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FACULDADE DO MARANHÃO - FACAM

CURSO DE LETRAS, ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS,


SERVIÇO SOCIAL, ENGENHARIA CIVIL, ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

PROJETO SOCIOCULTURAL: VIDA E OBRA DE GONÇALVES DIAS

SÃO LUÍS

2023
CURSO DE LETRAS, ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS,
SERVIÇO SOCIAL, ENGENHARIA CIVIL, ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

PROJETO SOCIOCULTURAL: VIDA E OBRA DE GONÇALVES DIAS

Projeto de Extensão apresentado a disciplina de


Extensão Universitária - Projetos Socioculturais,
para a obtenção de notas bimestrais. Disciplina do
professor Luis Antonio Pinheiro.

SÃO LUÍS

2023

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SUMÁRIO

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO............................................................................................ 4

2. INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 5

3. JUSTIFICATIVA................................................................................................................... 7

4. OBJETIVOS.......................................................................................................................... 8

4.1 OBJETIVO GERAL.......................................................................................................... 8

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................................................. 8

5. METAS.................................................................................................................................. 9

6. PRODUTO........................................................................................................................... 9

6.1 VIDA E INFÂNCIA.......................................................................................................... 9

6.2 COIMBRA....................................................................................................................... 10

6.3 VIDA ADULTA.............................................................................................................. 11

6.4 VIDA AMOROSA........................................................................................................... 12

6.5 CANÇÃO DO EXÍLIO.................................................................................................... 15

6.6 AINDA UMA VEZ.......................................................................................................... 16

6.7 OUTRAS OBRAS DE GONÇALVES DIAS................................................................. 19

6.8 ANTROPOFAGIA........................................................................................................... 23

7. METODOLOGIA................................................................................................................ 24

8. ESTRATÉGIA DE MARKETING...................................................................................... 25

9. PÚBLICO ALVO................................................................................................................ 26

10. PARCERIAS...................................................................................................................... 26

11. CRONOGRAMA............................................................................................................... 27

12. RESULTADOS ESPERADOS.......................................................................................... 27

13. AVALIAÇÃO.................................................................................................................... 28

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14. CONCLUSÃO................................................................................................................... 28

15. REFERÊNCIAS................................................................................................................. 29

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

DISCIPLINA: EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA - PROJETOS SOCIO-CULTURAIS

TEMÁTICA: LITERATURA MARANHENSE

TÍTULO DO PROJETO: PROJETO SOCIOCULTURAL: A VIDA E OBRA DE


GONÇALVES DIAS

PROFESSOR ORIENTADOR: LUIZ ANTONIO PINHEIRO

ALUNOS PARTICIPANTES/EQUIPE TÉCNICA:

Arione Neto Vieira - ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS


Diemerson Mylla - ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS
Dyego Abreu Melo - ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS
Edson Penha - ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS
Eric Cunha - ENGENHARIA CIVIL
Evilázaro Soares - LETRAS
Joalison Costa - ENGENHARIA CIVIL
Leonardo Diniz - ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS
Lorrana Braga - ENGENHARIA CIVIL
Luana Moraes - SERVIÇO SOCIAL
Luzenildo Rocha - ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS
Natanael Pereira - ENGENHARIA CIVIL
Pedro Lucas Silva Albino -ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS
Rayna Santos - ENGENHARIA PRODUÇÃO
Rosivanny Nunes - SERVIÇO SOCIAL
Silvio Ricardo - ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS
Vitor Sérgio - ENGENHARIA PRODUÇÃO

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LOCAL DE REALIZAÇÃO: U.E.B Ronald da Silva Carvalho - Anexo Terceiro
Milênio

PERÍODO: A DEFINIR. O projeto será realizado em novembro, coincidindo com as datas


das provas da FACAM.

2. INTRODUÇÃO

Gonçalves Dias é um dos maiores poetas da literatura brasileira. Sua obra é marcada por
temas como o índio, a natureza, a pátria e o amor. No entanto, muitos alunos do ensino
fundamental não têm acesso ou até mesmo interesse por esse conhecimento. Este projeto de
pesquisa tem como objetivo desenvolver estratégias para levar conhecimento da vida e das
obras de Gonçalves Dias para esses alunos. A relevância desse trabalho é significativa, pois
contribui para a formação de uma sociedade mais consciente de sua história e cultura. Além
disso, o trabalho pode contribuir para a formação de novos leitores e pesquisadores da obra de
Gonçalves Dias. Isso pode ser feito por meio de atividades que estimulem o interesse pela
literatura e pela cultura brasileira. A relevância científica do trabalho também é significativa,
pois contribui para o desenvolvimento da pesquisa sobre a literatura brasileira. O trabalho
pode gerar novos conhecimentos sobre a vida e as obras de Gonçalves Dias, contribuindo para
uma compreensão mais aprofundada da obra do poeta.

O projeto acontecerá na escola U.E.B Ronald da Silva Carvalho ( anexo 3• milênio), aonde
terá há duração de 3h, a partir das 08h30 e se estendendo até às 11h30.

A baixo, segue a lista dos responsáveis técnicos que irão participar do projeto, e as suas
respectivas formações :

Arione Neto Vieira – ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS

Diemerson Mylla – ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS

Dyego Abreu Melo – ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS

Edson Penha – ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS

Eric Cunha – ENGENHARIA CIVIL

Evilázaro Soares – LETRAS

Joalison Costa – ENGENHARIA CIVIL


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Leonardo Diniz – ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS

Lorrana Braga – ENGENHARIA CIVIL

Luana Moraes – SERVIÇO SOCIAL

Luzenildo Rocha – ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS

Natanael Pereira – ENGENHARIA CIVIL

Pedro Lucas Silva Albino -ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS

Rayna Santos – ENGENHARIA PRODUÇÃO

Rosivanny Nunes – SERVIÇO SOCIAL

Silvio Ricardo – ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS

Vitor Sérgio – ENGENHARIA PRODUÇÃO

O valor total do projeto é estimado em R$ 1.000,00. O valor será levantado por meio de rifas,
com a colaboração dos alunos e da comunidade escolar. A arrecadação será realizada ao longo
de dois meses, com a venda de rifas em todas as salas de aula e nas dependências da escola.

