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SÃO LUÍS
2023
CURSO DE LETRAS, ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS,
SERVIÇO SOCIAL, ENGENHARIA CIVIL, ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
SÃO LUÍS
2023
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SUMÁRIO
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO............................................................................................ 4
2. INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 5
3. JUSTIFICATIVA................................................................................................................... 7
4. OBJETIVOS.......................................................................................................................... 8
5. METAS.................................................................................................................................. 9
6. PRODUTO........................................................................................................................... 9
6.2 COIMBRA....................................................................................................................... 10
6.8 ANTROPOFAGIA........................................................................................................... 23
7. METODOLOGIA................................................................................................................ 24
8. ESTRATÉGIA DE MARKETING...................................................................................... 25
9. PÚBLICO ALVO................................................................................................................ 26
10. PARCERIAS...................................................................................................................... 26
11. CRONOGRAMA............................................................................................................... 27
13. AVALIAÇÃO.................................................................................................................... 28
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14. CONCLUSÃO................................................................................................................... 28
15. REFERÊNCIAS................................................................................................................. 29
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:
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LOCAL DE REALIZAÇÃO: U.E.B Ronald da Silva Carvalho - Anexo Terceiro
Milênio
2. INTRODUÇÃO
Gonçalves Dias é um dos maiores poetas da literatura brasileira. Sua obra é marcada por
temas como o índio, a natureza, a pátria e o amor. No entanto, muitos alunos do ensino
fundamental não têm acesso ou até mesmo interesse por esse conhecimento. Este projeto de
pesquisa tem como objetivo desenvolver estratégias para levar conhecimento da vida e das
obras de Gonçalves Dias para esses alunos. A relevância desse trabalho é significativa, pois
contribui para a formação de uma sociedade mais consciente de sua história e cultura. Além
disso, o trabalho pode contribuir para a formação de novos leitores e pesquisadores da obra de
Gonçalves Dias. Isso pode ser feito por meio de atividades que estimulem o interesse pela
literatura e pela cultura brasileira. A relevância científica do trabalho também é significativa,
pois contribui para o desenvolvimento da pesquisa sobre a literatura brasileira. O trabalho
pode gerar novos conhecimentos sobre a vida e as obras de Gonçalves Dias, contribuindo para
uma compreensão mais aprofundada da obra do poeta.
O projeto acontecerá na escola U.E.B Ronald da Silva Carvalho ( anexo 3• milênio), aonde
terá há duração de 3h, a partir das 08h30 e se estendendo até às 11h30.
A baixo, segue a lista dos responsáveis técnicos que irão participar do projeto, e as suas
respectivas formações :
O valor total do projeto é estimado em R$ 1.000,00. O valor será levantado por meio de rifas,
com a colaboração dos alunos e da comunidade escolar. A arrecadação será realizada ao longo
de dois meses, com a venda de rifas em todas as salas de aula e nas dependências da escola.
• Gonçalves Dias é pouco conhecido pelos jovens. O projeto pretende divulgar sua obra e
vida. Na justificativa será apresentado o porque se deve realizar o trabalho e qual a sua
relevância.
• Nas metas será decorrido tudo o que pretendemos fazer dentro do projeto.
• No produto será apresentado o que vai ser produzido pelo projeto. Será feito o enredo de
algumas das grandes obras de Gonçalves Dias, como : Coimbra; Canção do Elixio;
Antropofagia, ritual e identidade cultural entre os tupinambás. Também será apresentado a
vida e infância; vida adulta e vida amorosa de Gonçalves Dias.
• A metodologia do projeto será baseada em uma feira de ciências, dividida em três estações.
Iremos apresentá-las nas metodologias do trabalho.
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• Nas estratégias de marketing será decorrido os meios de divulgação do projeto e será
abordado a maneira como vai ser realizado essa divulgação.
• O público alvo será apresentado, juntamente com as características e demanda dos alunos
de onde vai ser apresentado o projeto. <Mensagem editada>
• A parceria é a colaboração entre duas ou mais entidades para alcançar um objetivo comum.
Pode envolver a combinação de recursos, conhecimento, habilidades e experiências. Neste
tópico será apresentado quais as parcerias do projeto.
• Na conclusão, esperamos que projeto sociocultural sobre Gonçalves Dias seja um sucesso,
pois ele irá promover o conhecimento da obra do escritor entre alunos de uma escola de
ensino fundamental.
