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UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO - CAMPUS ABC

ARQUITETURA E URBANISMO

KARINA TATIANE LOURENÇO DOS SANTOS

PROPOSTA ARQUITETÔNICA DE UM CENTRO DE


CONVIVÊNCIA PARA PESSOAS DA TERCEIRA IDADE

SÃO BERNARDO DO CAMPO


2022
KARINA TATIANE LOURENÇO DOS SANTOS

PROPOSTA ARQUITETÔNICA DE UM CENTRO DE


CONVIVÊNCIA PARA PESSOAS DA TERCEIRA IDADE

Trabalho Final de Graduação II,


apresentado ao Curso de Arquitetura e
Urbanismo da IES Anhanguera, como
requisito de obtenção do título de
bacharel em Arquitetura e Urbanismo.
Orientadora:Profª:Tania Knapp Da Silva.

São Bernardo do Campo


2022
Karina Tatiane Lourenço dos Santos

PROPOSTA ARQUITETÔNICA DE UM CENTRO DE CONVIVÊNCIA PARA


PESSOAS DA TERCEIRA IDADE

Trabalho Final de Conclusão II – Universidade Anhanguera de São Paulo


Campus ABC

Comissão Julgadora

___________________________________________________________________
Orientadora: Profa. Tania Knapp Da Silva

___________________________________________________________________
Banca Examinadora: Profa.

___________________________________________________________________
Banca Examinadora: Prof°

São Bernardo do Campo


2022
“Não honrar a velhice é demolir, de manhã, a
casa onde vamos dormir à noite .”
(Jean Baptiste Alphonse Karr)
RESUMO

Este estudo concentra informações para elaboração de projeto arquitetônico, de um


Centro de Convivência para Pessoas da Terceira Idade em Ponta Grossa – PR, com
previsão de atendimento para 130 pessoas por dia. O principal objetivo é assegurar
espaço de encontro para os idosos de modo a promover a convivência com outras
pessoas, abrindo espaço para as crianças de 5 a 12 anos, das famílias que estão
cadastradas no CRAS. O Centro abrigará atividades físicas e de lazer. A questão
social dos idosos é um desafio, pois a sociedade ainda mantém um sentimento
negativo sobre o envelhecimento, desprezando fatores positivos como a experiência
e a maior expectativa de vida. Com o crescimento da população idosa é necessária
uma atenção maior às demandas deste grupo, e uma das formas de atendimento
possível é a ampliação dos Centros que atendem os idosos.

Palavras-chave: Centro de Convivência. Terceira Idade. Direito Social do Idoso.


ABSTRACT

This study concentrates information for the elaboration of an architectural project, of


a Community Center for the Elderly in Ponta Grossa – PR, with a proposal to serve
an average of 130 people per day. Some goals are to ensure meeting space for the
elderly to promote coexistence with other people and children from 5 to 12 years old,
it will host physical and leisure activities. The social issue of the elderly is a
challenge, as society still lives with the negative feeling about human aging, ignoring
factors such as experience. With the growth of the elderly population, greater
attention to this demand is needed, and this can be done by expanding the centers
that serve the elderly.

Keywords: Community Center. Third Age. Social Rights of the Elderly.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1. Gráfico de distribuição da população por sexo, grupos de idade Ponta


Grossa (PR) .............................................................................................................. 16
Figura 2. Fachada Providence Mount St. Vincent ..................................................... 19
Figura 3. Imagens da casa de repouso Providence Mount St. Vicent, interações entre
idosos e crianças através de brincadeiras como na primeira imagem ou na
montagem de lanches como na segunda imagem .................................................... 20
Figura 4. Localização, acessos, transporte público ................................................... 20
Figura 5. Jardim Providence Mount St. Vincent ........................................................ 21
Figura 6. Setorização geral ....................................................................................... 21
Figura 7. Detalhamento de ambientes ...................................................................... 22
Figura 8.Momentos de socialização .......................................................................... 22
Figura 9.Imagem externa da Vila dos Idosos ............................................................ 23
Figura 10. Implantação Vila dos Idosos .................................................................... 24
Figura 11 - Planta tipo 1 e 2 ...................................................................................... 24
Figura 12. Acessos à edificação, ao elevador, circulação, escada e ao apartamento
.................................................................................................................................. 25
Figura 13. Maquete física da Vila dos Idosos ............................................................ 25
Figura 14. Imagem externa dos corredores .............................................................. 26
Figura 15. Fachada principal do Lar de Idosos Peter Rosegger ............................... 27
Figura 16. Jardim ...................................................................................................... 27
Figura 17. Implantação .............................................................................................. 28
Figura 18. Zoneamento planta térreo ........................................................................ 29
Figura 19. Zoneamento planta primeiro pavimento ................................................... 29
Figura 20. Entorno imediato Lar de Idosos Peter Rosegger ..................................... 30
Figura 21. Externo da edificação-Pátio Jardim .......................................................... 31
Figura 22. Vistas internas do Lar de Idosos Peter Rosegger, cozinha e corredor..... 31
Figura 23. Fachada Residência para Idosos / Óscar Miguel Ares Álvarez................32
Figura 24. Vistas internas Residência para Idosos....................................................32
Figura 25. Esquena de iluminação zenital..................................................................33
Figura 26. Vista interna Residência para Idosos, espaço de atividades, com a
iluminação zenital.......................................................................................................34
Figura 27. Planta térreo residência para idosos Óscar Miguel...................................34
Figura 28. Mapas do Brasil, Paraná, Ponta Grossa, Jardim Carvalho ...................... 36
Figura 29. Localização Centro-Bairro com principais vias ......................................... 37
Figura 30. Mapa Jardim Carvalho e terreno...............................................................37
Figura 31. Terreno..................................................................................................... 38
Figura 32. Imagens do entorno ................................................................................. 39
Figura 33. Terreno visto pela Rua Ângelo Madalo.....................................................39
Figura 34. Localização do CRAS com o terreno, e área central da cidade ............... 40
Figura 35. Localização das unidades do CRAS em Ponta Grossa............................40
Figura 36. Localização do CRAS, praças, Unidade de saúde e ponto de ônibus
próximo ao terreno .................................................................................................... 41
Figura 37. Zoneamento ............................................................................................. 42
Figura 38. Parâmetros de uso e ocupação do solo ................................................... 43
Figura 39. Mapa Gabarito de Altura .......................................................................... 44
Figura 40. Mapa de Hierarquia Viária e Direção de Fluxos da Via ............................ 44
Figura 41. Mapa do Transporte Coletivo, vias principais e localização dos bairros,
Centro-Jardim Carvalho ............................................................................................ 46
Figura 42. Trajeto Sol e Vento................................................................................... 47
Figura 43. Velocidade e direção do vento em Ponta Grossa .................................... 47
Figura 44. Deslocamento de pessoas em pé ............................................................ 48
Figura 45. Área para manobra sem deslocamento ................................................... 48
Figura 46. Área para manobra com deslocamento ................................................... 49
Figura 47. Corrimão em escadas e rampas .............................................................. 49
Figura 48. Escada submersa..................................................................................... 50
Figura 49. Tabela do Programa de Necessidades....................................................51
Figura 50. Fluxograma da proposta...........................................................................52
Figura 51. Setorização dos ambientes.......................................................................53
Figura 52. Implantação...............................................................................................54
Figura 53. Planta baixa...............................................................................................55
Figura 54. Imagem frontal e posterior........................................................................56
Figura 55. Elevações Lateral e posterior....................................................................56
Figura 56. Corte A e B................................................................................................57
Figura 57. Corte C e D...............................................................................................57
Figura 58. Estrutural ..................................................................................................58
Figura 59. Planta de cobertura..................................................................................59
Figura 60. Maquete 3D do projeto.............................................................................60
Figura 61. Maquete volumétrica eletrônica................................................................61
Figura 62. Espaço de geração 3................................................................................61
Figura 63. Espaço de geração 2................................................................................62
Figura 64. Espaço de geração 1................................................................................62
Figura 65. Espaço de geração 4................................................................................63
Figura 66. Refeitório...................................................................................................64
Figura 67. Fachada....................................................................................................64
Figura 68. Imagem do corredor com o espaço de convivência..................................65
Figura 69. Piscina.......................................................................................................66
Figura 70. Playgroud..................................................................................................66
Figura 71. Foodtrucks.................................................................................................67
Sumário