• Gonçalves Dias é pouco conhecido pelos jovens. O projeto pretende divulgar sua obra e
vida. Na justificativa será apresentado o porque se deve realizar o trabalho e qual a sua
relevância.

• O objetivo do projeto é promover o conhecimento e a apreciação da obra de Gonçalves Dias


entre os alunos de uma escola de ensino fundamental. No objetivo será apresentado o que o
projeto pretende realizar de maneira abrangente.

• Nas metas será decorrido tudo o que pretendemos fazer dentro do projeto.

• No produto será apresentado o que vai ser produzido pelo projeto. Será feito o enredo de
algumas das grandes obras de Gonçalves Dias, como : Coimbra; Canção do Elixio;
Antropofagia, ritual e identidade cultural entre os tupinambás. Também será apresentado a
vida e infância; vida adulta e vida amorosa de Gonçalves Dias.

• A metodologia do projeto será baseada em uma feira de ciências, dividida em três estações.
Iremos apresentá-las nas metodologias do trabalho.

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• Nas estratégias de marketing será decorrido os meios de divulgação do projeto e será
abordado a maneira como vai ser realizado essa divulgação.

• O público alvo será apresentado, juntamente com as características e demanda dos alunos
de onde vai ser apresentado o projeto. <Mensagem editada>

• A parceria é a colaboração entre duas ou mais entidades para alcançar um objetivo comum.
Pode envolver a combinação de recursos, conhecimento, habilidades e experiências. Neste
tópico será apresentado quais as parcerias do projeto.

• No cronograma apresentaremos datas de início e fim de cada tarefa (duração das


atividades); os recursos necessários para as produções e o grau de importância de cada etapa.

• Os resultados esperados são basicamente promover o conhecimento, a apreciação e a


criatividade em torno da obra de Gonçalves Dias.

• A avaliação do projeto será feita por meio de um questionário de satisfação.

• Na conclusão, esperamos que projeto sociocultural sobre Gonçalves Dias seja um sucesso,
pois ele irá promover o conhecimento da obra do escritor entre alunos de uma escola de
ensino fundamental.

3. JUSTIFICATIVA

Gonçalves Dias foi um grande escritor Maranhense, icônico por suas inúmeras obras, e uma
em especial se destaca que é a Canção do Exílio que retatra de forma poética o amor que o
autor tinha por sua terra natal. Apesar de tudo, de todo seu talento e suas poesias brilhantes o
autor não é tão reconhecido, tão apreciado pelos jovens. Poucos os conhecem e saberiam dizer
onde nasceu, onde cresceu, onde estudou, com o que trabalhava, quem eram seus amigos, o
nome dos pais, o nome de sua amada e como ele ganhava dinheiro e quem foi sua esposa, sua
musa inspiradora. Por essas razões, e em especial porque estamos comemorando uma data
especial sobre o autor, o bi-centenário de seu nascimento em 10 de agosto de 2023,
escolhemos esse tema para que possamos trazer uma perspectiva mais próxima de Gonçalves
Dias, vinda de maranhenses, para maranhenses sobre esse idolatrado maranhense. O nosso
objetivo é explicar os pormenores que o tornaram tão importante e celebrado, em especial no
âmbito do Maranhão. Nossa pesquisa e projeto tem a finalidade de divulgar o trabalho e

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apresentar a vida dessa figura de forma que jovens e adolescentes possam conhecer mais
sobre ele, pois que Gonçalves Dias é importantíssimo para o Maranhão e seu povo.

4. OBJETIVOS

4.1 OBJETIVO GERAL

• Promover o conhecimento e a apreciação da obra de Gonçalves Dias entre os alunos de uma


escola de ensino fundamental, estimulando o gosto pela leitura, pela poesia, pela cultura
brasileira e, principalmente, Maranhense.

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Introduzir os alunos à vida e à obra de Gonçalves Dias, apresentando sua biografia,


contexto histórico e principais poemas e escritos de forma acessível e envolvente.

• Realizar atividades pedagógicas, como quiz e desafios, que explorem a poesia do autor,
como a leitura de seus poemas, análise de suas composições líricas, discussões em grupo
sobre seu legado literário e criação de trabalhos artísticos baseados em seus versos.

• Fomentar a participação dos alunos em eventos culturais relacionados a Gonçalves Dias,


como recitais de poesia, exposições de arte inspiradas em sua obra e atividades de pesquisa
sobre a cultura e história do Brasil do século XIX, época em que o autor viveu, promovendo
assim a interação com a comunidade escolar e a ampliação do aprendizado além da sala de
aula para levar para a vida toda.

5. METAS

 Apresentar aos alunos a Vida e Obra de Gonçalves Dias.

 Falar sobre a vida dele.

 Comentar sobre algumas obras, grandes e importantes para o romantismo.

 Recitar algumas de suas obras como: Seus olhos, Canção do Exílio, etc.

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 Apresentar aos alunos o poema: I-Juca Pirama

 Conversar e questionar os alunos sobre Gonçalves Dias.

6. PRODUTO

6.1 VIDA E INFÂNCIA

Antônio Gonçalves Dias nasceu em 10 de agosto de 1823, na cidade de Caxias, no Maranhão,


Brasil. Os pais de Gonçalves Dias eram João Manuel Gonçalves Dias e Vicência Ferreira
Gonçalves Dias. João Manuel era um comerciante e proprietário de terras, enquanto Vicência
Ferreira era filha de fazendeiros. Sua família tinha raízes portuguesas e indígenas, e ele
cresceu em uma fazenda próxima à cidade, em meio à exuberante paisagem nordestina Os
pais de Gonçalves Dias não eram casados, e quando seu pai, João Manuel, se casou com outra
mulher em 1829, ele levou o jovem Gonçalves Dias para viver com eles. Foi nesse período
que o escritor começou sua alfabetização, por volta de 1830, e três anos depois, aos 10 anos
de idade, passou a trabalhar no armazém de seu pai.

