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DEPARTAMENTO DE DESIGN
Playground:
NATAL, RN
2022
MARIA CLARA DOS SANTOS COSTA
NATAL, RN
2022
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES - CCHLA
DEPARTAMENTO DE DESIGN
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN
FOLHA DE APROVAÇÃO
Banca Examinadora
______________________________
(Prof. Dr. Luciano Cezar Bezerra Barbosa - UFRN).
______________________________
(Profa. Dra. Elizabeth Romani - UFRN).
______________________________
(Prof. Dr. Olavo Fontes Magalhães Bessa - UFRN).
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Departamento de Artes - DEART
(Albert Einstein)
RESUMO
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 14
2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 17
3 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 18
9 METODOLOGIA..................................................................................................... 46
11 CONCLUSÃO....................................................................................................... 71
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 72
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
3 JUSTIFICATIVA
Por fim, pode-se considerar que quando se imagina e planeja ambientes que
buscam a interação e socialização de pessoas, independentemente de suas
limitações e habilidades, como os playgrounds, nota-se a necessidade de conhecer o
usuário desse espaço, seus gostos e carências (MULLER et al, 2014, p. 4).
Dito isso, e considerando todos os pormenores apontados, este Trabalho de
Conclusão de Curso visa criar um projeto de playground voltado para crianças em
período pré-escolar, que seja desenvolvido pensando nos usuários – como citado, ao
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se projetar para essa faixa etária todos os aspectos intelectuais e físicos devem ser
levados em consideração –, de uma forma que permita explorar melhor as
brincadeiras e a maneira como estas ajudam no desenvolvimento infantil, tanto no
aspecto cognitivo quanto no social.
Sempre foi de interesse da autora trabalhar em algo voltado para o público
infantil. Foi percebida uma carência no que diz respeito à segurança e à falta de
elementos sensoriais dos brinquedos dos espaços de recreação do NEI, fato relatado
pelas próprias docentes da escola. Como fator a mais que enfatiza a importância deste
trabalho, tem-se a vontade de tentar explorar e criar um equipamento que leve em
consideração as crianças que o estão utilizando e que fosse visto não apenas como
algo para entreter as crianças ou como apenas mais um brinquedo para reprodução
em massa. Espera-se, desta forma, que este estudo contribua para a construção do
conhecimento e para o aprimoramento dos aspectos metodológicos e projetuais
envolvidos no processo do design de produtos, procurando incentivar a todos
explorarem mais o tema proposto.
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4.1 ENQUETE
A princípio nesta etapa foi pensada a execução de um grupo focal, com o intuito
de juntar informação que revelem carências, desejos e observações feitas pelas
professoras responsáveis pelas turmas do NEI que abrangem os discente de 4 a 5
anos. Este grupos focal, inicialmente seria realizado com três professoras via Google
Meet, no entanto, como apenas uma das três conseguiu participar, Clarice Guimarães,
ela se propôs a responder em nome daquelas ausentes e, substituindo o grupo focal,
uma enquete foi realizada através de mensagens de texto e áudios.
Como a falta de segurança e de brinquedos sensoriais foi uma carência
apontada pelas docentes desde o início, para a coleta dos dados foram realizados três
questionamentos simples e a partir disto a entrevista foi se sucedendo: 1) Qual
brinquedo você considera mais seguro?; 2) Que dinâmica você propõe no
espaço?; 3) Quais brinquedos as crianças interagem mais?. A partir disso, foram
coletados áudios e com a permissão da professora Clarisse estes foram transcritos
no Anexo A.
No decorrer da enquente, pôde-se ver que os brinquedos considerados por ela
mais seguros são os balanços e a casinha (essa por ser térrea). Em resposta às
dinâmicas propostas pelas professoras, é dito que no geral são brincadeiras mais
livres, aquelas que permitem que a criança use da própria imaginação e criatividade
para brincar, sozinha ou interagindo com outras. E por último, de acordo com ela,
aquele que as crianças interagem mais, novamente, são a casinha, os balanços e
também as brincadeiras na areia.
