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Igor Fernandes Nunes, João Pedro Felix dos Santos, Rhuan da Costa Mateus, Isaque

Apolinário Tidioli

RELAÇÃO ENTRE A POBREZA E A DEGRADAÇÃO


AMBIENTAL URBANA EM CARAGUATATUBA – SP

Caraguatatuba-SP
2019
Igor Fernandes Nunes, João Pedro Felix dos Santos, Rhuan da Costa Mateus, Isaque
Apolinário Tidioli

RELAÇÃO ENTRE A POBREZA E A DEGRADAÇÃO


AMBIENTAL URBANA EM CARAGUATATUBA – SP

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Etec


de Caraguatatuba, unidade do Centro Paula Souza,
como exigência para avaliação final de habilidades
técnicas dentro do curso Técnico de Meio
Ambiente Integrado ao Ensino Médio.
Orientador: Dr. Marcello Alves

Caraguatatuba
2019
RELAÇÃO ENTRE A POBREZA E A DEGRADAÇÃO AMBIENTAL
URBANA EM CARAGUATATUBA – SP
Resumo:

O presente trabalho visa relacionar a pobreza no município de Caraguatatuba-SP,


com os problemas ambientais decorrentes. O objetivo é a correlação com fatores como:
saúde, educação, inclusão, pobreza em bairros específicos e pode-se notar que quanto
maior o índice de pobreza, mais alta a quantidade e a intensidade dos problemas
ambientais.

Palavras chave: Pobreza, urbanização, degradação ambiental e renda.


RELATIONSHIP BETWEEN POVERTY AND URBAN
ENVIRONMENTAL DEGRADATION IN CARAGUATATUBA - SP

Abstract:

This paper aims to relate poverty in the municipality of Caraguatatuba-SP, with


the resulting environmental problems. The objective is the correlation with factors such
as health, education, inclusion, poverty in specific neighborhoods and it can be noted
that the higher the poverty rate, the higher the amount and intensity of environmental
problems.

Keywords: Poverty, urbanization, environmental degradation and income.


Introdução:

Desde a década de 1960, com a revolução industrial, sentimos um processo de


modernização em todo o país, ocasionando assim uma migração para os grandes centros
urbanos, em busca de emprego e qualidade de vida. No entanto esse processo irregular
gera diversos problemas tantos sociais quanto ambientais. As pessoas com baixa renda
tendem a se distanciar dos centros urbanos, um fenômeno que pode ser notado em
diversas cidades, devido ao custo alto da moradia nestes mesmos centros, uma
alternativa é ocupar as áreas com baixo custo e periféricas.

O nível de pobreza de uma sociedade não é medido somente pelo dinheiro, mas
também por fatores como a educação, a saúde, a segurança e a melhoria nas habitações.
Com isso a crescente urbanização traz como consequências cicatrizes na sociedade,
isolando aqueles que não possuem uma posição social elevada, fazendo a sociedade se
dividir cada vez mais, e, portanto, não evoluindo socialmente, já que este é um evento
que ocorre ao longo da nossa história.

A pobreza presente principalmente nas periferias de todos os países, por sua vez,
traz consigo também consequências ambientais: como alagamentos, erosões, poluição
do ar e das águas; isso também gera consequências sociais: como o aumento de índices
de violências, baixos índices de educação, saúde e saneamento básicos precários, dentre
outros. Fatores esses que podem ser minimizados com a elaboração de um Plano Diretor
que contemple o município. Assim, uma melhoria na qualidade social pode ocasionar
uma melhora no ambiente. A educação social e ambiental é um ponto positivo, podendo
melhorar a conexão entre capital e as populações mais carentes que em geral, habitam
próximas a áreas de preservação ambiental.
2.Justificativa:

Acredita-se que a qualidade de vida influencia diretamente a qualidade


ambiental, ou vice e versa, portanto, esse estudo tem como objetivo a verificação da
existência da relação entre a pobreza e os impactos ambientais, com foco no município
de Caraguatatuba, São Paulo, Brasil, utilizando métodos comparativos e reflexivos de
indicadores sociais espacializados, como pobreza e renda. Intervindo diretamente na
questão ambiental, como: saneamento básico, tratamento de água, embasado de dados
do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), do Ministério do Meio
Ambiente e SABESP (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e,
diversos artigos sobre o tema.