3. JUSTIFICATIVA
Gonçalves Dias foi um grande escritor Maranhense, icônico por suas inúmeras obras, e uma
em especial se destaca que é a Canção do Exílio que retatra de forma poética o amor que o
autor tinha por sua terra natal. Apesar de tudo, de todo seu talento e suas poesias brilhantes o
autor não é tão reconhecido, tão apreciado pelos jovens. Poucos os conhecem e saberiam dizer
onde nasceu, onde cresceu, onde estudou, com o que trabalhava, quem eram seus amigos, o
nome dos pais, o nome de sua amada e como ele ganhava dinheiro e quem foi sua esposa, sua
musa inspiradora. Por essas razões, e em especial porque estamos comemorando uma data
especial sobre o autor, o bi-centenário de seu nascimento em 10 de agosto de 2023,
escolhemos esse tema para que possamos trazer uma perspectiva mais próxima de Gonçalves
Dias, vinda de maranhenses, para maranhenses sobre esse idolatrado maranhense. O nosso
objetivo é explicar os pormenores que o tornaram tão importante e celebrado, em especial no
âmbito do Maranhão. Nossa pesquisa e projeto tem a finalidade de divulgar o trabalho e
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apresentar a vida dessa figura de forma que jovens e adolescentes possam conhecer mais
sobre ele, pois que Gonçalves Dias é importantíssimo para o Maranhão e seu povo.
4. OBJETIVOS
• Realizar atividades pedagógicas, como quiz e desafios, que explorem a poesia do autor,
como a leitura de seus poemas, análise de suas composições líricas, discussões em grupo
sobre seu legado literário e criação de trabalhos artísticos baseados em seus versos.
5. METAS
Recitar algumas de suas obras como: Seus olhos, Canção do Exílio, etc.
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Apresentar aos alunos o poema: I-Juca Pirama
6. PRODUTO
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Esses primeiros anos de vida proporcionaram a Gonçalves Dias uma profunda conexão com a
natureza e as tradições locais, influenciando de maneira significativa sua
poesia. Demonstrando talento para a escrita desde cedo, Gonçalves Dias frequentou o
Seminário de São Luís, lá ele teve acesso a uma educação que enfatizava a literatura e as
artes, fomentando seu gosto pela leitura e pela escrita.
Em 1838, Gonçalves Dias estava prestes a embarcar para Portugal para continuar seus
estudos, quando seu pai faleceu. Graças à assistência de sua madrasta, ele conseguiu realizar a
viagem e se matricular no curso de Direito na Universidade de Coimbra. Enquanto Gonçalves
Dias estava em Portugal, a situação financeira de sua família em Caxias se tornou precária
devido aos conflitos da Balaiada. A madrasta pediu-lhe que retornasse, mas ele optou por
continuar seus estudos, recebendo apoio de colegas e, finalmente, graduando-se em Direito
em 1845.
6.2 COIMBRA
Gonçalves Dias, empreendeu uma jornada intelectual e cultural de grande importância quando
se matriculou na Universidade de Coimbra, Portugal, onde estudou de 1829 a 1838. Sua
estadia em Coimbra foi um marco significativo em sua vida e carreira. Durante seu tempo na
universidade, Gonçalves Dias se dedicou ao estudo do direito, história, filosofia e literatura,
demonstrando uma sede insaciável de conhecimento. Esse ambiente acadêmico diversificado
e estimulante influenciou profundamente sua perspectiva intelectual e sua futura produção
literária.
Em Coimbra, ele também teve a oportunidade de imergir nas correntes literárias europeias da
época, particularmente o romantismo. O contato com as ideias e obras de escritores
românticos europeus moldou sua própria visão poética e literária. A atmosfera cultural e
intelectual da cidade contribuiu para que ele desenvolvesse um estilo lírico distinto, marcado
por uma forte conexão com a natureza e a terra natal brasileira.
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Gonçalves Dias não se limitou apenas aos estudos acadêmicos. Ele aproveitou sua estadia em
Coimbra para escrever e publicar poesia. Seus poemas frequentemente exploravam temas
como o amor, a saudade de sua terra natal e as questões indígenas. Sua poesia começou a
ganhar reconhecimento e admiradores, mesmo enquanto ele estava longe do Brasil.
