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BACHARELADO EM URBANISMO
Salvador - Bahia
2020
SUENE DOS SANTOS SANTANA
Salvador - Bahia
2020
Dedico este trabalho à minha mãe Angelita Santana que incondicionalmente me apoiou ao
longo dos anos de graduação, o que me permitiu avançar cada etapa desse processo .
AGRADECIMENTOS
Ao meu irmão e engenheiro Vitor Santana por sua ajuda e compreensão de minha
ausência em nosso projeto arquitetônico e de construção em dias de aula, estágio e trabalhos.
À amiga e contadora Deja Gomes que por meio desta nota terá mais um registro de
sua importância e gratidão pela ajuda e nossa amizade nesses nossos longos anos.
À amiga e enfermeira Irani Andrade pela presença mesmo na minha ausência, apoio e
incentivo quanto ao alcance de mais um degrau na minha qualificação.
Ao amigo e engenheiro Hosein Tanabi por sua dedicação junto a mim em pesquisas
de informações para a produção de um projeto relacionado a este tema de trabalho.
Por fim, agradeço à minha própria pessoa pelo esforço, dedicação e convicção em
saber que mesmo com obstáculos, somente eu sou responsável pela minha felicidade e
sucesso.
RESUMO
This work focuses on addressing data related to the use of solar energy in Brazil and
relating data regarding its installation in Housing Units of Social Interest in the Minha Casa
Minha Vida Program. It considers general information applicable to the use of energy
distribution in Brazil, economic advantages, environmental benefits from the production of
electricity from solar energy, political interests, policies and public policies aimed at the
profile of the Brazilian population residing in related social housing to data on the budgetary
scenario of these electricity payments, with the time frame the analysis of a large part of the
data, in the years 2018 to 2019. Data inherent to sustainability research and similar projects
existing and / or applied in the Brazilian context are briefly compared to the world context for
the purpose of characterizing and supporting considerations based on the political interest of
actions aimed at this segment.
Keywords: Solar energy, Brazil, Housing Units of Social Interest, Minha Casa Minha Vida
Program, Public Policies, Electricity, sustainability.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
Quadro 01: Estados brasileiros com números significativos de captação de enrgia solar....45
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
INTRODUÇÃO.......................................................................................................................09
CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................................55
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................57
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INTRODUÇÃO
2 Habitação: É o espaço construído destinado à moradia. Pode ser unifamiliar, quando se destina a uma única
família, sendo comumente chamado casa, ou multifamiliar, quando se destina a mais de um domicílio, como,
por exemplo, o edifício de apartamentos. Habitações populares definem-se como residências de baixo custo,
que são ou propriedades de um órgão municipal ou outra entidade estatal, ou patrocinadas, ou administradas
pelo governo, de acordo com o dicionário Ilustrado de Arquitetura de Maria Paula Albernaz e Cecília Modesto
Lima - 2000.
3 Áreas metropolitanas: Configuram-se como recortes político-espaciais que geralmente possuem elevada
densidade populacional e polarizam atividades econômicas, sociais e políticas. Funcionam como extensão
urbana de municípios e foram inicialmente criadas em 1970.
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Com a criação de mais cinco novos municípios no país em 2013, o Brasil passou a ter 5.575 municípios. A
partir da segunda metade dos anos de 1990, observou-se a criação de grande número de regiões metropolitanas
pelos governos estaduais. calcula-se hoje mais de 60 regiões metropolitanas no país com características variadas
e sem observância de critérios consistentes quanto à população, ao grau de urbanização e à centralidade regional
(pontos que deveriam caracterizar essas unidades regionais). O parágrafo § 3º do art. 25 da Constituição Federal
deixa a cargo dos estados essa prerrogativa que se concretiza mediante a aprovação de lei complementar
estadual. (Brasil, 2015c).
4 Vulnerabilidade Social: Refere-se à situação socioeconômica de grupos de pessoas com poucos recursos
financeiros, de moradia, educação e acesso a oportunidades para seu desenvolvimento enquanto cidadão.
