 32 – Implantação do loteamento .................................................................. 60

Figura 33 – Entrada e saída do loteamento ............................................................. 61

Figura 34 – Estacionamento ..................................................................................... 61

Figura 35 – Área de circulação ................................................................................. 62

Figura 36 – Área verde e estacionamento ............................................................... 62

Figura 37 – Playground, ângulo 1............................................................................. 63

Figura 38 – Playground, ângulo 2............................................................................. 63

Figura 39 – Área verde ampla .................................................................................. 64

Figura 40 – Entrada dos blocos A e B ...................................................................... 64

Figura 41 – Entrada dos blocos C e D ..................................................................... 65

Figura 42 – Retorno dos veículos ............................................................................. 65

Figura 43 – Fachada norte (residência de dois quartos) .......................................... 66

Figura 44 – Fachada sul (residência de dois quartos) ............................................. 66

Figura 45 – Fachada oeste (residência de dois quartos) ......................................... 67


Figura 46 – Fachada leste (residência de dois quartos) .......................................... 67

Figura 47 – Fachada norte (residência de três quartos) .......................................... 68

Figura 48 – Fachada sul (residência de três quartos) .............................................. 68

Figura 49 – Fachada oeste (residência de três quartos) .......................................... 69

Figura 50 – Fachada leste (residência de três quartos) ........................................... 69

Figura 51 – Residência de dois quartos ................................................................... 70

Figura 52 – Sala de jantar e sala de estar, residência de dois quartos ................... 70


LISTA DE MAPAS

Mapa 01 – Município de Viçosa no estado de Alagoas ........................................... 38

Mapa 02 – Distância entre os dois lugares, terreno em vermelho e comunidade em


amarelo...................................................................................................................... 39

Mapa 03 – Mapeamento dos pontos de interesse ................................................... 40

Mapa 04 – Delimitação do terreno do projeto .......................................................... 41

Mapa 05 – Zonas Especiais de Preservação, ZEP-1 Centro ................................... 42

Mapa 06 – Mapeamento dos pontos de interesse ................................................... 45

Mapa 07 – Mapa de zoneamento da proposta de HIS ............................................. 55


LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – Diagnóstico de problemas .................................................................... 47

Tabela 02 – Estudo de insolação e ventilação, planta baixa de 2 quartos .............. 56

Tabela 03 – Estudo de insolação e ventilação, planta baixa de 3 quartos .............. 56

Tabela 04 – Programa de necessidades dos lotes .................................................. 57

Tabela 05 – Programa de necessidades de dois quartos ........................................ 58

Tabela 06 – Programa de necessidades de três quartos ......................................... 58

Tabela 07 – Programa de necessidades das divisões dos lotes ............................. 59


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CISP Centro Integrado de Segurança Pública

GPM Grupamento da Polícia Militar

GRUPEQUI – UFAL Grupo de Pesquisas da Universidade Federal de Alagoas

HIS Habitação de Interesse Social

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

INSS Instituto Nacional do Seguro Social

ONU Organização das Nações Unidas

PD Plano Diretor

TFG Trabalho Final de Graduação

UPA Unidade de Pronto Atendimento

ZEIS Zonas de Especial Interesse Social


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 16

1 REFERÊNCIAL...................................................................................................... 19

1.1 Análise atual de moradia no Brasil ................................................................. 19


1.2 Escassez habitacional no Brasil ..................................................................... 21
1.3 Leis federais de moradia ................................................................................. 23
1.3.1 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 .............................. 23
1.3.2 Declaração Universal dos Direitos Humanos – ONU .................................... 23
2 ESTUDOS DE CASO ......................................................................................... 25
2.1 Habitação social Wirton Lira ........................................................................... 25
2.1.1 Descrição do projeto ...................................................................................... 25
2.2 Habitação de interesse social sustentável .................................................... 29
2.2.1 Descrição do projeto ...................................................................................... 29
2.3 Habitação de interesse social coletiva ........................................................... 34
2.3.1 Descrição do projeto ...................................................................................... 34
3 LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS DE ESTUDO ..................................................... 38
3.1 Localização da comunidade do Alto do Cento e Vinte ................................. 38
3.1.1 Pontos de interesse próximo a comunidade .................................................. 39
3.2 Localização do terreno do projeto .................................................................. 41
3.2.1 Pontos de interesse próximo ao terreno do projeto ....................................... 44
4 PROPOSTA PROJETUAL ................................................................................ 46
4.1 A comunidade do Alto do Cento e Vinte ........................................................ 46
4.1.1 Caracterização da área de estudo ................................................................. 46
4.2 Plano Diretor de Viçosa – AL .......................................................................... 50
4.3 Conceito ............................................................................................................ 51
4.4 Partido arquitetônico ....................................................................................... 52
4.5 Programa de necessidades ............................................................................. 58
4.6 Fluxograma ....................................................................................................... 59
4.7 Elementos inseridos no projeto ...................................................................... 60

CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 71

REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 72
PRANCHAS ............................................................................................................. 79
16

INTRODUÇÃO

A região escolhida para estudo encontra-se em risco, famílias de baixa


renda habitam nesse local, não possuem uma moradia segura, pois é uma área
íngreme e em tempo de chuva há um grande perigo de deslizamentos.

A moradia digna é um direito de todos, é pouco divulgado para todas as


pessoas que vivem em situações precárias. Sabendo que, a população mora em
áreas de riscos, não possuem condições para poder adquirir um imóvel regular, ou
buscam locais que não são ideais para moradias, como terrenos sujeitos à
deslizamentos e áreas de risco.

As moradias da comunidade encontram-se em locais de risco, sendo eles


perigosos para quem mora. Possuí casas que estão condenadas pela defesa civil e
mesmo assim não desocupam a residência, por não ter condições de irem para um
novo lar e ainda habitam no mesmo local. A falta de coleta de lixo também é precária
e gera um mal a saúde com esse problema.

Como objetivo geral buscou-se o estudo preliminar de um conjunto


habitacional de interesse social para a comunidade do Alto do Cento e Vinte, com o
intuito de promover a inclusão das 37 famílias no meio urbano e igualitário às
demais classes sociais, no terreno que fica localizado ao lado da fazenda Belo
Monte e na Rua Nossa Senhora Aparecida.

Para os objetivos específicos, foram:

 Verificou a possibilidade de realocação dos moradores residentes em áreas


improprias ao uso habitacional e locais de risco;
 Realização de pesquisas de projetos residenciais que possam comportar cada
família e com suas necessidades individuais;
 Execução do projeto em prática.

Este Trabalho Final de Graduação propõe a realocação de 37 famílias


que moram em Viçosa / AL, com área de 354,762 km² e população de 26.249
habitantes, cidade cheia de tradição e cultura, sendo destaque o folclore no
município. O terreno será próximo da comunidade e dos pontos de interesse, são
pessoas de baixa renda e sem condições de uma moradia digna.
17

Este tema justifica-se pela sua grande importância para a sociedade. O


bairro em que os moradores estão é considerado área de risco e não possui todas
as necessidades adequadas para uma moradia. Ao ser aprovada a proposta de
transferência dessas pessoas, começará o projeto de habitação do loteamento. Com
essa ideia pronta, os residentes irão ser transferidos para o conjunto habitacional e
para as residências apropriadas a cada uma. Todos irão ter toda a assistência
durante a realização desse trabalho, como: disponibilidade de vagas de emprego
para atuar na construção, gerando também uma fonte de renda para quem se
encontra desempregado.

A comunidade encontra-se próximo do centro da cidade, caracterizando


vários pontos de interesses. O terreno escolhido para a realização do projeto de
loteamento e da realocação dessas pessoas, será próximo de onde residem
atualmente, para que no futuro não possam voltar ao mesmo local.