1 MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................... 11


2 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12
2.1 OBJETIVO DA PROPOSTA ................................................................................ 17
2.2 JUSTIFICATIVA DO TEMA DO PROJETO ......................................................... 18
3 ESTUDOS DE CASOS ......................................................................................... 19
3.1 PRÉ-ESCOLA INTERGENERATIONAL LEARNING CENTER E CASA DE
REPOUSO PROVIDENCE MOUNT ST. VINCENT...................................................19
3.2 VILA DOS IDOSOS.............................................................................................23
3.3 LAR DE IDOSOS PETER ROSEGGER...............................................................27
3.4 RESIDÊNCIA PARA IDOSOS/ÓSCAR MIGUEL ÁVAREZ .................................32
4 DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO .................................................. 35
4.1 CONTEXTUALIZAÇÃO REGIONAL ................................................................... 35
4.2 BAIRRO JARDIM CARVALHO............................................................................ 36
4.3 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO TERRENO ......................................... 38
4.4 CONTEXTO DA IMPLANTAÇÃO ........................................................................ 39
4.5 ASPECTOS LEGAIS ........................................................................................... 42
4.5.1 Zoneamento ..................................................................................................... 42
4.5.2 Topografia ........................................................................................................ 43
4.5.3 Gabarito de Altura ............................................................................................ 43
4.5.4 Hierarquia Viária e Direção de Fluxos da Via ................................................... 44
4.5.5 Transporte Coletivo .......................................................................................... 45
4.5.6 Microclima ........................................................................................................ 46
4.5.7 NBR 9050 ......................................................................................................... 48
5 PROJETO ............................................................................................................ 50
5.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES .................................................................... 50
5.2 SETORIZAÇÃO ................................................................................................... 52
5.3 IMPLANTAÇÃO ................................................................................................... 53
5.4 PLANTA................................................................................................................54
5.5 ELEVAÇÕES........................................................................................................55
5.6 CORTES...............................................................................................................56
5.7 SISTEMA ESTRUTURAL E COBERTURA..........................................................57
5.8 INSTALAÇÕES PREDIAIS E HIDROSSANITÁRIAS .......................................... 54
6 MEMORIAL JUSTIFICATIVO ............................................................................... 59
7 RESULTADOS.......................................................................................................66
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 67
REFERÊNCIAS..........................................................................................................68
ANEXOS.....................................................................................................................74
1 MATERIAL E MÉTODOS

As metodologias utilizadas para fundamentar informações foram a pesquisa


bibliográfica e análise de estudos de caso. Na pesquisa bibliográfica, foram
levantados dados sobre a população idosa, além de informações sobre os aspectos
gerais do local de implantação da proposta. No estudo de caso, a avaliação foi na
observação das obras correlatas, no estudos de referências e características
importantes.
Em se tratando de obras correlatas, foram analisadas, em nacional, o Conjunto
Habitacional “Armando Amadeu”, conhecido como Vila dos Idosos em São Paulo-
Sp e, em nível internacional, a Pré-escola Intergenerational Learning Center e Casa
de Repouso Providence Mount St. Vincent, em Seattle, nos EUA, o Lar de Idosos
Peter Rosegger em Graz na Áustria, e a Residência para Idosos de Aldeamayor de
San Martín em Valladolind na Espanha.
As instituições foram analisadas segundo aspectos formais e compositivos,
programa, fluxos, técnicas construtivas e demais características, para auxílio na
análise de desenvolvimento do conceito arquitetônico do Centro.
Os procedimentos metodológicos para a realização do trabalho estão
divididos nas seguintes etapas: i) pesquisa bibliográfica por meio de consultas em
livros, periódicos e páginas disponíveis na internet, como monografias, artigos, e
projetos que discorrem sobre o tema; ii) bibliotecas eletrônicas, como Google
Acadêmico, site Archdaily, dissertações em Arquitetura e Urbanismo, Leis e
Decretos, História, Direito; Pesquisa Documental de legislações municipais e dados
do IBGE; iii) Processo projetual, com a elaboração de diretrizes projetuais,
características arquitetônicas a serem aplicadas no local; iv) análise e diagnóstico do
sítio, realizaram-se visitas in loco para registro fotográfico e levantamentos de
informações técnicas no portal GEOWEB, assim como investigação por material
técnico digital no site do IBGE.
12

2 INTRODUÇÃO

A partir da análise da falta de locais de atendimento ao idoso em Ponta


Grossa, Paraná, propõe-se a elaboração de um projeto arquitetônico de um Centro
de Convivência para Pessoas da Terceira Idade, no bairro Jardim Carvalho. O
projeto arquitetônico abrigará atividades físicas e de lazer, dedicadas às pessoas da
terceira idade. Essas atividades, além da restauração do equilíbrio físico, irão ajudar
a estimular o convívio com outras pessoas, além da busca de bem-estar e melhoria
da qualidade de vida (SEBRAE, 2019).
O envelhecimento da população é uma das maiores vitórias da humanidade,
isso mostra que houve uma melhoria significativa nas condições de vida da
população, o que gera o aumento da longevidade, mas que se tornou um dos
nossos grandes desafios. No início do século XXI, o envelhecimento global causou
um aumento das demandas sociais e econômicas em todo o mundo. Mas, para que
se possa viver com dignidade na velhice, alguns princípios devem ser exercidos no
contexto social, tais como, respeito, acolhimento e dignidade (FRIAS, 2015).
Estudos mostram que, em 2050 um em cada cinco brasileiros terá 60 anos ou
mais (ONU, fevereiro, 2002). Nas últimas décadas tem havido um aumento da
expectativa de vida, além da redução da taxa de natalidade e a decorrência natural
desses fatores é o aumento de idosos na população total, também denominado de
envelhecimento da população. E esse fato é um desafio social a ser enfrentado pela
sociedade brasileira, pois ainda se convive com uma imagem negativa sobre o
envelhecimento, desprezando fatores como a valorização da experiência e o triunfo
da longevidade (FRIAS, 2015).

A expectativa de vida atual do brasileiro é de 77 anos, sendo


77 anos, para as mulheres e 69,9 anos para os homens. A
ampliação do tempo de vida deve-se, principalmente, aos
avanços da medicina e da tecnologia, que criaram meios para
os cuidados com a saúde e com a qualidade de vida
(ROUGEMONT, 2012, p. 01).

Segundo o levantamento do IBGE, em 2017 o Brasil tinha 28 milhões de


idosos, 13,5% do total da população. A estimativa para 2027 é de que a população
de idosos chegue a 38,5 milhões (17,4% do total de habitantes).
13

Para que os idosos de hoje e dos próximos anos tenham uma boa qualidade
de vida, é preciso garantir direitos como saúde, trabalho, assistência social,
educação, cultura, esporte, habitação e meios de transportes. No Brasil, esses
direitos são regulamentados pela Política Nacional do Idoso, bem como o Estatuto
do Idoso, sancionados, respectivamente, em 1994 e em 2003. Os dois documentos
devem servir para orientar as políticas públicas.
Segundo o Decreto nº 1.948 de 3 de julho de 1996, em seu artigo 4º inciso I,
diz: que o centro de convivência é um local destinado a permanência diurna do
idoso, onde são desenvolvidas atividades físicas, laborativas, recreativas, culturais,
associativas e de educação para cidadania (BRASIL, 1996).

Os programas, denominados de Centros de Conivência, tem a


finalidade de promover a valorização dos idosos como fonte de
cultura e preservação da memória histórica, proporcionando
sua reintegração e participação nos processos sociais por meio
da convivência com outras pessoas em condições semelhantes
de vida. Essas experiências expandiram-se para várias
instituições privadas com ou sem fins lucrativos e instituições
públicas (GOMES et al., 2012).

As pessoas da terceira idade são muitas vezes ignoradas pelos mais novos,
quando na verdade são importantes para a estrutura da nossa sociedade. Camarano
e Pasinato (2004 apud ALVES, 2014), afirmam que a criação de um ambiente
favorável para que os idosos possam se socializar e partilhar seus conhecimentos e
capacidades com gerações mais jovens, bem como, com a coletividade em geral é
muito importante. Segundo Motta (2001), pode-se assegurar que a velhice é
socialmente construída a partir da cultura e da situação social em que os indivíduos
estão inseridos.
Quanto melhor for o meio social, melhores serão as condições e a qualidade
de vida dos idosos. No Brasil, para os efeitos da Lei Federal nº 8.842, de 04 de
janeiro de 1994 (BRASIL, 1994), são considerados idosos os cidadãos com idade
igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
A proporção de pessoas com mais de 60 anos vem aumentando pelo mundo,
mais que qualquer outra faixa etária, com isso o aumento de idosos vulneráveis
também aumentou. Notícias mostram que, idosos que ficam mais tempo em casa
também acabam sofrendo algum tipo de violência doméstica, um exemplo é o
isolamento social que aconteceu por conta da pandemia da Covid 19, que fez
14

aumentar os casos e indica como alguns idosos são tratados pelos familiares ou
responsáveis.

As denúncias de violência contra pessoas idosas


representavam, em 2019, 30% do total de denúncias de
violações de direitos humanos recebidas pelo canal telefônico
Disque 100, disponibilizado pelo governo federal, o que
somava em torno de 48,5 mil registros. Em 2018, o serviço
recebeu 37,4 mil denúncias de crimes contra idosos. No fim do
ano passado, com o isolamento social imposto pela pandemia
de covid-19, o número observado em 2019 aumentou 53%,
passando para 77,18 mil denúncias. No primeiro semestre de
2021, o Disque 100 já registra mais de 33,6 mil casos de
violações de direitos humanos contra o idoso, no Brasil
(REVISTA AGÊNCIA BRASIL, 2021).

Muitas vezes alguns desses idosos são deixados de lado pela família,,
enquanto seus familiares saem para trabalhar de manhã, e só voltam à noite. Em
outros casos, algumas famílias preferem deixar seus parentes idosos em casas de
repouso ou asilo.
A maioria das casas de repouso ou asilos como são chamados, nem sempre
possuem instalações adequadas, algumas são casas adaptadas para acolher os
idosos, mas não possuem acessibilidade ou profissionais capacitados para essa
função, e não tem local para esporte ou lazer que acabam dificultando o convívio
social dos idosos. Além disso, a maioria das casas de repouso são equipamentos
privados, e, portanto, não são acessíveis às famílias de baixa renda, dependentes
dos serviços públicos.
Atualmente a população de Ponta Grossa é de 355.336 pessoas, de acordo
com dados da Fundação Municipal de Promoção ao Idoso (FAPI), o município
possui aproximadamente 32.320 idosos, a porcentagem de idosos no município que
estão em vulnerabilidade, que não possui nenhuma ocupação é de
aproximadamente 10% da população, de acordo com dados do IPARDES/2019
(Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social).

Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, registrou quase


400 denúncias de violação de direitos do idoso em 2020, de
acordo com balanço da Prefeitura. Conforme levantamento,
foram 373 denúncias durante o ano (CORREIO DOS
CAMPOS, 2021).
15

A Fapi possui convênio com 44 locais que oferecem atendimento aos idosos.
Destes, 9 são Asilos, 31 são grupos de Associação de Amigos da pessoa Idosa dos
bairros e 4 são centros de convivência, atendendo um total de 10.000 idosos
cadastrados. Apesar do número expressivo, ele não representa nem a metade de
toda a população idosa que a cidade tem. No Cras (Centro de Referência de
Assistência Social) do Jardim Carvalho são cerca de 20 idosos atendidos
diariamente, (REDE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DE PONTA GROSSA, 2021). As
unidades do CRAS estão preparadas para atender:

 Famílias e pessoas em situação de desproteção social


 Pessoas com deficiência
 Idosos
 Crianças retiradas do trabalho infantil
 Pessoas inscritas no Cadastro Único
 Beneficiários do Bolsa Família
 Beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), entre outros.
(REDE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DE PONTA GROSSA, 2021)

Em Ponta Grossa, o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa é o


órgão responsável por fiscalizar e promover apoio às instituições que consolidam
atividades de lazer e amparo voltado à terceira idade.
De acordo com o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa, ter
acesso à atividade de cultura e lazer é direito garantido à pessoa idosa,
proporcionando serviços de convivência como oficinas onde os idosos possam
interagir (PMPG, 2019). O Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa foi
reativado em 2013 e desde então vem acompanhando no município, a prestação de
serviços à pessoa idosa e firmando parcerias em benefício deles.

Além da prática de atividades físicas, que deve ser leve e


proporcionar não só saúde física, mas um momento de lazer,
de integração com as pessoas com quem se pratica os
exercícios, também é importante que as pessoas da terceira
idade frequentem cursos, palestras, reuniões ou atividades
semelhantes, que possibilitem uma vida social favorável, pois
com mais tempo livre, é importante se socializar em diversos
ambientes (REVISTA ENTRETANTO, 2020).

A Fundação Municipal de Promoção ao Idoso, vinculada à Secretaria


Municipal de Assistência Social, foi constituída “pela Lei Municipal n.º 4.536, de 26
16

de março de 1991 e norteia-se pela Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), n.º
8.742 (A Lei Orgânica da Assistência Social (Lei 8742) assegura que a assistência
social deve ser direito do cidadão e dever do Estado, sendo uma Política de
Seguridade Social não contributiva. Com ela, as necessidades básicas são
obrigatórias e funcionam sob o auxílio da iniciativa pública e da sociedade que
dispõe sobre a Política Nacional do Idoso, Lei Federal n.º 8.842 Art. 1º.
A Política Nacional do Idoso tem por objetivo assegurar os direitos sociais
do idoso, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação
efetiva na sociedade. Art. 2º Considera-se idoso, para os efeitos desta lei, a pessoa
maior de sessenta anos de idade. (PMPG, 2019, p. 01).
O Departamento do Idoso, da Fundação Proamor, que tem por finalidade
coordenar, fiscalizar e executar a política municipal de assistência social às pessoas
com deficiência, crianças e adolescentes e idosos, possui mais de mil idosos
cadastrados em suas atividades, como aulas de natação e hidroginástica, atividades
como caminhadas, alongamento e ritmo, bocha, sinuca e carteado (NORONHA,
2017).
De acordo com dados coletados por Sansana, Barbosa e Rubik (2019) na
Fundação Municipal de Promoção ao Idoso (FAPI), segundo o censo de 2010
(IBGE, 2010), o município de Ponta Grossa possui aproximadamente 32.320 idosos,
sendo que 13.654 (42,25%) são homens e 18.666 (57.75%) mulheres (Gráfico 1).

Figura 1 - Gráfico de distribuição da população por sexo, grupos de idade Ponta Grossa (PR)

Fonte: IBGE (2010).

Analisando o gráfico de 2010, percebe-se a tendência de aumento do número


de idosos de 2010 para 2021, pois, os que estavam nas faixas de 55 – 59 anos e
ainda na faixa de 50 – 55 em 2010, pertencem hoje ao grupo de idosos com mais de
60 anos. Em 10 anos foram acrescidos aproximadamente 30.000 mil idosos, que
precisam de apoio por parte dos órgãos municipais, bem como de serviços como
17

assistência social, lazer e cultura. Baseando-se nesses dados apresentados, o


projeto de implantação de um Centro de Convivência para Pessoas daTerceira idade
é muito necessário, pois com o aumento populacional de idosos, cresce também a
demanda de Centros de Convivência.
Essa fase da vida é um momento favorável para novas conquistas e para a
continuação do desenvolvimento e produção social, cognitiva e cultural, cabendo ao
idoso potencializar os próprios recursos e atuar na própria construção da identidade
(SCHNEIDER; IRIGARAY, 2008).

2.1 OBJETIVO DA PROPOSTA

A proposta do trabalho de conclusão do curso é voltada para a cidade de


Ponta Grossa -PR, de iniciativa pública com atendimento em horário comercial, com
o objetivo de prevenir situações de risco, evitar o isolamento social, melhorar a
qualidade de vida através de atividades recreativas, educacionais, físicas
especificas, e convivência desses idosos com crianças de 5 até 12 anos
cadastradas no CRAS, podendo participar das atividades ofertadas nos espaços de
gerações, buscando assim o bem estar e a melhoria na qualidade de vida dos
idosos, entre troca de experiências com o mesmos, e com fácil acesso, localizado
próximo ao centro da cidade.
Proporcionar encontros entre crianças e idosos gera benefícios
aos dois, pois são duas gerações em contato, ambas com
demanda de socialização, aprendizagem e afeto. Os idosos se
sentem mais úteis quando conseguem assistir uma criança,
além de criar laços afetivos que contribuem para a saúde
mental. Crianças e idosos estão todo o tempo construindo
significado e trocando experiências. Por isso, a aprendizagem
para a vida é mútua. Entender o processo natural de
envelhecer e a fácil adaptação às tendências são pautas
constantes entre crianças e idosos, respectivamente. Além
disso, há os benefícios físicos, resgate de memórias e histórias
e muito mais. Com a interação entre crianças e idosos,
aumenta-se o desenvolvimento da postura autônoma, senso de
responsabilidade e todas as habilidades necessárias para um
desenvolvimento integral. Isso para os dois lados! É nessa
troca de experiências que muitos idosos acabam relembrando
de valores que não se recordavam e passam a repensar a vida
(SAVERHOME, 2020).
18

2.2 JUSTIFICATIVA DO TEMA DO PROJETO

O Centro de Convivência para Pessoas da Terceira Idade surgiu da


constatação de que eles precisam de espaço para realizar atividades especificas,
promovendo o desenvolvimento ativo, o aumento da qualidade de vida e a
convivência social.
Para sua realização, o projeto incorpora diferentes ambientes, com distintas
atividades que irá contribuir para um envelhecimento saudável.

“Cada vez mais centros de cuidados de idosos realizam


alianças estratégicas com centros de cuidados de menores
para organizar atividades em conjunto que beneficiem tanto as
crianças como as pessoas da terceira idade. Os adultos
interagem com os menores em um programa regular que inclui
leituras, atividades com quebra-cabeças, jogos de mesa e
outros. Até o momento, há poucos estudos sobre os benefícios
que podem ser obtidos em centros de cuidado intergeracional,
mas se identificou que as pessoas com alguns tipos de
demência como o Alzheimer têm maior nível de compromisso
positivo em sua interação com as crianças, os adultos sorriem
mais e se tornam mais conversadores em contato com as
crianças, os adultos com demência podem ensinar as crianças
a classificar por formas e cores ou como limpar objetos. As
crianças que participam vivenciam menor número de
problemas de comportamento e seu desenvolvimento social
melhora” (BLOGS.FUNIBER, agosto, 2018).

O Centro de Convivência para Pessoas da Terceira Idade será desenvolvido


para ser um ponto de encontro de promoção da convivência familiar e comunitária. A
ideia é implantar no terreno pequenos jardins e praças logo na entrada. Essas áreas
são convidativas tanto para os idosos quanto para a população local.
CONCEITO: Promover o desenvolvimento ativo, aumento da qualidade de vida, e a
convivência social com outras pessoas de idades diferentes.
PARTIDO: Disponibilizar diversos ambientes com distintas atividades para contribuir
com um envelhecimento saudável.
PÚBLICO- ALVO: Pessoas com idade igual ou superior a 60 anos e crianças de 5 a
12 anos, cadastradas no CRAS.
19

3 ESTUDOS DE CASOS

3.1 PRÉ-ESCOLA INTERGENERATIONAL LEARNING CENTER E CASA DE


REPOUSO PROVIDENCE MOUNT ST. VINCENT

Figura 2 - Fachada Providence Mount St. Vincent

Fonte: Providence Mount St. Vincent.