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Esses primeiros anos de vida proporcionaram a Gonçalves Dias uma profunda conexão com a
natureza e as tradições locais, influenciando de maneira significativa sua
poesia. Demonstrando talento para a escrita desde cedo, Gonçalves Dias frequentou o
Seminário de São Luís, lá ele teve acesso a uma educação que enfatizava a literatura e as
artes, fomentando seu gosto pela leitura e pela escrita.

Em 1838, Gonçalves Dias estava prestes a embarcar para Portugal para continuar seus
estudos, quando seu pai faleceu. Graças à assistência de sua madrasta, ele conseguiu realizar a
viagem e se matricular no curso de Direito na Universidade de Coimbra. Enquanto Gonçalves
Dias estava em Portugal, a situação financeira de sua família em Caxias se tornou precária
devido aos conflitos da Balaiada. A madrasta pediu-lhe que retornasse, mas ele optou por
continuar seus estudos, recebendo apoio de colegas e, finalmente, graduando-se em Direito
em 1845.

6.2 COIMBRA

Gonçalves Dias, empreendeu uma jornada intelectual e cultural de grande importância quando
se matriculou na Universidade de Coimbra, Portugal, onde estudou de 1829 a 1838. Sua
estadia em Coimbra foi um marco significativo em sua vida e carreira. Durante seu tempo na
universidade, Gonçalves Dias se dedicou ao estudo do direito, história, filosofia e literatura,
demonstrando uma sede insaciável de conhecimento. Esse ambiente acadêmico diversificado
e estimulante influenciou profundamente sua perspectiva intelectual e sua futura produção
literária.

Em Coimbra, ele também teve a oportunidade de imergir nas correntes literárias europeias da
época, particularmente o romantismo. O contato com as ideias e obras de escritores
românticos europeus moldou sua própria visão poética e literária. A atmosfera cultural e
intelectual da cidade contribuiu para que ele desenvolvesse um estilo lírico distinto, marcado
por uma forte conexão com a natureza e a terra natal brasileira.

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Gonçalves Dias não se limitou apenas aos estudos acadêmicos. Ele aproveitou sua estadia em
Coimbra para escrever e publicar poesia. Seus poemas frequentemente exploravam temas
como o amor, a saudade de sua terra natal e as questões indígenas. Sua poesia começou a
ganhar reconhecimento e admiradores, mesmo enquanto ele estava longe do Brasil.

Além disso, em Coimbra, Gonçalves Dias estabeleceu vínculos com outros estudantes e
intelectuais, como Teófilo Braga, que compartilhavam seu entusiasmo pela literatura. Essas
conexões ajudaram a enriquecer seu círculo intelectual e proporcionaram um ambiente
propício para o intercâmbio de ideias literárias.

Após concluir seus estudos em Coimbra em 1838, Gonçalves Dias retornou ao Brasil, levando
consigo as influências literárias e intelectuais adquiridas na Europa. Sua experiência em
Coimbra deixou uma marca indelével em sua poesia e pensamento, contribuindo
significativamente para sua ascensão como um dos poetas mais importantes do romantismo
brasileiro.

Em resumo, a estadia de Gonçalves Dias em Coimbra não apenas enriqueceu sua formação
acadêmica, mas também o transformou em um poeta profundamente influenciado pelo
romantismo europeu, cuja obra ecoaria nas futuras gerações de escritores brasileiros.

6.3 VIDA ADULTA

Goncalves Dias no ano 1840, onde já estava entrando na vida adulta, matriculou-se na
Universidade de Direito de Coimbra, onde teve contato com escritores do romantismo
português, entre eles, Almeida Garrett e Alexandre Herculano, ele se integrou o grupo sobre o
romantismo como “O Trovando”.

Ainda em Coimbra, Gonçalves Dias escreveu a maior parte de suas obras, inclusive a famosa
“Canção do Exílio”, na qual expressa o sentimento da solidão e do exílio, que também e sua
obra mais famosa.

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Em 1845, ainda em Coimbra, Gonçalves Dias completou seus estudos em uma trajetória de
difícil, já que situação financeira da família tornou-se difícil em Caxias, por efeito da
Balaiada, e a madrasta pediu-lhe que voltasse, mas ele prosseguiu nos estudos graças ao
auxílio de colegas.

Regressando ao Brasil em 1845, passou rapidamente pelo Maranhão e, em 1846, mudou para
o Rio de Janeiro, onde residiu até 1854, na capital do pais, ele publicou a sua trilogia de livros
de poemas “Os Cantos”. Em 1849 foi nomeado professor de Latim e História do Brasil no
Colégio Pedro II, e fundou a revista Literária Guanabara. Gonçalves Dias também trabalhou
como jornalista publicando crônicas, folhetins e ensaios de crítica literária.

Em 1851, Gonçalves Dias visitou o Maranhão a convide do governo para melhora a educação
pública da região. Na viagem poeta conheceu Ana Amélia Ferreira do Vale, de 14 anos de
idade, por quem se apaixonou, e considera sua musa, ele a pediu em casamento, mas a mãe
não concordou com o casamento, por Gonçalves Dias ter origem mestiço. E ele se casou no
ano seguinte com a filha de um médico, Olímpia da Costa, em um casamento de conveniência
que durou somente 4 anos.