Na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, que trata da


moradia digna e os direitos que são concedidos para todos, em seu Art. 23, que fala
sobre “É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios”, inciso IX, é retratado que:

IX – Promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições


habitacionais e de saneamento básico.

De acordo com Souza (2017), o direito a moradia digna foi fortalecido


através da criação do programa federal “Minha Casa, Minha Vida” no ano de 2009,
trazendo diversos interesses em sua realização, onde é voltado para resolver a
situação de pessoas que não possuem salários o suficiente para ter uma moradia
digna.

De acordo com os procedimentos metodológicos adotado no presente


trabalho final de graduação, será desenvolvido em seis etapas: pesquisa
bibliográfica; pesquisa de campo com uma análise detalhada da comunidade;
pesquisa das residências do local; estudos de caso; proposta projetual e método
comparativo.

Assim, este TFG está dividido em 4 capítulos. O primeiro aborda uma


discussão teórica sobre o tema, destacando assim tanto os autores citados, como
18

também os que apontaram as circunstâncias e problemáticas para as habitações de


interesse social.

O segundo capítulo é pautado em análises dos estudos de casos de três


projetos de habitação de interesse social, são eles: habitação Social Wirton Lira, que
tem como objetivo fugir das repetições dos projetos em HIS; habitação de Interesse
Sustentável, voltado para a sustentabilidade; habitação de Interesse Social Coletiva,
tendo a simplicidade e qualidade.

O terceiro capítulo pautou-se na proposta projetual, onde foi analisado


minuciosamente a comunidade do Alto do Cento e Vinte, o terreno a ser implantado
o projeto, o plano diretor de Viçosa / AL, o conceito e partido arquitetônico do projeto
proposto, também sobre o programa de necessidades e detalhando todas as
famílias e melhorando assim a moradia para cada uma delas. O quarto e último
capítulo tratam das localizações e pontos de interesses.

Por que este tema? A escolha foi através de ver tantas pessoas
necessitando de uma moradia digna e segura, enquanto as mesmas são deixadas a
beira da pobreza onde habitam, nada se faz por elas. São humanos e não qualquer
um, merecem um teto para morar e dormir tranquilo. Os residentes da comunidade
do Alto do Cento e Vinte, estão em um local impróprio, que com uma forte chuva, as
primeiras casas de cima podem desabar, prejudicando as que estão em baixo.
Foram esses pontos que foi gerada toda essa ideia para a realização desse
trabalho, um olhar de caridade e compaixão.
19

1 REFERÊNCIAL

1.1 ANÁLISE ATUAL DE MORADIA NO BRASIL

Neste capítulo será discutido a Constituição Federal e os direitos


concebidos à moradia digna.

Segundo Nogueira (2010) deve-se considerar a moradia adequada nos


direitos sociais em que a Constituição Federal determina. A situação de moradia no
Brasil encontra-se em escassez, voltado para a classe baixa, onde os mais pobres
não possuem uma casa para poder morar dignamente, podendo viver melhor e não
em situações de extrema pobreza.

Monteiro e Veras (2017, n.p.), argumenta que “[...] para isso é preciso
políticas habitacionais eficazes e contínuas que permitam a inclusão destes
indivíduos na cidade e a sua inserção na sociedade.”

Levando em consideração as afirmações dos autores citados, o tema


sobre habitação de interesse social aborda a verdade de uma necessidade humana
bastante primitiva. A discussão sobre políticas habitacionais que possa ser focado
na atenção das pessoas que não possuem uma moradia digna, é importante, pois a
segurança de todos e igualdade sempre devem vim em primeiro lugar.

A garantia de acesso à moradia a parcela da população considerada de


baixa renda é indispensável para atender as necessidades dos grupos
sociais mais vulneráveis. Para isso é preciso políticas habitacionais eficazes
e contínuas quer permitam a inclusão destes indivíduos na cidade e a sua
inserção na sociedade (MONTEIRO; VERAS, 2017, n.p.).

A citação abaixo só vem mostrar a discussão sobre as moradias nas


favelas, identificando suas falhas e a falta de uma estrutura adequada, sabendo-se
que não é um local apropriado para morar.

As moradias precárias, como as favelas, são acompanhadas pela ausência


de infraestrutura. Para o crescimento de qualquer cidade se faz necessária
a expansão de todo serviço público, como distribuição de água, rede de
esgoto, energia elétrica, pavimentação, entre outros (FREITAS, 2019, n.p.).

Este mesmo autor ainda continua relatando as problemáticas em que as


favelas vivem e a quantidade delas nas oito cidades citadas abaixo.

[...] em geral, favelas e demais bairros marginalizados surgem de modo


gradativo em áreas de terceiros, especialmente do governo. Segundo o
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os oito municípios
detentores do maior número de favelas são: São Paulo, com 612; Rio de
20

Janeiro, com 513; Fortaleza, 157; Guarulhos, 136; Curitiba, 122; Campinas
117; Belo Horizonte, 101; e Osasco, 101 (FREITAS, 2019, n.p.).

Pena (2019, n.p.), argumenta que “no Brasil, segundo dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 11 milhões de pessoas vivem
em favelas ou em moradias consideradas precárias [...]”.

Como é falado pelo autor na citação abaixo, não são só as pessoas que
moram em áreas de riscos que não possuem uma habitação de qualidade, são
também os moradores de ruas, eles não possuem uma residência fixa e vivem como
vagantes pelas cidades. A grande necessidade e a falta de moradia digna em todo o
Brasil, se tornou um problema maior para o país, e as áreas precárias de moradia
cresceram a cada dia.

A cidade cumpre sua função social quando se torna acessível para todos os
seus cidadãos. Isto significa que os bens e equipamentos urbanos de
saúde, educação, assistência social, habitação, saneamento, lazer,
emprego e renda devem ser usufruídos por todos, independentemente de
sua condição social (JÚNIOR; PASSOS, 2006, p. 08).

Na Figura 01, é mostrado o descaso em que as favelas enfrentam no dia-


a-dia. Isso ocorre devido o grande aumento da população nas cidades, levando o
aumento dessa situação. As pessoas que habitam nesses locais, sofrem com a
desigualdade social, ou seja, a pobreza ainda é tratada com certo preconceito pela
classe média e alta.

Figura 01 – Moradias em locais inadequados.

Fonte: Alunos online, Uol, 2019.


21

Na Figura 02, a cidade de Mariporã sofreu com um desastre ocorrido por


um deslizamento de barreira através das fortes chuvas, essa situação não ocorre
somente nessa cidade, mas sim nas cidades em que possuem residências em áreas
de riscos, onde pessoas pobres que acabam indo morar nesses locais por não
possuírem condições de comprar um terreno em um local seguro.

Figura 02 - Deslizamentos como este em Mairiporã causaram 20 mortes na região no ano passado.

Fonte: Cotidiano, Uol, 2017.

1.2 ESCASSEZ HABITACIONAL NO BRASIL

Falar em habitação de interesse social não é apenas limitar-se a um


determinado modelo de estrutura, ou seja, deve-se pensar no que está inserido ao
redor da edificação, dando a oportunidade de criar ideias diferentes e que possam
ser interligadas com o seu entorno.

Hiller (2010, p. 05), argumenta que “segundo dados da Fundação João


Pinheiro em parceria com o Ministério das Cidades, o déficit habitacional brasileiro
alcançou em 2010 o número de 6,490 milhões de moradias”.