3.Objetivo geral:

Identificar e expor problemas ambientais, extraídos do censo demográfico de


2010, consequentes das precárias condições de grande parcela da população no
município, diagnosticando possíveis soluções e maior conscientização, contemplando o
viés da desigualdade social.

4.Objetivos específicos:

4.1. Escolha do Tema

4.2. Especificar e exemplificar a relação entre o meio social e ambiental.

4.3. Analisar os fatores sociais, tais como a pobreza e renda, e os fatores ambientais,
como: saneamento básico, tratamento de água.

4.4. Identificar problemas socioambientais em determinados bairros de


Caraguatatuba-SP, mediante a renda;
5.Materiais e método:
5.1. Materiais:
● Descrição da área de estudo
Este projeto tem como área de estudo a cidade de Caraguatatuba, que se localiza
no estado de São Paulo pertencente ao Vale do Paraíba, com uma extensão de 485,097
km². Apresenta uma grande variedade de córregos pequenos e rios caudalosos. Sua
localização é: 23°39’ de latitude Sul e 45°25’ de longitude, Oeste de Greenwich. A
figura 1 a seguir mostra a localização da área de estudo.

Caraguatatuba possui características geográficas que consistem em encostas


íngremes e terrenos físicos instáveis a qualquer precipitação de chuva intensa, causando
deslizamentos.

A cidade tem um histórico de desastres ambientais, seja ele de pequenas enchentes


em bairros isolados ou grandes alagamentos que param a movimentação de pistas e
estradas, até mesmo um dos maiores desastres ambientais do Brasil, em 1967 que com a
queda das escarpas da Serra do Mar, deixou a cidade coberta de escombros, deixando
residentes desabrigados e um histórico grande de mortes.

Dados sociais de Caraguatatuba, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatísticas):

PIB (produto interno bruto) 2012. R$1,5 Bilhão


População estimada de 2018. 119.625 pessoas
Densidade Demográfica. 207,88 hab./km²
Taxa de escolarização de 6 a 14 anos de 97,7%
idade (2010).

PIB per capita (2016). R$23.100,59.


Índice de Desenvolvimento Humano 0,759.
Municipal (IDHM) (2010).
Mortalidade Infantil (2017). 13,09 óbitos por mil nascidos vivos.
Esgotamento sanitário adequado (2010). 88 %.
Arborização de vias públicas (2010). 69%
Urbanização de vias públicas (2010). 9,4%
5.2 Método:

A seguir, demonstra-se através do fluxograma todos os passos elaborados para a


confecção deste trabalho.
● 4.1. O tema foi escolhido pois abrange uma importante realidade
socioambiental presente no município de Caraguatatuba;
● 4.2. A pobreza e os problemas ambientais estão correlacionados. O meio
social implica em diversas consequências e irregularidades no meio
ambiente;
● 4.3. Identificar diversos fatores sociais. A pobreza, que ocasiona
impactos na saúde, saneamento e qualidade de vida da população,
baseando-se em gráficos, mapas e o censo demográfico do IBGE (2010)
● 4.4. Análise de alguns bairros com baixa renda, localizados no
município de Caraguatatuba, sendo eles: Morro do Algodão, Porto Novo
e Travessão. Comparando-os com o bairro Tabatinga, tal qual é mais
desenvolvido e tem maior renda per capita.
6. Considerações Teóricas:
6.1. Evolução urbana de Caraguatatuba:

Estas imagens (Figura 2) em sequências mostram uma evolução na urbanização


da cidade de Caraguatatuba. Esse desenvolvimento se dá ao fato de Caraguatatuba ser
uma cidade com a principal fonte de comércio vindo de turismo. Na década de 1950
teve início a um avanço na urbanização, com a abertura da rodoviária que liga São
Sebastião-Caraguatatuba-Ubatuba.
A relação entre a pobreza e a degradação ambiental ocasiona um evento de
destruição ecológica ameaçando a segurança, o bem-estar econômico, e a saúde da
população mais pobre (Leonard, 1992).

De acordo com o Instituo Polis na década 80, uma ocupação da orla do centro da
cidade, expandindo também em direção as escarpas da serra do mar, sequencialmente,
em 1990, o crescimento continuou acelerado, neste período a população começa a ter
uma ocupação desordenada, habitando lugares como encostas de morros e de áreas
ribeirinhas, aumentando áreas de risco, dando fim a ocupação da orla de Caraguatatuba.

