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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - CAMPUS I

BACHARELADO EM URBANISMO

SUENE DOS SANTOS SANTANA

USO DA ENERGIA SOLAR EM UNIDADES HABITACIONAIS DO MINHA CASA


MINHA VIDA NO CONTEXTO BRASILEIRO/ANOS 2018 E 2019

Salvador - Bahia
2020
SUENE DOS SANTOS SANTANA

USO DA ENERGIA SOLAR EM UNIDADES HABITACIONAIS DO MINHA CASA


MINHA VIDA NO CONTEXTO BRASILEIRO/ ANOS 2018 E 2019

Trabalho Final de Curso apresentado à disciplina


Trabalho de Conclusão de Curso - TCC- da Graduação
em Urbanismo na Universidade do Estado da Bahia-
UNEB.
Orientação discente: Urbanista e Professora Liliane
Mariano.

Salvador - Bahia
2020
Dedico este trabalho à minha mãe Angelita Santana que incondicionalmente me apoiou ao
longo dos anos de graduação, o que me permitiu avançar cada etapa desse processo .
AGRADECIMENTOS

À minha mãe Angelita por me ajudar sempre em toda e qualquer situação.

Ao meu irmão e engenheiro Vitor Santana por sua ajuda e compreensão de minha
ausência em nosso projeto arquitetônico e de construção em dias de aula, estágio e trabalhos.

Aos meus colegas e coordenadores de estágio na SEDUR, SEINFRA e CONDER


pelo crédito e esforço que me permitiram mais desenvolvimento pessoal e profissional.

À amiga e contadora Deja Gomes que por meio desta nota terá mais um registro de
sua importância e gratidão pela ajuda e nossa amizade nesses nossos longos anos.

À amiga e enfermeira Irani Andrade pela presença mesmo na minha ausência, apoio e
incentivo quanto ao alcance de mais um degrau na minha qualificação.

Ao amigo e engenheiro Hosein Tanabi por sua dedicação junto a mim em pesquisas
de informações para a produção de um projeto relacionado a este tema de trabalho.

Agradeço também à minha professora e orientadora Liliane Mariano pelas orientações


e a todos que uma alguma forma contribuíram para a realização deste estudo.

Por fim, agradeço à minha própria pessoa pelo esforço, dedicação e convicção em
saber que mesmo com obstáculos, somente eu sou responsável pela minha felicidade e
sucesso.
RESUMO

Este trabalho concentra-se em abordar dados relativos ao emprego da energia solar no


Brasil contrapondo e relacionando dados referente à sua instalação em Unidades
Habitacionais de Interesse Social do Programa Minha Casa Minha Vida. Considera
informações gerais relativas à regulação de distribuição de energia no Brasil, vantagens
econômicas, benefícios ambientais da produção de energia elétrica a partir da captação solar,
interesses políticos, medidas e políticas públicas voltadas ao perfil da população brasileira
residente nas habitações sociais destacando dados relativos ao cenário orçamental dessas no
pagamento de energia elétrica tendo como recorte temporal de análise de grande parte dos
dados, os anos 2018 - 2019. Dados inerentes a pesquisas de sustentabilidade e projetos
similares existentes e/ou aplicados no contexto brasileiro são brevemente comparados ao
contexto mundial para fins de caracterização e embasamento de considerações pautadas no
interesse político de ações voltadas a esse segmento.

Palavras-chave: Energia solar, Brasil, Unidades Habitacionais de Interesse Social, Programa


Minha Casa Minha Vida, Políticas Públicas, Energia elétrica, sustentabilidade.
ABSTRACT

This work focuses on addressing data related to the use of solar energy in Brazil and
relating data regarding its installation in Housing Units of Social Interest in the Minha Casa
Minha Vida Program. It considers general information applicable to the use of energy
distribution in Brazil, economic advantages, environmental benefits from the production of
electricity from solar energy, political interests, policies and public policies aimed at the
profile of the Brazilian population residing in related social housing to data on the budgetary
scenario of these electricity payments, with the time frame the analysis of a large part of the
data, in the years 2018 to 2019. Data inherent to sustainability research and similar projects
existing and / or applied in the Brazilian context are briefly compared to the world context for
the purpose of characterizing and supporting considerations based on the political interest of
actions aimed at this segment.

Keywords: Solar energy, Brazil, Housing Units of Social Interest, Minha Casa Minha Vida
Program, Public Policies, Electricity, sustainability.
LISTA DE FIGURAS

Figura 01: Expansão de Energia no território brasileiro………..……………………………44


Figura 02: Composição típica de um sistema fotovoltaico…………..……….……………...48

LISTA DE QUADROS

Quadro 01: Estados brasileiros com números significativos de captação de enrgia solar....45
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)


Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR)
Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES)
Conselho das Cidades (ConCidades)
Conselho Curador do Fundo de Desenvolvimento Social (CCFDS)
Concentrated Solar Power (CSP)
Domicílio Particular Permanente (DPP)
Fundo de Desenvolvimento Social (FDS)
Gases de Efeito Estufa (GEE)
Habitação de Interesse Social (HIS)
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM)
IEA (International Energy Agency)
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Mercado Comum do Sul (MERCOSUL)
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)
Política Estadual de Habitação de Interesse Social (PEHIS)
Plano de habitação (PlanHab)
Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE)
Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS)
Programa de Aceleração de Crescimento (PAC)
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)
Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV)Projeto de Trabalho Social (PTS)
Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS)
Superintendência de Estudos Econômicos da Bahia (SEI)
Relatório de Diagnóstico de Demanda (RDD)
United Nations Framework Convention on Climate Change/ Convenção Quadro das Nações
Unidas para as Alterações Climáticas (UNFCCC)
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.......................................................................................................................09

1 A INDUSTRIALIZAÇÃO DAS REGIOES DO BRASIL……………………………..…14

2 O PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA………………………………………….19

2.1 O CUSTO DE DISTRIBUIÇÃO DA ENERGIA CONVENCIONAL EM UMA


RESIDÊNCIA………………………………………………..………………………………25

2.2 IMPACTOS NO SALÁRIO REFERENTES A PAGAMENTO DE ENERGIA………..29

3 O SURGIMENTO DAS PLACAS DE ENERGIA SOLAR…………………………..…..33

3.1 A APLICAÇÃO DA ENERGIA SOLAR NO MUNDO E NO CONTEXTO


BRASILEIRO ……...………………………………..……………………………………....35

3.2 A ENERGIA SOLAR NO BRASIL - VANTAGENS ECONÔMICAS E BENEFÍCIOS


AMBIENTAIS……………………….………………………………....…………………....40

4 OS SISTEMAS DE CAPTAÇÃO DE ENERGIA SOLAR..................................................46

4.1 TIPOS DE SISTEMA DE CAPTAÇÃO MAIS UTILIZADOS........................................47

4.2 OTRAS INICIATIVAS EXISTENTES NO BRASIL PARA PRODUÇÃO DA


ENERGIA SOLAR……………………………………………………………………….....51

CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................................55

REFERÊNCIAS.......................................................................................................................57
9

INTRODUÇÃO

A partir de 1808, houve início do processo de industrialização 1 brasileira por meio de


incentivos e sistematizações do Estado para criação de indústrias, principalmente após crise
do modelo econômico de agro exportação em 1930; iniciativas cruciais ao início do
desenvolvimento urbano e aumento da demanda por habitação 2. Algumas regiões do país, por
meio de atuações públicas federais (destaque para os governos de Getúlio Vargas, Juscelino
Kubitschek, o período da Ditadura Militar e, por fim, os governos Fernando Affonso Collor
de Mello e Fernando Henrique Cardoso), apresentaram concentrações de investimentos,
riquezas fomentando a economia de escala ou aglomeração e títulos pioneiros de
industrialização e processo de urbanização com o crescimento da população nas cidades e
decrescimento nas áreas rurais em função da concentração de infraestrutura de energia,
comunicações, transportes e presença de bancos no ambiente urbano. A urbanização
brasileira, iniciada no ano 1901, teve intensificação em 1950; em 1970, a taxa de urbanização
em relação à rural era de 56%.

As intensas transformações tecnológicas também seriam necessárias junto ao


desenvolvimento urbano embora não tenham sido empregadas em larga escala no contexto
habitacional brasileiro e, sobretudo soteropolitano. A região Nordeste (onde está situado o
estado da Bahia e nela a cidade de Salvador) em todos os assuntos referentes a
industrialização, foi atrasada e quando iniciada, pautada apenas na exportação de minérios.

O aumento no número de construções em áreas urbanas e rurais junto atendimento das


demandas por habitação foi necessário em função do crescimento demográfico no Brasil e
também em suas áreas metropolitanas3. O governo de Lula (em dois mandatos,

1 Industrialização: É a ação de colocar em prática o processo de desenvolvimento industrial em determinada


localidade com objetivo principal de produção em larga escala por meio da mecanização do modo de produção
para maximização dos lucros.

2 Habitação: É o espaço construído destinado à moradia. Pode ser unifamiliar, quando se destina a uma única
família, sendo comumente chamado casa, ou multifamiliar, quando se destina a mais de um domicílio, como,
por exemplo, o edifício de apartamentos. Habitações populares definem-se como residências de baixo custo,
que são ou propriedades de um órgão municipal ou outra entidade estatal, ou patrocinadas, ou administradas
pelo governo, de acordo com o dicionário Ilustrado de Arquitetura de Maria Paula Albernaz e Cecília Modesto
Lima - 2000.