Levando em consideração o que foi citado pelo autor abaixo, a habitação


de interesse social necessita de uma qualidade de vida para os moradores. Por isso,
essa classe menos favorecida precisa de um apoio dos governantes para que
possam viver de uma forma digna e segura.

A maior parte do déficit habitacional brasileiro é provocada por famílias com


um grande comprometimento da renda com o pagamento de aluguel (3,27
milhões) e pela coabitação – famílias dividindo o mesmo teto (3,22 milhões)
[...] (BOAS; CONCEIÇÃO, 2018, n.p.).
22

Figura 03 – Déficit habitacional por componente, por região – percentual do déficit total (2010).

Fonte: Casa Vogue, 2018.

Na Figura 04, é falado novamente sobre os problemas em que as favelas


vêm enfrentando, inclusive a falta de saneamento básico, coleta de lixo
corretamente, segurança e o risco em que essas pessoas enfrentam diante de todas
essas situações.

Figura 04 – Os dados também confirmam que há problemas nos programas de saneamento e de


urbanização de favelas.

Fonte: Rede Brasil atual, 2019.


23

1.3 LEIS FEDERAIS DE MORADIA


1.3.1 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

O autor abaixo fala sobre o presente documento que foi produzido pela
Assembléia Nacional Constituinte, sendo destinado para os direitos sociais do povo
brasileiro, ou seja, são direitos bem escritos e analisados antes de serem
publicados, para que os brasileiros possam se assegurar nos seus direitos
adquiridos.

[...] No dia 5 de outubro era promulgada a Constituição Federal [...] também


conhecida como a Constituição Cidadã, ela foi à sétima na história do Brasil
desde que ele passou pela independência, e foi elaborada por 558
constituintes durante um período de 20 meses [...] considerada como a mais
completa dentre todas as já existentes [...] ela possui 245 artigos que se
divide em nove títulos (JÚNIOR, 2016, n.p.).

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, é uma lei


bastante completa, trazendo benefícios e garantindo os direitos para a população
brasileira, dando dignidade a uma moradia segura.

1.3.2 DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS – ONU

De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos em seu


Artigo 25°, parágrafo 1°, indica que:

Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar-lhe,


e a sua família saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário,
habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito
à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou
outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de
seu controle (DECLARAÇÃO..., 2009, p. 25).

Este documento nos dá o poder de igualdade por meio de direitos sociais


e ser um país democrático. A Declaração Universal dos Direitos Humanos – ONU,
escreveu 30 artigos na carta, assegurando os direitos de uma forma geral.

Ribeiro (2019, n.p.), argumenta que “[...] o documento define os direitos


básicos do ser humano [...]”.

Hoje em dia, o mundo encontra-se bastante violento e cercado por coisas


em que o próprio homem é responsável, mas, sobretudo, isso não impede que uma
boa parte da população possa discutir os direitos humanos e entender o que cada
um necessita.
24

Betoni (2019, n.p.), argumenta que: “[...] no Brasil há uma porção de


organizações que se articulam em torno da defesa e promoção dos direitos
humanos [...]”.

A legislação brasileira sobre o direito a moradia foi criada para que todos
os cidadãos brasileiros pudessem ter um lar acessível e digno, mas, o grande
problema é a falta de atenção de como essas pessoas são tratadas pela ausência
de políticas públicas, tendo o interesse voltado para a individualidade, esquecendo
os menos favorecidos e prejudicando quem mais necessita.
25

2 ESTUDOS DE CASO
2.1 HABITAÇÃO SOCIAL WIRTON LIRA
2.1.1 DESCRIÇÃO DO PROJETO

Nesse capítulo serão abordados assuntos sobre estudos de caso, foram


escolhidos três projetos para estudá-los e servir como base para o projeto da
comunidade.

Segundo Pereira (2019), o conjunto habitacional social Wirton Lira, foi


projetado pelo escritório Jirau Arquitetura, no ano de 2012, onde está localizado na
cidade de Caruaru – PE e com total de 1.300 unidades habitacionais.

Levando em consideração o ponto crucial do autor citado abaixo, a


implantação de áreas verdes em qualquer projeto é bastante importante, pois trazem
um conforto melhor para os projetos realizados.

Áreas verdes e áreas para equipamentos comunitários foram reservadas


segundo as exigências da legislação local, sendo que grande parte dessas
áreas verdes já serão entregues executadas pelos empreendedores,
quando o mais comum nesses casos é repassar para o poder público essas
áreas para que num futuro as mesmas sejam equipadas (LUCIMARA;
LARANJEIRA, 2012, n.p.).

O objetivo principal do conjunto habitacional foi à criação de habitações


que fugisse das repetições, que sempre ocorre nos projetos habitacionais, ou seja,
dando a oportunidade para que os moradores pudessem ter uma residência
moderna assim como são as casas modernas fora do conjunto habitacional,
trazendo a modernidade e diferenciação para esse tipo de projeto. Foi necessário
adaptar todas as residências ao terreno.

Na Figura 05, pode-se observar a residência unifamiliar do conjunto


habitacional social Wirton Lira, trazendo a modernidade e sofisticação da arquitetura
para esse tipo de projeto, foi priorizado a economia da construção para todas as
residências, mas não saindo do padrão moderno das casas.
26

Figura 05 – Fachada principal.

Fonte: Archdaily, 2019.

Nas Figuras 06 e 07, onde mostra a finalização das residências do


conjunto habitacional, pode-se observar que as residências estão niveladas, apesar
de que o terreno possui uma topografia acentuada, ou seja, todas as residências
foram adaptadas para que ficassem niveladas corretamente com o terreno, sem
nenhuma dificuldade.

Figura 06 – Finalização da construção das residências.

Fonte: Archdaily, 2019.


27

Figura 07 – Residências do conjunto habitacional social Wirton Lira.

Fonte: Archdaily, 2019.

A planta baixa da Figura 08, possui: A- varanda; B- área de serviço; C-


cozinha; D- sala de estar; E- sala de jantar; F- quarto; G- suíte e H- banheiro social.
Visualmente a divisão dos cômodos encontra-se interligados entre si, mas ao ser
analisado minuciosamente, a uma pequena dificuldade no quarto de solteiro com a
distância para o banheiro social, onde o ideal seria que o banheiro fosse ao lado do
quarto. Quanto às demais repartições, estão em perfeita ligação.

Figura 08 – Planta baixa com dois quartos.

Fonte: Archdaily, 2019. (Adaptado pela autora)


28

Na planta baixa da Figura 9, possui os mesmos cômodos da planta baixa


da Figura 09: A- varanda; B- sala de estar; C- sala de jantar; D- cozinha; E- área de
serviço; F- quarto 1; G- quarto 2 e H- banheiro social, sendo que, houve uma
redução da área de serviço, ela foi transferida para a parte externa, não possui
quarto com banheiro, ficando um banheiro social para a casa toda. Nessa planta
baixa pode ser observado que há um problema, onde a área de serviço que se
encontrava na parte interna da casa, passou a funcionar na parte externa, local
inapropriado para os devidos serviços de uma casa em tempo de chuva, mesmo
possuindo uma cobertura. O banheiro passou a ficar próximo dos dois quartos, aos
demais cômodos da casa, ficaram interligados entre si.

Figura 9 – Planta baixa com dois quartos.

Fonte: Archdaily, 2019. (Adaptado pela autora)

Na planta baixa 3 da Figura 10, possui: A- varanda; B- sala de estar; C-


sala de jantar; D- área de serviço; E- cozinha; F- quarto 1; G- quarto 2; H- banheiro
social e I- suíte. Nesta planta baixa, observa-se que a sua funcionalidade quanto aos
cômodos está bem organizada, facilitando a locomoção dos futuros moradores.
29

Figura 10 – Planta baixa com três quartos.