O primeiro estudo de caso baseia-se na pré-escola Intergenerational Learning


Center e pela casa de repouso Providence Mount St. Vincent, ambos em Seattle,
nos EUA, com mais de 90.000m², inaugurada em 1924. O local foi objeto do filme
documentário “Present Perfect” (Presente Perfeito), do diretor Evan Briggs. “Cerca
de 43% dos idosos vivem a experiência do isolamento social, que está diretamente
ligada à solidão, depressão, assim como ao declínio mental e físico”, afirma o diretor
no documentário.
A Creche instalada dentro do lar para idosos nos EUA promove experiência
inovadora e emocionante, que tem ensinado para as crianças sobre o
envelhecimento, e ao mesmo tempo afasta os idosos da tristeza do isolamento no
fim da sua vida.
Todos os dias na instituição, as crianças de cinco anos de idade convivem
com os 400 idosos moradores do local, participando de atividades que são sugeridas
pelos cuidadores, como dança, preparo de lanche que são realizados para doações
e contação de histórias.
20

Aliar a energia de crianças, que pulam, brincam, sonham e não


se entristecem, parece ser a metade que faltava na receita.
Neste centro de idosos, onde vivem mais de 400 moradores, as
crianças passam cinco dias por semana interagindo com os
idosos e fazendo atividades, desde brincar, dançar, contar
histórias e ir ao parque, por exemplo. Esta parece mesmo uma
transformação para educação infantil. Claro que as crianças
apresentam um pique de energia que é de dar inveja para
qualquer pessoa, mas esta grande ideia apresenta uma grande
oportunidade para que as crianças conheçam as limitações que
o tempo impõe as pessoas, e idosos que vem nas crianças
uma forma de viver, sorrir e lembrar que ainda estão vivos e
podem sentir felicidade” (EUSEMFRONTEIRAS, agosto, 2018).

Figura 3 - Imagens da casa de repouso Providence Mount St. Vicent, interações entre idosos e
crianças através de brincadeiras como na primeira imagem ou na montagem de lanches como na
segunda imagem

Fonte: Providence Mount St. Vincent

Figura 4 - Localização, acessos, transporte público

Fonte: Adaptado de Google Maps (2021).


21

Figura 5 - Jardim Providence Mount St. Vincent

Fonte: Fonte: Google Maps (2021).

O St. Vincent com 109 apartamentos, 6 conjuntos de 23 quartos, e 58 leitos


de transição para pacientes que necessitam de cuidado especial. Cada conjunto é
dividido em salas de estar, de jantar, cafeteria, áreas de lazer e apartamentos com
banheiros independentes, e são decorados como casas, para lembrar o aconchego
do lar, o local também é aberto a visitantes.
Os apartamentos são locais de moradia dos residentes e para receber visitas,
já a enfermagem é para os moradores que precisam de atendimento 24 horas,
possui também jardins, espaços de reflexão e uma capela para cultos que fica no
terceiro andar. O espaço para reabilitação são salas para terapias, massagens e
exercícios.

Figura 6 - Setorização geral

Fonte: VIANA (2019).

O local possui também barbearia e salão de beleza, loja de presentes e brechó,


refeitório para realizar as refeições e receber serviços nutricionais. Clínica de bem-
estar para serviços médicos, odontológicos, visão e outros tipos de serviços e
terapias, e acupuntura.(Figura 7).
22

Figura 7 - Detalhamento de ambientes

Fonte: Providence Health & Services Washington (2021).

Figura 8 - Momentos de socialização

Fonte: Reproduzida pelo Youtube.

A proposta, segundo os criadores, é possibilitar que as


crianças entendam que o processo de envelhecimento é algo
natural e aprendam a lidar com pessoas com deficiência e
limitações. Já para os idosos, a iniciativa procura amenizar a
triste realidade de envelhecer isoladamente. Em entrevista ao
ABC News, ele disse que, minutos antes de as crianças
chegarem ao local, os moradores pareciam sonolentos, sem
23

vida. Mas assim que elas entraram e começaram a interagir por


meio das atividades, “os residentes pareciam reviver”
(REVISTA MARIE CLAIRE, 2015).

Analisando o programa de necessidades, concluímos que os idosos e as


crianças têm a oportunidade de aproveitar os espaços de várias maneiras, pois tanto
o local de repouso quanto o programa intergeracional oferecem conforto, apoio e
conta como as atividades que promovem interação entre crianças e idosos. A
interação mostra que a qualidade de vida está ligada ao local e que isso traz bem-
estar na vida das pessoas envolvidas.

Referências importantes do projeto:


• Serviços médicos;
• Integração de idosos com crianças;
• Jardins;
• Construção em steel frame;
• Forma de prisma retangular.

3.2 VILA DOS IDOSOS

O segundo estudo de caso é a Vila dos Idosos, projeto do escritório Vigliecca


arquitetos, que integra o programa Morar no Centro, com recursos do Fundo
Municipal de Habitação, da cidade de São Paulo, portanto, de propriedade do Poder
Público.(Figura 9).

Figura 9 - Imagem externa da Vila dos Idosos

Fonte: VIGLIECCA e ASSOC (2021).


24

O Conjunto Habitacional “Armando Amadeu”, está localizado no Bairro Pari,


em São Paulo, com 8.290 m² de área construída, que são 145 unidades, 57
apartamentos de um dormitório de 42m² e 88 apartamentos integrados de 30m2.
Possui três salas para TV e jogos, quatro salas de uso múltiplo, salão comunitário
com cozinha e sanitários, área verde, quadra de bocha, espelho d’água e horta
comunitária (Figura 10). Distribuídos em quatro pavimentos, com escadas e
elevadores, tem 25% das unidades adaptadas para portadores de deficiências
físicas, e as outras que podem ser adaptáveis caso necessário.

Figura 10 - Implantação Vila dos Idosos

Fonte: Adaptado de VIGLIECCA&ASSOC (2012) e PEREIRA (2012).

Figura 11 - Planta tipo 1 e 2

Fonte: VIGLIECCA&ASSOC (2021).


25

Sobre à acessibilidade dos ambientes internos, podemos analisar nas


imagens (Figura 12), que os apartamentos não apresentam desníveis, a circulação
vertical pode ser feita por escadas e elevadores, os corredores possuem dimensões
compatíveis para o trânsito de cadeirantes com auxílio de um acompanhante, todas
as portas do edifício possuem dimensões adequadas para cadeirantes.

Figura 12 - Acessos à edificação, ao elevador, circulação, escada e ao apartamento

Fonte: SALCEDO (2011).

Figura 13 - Maquete física da Vila dos Idosos

Fonte: VIGLIECCA&ASSOC (2021).

O edifício possui um bom acesso, com várias linhas do transporte público, e


fica bem próximo do centro. A proposta desse projeto foi promover a convivência
entre os moradores, os corredores foram feitos de forma a criar encontros entre
26

vizinhos (Figuras 14) que se sentam em frente às portas dos apartamentos, nos
bancos que foram criados para esse propósito.
Figura 14 - Imagem externa dos corredores

Fonte: VIGLIECCA&ASSOC (2021).

O edifício foi executado em alvenaria estrutural, com cobertura de telhas


trapezoidais de aço galvanizado, o piso das áreas de circulação das escadas, salas
e dormitórios são em laje de concreto nivelado.

Levando-se em consideração as condições econômicas dos


moradores, e as limitações orçamentárias, entendeu-se que os
materiais a utilizar deveriam ser padronizados, porém de alta
durabilidade e escassa necessidade de manutenção. O projeto
estabelece a simplificação dos acabamentos, com laje
aparente, eliminando os revestimentos das paredes e pisos
(VIGLIECCA&ASSOC, 2021).

Referências importantes do projeto:


• Edificação acessível em 25% de sua totalidade e o restante facilmente
adaptável;
• Próximo ao centro da Cidade;
• Volumetria simples e com ângulos retos;
• Edifício pensado para proporcionar a interação social;
• O uso de materiais de alta durabilidade e baixo custo;
• Executado em alvenaria estrutural;
• Implantação no qual permitiu grandes espaços e áreas verdes.
27

3.3 LAR DE IDOSOS PETER ROSEGGER

Figura 15 - Fachada principal do Lar de Idosos Peter Rosegger

Fonte: Google Maps (2021).

O terceiro estudo de caso é referente ao Lar de Idosos Peter Rosegger


(Figura 15), do escritório de arquitetura Dietger Wissounig Architekten, com área de
3.225m², fica localizado em Graz na Áustria. Construído em 2014, possui dois
pavimentos, em formato quadrangular, com oito apartamentos, quatro em cada
pavimento.
Formam um grupo em torno de um pátio central, para a edificação, existem
três entradas, a de serviços, de veículos e um principal. Também possui quatro
jardins, um é sensorial e outro possui espelho d’água. Em cada lateral há um jardim
aberto (Figura 16), que também podem ser frequentados pela população dos
arredores (Figura 17).
Figura 16 - Jardim

Fonte: Google Maps (2021).


28

Figura 17 - Implantação

Fonte: Archdaily, adaptado por Salvi (2017).

Cada bloco possui dormitórios, cozinha e uma área de jantar para 13


moradores e um enfermeiro, fazendo com que se sintam em um ambiente familiar,
possui varandas espaçosas e galerias, mostrando um ambiente convidativo para
passeios.
Os quartos possuem uma grande janela com um guarda corpo baixo e
aquecido para servir como banco, já os quartos de enfermagem estão localizado no
centro de cada bloco para garantir que os enfermeiros estejam próximos de cada
morador, gerando uma sensação de segurança.
Sobre a disposição das funções analisando as plantas (Figura 18,19), nota-se
que no pavimento térreo e superior o zoneamento se repete, onde todo o complexo
se organiza em torno de um pátio principal, nota-se também que toda a parte íntima
fica nas bordas do edifício, permitindo um contato direto com o ambiente e jardins.
Toda a parte de serviços é concentrada no meio da edificação para facilitar o
acesso.
29

Figura 18 - Zoneamento planta térreo

Fonte: Archdaily, adaptado pela autora Amanda Inês Salvi (2017).