Questões históricas, de raça, de gênero e de orientação sexual são exemplos de fatores responsáveis pela
exclusão social.
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Tendo em vista o público com renda de até três salários mínimos e a falta de
manutenção no pagamento de contas de energia elétrica, em parte, por esse grupo
populacional, pretende-se analisar os reais impactos na qualidade de vida desses moradores.
Este trabalho justifica-se por ter potencial em demonstrar uma forma de direcionamento dos
investimentos públicos em Unidades Habitacionais mais sustentáveis que possam garantir o
mínimo de custo possível para permanência de famílias beneficiadas pelo programa de
habitação Minha Casa Minha Vida; principalmente no quesito fornecimento de energia
elétrica responsável por impactos significativos no salário mínimo. Proponho - me a
identificar a existência de projetos com uso da energia solar aplicados na Bahia, verificar a
existência de leis e posicionamentos referentes ao uso da energia solar pelos órgãos de
habitação na Bahia, selecionar as estratégias barateadas de construção e/ou aquisição de
placas de energia solar encontradas e avaliar os benefícios na qualidade de vida nas
habitações com uso de energia solar.
5 Sustentabilidade: Avaliada como condição de um processo ou de um sistema que permite a sua permanência,
em certo nível, por um determinado prazo.
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A terceira seção aborda o histórico das placas de captação energia solar destacando
datas e os principais nomes responsáveis pela transformação e modernização dos
equipamentos para uso em larga escala pela indústria além de destacar brevemente o cenário
de captação de energia solar no mundo e no país considerando as vantagens e desvantagens
econômicas e ambientais para suas implantações. A análise é feita sob o ponto de vista de
iniciar a discussão acerca da possibilidade de instalação em habitações populares.
Descritos os dados pertinentes aos capítulos, por fim conclui este trabalho de pesquisa
com a consideração principal de necessidade de ampliação do uso desse sistema para fins de
barateamento do custo geral de energia elétrica no país e impulsionamento de políticas
públicas voltadas tanto ao segmento de projetos deste nível quanto aos de preocupação com a
situação e manutenção de famílias alocadas nas unidades de interesse social sobretudo nas
áreas com manchas desiguais de desenvolvimento como as localizadas nas áreas
metropolitanas.
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TEXTO EM FINALIZAÇÃO
TOTAL DE 05 FOLHAS
FOLHA 02
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TEXTO EM FINALIZAÇÃO
TOTAL DE 05 FOLHAS
FOLHA 03
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TEXTO EM FINALIZAÇÃO
TOTAL DE 05 FOLHAS
FOLHA 04
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TEXTO EM FINALIZAÇÃO
TOTAL DE 05 FOLHAS
FOLHA 05
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O PMCMV Entidades surgiu a partir do Governo de Lula (2004 - 2011). Por meio da
resolução federal nº 214 do Conselho Curador do Fundo de Desenvolvimento Social 7
(CCFDS) do Ministério das Cidades, em 15 de dezembro de 2016 foi aprovado o PMCMV
que concede a pessoas físicas a construção ou requalificação de imóveis urbanos. O
7 O Fundo de Desenvolvimento Social (FDS) foi aprovado pela Lei Federal no 8.677 de 13 de julho de 1993 e
conforme artigo 2º da legislação destina-se ao financiamento de projetos de investimento de interesse social nas
áreas de habitação popular, sendo permitido o financiamento nas áreas de saneamento e infra-estrutura, desde
que vinculadas aos programas de habitação, bem como equipamentos comunitários. Em seu parágrafo único
viabiliza projetos de iniciativa de pessoas físicas e de empresas ou entidades do setor privado sendo vedada a
concessão de financiamentos a projetos de órgãos da administração direta, autárquica ou fundacional da União,
dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios ou entidades sob seu controle direto ou indireto.