3 Áreas metropolitanas: Configuram-se como recortes político-espaciais que geralmente possuem elevada
densidade populacional e polarizam atividades econômicas, sociais e políticas. Funcionam como extensão
urbana de municípios e foram inicialmente criadas em 1970.
10

compreendendo o período de janeiro de 2003 a janeiro de 2011) iniciou em 2004 o programa


de habitação popular dispondo verbas anuais para atender a esse público; em 2016 (governo
de Dilma Rousseff) o programa Minha Casa Minha Vida- Entidades (PMCMV) foi aprovado
ampliando o acesso à moradia para pessoas de menor renda.

Ainda vinculados ao governo de Lula, o combate a fome por meio do auxílio


financeiro a famílias com ganho de até R$ 175 mensais por meio do Programa Bolsa Família
em 2004, os incentivos a obras de infraestruturas no país por meio do Programa de aceleração
de Crescimento (PAC) em 2007 fomentando aumento de empregos principalmente na
construção civil, e outros planos de governo responsáveis por retirar da pobreza e pobreza
extrema milhares de brasileiros, foram possíveis por meio verbas advindas do governo
Federal e empresas privadas. No entanto, medidas políticas voltadas à subsistências de
famílias fora desse contexto, mais ainda em vulnerabilidade social 4, ainda são rasas; mesmo
para aquelas que garantiram por, meio de programa de governo, o direito à moradia.

Ainda não é uma realidade de todos os estados da Bahia os projetos de habitação de


interesse social em áreas rurais seguirem um padrão construtivo diferente do empregado ao
urbano que tem formas de uso da terra diferente do rural que é agrícola e pastoril, mais no
caso da Bahia, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (SEDUR) trabalha essa
percepção no momento de auxílio aos representantes dos municípios com oficinas de
capacitação para os municípios baianos que visam identificar e diagnosticar as necessidades
de construções habitacionais por meio da elaboração de Projeto de Trabalho Social (PTS),
Relatório de Diagnóstico de Demanda (RDD), e elaboração do Plano Local de Habitação de
Interesse Social (PLHIS), todos os itens no âmbito da Política Estadual de Habitação de
Interesse Social (PEHIS) que compreende o Sistema Nacional de Habitação de Interesse
Social (SNHIS). A secretaria identifica ainda trabalhos com modelos habitacionais com
distribuição energética no padrão atual mais usado no Brasil, no entanto, são ressaltadas as

Com a criação de mais cinco novos municípios no país em 2013, o Brasil passou a ter 5.575 municípios. A
partir da segunda metade dos anos de 1990, observou-se a criação de grande número de regiões metropolitanas
pelos governos estaduais. calcula-se hoje mais de 60 regiões metropolitanas no país com características variadas
e sem observância de critérios consistentes quanto à população, ao grau de urbanização e à centralidade regional
(pontos que deveriam caracterizar essas unidades regionais). O parágrafo § 3º do art. 25 da Constituição Federal
deixa a cargo dos estados essa prerrogativa que se concretiza mediante a aprovação de lei complementar
estadual. (Brasil, 2015c).

4 Vulnerabilidade Social: Refere-se à situação socioeconômica de grupos de pessoas com poucos recursos
financeiros, de moradia, educação e acesso a oportunidades para seu desenvolvimento enquanto cidadão.
Questões históricas, de raça, de gênero e de orientação sexual são exemplos de fatores responsáveis pela
exclusão social.
11

necessidades de identificação de formas construtivas com maior impacto possível na


qualidade da moradia.

O uso de painéis solares em habitações de interesse social ainda é pouco utilizado e


pouco proposto em projetos de habitação de interesse social apesar de seu custo ter sido
reduzido nos últimos 10 (dez) anos no Brasil e sua proposta de utilização já ter sido aprovada
e até mesmo utilizada em um projeto de habitação na Bahia. Dessa forma chegamos a uma
questão a ser analisada: Existe sustentabilidade 5 nas unidades habitacionais, entregues pelo
programa Minha Casa Minha Vida a fim de garantir a permanência das famílias?

Tendo em vista o público com renda de até três salários mínimos e a falta de
manutenção no pagamento de contas de energia elétrica, em parte, por esse grupo
populacional, pretende-se analisar os reais impactos na qualidade de vida desses moradores.
Este trabalho justifica-se por ter potencial em demonstrar uma forma de direcionamento dos
investimentos públicos em Unidades Habitacionais mais sustentáveis que possam garantir o
mínimo de custo possível para permanência de famílias beneficiadas pelo programa de
habitação Minha Casa Minha Vida; principalmente no quesito fornecimento de energia
elétrica responsável por impactos significativos no salário mínimo. Proponho - me a
identificar a existência de projetos com uso da energia solar aplicados na Bahia, verificar a
existência de leis e posicionamentos referentes ao uso da energia solar pelos órgãos de
habitação na Bahia, selecionar as estratégias barateadas de construção e/ou aquisição de
placas de energia solar encontradas e avaliar os benefícios na qualidade de vida nas
habitações com uso de energia solar.

Neste trabalho de pesquisa e proposições, quatro seções foram estabelecidas para


abordar questões relativas ao uso de energia solar no Brasil, sobretudo em unidades de
habitação de Interesse social. Apontados os dados iniciais referentes ao início do processo de
urbanização, crescimento das cidades e desenvolvimento das regiões do país no primeiro
momento, a primeira seção deste propõe-se a abordar informações relativas ao processo de
industrialização brasileira destacando os incentivos fiscais recebidos por regiões brasileiras e
o processo de destaque que ocorreu em algumas delas, o que garantiu a instalação de novas
indústrias de diferentes segmentos e a supervalorização das suas áreas de entorno
favorecendo o aumento do processo de urbanização em algumas áreas.

5 Sustentabilidade: Avaliada como condição de um processo ou de um sistema que permite a sua permanência,
em certo nível, por um determinado prazo.
12

A segunda seção deste propõe-se a abordar referências gerais de governo que


englobam o Programa Minha Casa Minha Vida iniciando a discussão da sustentabilidade em
Habitações de Interesse Social, o do deficit habitacional observado nas cidades, das
legislações e o papel de alguns órgão públicos de planejamento urbano, além das ações
iniciais de governo que impulsionam o uso de energia solar. Nessa sessão é trabalhada ainda
informações do custo de distribuição da energia elétrica convencional em unidades
residências e os impactos no salário dos moradores com o pagamento de energia elétrica. Por
fim, uma visão geral de ações para os primeiros passos rumo à sustentabilidade em HIS.

A terceira seção aborda o histórico das placas de captação energia solar destacando
datas e os principais nomes responsáveis pela transformação e modernização dos
equipamentos para uso em larga escala pela indústria além de destacar brevemente o cenário
de captação de energia solar no mundo e no país considerando as vantagens e desvantagens
econômicas e ambientais para suas implantações. A análise é feita sob o ponto de vista de
iniciar a discussão acerca da possibilidade de instalação em habitações populares.

A seção quatro destaca as formas de aproveitamento de energia solar considerando


seus princípios de funcionamento e os setores que podem se beneficiar com o aproveitamento
energético. Considera-se os tipos de sistemas de captação mais utilizados resgatando
atribuições da agência reguladora de distribuição de energia elétrica que permitem
impulsionar o aproveitamento desse tipo de energia no país e, iniciativas do contexto
brasileiro referentes à exploração da energia solar destacando informações referentes à
manutenção do sistema de captação de energia e como o uso de energia solar pode ser uma
fonte de geração de renda.

Descritos os dados pertinentes aos capítulos, por fim conclui este trabalho de pesquisa
com a consideração principal de necessidade de ampliação do uso desse sistema para fins de
barateamento do custo geral de energia elétrica no país e impulsionamento de políticas
públicas voltadas tanto ao segmento de projetos deste nível quanto aos de preocupação com a
situação e manutenção de famílias alocadas nas unidades de interesse social sobretudo nas
áreas com manchas desiguais de desenvolvimento como as localizadas nas áreas
metropolitanas.
13

1 A INDUSTRIALIZAÇÃO DAS REGIÕES DO BRASIL

OPÇÃO POR ADICIONAR ESSE CAPÍTULO EM 05/03 PARA MAIOR


EMBASAMENTO
TEXTO EM FINALIZAÇÃO
TOTAL DE 05 FOLHAS
FOLHA 01
14

TEXTO EM FINALIZAÇÃO
TOTAL DE 05 FOLHAS
FOLHA 02
15

TEXTO EM FINALIZAÇÃO
TOTAL DE 05 FOLHAS
FOLHA 03
16

TEXTO EM FINALIZAÇÃO
TOTAL DE 05 FOLHAS
FOLHA 04
17

TEXTO EM FINALIZAÇÃO
TOTAL DE 05 FOLHAS
FOLHA 05
18

2 O PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA

O termo sustentabilidade em habitação têm seus debates ultimamente ampliados


sobretudo com os níveis significativos de pobreza da população brasileira; há um reflexo na
condição de moradia que em suma não atende a necessidades básicas das famílias nessa
situação. A Fundação João Pinheiro contabilizou, em 2014, 6,068 milhões de domicílios em
deficit habitacional. Esse deficit pode ser entendido como falta de oferta de novas moradias
para atender à demanda habitacional da população em dado momento, seja por incremento
(devido à coabitação familiar forçada, por exemplo) ou por reposição do estoque nacional (no
caso de condições precárias de habitação). Sob o ponto de vista de repressão a esses números,
os incentivos governamentais para produção de Habitação de Interesse Social (HIS) mais
eficientes, ou seja, que se estenda ao ato de subsídio de moradias e ofereça possibilidade de
permanência a partir de métodos de redução de custos com a manutenção da habitação, têm
portanto o potencial de gerar benefícios sociais, econômicos e ambientais para a sociedade.