Fonte: Archdaily, 2019. (Adaptado pela autora)

2.2 HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL SUSTENTÁVEL


2.2.1 DESCRIÇÃO DO PROJETO

Segundo Delaqua (2013), o conjunto de habitação de interesse social


sustentável, foi projetado pelo escritório 24.7 Arquitetura Design, no ano de 2010 e
está localizado na cidade de São Paulo – SP.

O projeto possui características em que o torna sustentável, ainda dando


a oportunidade aos futuros moradores de ter o poder de modificar a sua residência
de acordo com o seu desejo, esse é um detalhe importante em que todos os
projetos deveriam oferecer aos seus moradores.

As unidades habitacionais do projeto possuem um único padrão em cada


bloco, o seu objetivo levou a um projeto final com qualidade e que fosse sustentável,
essas residências não trazem as repetições de outras casas em outros projetos
como o de habitação de interesse social, deixando de lado a simplicidade para trazer
a sofisticação aos moradores.

Na Figura 11, é possível observar os usos de cada unidade habitacional,


em que é desenvolvida toda a evolução da residência até a sua identidade original
para a conclusão do projeto. O primeiro ponto é determinado pelos dormitórios, em
30

seguida do sanitário, cozinha, lavanderia, sala de estar, sala de jantar, com detalhes
de aberturas e acabamentos.

Figura 11 – Diagrama de usos.

Fonte: Archdaily, 2010.

Nas Figuras 12 e 13, as suas fachadas encontram-se direcionadas para a


rua em que está dentro do conjunto habitacional. As fachadas das residências dão
um conforto térmico e também melhorando com a presença das vegetações, todas
as residências possuem a oportunidade de que cada usuário possa vim a modificar
a sua forma frontal.

Figura 12 – Fachada principal 1.

Fonte: Archdaily, 2010.


31

Figura 13 – Fachada principal 2.

Fonte: Archdaily, 2010.

Nas Figuras 14, 15 e 16, é nítido em que a vegetação se faz presente no


projeto, tanto que o telhado verde foi levado para as residências, dando assim um
conforto melhor para a parte interna das casas.

Figura 14 – Planta baixa de coberta.

Fonte: Archdaily, 2010.


32

Figura 15 – Implantação das unidades habitacionais.

Fonte: Archdaily, 2010.


Figura 16 – Unidades habitacionais.

Fonte: Archdaily, 2010.

Nas Figuras 17 e 18, a parte interna das residências é bem privilegiada,


pois possuem aberturas como janelas, para que a luz solar possa entrar nas casas,
economizando energia elétrica.
33

Figura 17 – Sala de jantar e cozinha.

Fonte: Archdaily, 2010.


Figura 18 – Sala de estar.

Fonte: Archdaily, 2010.

Nas Figuras 19 e 20, é identificado dois tipos de plantas baixas. A de 2


dormitórios, podendo chegar até 4 pessoas, com acessibilidade e 53,10 m². A de 3
dormitórios, podendo chegar a 6 pessoas, com acessibilidade e 61,65 m². Nas duas
plantas baixas a distribuição dos ambientes é bem organizada, onde a única
modificação é a diminuição do jardim e a divisão de outro quarto que pode ser
observada.
34

Figura 19 – Planta baixa de 2 quartos.

Fonte: Archdaily, 2010. (Adaptado pela autora)


Figura 20 – Planta baixa de 3 quartos.

Fonte: Archdaily, 2010. (Adaptado pela autora)

2.3 HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL COLETIVA


2.3.1 DESCRIÇÃO DO PROJETO

Segundo Alda (2014), o conjunto de habitação de interesse social


coletiva, foi projetado pelo arquiteto Suárez Corchete, no ano de 2012, onde está
localizado na cidade de El Saucejo – Espanha e com total de 20 unidades
habitacionais.
35

O projeto tem como objetivo transmitir a simplicidade através de uma


unidade habitacional de planta baixa térrea e planta baixa de primeiro pavimento,
onde a sua fachada dá impressão de que as residências formam uma única
edificação, mas na verdade são 20 unidades habitacionais, 10 em baixo e 10 em
cima. Também tem como objetivo economia na construção do projeto.

Nas Figuras 21 e 22, as unidades habitacionais estão inseridas em um


lugar privilegiado, lugar esse onde a vegetação se encontra ao redor das unidades
habitacionais, dando assim um melhor conforto para todas as residências e
ajudando na diminuição da radiação solar e no calor interno delas.

Figura 21 – Implantação das unidades habitacionais.

Fonte: Archdaily, 2012.


Figura 22 – Fachada frontal.

Fonte: Archdaily, 2012.


36

Nas Figuras 23 e 24, é identificada toda a divisão dos cômodos da planta


baixa tipo, sendo: A- sala de estar e sala de jantar; B- cozinha; C- banheiro social 1;
D- quarto 1; E- quarto 2; F- quarto 3 e G- banheiro social 2. Todos os cômodos estão
bem interligados entre si.

Figura 23 – Planta baixa tipo.

Fonte: Archdaily, 2012. (Adaptado pela autora)


Figura 24 – Planta baixa tipo – primeiro pavimento.

Fonte: Archdaily, 2012. (Adaptado pela autora)


37

Os três estudos de casos realizados como referência para o presente


trabalho, foi bastante importante, pois trouxeram ideias relevantes como: conforto
térmico, setorização correta dos cômodos, inovação nos projetos e vegetação.

Pode-se concluir que as tipologias dos projetos de estudos de caso


apresentados foram enriquecedoras para experiência do trabalho a ser realizado. O
primeiro estudo de caso trouxe como contribuição, a inovação nas fachadas das
residências, pois sempre é visto nos projetos que são exatamente iguais, ou seja,
um telhado simples com duas águas. O segundo estudo de caso enriqueceu ainda
por se tratar de residências sustentáveis, falando sobre a importância de projetar
pensando no meio ambiente e a melhoria do conforto para os usuários. Finalizando
a ideia de seguir características dos estudos de caso, o terceiro foi essencial, sendo
que, por fora é bastante simples e por dentro é a parte principal do projeto, como já
foi mencionado que é a divisão dos cômodos.
38

3 LOCALIZAÇÃO DAS ÁREAS DE ESTUDO


3.1 LOCALIZAÇÃO DA COMUNIDADE DO ALTO DO CENTO E VINTE

Neste capítulo os assuntos abordados serão sobre a localização da


comunidade e do terreno a ser realizado o projeto, os pontos de interesse dos dois
locais, a distância entre ambos e também será falado do conforto ambiental em que
o loteamento será inserido.

A comunidade do Alto do Cento e Vinte, está situada em uma das vias


principais da cidade e próximo a Avenida Firmino Maia, a sua localização está
inserida no município de Viçosa, no estado de Alagoas.

A cidade de Viçosa – Alagoas, possuí cidades próximas como: Chã Preta


(14 km), Pindoba (14 km), Paulo Jacinto (19 km), Mar Vermelho (19 km), Santana do
Mundaú (21 km), Maribondo (25 km) e Quebrangulo (26 km).

Mapa 01 – Município de Viçosa no estado de Alagoas.

Município de
Viçosa – AL.

Fonte: Guia geográfico Alagoas, 2020.


39

No mapa 02, pode-se observar a pequena distância entre o terreno do


projeto e a comunidade, onde calcula-se em torno de dois minutos de distância de
um para o outro. Foi priorizado primeiro a questão de um terreno próximo a
comunidade, melhorando ainda mais o deslocamento dos moradores da
comunidade.