Além disso, em Coimbra, Gonçalves Dias estabeleceu vínculos com outros estudantes e
intelectuais, como Teófilo Braga, que compartilhavam seu entusiasmo pela literatura. Essas
conexões ajudaram a enriquecer seu círculo intelectual e proporcionaram um ambiente
propício para o intercâmbio de ideias literárias.
Após concluir seus estudos em Coimbra em 1838, Gonçalves Dias retornou ao Brasil, levando
consigo as influências literárias e intelectuais adquiridas na Europa. Sua experiência em
Coimbra deixou uma marca indelével em sua poesia e pensamento, contribuindo
significativamente para sua ascensão como um dos poetas mais importantes do romantismo
brasileiro.
Em resumo, a estadia de Gonçalves Dias em Coimbra não apenas enriqueceu sua formação
acadêmica, mas também o transformou em um poeta profundamente influenciado pelo
romantismo europeu, cuja obra ecoaria nas futuras gerações de escritores brasileiros.
Goncalves Dias no ano 1840, onde já estava entrando na vida adulta, matriculou-se na
Universidade de Direito de Coimbra, onde teve contato com escritores do romantismo
português, entre eles, Almeida Garrett e Alexandre Herculano, ele se integrou o grupo sobre o
romantismo como “O Trovando”.
Ainda em Coimbra, Gonçalves Dias escreveu a maior parte de suas obras, inclusive a famosa
“Canção do Exílio”, na qual expressa o sentimento da solidão e do exílio, que também e sua
obra mais famosa.
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Em 1845, ainda em Coimbra, Gonçalves Dias completou seus estudos em uma trajetória de
difícil, já que situação financeira da família tornou-se difícil em Caxias, por efeito da
Balaiada, e a madrasta pediu-lhe que voltasse, mas ele prosseguiu nos estudos graças ao
auxílio de colegas.
Regressando ao Brasil em 1845, passou rapidamente pelo Maranhão e, em 1846, mudou para
o Rio de Janeiro, onde residiu até 1854, na capital do pais, ele publicou a sua trilogia de livros
de poemas “Os Cantos”. Em 1849 foi nomeado professor de Latim e História do Brasil no
Colégio Pedro II, e fundou a revista Literária Guanabara. Gonçalves Dias também trabalhou
como jornalista publicando crônicas, folhetins e ensaios de crítica literária.
Em 1851, Gonçalves Dias visitou o Maranhão a convide do governo para melhora a educação
pública da região. Na viagem poeta conheceu Ana Amélia Ferreira do Vale, de 14 anos de
idade, por quem se apaixonou, e considera sua musa, ele a pediu em casamento, mas a mãe
não concordou com o casamento, por Gonçalves Dias ter origem mestiço. E ele se casou no
ano seguinte com a filha de um médico, Olímpia da Costa, em um casamento de conveniência
que durou somente 4 anos.
Gonçalves Dias foi nomeado oficial da Secretaria de Negócios Estrangeiros e, viajou várias
vezes para a Europa entres os anos 1854 a 1858. Na Europa Gonçalves dias teve algumas de
suas obras publicadas em alemão, nesse período o poeta publicou um poema épico os
Tymbiras.
Em 1862, com a saúde abalada Gonçalves Dias foi para a Europa para tratamento. Sem
resultados embarcou de volta no dia 10 de setembro de 1864, porém o navio francês Ville de
Boulogne em que estava, naufragou perto do Farol de Itacolomi, na costa do Maranhão, onde
o poeta foi a única vítima em tragédia de negligencia fatal, ninguém o resgatou de sua cabine
e como estava acamando por sua saúde debilitada ele acabou se afogado com 41 anos de
idade.
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6.4 VIDA AMOROSA
Ana Amélia, “A menina moça de olhos negros”, nasceu em São Luís em 1831, filha de
Domingos José Ferreira e Lourença Francisca Leal Vale. Seu pai, nascido em Portugal na
cidade de Lisboa em 18 de julho de 1785, ainda jovem veio ao maranhão. trabalhou como
caixeiro e depois contador na empresa de Ricardo Nunes Leal, onde conseguiu sucesso e
fortuna. Foi onde conheceu sua parceira Lourença sobrinha do seu patrão Ricardo Leal,
Lourença vem de uma família tradicional de comerciantes ricos estabelecidos no Maranhão,
filha de Antônio Henriques Leal e Ana Rosa de Carvalho.