Gonçalves Dias foi nomeado oficial da Secretaria de Negócios Estrangeiros e, viajou várias
vezes para a Europa entres os anos 1854 a 1858. Na Europa Gonçalves dias teve algumas de
suas obras publicadas em alemão, nesse período o poeta publicou um poema épico os
Tymbiras.
Em 1862, com a saúde abalada Gonçalves Dias foi para a Europa para tratamento. Sem
resultados embarcou de volta no dia 10 de setembro de 1864, porém o navio francês Ville de
Boulogne em que estava, naufragou perto do Farol de Itacolomi, na costa do Maranhão, onde
o poeta foi a única vítima em tragédia de negligencia fatal, ninguém o resgatou de sua cabine
e como estava acamando por sua saúde debilitada ele acabou se afogado com 41 anos de
idade.

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6.4 VIDA AMOROSA

Gonçalves Dias, um dos principais poetas da primeira geração do romantismo no Brasil.


Nascido em 10 de agosto de 1823 e morto em um naufrágio em 03 de novembro de 1864,
ainda é considerado um dos maiores romancistas brasileiros. Ele, um poeta, professor,
jornalista e teólogo, ao longo de sua vida criou várias obras e perolas literárias, dentre elas,
escreveu “Ainda Uma Vez Adeus”. Obra essa que está diretamente relacionada ao amor que
sentia pela sua amada, Ana Amélia Ferreira d Vale.

Ana Amélia, “A menina moça de olhos negros”, nasceu em São Luís em 1831, filha de
Domingos José Ferreira e Lourença Francisca Leal Vale. Seu pai, nascido em Portugal na
cidade de Lisboa em 18 de julho de 1785, ainda jovem veio ao maranhão. trabalhou como
caixeiro e depois contador na empresa de Ricardo Nunes Leal, onde conseguiu sucesso e
fortuna. Foi onde conheceu sua parceira Lourença sobrinha do seu patrão Ricardo Leal,
Lourença vem de uma família tradicional de comerciantes ricos estabelecidos no Maranhão,
filha de Antônio Henriques Leal e Ana Rosa de Carvalho.

Acreditasse que Ana Amelia cresceu aprendendo como cuidar do lar e como ser uma esposa
dedicada, como sua pessoa vem ser conhecida depois de Gonçalves Dias aos 14 anos de
idade, não se sabe muito. No ano de 1845 depois de sete anos da sua terra natal Gonçalves
volta ao Maranhão. Foi para Caxias, La escreveu poemas e os recitou no teatro harmonia,
também se envolveu em alguns escândalos como beber ou fumar em público. Por conta disso
ele viajou para São Luís por convite de seu amigo Teófilo Leal.

Ao chegar na capital da província ele fica hospedado na casa de seu amigo, na rua Santana,
foi ali que Gonçalves conheceu sua amada, Amelia. Depois que se conheceram não demorou
muito para que Gonçalves dedicasse um poema a ela, “seus olhos”. Nos seis meses que Dias
passou hospedado na casa do amigo, frequentou saraus e palestras. Provavelmente a Amelia
teve seus primeiros contatos com um homem que não fosse seus familiares durante esse
período, pois não era costume que moças jovens tivessem amizades com homens que não
fosse aprovado pelo pai.

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Não muito tempo depois Gonçalves partira para o Rio de Janeiro onde publicaria o “Primeiros
Cantos” e ganharia a consagração nacional. Enquanto Gonçalves vivia isso, a jovem Amélia
continuava a viver sua vida cotidiana. Enquanto ela ia crescendo e conquistando corações, ela
conquistou várias poesias, não só de Dias, mas também de outros admiradores que
apreciavam a sua beleza.

Gonçalves Dias conheceu outros amores, enquanto ainda estudava, passando as férias em
Lisboa namorou uma jovem dona de uma pensão em que se hospedava com seus amigos. A
viagem demorou um pouco mais que o previsto por conta desta jovem que roubou o coração
do poeta, só não se casaram por conta que seu amigo Teófilo interveio. Porém foi uma
portuguesa que se chamava Engrácia que fez seu coração palpitar de amor, ele a dedicou os
poemas “Inocência”, “Saudade” e alguns outros, mesmo a amando, ele a deixou, pois sabia
que ela sofreria quando ele voltasse a sua terra para trabalhar. Ele não sabia, mas seu coração
ainda passaria por alguns altos e baixos da paixão.

Quando volta a São Luís, na casa do seu amigo, esperava viver as coisas boas que haveria
vivido antes. No dia 05 de outubro durante o os festejos de N. Sra. Dos Remédios, a família e
o poeta iriam participar deste grande evento. E entre danças e quadrilhas, lá estavam os dois,
neste dia eles se enamoraram, então Ana se deixa apaixonar por um amigo, amigo esse que
sua família o considerava como membro e não só como um hospede. A paixão de ambos era
grande de um pelo outro, no tempo que passou em São Luís, Gonçalves não visitou seus
parentes em Caxias, sua terra natal que amava tento, ele tinha prioridades diferentes naquele
momento.

No fim da sua estadia no Maranhão, Gonçalves estava pronto para pedir oficialmente a mão
de Ana Amelia, pores sua mãe, Lourença viajava para Alcântara com suas filhas, ele falou em
carta ao seu amigo Teófilo que viajar com a dúvida da resposta de D. Lourença era ruim,
então, não aguentando a angústia, Gonçalves escreveu uma carta confessando o seu amor por
Amelia.

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Embora a família tivesse um carinho pelo poeta, a sua origem era indígena e humilde e sua
cor de pele era um empecilho, juntar se a família matrimonialmente seria uma audácia. A
resposta da D. Lourença foi um não, que Dias também recebeu por carta, carta essa de apenas
quatro linhas. Gonçalves ficou arrasado com a resposta negativa.

Amelia sugeriu a Dias por carta para que eles fugissem, disposta a enfrentar a fúria dos seus
pais e da sociedade. Embora ele a amasse, por temor de decepcionar a família de seu amigo,
aceitou o não dá Lourença e assim desistiu do amor de sua vida.