Ao ser construído o loteamento com as casas, as residências do Alto do


Cento e Vinte serão demolidas, para que os moradores não possam voltar para a
comunidade.

Mapa 02 – Distância entre os dois lugares, terreno em vermelho e comunidade em amarelo.

Fonte: Google Maps, 2020. (Adaptado pela autora)

3.1.1 PONTOS DE INTERESSE PRÓXIMO A COMUNIDADE

Próximo à comunidade do Alto do Cento e Vinte, existem diversos pontos


de interesse, nos quais são: GRUPEQUI – UFAL, Posto Br Viçosa Júnior Tenório,
Primeira Igreja Batista em Viçosa, Posto Petrobrás, Ponto Auto, Restaurante Nossa
Senhora de Fátima, UPA de Viçosa – Unidade de Pronto Atendimento, Mercado
Pago Abeteo, Oficina Motoshow e Atacadão Ferragens, ver mapa 03.
40

Mapa 03 – Mapeamento dos pontos de interesse.

LEGENDA:

Fonte: Google Maps, 2020. (Adaptado pela autora)

O mapeamento dos pontos de interesse foi fundamental para a


identificação de locais próximos a comunidade que é proveitosa para os moradores,
por exemplo: estabelecimentos, universidade, postos de gasolina, igreja, restaurante
e UPA. Sendo uteis para qualquer cidadão e importantes atualmente para essas
pessoas, desfrutando de suas necessidades com mais facilidade e não longe de
suas residências.
41

3.2 LOCALIZAÇÃO DO TERRENO DO PROJETO

O terreno do projeto, encontra-se próximo a comunidade do Alto do Cento


e Vinte e da Avenida Firmino Maia, localizado no município de Viçosa – AL. Possuí
área de 14.204,71 m². É um terreno de bastante tráfego de automóveis e de
pedestres.

Mapa 04 – Delimitação do terreno do projeto.

AVENIDA FIRMINO MAIA

Fonte: Google Maps, 2020. (Adaptado pela autora)

Servindo-se como base no presente trabalho será utilizado o Código de


Urbanismo e Edificações da cidade de Maceió – AL, pois não existe o Código de
Edificações na cidade de Viçosa – AL, para obter as informações que serão
aplicadas no projeto.

De acordo com o Código de Urbanismo e Edificações do município de


Maceió (2007) o terreno do projeto está inserido na Zona Especial de Preservação
Cultural 1 (ZEP-1 - Centro), no Setor de Preservação Rigorosa 1 (SPR-1), no que
concerne a:
42

Art. 51. A Zona Especial de Preservação 1 (ZEP-1 Jaraguá) é constituída


pelos seguintes setores:
I – Setor de Preservação Rigorosa 1 (SPR-1), constituído pelo núcleo do
bairro de Jaraguá, que mantém a morfologia urbana e a tipologia das
edificações de interesse histórico e arquitetônico, sujeitas à preservação,
com as seguintes diretrizes:
a) Verticalização baixa, até 3 (três) pavimentos, compatível com a
preservação do patrimônio cultural;
b) Exercício de atividades de comércio, de serviços e industriais, até o
grupo III, compatíveis com a preservação do patrimônio cultural;
c) Estimulo à implantação do uso residencial. (Maceió, 2007, p. 25)

No Mapa 05, o terreno do projeto está localizado na ZEP-1 de acordo com


o Plano Diretor de Viçosa, na falta do Código de Edificações do município foi
necessário seguir as diretrizes do Código de Edificações de Maceió.

Mapa 05 – Zonas Especiais de Preservação, ZEP-1 Centro.

Terreno do
projeto.

Fonte: Plano Diretor Participativo de Viçosa – AL, 2006. (Adaptado pela autora)
43

Através do Código de Edificações de Maceió que está sendo seguido


como referência, foi utilizado a ZEP-1. Os seus parâmetros urbanísticos são:

Figura 25 – Parâmetros Urbanísticos por Zona e Corredor Urbano – Jaraguá.

Fonte: Código de Urbanismo e Edificações de Maceió, 2007.

O loteamento, se enquadra no uso UR-1, possuí 7.000 m² de área


construída e 3.270,01 m² de área de coberta, sendo 49,27% de taxa de ocupação,
não ultrapassando os 90% permitido para construir. O projeto teve como interesse a
construção de casas térreas, ou seja, não utilizou a altura máxima de dois
pavimentos. O coeficiente de aproveitamento do terreno é de 1,59 dentro do
permitido que é de 2, os seus recuos não são obrigatórios, mas, por questão de
conforto térmico das residências, foi utilizado os recuos de 2,00 m para o terreno, e
1,50 m de laterais e fundo e 3,00 m de frente para as casas.

As vagas de estacionamento estão isentas, mas por comodidade para os


moradores, achou-se necessário a implantação de 30 vagas, por algumas possuirem
carros e também para os visitantes. As circulações ao estacionamento foram
pensadas para melhor circulação dos automóveis e não ocorrer o enclausuramento.

Na Figura 26, a insolação solar e a ventilação do terreno, foram pensadas


de acordo com o zoneamento, partido arquitetônico e os elementos construtivos. O
seu entorno é pouco habitado, mas, possuem poucas casas próximo, como também
prédios de serviços públicos, a rua tem pouco fluxo de carro e de pedestre é
constante. Não existe barreiras, o terreno é totalmente plano, mas devido a não
utilização, o mesmo encontra-se sem cuidados.
44

Figura 26 – Conforto ambiental.

Fonte: Google Maps, 2020. (Adaptado pela autora)

A entrada para o terreno encontra-se no Sul, parte dos lotes está no


nascente e os demais no poente, os que não estão recebendo ventilação, possuirão
tratamentos construtivos para que possuam um conforto térmico adequado.

3.2.1 PONTOS DE INTERESSE PRÓXIMO AO TERRENO DO PROJETO


45

Mapa 06 – Mapeamento dos pontos de interesse.

LEGENDA:

Fonte: Google Maps, 2020. (Adaptado pela autora)

Os pontos de interesse identificados no mapeamento foram de grande


importância para identificar os pontos principais em que a comunidade usufrui, pois
foram destacados os mais próximos do terreno, são eles: estabelecimentos,
supermercados, Banco do Brasil, lanchonetes, restaurantes, postos de gasolinas,
farmácia, CISP e GPM. Também é próximo a comunidade do Alto do Cento e Vinte.
46

4 PROPOSTA PROJETUAL
4.1 A COMUNIDADE DO ALTO DO CENTO E VINTE
4.1.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

Nesse capítulo, será a parte em que o projeto começará a brotar, que é o


conceito, finalidade arquitetônica inserida na proposta e volumetria, chegando ao
resultado final de tudo.

Viçosa é um município brasileiro, localizada há 86 quilômetros de Maceió,


que é a capital alagoana. No Plano Diretor do município de Viçosa – AL, é falado no
artigo 29 sobre a criação de Zonas de Especial Interesse Social – ZEIS. Onde as
áreas públicas ou privadas são destinadas para as pessoas que residem em áreas
irregulares e de riscos. É notório que a lei não está sendo cumprida para a
comunidade do Alto do Cento e Vinte.

Atualmente a comunidade do Alto do Cento e Vinte, contém 30


residências e com o total de 127 pessoas, na qual todos estão em uma área que é
tratada como uma área de risco no Plano Diretor do município. Sendo que, a
comunidade não obteve um relatório da defesa civil, apesar de ainda não ter
ocorrido nenhum desastre. As informações só chegam após tempos chuvosos, o
que não é o tipo de serviço adequado a se realizar, pois, deve ser feito uma análise
do local antes das possíveis chuvas, e após o serviço realizado, as famílias terem o
direito de serem informadas sobre o risco da área, serviço esse que nunca foi
efetuado na comunidade do Alto do Cento e Vinte

Abaixo, será retratado os problemas que foram encontrados na


comunidade do Alto do Cento e Vinte. Mostrando através de fotos e comentários,
para que o leitor possa entender melhor a situação atual em que a comunidade e os
moradores enfrentam.
47

Tabela 01 – Diagnóstico de problemas.