Acreditasse que Ana Amelia cresceu aprendendo como cuidar do lar e como ser uma esposa
dedicada, como sua pessoa vem ser conhecida depois de Gonçalves Dias aos 14 anos de
idade, não se sabe muito. No ano de 1845 depois de sete anos da sua terra natal Gonçalves
volta ao Maranhão. Foi para Caxias, La escreveu poemas e os recitou no teatro harmonia,
também se envolveu em alguns escândalos como beber ou fumar em público. Por conta disso
ele viajou para São Luís por convite de seu amigo Teófilo Leal.
Ao chegar na capital da província ele fica hospedado na casa de seu amigo, na rua Santana,
foi ali que Gonçalves conheceu sua amada, Amelia. Depois que se conheceram não demorou
muito para que Gonçalves dedicasse um poema a ela, “seus olhos”. Nos seis meses que Dias
passou hospedado na casa do amigo, frequentou saraus e palestras. Provavelmente a Amelia
teve seus primeiros contatos com um homem que não fosse seus familiares durante esse
período, pois não era costume que moças jovens tivessem amizades com homens que não
fosse aprovado pelo pai.
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Não muito tempo depois Gonçalves partira para o Rio de Janeiro onde publicaria o “Primeiros
Cantos” e ganharia a consagração nacional. Enquanto Gonçalves vivia isso, a jovem Amélia
continuava a viver sua vida cotidiana. Enquanto ela ia crescendo e conquistando corações, ela
conquistou várias poesias, não só de Dias, mas também de outros admiradores que
apreciavam a sua beleza.
Gonçalves Dias conheceu outros amores, enquanto ainda estudava, passando as férias em
Lisboa namorou uma jovem dona de uma pensão em que se hospedava com seus amigos. A
viagem demorou um pouco mais que o previsto por conta desta jovem que roubou o coração
do poeta, só não se casaram por conta que seu amigo Teófilo interveio. Porém foi uma
portuguesa que se chamava Engrácia que fez seu coração palpitar de amor, ele a dedicou os
poemas “Inocência”, “Saudade” e alguns outros, mesmo a amando, ele a deixou, pois sabia
que ela sofreria quando ele voltasse a sua terra para trabalhar. Ele não sabia, mas seu coração
ainda passaria por alguns altos e baixos da paixão.
Quando volta a São Luís, na casa do seu amigo, esperava viver as coisas boas que haveria
vivido antes. No dia 05 de outubro durante o os festejos de N. Sra. Dos Remédios, a família e
o poeta iriam participar deste grande evento. E entre danças e quadrilhas, lá estavam os dois,
neste dia eles se enamoraram, então Ana se deixa apaixonar por um amigo, amigo esse que
sua família o considerava como membro e não só como um hospede. A paixão de ambos era
grande de um pelo outro, no tempo que passou em São Luís, Gonçalves não visitou seus
parentes em Caxias, sua terra natal que amava tento, ele tinha prioridades diferentes naquele
momento.
No fim da sua estadia no Maranhão, Gonçalves estava pronto para pedir oficialmente a mão
de Ana Amelia, pores sua mãe, Lourença viajava para Alcântara com suas filhas, ele falou em
carta ao seu amigo Teófilo que viajar com a dúvida da resposta de D. Lourença era ruim,
então, não aguentando a angústia, Gonçalves escreveu uma carta confessando o seu amor por
Amelia.
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Embora a família tivesse um carinho pelo poeta, a sua origem era indígena e humilde e sua
cor de pele era um empecilho, juntar se a família matrimonialmente seria uma audácia. A
resposta da D. Lourença foi um não, que Dias também recebeu por carta, carta essa de apenas
quatro linhas. Gonçalves ficou arrasado com a resposta negativa.
Amelia sugeriu a Dias por carta para que eles fugissem, disposta a enfrentar a fúria dos seus
pais e da sociedade. Embora ele a amasse, por temor de decepcionar a família de seu amigo,
aceitou o não dá Lourença e assim desistiu do amor de sua vida.
Ana Amélia provavelmente tenha ficado chorando revoltada com ambos, com sua mãe pela
negação e com Gonçalves Dias por não lutar por este amor, amor este que a deixou acreditar
que teria uma vida ao lado do poeta.
Assim termina a história com o seu grande amor, depois de um tempo Gonçalves casou se
com Olímpia Coriolana da Costa em 26 de setembro no Rio de Janeiro no ano de 1852, o
casamento com Olímpia não durou muito, talvez por Gonçalves ter se casado pra tentar
esquecer o seu grande amor.