Durante a enquete a professora Clarisse cita diversas vezes “brinquedos que
balançam”, isso pois, de acordo com a mesma, esses são os brinquedos que crianças
com TEA (Transtorno do Espectro Autista) e com outras deficiências mais se
identificam. Além disso, é nítida a preocupação dela com a questão da inclusão e
socialização de todas as crianças, sejam elas portadoras de deficiência ou não. É
possível acompanhar, também, o enfoque nas questões sensoriais, as quais o
playground existente não proporciona de maneira satisfatória.
Buscando suprir as necessidades expostas pelas professoras, este trabalho
tem como proposta desenvolver um playground que use melhor dos espaços
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4.2 OBSERVAÇÃO
((a1*2)+a2+(a3*2)+(a4*2)+(a5*2)+a6+a7+(a8*2))
_________________________________________
(2+1+2+2+2+1+1+2)
interação do adulto caso este tenha que auxiliar a criança. O 4 em especial, explora
bem diferentes alturas e sua própria estrutura pode se tornar um recurso tátil.
Figura 2: Playground 1 (Ver ANEXO B)
Fonte: https://bit.ly/3CWWiQm
Fonte: https://bit.ly/3CZyjQw
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tempo e espaço bem desenvolvidos e já está mais sociável com outras crianças
(GUIMARÃES, 2010, p. 18-22).
A Lei de Diretrizes e Bases (Lei nº 9.394, Brasil, 1996), em seu Art. 29, dita que
“a educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o
desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico,
psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”
(Lei nº 12.796, de 2013) e, no Art. 30, que “a educação infantil será oferecida em: I -
creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; II - pré-
escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade.” (Lei nº 12.796, de
2013).
Portanto, o período escolar que se compreende como “educação infantil”, de
acordo com as leis brasileiras, leva em consideração a parte na qual se atende
crianças de 0 a 5 anos. Ela é fruto de diversas transformações tanto econômicas
quanto sociais em todo o mundo, e teve sua ascensão numa época na qual as
mulheres estavam deixando suas casas e os afazeres domésticos para adentrarem
no mercado de trabalho.
O nome da escola vem do fato de este pedagogo ter o ideal filosófico de que,
na infância, as crianças deveriam ser tratadas e observadas com todo o cuidado,
assim como plantinhas em um jardim. Tais plantas não crescem de maneira aleatória,
elas devem ser regadas, ter um solo propício a seu crescimento, e ter a luz do sol na
medida certa, assim crescerão bonitas e saudáveis. E todo esse cuidado e
observação deve ser executado pelo (a) jardineiro (a). O jardineiro (a) ideal seria
aquele (a) que saberia “escutar” a planta, saberia suas necessidades (pois as plantas
são diferentes), e saberia que mesmo que aquela planta tenha que passar por todo
esse cuidado e atenção, seu crescimento é um processo natural. Fröebel não nomeou
sua instituição de “escola” pois esta denominação traria a ideia de que lá se colocariam
“ensinamento prontos” dentro da cabeça da criança, e isto se diferia totalmente do
objetivo desta instituição, que seria guiar e orientar a criança para que esta se
desenvolvesse a sua maneira.
Silva traz a perspectiva de que a escola, nos dias atuais, propõe forjar nos
profissionais da educação a necessidade da não utilização da brincadeira como um
meio de aprendizagem, tendo ela como um mecanismo que não agrega nenhum
fundamento sólido educacional às propostas da escola para com a sociedade.