O deficit habitacional (contabilizado por famílias que necessitam de moradia, que


estão em coabitação - quando mais de uma família vive na mesma residência-, que estão em
ônus excessivo com aluguel - quando a família gasta mais que 30% de sua renda com
aluguel-, que estão em adensamento excessivo alugado -quando mais de uma família reside
em um mesmo imóvel alugado - e improvisos de moradia em área não residenciais) fomentou
a criação do Programa Especial de Habitação Popular (PEHP), instituído por meio da lei nº
10.840, em 2004, com objetivo de oferecer moradia a pessoas com renda de até três salários-
mínimos; programa antecessor ao Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV).

Todos os projetos de Habitação de Interesse Social -HIS- estão atrelados ao Sistema


Nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS) que unifica as políticas de habitação
social para população de baixa renda através da ação conjunta de diversos agentes
promotores. O SNHIS foi criado em 16 de junho de 2005 - Lei 11.124- junto ao Fundo
Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS) e ao Conselho Gestor do Fundo de
Habitação de Interesse Social (CGFHIS) e centraliza todos os programas de HIS. O FNHIS
centraliza e gerencia os recursos para a implantação dos projetos habitacionais no âmbito do
SNHIS e o CGFHIS6 estabelece diretrizes e fixa critérios para a priorização de linhas de ação
6 O conselho gestor do Fundo Nacional de habitação de interesse social possui membros que representam o
poder público e membros que representam a sociedade civil. Dentre os representantes estão os do movimento
popular, do setor privado, e do legislativo.
19

e alocação de recursos do FNHIS.


No caso da estado brasileiro -Bahia- que tem a instalação de diversas unidades
habitacionais populares, o Plano Estadual de Habitação de Interesse Social e Regularização
Fundiária (PLANEHAB) é um instrumento orientador de planos locais municipais, criado
para reconhecer o conjunto de demandas gerais de habitação de todos os municípios de forma
a facilitar a visualização geral da situação habitacional do estado possibilitando comparações
a outros e destinação de recursos a municípios específicos. O Plano Local de Habitação de
Interesse Social (PLHIS), estipulado na lei do SNHIS, considera as demandas habitacionais
locais de um município. É elaborado por grupos técnicos do próprio município, em média
precisam ser atualizados a cada 10 (dez) anos; suas informações ficavam registrados na
plataforma do Ministério das Cidades, no setor Habitação de Interesse Social para fins de
acompanhamento do órgão quanto a existência do PLHIS e seu ano de publicação, da lei de
criação do fundo, conselho gestor e conselho gestor do fundo; pontos importantes para
fomentar a liberação de recursos voltados à Habitação de Interesse Social para os municípios
que possuem necessidades habitacionais. A partir daí os municípios podem desenvolver
projetos de habitação considerando suas características rurais e urbanas. De acordo com o
parágrafo III do artigo 12º da Lei do SNHIS 11.124 de 2005, o Plano Habitacional de
Interesse Social, considerando as especificidades do local e da demanda, precisa ser criado
para acesso ao recurso do FNHIS.

O PMCMV Entidades surgiu a partir do Governo de Lula (2004 - 2011). Por meio da
resolução federal nº 214 do Conselho Curador do Fundo de Desenvolvimento Social 7
(CCFDS) do Ministério das Cidades, em 15 de dezembro de 2016 foi aprovado o PMCMV
que concede a pessoas físicas a construção ou requalificação de imóveis urbanos. O

7 O Fundo de Desenvolvimento Social (FDS) foi aprovado pela Lei Federal no 8.677 de 13 de julho de 1993 e
conforme artigo 2º da legislação destina-se ao financiamento de projetos de investimento de interesse social nas
áreas de habitação popular, sendo permitido o financiamento nas áreas de saneamento e infra-estrutura, desde
que vinculadas aos programas de habitação, bem como equipamentos comunitários. Em seu parágrafo único
viabiliza projetos de iniciativa de pessoas físicas e de empresas ou entidades do setor privado sendo vedada a
concessão de financiamentos a projetos de órgãos da administração direta, autárquica ou fundacional da União,
dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios ou entidades sob seu controle direto ou indireto.

O artigo 5º decreta a criação do Conselho Curador do Fundo de Desenvolvimento Social (CCFDS) composto
por representação de trabalhadores, empregadores e órgãos e entidades governamentais, na forma estabelecida
pelo Poder Executivo; ou seja, um conselheiro e respectivo suplente das entidades que representam
paritariamente o Governo e a Sociedade Civil.

O CCFDS É um órgão colegiado, cuja criação foi autorizada pelo decreto nº103/1991, com nova redação dada
pela Lei nº 8.677/1993. Foi regulamentado pelo decreto nº 1.081/1994 e alterado pelo decreto nº.3.907/2001. A
partir da edição da Lei nº.10.683/2003, a presidência do Conselho, ficou a cargo do Ministro das Cidades.
20

Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) foi uma extensão do PMCMV, tornou
possível ao agricultor familiar, trabalhador rural e comunidades tradicionais o acesso à
moradia digna no campo, seja construindo uma nova casa, reformando, ampliando ou
concluindo uma existente. Atende a pessoas físicas localizadas nas áreas rurais e assim como
o PMCMV, utiliza recursos da união que são transferidos ao Fundo de Desenvolvimento
Social (FDS). Ainda no âmbito do PMCMV, a constituição federal, o Estatuto das Cidades, e
a portaria 366 (PNHR) da lei 11.977/09 (PMCMV) asseguram as propositivas específicas
para a habitação rural.

Algumas obras de construções de habitações rurais nos últimos anos seguiram um


padrão repetido do ambiente urbano, no caso obsevado do estado da Bahia, embora exitstam
as especificações determinadas em lei em função das relações com a terra que as populações
tradicionais ou do campo possuem. Para fomentar o repasse de informações como essa e
dados gerais orientadores, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano da Bahia
(SEDUR) trabalha com a tentativa de alterar essa percepção dos projetistas no momento de
concepções de projetos de moradia por meio do auxílio aos representantes dos municípios
com oficinas de capacitação para os municípios baianos que acontece com frequencia de tês
meses de forma a contemplar todos os municípios- incluindo os das regiões metropolitanas-
objetivam identificar e diagnosticar as necessidades das construções habitacionais a partir do
público e das atividades que elas desenvolvem. O Projeto de Trabalho Social (PTS) que
possui em sua equipe técnico dos serviço social responsáveis por entrevistas e coleta de dados
principais dos beneficiários, o Relatório de Diagnóstico de Demanda (RDD) que contempla
de forma técnica os dados coletados inicialmente para a proposição de projetos, e a efetiva
forma de elaboração do Plano Local de Habitação de Interesse Social (PLHIS) por técnicos
urbanistas e, arquitetos, tudo no conexto da PEHISe do SNHIS são abordados durante os
encontros que se prolongam por até 06 (seis) dias na sede localizada na cidade de Salvador.
Na maioria dos projetos de moradia consolidados foram observados os modelos padrões de
distribuição de energia nas residências. Colocados esses posicionamentos, destaco também
que em ambos os modelos construtivos (rural e urbano) é possível a instalação de sistemas de
captação de energia solar. Pode-se ainda o seu uso para fins de geração de renda para famílias
beneficiadas com o programa de habitação social.

O Ministério das Cidades foi um ministério brasileiro criado em 01 de janeiro de 2003


com os objetivos de combater as desigualdades sociais, transformar as cidades em espaços
21

mais humanizados e ampliar o acesso da população à moradia, saneamento e transporte; foi


extinto e integrado ao Ministério de Desenvolvimento Regional em 01 janeiro de 2019 no
processo de fusão de pastas nas ações de governo de Jair Messias Bolsonaro. É importante
destacar a criação do Conselho das Cidades (ConCidades), em 2004, como um instrumento
de gestão democrática da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (PNDU) 8 que
integrava o Ministério das Cidades. Além de estudar e propor diretrizes para a formulação e
implementação da PNDU, o ConCidades acompanha a sua execução.