O artigo 5º decreta a criação do Conselho Curador do Fundo de Desenvolvimento Social (CCFDS) composto
por representação de trabalhadores, empregadores e órgãos e entidades governamentais, na forma estabelecida
pelo Poder Executivo; ou seja, um conselheiro e respectivo suplente das entidades que representam
paritariamente o Governo e a Sociedade Civil.
O CCFDS É um órgão colegiado, cuja criação foi autorizada pelo decreto nº103/1991, com nova redação dada
pela Lei nº 8.677/1993. Foi regulamentado pelo decreto nº 1.081/1994 e alterado pelo decreto nº.3.907/2001. A
partir da edição da Lei nº.10.683/2003, a presidência do Conselho, ficou a cargo do Ministro das Cidades.
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Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) foi uma extensão do PMCMV, tornou
possível ao agricultor familiar, trabalhador rural e comunidades tradicionais o acesso à
moradia digna no campo, seja construindo uma nova casa, reformando, ampliando ou
concluindo uma existente. Atende a pessoas físicas localizadas nas áreas rurais e assim como
o PMCMV, utiliza recursos da união que são transferidos ao Fundo de Desenvolvimento
Social (FDS). Ainda no âmbito do PMCMV, a constituição federal, o Estatuto das Cidades, e
a portaria 366 (PNHR) da lei 11.977/09 (PMCMV) asseguram as propositivas específicas
para a habitação rural.
TOTAL DE 04 FOLHAS
FOLHA 01
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TOTAL DE 04 FOLHAS
FOLHA 02
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TOTAL DE 04 FOLHAS
FOLHA 03
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TOTAL DE 04 FOLHAS
FOLHA 04
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programas Viver Melhor, Bolsa Família, Brasil sem Miséria foram programas do Governo
de Lula que ajudaram a contribuir para a redução da pobreza em 50 % em 2013 e mais de
80% de de 2000 a 2012.
TOTAL DE 02 FOLHAS
FOLHA 01
TOTAL DE 02 FOLHAS
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FOLHA 01
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TOTAL DE 02 FOLHAS
FOLHA 01
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TOTAL DE 02 FOLHAS
FOLHA 02
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Agora considerado o termo geração distribuída para referenciar a energia elétrica que
é gerada próxima ou no local de consumo, alguns países possuem destaque no histórico de
geração distribuída de captação de energia solar. No caso do Japão, em 1994 houve
9 Fazem parte da IEA a Alemanha, Áustria, Austrália, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos,
Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Japão, Luxemburgo, Noruega, Nova Zelândia, Países
Baixos, Portugal, Polônia,Reino Unido, República Tcheca, República da Coreia, República Eslovaca, Suécia,
Suíça e Turquia.
10 A capacidade instalada de geração de energia é somatório das potências instaladas das usinas de geração de
energia elétrica em operação localizadas no sistema.
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investimento de 457 milhões de dólares num programa que previa a instalação de 70 mil
telhados de captação solar; subsídios para o financiamento de energia solar e redução fiscal
foram essenciais ao aumento da escala produtiva e como resultados observados destaca-se o
aumento de 15 MW no ano de 1993 para 127 MW no ano de 2001.
Além disso, também é possível observar países com expressiva representação da fonte
solar associado às demanda como Itália, Grécia e Alemanha. Entretanto, países como China e
Estados Unidos, líderes mundiais em capacidade instalada, não apresentam grande relevância
para o atendimento da demanda total do país por eletricidade através da fonte solar.
12 Acordo de Paris
13 Agenda 21: A Agenda 21 pode ser definida como um instrumento de planejamento para a construção de
sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça
social e eficiência econômica.