Contudo, para a criança, o exercício dessa metodologia, de certa forma, impede a
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vivência dela dentro da sua própria faixa etária, isso, pois, tentam colocar nela uma
obrigação que ainda não é necessária. A esfera capitalista tenta de todas as maneiras
moldar o ser desprovido de infância e com maturidade precoce, para que assim, ele
esteja preparado para ocupar seu lugar na sociedade o quanto antes. (SILVA, 2013,
p. 27-29)
Segundo Macedo e Silva (2013, p. 22) “o brincar é uma das formas mais comuns
do comportamento humano, principalmente durante a infância.” As brincadeiras são uma
parte natural da vida delas e são fundamentais para a criação de identidade e
aperfeiçoamento da autonomia e do conhecimento”. Com o passar do tempo, a maneira
como é percebida o brincar e a importância dele no desenvolvimento da criança vem
mudando. Portanto, cabe àqueles que convivem com elas fazer uso desse artifício
procurando propor atividades e experiências significativas e prazerosas que venham
a estimular a criatividade e a descoberta. “A criança aprende brincando; é o exercício
que a faz desenvolver suas potencialidades” (KISHIMOTO E PINAZZA, 2007, p. 42).
De acordo com Guimarães,
com a escola representa um marco importante na vida da criança. Ocorre uma ruptura
com o meio na qual ela será inserida. Nesta fase, as crianças gostam de estar com as
outras crianças” (GUIMARÃES, 2010, p. 42). O espaço infantil deve incentivar essa
interação e a troca de experiências e saberes entre os pequenos.
Piaget fala que o homem é essencialmente social e não pode ser pensado fora
dessa sociedade. Já Vygotsky afirma que os conceitos passados pela instituição
escola, na formação dos processos psicológicos de um ser, são extremamente
fundamentais. Ambos destacam a importância do desenvolvimento psicológico social
e para isso, indivíduos que são colocados em creches e jardins de infância, em seus
anos iniciais, tendem a ter uma maior chance de terem uma evolução bem sucedida
nesse quesito (GUIMARÃES, 2010, p. 4).
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desse momento, de ser uma benção para o país (sic)”. (WILDERSPIN, 1852, p. 80
apud KUHLMAN, 2021, p. 5).
Sobre tal assunto, Vygotsky (1998, p. 109) complementa dizendo que –
tratando aqui o playground como um brinquedo em grande escala – “é enorme a
influência do brinquedo no desenvolvimento de uma criança”. E ainda que a essência
do brinquedo é a de criar uma nova relação entre situações no imaginário e situações
reais. “É no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés
de numa esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências internas, e
não dos incentivos fornecidos pelos objetos externos” (VYGOTSKY, 1998, p. 118).
com panelas, papel higiênico ou terra dos vasos. “Estas expressões sugerem a
necessidade da criança em estender as suas atividades de exploração não se
limitando aos brinquedos que não lhe permitem já novas descobertas” (CARVALHO,
2005, p. 144). “O desenvolvimento humano requer exposição a experiências em
quantidade e complexidade apropriadas” (HUNT, 1964 apud CARVALHO, 2005, p.
142). Através desse tipo de experiência a criança irá aprender sozinha a sentir e
processar suas capacidades e limitações, mantendo, ampliando ou fazendo
desaparecer a vontade de correr atrás de estímulos e atuar sobre eles de maneira
eficaz e gratificante (HUNT, 1964 apud CARVALHO, 2005, p. 143).
7 ERGONOMIA E SEGURANÇA
Em projetos nos quais o usuário irá interagir diretamente com o produto final é
fundamental entender as necessidades do usuário, e para isso é preciso conhecer a
estrutura corporal do mesmo. No entanto, referências sobre as dimensões e
proporções corporais que englobem a população brasileira, principalmente crianças,
ainda são um pouco escassas, criando a necessidade de, em certos casos, se fazer
uso de referências internacionais (BONSIEPE e YAMADA, 1982 apud MULLER et al,
2014). Contudo, Iida (apud MULLER et al, 2014) aponta que medidas antropométricas
variam consideravelmente entre os povos, portanto, existem riscos de se utilizar tais
medidas para projetos brasileiros.