Acentua-se também o adensamento populacional na parte sul, em direção a Serra


do Mar, avanço para o interior, com a maioria da população com menor renda se
realocando, dando início ao fenômeno de ocupação desordenada em áreas de risco e de
preservação permanente (APP), distanciando massas populacionais dos grandes centros.

Em 2000 foi a época com menos expansão urbana, contudo é implantada a


Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba (UTGCA), ocupando uma área muito
delicada e que deve ser preservada da Serra do Mar. Anos depois identifica-se a Orla e
territórios do Norte e sul totalmente ocupados.

De acordo com Gigliotti (2012), desde 1950, o município de Caraguatatuba


iniciou um processo de forte urbanização e expansão imobiliária, visando suprir as
necessidades turísticas de forma mais intensa com realização de muitos lotes, ainda que
a densidade demográfica da microrregião é muito elevada

Esse crescimento acarretou em inúmeros problemas socio espaciais e altos


índices periféricos, ocupações irregulares, entre outros. Caraguatatuba continua
gradativamente ampliando de forma notável. Entre os anos de 2010 a 215, tivemos a
construção de um shopping (Shopping Serra Mar), um projeto de casas populares,
ampliação da rodovia principal, algumas áreas de eventos, tudo isso com viés turístico e
comercial.

Os autores, Barbier (2000) e Leonard (1992) afirmam que:


“A pobreza é um dos principais problemas da devastação
ambiental, e a própria pode infligir sérios danos aos pobres já que
suas vidas dependem do uso de recursos naturais e suas condições
de vida oferecem pouca proteção contra poluição do ar, água e
solo. De outro ponto de vista, a pobreza pode induzir os pobres a
depredar ainda mais os recursos naturais e prejudicar o ambiente,
acreditando assim estar garantindo um modo de vida. Gerando um
ciclo vicioso, reduzindo a renda e a sobrevivência dos pobres. ”

Assim Almeida (1997) indica outro fator:


“A qualidade de vida dos indivíduos também influência na
qualidade ambiental. Então ao se elevar a qualidade de vida das
pessoas, se eleva também a qualidade do ambiente e, se os
mesmos se encontrarem em situação de pobreza intensificada, o
ambiente responderá da mesma forma, ocasionando o
esgotamento dos recursos naturais e a depreciação do capital
humano e social, fazendo com que a abundancia presente na
natureza fiquem comprometidas e que o bem-estar das futuras
gerações também se comprometa. Assim, tanto a pobreza quanto
a destruição destes bens acabam por resultar no bloqueio do
crescimento econômico e social. Resultando muitas vezes na
destruição irreversível do ecossistema.

6.2. Rendimento Nominal Mensal:

De acordo com o instituto polis, 2012, um gráfico foi feito utilizando um mapa
da cidade de Caraguatatuba (Figura 3), analisando a renda per capita por locais.
Segundo esse mapa, as regiões com um rendimento per capita mais alto estão
localizados na orla marítima, no Centro, Prainha, Indaiá, Mococa e Tabatinga onde
possuem renda entre R$ 1530,00 e R$ 3060,00, a população de média renda está
espalhada em diversos locais recebendo entre R$ 510,00 e R$1530,00, já a população
de renda mínima está afastada e beirando as escarpas da Serra do Mar e ao longo da
Rodovia dos Tamoios (SP-99).

De acordo com SACHS (2002), o maior desafio da humanidade atualmente é o


desenvolvimento ambiental. Além dos problemas de pobreza, distribuição irregular de
renda, imperfeições do mercado, a preocupação com o meio em que vivemos, que está
aumentando com o passar do tempo. Tempo que não se mede como tradicionalmente
utilizado na economia, tempo em anos, já que para o meio ambiente o tempo são de
séculos e milênios.