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Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar, sozinho, à noite
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o sabiá.”
Canção Do exílio, poema escrito em 1843, quando Gonçalves Dias estudava em Portugal, é a
obra mais popular do autor. Aliás, um trecho desse poema foi inserido na letra de nosso Hino
Nacional: “Nossos bosques têm mais vida/ Nossa vida, no teu seio, mais amores”. do exílio,
poema escrito em 1843, quando Gonçalves Dias estudava em Portugal, é a obra mais popular
do autor. Aliás, um trecho desse poema foi inserido na letra de nosso Hino Nacional: “Nossos
bosques têm mais vida/ Nossa vida, no teu seio, mais amores”.
É um poema que simboliza bem a essência da primeira geração romântica brasileira, pois tem
cunho nacionalista. Obviamente, trata-se de um nacionalismo ufanista, que enaltece o país,
com ausência de críticas, já que objetiva despertar nos brasileiros e brasileiras o amor pela sua
pátria.
Nos versos do poeta alemão vemos que há igualmente um impulso para louvar a pátria e as
suas particularidades. Gonçalves Dias segue o mesmo movimento do seu antecessor
romântico transatlântico e compõe os seus versos de modo a vangloriar as belezas da sua
terra. Ambas as composições elogiam as árvores das suas terras natais (em Goethe são as
laranjeiras e em Gonçalves Dias as palmeiras) e nos dois casos é possível observar uma forte
musicalidade. No poeta brasileiro essa característica aparece a partir do trabalho com as rimas
perfeitas nos versos pares e com a aliteração da consoante s em alguns versos.
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A Canção do Exílio é representante da primeira geração do modernismo (1836-1852). Ela
encontra-se incluída no livro Primeiros Cantos, lançado em 1846. O clássico poema de
Gonçalves Dias ganhou tamanha importância que chegou a ser parodiado e comentado por
outros importantes autores posteriores.
Após a realização da referida pesquisa e apresentação, cada grupo ficou responsável por
ilustrar a realidade retratada na versão da Canção do Exílio em que se detiveram a realizar a
pesquisa. “Esse trabalho teve como principal objetivo aproximar o texto literário dos
estudantes do Ensino Médio, mostrando que a Literatura acompanha toda a evolução
histórica, artística e cultural de um povo”, destaca o professor Edevandro.
Em 1854 por casualidade encontrou Ana Amélia, esse encontro teve como resultado o poema
“Ainda uma vez adeus” uma de suas obras lírico amorosa.
Ele especialmente arrependido de não ter ousado e fugido com ela, como era um dos planos
do casal, compôs as estrofes de Ainda uma vez – Adeus, onde retrata todo sua história de
amor por Amélia, sua grande e verdadeira musa.
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Passos da morte senti;
Mas quase no passo extremo,
No último arcar da esp’rança,
Tu me vieste à lembrança:
Quis viver mais e vivi!
...
Mas que tens? Não me conheces?
De mim afastas teu rosto?
Pois tanto pôde o desgosto
Transformar o rosto meu?
Sei a aflição quanto pode,
Sei quanto ela desfigura,
E eu não vivi na ventura…
Olha-me bem, que sou eu!
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Pensar eu que o teu destino
Ligado ao meu, outro fora,
Pensar que te vejo agora,
Por culpa minha, infeliz;
Pensar que a tua ventura
Deus ab eterno a fizera,
No meu caminho a pusera…
E eu! Eu fui que a não quis!
...
Dói-te de mim, que t’imploro
Perdão, a teus pés curvado;
Perdão!… de não ter ousado
Viver contente e feliz!
Perdão da minha miséria,
Da dor que me rala o peito,
E se do mal que te hei feito,
Também do mal que me fiz!
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Que chores, não de saudade,
Nem de amor, – de compaixão.”