Figura 19 - Zoneamento planta primeiro pavimento

Fonte: Archdaily, adaptado por Salvi (2017).


30

Segundo o site ArchDaily (2014), o objetivo da obra era manter baixo o


gabarito de altura, centralizar a edificação no terreno para proporcionar aos espaços
áreas de recreação. Observando a (Figura 19), a edificação está localizada em um
ponto da cidade com diversos usos, a maioria residencial, com acesso direto para o
Parque Público de Graz e alguns comércios, dando um lado a uma plantação
agrícola.

Figura 20 - Entorno imediato Lar de Idosos Peter Rosegger

Fonte: Locatelli (2018).

Conforme o site ArchDaily (2014), sobre os materiais e técnicas empregadas,


cita-se que “uma estrutura com madeira laminada cruzada e vigas em madeira foi
utilizada para resolver as necessidades estáticas e estruturais do edifício”. Um ponto
importante para se destacar, pois é forte a presença que a madeira tem na
edificação (Figura 21), supondo que a escolha do arquiteto foi pelo aconchego e
conforto térmico que ela proporciona, além da segurança para a circulação dos
idosos, mas principalmente pela forma estrutural do edifício.
31

O uso da madeira foi muito utilizado em toda a edificação, somente os locais


de circulação vertical não utilizaram a madeira, concluindo que a “madeira laminada
cruzada nas paredes e no teto formam a estrutura autoportante”.

Figura 21 - Externo da edificação-Pátio Jardim

Fonte: ArchDaily (2014)

As janelas dos quartos são amplas e de vidro (Figura 22), a edificação é


composta por grande parte de vidro que ocupa as paredes, e muito uso de madeira.

Figura 22 - Vistas internas do Lar de Idosos Peter Rosegger, cozinha e corredor

Fonte: ArchDaily (2014)


32

A análise deste projeto foi importante para a minha proposta por conta das
características empregadas nele, com a organização espacial dos ambientes que
estimulam a convivência em grupos, além da interação das áreas abertas em seu
interior, buscando uma relação entre os ambientes internos e externos e as áreas
verdes.
Também o grande uso dos materiais naturais e do conjunto do local,
resultando em um espaço aconchegante, e confortável para receber os idosos, o
intuito do lar é sentirem convivendo em uma vila familiar e calmo.

Referências importantes do projeto:


• Ventilação e iluminação natural;
• Uso abundante de vidro;
• Uso da madeira como sistema estrutural e construtivo;
• Acessibilidade;
• Corredores amplos;
• Grandes pátios internos e áreas verdes;
• Janelas amplas;
• Volumetria retangular simples.

3.5 Residência para Idosos / Óscar Miguel Ares Álvarez

Figura 23 fachada Residência para Idosos / Óscar Miguel Ares Álvarez

Fonte: ArchDaily (2016)

O quarto estudo de caso é referente a a Residência para Idosos


de Aldeamayor de San Martín (figura 23 ), do Arquiteto Óscar Miguel Ares Álvarez,
com área de 2000 m², fica localizado em Valladolid na Espanha. construído em
33

2016, edifício baseado em dois blocos de concreto branco, apesar de ser


considerado um grande bloco de concreto maciço, a madeira utilizada em pontos
estratégicos internamento com revestimento, traz a sensação de aconchego aos
residentes.
As grandes aberturas em esquadria de perfil alumínio composto por vidros,
permitem que se tenha um visual do entorno, de qualquer ponto do edifício
(archdaily, 2017).

Figura 24 - Vistas internas Residência para Idosos

Fonte: ArchDaily (2016)

A edificação é térrea sem uso de escadas, rampas ou elevadores, que


proporciona uma melhor e segura circulação para os idosos, o uso de iluminação
zenital para aproveitar a luz solar, e as amplas janelas que fazem a circulação de ar
mais agradável.

Figura 25, esquena de iluminação zenital

Fonte: ARCHDAILY, 2016.


34

Figura 26 - Vista interna Residência para Idosos, espaço de atividades, com a


iluminação zenital.

Fonte: ARCHDAILY, 2016

Figura 27, planta térreo residência para idosos Óscar Miguel

Fonte: ARCHDAILY, 2016. Adapado pela Autora.

Referências importantes do projeto:


35

• Ventilação e iluminação natural;


• Uso abundante de vidro;
• Uso da madeira para revestimento interno;
• Acessibilidade;
• Pátios internos.
• Janelas amplas;
• Volumetria simple;
• Iluminação zenital;
• Corredores amplos;
• Edificação térrea.

4 DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO

A seguir apresenta-se um diagnóstico da área de implantação do Centro de


Convivência para Pessoas da Terceira Idade, sendo elaborada a descrição da
região, mapas, infraestrutura urbana, características específicas do terreno e um
resumo de legislações e normativas.

4.1 CONTEXTUALIZAÇÃO REGIONAL

A Cidade de Ponta Grossa, é um município brasileiro do estado do Paraná do


qual é o quarto mais populoso com 358.838 habitantes, com 198 anos, fundado em
15 de setembro de 1823 (IBGE, 2020).

Integrante da Rota dos Tropeiros, Ponta Grossa congrega um


complexo de atrativos naturais, históricos e culturais que se
revelam em meio à paisagem ondulada dos Campos Gerais e
proporcionam a seus visitantes oportunidades múltiplas de
lazer, cultura e turismo. O contraste do antigo com o moderno,
a imensidão e a beleza de sua natureza e as manifestações
culturais são fatores decisivos no reconhecimento da cidade
como pólo turístico e cultural do Brasil (CMPG, 2021).

O município de Ponta Grossa se estende por 2.067,6 km² e está situado a


956 metros de altitude. Com densidade demográfica de 150,8 habitantes por km²,
possui as seguintes coordenadas geográficas: latitude: 25° 5' 40'' Sul, longitude: 50°
36

9' 48'' oeste, fazendo divisa com os municípios de Carambeí, Palmeira e Teixeira
Soares e situada a 97 km a Noroeste de Curitiba (IBGE, 2018).

Figura 28 - Mapas do Brasil, Paraná, Ponta Grossa, Jardim Carvalho

Fonte: Elaboração própria com base no Geoprocessamento Corporativo de Ponta Grossa (2021).

4.2 BAIRRO JARDIM CARVALHO

O bairro encontra-se próximo da malha central da cidade, região onde


propõe-se implantar o Centro de Convivência para a Terceira Idade. O acesso
principal ao bairro ocorre pela Av Monteiro Lobato (Figura 29), o Jardim Carvalho é
composto, em grande parte por residências unifamiliares.

Figura 29 - Localização Centro-Bairro com principais vias

Fonte: Elaboração própria com base no Geoprocessamento Corporativo e GoogleMaps de Ponta


Grossa (2021).
37

Um dos melhores bairros para morar em Ponta Grossa é o


Jardim Carvalho. Próximo ao centro, conta com 2 grandes
supermercados, além de padarias e áreas de lazer, como
praças e parques. Pesquisas do censo 2010 indicavam que, na
época, o bairro do Jardim Carvalho em Ponta Grossa tinha
cerca de 22 mil habitantes, sendo o sexto maior bairro da
cidade. Vale destacar também que o bairro do Jardim Carvalho
tem uma ótima localização para quem viaja no sentido de
cidades vizinhas ao norte, como Carambeí, Castro, Piraí do Sul
etc., pois tem acesso rápido à rodovia PR-151, através da AV.
Monteiro Lobato (CONSTRUTORA LAAR, 2018).

Figura 30 - Mapa Jardim Carvalho e terreno

Fonte: Elaboração própria com base no Geoprocessamento Corporativo de Ponta Grossa (2021).

O surgimento do bairro aconteceu na chamada “Casa da


Telha”, local de encontro dos tropeiros para a reza de missas e
assistência espiritual. A casa se localizava no alto da Vilela,
lugar em que Dom Pedro l leu o decreto que criou a freguesia
de PG. A partir disso, as famílias tradicionais começaram
adquirir terras e assim iniciando o bairro. A antiga “Casa da
Telha” ficava próximo ao cemitério Santo Antônio, hoje existe
um estacionamento sobre o local. Em 1739, também na região
do Jardim Carvalho foi construída a primeira ponte do Rio
Pitangui. Além de ser um local recheado de belas histórias, o
bairro do Jardim Carvalho conta com a presença da UTFPR
que oferece cursos bacharelados, licenciaturas e mestrados,
contribuindo ainda mais com a educação e crescimento da
nossa cidade.(MADOL, 2017).
38

4.3 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO TERRENO

O terreno escolhido no Bairro Jardim carvalho, na Rua Visconde de Barauna


confrontado com a Rua Ângelo Madalozzo, possui uma área de aproximadamente
4.960 m². (Figura 31).

Figura 31 - Terreno

Fonte: Elaboração própria com base no Geoprocessamento Corporativo de Ponta Grossa (2021).