Ana Amélia provavelmente tenha ficado chorando revoltada com ambos, com sua mãe pela
negação e com Gonçalves Dias por não lutar por este amor, amor este que a deixou acreditar
que teria uma vida ao lado do poeta.

Assim termina a história com o seu grande amor, depois de um tempo Gonçalves casou se
com Olímpia Coriolana da Costa em 26 de setembro no Rio de Janeiro no ano de 1852, o
casamento com Olímpia não durou muito, talvez por Gonçalves ter se casado pra tentar
esquecer o seu grande amor.

6.5 CANÇÃO DO EXÍLIO

“Minha terra tem palmeiras,


Onde canta o sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.

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Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar, sozinho, à noite
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o sabiá.”

Canção Do exílio, poema escrito em 1843, quando Gonçalves Dias estudava em Portugal, é a
obra mais popular do autor. Aliás, um trecho desse poema foi inserido na letra de nosso Hino
Nacional: “Nossos bosques têm mais vida/ Nossa vida, no teu seio, mais amores”. do exílio,
poema escrito em 1843, quando Gonçalves Dias estudava em Portugal, é a obra mais popular
do autor. Aliás, um trecho desse poema foi inserido na letra de nosso Hino Nacional: “Nossos
bosques têm mais vida/ Nossa vida, no teu seio, mais amores”.

É um poema que simboliza bem a essência da primeira geração romântica brasileira, pois tem
cunho nacionalista. Obviamente, trata-se de um nacionalismo ufanista, que enaltece o país,
com ausência de críticas, já que objetiva despertar nos brasileiros e brasileiras o amor pela sua
pátria.

Nos versos do poeta alemão vemos que há igualmente um impulso para louvar a pátria e as
suas particularidades. Gonçalves Dias segue o mesmo movimento do seu antecessor
romântico transatlântico e compõe os seus versos de modo a vangloriar as belezas da sua
terra. Ambas as composições elogiam as árvores das suas terras natais (em Goethe são as
laranjeiras e em Gonçalves Dias as palmeiras) e nos dois casos é possível observar uma forte
musicalidade. No poeta brasileiro essa característica aparece a partir do trabalho com as rimas
perfeitas nos versos pares e com a aliteração da consoante s em alguns versos.

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A Canção do Exílio é representante da primeira geração do modernismo (1836-1852). Ela
encontra-se incluída no livro Primeiros Cantos, lançado em 1846. O clássico poema de
Gonçalves Dias ganhou tamanha importância que chegou a ser parodiado e comentado por
outros importantes autores posteriores.

Após a realização da referida pesquisa e apresentação, cada grupo ficou responsável por
ilustrar a realidade retratada na versão da Canção do Exílio em que se detiveram a realizar a
pesquisa. “Esse trabalho teve como principal objetivo aproximar o texto literário dos
estudantes do Ensino Médio, mostrando que a Literatura acompanha toda a evolução
histórica, artística e cultural de um povo”, destaca o professor Edevandro.

6.6 AINDA UMA VEZ

Em 1854 por casualidade encontrou Ana Amélia, esse encontro teve como resultado o poema
“Ainda uma vez adeus” uma de suas obras lírico amorosa.
Ele especialmente arrependido de não ter ousado e fugido com ela, como era um dos planos
do casal, compôs as estrofes de Ainda uma vez – Adeus, onde retrata todo sua história de
amor por Amélia, sua grande e verdadeira musa.

Ainda uma vez – Adeus

“Enfim te vejo! – enfim posso,


Curvado a teus pés, dizer-te,
Que não cessei de querer-te,
Pesar de quanto sofri.
Muito penei! Cruas ânsias,
Dos teus olhos afastado,
Houveram-me acabrunhado
A não lembrar-me de ti!
...
Louco, aflito, a saciar-me
D’agravar minha ferida,
Tomou-me tédio da vida,

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Passos da morte senti;
Mas quase no passo extremo,
No último arcar da esp’rança,
Tu me vieste à lembrança:
Quis viver mais e vivi!
...
Mas que tens? Não me conheces?
De mim afastas teu rosto?
Pois tanto pôde o desgosto
Transformar o rosto meu?
Sei a aflição quanto pode,
Sei quanto ela desfigura,
E eu não vivi na ventura…
Olha-me bem, que sou eu!

Nenhuma voz me diriges!…


Julgas-te acaso ofendida?
Deste-me amor, e a vida
Que me darias – bem sei;
Mas lembrem-te aqueles feros
Corações, que se meteram
Entre nós; e se venceram,
Mal sabes quanto lutei!
...
Que me enganei, ora o vejo;
Nadam-te os olhos em pranto,
Arfa-te o peito, e no entanto
Nem me podes encarar;
Erro foi, mas não foi crime,
Não te esqueci, eu to juro:
Sacrifiquei meu futuro,
Vida e glória por te amar!
...

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Pensar eu que o teu destino
Ligado ao meu, outro fora,
Pensar que te vejo agora,
Por culpa minha, infeliz;
Pensar que a tua ventura
Deus ab eterno a fizera,
No meu caminho a pusera…
E eu! Eu fui que a não quis!
...
Dói-te de mim, que t’imploro
Perdão, a teus pés curvado;
Perdão!… de não ter ousado
Viver contente e feliz!
Perdão da minha miséria,
Da dor que me rala o peito,
E se do mal que te hei feito,
Também do mal que me fiz!

Adeus qu’eu parto, senhora;


Negou-me o fado inimigo
Passar a vida contigo,
Ter sepultura entre os meus;
Negou-me nesta hora extrema,
Por extrema despedida,
Ouvir-te a voz comovida
Soluçar um breve Adeus!