Entrada para a comunidade do Alto do


Cento e Vinte, onde se encontra em
frente a uma das vias principais do
centro da cidade.

Ruas estreitas e ocupação indevida do


espaço com a construção de escadas.

Casas em encostas condenadas pela


defesa civil e perigo de morte.
48

Falta de saneamento básico e coleta de


lixo adequada.

Além das ruas serem estreitas,


possuem escadas inadequadas para
obter acesso as demais residências da
comunidade.

Não possuí acesso adequado para a


residência da foto, em tempos de
chuvas o acesso a casa fica bastante
difícil.
49

Residências desocupadas e utilizadas


para usos inapropriados dentro da
comunidade.

Fonte: Acervo pessoal, Santos, 2019.

Diante desse cenário e de cenas críticas, os moradores da comunidade


enfrentam esses problemas há bastante tempo, não possuem uma moradia digna,
saneamento básico e a acessibilidade não existe. As ruas são estreitas, dificultando
a passagem de automóveis, apesar de que alguns possuem carros, mas moram nas
primeiras casas. As escadas de acesso não estão de acordo com a NBR 9050. Lixos
não são recolhidos pelos responsáveis, gerando um acumulo de entulhos que
podem gerar um mal a saúde dessas pessoas. Algumas casas estão em um
barranco, sendo mais perigoso para quem habita nessas residências. São sérias
questões que leva a pensar na realocação de todos para um local digno e seguro.

4.2 PLANO DIRETOR DE VIÇOSA – AL

Esse tópico é importante para destacar que o Plano Diretor de uma


cidade pode constituir um instrumento de política urbana, onde possa oferecer a
oportunidade para a construção de uma cidade nova e igualitária.

É preciso compreender o que é falado no Plano Diretor, pois é necessário


um estudo das leis e observando se estão sendo cumpridas, em que muitas das
vezes nada sai e não é colocado em prática, e os mais prejudicados são a
população que mais precisa da aplicação das leis do Plano Diretor.

O Plano Diretor Participativo de Viçosa é o principal instrumento da política


de desenvolvimento e ordenamento da expansão urbana municipal, com a
50

finalidade precípua de orientar a atuação da administração pública e a


iniciativa privada [...]. (TAVARES et al. 2006, p. 5).

Associado a esse sistema retratado no Art. 2° do PD de Viçosa, o que se


fala é sobre a inclusão social da população em decisões que futuramente irão ser
resolvidas juntamente com todos reunidos, tendo também o papel da moradia digna
para todos e um atendimento adequado para os moradores do município.

No Plano Diretor Participativo de Viçosa / AL, Lei n° 740/2006, capítulo IV,


na seção I, que trata da política habitacional, em seu Art. 16, que fala sobre “Os
objetivos e diretrizes gerais para a política habitacional no município”, é retratado
que:

I – “Enfrentar o problema habitacional com estratégias de democratização de acesso


a terra e a moradia digna, reduzindo o déficit habitacional quantitativo e qualitativo e
melhorando as condições de habitabilidade, preservação ambiental e inclusão
social”;

II – “Estruturar e equipar adequadamente órgãos públicos envolvidos com a


questão”;

III – “Promover a qualificação técnica da equipe da prefeitura e a articulação


interinstitucional entre os órgãos das diversas esferas (municipal, estadual e
federal)”;

IV – “Criar um setor específico de Habitação de Interesse Social no Núcleo de


Planejamento Urbano”;

V – “Elaborar a Política Habitacional de Interesse Social de forma participativa,


estabelecendo as diretrizes de atuação do poder público, projetos e programas
prioritários de forma a evitar as relações clientelistas e paternalistas entre poder
público e população”;

VI – “Elaborar o cadastro municipal, sistematizado e criterioso, com informação das


favelas e assentamentos precários com mapeamento”;

VII – “Criar Conselho Municipal de Habitação e Interesse Social em Viçosa”;

VIII – “Elaborar projetos e programas para captação de recursos (parcerias e


convênios)”;
51

IX – “Implementar programas de oferta habitacional acessível à população de baixa


renda, com ou sem subsidio, a exemplo de mutirão”;

X – “Promover programas de regularização fundiária”;

XI – “Estimular o associativismo e cooperativismo entre as comunidades”;

XII – “Integrar a Política Habitacional aos programas de geração de trabalho e renda,


saneamento ambiental e regularização urbanística e fundiária”;

XIII – “Criar o Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social de Viçosa”.

Não basta só apontar os problemas na cidade ou em um determinado


bairro ou comunidade, é importante que exista uma fiscalização adequada para que
sejam investigados se a lei realmente está cumprindo o seu papel.

Ao ser analisado com cautela o PD de Viçosa, fez-se necessário somente


as partes de interesse voltado para a habitação de interesse social em que deveria
ser aplicado no caso da comunidade do Alto do Cento e Vinte, pelos órgãos
competentes.

4.3 CONCEITO

O conceito escolhido para este projeto de habitação de interesse social da


comunidade do Alto do Cento e Vinte foi o de “Igualdade”. Procurando buscar a
igualdade de uma forma geral, onde os moradores encontrarão todos os seus
direitos igualitários e de forma respeitosa pelo cumprimento da lei.

A igualdade de oportunidades, independentemente dos meios de fortuna e


da posição social, é cada vez mais um mito, designadamente em sectores
como a saúde, a habitação e o ensino, onde tudo se degrada a um ritmo
alucinante (CARNEIRO, 1978, n.p.).

A intenção é chamar a atenção dos moradores para que possam sempre


entender do que se trata a igualdade, diante de suas situações vividas a cada dia,
pois todos merecem viver de forma igual e justa, onde as leis possam ser aplicadas
corretamente.

O projeto criado a partir desse conceito, foi importante para todos os


moradores da comunidade, ou seja, tendo moradias dignas para se viver.

Um lugar onde os moradores possam viver de uma forma digna e ter o


seu lazer dentro de suas residências. Por se tratar de um projeto de HIS, o mesmo
52

irá trazer ideias diferentes para a construção das residências de forma adequada e
confortável para cada família.

A estética do projeto de HIS terá como base de referência os estudos de


caso realizados neste trabalho. Ao serem transferidos para o novo terreno em que
irá trazer comodidade, todos deverão se sentir em casa, para que esse novo lar
possa trazer uma vida digna e segura para todos eles.

Ao ser implantado esse tipo de projeto no novo terreno, os moradores


poderão também contar com os serviços próximos de suas residências e tendo uma
melhor locomoção.

Tendo como base o conceito e levando para o partido arquitetônico, foi


necessário analisar as condições habitáveis de pessoas que moram em situações
de risco e da comunidade em que está sendo realizado o projeto. Trazendo o
conforto e estética para todas as residências.

4.4 PARTIDO ARQUITETÔNICO

Após a elaboração do fluxograma e programa de necessidades do


loteamento, foi importante para a realização do partido arquitetônico. A ideia das
residências é chamar a atenção dos moradores e do público de uma forma prudente
e transmitindo paz e segurança. Com isso, foi determinado que o projeto seguisse a
arquitetura moderna, voltada para as casas, sendo o principal destaque, tendo um
toque moderno e simples.