A Rua Visconde de Baraúna é classificada como via coletora (fluxo


moderado), pois é uma via que dá acesso as demais vias locais (fluxo baixo),
comporta a passagem de veículos com velocidade de até 40 km/h. A via é
pavimentada de poliedro, analisando a problemática do entorno do terreno (Figura
32), é possível observar que as vias pavimentadas não possuem bom estado de
conservação, os passeios possuem desníveis, buracos, estão sem manutenção e
não possuem acessibilidade para pessoas com dificuldades de locomoção.
O terreno atualmente encontra-se murado, sendo um vazio urbano (Figura
32), apresenta ser plano visto pela Rua Ângelo Madalozo, que será analisado para
definição da implantação, sendo assim, proposto áreas de lazer, e paisagismo para
que tenha integração com o local.
39

Figura 32 - Imagens do entorno

Fonte: Adaptado de Google Maps (2021).

Figura 33 - Terreno visto pela Rua Ângelo Madalozo

Fonte: elaboração própria (2021).

4.4 CONTEXTO DA IMPLANTAÇÃO

O terreno foi escolhido de acordo com a infraestrutura de que se dispunha, na


qual os condicionantes gerais foram observados com finalidade de se obter o melhor
potencial do local de implantação, de acordo com aspectos físicos, ambientais e em
conformidade à legislação relacionada, e também por sua proximidade com
equipamentos públicos, especialmente o Centro de Referência de Assistência Social
(CRAS) do Jardim Carvalho, pelo qual o projeto atende os idosos cadastrados
nele.(Figura 34).
40

Figura 34 - Localização do CRAS com o terreno, e área central da cidade

Fonte: Elaboração própria com base no Geoprocessamento Corporativo de Ponta Grossa (2021).

Centro de Referência de Assistência Social (CRAS)


Os Cras também oferecem diferentes atendimentos para a
pessoa idosa, como os cadastros para o cartão transporte com
gratuidade, para o Benefício Prestação Continuada (BPC) e
grupos de convivência. Os Cras também organizam grupos
geracionais, que buscam inserir a pessoa de idade em
atividades na comunidade (PREFEITURA DE PONTA
GROSSA, 2017). (Figura 35).

Figura 35 - Localização das unidades do CRAS em Ponta Grossa

Fonte: Elaboração própria com base no Geoprocessamento Corporativo de Ponta Grossa (2021) e
Google Maps.
41

O projeto do Centro de Convivência para Pessoas da Terceira idade foi


elaborado no bairro Jardim Carvalho, implantado em uma área de fácil acesso
(Figura 36), a quadra do terreno escolhido possui somente residências, e ao lado
uma empresa de engenharia elétrica, que presta atendimento externo, o que torna a
rua tranquila, pois possui somente o movimento dos moradores locais.
A entrada principal do terreno a qual ocorre na Rua Ângelo Madalozo é
exclusiva para pedestres, pois foi escolhido estrategicamente esta rua devido ao
pouco movimento, pois assim facilita a circulação de pessoas, já a entrada de
veículos se dá pela Rua Visconde de Baraúna onde tem uma circulação um pouco
maior de veículos, porém o fluxo não é alto por ser localizado na parte posterior da
edificação, onde também se encontra o estacionamento.
O CRAS oferece assistência social para os idosos, gestantes e crianças que
estão em condições de risco psicológico, social ou físico, porém não oferece
estrutura para atender as necessidades dos idosos no local, assim poderão
encaminhá-los para o centro de convivência onde terão uma estrutura completa.

Figura 36 - Localização do CRAS, praças, Unidade de saúde e ponto de ônibus próximo ao terreno

Fonte: Elaboração própria com base no Geoprocessamento Corporativo de Ponta Grossa (2021).
42

4.5 ASPECTOS LEGAIS

4.5.1 Zoneamento

De acordo com a Lei de Uso e Ocupação do Solo do Município de Ponta


Grossa, a área de situação do terreno (Figura 37) corresponde à Zona Residencial –
ZR2.
Figura 37 - Zoneamento

Fonte: Elaboração própria com base no Geoprocessamento Corporativo de Ponta Grossa (2021).

A Secretaria Municipal de Planejamento Departamento de Urbanismo do


Município de Ponta Grossa traz os parâmetros na tabela abaixo ( Figura 37) o uso e
ocupação do solo na Zona Residencial 2.
O plano diretor da cidade traz no Art. 25, inciso II “Usos permissíveis, são
aqueles adequáveis à zona, dependendo de prévia análise do Estudo de Impacto de
Vizinhança e aprovação por parte do Conselho Municipal de Desenvolvimento
Urbano” (IPLAN, 2015).
43

Figura 38 – Parâmetros de uso e ocupação do solo

Fonte: Fonte: elaboração própriacom base no IPLAN.

4.5.2 Topografia

Para a realização do projeto buscou-se um terreno plano e amplo para poder


ter um aproveitamento maior da área, visto que, o projeto contará com área de lazer
e atividades externas e internas. O terreno proposto apresenta uma declividade
suave, e por ser plano favoreceu o desenvolvimento do projeto, terá economia na
construção da fundação, pois dispensa trabalhos como terraplanagem e muro de
arrimo, o que implicaria em maiores custos.
Com estes levantamentos feitos no local, a implantação do Centro de
Convivência para Pessoas da Terceira Idade, terá finalidade de gerar integração
social a esse segmento populacional, integrada a uma leitura das necessidades
urbanas, que atualmente é uma área abandonada, trará mais vida e segurança ao
local.

4.5.3 Gabarito de Altura

Analisando o entorno do terreno em um raio de 500 metros, é possível


verificar o gabarito de altura (Figura 39) com residências e serviços térreos, de um e
três pavimentos. Os vazios urbanos no entorno do terreno são poucos, a maior área
44

verde situa-se próxima ao terreno e se encontra abandonada, com indícios de


ocupação irregular.

Figura 39 - Mapa Gabarito de Altura

Fonte: Adaptado de PMPG (2021).

4.5.4 Hierarquia Viária e Direção de Fluxos da Via

O mapa de Hierarquia Viária e Direção de Fluxos da Via (Figura 40), trata as


vias presentes no entorno, estas são classificadas em vias arteriais, coletoras e
locais. A Rua Visconde de Baraúna sua hierarquia é de via coletora, onde ela tem a
função de absorver o tráfego local interligando as vias eixo interbairros, tendo um
fluxo moderado.
E na Rua Ângelo Madalozo, a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa considera
em seu plano diretor, que a mesma como hierarquia de via local que tem como
função possibilitar o acesso as unidades residenciais e as demais áreas urbanas, o
tipo de fluxo desta via é baixo (PMPG, 2020). O sentido de fluxo das vias se dá por
mão dupla, ou seja, maior flexibilidade no trânsito.
45

Figura 40 - Mapa de Hierarquia Viária e Direção de Fluxos da Via

Fonte: Adaptado de PMPG (2021).

4.5.5 Transporte Coletivo

O transporte coletivo (Figura 41) da cidade é baseado no sistema


denominado de tronco-alimentador, que alimenta as linhas principais que são
interligadas pelos quatro terminais urbanos da cidade de Ponta Grossa, (Central,
Nova Rússia, Oficinas e Uvaranas). A concessionária atual de todas as linhas é a
VCG - Viação Campos Gerais (PMPG, 2020). O transporte público é um meio
acessível para todos do bairro Jardim Carvalho, na Avenida Monteiro Lobato se
concentra a maior parte das linhas.
No bairro encontram-se linhas de ônibus nas proximidades do terreno, como a
linha Centro-Baraúna e Centro-Vila Liane, que circulação a cada 40 minutos, e mais
duas linhas o Santa Lucia que leva 12 minutos e o Santa Monica que leva 15
minutos até o centro da cidade.
46

Figura 41 - Mapa do Transporte Coletivo, vias principais e localização dos bairros, Centro-Jardim
Carvalho

Fonte: Elaboração da autora com base na imagem do Geoprocessamento Corporativo de Ponta


Grossa (2021).

4.5.6 Microclima

O clima da cidade de Ponta Grossa, de acordo com o sistema de Köppen e


Geiger, se encaixa no chamado clima CFB – temperado úmido com verão ameno,
isso confere ao município, invernos com temperatura média abaixo dos 18°C e
verões frescos, com média abaixo dos 22°C, apresenta chuva parcialmente elevada
ao longo do ano todo, com uma média anual de 1495 mm (CLIMATE DATA, 2012),
a insolação do terreno é maior na Rua Visconde de Baraúna, situada na face Norte,
aos fundos do lote, enquanto na Rua Ângelo Madalozo, é voltada, parcialmente,
para a face leste dele, sem interferências significativas da vizinhança em seu
sombreamento, permitindo assim, o maior proveito da iluminação e ventilação
naturais, conforme ilustrado na (Figura 42).
47

Figura 42 - Trajeto Sol e Vento

Fonte: Elaboração da autora com base na imagem do Geoprocessamento Corporativo de Ponta


Grossa (2021).

Segundo dados de Machado, Alves e Tadano (2018), os ventos


predominantes do município (Figura 43) podem ser caracterizados como constantes
e leves, na maior parte do tempo, segundo a escala de Beaufort. Esses, por sua vez,
são provinientes, principalmente, do Leste e, de maneira mais branda, do Nordeste.
Já na região Sudoeste, a incidência de ventos é quase nula.

Figura 43 -Velocidade e direção do vento em Ponta Grossa

Fonte: Machado, Alves e Tadano, 2021.