Como a taxa de urbanização elevada nos municípios pode acentuar o déficit


habitacional e ou o número de Domicílios Particulares Permanentes (DPP) inadequados, a
construção de unidades habitacionais de interesse social está por vezes sujeita a ser instalada
em áreas metropolitanas ou distantes de equipamentos e infraestrutura urbana, a situação das
famílias de baixa renda é agravada. O deslocamento para aquisição de renda ou busca de
serviços em outras áreas da cidade configuram um desequilíbrio de gastos que em suma
pesam sobre as despesas com serviços básicos que desestruturam mais a subsistência das
famílias acentuando ainda mais as desigualdades sociais. Volta-se a questão da busca por
alternativas de sustentabilidade habitacional que podem facilmente estabelecer relações com
o desenvolvimento econômico e social. A Un Habitat em 2012 destacou que habitação é um
dos temas centrais quando se trata de desenvolvimento sustentável e é parte fundamental das
relações entre a sociedade e o meio ambiente; ressaltou ainda que a construção e a
manutenção de moradias consomem enormes quantidades de recursos naturais -como água,
energia e materiais- enquanto produzem lixo e poluição da água e do ar. Un Habitat (2012,
texto digital).

Considerada a realidade das decisões políticas brasileiras, assim como as questões


ambientais são colocadas como barreiras para o desenvolvimento econômico e a superação
do desemprego e da pobreza, a ideologia principal de que a urbanização acelerada é o motivo
da desigualdade social favorece uma maior tolerância quanto à existência efetiva de ações e
planos de governo voltados a segmentos sociais menos favorecidos. Visualiza-se em larga
escala o discuros de falta de habitação, de empregos de receitas públicas além de açoes
pontuais, pouco efetivas e de contemplação de grandes empresas visando o lucro e resultando

8 Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (PNDU): É um conjunto de princípios, diretrizes e objetivos,


construídos democraticamente, a partir da 1ª Conferência Nacional das Cidades em 2003, para nortear os
investimentos em habitação, saneamento ambiental, mobilidade urbana, transporte e trânsito, bem como
promover uma política fundiária e imobiliária includente e fortalecer institucionalmente os municípios
brasileiros.
22

em mais diferenciação social. Existem formas de investimentos e intervenções que preservam


o meio ambiente e favoreçam a valorização da área fomentando a acentuação da economia
local e regional para ambos os casos.

No processo de produção em massa das grandes empresas instaladas, geralmente


existem as práticas poluentes e com impactos ambientais significativos que devem ser
revertidos. Políticas públicas e projetos de sustentabilidade liderados pelo Estado têm um
potencial de criar novas demandas e mais aceitação para o tema por parte do mercado e da
sociedade. No caso dos programas habitacionais em larga escala no Brasil, seja para famílias
com renda de até um salário mínimo ou famílias com mais de cinco salários como é o caso da
abrangência do PMCMV, é preciso elevar a qualidade de projetos de forma a trazer mais
ganhos para os beneficiários, para a cidade, sociedade em geral e meio ambiente.

Em geral, as edificações de Habitação de Interesse Social (HIS)


apresentam uma taxa relativamente elevada de problemas (e
patologias) de construção, quando comparadas com obras de alto
padrão, o que pode aumentar o impacto ambiental do processo
construtivo – requerendo mais consumo de matéria-prima e recursos
para refazer obras e serviços mal executados (UNEP, 2010).

A partir dessas abordagens acerca das habitações HIS e do PMCMV, algumas


alternativas já foram consideradas em alguns estados brasileiros embora ainda precisem ser
melhoradas. Destacar essas iniciativas dentro do território nacional apresentando informações
de casos aplicados que merecem ser questionados para fins de dissipação de conhecimento
acerca de novas possibilidades é um dos intuitos deste trabalho.

Em 2017, houve uma comissão de votação no senado brasileiro para a instalação de


placas de energia solar em unidades do PMCMV sem custo adicional para os beneficiários
que não se enquadrem na Tarifa Social de Energia Elétrica que confere desconto na conta de
energia de residências de famílias de baixa renda cadastradas no CadÚnico ou no programa
Bolsa Família que é destinado a distribuir renda a famílias nessa situação; no entanto, as
unidades reesidênciais do programa social seriam para beneficiários que se enquadrem e
estejam dispostos a abrir mão da tarifa social de energia elétrica. Famílias com consumo
mensal médio de até 80 quilowatt-hora e famílias de baixa renda com consumo mensal médio
entre 80 e 220 quilowatt-hora poderiam aderir. Em outros estados como a Bahia que está na
região Nordeste (em HIS) e em Goiás que está na região Centro-Oeste (em HIS e outro
23

conjunto residencial), ambos em 2017, a instalação de placas solares ocorreu.

2.1 O CUSTO DE DISTRIBUIÇÃO DA ENERGIA CONVENCIONAL EM UMA


RESIDÊNCIA

*TEXTO EM ESTRUTURAÇÃO PARA SER ADICIONADO*

TOTAL DE 04 FOLHAS

FOLHA 01
24

*TEXTO EM ESTRUTURAÇÃO PARA SER ADICIONADO*

TOTAL DE 04 FOLHAS

FOLHA 02
25

*TEXTO EM ESTRUTURAÇÃO PARA SER ADICIONADO*

TOTAL DE 04 FOLHAS

FOLHA 03
26

*TEXTO EM ESTRUTURAÇÃO PARA SER ADICIONADO*

TOTAL DE 04 FOLHAS

FOLHA 04
27

2.2 IMPACTOS NO SALÁRIO REFERENTES AO PAGAMENTO DE ENERGIA


ELÉTRICA

Os custos de manutenção de unidades habitacionais no quesito pagamento de contas


de energia elétrica no atual sistema de distribuição de energia para uma família com piso
salarial referente a um salário mínimo, cuja base de gastos maior é com o transporte e
alimentação, e manutenção da residência.

Considerado a base de gastos das famílias, destaco que a Superintendência de Estudos


Econômicos da Bahia (SEI) em seus estudos sobre pobreza e desigualdade (2017), aponta as
áreas metropolitanas como responsáveis pelas maiores concentrações de renda; áreas onde
encontra-se instaladas grande número de Habitações de Interesse Social (HIS). Conforme
especificações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as famílias em
pobreza possuem renda per capto de 77,01 a 154,00 R$.

O IBGE descreve também que o serviço de infraestrutura básica que compreende


abastecimento de água, esgotamento sanitário, destino do lixo e iluminação elétrica, o tipo de
material utilizado na construção e pavimentação do domicílio, urbanização e vizinhança,
condição de ocupação, posse de bens duráveis, e gestão pública, são as variáveis de análise de
qualidade de vida na habitação. Ermínia Maricato demonstra indignação com os rumos de
nossas políticas urbanas que são seu objeto de estudo e área de atuação há quatro décadas.
Descreve: “Para mim, o centro de tudo é a questão da justiça social”,. Ou seja, de como as
metrópoles brasileiras precisam deixar de ser expressão da secular discriminação contra os
mais pobres (MARICATO, 2011). Como a Política e a Gestão Ambiental na Bahia
considerarem a questão ambiental apenas nas situações mais graves de insustentabilidade
(que por sua vez é pautada/estruturada na miséria e desigualdade, setores econômicos
predominantes, matriz energética e saneamento, e as relações com questões ambientais), a
miséria acaba por gerar mais degradação ambiental. Esse é o fator da insustentabilidade. Os
28

programas Viver Melhor, Bolsa Família, Brasil sem Miséria foram programas do Governo
de Lula que ajudaram a contribuir para a redução da pobreza em 50 % em 2013 e mais de
80% de de 2000 a 2012.

A situação das famílias com renda abaixo de R$ 600,00, dificilmente,


conseguirão manter um pagamento mínimo de R$ 50,00 como porcentagem
mensal para permanência no imóvel por dez anos como prevê o Programa.
Afinal, despesas como transporte, água, gás, energia e alimentação já são
suficientes para comprometer seu orçamento. Dentro da mesma problemática
está a população moradora de rua, que não pode arcar sequer com o mínimo
instituído pelo Programa. (MARICATO, 2011).

Apesar do PLANEHAB prever uma gama de possibilidades de obtenção de moradias


a preços mais reduzidos, como lotes urbanizados e/ou material de construção com assistência
técnica, o que potencializaria a capacidade de atendimento da população de mais baixa renda,
o PMCMV “fixou-se apenas na produção de unidades prontas, mais ao gosto do setor da
construção civil” (BONDUKI, 2009, p.13). O programa precisa apresentar evolução ao
abranger o lado crítico referente às condições de permanência de famílias nas unidades
habitacionais e, para isso, considerar o uso da energia solar sobretudo em unidades destinadas
ao público de até três salários mínimos. O artigo publicado na XVIII Seminário Internacional
de Educação MERCOSUL (2015) ressalta a importância do profissional em desenvolver e
aplicar a sustentabilidade em seus projetos, ainda mais em moradias populares, pois a
sustentabilidade está diretamente atrelada à qualidade de vida das pessoas. Com um sistema
de dois módulos fotovoltaicos e um micro inversor será possível reduzir até 70% dos gastos
com energia elétrica da população de baixa renda, aliviando seu orçamento e permitindo
novos investimentos, com o dinheiro antes usado para pagar as contas de energia elétrica, em
alimentação, saúde, educação e qualidade de vida. As informações publicadas no portal
Ministério das cidades (2016) configuram a iniciativa como fruto de análises de viabilidade e
de modelos de negócio desenvolvidos por meio de um protocolo de intenções, assinado em
2016 pelo Ministério das Cidades, Ministério do Trabalho e Fiesp.
29

*MAIS DADOS PARA SER ADICIONADO*

TOTAL DE 02 FOLHAS

FOLHA 01

*MAIS DADOS PARA SER ADICIONADO*

TOTAL DE 02 FOLHAS
30

FOLHA 01
31

3 O SURGIMENTO DAS PLACAS DE ENERGIA SOLAR

*TEXTO EM FINALIZAÇÃO PARA SER ADICIONADO*

TOTAL DE 02 FOLHAS

FOLHA 01
32

*TEXTO EM FINALIZAÇÃO PARA SER ADICIONADO*

TOTAL DE 02 FOLHAS

FOLHA 02
33

3.1 A APLICAÇÃO DA ENERGIA SOLAR NO MUNDO E NO CONTEXTO


BRASILEIRO

Considerado o caso mundial, nos últimos anos a distribuição de sistemas de energia


solar no mundo tem crescido de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA) que
foi criada em 18 de novembro de 1974 para assessorar e planejar atividades e ideias que
garantam energia confiável, acessível, limpa e fundamentadas nas áreas de segurança
energética, desenvolvimento econômico e conscientização ambiental. A IEA, que orienta
seus 299 (vinte e nove) países membros e faz parte da Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) que coopera e discute de políticas públicas e
econômicas para guiar as nações associadas, declara que o uso de energia solar em países
com grande capacidade instalada de geração de energia10 como Alemanha, China e Japão,
poderá chegar a 30% no ano de 2022.