A Agenda 21 Brasileira é um instrumento de planejamento participativo para o desenvolvimento sustentável do
país, resultado de uma vasta consulta à população brasileira. Foi coordenado pela Comissão de Políticas de
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O Acordo de Paris foi aprovado pelos 195 países Parte da UNFCCC para
reduzir emissões de GEE no contexto do desenvolvimento sustentável. O
compromisso ocorre no sentido de manter o aumento da temperatura média global
em bem menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais e de envidar esforços para
limitar o aumento da temperatura a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. A NDC
Brasileira omprometeu-se a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37%
abaixo dos níveis de 2005, em 2025, com uma contribuição indicativa subsequente de
reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 43% abaixo dos níveis de 2005, em
2030. Para isso, o país se comprometeu a aumentar a participação de bioenergia
sustentável na sua matriz energética para aproximadamente 18% até 2030, restaurar e
reflorestar 12 milhões de hectares de florestas, bem como alcançar uma participação
estimada de 45% de energias renováveis na composição da matriz energética em
2030. Acordo de Paris, Ministério do Meio Ambiente, ano 2020. Disponível em:
<https://www.mma.gov.br/clima/convencao-das-nacoes-unidas/acordo-de-paris>.
Acessado em 03 de Fevereiro de 2020.
Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 (CPDS); construído a partir das diretrizes da Agenda 21 Global; e
entregue à sociedade, por fim, em 2002.
A Agenda 21 Local é o processo de planejamento participativo de um determinado território que envolve a
implantação, ali, de um Fórum de Agenda 21. Composto por governo e sociedade civil, o Fórum é responsável
pela construção de um Plano Local de Desenvolvimento Sustentável, que estrutura as prioridades locais por
meio de projetos e ações de curto, médio e longo prazos. No Fórum são também definidos os meios de
implementação e as responsabilidades do governo e dos demais setores da sociedade local na implementação,
acompanhamento e revisão desses projetos e ações. De acordo com definições do Ministério do Meio Ambiente
(MMA).
A Agenda 21 integra o Plano Plurianual do Governo Federal (PPA) 2008/2011 e por intermédio do Fundo
Nacional de Meio Ambiente (FNMA), o MMA apóia, desde 2001, a execução de 93 projetos de construção de
Agenda 21 Local, abrangendo 167 municípios brasileiros. Com a parceria da Rede Brasileira de Agendas 21
Locais, o MMA objetiva fortalecer a implementação de Agendas 21 Locais mediante o intercâmbio de
informações e o estímulo à construção de novos processos.
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Tanto por sua diversificação da matriz energética quanto pelo domínio da tecnologia,
ou demanda pela diminuição dos impactos ambientais, a geração distribuída, sobretudo, vem
estabelecendo-se como uma das formas mais acessíveis de produzir energia no mundo.
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utilizando a luz do sol. Entende-se que as ações públicas estaduais gerais voltadas a esse
segmento ainda não visam lucratividade estatal a longo prazo com esse tipo de investimento
para futuras aplicações de seus lucros em outras políticas sociais e de infraestrutura urbana.
A forma cultural da população brasileira que não é informada em larga escala sobre os
projetos e portanto não é educada a tais iniciativas de sustentabilidade urbana, social e
ambiental são refletidas nas suas ações de acumulação de capital e demonstração de status
com investimentos em bens materiais pessoais à frente de preocupação com essas iniciativas;
um processo baseado na demonstração de poder para a diferenciação social. Ainda assim,
ressalto que é uma questão de investimento em informação social.
5,7% da potência total. O Brasil possui um grande nível de insolação para a distribuição de
energia solar. Especialmente no Nordeste, com destaque para o Vale do São Francisco,
possuímos altos índices de irradiação solar global, sobressaindo entre todas as regiões
geográficas com a maior média anual. No país, os valores máximos de irradiação solar podem
ser observados na região central da Bahia (6,5 kWh/m² ao dia), envolvendo também o
noroeste de Minas Gerais. Ao contrário de regiões com menores temperaturas como o Sul e
Sudeste, existe alta incidência de irradiação solar em regiões semiáridas, como no nordeste
do país, durante todo o ano sendo alto o potencial de aproveitamento energético; esse
aproveitamento pode ser feito também em regiões com menores índices de insolação
conforme exemplo de países localizados no hemisfério norte. Logo, existem diversas áreas
para aproveitarmos a energia solar no Brasil, basta alcançarmos os incentivos necessários.