48

4.5.7 NBR 9050

Abaixo segue um estudo de algumas normas para orientações de acordo com


a Associação Brasileiras de Normas Técnicas – ABNT, sobre a NBR 9050. Na
normativa sobre acessibilidade à edificação, mobiliário, espaços e equipamentos
urbanos de acessibilidade, contêm informações essencial para o desenvolvimento
correto da proposta arquitetônica.
Na (Figura 44), as dimensões necessárias para a movimentação de pessoas
em pé com diferentes utensílios de auxílio na locomoção, nota se que a uma
variação de 0,75 m a 1,20 m, dependendo do equipamento utilizado.

Figura 44 - Deslocamento de pessoas em pé

FONTE: ABNT NBR 9050.

Sobre as cadeiras de rodas, a referência a projeção de 0,80 m por 1,20 m no


piso, ocupada por uma pessoa utilizando cadeira de rodas motorizadas ou não. Para
efetuar o giro, (Figuras 45 e 46) as dimensões das áreas de manobra sem que a
cadeira se desloque e as medidas necessárias ao deslocamento.

Figura 45 - Área para manobra sem deslocamento

FONTE: ABNT NBR 9050.


49

Figura 46 - Área para manobra com deslocamento

FONTE: ABNT NBR 9050.

Para corrimãos e barras de apoio, devem ter seção circular com diâmetro
entre 30 – 45 mm constituídos de materiais rígidos e firmemente fixados, afastados
no mínimo 40 mm da parede. Os corrimãos e guarda corpos (Figura 47), devem ser
instalados em rampas e escadas nas duas laterais.

Figura 47 - Corrimão em escadas e rampas

FONTE: ABNT NBR 9050.

Já para a piscina de Hidroterapia, o ideal para acessar a água pode ser o uso
de escada submersa (Figura 48), onde os degraus devem ter a pisada entre 0,35 m
50

e 0,43 m e espelho de 0,20 m no máximo, com corrimão em cada degrau ou


contínuo.

Figura 48 - Escada submersa

FONTE: ABNT NBR 9050.

Estes são alguns dos estudos feitos sobre a norma 9050, sua importância para o
desenvolvimento da proposta arquitetônica é indispensável para o projeto, a
normativa serviu como um instrumento de pesquisa para desenvolver a pesquisa
sobre acessibilidade.

5. PROJETO

5.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES

Com base nos estudos de casos, o Quadro 1 abaixo apresenta o programa de


necessidades para o Centro de Convivência para Pessoas da Terceira Idade.
Quadro 49 –Tabela do Programa de Necessidades
SOCIAL
Hall de entrada
Recepção -recepcionar o público
Salão Multi-uso -uso para aulas de dança, festas, bazares, feirinhas.

ADMINISTRAÇÃO
Direção
Escritório
Sala de reunião
SERVIÇOS
Vestiários feminino e - troca de roupa/banho após atividades físicas
masculino
Vestiário de funcionários - troca de roupa.
feminino e masculino
Banheiros -femininos e masculinos, PME

DML
Lixo - Gás - depósito temporário- gás
Acesso de emergência - vaga para ambulância em caso de emergências
51

Estacionamento
Guarita
Cozinha - espaço para atender à demanda de refeições do local.

Refeitório - uso para refeições e lanches.

Cozinha -uso dos funcionários


Copa -uso dos funcionários
CONVÍVIO
Sala de bocha
Academia
Sala de inclusão digital - atividades voltadas à inclusão digital e informática.

Espaço de hidroterapia - local para atividades aquáticas

Espaço de gerações 1 - local para artesanato, pintura e jogos de tabuleiro.

Espaço de gerações 2 -empréstimo de livros, brinquedoteca, multimidia (tv, filmes,


desenhos).

Espaço de gerações 3 -espaço externo, banho de sol, playground

Espaço de gerações 4 -jogos de bilhar, bimbolim etc..

Área de convivência -espaço com sofás, mesinhas.

Pilates/ Yoga -sala para pilates, yoga, ginástica etc..

SAÚDE
Enfermaria -sala para primeiros socorros.

Fonte: Elaboração própria,2022.

Com base sobre essas descrições, entende-se que as necessidades foram


estabelecidas a partir das condições que o local atenda um fluxo de 130 pessoas por
dia, sendo 70 idosos, em período das 8:00 às 18:00 horas, (usuários fixos), e
permitirá ainda a participação de 30 crianças entre 5 e 12 anos, das famílias
cadastradas pelo CRAS, as quais queiram inscrever suas crianças nas atividades
recreativas, prestadas no dia a dia no contra turno da escola, e mais 30 funcionários
fixos do local.
Com o estudo do programa de necessidades, foi elaborado o fluxograma
(Figura 50), da proposta arquitetônica, indicando as relações entre os diferentes
ambientes e os fluxos que ocorrem entre eles, e o tipo de atividades que abrigam.
52

Figura 50 - Fluxograma da proposta

Fonte: Elaboração própria, 2022.

5.2 SETORIZAÇÃO

Figura 51- Setorização dos ambientes.

Fonte: elaboração própria, 2022


53

5.3 IMPLANTAÇÃO

A área externa foi pensada e projetada para ser um espaço convidativo para
os moradores do bairro, ampliando as possibilidades de inserção no espaço urbano.
As praças além de abraçarem o centro de convivência, elas trazem para o local um
sentimento de segurança aos moradores das casas próximas, por conta da
movimentação.
Em relação aos acessos, um para pedestres que fica na Rua Angelo
Madalozzo, sendo a entrada principal, e outro para quem chega de veículo, pela Rua
Visconde de Baraúna, sendo o estacionamento, esse acesso também é destinado
aos funcionários.

Figura 52 – Implantação, escala 1.200.

Fonte: elaboração própria, 2022.


54

5.4 PLANTA

Figura 53 – Planta baixa, em escala 1.200.

Fonte: elaboração própria, 2022.


55

5.5 ELEVAÇÕES

Figura 54 - Imagem frontal e posterior

Fonte: elaboração própria, 2022

Figura 55 – Elevações lateral direita e esquerda

Fonte: elaboração própria, 2022


56

5.6 CORTES

Figura 56 – Corte A e B

Fonte: elaboração própria, 2022.

Figura 57 – Corte C e D

Fonte: elaboração própria, 2022.


57

5.7 SISTEMA ESTRUTURAL E COBERTURA

O sistema construtivo usado foi o convencional, sendo formado por laje, viga, pilar
em concreto armado, escolhido em função da economia eviabilidade para esse tipo
de projeto, com vãos que vencem 6m a 10 m, com fechamento interno e externo de
bloco cerâmico.

Figura 58 – Estrutura.

Fonte: elaboração própria, 2022

Referente a cobertura, terá o uso da platibanda com 80 cm, e telha


fibrocimento com inclinação de 5%, além de ser mais barata dos que as outras
opções, o material também é mais resistente e leve o que significa um baixo custo.
Ao mesmo tempo, suas dimensões são maiores e, assim fazendo necessário menos
telhas. Sua instalação é mais fácil, assim como sua manutenção, proporcionam um
excelente isolamento térmico, são resistentes à corrosão por efeito do tempo, têm
um alto desempenho acústico, podem ser instaladas em cobertura de pouca
inclinação.
58

Figura 59 – Planta de cobertura, escala 1.200.

Fonte: elaboração própria, 2022.

5.8 INSTALAÇÕES PREDIAIS E HIDROSSANITÁRIAS

Conforme as recomendações de Hélio Creder (2006), para cálcular a


capacidade do reservatório de água de uma edificação, devemos considerar o seu
uso e avaliar a capacidade de usuários, para estimar o seu consumo diário.
Dessa forma, considerando que a edificação tem seu uso caracterizado como
edifício público ou comercial, a recomendação é que sejam considerados 50 litros
por dia por usuário do edifício, considerando uma estimativa de 130 usuários por dia,
incluindo funcionários, além de uma segurança de dois dias de falta de água e a
reserva mínima de incêndio de 20%, temos o seguinte resultado para a capacidade
do reservatório de água do Centro de Convivência:
59

130 usuários x 50 litros = 6.500 litros


6.500 litros x 2 dias = 13.000 litros
13.000 litros + 20% = 15.600 litros.
O reservatório deve ter capacidade para 15.600 litros de água, desse modo, o
projeto irá contar com 2 reservatórios, 1 superior de 40% com duas caixas de água e
outro inferior com 60%.

6 MEMORIAL JUSTIFICATIVO

O projeto foi desenvolvido com base no estudo do terreno e seus


condicionantes, visando um equipamento público que melhore e proporcione uma
melhor qualidade de vida tanto para os idosos quanto para as crianças, funcionários,
visitantes em geral, e pessoas do bairro.

Figura 60 – Maquete 3D do projeto.

Fonte: elaboração própria, 2022.

A volumetria foi pensada de modo com que não interferisse no gabarito do


entorno, adotando então uma horizontalidade na forma com variações de alturas
60

dando destaque a pontos especificos na fachada, na parte da piscina e do salão


multi-uso.

Figura 61– Maquete volumétrica eletrônica do projeto.

Fonte: elaboração própria, 2022.

A edificação é térrea e possui uma área total construída de 1.980,90m², o


espaços foram projetados pensando na acessibilidade de todos, de acordo com as
normas técnicas, através dos espaços geracionais 1, 2, 3 e 4 foi possível interagir
os idosos e crianças, todos com atrativos para as duas gerações, no espaço de
geração 3, é proporcionado para eles em dias ensolarados brincarem e interagirem
ao ar livre.
Figura 62– Espaço de geração 3.

Fonte: elaboração própria, 2022.


61

No espaço de gerações 2 possui a brinquedoteca, multimidia (tv, filmes,


desenhos), e um acervo de empréstimos de livros, o qual também é aberto aos
moradores do bairro.
Figura 63– Espaço de geração 2

Fonte: elaboração própria, 2022.