Na América Latina, Chile e México eram os países representantes pertencentes à


OCDE e candidatos à IEA, então, com intúito de reconhecimento e crescimento econômico
diante do período de crise político-econômica iniciada em junho de 2014 com desempregos
acelerados e contração da economia em 3,5%, 3,3% em 2015 e 13,7 em 2017, o Brasil
solicitou neste ano (2017) sua entrada à OCDE que desencadearia numa posterior candidatura
ao grupo IEA. Solicitação de entrada que voltou a ser feita em janeiro de 2020 pelo
presidente Jair Bolsonaro ao presidente do Estados Unidos Donald Trump com os
estreitamento comerciais e está em análise. O controle fiscal e da inflação em solo nacional
são parte das medidas econômicas liberais adotadas por países membros e, obedecendo a
esses critérios, o país recebe um "selo" de investimento e pode se tornar mais atrativo.

Agora considerado o termo geração distribuída para referenciar a energia elétrica que
é gerada próxima ou no local de consumo, alguns países possuem destaque no histórico de
geração distribuída de captação de energia solar. No caso do Japão, em 1994 houve

9 Fazem parte da IEA a Alemanha, Áustria, Austrália, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos,
Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Japão, Luxemburgo, Noruega, Nova Zelândia, Países
Baixos, Portugal, Polônia,Reino Unido, República Tcheca, República da Coreia, República Eslovaca, Suécia,
Suíça e Turquia.
10 A capacidade instalada de geração de energia é somatório das potências instaladas das usinas de geração de
energia elétrica em operação localizadas no sistema.
34

investimento de 457 milhões de dólares num programa que previa a instalação de 70 mil
telhados de captação solar; subsídios para o financiamento de energia solar e redução fiscal
foram essenciais ao aumento da escala produtiva e como resultados observados destaca-se o
aumento de 15 MW no ano de 1993 para 127 MW no ano de 2001.

Na Alemanha, em 1991, foi instituída a Lei Feed–in–Law com intúito de incentivar a


comercialização da energia elétrica produzida a partir da luz solar . Considerado o início da
venda de energia provinda de geração distribuída, destaca-se que a concessionária é obrigada
a comprar toda energia gerada pelos sistemas fotovoltaicos, pagando em forma de créditos
energéticos por essa energia. Entre 1991 a 1995 – houve instituição do Programa de mil
telhados fotovoltaicos oferecendo uma subvenção de 70% do custo inicial para a instalação
do projeto. Em 1999 o programa do governo intitulado "100.000 Roofs Solar Programme" foi
criado; o objetivo era a instalação de 10 mil telhados solares, contando com financiamento 10
(dez) anos a juros de 0%. Como resultados apresentados, destaca-se a consolidação da
Alemanha como a maior referência em fomento à geração de energia solar fotovoltaica
mundial.

No caso dos EUA, na forma de geração distribuída, foi instaurado em 2006 o


programa do estado da no Estado da Califórnia chamado “Million Solar Roofs Plan”
objetivando a instalação de sistemas fotovoltaicos em um milhão de telhados que gerou em
2018 o valor de 18 GWp de potência. Dois anos depois, em 2008, o departamento de energia
do governo do país anunciou o investimento de US$17,6 milhões em seis companhias de
energia tornando competitiva através do desenvolvimento tecnológico a energia fotovoltaica.
Quanto aos incentivos fiscais e financiamentos, 40 estados já adotaram o sistema de net
metering. Taxas de financiamentos mais baixas para sistemas fotovoltaicos e deduções de
impostos estão entre as políticas de incentivo que foram aplicadas pelo governo para o
desenvolvimento da fonte. Como resultado observado, os EUA construíram um mercado
consolidado em geração distribuída.

Correspondendo a 25,8% da produção global, a China é o país mais capacitado para a


geração de energia solar instalada. Sendo assim, ela totaliza até 78.100MW de acordo com o
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) cujo objetivo é a promoção
do desenvolvimento sustentável e proteção do meio ambiente.
35

Além disso, também é possível observar países com expressiva representação da fonte
solar associado às demanda como Itália, Grécia e Alemanha. Entretanto, países como China e
Estados Unidos, líderes mundiais em capacidade instalada, não apresentam grande relevância
para o atendimento da demanda total do país por eletricidade através da fonte solar.

No caso do Brasil, é importante ressaltar que as empresas brasileiras que distribuem


energia elétrica são regulamentadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL),
autarquia em regime especial vinculada ao Ministério de Minas e Energia 11, criada para
regular o setor elétrico brasileiro por meio da lei nº 9.427/1996 e do decreto nº 2.335/1997.
Regular, estabelecer tarifas, fiscalizar e implementar políticas e diretrizes do governo federal
relativas à exploração da energia elétrica e o aproveitamento de potenciais hidráulicos estão
entre suas principais atribuições.

Considerados os índices de insolação no mundo e a comparação com o Brasil, destaco


que no mundo, a radiação solar apresenta altos valores para o aproveitamento de energia solar
mais o Brasil representa um potencial acima de muitos países que já iniciaram o processo de
uso da captação solar. Através do Global Solar Atlas é possível identificar localidades com
maior índice de insolação no mundo, tais como os continentes asiático e africano. Ainda no
contexto brasileiro, é possível destacar que houve a apresentação de projetos de instalação de
painéis de energia solar em alguns estados do país no âmbito de moradias populares; na
região nordeste, na cidade de Salvador- Bahia existem projetos municipais que já foram e
estão sendo recentemente implantados com os dois sistemas de energia no mesmo
empreendimento; ponto que será melhor abordado nas próximas sessões. O índice de
radiação solar usado como fonte primária de energia tem um papel de destaque na
transformação de economias que a anos se baseiam na queima de combustíveis fósseis e
emissão de taxas elevadas de dióxido de carbono; então, torna-se indispensável para reduzir
os efeitos adversos das mudanças climáticas que se intensificam no decorrer dos anos, e
12
atender aos compromissos das nações e do Brasil estabelecidos no Acordo de Paris e na
nova Agenda 2113.
11 Ministério de Minas e Energia: Criado em 1960 pela lei n° 3.782 de 22 de julho de 1960 no governo do
presidente Juscelino Kubitschek.

12 Acordo de Paris
13 Agenda 21: A Agenda 21 pode ser definida como um instrumento de planejamento para a construção de
sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça
social e eficiência econômica.
A Agenda 21 Brasileira é um instrumento de planejamento participativo para o desenvolvimento sustentável do
país, resultado de uma vasta consulta à população brasileira. Foi coordenado pela Comissão de Políticas de
36

De acordo o Ministério do Meio Ambiente, o Acordo de Paris entrou em vigor depois


da ratificação de pelo menos 55 países responsáveis por 55% das emissões de GEE; processo
iniciado em 22 de abril de 2016 e finalizado em 21 de abril de 2017. Após a aprovação pelo
Congresso Nacional, o Brasil concluiu, em 12 de setembro de 2016, o processo de ratificação
do Acordo de Paris. No dia 21 de setembro, o instrumento foi entregue às Nações Unidas e
desa forma as metas brasileiras tornaram-se compromissos oficiais. Para o alcance do
objetivo final do Acordo, os governos se envolveram na construção de seus próprios
compromissos, a partir das chamadas Pretendidas Contribuições Nacionalmente
Determinadas (NDC), cada nação apresentou sua contribuição de redução de emissões dos
Gases de Efeito Estufa (GEE), seguindo o que cada governo considera viável a partir do
cenário social e econômico local.