Lerás porém algum dia


Meus versos d’alma arrancados,
D’amargo pranto banhados,
Com sangue escritos; – e então
Confio que te comovas,
Que a minha dor te apiade

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Que chores, não de saudade,
Nem de amor, – de compaixão.”

6.7 OUTRAS OBRAS DE GONÇALVES DIAS

Gonçalves Dias é mais conhecido e respeitado pela sua poesia. Entre as suas “poesias
americanas”, isto é, indianistas, um dos poemas mais aclamados é *“I-Juca-Pirama”*,
publicado no livro Últimos cantos. Esse poema épico conta a história de um guerreiro
indígena tupi, capturado pela tribo rival, que será devorado em um ritual de antropofagia:

“Por casos de guerra caiu prisioneiro


Nas mãos dos Timbiras: — no extenso terreiro
Assola-se o teto que o teve em prisão,
Convidam-se as tribos dos seus arredores,
Cuidosos se incumbem do vaso das cores,
Dos vários aprestos da honrosa função.”

Esse guerreiro tem um pai velho e cego. Preocupado com o pai, ele pede para continuar a
viver, pois é seu único apoio. Os timbiras entendem esse apelo como um ato de covardia, e, na
prática antropofágica, os índios acreditavam que assimilavam as características da pessoa
devorada, então jamais devorariam um covarde. O chefe da tribo manda soltar o prisioneiro e
justifica-se:

“— Mentiste, que um Tupi não chora nunca,


E tu choraste!... parte; não queremos
Com carne vil enfraquecer os fortes.”

Humilhado, o índio tupi volta para o seu pai. Ao saber do que aconteceu, o pai pede ao filho
que o leve até a tribo dos timbiras, onde entrega seu filho ao chefe para ser devorado. No
entanto, o chefe rejeita a oferta, pois acredita que o jovem guerreiro é um covarde. O pai,
revoltado, diz ao filho:

“Tu choraste em presença da morte?

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Na presença de estranhos choraste?
Não descende o cobarde do forte;
Pois choraste, meu filho não és!
Possas tu, descendente maldito
De uma tribo de nobres guerreiros,
Implorando cruéis forasteiros,
Ser a presa de vis Aimorés.”

Esse é o ápice do poema, que, na sequência, vai centrar-se na honra do povo tupi, pois o
jovem guerreiro precisa mostrar que é corajoso, voltar a ser o orgulho de seu pai e de sua
tribo, mas, para isso, o chefe timbira precisa ser convencido. Dessa forma, esse poema
indianista e nacionalista é uma metáfora do Brasil. O povo tupi representa o povo brasileiro,
que precisa mostrar sua coragem e que não pode perder a sua honra, o seu orgulho nacional.

Nesse mesmo livro, é possível ler o seu poema lírico amoroso “Olhos verdes”. Nele, o eu
lírico usa uma metonímia olhos verdes para referir-se ao ser amado:

“São uns olhos verdes, verdes,


Uns olhos de verde-mar,
Quando o tempo vai bonança;
Uns olhos cor de esperança,
Uns olhos por que morri;
Que ai de mi!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!

Como duas esmeraldas,


Iguais na forma e na cor,
Tem luz mais branda e mais forte,
Diz uma — vida, outra — morte;
Uma — loucura, outra — amor.
Mas ai de mi!
Nem já sei qual fiquei sendo

21
Depois que os vi!
[...]

Como se lê num espelho


Pude ler nos olhos seus!
Os olhos mostram a alma,
Que as ondas postas em calma
Também refletem os céus;
Mas ai de mi!
Nem já sei qual fiquei sendo
Depois que os vi!
[...]

Dizei vós; Triste do bardo!


Deixou-se de amor finar!
Viu uns olhos verdes, verdes,
Uns olhos da cor do mar:
Eram verdes sem espr’ança,
Davam amor sem amar!
Dizei-o vós, meus amigos,
Que ai de mi!
Não pertenço mais à vida
Depois que os vi!”

Também famoso é o poema “Leito de folhas verdes”, cujo eu lírico feminino lamenta a
ausência de seu amado, Jatir. Trata-se de uma mistura entre elementos da cultura indígena e
sentimentalismo próprio do amor romântico, bem como do romântico diálogo entre a
paisagem e os estados de alma do eu lírico.

“Por que tardas, Jatir, que tanto a custo


À voz do meu amor moves teus passos?
Da noite a viração, movendo as folhas,
Já nos cimos do bosque rumoreja.

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Eu, sob a copa da mangueira altiva
Nosso leito gentil cobri zelosa
Com mimoso tapiz de folhas brandas,
Onde o frouxo luar brinca entre flores.
Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,
Já solta o bogari mais doce aroma!
Como prece de amor, como estas preces,
No silêncio da noite o bosque exala.
Brilha a lua no céu, brilham estrelas,
Correm perfumes no correr da brisa,
A cujo influxo mágico respira-se
Um quebranto de amor, melhor que a vida!
A flor que desabrocha ao romper d`alva
Um só giro do sol, não mais, vegeta:
Eu sou aquela flor que espero ainda
Doce raio do sol que me dê vida.
Sejam vales ou montes, lago ou terra,
Onde quer que tu vás, ou dia ou noite,
Vai seguindo após ti meu pensamento;
Outro amor nunca tive: és meu, sou tua!
Meus olhos outros olhos nunca viram,
Não sentiram meus lábios outros lábios,
Nem outras mãos, Jatir, que não as tuas
A arazóia na cinta me apertaram
Do tamarindo a flor jaz entreaberta,
Já solta o bogari mais doce aroma;
Também meu coração, como estas flores,
Melhor perfume ao pé da noite exala!
Não me escutas, Jatir! Nem tardo acodes
À voz do meu amor, que em vão te chama!
Tupã! Lá rompe o sol! Do leito inútil

23
A brisa da manhã sacuda as folhas!”

6.8 ANTROPOFAGIA, RITUAL E IDENTIDADE CULTURAL ENTRE OS TUPINAMBÁ

Segundo (Adone Agnolin)A alimentação do homem é um dado cultural que tem uma
importância pelo menos igual àquele pura e simplesmente alimentar. Reservando uma atenção
particular à relação que encontramos, entre dado cultural e dado alimentar/"natural", o
presente artigo levará em consideração o fato de que estamos falando de um alimento muito
particular: trata-se do homem que se torna, dentro de uma estrutura altamente ritualizada,
alimento para outro homem, o qual, por sua vez, vive na perspectiva, altamente significativa
para sua cultura, de se tornar, um dia, ele mesmo alimento para os outros.