Destacando então os seguintes materiais que serão utilizados no projeto:


madeira, vidro e pedra.

Nas Figuras 27 e 28 será mostrado o estudo da forma da residência de


dois quartos:
53

Figura 27 – Fachada norte e fachada oeste (Dois quartos).

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.


Figura 28 – Fachada sul e fachada leste (Dois quartos).

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.


54

Nas Figuras 29 e 30 abaixo será mostrado o estudo da forma da


residência de dois quartos:

Figura 29 – Fachada norte e fachada oeste (Três quartos).

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.


Figura 30 – Fachada sul e fachada leste (Três quartos).

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

O zoneamento do terreno da proposta para o projeto de HIS, foi definido


de acordo com o novo espaço destinado para as 37 famílias da comunidade do Alto
55

do Cento e Vinte. As residências foram projetadas de acordo com o espaço do


terreno, pois não possui as laterais retas, tornando ainda mais difícil a definição do
tamanho de cada residência, de acordo com as necessidades de cada família.

Com o objetivo de utilizar um terreno próximo da comunidade e projeto de


casas térreas, foram dividos por partes os usos no loteamento, como: quatro blocos
para as residências, playground e estacionamento.

Mapa 07 – Mapa de zoneamento da proposta de HIS.

LEGENDA:

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.


56

Mas, como o conceito de igualdade se aplica nesse projeto e nas


residências? Aplica-se em que os moradores da comunidade possam ter uma
qualidade de vida melhor da que está atualmente, já nas novas habitações e quanto
a estética, foi pensado no conforto e uma imagem de boa aparência nas suas
fachadas, dando a oportunidade de que os lares tenham um toque moderno, onde
foi mostrado nos estudos de formas das casas de dois e três quartos.

Foi necessário realizar o cálculo de insolação e ventilação das duas


plantas baixas tipo, a de 2 e 3 quartos, para melhorar todo o conforto nos ambientes.

Nas tabelas 02 e 03, após as plantas baixas de dois e três quartos


estarem prontas, foi realizada uma verificação para conferir se os ambientes
estavam de acordo com a porcentagem mínima exigida, chegando a um resultado
satisfatório, garantindo o conforto de cada comôdo.

Tabela 02 – Estudo de insolação e ventilação, planta baixa de 2 quartos.

CÁLCULO DE INSOLAÇÃO E VENTILAÇÃO – PLANTA BAIXA DE 2 QUARTOS


AMBIENTE ÁREA PERCENTUAL ÁREA MÍNIMA ÁREA UTILIZADA
MÍNIMO PARA PARA PARA ATENDER
ATENDER A A INSOLAÇÃO
INSOLAÇÃO INSOLAÇÃO
Sala 9,94 m² 15% 1,49 m² 1,65 m²
Quarto 11,80 m² 15% 1,77 m² 2,24 m²
Suíte 14,15 m² 15% 2,12 m² 2,24 m²
Cozinha 6,30 m² 10% 0,63 m² 1,65 m²
Área de serviço 4,87 m² 10% 0,48 m² -
Banheiro social 3,96 m² 5% 0,19 m² 0,31 m²
Banheiro suíte 3,96 m² 5% 0,19 m² 0,31 m²
Total 54,98 m² 75% 6,87 m² 8,40 m²
Fonte: Elaborado pela autora, 2020.
Tabela 03 – Estudo de insolação e ventilação, planta baixa de 3 quartos.

CÁLCULO DE INSOLAÇÃO E VENTILAÇÃO – PLANTA BAIXA DE 2 QUARTOS


AMBIENTE ÁREA PERCENTUAL ÁREA MÍNIMA ÁREA UTILIZADA
MÍNIMO PARA PARA PARA ATENDER
ATENDER A A INSOLAÇÃO
INSOLAÇÃO INSOLAÇÃO
57

Sala 11,05 m² 15% 1,65 m² 1,65 m²


Quarto 1 10,50 m² 15% 1,57 m² 1,65 m²
Quarto 2 10,50 m² 15% 1,57 m² 1,65 m²
Suíte 12,90 m² 15% 1,93 m² 2,24 m²
Cozinha 7,59 m² 10% 0,75 m² 1,65 m²
Área de serviço 8,12 m² 10% 0,81 m² -
Banheiro social 4,50 m² 5% 0,22 m² 0,31 m²
Banheiro suíte 4,50 m² 5% 0,22 m² 0,31 m²
Total 69,66 m² 90% 8,72 m² 9,46 m²
Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

4.5 PROGRAMA DE NECESSIDADES

O programa de necessidades desse projeto foi planejado de acordo com


a realidade atual da comunidade. No terreno plano não há nenhuma estrutura pré-
existente que possa reaproveitar.

Tendo em vista da grande quantidade de pessoas em algumas


residências, foi necessário fazer a separação destas famílias para que os modelos
das plantas baixas fossem construídos de acordo com o que a Portaria 660/2018 do
Ministério das Cidades requer para o mínimo das residências, que é de 36 m².
Nesse projeto de HIS irá passar da quantidade mínima que é permitida e dentro dos
padrões necessários em que a Lei permite. Nas três tabelas 04, 05 3 06 é mostrado:

Tabela 04 – Programa de necessidades dos lotes.

ÁREAS DOS LOTES


AMBIENTE QUANTIDADE ÁREA
Bloco A 8 1.659,14 m²
Bloco B 7 1.459,14 m²
Bloco C 11 1.819,14 m²
Bloco D 11 1.819,14 m²
Total 37 6.756,56 m²
Fonte: Elaborado pela autora, 2020.
58

Tabela 05 – Programa de necessidades de dois quartos.

ÁREAS DOS LOTES DE DOIS QUARTOS


AMBIENTE QUANTIDADE ÁREA
Quarto 1 11,80 m²
Suíte 1 18,11 m²
WCB social 1 3,96 m²
Área de serviço 1 4,87 m²
Cozinha 1 6,30 m²
Sala de jantar 1 7,67 m²
Sala de estar 1 9,94 m²
Total 7 62,65 m²
Fonte: Elaborado pela autora, 2020.
Tabela 06 – Programa de necessidade de três quartos.

ÁREAS DOS LOTES DE TRÊS QUARTOS


AMBIENTE QUANTIDADE ÁREA
Quarto 1 1 10,50 m²
Quarto 2 1 10,50 m²
Suíte 1 17,40 m²
WCB social 1 4,50 m²
Área de serviço 1 8,12 m²
Cozinha 1 7,59 m²
Sala de jantar 1 11,05 m²
Sala de estar 1 11,05 m²
Total 8 80,71 m²
Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

O playground irá se conectar com a comunidade, pois ele será implantado


próximo das residências, para que enquanto as crianças estejam brincando e se
divertindo, os seus pais estejam conversando com seus vizinhos. Com essa
integração o projeto de HIS se fortalecerá, pois, esses aspectos fazem com que
tenham um aproveitamento satisfatório quando são inseridos em quaisquer lugares.

No projeto serão instalados pontos de área verde, para melhor conforto


dos moradores. Também serão instaladas áreas institucionais que irá servir de apoio
59

para os moradores da comunidade. Sistema viário para melhor locomoção dentro do


terreno e residências com maior conforto e qualidade. Na tabela 07 é identificado:

Tabela 07 – Programa de necessidades das divisões do loteamento.