Gonçalves Dias é mais conhecido e respeitado pela sua poesia. Entre as suas “poesias
americanas”, isto é, indianistas, um dos poemas mais aclamados é *“I-Juca-Pirama”*,
publicado no livro Últimos cantos. Esse poema épico conta a história de um guerreiro
indígena tupi, capturado pela tribo rival, que será devorado em um ritual de antropofagia:
Esse guerreiro tem um pai velho e cego. Preocupado com o pai, ele pede para continuar a
viver, pois é seu único apoio. Os timbiras entendem esse apelo como um ato de covardia, e, na
prática antropofágica, os índios acreditavam que assimilavam as características da pessoa
devorada, então jamais devorariam um covarde. O chefe da tribo manda soltar o prisioneiro e
justifica-se:
Humilhado, o índio tupi volta para o seu pai. Ao saber do que aconteceu, o pai pede ao filho
que o leve até a tribo dos timbiras, onde entrega seu filho ao chefe para ser devorado. No
entanto, o chefe rejeita a oferta, pois acredita que o jovem guerreiro é um covarde. O pai,
revoltado, diz ao filho:
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Na presença de estranhos choraste?
Não descende o cobarde do forte;
Pois choraste, meu filho não és!
Possas tu, descendente maldito
De uma tribo de nobres guerreiros,
Implorando cruéis forasteiros,
Ser a presa de vis Aimorés.”
Esse é o ápice do poema, que, na sequência, vai centrar-se na honra do povo tupi, pois o
jovem guerreiro precisa mostrar que é corajoso, voltar a ser o orgulho de seu pai e de sua
tribo, mas, para isso, o chefe timbira precisa ser convencido. Dessa forma, esse poema
indianista e nacionalista é uma metáfora do Brasil. O povo tupi representa o povo brasileiro,
que precisa mostrar sua coragem e que não pode perder a sua honra, o seu orgulho nacional.
Nesse mesmo livro, é possível ler o seu poema lírico amoroso “Olhos verdes”. Nele, o eu
lírico usa uma metonímia olhos verdes para referir-se ao ser amado:
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Depois que os vi!
[...]
Também famoso é o poema “Leito de folhas verdes”, cujo eu lírico feminino lamenta a
ausência de seu amado, Jatir. Trata-se de uma mistura entre elementos da cultura indígena e
sentimentalismo próprio do amor romântico, bem como do romântico diálogo entre a
paisagem e os estados de alma do eu lírico.
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Eu, sob a copa da mangueira altiva
Nosso leito gentil cobri zelosa
Com mimoso tapiz de folhas brandas,
Onde o frouxo luar brinca entre flores.
Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,
Já solta o bogari mais doce aroma!
Como prece de amor, como estas preces,
No silêncio da noite o bosque exala.
Brilha a lua no céu, brilham estrelas,
Correm perfumes no correr da brisa,
A cujo influxo mágico respira-se
Um quebranto de amor, melhor que a vida!
A flor que desabrocha ao romper d`alva
Um só giro do sol, não mais, vegeta:
Eu sou aquela flor que espero ainda
Doce raio do sol que me dê vida.
Sejam vales ou montes, lago ou terra,
Onde quer que tu vás, ou dia ou noite,
Vai seguindo após ti meu pensamento;
Outro amor nunca tive: és meu, sou tua!
Meus olhos outros olhos nunca viram,
Não sentiram meus lábios outros lábios,
Nem outras mãos, Jatir, que não as tuas
A arazóia na cinta me apertaram
Do tamarindo a flor jaz entreaberta,
Já solta o bogari mais doce aroma;
Também meu coração, como estas flores,
Melhor perfume ao pé da noite exala!
Não me escutas, Jatir! Nem tardo acodes
À voz do meu amor, que em vão te chama!
Tupã! Lá rompe o sol! Do leito inútil
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A brisa da manhã sacuda as folhas!”
Segundo (Adone Agnolin)A alimentação do homem é um dado cultural que tem uma
importância pelo menos igual àquele pura e simplesmente alimentar. Reservando uma atenção
particular à relação que encontramos, entre dado cultural e dado alimentar/"natural", o
presente artigo levará em consideração o fato de que estamos falando de um alimento muito
particular: trata-se do homem que se torna, dentro de uma estrutura altamente ritualizada,
alimento para outro homem, o qual, por sua vez, vive na perspectiva, altamente significativa
para sua cultura, de se tornar, um dia, ele mesmo alimento para os outros.