O Acordo de Paris foi aprovado pelos 195 países Parte da UNFCCC para
reduzir emissões de GEE no contexto do desenvolvimento sustentável. O
compromisso ocorre no sentido de manter o aumento da temperatura média global
em bem menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais e de envidar esforços para
limitar o aumento da temperatura a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. A NDC
Brasileira omprometeu-se a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37%
abaixo dos níveis de 2005, em 2025, com uma contribuição indicativa subsequente de
reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 43% abaixo dos níveis de 2005, em
2030. Para isso, o país se comprometeu a aumentar a participação de bioenergia
sustentável na sua matriz energética para aproximadamente 18% até 2030, restaurar e
reflorestar 12 milhões de hectares de florestas, bem como alcançar uma participação
estimada de 45% de energias renováveis na composição da matriz energética em
2030. Acordo de Paris, Ministério do Meio Ambiente, ano 2020. Disponível em:
<https://www.mma.gov.br/clima/convencao-das-nacoes-unidas/acordo-de-paris>.
Acessado em 03 de Fevereiro de 2020.

Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 (CPDS); construído a partir das diretrizes da Agenda 21 Global; e
entregue à sociedade, por fim, em 2002.
A Agenda 21 Local é o processo de planejamento participativo de um determinado território que envolve a
implantação, ali, de um Fórum de Agenda 21. Composto por governo e sociedade civil, o Fórum é responsável
pela construção de um Plano Local de Desenvolvimento Sustentável, que estrutura as prioridades locais por
meio de projetos e ações de curto, médio e longo prazos. No Fórum são também definidos os meios de
implementação e as responsabilidades do governo e dos demais setores da sociedade local na implementação,
acompanhamento e revisão desses projetos e ações. De acordo com definições do Ministério do Meio Ambiente
(MMA).
A Agenda 21 integra o Plano Plurianual do Governo Federal (PPA) 2008/2011 e por intermédio do Fundo
Nacional de Meio Ambiente (FNMA), o MMA apóia, desde 2001, a execução de 93 projetos de construção de
Agenda 21 Local, abrangendo 167 municípios brasileiros. Com a parceria da Rede Brasileira de Agendas 21
Locais, o MMA objetiva fortalecer a implementação de Agendas 21 Locais mediante o intercâmbio de
informações e o estímulo à construção de novos processos.
37

Sendo assim, países com maior potencial de desenvolvimento em energia solar


fotovoltaica dispõem de políticas de incentivo à tecnologia e no Brasil, essas políticas não são
em larga escala de aplicação apesar desse tipo de intervenção representar um avanço
significativo nas metas para cumprimento acordo de cooperação mundial nas emissões de
GEE. A fabricação e a importação de equipamentos e modelos de regulamentação para a
comercialização da energia elétrica gerada por painéis solares são as principais sugestões para
alavancar as implementações desses sistemas em unidades residências do país.

Tanto por sua diversificação da matriz energética quanto pelo domínio da tecnologia,
ou demanda pela diminuição dos impactos ambientais, a geração distribuída, sobretudo, vem
estabelecendo-se como uma das formas mais acessíveis de produzir energia no mundo.
38

3.2 A ENERGIA SOLAR NO BRASIL - VANTAGENS ECONÔMICAS E BENEFÍCIOS


AMBIENTAIS

No Brasil, o funcionamento da captação de energia solar é parecida aos outros países,


no entanto as regulações para seu uso são maiores representando também aumento nos custos
de uma implantação. O uso de energia solar no território brasileiro ainda não atinge a
maioria das unidades residenciais, porém, com os avanços tecnológicos e a diminuição nos
custos de produção e instalação dos equipamentos, uma relação crescimento diário pode se
apresentar mais expressivamente. As possibilidades de acesso aos que ainda não usam são
grandes sendo preciso o investimento no acesso à informação de forma a divulgar seus
benefícios ambientais e econômicos a longo prazo tanto para empresas quanto para cidadãos.
Os incentivos governamentais e políticos são poucos e uma sensação de impossibilidade de
alcance do uso dessa fonte de energia nas residências em larga escala se apresenta sobretudo
em famílias com residências de classes sociais mais baixas.

O investimento adicional em medidas de sustentabilidade e a falta de


informações sobre seus custos e benefícios são as principais limitações para
incorporação de eficiência em edificações. Muitas medidas apresentam custos
adicionais, sendo uma barreira importante dado que há um limite no orçamento do
governo para financiamento de HIS e que o agente que realiza o investimento inicial
não é, geralmente, o mesmo que se beneficia. Entretanto, ainda que o custo não seja
zero, o retorno dos investimentos em medidas de eficiência ocorre em pouco tempo,
seja pela redução das emissões poluentes, seja pela queda do consumo e consequente
economia nas despesas familiares com água e energia. CACCIA, Lara Schmitt;
EVERS, Henrique; FERNANDES, Camila Schlatter; BETTI, Luana Priscila;
Sustentabilidade em Habitação de Interesse Social, Wricidades.org, 2017, página.08.

A influência de grandes construtoras sobre decisões políticas implicam na replicação


de construções de usinas hidrelétricas que já comprovaram não ter sustentabilidade no que se
refere à manutenção da mata atlântica e de biomas nativos; as distribuidoras de energia visam
vender a energia obtida por meio do método tradicional de captação por hidrelétricas ao invés
de fazer parcerias para implantação de projetos de produção própria de energia elétrica
39

utilizando a luz do sol. Entende-se que as ações públicas estaduais gerais voltadas a esse
segmento ainda não visam lucratividade estatal a longo prazo com esse tipo de investimento
para futuras aplicações de seus lucros em outras políticas sociais e de infraestrutura urbana.
A forma cultural da população brasileira que não é informada em larga escala sobre os
projetos e portanto não é educada a tais iniciativas de sustentabilidade urbana, social e
ambiental são refletidas nas suas ações de acumulação de capital e demonstração de status
com investimentos em bens materiais pessoais à frente de preocupação com essas iniciativas;
um processo baseado na demonstração de poder para a diferenciação social. Ainda assim,
ressalto que é uma questão de investimento em informação social.

Considerado o cenário brasileiro de grande números de empresas estrangeiras e outras


de origem nacional que sobreviveram à competitividade interna se apresentando com larga de
produção e receitas, aponto que não é incorreto tê-las em solo nacional, é incorreto haver uma
soberania de entidades privadas que não trabalham no pensamento coletivo de nação
considerando questões ambientais, sociais e econômicas da realidade do país e da região em
se encontra instalada. A base de acumulação de capital é uma base corrupta, principalmente
considerada a realidade do país de distribuição desigual de riquezas sustentada por ações de
parceria público privada de empresas com licitações de atividades com valores
superfaturados que esvaziam as receitas públicas para obras de infraestrutura urbana e
programas sociais. Como frente de rebatimento a essas questões, seria viável a instalação de
indústrias apenas com diretrizes específicas e projeto de prioridade de desenvolvimento das
potencialidades regionais do país para as áreas de sua instalação. Atrelado a esse pensamento
de acumulação estão as ideias e planos de governo associados à sustentabilidade e aos
acordos climáticos que existem mais ainda não são aplicados em todas as suas diretrizes com
ênfase em suas objetividades.

No início das consolidações dos estados e construção do patrimônio nacional, houve


movimentos de muitos incentivos fiscais para instalação de indústrias de capital privado para
aumentar a economia do país e elevar a competitividade nacional; foram esforços
significativos que tem reflexos até os dias atuais na economia do país, a captação de recursos
fomentou a criação de novas empresas que hoje são de competência da administração pública
e podem gerar novas receitas que sustentem os novos projetos de captação de energia solar
inicialmente em unidades habitacionais de interesse social. Então, o movimento de conceder
ao capital privado essas conquistas (caso de privatizações observado atualmente nos últimos
40

anos) é configurado como ações de esvaziamento do capital nacional a médio prazo e de


redução das possibilidades de avanço econômico, social e desenvolvimento regional por meio
da descapitalização do estado que tende a ser pautado na exportação de bens primários e na
mineração retornando ao ciclo de “desenvolvimento” econômico baseado nos interesses
internacionais (comodities) que, no caso atual brasileiro se apresenta com a soja, a cana-de-
açúcar, o café, o minério de ferro, a carne bovina, o cacau, o alumínio como principais, mais
no início de seu processo de industrialização (1808) eram produtos mais primários como
alguns do primeiro período pós colonial; no contexto mundial; o petróleo é um produto de
exportação que representa uma estratégia principal para o desenvolvimento de vários países,
sua concentração eleva o poder econômico e político, ocasionando um desequilíbrio do
mercado internacional. Assim como existe o investimento na exploração do produto, há
possibilidade de investimento em outras matrizes como a solar; ambos são fontes primárias
de produção em larga escala com diferenciação para os recursos solares que são inesgotáveis.

Há, no Brasil, uma matriz energética predominantemente renovável que se sobressai


entre vários países líderes em produção mundial. O país conta com níveis de irradiação solar
superiores aos de países onde projetos de aproveitamento de energia solar são explorados em
larga escala, como Alemanha, França e Espanha. Existem inúmeras estratégias para o
aproveitamento de energia solar, considerando como principais o aquecimento de água, a
geração fotovoltaica de energia elétrica, o uso em iluminação pública, a aplicação em
sistemas de uso coletivo como geração de energia elétrica em prédios residências e
comerciais, unidades educacionais, parques, e postos de saúde por exemplo. Esses processos
são encontrados principalmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil em vista de suas
características climáticas favoráveis e concentração histórica da maioria dos investimentos
industriais; em segundo lugar estão as regiões Norte e Nordeste, e por fim, também em
comunidades isoladas de distribuidoras de energia elétrica.