No momento do desenvolvimento deste trabalho, os dados antropométricos da
população infantil brasileira ainda não haviam sido coletados de maneira satisfatória.
As referências encontradas disponíveis estão descritas na ABNT/CB-17 PROJETO
17:700-03-008, que trata de “Vestuário – Referenciais de medidas do corpo humano
– Vestibilidade para Bebê e Infanto - Juvenil”, e nela estão descritas medidas
antropométricas (voltadas para a indústria têxtil) de recém nascidos à crianças de 14
anos. Segundo o documento citado, crianças na faixa etária de 4 a 6 anos possuem
medidas gerais de acordo com o Quadro 1 e a Figura 4 abaixo:
Comprimento do
Distância vertical entre a linha
3 tronco anterior 24 cm 26 cm
mediana da jugular e a cintura
(frente) à cintura
1Percentis são medidas que dividem uma amostra em 100 partes. Neste caso, a amostragem sugerida
seria um grupo considerável de crianças brasileiras e o percentil 5 englobaria as menores crianças, o
percentil 50 englobaria as crianças de medidas medianas e o percentil 95 englobaria as crianças
maiores.
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das quedas, o estrangulamento é responsável por 58% dos casos de morte, ocorrendo
quando a roupa da criança fica presa ou enroscada no equipamento.
Com relação aos tipos de ferimentos ocorridos nos equipamentos de
playground, os autores observaram que escoriações são os tipos mais presentes,
seguidos pelas fraturas e pelos cortes, como podemos ver na Tabela 1 abaixo:
A análise dos dados permitiu observar que mesmo alguns dos brinquedos que
incentivam a recreação e lazer podem colocar a segurança do usuário em risco, e
seus usos nos playgrounds devem ser reavaliados. Marques (2010, p.37) traz um
estudo desenvolvido no País de Gales, em 1999, que afirma uma redução de 2,5
vezes no número de acidentes nos parques após a implementação de medidas
simples de segurança nos brinquedos. Este foi apresentado no Instituto da Criança do
Hospital das Clínicas de São Paulo, destacando a importância da prevenção de
acidentes em parques infantis.
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2 No decorrer da realização desta pesquisa, salienta-se que a ABNT já havia lançado a NBR
16071/2021, uma atualização da norma aqui utilizada. Contudo, esta não está disponibilizada
gratuitamente, e o preço impossibilitou sua aquisição. Para o TCC2 a norma mais recente será utilizada.
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afiados e/ou rebarbas, ademais, elementos de fixação também não devem possuir
cantos vivos ou devem estar cobertos; correias, correntes ou molas devem possuir
capa de proteção evitando o acesso da criança; capas de proteção não devem ser
removidas sem o auxílio de uma ferramenta; um espaço para crianças que não saem
da cadeira de rodas deve ser previsto no equipamento e; embaixo de todos os
brinquedos deve haver uma superfície de absorção de impacto.
Essa parte da norma também especifica requisitos e critérios que devem ser
aplicados aqueles materiais que vão ser expostos à intempéries. Estes critérios estão
listados abaixo, no Quadro 2:
- Integridade na malha
- Materiais de tingimento não pode apresentar substâncias
químicas em dosagens que causem efeitos adversos à saúde
Tecidos
dos usuários
- Atendimento aos requisitos de tingimento previstos na NBR
16071-2
- Revestimento de tintas, vernizes ou acabamentos similares
não podem ter elementos químicos, ou seus compostos
Tintas e corantes
solúveis, em proporções excedentes ao máximo conforme a
ABNT NBR NM 300-1
Fonte: ABNT NBR 16071-2/2012
9 METODOLOGIA
10 PROCESSO CRIATIVO
Requisitos funcionais
Seguir especificações presentes na ABNT 16071
Essenciais
fazer alusão ao Forte dos Reis Magos, prédio histórico da cidade de Natal. Já o castelo
é algo presente em diversos contos de fadas e histórias voltadas para crianças (Figura
16). A Figura 12 demonstra algumas possíveis interações a serem desenvolvidas no
interior do playground com o intuito de suprir a necessidade de elementos que
incentivem o desenvolvimento sensorial da criança.