Os sacrificados pela os tupinambá sempre seria seu guerreiro mais valente e corajoso aqueles
que se destacavam pela aldeia, os demais guerreiro se alimentavam deles com objetivo de
ficar com a mesma coragem e força pois acreditavam que se comecem a pessoa sacrificada
herdavam suas qualidades

Pelo fato de reconhecer a importância do dado cultural no que diz respeito à alimentação do
homem, a Antropologia se apresenta como perspectiva de análise imprescindível. Por outro
lado, ela constituirá o esboço de um estudo crítico sobre sua própria caraterística de
compreensão/digestão da alteridade cultural. Além do mais, a colocação da antropofagia ritual
("sagrada") no centro de nosso trabalho nos impõe o ponto de vista de uma metodologia de
estudo histórico-religiosa. A utilidade dessa perspectiva de estudos está toda contida na
adjetivação "ritual", que acompanha esta forma específica de antropofagia. Trata-se,
consequentemente, de esclarecer esses termos/conceitos (aos quais a escola histórico-religiosa
tem dedicado tanta atenção), muitas vezes assumidos de forma acrítica, oferecendo uma
significativa contribuição e problematização aos estudos históricos e antropológicos
contemporâneos.

7. METODOLOGIA

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O Projeto será realizado em forma de feira de ciências, divido em estações, onde os alunos
terão a oportunidade de aprender, indagar e participar de atividades também. Haverão três
estações principais:

ESTAÇÃO PRIMEIRA: Será o espaço onde haverá maquetes de algum lugar relevante a
história que estará sendo contada pelos acadêmicos. Eles serão incumbidos de narrar os fatos
referentes a vida de Gonçalves Dias e demonstrar parte da história através das maquetes, seja
da casa do autor em Caixias, do barco que ele pegou para a Europa, de sua casa em São Luís,
etc. Havendo assim a possibilidade do público visualizar a história, ao invés de apenas ouvi-
la.

ESTAÇÃO SEGUNDA: Será o espaço destinado para as obras de Gonçalves Dias. Nessa
estação, os acadêmicos terão a liberdade de declamar, de encenar, de retratar alguns dos
poemas mais famosos do autor. Para manter a diversidade, a estação terá duas ou mais
atrações para que os alunos possam apreciar ora um poema, ora uma encenação.

ESTAÇÃO TERCEIRA: Será o espaço reservado para os alunos entrarem em contato com o
projeto e participarem de maneira ativa. Nessa estação haverão quizes, brincadeiras e outras
formas do público presente se envolver com a história do famoso poeta maranhense.

8. ESTRATÉGIA DE MARKETING

ELABORAR A MENSAGEM: Criar uma mensagem convincente e impactante que transmita


os benefícios e valores do projeto aos moradores da comunidade. A mensagem deve ser clara,
concisa e relevante para o público-alvo.

ESCOLHER OS CANAIS DE COMUNICAÇÃO: Identificar os canais de comunicação mais


eficazes para alcançar o público-alvo. Isso pode incluir mídias sociais, materiais impressos,
rádio comunitária, entre outros.

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CRIAR PARCERIAS LOCAIS: Estabelecer parcerias com organizações locais, como escolas,
igrejas, associações de moradores, para ampliar o alcance do projeto comunitário e obter
apoio da comunidade.

PROMOVER EVENTOS E ATIVIDADES: Realizar eventos e atividades que envolvam a


comunidade e promovam o projeto comunitário. Isso pode incluir palestras, workshops,
mutirões de limpeza, entre outros.

CRIAR ENGAJAMENTO NAS MÍDIAS SOCIAIS: Utilizar as mídias sociais para criar
engajamento e divulgar o projeto. Isso pode ser feito por meio de postagens regulares,
compartilhamento de fotos e vídeos, entre outros.

CRIAR PARCERIAS COM INFLUENCIADORES LOCAIS: Identificar influenciadores


locais, como líderes comunitários, celebridades locais, para apoiar e promover o projeto
comunitário. Isso ajuda a aumentar a visibilidade e a credibilidade do projeto.

9. PÚBLICO ALVO

O projeto extensionista com o tema “A Vida e Obra de Gonçalves Dias” tem como público-
alvo os adolescentes da instituição U.E.B Prof. Ronald Da Carvalho Anexo 3° Milênio,
localizado no Conjunto Habitacional, Avenida Sete – Turu – São Luís – MA, unidade na qual
conta com 241 alunos do turno vespertino. Sob essa ótica, é necessário pontuarmos que as
características socioeconômicas dos alunos são de média renda, onde o nível de escolaridade é
fundamental.

A instituição oferece ensino a várias crianças, alguma delas portadoras de necessidades


especiais como autismo, a escola é de rede municipal, onde não há nenhuma demanda
manifestada pelos dirigentes do local, dirigida atualmente pela diretora Marineide Frazão dos
Inocentes.

10. PARCERIAS

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O conceito de parceria para um projeto refere à colaboração entre duas ou mais entidades,
indivíduos, organizações, empresas, governos, etc.) que se unem com o objetivo de alcançar
um objetivo comum ou desenvolver um projeto específico. Essas parcerias podem envolver a
combinação de recursos, conhecimento, habilidades e experiências para maximizar os
resultados do projeto.