Já o espaço de geração 1, é uma sala de artesanatos, de pinturas, crochê etc,


e jogos de tabuleiros.
Figura 64– Espaço de geração 1.

Fonte: elaboração própria, 2022.


62

No espaço de geração 4, está os jogos de mesa, como o bilhar e pimpolim,

esse espaço fica mais convidativo aberto.

Figura 65– Espaço de geração 4.

Fonte: elaboração própria, 2022.

O espaço da bocha e do salão multi-uso também são abertos aos morados


do bairro, o o salão multi-uso poderá ser utilisado para eventos, como feirinhas,
bazares, festas entre outros atrativos nos finais de semanas e feriados.
O refeitório encontra se aberto, para ter uma integração com o ambiente,
além de ficar ao lado do pomar, esse pomar também pode ser frequentado pelos
moradores do bairro, a escolha do pomar foi pensado em cima do costume dos
pontagrossenses que moram em bairros, que possuem uma cultura no irverno de
sentar ao sol e comer laranja, pocã, mexerica, por isso as grandes janelas em vidro
fazendo a interação entre o pomar e o refeitório, o qual possui portas de vidros de
deslizantes.
63

Figura 66– Refeitório.

Fonte: elaboração própria, 2022.

Também foi pessando em um visual moderno para o centro de convivência, com


grandes janelas, que apresentam vantagem ao trazer a luminosidade natural ao
ambiente.
Na fachada foi utilizado a cor branca, com brises de madeira na função de
estética e privacidade, dando uma visão mais moderna e minimalista.

Figura 67– Fachada.

Fonte: elaboração própria, 2022.


64

Em relação aos acessos, um para pedestres que fica na Rua Angelo


Madalozzo, sendo a entrada principal, e outro para quem chega de veículo, pela Rua
Visconde de Baraúna, sendo o estacionamento, esse acesso também é destinado
aos funcionários.
As aberturas maiores, que são dos acessos principais, proporcionam uma
maior ventilação no local, facilitando a troca de ar de forma natural e com economia
de energia, não necessitando utilizar ar-condicionado para climatizar o ambiente, no
piso foram instalados o piso vinílico que reproduz a aparência de madeira o qual tras
aconchego, também para proporcionar conforto acústico e térmico.

Figura 68- Imagem corredor entre o espaço de convivência e o refeitório.

Fonte: elaboração própria, 2022.

No espaço da piscina e áreas molhadas, foi escolhido o piso cerâmico


antiderrapante que imitam a madeira.
65

Figura 69– Piscina.

Fonte: elaboração própria, 2022.

As grandes janelas internas do edifício tipo vitrines, proporcionando claridade


natural e conforto térmico, ainda promovem ao idoso acompanhar todo o movimento
que acontece fora das salas.
Na área externa do centro de convivência foram projetada praças, nessas
praças da Rua Visconde de Baraúna terá o espaço pet, para os moradores
aproveitarem com seus animais de estimação, que ficará ao lado da praça do
playgroud para as criaças do bairro.

Figura 70- Playgroud.

Fonte: elaboração própria, 2022.


66

Também terá o espaço para os foodtrucks, e mesinhas na praça para as


pessoas consumirem seus lanches com mais comodidade, essa praça ficará
próxima ao salão multi-uso, foi escolhida essa posição por conta dos banheiros
localizados na entrada dos fundos do salão, esse local também é de fácil acesso
para estacionar os foodtrucks pela Rua Ângelo Madalozo.

Figura 71- Foodtrucks.

Fonte: elaboração própria, 2022.

O público-alvo para esse projeto é a população idosa de ambos os sexos,


com a proposta de atender em média 70 idosos por dia, abrindo 30 vagas para
crianças. Essa proposta visa ofertar o espaço para as crianças de 5 a 12 anos
encaminhadas pelo CRAS, convidando a frequentarem de segunda à sexta feira no
contra turno da escola, fazendo atividades em conjunto com os idosos, promovendo
a convivência entre eles, e mais 30 funcionários do local.
Finalizando um total de 130 pessoas fixas no Centro de Convivência, também
sendo aberto para familiares que queiram acompanhar os idosos e crianças.

7 RESULTADOS

O projeto do Centro de Convivência para Pessoas da Terceira Idade oferece


ao idoso melhor qualidade de vida, visando garantir o cumprimento de alguns dos
67

seus direitos como assistência e apoio num período em que a dependência social o
isola e constrange (PAIXÃO, 2008).
É um espaço de encontro para os idosos, promovedo a sua convivência
comunitária. Isso demanda a criação de um ambiente favorável para que possam se
socializar, partilhar seus conhecimentos e capacidades com outras gerações, bem
como as crianças.
A proposta responde à demanda para esse público-alvo, além de ser um local
com espaços de boa infra-estrutura, com equipamentos adequados e de qualidade,
oferecendo um local seguro para o desenvolvimento das atividades propostas, e
profissionais capacitados para acompanhamento das atividades.
Como centro de convivência, se respalda na legislação municipal, conforme
a Lei Orgânica da Assistência Social (Lei 8742), que assegura a assistência
social como direito do cidadão e dever do Estado, sendo uma Política de
Seguridade Social não contributiva, conforme já citado anteriormente, ou seja, é um
serviço gratuito e público.

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os idosos, pela sua história de vida, conhecimento e experiências, deveriam


ser avaliados como pessoas indispensáveis para a composição da sociedade, mas
não é o que acontece e na maioria das vezes são ignorados. Isso faz com que
muitos países procurem cada vez mais, entender o processo de envelhecimento
populacional, buscando alternativas para seus cidadãos idosos.
O idoso e seus familiares devem ter mais opções em relação a instituições e
seus formatos de prestação de serviços, para que não se volte apenas para as
Instituições de Longa Permanência, podendo desenvolver sentimentos de abandono
pelos seus familiares.
Os grupos de convivência para a terceira idade são de grande importância,
visto que podem proporcionar aos idosos, envelhecer com qualidade de vida,
impedindo o isolamento e fomentando a socialização entre idosos e outras pessoas
com idades diferentes. Mas há uma distância grande a ser percorrida entre os
recursos técnicos e humanos disponíveis e a sua distribuição, para que esse
acolhimento possa atender às exigências da demanda atual.
68

Levando-se em conta todas as informações apresentadas, essa proposta de


projeto arquitetônico terá por finalidade ampliar a oferta de atividades, com
variedade de alternativas, que leve em consideração especialmente a opção do
idoso e sem que este fique afastado de sua família e comunidade. Mostra-se então o
papel dos centros de convivência para interromper o isolamento social do idoso, que
em geral tende a limitar seus contatos e vínculos sociais.

REFERÊNCIAS

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Arquitetando na Net. Lar de Idosos Peter Rosegger. 2018. Disponível em:


<http://arquitetandonanet.blogspot.com/2018/03/lar-de-idosos-peter-rosegger.html>
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http://ateliedaarquitetura.blogspot.com/2016/04/etapas-de-um-projeto-
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4 de janeiro de 1994, que dispõe sobre a Política Nacional do Idoso, e dá outras
providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 04 jul. 1996. Seção 1. p. 1.
Acesso em: 08 out. 2021.

______, Lei nº 8.842, de 04 de janeiro de 1994. Dispõe sobrea Política Nacional do


Idoso, cria o conselho do idoso e dá outras providências. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 94 de jan. 1994. Seção 1. P. 77. Acesso em: 08 out. 2021.
69

Correio dos Campos. Ponta Grossa registra quase 400 denúncias de violação de
direitos do idoso em 2020. 2021. Disponível em:
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quase-400-denuncias-de-violacao-de-direitos-do-idoso-em-2020-veja-onde-buscar-
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Sistemas para incorporar a iluminação zenital em seus projetos, Disponível em <
https://www.archdaily.com.br/br/895833/5-sistemas-para-incorporar-a-iluminacao-
zenital-em-seus-projetos> Acesso em: 05 abril.2022.
CORTE AA
A Escala: 1:200

CORTE BB
B Escala: 1:200

UNIVERSIDADE ANHAGUERA DE SÃO PAULO


CAMPUS ABC
CURSO

ARQUITETURA E URBANISMO
CORTE CC
C Escala: 1:200

ALUNO

KARINA TATIANE LOURENÇO DOS SANTOS

ORIENTADOR

PROFESSORA TANIA KNAPP DA SILVA

FASE PROJETO ESCALA DIMENSÃO DA FOLHA


TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 1:200 A2

PROJETO
CORTE DD
D Escala: 1:200
CENTRO DE CONVIVÊNCIA PARA PESSOAS DA TERCEIRA IDADE
FOLHA

4/5
Elevação Fontral
1 Escala: 1:200

Elevação Posterior
3 Escala: 1:200

UNIVERSIDADE ANHAGUERA DE SÃO PAULO


CAMPUS ABC
CURSO

ARQUITETURA E URBANISMO
Elevação Lateral Esquerda
2 Escala: 1:200

ALUNO

KARINA TATIANE LOURENÇO DOS SANTOS

ORIENTADOR

PROFESSORA TANIA KNAPP DA SILVA

FASE PROJETO ESCALA DIMENSÃO DA FOLHA


TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 1:200 A2

PROJETO

Elevação Lateral Direita


4 Escala: 1:200
CENTRO DE CONVIVÊNCIA PARA PESSOAS DA TERCEIRA IDADE
FOLHA

5/5

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