(2+2+1+2+1+1+2)
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MATRIZ DECISÓRIA
Alternativas
Critério Peso
Casinha Navio Fortaleza Castelo
Barreiras nos pisos altos 2 5 3 5 5
Interações sensoriais 2 4 5 5 4
Possível interação adulta 1 3 5 5 4
Lúdico 2 2 5 5 4
Diferentes alturas 1 5 4 4 5
Uso das paredes 1 4 5 5 4
Segurança 2 5 3 4 5
3Vantagens essas citadas aqui de acordo com o documento usado como referência. Vale ressaltar que
deve-se levar em consideração a temperatura do local trabalhado. Natal, no geral, tem temperaturas
elevadas e isso poderia fazer com que o material escolhido se comportasse de maneira inesperada.
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cor chumbo. Todos essas especificações podem ser vistas no detalhamento presente
no ANEXO C.
Fonte: https://www.sinsprn.org.br/arquivos/noticia/62190668c67ac.jpg
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10.5 ANTEPROJETO
4 A norma citada não apresenta as medidas referentes às crianças de 5 anos de idade. Por tal razão,
foram usadas as medidas das crianças de 6 anos, idade mais próxima disponível.
5 A envergadura nesta situação foi calculada somando a distância do ombro ao pulso mais a distância
de ombro a ombro mais a distância de ombro ao pulso novamente. A medida do tamanho da mão não
foi fornecida no referido documento e por isso não foi considerada.
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11 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
<http://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/b002020.pdf> Acesso em 27
mai. 2022
ÁUDIO 01:
ÁUDIO 02:
E o que eu sinto falta, em relação à questão do parque para eles, né, porque assim,
eu acho que seria importante como eu já tinha sugerido para você, né, um espaço
sensorial, sabe, alguma coisa com som, tipo assim, como se fosse um jardim
sensorial, alguma coisa assim do tipo, né? Tem um corredor de piso, né, que poderia
ter texturas nesse piso, tem um corredorzão lá com parede, né, que nessa parede
poderia ter algumas coisas, né, que se movimentam, enfim, tanto no tato, no piso, né,
quanto na parede, né, também possibilidades de brincar, sabe? Como se fosse assim
um jogo da velha, um jogo da memória, como é que eu posso dizer? Ou uma parede
sensorial, né, que seja interativa, sabe? Enfim, eu sinto falta, né, dessas coisas nesses
espaços, mas assim, realmente balanços diferentes, né, estilos de balanços diferentes
eu acho que poderia ter, né, enfim, eu acho que seria legal, né? Tipo balanço se puder
pendurar na árvore, um balanço como se fosse um tablado assim maior, grande, assim
como se fosse uma tábua, grande e as cordas na árvore, né, eu não sei se pode.
Enfim, mas que caiba mais de uma criança e a criança possa balançar junto, não sei
eu fico pensando em mais possibilidades. Se é um balanço atrativo, que sejam
balanços que possam ser compartilhados, que não só é a criança sentada naquele
balanço sozinho se balançando, você tá entendendo? Então são brinquedos que
tenham esse movimento de vários, né, tipo de balanço, mas que tenha mais a
possibilidade de ser interativo, eu fico pensando né, além dessas questões também
sensoriais do piso, de ter por exemplo, no chão, né, um quadrado assim só como se
fossem bilocas, ele todinho de biloca como se fosse as lajotas, né, todinho de biloca,
aí o outro todinho como se fosse de, como é que eu posso dizer? De tijolo, né? Assim,
as texturas diferentes daquele caminho, né, algo assim bem macio, algo bem áspero,
algo enrugado, né, algo bem fofinho. Então assim, texturas diferentes nesse piso,
nesse caminhar, né? Porque tem crianças que buscam essas sensações nesse
momento livre e não tem, né? Pronto a gente tem uma criança que tem o transtorno
de processamento sensorial e ele fica indo nas graças passando a mãozinha, ele vai
procurando texturas no parque, ele fica só tateando sabe? Pra sentir essas
sensações, então eu acho que seria legal né (CLARICE GUIMARÃES).