Acrescentando, o autor Leonard (1992) apresenta que:

“...somente depois que aumentam as suas rendas os mais


pobres poderão tratar de problemas ambientais a longo
prazo. Assim é urgente conciliar as estratégias de pobreza
e de melhor proteção ambiental. ”

6.3. Uso de domicílios:


Caraguatatuba caracteriza-se uma cidade de turismo, tendo parte de seus
domicílios casas de veraneio. Segundo o gráfico do censo demográfico do IBGE (2010)
(Figura 4) sobre domicílios enumerados, vagos são menos de 10%, aqueles que estão à
venda e não estão sendo ocupados. Os domicílios com moradia regular da população se
enquadram entorno dos 50%. Ocupados ocasionalmente, sendo a maioria em temporada
de férias, finais de ano, e feriados prolongados, giram entorno de 43%. Com esses dados
observa-se que apenas metade da população das residências tem algum morador
permanente

6.4. Precariedade Habitacional:

O município de Caraguatatuba apresenta um problema estrutural grave, onde,


assentamentos precários se localizam nas periferias da cidade, em lugares de risco e de
proteção ambiental, ocasionando impactos negativos. Sendo esses assentamentos
irregulares, as consequências afetam além do meio ambiente, o setor da saúde,
economia, infraestrutura urbana, agravando com o passar do tempo.

Segundo o relatório Brundtland (WCED 1987), quando a população pobre


consegue apenas observar o curto prazo da utilização dos recursos naturais, a
exploração dos mesmos ultrapassa o ponto em que o ambiente consegue repor. Isso se
transforma num ciclo vicioso em que a pobreza gera a degradação dos recursos
ambientais, e por sua vez, a degradação agrava a situação da pobreza da população
(WCED 1987).

O Mapa a seguir (Figura 5) destaca 19 assentamentos precários em Caraguatatuba. 


Para Leonard (1992), SACHS (2002), e outros autores, a degradação ambiental
de uma área está diretamente ligada a qualidade econômica da sociedade que ali reside,
visto que, pessoas mais pobres não possuem condições para arcar com meios menos
degradantes, consequentemente acarretando problemas com difícil reversão.

Logo de acordo com o Relatório do Programa de Recuperação Socioambiental


da Serra do Mar, foram identificados 1.181 domicílios em assentamentos precários,
abrigando 4.208 moradores. Estas moradias estão localizadas nos núcleos: Tinga,
Jaraguazinho, Rio do Ouro, Benfica, Cantagalo, Casa Branca, e Olaria, que se localizam
no setor Central do município, e Sertão dos Torinhos, que se localiza no setor Sul. Essas
moradias são encontradas em sua maior parte nas encostas de morros, em locais aonde
não se pode residir de acordo com a legislação ambiental regente.

Assim como destaca o autor Ely (1986, p.79-81) é de extrema importância uma
correta alocação dos recursos escassos para o bem-estar social da população. Para o
autor, o meio ambiente é um recurso essencial para a humanidade, porém esse recurso
vem se tornando cada vez mais escasso, com o grande desenvolvimento da tecnologia, o
crescimento populacional, o crescimento econômico e as riquezas em capital que ela
fornece.
6.5. Sistema de abastecimento de Água Potável:

Alfonso (1979):

“(...)o nível de pobreza não é medido somente pelo dinheiro,


leva-se em consideração também a educação, saúde, redução da
delinquência e a melhoria nas habitações. ”

Conforme o mapa abaixo (figura 5) observa-se que os maiores índices de


cobertura de abastecimento de água potável se encontram no centro do município ao
extremo sul, e ao oeste e ao norte do município se encontra uma oferta de serviço

menor.
A expansão da mancha urbana de Caraguatatuba aliado a falta de investimento
com o abastecimento de água potável da região tornou estes índices insatisfatórios. Com
a previsão do crescimento urbano, além do investimento da rede pública de produção e
abastecimento de água, a SABESP, o Poder Público deverá investir também para que o
abastecimento se torne eficaz e satisfatório para todo o município.
Para a ONU qualidade de vida está associada a satisfação do cidadão, a
satisfação que está ligada as necessidades básicas de alimentação, saúde, segurança,
trabalho, realização de atividades culturais e políticas. Desta forma os direitos básicos
bem aplicados e executados são fundamentais para a construção de uma sociedade
menos degradada em amplos contextos.

6.6. Crescimento populacional:

A sociedade a partir de 1960 concentrou-se grande parte nas áreas urbanas, que
ocasionou uma grande expansão das cidades para comportar todos os indivíduos. Nela
se passa a morar grande parte da população, e o mesmo gera resíduos nesse processo.