ÁREAS DAS DIVISÕES DO LOTEAMENTO


AMBIENTE QUANTIDADE ÁREA
Playground 1 292,16 m²
Área verde 1 1.412,81 m²
Cooperativa 1 595,39 m²
Sistema viário - 4.165,69 m²
Estacionamento 1 529,50 m²
Total 3 6.995,55 m²
Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

4.6 FLUXOGRAMA

O loteamento foi dividido em oito partes, são elas: uma única entrada
servindo para automóveis e moradores; estacionamento com 30 vagas para os
residentes e visitantes; playground para as crianças, onde poderão ter um momento
de lazer, descanso e diversão; quatro blocos foram destinados aos lotes, para
melhor divisão e conforto das residências, totalizando 37 lotes de dois e três quartos
e um lote reservado para a comunidade como uso de uma cooperativa.

Figura 31 – Fluxograma geral.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.


60

4.7 ELEMENTOS INSERIDOS NO PROJETO

Os materiais aplicados nas residências do loteamento possuem uma


ligação com o conceito, que é igualdade, tendo como objetivo um projeto diferente
dos demais que já foram realizados voltados para HIS.

Foi utilizado o tijolo cerâmico na estrutura, por ser o mais trabalhado;


platibanda com laje maciça e o telhado em telha colonial, aos arredores foi inserido
frisos de madeira. Na fachada principal foram aplicados a pedra e painel de madeira,
e no acesso das casas o vidro se fez presente como uma fonte de iluminação.

Outro fator importante para destacar é a utilização de duas esquadrias na


mesma abertura, ou seja, duas em uma. Com isso, os ambientes contendo essa
opção, irão ter um conforto melhor, pois será uma veneziana e uma janela toda de
vidro por trás, enquanto uma delas está aberta, a outra continua fechada, pois isso
ajuda na insolação e em tempos chuvosos, mas podendo também as duas janelas
ficarem abertas.

A ideia é que tudo explicado nos três parágrafos anteriormente, seja


chamada a atenção de todos e que possa transmitir a igualdade e direito em que
esses moradores possuem e mostrando que esse tipo de projeto pode ser feito
também com tipologias de casas modernas.

Na Figura 32, é mostrado a implantação de todo o loteamento, tendo um


bom aproveitamento de todo o espaço do terreno. Nos lotes vazios serão
construídos da mesma forma dos que estão ocupados abaixo.

Figura 32 – Implantação do loteamento.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.


61

Na Figura 33, a entrada e saída dos veículos foi separada do acesso com
os pedestres, deixando assim um maior controle para cada função. Outro detalhe na
fachada, é o nome dado ao mesmo, chamado de Loteamento Esperança, que
através do conceito de Igualdade, sempre haverá uma esperança para quem
necessita de uma moradia digna e de qualidade.

Figura 33 – Entrada e saída do loteamento.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

No estacionamento abaixo foi colocado 30 vagas para veículos, ficando


em frente a entrada e saída do loteamento, facilitando todo o acesso ao mesmo.

Figura 34 – Estacionamento.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.


62

Figura 35 – Área de circulação.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

Nas Figuras 36, 37 e 38, as áreas verdes são bem privilegiadas, uma por
ser ampla e outra por se encontrar na entrada do loteamento e nas calçadas dos
lotes também possuem árvores para melhorar o conforto das residências.

Figura 36 – Área verde e estacionamento.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.


63

Como é mostrado nas Figuras abaixo, uma das propostas para esse
projeto, foi a implantação de um playground, servindo-se como uma área de lazer
para os moradores.

Figura 37 – Playground, ângulo 1.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.


Figura 38 – Playground, ângulo 2.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.


64

Figura 39 – Área verde ampla.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

Nas duas Figuras 40 e 41, encontram-se duas entradas, tendo uma dos
blocos A e B, e outra para o C e D, separando-os para melhor divisão dos lotes e
circulação dos veículos e pedestres.

Figura 40 – Entrada dos blocos A e B.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.


65

Figura 41 – Entrada dos blocos C e D.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

No final dos blocos, possui um retorno para os veículos, chamado balão


de retorno.

Figura 42 – Retorno dos veículos.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.


66

Nas Figuras 43, 44, 45, 46, 47 e 48 é mostrado os materiais que foram
escolhidos para os projetos de residência de dois e três quartos.

Figura 43 – Fachada norte – residência de dois quartos.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.


Figura 44 – Fachada sul – residência de dois quartos.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.


67

Figura 45 – Fachada oeste – residência de dois quartos.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.


Figura 46 – Fachada leste – residência de dois quartos.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.


68

Figura 47 – Fachada norte – residência de três quartos.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.


Figura 48 – Fachada sul – residência de três quartos.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

Nas Figuras 49 e 50, possuem janelas venezianas duplas com vidro,


podendo uma estar fechada e a outra ficar aberta, e também com a presença do
69

vidro do piso até o teto, ajudando ainda mais esse conforto que a residência
necessita, que é a iluminação.

Figura 49 – Fachada oeste – residência de três quartos.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.


Figura 50 – Fachada leste – residência de três quartos.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

De acordo com as figuras apresentadas anteriormente e com os materiais


utilizados nas fachadas externas dos projetos, na parte interna será mostrado
soluções encontradas de acordo com cada residência, para melhor conforto
individual delas. A primeira é a utilização de vidro, dando um melhor suporte para a
70

iluminação interna da residência de dois quartos, onde não foi possível obter janelas
na fachada lateral direita.

Figura 51 – Residência de dois quartos.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

Outra solução adotada foi a implantação de um jardim de inverno ao lado


da sala de estar e sala de jantar, pois houve essa necessidade, por questão de
conforto e ventilação, melhorando a parte interna do ambiente onde não possui
janela.

Figura 52 – Sala de estar e sala de jantar, residência de dois quartos.

Fonte: Elaborado pela autora, 2020.


71

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização desse Trabalho Final de Graduação possibilitou a prática dos


conhecimentos que foram adquiridos em sala de aula durante todo o curso de
Arquitetura e Urbanismo, no Centro Universitário Tiradentes. Através de um projeto
de loteamento foi priorizado o conforto das residências para todas as famílias da
comunidade e dos espaços de lazer dentro do terreno.

O objetivo proposto para esse trabalho foi o estudo preliminar de um


conjunto habitacional da comunidade do Alto do Cento e Vinte, localizada no
município de Viçosa – Alagoas, sendo que foi priorizada a retirada dessas pessoas
para um terreno próximo e para que possam viver tranquilamente e com dignidade.

Através do diagnóstico realizado para esse trabalho e observando as


moradias precárias da comunidade, buscou-se projetar um ambiente confortável
para essas pessoas, onde poderão morar em um local seguro, com estrutura
adequada e infraestrutura de qualidade.

O tema foi escolhido diante do abandono de uma comunidade com


pessoas pobres, onde faltam infraestrutura e coleta de lixo corretamente, sendo
comprovado através de fotos mostradas do acervo pessoal nesse trabalho. Diante
dessa percepção foi realizado um projeto, buscando novas moradias melhores e a
inclusão dessas pessoas no meio urbano.

Além dessas problemáticas da comunidade, foi um desafio grande


trazendo uma gama de experiências e um olhar humano também, podendo enxergar
o que pessoas pobres sofrem quando não se tem um teto digno para morar ou
quando se tem, várias famílias habitam a mesma casa, esse último detalhe foi
priorizado no projeto, podendo dar um melhor conforto para todos ao separá-las,
onde cada uma terá a sua própria residência. Foi pensada também a participação de
desempregados na execução do projeto, dando uma oportunidade de emprego para
quem não tem.

Para concluir, esse projeto representa o descaso com essas pessoas


pobres, com moradias em situações de riscos, como é considerada a comunidade
do Alto do Cento e Vinte. Podendo demonstrar a importância da Arquitetura para o
melhoramento de situações como essas, trazendo conforto e praticidade.
72

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