CEARÁ 20.619,47
PARANÁ 8.363,13
PERNAMBUCO 4.539,57
GOIÁS 3.938,30
Quadro 01: Estados brasileiros com números significativos de captação de enrgia solar
Fonte: Elaborado com base nos dados do Portal Solar de Empresas, ano 2019
Ainda assim, é válido destacar que o número de projetos fotovoltaicos instalados e sua
potência são independentes um do outro, tendo em vista que o Ceará, por exemplo, possui
uma geração de potência mais elevada. Em vista disso, apenas 509 projetos fotovoltaicos são
capazes de produzir mais de 20 kW.
Com relação a geração a energia solar fotovoltaica considera-se que esse método
também garante segurança e estabilidade no custo da conta de luz. Um maior controle sobre
as tarifas diminui o uso de energia elétrica; desta forma, o consumo funciona de maneira
estável porque, no momento da instalação, o contratante pode escolher o valor destinado à
energia. Há uma possibilidade de administração do sistema de energia solar conectado à rede
gerando uma eficiência de 01 KW/h por 01 KW/h, sempre nas mesmas medidas.
O Solcial, também foi criado. É o primeiro programa social de energia solar no Brasil
que pretende dar acesso a todos a esta fonte de energia renovável.
Minas Gerais foi o estado do sudeste brasileiro que concedeu isenção de ICMS para a
energia solar. O Instituto Ideal foi criado com o intuito de fomentar e divulgar o uso da
energia solar no Brasil.
TOTAL 03 FOLHAS
FOLHA 01
51
TOTAL 02 FOLHAS
FOLHA 02
52
TOTAL 03 FOLHAS
FOLHA 03
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Baseado nas abordagens feitas ao longo deste trabalho, entende-se que a criação do
Ministério das Cidades representou o reconhecimento da necessidade do Governo Federal de
criar políticas públicas voltadas ao enfrentamento das questões urbanas agravadas com a
diferenciação regional causada pela industrialização desigual das regiões e a urbanização
exacerbada em algumas áreas; entende-se ainda a existência de regiões brasileiras mais
desenvolvidas por terem historicamente privilégio nos investimentos em infraestrutura,
saneamento e indústrias e regiões que apresentaram menores números de investimentos
voltados a seu desenvolvimento apesar terem também potenciais industriais tendo como
justificativa suas condições físicas-ambientais como é o caso da Região Nordeste que teve,
associado a esse modelo de industrialização desigual, a criação de políticas voltadas à
instalação de vias ou rotas de exportação em áreas produtoras de minérios, gados e
plantações desconsiderando outros potenciais também econômicos presentes na região. Dessa
forma, coloca-se como questionamento: o cenário da exploração de minérios e agro
exploração tendo como justificativa do não investimento as condições ambientais áridas se
repetirá na região nordeste e em grande parte de seus estados desconsiderando seu potencial
de geração energética? As políticas públicas de melhorias habitacionais, incentivo ao
aumento da qualidade de vida dos moradores de habitações sociais e a inserção de pessoas
menos favorecidas na sociedade e ao mercado de trabalho vão continuar a seguir o mesmo
padrão mesmo existindo projetos que podem mudar esse cenário e já tem suas escalas de uso
sendo ampliadas em outros países? A vontade política se fará presente apenas no que diz
respeito ao direito concedido a empresas de explorarem sem que estas tragam retornos sociais
e ambientais significativos em suas áreas de exploração e abrangência? A empresa reguladora
de distribuição de energia, com suas largas escala de atuação, continuarão a desconsiderar
projetos de impulsionamentos econômicos e redução de cargas ambientais negativas com
emissões de carbono apenas a fim de garantir sua majoritariedade na distribuição energética e
na geração de lucros? Qual o papel do estado e o papel da sociedade relativos a esses
posicionamentos visto que as informações sobre formas de exploração energética se
configuram ainda como restritas e não atingem as habitações com famílias de menor renda?