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ÁUDIO 03:
Formas diferentes de subir nessa casinha. Não ser uma casinha tão alta, não ter
somente uma possibilidade de subida, que eu acho que isso também empata a
interação das crianças com o acesso desses brinquedos. Eu acho que seria
interessante brinquedos acessíveis, né, para que todas as crianças… Então a gente
tem uma criança que tem mais dificuldade motora e ele tem muita dificuldade de subir,
ele não tem autonomia para subir na casa, os degraus, eles são muito perigosos.
Então assim, você tá vendo que o degrau aqui na lateral é como se fosse uma escada,
não é vazado, ele é bem largo, vocês estão vendo? Parece coisas de alvenaria, assim,
né? Como se fosse uma escada mesmo com corrimão, seguro, né? Diferente dessas
escadas de casinhas, são perigosíssimas, que elas são bem vazadas, a criança apoia
o pé, né, em uma tábua mesmo bem estreita, que tem uma abertura muito grande de
um degrau para o outro e eles podem cair, né? É muito perigoso. Então assim, só
esse parquinho, assim, de uma casinha acessível, acho que já seria muito fantástico,
né? Então uma casinha que tenha várias possibilidades de subida várias
possibilidades de descida. Porque aquela casinha ela se torna de fato acessível para
todas as crianças, entendeu? E aí eu acho que eu tô pensando aqui, depois que eu
pensei nessa questão sensorial, eu pensei numa casinha acessível, eu achei muito
legal essa imagem aí que eu ‘tô mandando para vocês. Então, por exemplo, com
várias possibilidades de descida, que seja descida por uma escorrego, mas um
escorrego não estreito, um escorrego mais largo, que eu possa descer junto, né, que
esse escorrego possa ter um corrimão, né, alguma coisa do tipo, por um outro
escorrego que seja tipo um tubo, né, porque isso também trabalha a questão do
processamento sensorial, essa sensação de entrar no lugar muito fechado, isso é
importante também para essas crianças, né? Então assim, várias possibilidades de
descida, várias possibilidades de subida, a altura mais baixa. Então eu acho que isso
já seria fantástico, vocês pensarem na possibilidade de uma casinha acessível, né,
que seja, lógico que tem essa altura, porque a sensação deles de subir em algo eles
amam, né, mas que de fato ela seja segura. Se você observar, as duas casinhas que
a gente tem eu acho super perigosas, além de muito altas, elas são muito vazadas e
elas são totalmente inacessíveis: subidas e descidas únicas, né, e nada acessível
(CLARICE GUIMARÃES).
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PLAYGROUND 01
IMAGEM ATRIBUTO NOTA
VANTAGENS
DESVANTAGENS
PLAYGROUND 02
IMAGEM ATRIBUTO NOTA
VANTAGENS
DESVANTAGENS
PLAYGROUND 03
IMAGEM ATRIBUTO NOTA
VANTAGENS
DESVANTAGENS
PLAYGROUND 04
IMAGEM ATRIBUTO NOTA
VANTAGENS
Seguro
Exploração de formas e cores
Vários brinquedos em um conjunto único
DESVANTAGENS
PLAYGROUND 05
IMAGEM ATRIBUTO NOTA
VANTAGENS
DESVANTAGENS
PLAYGROUND 05
IMAGEM ATRIBUTO NOTA
VANTAGENS
DESVANTAGENS