Os problemas da sociedade ocorrem em conjunto com os problemas ambientais,


devendo assim ser tratados com igual importância, afim de que a sociedade entenda a
importância do meio.

As cidades podem ser consideradas ecossistema, tendo necessidades biológicas e


culturais. Sendo as necessidades biológicas: água, ar, energia (calor e alimento), espaço
e abrigo; e as necessidades culturais sendo: política, sistema econômico, informação,
educação, dentre outros demais.

Porém o homem que atua com força principal nesse ecossistema, gera mudanças
fortes e rápidas, a qual a natureza não consegue acompanhar e se adequar, gerando
assim um rompimento no ciclo entre o homem e a natureza.
A seguir a figura 6 comparando nos anos de 1960, com o início da revolução
industrial, até 2010, dados mais atuais. Para uma comparação nos valores de população
urbana e rural.

A imagem mostra que em 1960 a quantidade era aproximada entre a população


rural e urbana, mas com o passar dos anos a população urbana veem aumentando.
Finalizando então, temos Graziano (2004), que aponta desde a Revolução
Industrial a degradação ambiental aumenta exponencialmente, por causa de busca de
terras, matéria prima, bens e serviços. Portanto essa exploração a recursos da natureza
vem acelerando a degradação ambiental, tendo como principais aspectos: aumento do
consumo e o crescimento populacional em áreas irregulares, que somente prejudica
tanto as pessoas que moram nesses lugares quanto no meio ambiente.

Assim como o estudo de Fátima (2007) o estudo tem caráter descritivo,


explicativo, expondo pontos de vista de diversos autores. Utilizando de processos
comparativos tende-se a descrever um ambiente em que os parâmetros sociais estão
relacionados aos parâmetros ambientais, tais como já citados anteriormente, como
pobreza, renda, educação, saneamento básico, tratamento de água.
Fazendo então pesquisas de campo com intuito de coleta de dados para
confirmação dos dados utilizados, além das bases com os órgãos governamentais
fornecedores das mesmas bases de dados, como por exemplo, Ministério do Meio
Ambiente, Sabesp e IBGE.
Fotografias dos locais foram tiradas para comprovação dos argumentos
utilizados no estudo. As mesmas foram tiradas nos bairros do município onde se
entende que a renda seja menor da cidade, expondo uma realidade da situação
ambiental e econômica dos bairros.
8. Resultados:
A seguir fotografias tiradas em diferentes bairros, com rendas nominais per
capita de R$ 510,00 a R$ 1530,00, e R$ 3060,00 a R$ 5100,00.

8.1. Fotografias dos bairros: Morro do algodão; Figuras 7 e 8.


8.2. Fotografias dos bairros: Porto Novo; Figuras 9 e 10.
8.3. Fotografias dos bairros: Travessão; Figuras 11 e 12.
8.4. Fotografias Bairros: Costa verde Tabatinga; Figuras 13 e 14.
8.5. Fotografias Bairros: Centro; Figuras 15 e 16.
9. Considerações Finais.
Com essas fotografias pode-se observar a diferença entre bairros com um rendimento
per capito alto, e bairros com rendimento per capito baixo. Enquanto no bairro do
Morro do algodão não existe uma rede de tratamento de esgoto, o condomínio Costa
Verde possui um próprio, os bairros mais desenvolvidos são afastados das zonas
periféricas e isso ocorre principalmente pelo fluxo turístico que existe na microrregião.
Outros exemplos são as áreas verdes e o destino dos descartes de resíduos sólidos, e
também a condição das ruas de cada bairro.
Baseando-se no presente estudo, pode-se dizer que o município de Caraguatatuba
apresenta diversas irregularidades e problemas ambientas, os quais tem grande
influência da renda populacional (per capta), o forte processo de urbanização e
expansão, desde a década de 50 mais a alta taxa de densidade demográfica da cidade
(Gigliotti, 2012).
De acordo com os dados apresentados, fica visível que a relação entre a pobreza e a
degradação ambiental na cidade acontece de forma intensa. Os gráficos, mapas e fotos
mostram o distanciamento urbano da classe menos desenvolvida, evidenciando as
consequências desse fator, deixando explícito os erros na divisão sócio espacial.
10. Referências Bibliográficas.
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