Esses não são meros questionamentos e sim reflexões que devem guiar qualquer discussão,
pensamento ou propositiva de cunho social. Então o que fazer para mudar esse cenário e
evitar novos gastos públicos exacerbados justificando sempre projetos que não focam numa
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resolução mais efetiva em larga escala do problema habitacional mesmo existindo frentes de
ações e legislações que podem ser melhor exploradas? As tragédias ambientais e sociais
acontecem porque os benefícios são em suma apenas lucrativos e não ambientais e sociais.
Os benefícios precisam ser das regiões do Brasil, do país; a região nordeste tem um potencial
elevado de promover destaque e favorecer a distribuição de igualdades para as populações
historicamente desfavorecidas e atualmente em situação de pobreza e essa transformação
pode iniciar-se sendo o gasto do valores da energia por essas famílias feito com outros bens
de subsistência, a partir das instalações de placas solares em Habitações de Interesse Social
que pode chegar ao ponto de também gerar renda tendo em vista a necessidade energética das
indústrias que hoje são de pequeno, médio ou grande porte para produção de mercadorias ou
bens industrializados. O investimento público voltado à região nordeste pode diversificar suas
fontes de riquezas e destacá-la no cenário competitivo nacional visto que historicamente a
região teve poucos investimentos em obras de infraestrutura e desenvolvimento. Outras
regiões com outros potenciais ou características de captação menores podem também aderir a
esse conceito sobretudo pelos incentivos fiscais concedidos a empresas cujas atividades
sejam pautadas na sustentabilidade e imprimam menores impactos ao meio ambiente.
Indústrias competitivas internas fomentam um mercado interno sólido. O investimento nos
potenciais de captação solar para produção energética em cada região é um segmento que
fomenta uma série de desencadeamento de ações públicas pautadas na fortificação dos
estados, por exemplo, o investimento em estatizações de empresas, o desenvolvimento das
indústrias e diversificação das atividades industriais que torna uma economia interna sólida
com trocas mercantis internas que reflete na valorização do mercado interno e na baixa de
preços exteriores; o inverso é o que está atualmente no cenário do país. Dessa forma, para
impulsionar as mudanças, um questionamento sobre as responsabilidades das entidades
privadas importadas que atuam no território nacional, feito por moradores que já se
beneficiam com os descontos mais em pequena escala e pelos órgãos que executam projetos
de habitação de interesse social a fim de tornar pública essas possibilidades à sociedade civil
por meio da divulgação de informações, ou seja questionar para ganhar voz e ter o poder de
divulgar é um ponto relevante para o início da quebra de grandes barreiras sociais nacionais e
econômicas nacionais e internacionais.
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REFERÊNCIAS
BONDUKI, Nabil G. Do Projeto Moradia ao programa Minha Casa, Minha Vida. Teoria e
Debate, nº 82, junho. 2009.
https://home.unicruz.edu.br/mercosul/pagina/anais/2015/1%20-%20ARTIGOS/
HABITACAO%20DE%20INTERESSE%20SOCIAL%20E%20SUSTENTABILIDADE.
Acesso em 23/11/2018, às 15:30
Ministério do Planejamento. Minha Casa, Minha Vida com sustentabilidade. Disponível em:
http://www.pac.gov.br/noticia/a6254990. 2012. Acesso em 22/11/2018, às 14:33.
Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Energia solar no Minha Casa Minha Vida.
Disponível em: http://www.secima.go.gov.br/noticias/540-energia-solar-no-minha-casa-
minha-vida.html. 17 de Novembro de 2017. Acesso em 22/11/2018, às 14:33.
Salvador - Bahia
2020