Há a existência do Plano de Expansão de Energia (PDE) em solo brasileiro, um


documento informativo que é uma indicação (não uma determinação) voltada à sociedade
com as perspectivas de expansão futura do setor de energia sob a ótica do Governo em
horizontes decenais.

De acordo com o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE), de 2026, estima-se


que a capacidade instalada de geração solar chegue a 13 GW em 2026, sendo 9,6 GW de
geração centralizada e 3,4 GW de geração distribuída. Essa proporção poderá chegar em até
41

5,7% da potência total. O Brasil possui um grande nível de insolação para a distribuição de
energia solar. Especialmente no Nordeste, com destaque para o Vale do São Francisco,
possuímos altos índices de irradiação solar global, sobressaindo entre todas as regiões
geográficas com a maior média anual. No país, os valores máximos de irradiação solar podem
ser observados na região central da Bahia (6,5 kWh/m² ao dia), envolvendo também o
noroeste de Minas Gerais. Ao contrário de regiões com menores temperaturas como o Sul e
Sudeste, existe alta incidência de irradiação solar em regiões semiáridas, como no nordeste
do país, durante todo o ano sendo alto o potencial de aproveitamento energético; esse
aproveitamento pode ser feito também em regiões com menores índices de insolação
conforme exemplo de países localizados no hemisfério norte. Logo, existem diversas áreas
para aproveitarmos a energia solar no Brasil, basta alcançarmos os incentivos necessários.

A seguir, estão informações gerais do Plano de Expansão de Energia de 2029 que


mapeia a distribuição das fontes de produção de enrgia no território brasileiro considerando
seus percentuais de produção energética. Os parques solares estão em sua maioria nas regiões
Nordeste e Sudeste do país e outras bases de produção são também consideradas; as fontes
renováveis têm perspectivas de se apresentarem em maior uso estando a energia solar
correspondendo a mais de 11GW de potência a ser gerada.
42

Figura 01: Expansão de Energia no território brasileiro


Fonte: Plano de Expansão de Energia de 2029 - Empresa de Pesquisa Energética

Atualmente, no Brasil, os parques de aproveitamento da energia solar estão


concentrados nas regiões Sudeste e Sul embora exista início de instalação no Nordeste; os
estados de Minas Gerais, Ceará, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Santa
Catarina lideram as instalações. Os estados do Paraná, Mato Grosso, Pernambuco e Goiás
compõem também a lista das maiores potências instaladas no país embora seus números
sejam menores. Os valores em destaque estão relacionados no quadro 01:
43

ESTADO POTÊNCIA INSTALADA KW

MINAS GERAIS 35.499,60

CEARÁ 20.619,47

RIO GRANDE DO SUL 19.285,79

SÃO PAULO 16.845,69

RIO DE JANEIRO 12.680,80

SANTA CATARINA 9.895,65

PARANÁ 8.363,13

MATO GROSSO 6.855,06

PERNAMBUCO 4.539,57

GOIÁS 3.938,30

Quadro 01: Estados brasileiros com números significativos de captação de enrgia solar
Fonte: Elaborado com base nos dados do Portal Solar de Empresas, ano 2019

Ainda assim, é válido destacar que o número de projetos fotovoltaicos instalados e sua
potência são independentes um do outro, tendo em vista que o Ceará, por exemplo, possui
uma geração de potência mais elevada. Em vista disso, apenas 509 projetos fotovoltaicos são
capazes de produzir mais de 20 kW.

A distribuição de energia solar vem crescendo progressivamente como consequência


da preocupação com os impactos ambientais; a necessidade mundial de busca por alternativas
de fontes renováveis - principalmente para fins de uso energético e crescimento das indústrias
- fomentou o incremento de ideias de uso da energia solar para geração de energia elétrica.
44

4 OS SISTEMAS DE CAPTAÇÃO DE ENERGIA SOLAR

Inicialmente destaco que o aproveitamento da energia solar é obtido por efeito


fotovoltaico ou térmico. No efeito fotovoltaico, a obtenção da energia elétrica ocorre pela
incidência de fótons da radiação solar sobre um material semicondutor, previamente
purificado e dopado. Esse semicondutor é o principal componente das tradicionais células
solares, que interligadas constituem o núcleo dos chamados painéis solares. Além de atender
a demanda por eletricidade pela indústria, comércio e residências, a energia elétrica obtida
pelo efeito fotovoltaico também é utilizada na produção de hidrogênio e hidrocarbonetos
sintéticos, por meio da eletrólise.

O efeito térmico solar gera o calor utilizado para o aquecimento ou resfriamento de


água bem como para a geração de vapor no uso industrial ou doméstico. Pela via térmica
também se produz energia elétrica através do processo denominado CSP (concentrated solar
power). No Brasil, a difusão da geração de energia a partir do sol teve destaque na geração de
calor (para aquecimento de água) e na geração de eletricidade fotovoltaica. A geração de
eletricidade a partir da energia solar pode ser de forma distribuída ou centralizada; dados
melhor abordados nas subsessões seguintes.

*CITAÇÃO SOBRE O FUNCIONAMENTO EM FINALIZAÇÃO PARA SER


ADICIONADA*
45

4.1 TIPOS DE SISTEMA DE CAPTAÇÃO MAIS UTILIZADOS

No Brasil, o uso da energia solar fotovoltaica ainda está em fase inicial de


crescimento, no entanto, em função da alta incidência de cobrança de juros e multa elevando
os valores da inflação, o aumento de seu uso é exponencial; principalmente quando
considerado os últimos meses de 2018. O ano de 2012 no Brasil registrou uso de 99,99% dos
painéis fotovoltaicos, no entanto foi em regiões isoladas cujo acesso à rede elétrica era
inexistente. A regulamentação da Agência Nacional de Energia elétrica (ANEEL) que
permite a troca de energia com a rede elétrica, foi fundamental para esse crescimento. De
acordo com os últimos dados da ANEEL (2018), a instalação destes sistemas fotovoltaicos
conectados a rede vem crescendo 300% ao ano.

Com relação a geração a energia solar fotovoltaica considera-se que esse método
também garante segurança e estabilidade no custo da conta de luz. Um maior controle sobre
as tarifas diminui o uso de energia elétrica; desta forma, o consumo funciona de maneira
estável porque, no momento da instalação, o contratante pode escolher o valor destinado à
energia. Há uma possibilidade de administração do sistema de energia solar conectado à rede
gerando uma eficiência de 01 KW/h por 01 KW/h, sempre nas mesmas medidas.

Na e Energia Sola térmica, o funcionamento é a partir da transferência do calor do sol


para a água, seja para aquecê-la ou para evaporá-la e alimentar turbinas. A energia solar
térmica no Brasil é amplamente utilizada para aquecer água.

Com relação a geração distribuída, os sistemas podem ser isolados ou conectados à


rede elétrica sendo que os principais componentes de um sistema fotovoltaico isolado de
geração de energia são os seguintes: painel fotovoltaico, controlador de carga, inversor e
banco de baterias. Nos sistemas conectados à rede, deve ser incluído a medição bidirecional
de energia. O banco de baterias pode ser mantido quando se opta por um sistema híbrido em
localidades com alta instabilidade na rede elétrica.

Quanto às células fotovoltaicas, os principais tipos atualmente disponíveis são células


cristalinas e células de filme fino. No âmbito dessas duas tecnologias existem diversas
variações de arquitetura, de processo produtivo e de semicondutores que são utilizadas
46

visando à redução de custos e o aumento da eficiência das células e painéis. Atualmente, as


células de silício mono e policristalino são as que detêm a maior participação de mercado.

Em paralelo, diversos outros tipos de células cristalinas e de filme fino despontam


como apostas tecnológicas, como por exemplo as células multijunção e as orgânicas, dentre
diversas outras. A figura 02 mostra a composição típica média de um sistema fotovoltaico.

Figura 02: Composição típica de um sistema fotovoltaico.


Fonte: ABSOLAR- Associação Brasileira de Energia Solar

Registra-se sobre a composição típica do sistema fotovoltaico as seguintes


informações:

Um marco importante para o incremento da utilização de sistemas solares de geração


distribuída foi a Resolução ANEEL 482, de 17 de abril de 2012, pela qual foram instituídos
incentivos, como por exemplo, a compensação de energia, com a criação da figura do
produtor-consumidor, no âmbito do chamado sistema net meetering.
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Destaca-se como característica principal do net meetering a possibilidade de se injetar


na rede elétrica a energia produzida pelos painéis fotovoltaicos não consumida, convertê-la
em créditos para a compensação posterior, quando o consumo supera a produção dos painéis.

A agência que regula a distribuição energética (ANEEL), em 24 de novembro de


2015, por meio da revisão da resolução 482/2012, ampliou os incentivos à geração solar
distribuída, tais como: a elevação do limite da potência instalada de 01 MW para 05 MW; o
aumento do prazo de validade dos créditos de geração para até 05 (cinco) anos; criação da
modalidade de geração compartilhada; além da possibilidade do autoconsumo remoto
somado à simplificação do processo de registro do produtor de energia solar junto a
concessionária local. Como registra-se ainda nessa resolução a redução progressiva dos
custos, o aumento do rendimento dos sistemas solares, e a elevação das tarifas das
concessionárias de distribuição de energia, a paridade de custo final da energia produzida
pelos sistemas fotovoltaicos e das tarifas das concessionárias já é uma realidade com maior
potencial de ampliação; o que incentiva a autoprodução de energia.