As parcerias podem assumir diferentes formas e níveis de comprometimento, dependendo das


necessidades e dos recursos disponíveis para cada parte envolvida. Diante disso, abaixo estão
as parcerias que serviram de apoio para que o Projeto fosse possível.

 FACAM, enviando professores com os alunos para apoia-l0s no que for necessário.

 UEB Prof Ronald Carvalho - Anexo Terceiro Milênio está cedendo o espaço e alguns
equipamentos que serão utilizados para apresentação dos alunos da FACAM.

 VALE, com a lei de apoio e incentivo a vale dar apoio e suporte para alunos das redes de
ensino superior, para continuar incentivando a cultura do estado e mantê-la sempre em
evidência.

 BIBLIOTECA MUNICIPAL JOSÉ SARNEY, cedendo o espaço e seus livros para serem
feitas as pesquisas necessárias sobre a vida e obra de Gonçalves Dias.

11. CRONOGRAMA
AÇÕES/ATIVDADES PERÍODO
Definições do Tema e Público Alvo 16/08 a 14/09

Pesquisa bibliográfica 14/09 a 15/10

Sistematização do Projeto (parte 1) 07/09 a 14.10

Desenvolvimento do parte escrita (parte 2) 14/09 .15/10

Organização e reuniões em grupo para as produções e 23/08 a 2


realizações das atividades dos Projetos.

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Divulgação do evento 15/10 a 16/11

Realização do Projeto 17/11

12. RESULTADOS ESPERADOS

AUMENTO DO CONHECIMENTO: Um dos principais resultados esperados em um projeto


é que o público aumente seu conhecimento sobre Gonçalves Dias, saibam sobre sua formação,
trabalhos, impacto na literatura e muito mais.

APRECIAÇÃO APRIMORADA: À medida que as pessoas aprendem mais sobre o escritor, é


provável que desenvolvam uma apreciação maior por seu trabalho. Isso pode levar a uma
maior compreensão do significado do escritor e a um respeito mais profundo por suas
contribuições para a literatura maranhense.

CURIOSIDADE ESTIMULADA: Projetos envolvendo escritores famosos, como Gonçalves


Dias, podem estimular a curiosidade dos alunos em relação a outras figuras e períodos
literários. Isso pode inspirar os indivíduos a explorar novos autores e gêneros, resultando em
uma maior apreciação pela literatura em geral.

HABILIDADES APRIMORADAS DE PESQUISA E ANÁLISE: Através da realização de


pesquisas e análises das obras de um escritor famoso, os indivíduos podem desenvolver
habilidades aprimoradas de pesquisa e análise. Isso pode ser particularmente benéfico para
estudantes que provavelmente serão obrigados a concluir trabalhos de pesquisa no futuro.

CRESCIMENTO NA HABILIDADE DE ESCRITA CRIATIVA: A exposição às obras de


um escritor famoso também pode estimular o crescimento na habilidade de escrita criativa.
Ao analisar as técnicas e o estilo do escritor, os alunos podem incorporá-los em sua própria
escrita, melhorando, em última análise, suas habilidades como escritores.

13. AVALIAÇÃO

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A avaliação do projeto será feita através de um questionário de satisfação, podendo assim
avaliar nosso método de abordagem educacional para que possamos direcionar os nossos
esforços com mais assertividade.

14. CONCLUSÃO

Este projeto “Vida de Gonçalves Dias” busca levar o conhecimento sobre a vida e obra do
renomado poeta brasileiro aos alunos de uma escola de ensino fundamental, estimulando o
gosto pela leitura, cultura brasileira e, principalmente, maranhense. Através de estratégias
educacionais e parcerias, espera-se que os estudantes conheçam mais sobre Gonçalves Dias e
sua contribuição para a literatura brasileira, promovendo um maior apreço pela cultura local.
A avaliação será feita por meio de um questionário de satisfação para aprimorar as
abordagens educacionais. Com isso, busca-se contribuir para uma sociedade mais consciente
de sua história e cultura, formando novos leitores e pesquisadores da obra do poeta.

15. REFERÊNCIAS

FUKS, Rebeca. Poema Canção do Exílio de Gonçalves Dias (Com Análise e Interpretação).
Disponível em: <<https://www.culturagenial.com/cancao-do-exilio-goncalves-dias/>>.
Acesso em 07/10/2023

INSTITUTO FEDERAL FARROUPILHA. Ministério da Educação do Rio Grande do Sul.


Disponível em: <<https://www.iffarroupilha.edu.br/noticias>>. Acesso em 06/10/2023

FRAZÃO, Dilva. Biografia de Gonçalves Dias: 2022. Disponível em:


https://www.ebiografia.com/goncalves_dias/. Acesso em 07/10/2023

ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Biografia de Gonçalves Dias. Academia do Rio


de Janeiro. Disponível em:
<<https://www.academia.org.br/academicos/goncalves-dias/biografia>>. Acesso em
06/10/2023

SCIELO BRASIL. Antropofagia ritual e identidade cultural entre os Tupinambá: 2002.


Departamento de Antropologia, Faculdade de Filosofia, Ciências Humanas e Letras em São
Paulo. Disponível em: <<https://www.scielo.br/j/ra/a/hhctMhKRHZrQ8qxGs4F9GQv/>>.
Acesso em 05/10/2023

NERDOLOGIA. A História e Vida de Gonçalves Dias. Canal no Youtube Com Foco Em


Conhecimento: 2023. Disponível em: <<https://www.youtube.com/watch?
v=rLfUxxjGY1M.>> Acesso em 07/10/2023

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BARROS, Eziquio. Os Amores de Ana Amélia: 2017. Disponível em: <<
https://eziquio.wordpress.com/2017/02/09/os-amores-de-ana-amelia./>> Acesso em
05/10/2023.

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