Agora considerada a geração centralizada, a energia solar é produzida em localidades


distantes do consumo. Instalações centralizadas, também chamadas de fazendas solares,
dispõem de diversos painéis solares interconectados, que podem ser equipados com
rastreadores a fim de acompanhar o percurso solar durante o dia, e assim propiciar um melhor
aproveitamento da radiação solar. Os leilões de energia promovidos pelo poder concedente a
partir de 2014 tem sido o maior incentivo à geração centralizada e à inserção da fonte solar na
matriz elétrica brasileira. Pelo lado da demanda, esse incentivo ocorre por meio de contratos
de compra e venda de energia de longo prazo, que estimulam empreendedores a
desenvolverem projetos. Pelo lado da oferta tecnológica, a contratação centralizada por
leilões garante aos fornecedores de equipamentos a previsibilidade de suas encomendas e o
atingimento de economias de escala.

No Brasil, a capacidade instalada de geração solar é referente a aproximadamente


1,3GWp, dos quais aproximadamente 307 MWp correspondem à geração distribuída. O
Plano Decenal de Expansão de Energia, projeta uma capacidade de 12,9 GWp para 2026 dos
quais 3,3GWp relativos a sistemas distribuídos. Com essa projeção, a participação
aproximada da energia elétrica oriunda da fonte solar passará dos atuais 0,8% para 6% da
capacidade total do país.
48
49

4.2 OUTRAS INICIATIVAS EXISTENTES NO BRASIL PARA PRODUÇÃO DA


ENERGIA SOLAR

No Brasil, foi criada em Janeiro de 2013 a Associação Brasileira de Energia Solar


Fotovoltaica (ABSOLAR) com objetivo de reduzir as barreiras do setor de energia solar
fortalecendo o mercado das indústrias.

O Solcial, também foi criado. É o primeiro programa social de energia solar no Brasil
que pretende dar acesso a todos a esta fonte de energia renovável.

Minas Gerais foi o estado do sudeste brasileiro que concedeu isenção de ICMS para a
energia solar. O Instituto Ideal foi criado com o intuito de fomentar e divulgar o uso da
energia solar no Brasil.

O Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) também está financiando fábricas


de painéis fotovoltaicos para trazer a tecnologia para o Brasil e gerar empregos.

O primeiro leilão de energia solar no Brasil aconteceu em 2014 e foi um sucesso


contratando 1.000 MW médios aproximadamente. O Portal Solar foi criado para divulgar e
promover o crescimento da energia solar no Brasil. Ele concentra empresas de energia solar e
clientes em uma mesma plataforma a fim de incentivar o uso da tecnologia. Apesar dos
destaques, o apoio governamental ainda precisa evoluir quando considerada a possibilidade
de justaposição com as Políticas de Habitação de Interesse Social associadas às políticas de
permanência nas unidades. É viável o apóio nessa perspectiva por fomentar o
desenvolvimento do mercado, gerar emprego, geração de mão de obra com possibilidade de
qualificação em larga escala favorecendo a permanênca do Brasil num setor ecoômico que
pode se apresentar com maior competitividade visto os investimentos em ascenção feitos em
outros países com políticas de incentivo mais abrangentes.
50

*TEXTO A SER ADICIONADO COM REFLEXÃO SOBRE*

A ENERGIA SOLAR COMO FORMA DE AQUISIÇÃO DE RENDA

MANUTENÇÃO DOS SISTEMA DE CAPTAÇÃO SOLAR

TOTAL 03 FOLHAS

FOLHA 01
51

*TEXTO A SER ADICIONADO COM REFLEXÃO SOBRE*

A ENERGIA SOLAR COMO FORMA DE AQUISIÇÃO DE RENDA

MANUTENÇÃO DOS SISTEMA DE CAPTAÇÃO SOLAR

TOTAL 02 FOLHAS

FOLHA 02
52

*TEXTO A SER ADICIONADO COM REFLEXÃO SOBRE*

A ENERGIA SOLAR COMO FORMA DE AQUISIÇÃO DE RENDA

MANUTENÇÃO DOS SISTEMA DE CAPTAÇÃO SOLAR

TOTAL 03 FOLHAS

FOLHA 03
53

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Baseado nas abordagens feitas ao longo deste trabalho, entende-se que a criação do
Ministério das Cidades representou o reconhecimento da necessidade do Governo Federal de
criar políticas públicas voltadas ao enfrentamento das questões urbanas agravadas com a
diferenciação regional causada pela industrialização desigual das regiões e a urbanização
exacerbada em algumas áreas; entende-se ainda a existência de regiões brasileiras mais
desenvolvidas por terem historicamente privilégio nos investimentos em infraestrutura,
saneamento e indústrias e regiões que apresentaram menores números de investimentos
voltados a seu desenvolvimento apesar terem também potenciais industriais tendo como
justificativa suas condições físicas-ambientais como é o caso da Região Nordeste que teve,
associado a esse modelo de industrialização desigual, a criação de políticas voltadas à
instalação de vias ou rotas de exportação em áreas produtoras de minérios, gados e
plantações desconsiderando outros potenciais também econômicos presentes na região. Dessa
forma, coloca-se como questionamento: o cenário da exploração de minérios e agro
exploração tendo como justificativa do não investimento as condições ambientais áridas se
repetirá na região nordeste e em grande parte de seus estados desconsiderando seu potencial
de geração energética? As políticas públicas de melhorias habitacionais, incentivo ao
aumento da qualidade de vida dos moradores de habitações sociais e a inserção de pessoas
menos favorecidas na sociedade e ao mercado de trabalho vão continuar a seguir o mesmo
padrão mesmo existindo projetos que podem mudar esse cenário e já tem suas escalas de uso
sendo ampliadas em outros países? A vontade política se fará presente apenas no que diz
respeito ao direito concedido a empresas de explorarem sem que estas tragam retornos sociais
e ambientais significativos em suas áreas de exploração e abrangência? A empresa reguladora
de distribuição de energia, com suas largas escala de atuação, continuarão a desconsiderar
projetos de impulsionamentos econômicos e redução de cargas ambientais negativas com
emissões de carbono apenas a fim de garantir sua majoritariedade na distribuição energética e
na geração de lucros? Qual o papel do estado e o papel da sociedade relativos a esses
posicionamentos visto que as informações sobre formas de exploração energética se
configuram ainda como restritas e não atingem as habitações com famílias de menor renda?
Esses não são meros questionamentos e sim reflexões que devem guiar qualquer discussão,
pensamento ou propositiva de cunho social. Então o que fazer para mudar esse cenário e
evitar novos gastos públicos exacerbados justificando sempre projetos que não focam numa
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resolução mais efetiva em larga escala do problema habitacional mesmo existindo frentes de
ações e legislações que podem ser melhor exploradas? As tragédias ambientais e sociais
acontecem porque os benefícios são em suma apenas lucrativos e não ambientais e sociais.
Os benefícios precisam ser das regiões do Brasil, do país; a região nordeste tem um potencial
elevado de promover destaque e favorecer a distribuição de igualdades para as populações
historicamente desfavorecidas e atualmente em situação de pobreza e essa transformação
pode iniciar-se sendo o gasto do valores da energia por essas famílias feito com outros bens
de subsistência, a partir das instalações de placas solares em Habitações de Interesse Social
que pode chegar ao ponto de também gerar renda tendo em vista a necessidade energética das
indústrias que hoje são de pequeno, médio ou grande porte para produção de mercadorias ou
bens industrializados. O investimento público voltado à região nordeste pode diversificar suas
fontes de riquezas e destacá-la no cenário competitivo nacional visto que historicamente a
região teve poucos investimentos em obras de infraestrutura e desenvolvimento. Outras
regiões com outros potenciais ou características de captação menores podem também aderir a
esse conceito sobretudo pelos incentivos fiscais concedidos a empresas cujas atividades
sejam pautadas na sustentabilidade e imprimam menores impactos ao meio ambiente.
Indústrias competitivas internas fomentam um mercado interno sólido. O investimento nos
potenciais de captação solar para produção energética em cada região é um segmento que
fomenta uma série de desencadeamento de ações públicas pautadas na fortificação dos
estados, por exemplo, o investimento em estatizações de empresas, o desenvolvimento das
indústrias e diversificação das atividades industriais que torna uma economia interna sólida
com trocas mercantis internas que reflete na valorização do mercado interno e na baixa de
preços exteriores; o inverso é o que está atualmente no cenário do país. Dessa forma, para
impulsionar as mudanças, um questionamento sobre as responsabilidades das entidades
privadas importadas que atuam no território nacional, feito por moradores que já se
beneficiam com os descontos mais em pequena escala e pelos órgãos que executam projetos
de habitação de interesse social a fim de tornar pública essas possibilidades à sociedade civil
por meio da divulgação de informações, ou seja questionar para ganhar voz e ter o poder de
divulgar é um ponto relevante para o início da quebra de grandes barreiras sociais nacionais e
econômicas nacionais e internacionais.
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REFERÊNCIAS

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Salvador - Bahia
2020

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