Os sacrificados pela os tupinambá sempre seria seu guerreiro mais valente e corajoso aqueles
que se destacavam pela aldeia, os demais guerreiro se alimentavam deles com objetivo de
ficar com a mesma coragem e força pois acreditavam que se comecem a pessoa sacrificada
herdavam suas qualidades
Pelo fato de reconhecer a importância do dado cultural no que diz respeito à alimentação do
homem, a Antropologia se apresenta como perspectiva de análise imprescindível. Por outro
lado, ela constituirá o esboço de um estudo crítico sobre sua própria caraterística de
compreensão/digestão da alteridade cultural. Além do mais, a colocação da antropofagia ritual
("sagrada") no centro de nosso trabalho nos impõe o ponto de vista de uma metodologia de
estudo histórico-religiosa. A utilidade dessa perspectiva de estudos está toda contida na
adjetivação "ritual", que acompanha esta forma específica de antropofagia. Trata-se,
consequentemente, de esclarecer esses termos/conceitos (aos quais a escola histórico-religiosa
tem dedicado tanta atenção), muitas vezes assumidos de forma acrítica, oferecendo uma
significativa contribuição e problematização aos estudos históricos e antropológicos
contemporâneos.
7. METODOLOGIA
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O Projeto será realizado em forma de feira de ciências, divido em estações, onde os alunos
terão a oportunidade de aprender, indagar e participar de atividades também. Haverão três
estações principais:
ESTAÇÃO PRIMEIRA: Será o espaço onde haverá maquetes de algum lugar relevante a
história que estará sendo contada pelos acadêmicos. Eles serão incumbidos de narrar os fatos
referentes a vida de Gonçalves Dias e demonstrar parte da história através das maquetes, seja
da casa do autor em Caixias, do barco que ele pegou para a Europa, de sua casa em São Luís,
etc. Havendo assim a possibilidade do público visualizar a história, ao invés de apenas ouvi-
la.
ESTAÇÃO SEGUNDA: Será o espaço destinado para as obras de Gonçalves Dias. Nessa
estação, os acadêmicos terão a liberdade de declamar, de encenar, de retratar alguns dos
poemas mais famosos do autor. Para manter a diversidade, a estação terá duas ou mais
atrações para que os alunos possam apreciar ora um poema, ora uma encenação.
ESTAÇÃO TERCEIRA: Será o espaço reservado para os alunos entrarem em contato com o
projeto e participarem de maneira ativa. Nessa estação haverão quizes, brincadeiras e outras
formas do público presente se envolver com a história do famoso poeta maranhense.
8. ESTRATÉGIA DE MARKETING
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CRIAR PARCERIAS LOCAIS: Estabelecer parcerias com organizações locais, como escolas,
igrejas, associações de moradores, para ampliar o alcance do projeto comunitário e obter
apoio da comunidade.
CRIAR ENGAJAMENTO NAS MÍDIAS SOCIAIS: Utilizar as mídias sociais para criar
engajamento e divulgar o projeto. Isso pode ser feito por meio de postagens regulares,
compartilhamento de fotos e vídeos, entre outros.
9. PÚBLICO ALVO
O projeto extensionista com o tema “A Vida e Obra de Gonçalves Dias” tem como público-
alvo os adolescentes da instituição U.E.B Prof. Ronald Da Carvalho Anexo 3° Milênio,
localizado no Conjunto Habitacional, Avenida Sete – Turu – São Luís – MA, unidade na qual
conta com 241 alunos do turno vespertino. Sob essa ótica, é necessário pontuarmos que as
características socioeconômicas dos alunos são de média renda, onde o nível de escolaridade é
fundamental.
10. PARCERIAS
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O conceito de parceria para um projeto refere à colaboração entre duas ou mais entidades,
indivíduos, organizações, empresas, governos, etc.) que se unem com o objetivo de alcançar
um objetivo comum ou desenvolver um projeto específico. Essas parcerias podem envolver a
combinação de recursos, conhecimento, habilidades e experiências para maximizar os
resultados do projeto.
FACAM, enviando professores com os alunos para apoia-l0s no que for necessário.
UEB Prof Ronald Carvalho - Anexo Terceiro Milênio está cedendo o espaço e alguns
equipamentos que serão utilizados para apresentação dos alunos da FACAM.
VALE, com a lei de apoio e incentivo a vale dar apoio e suporte para alunos das redes de
ensino superior, para continuar incentivando a cultura do estado e mantê-la sempre em
evidência.
BIBLIOTECA MUNICIPAL JOSÉ SARNEY, cedendo o espaço e seus livros para serem
feitas as pesquisas necessárias sobre a vida e obra de Gonçalves Dias.
11. CRONOGRAMA
AÇÕES/ATIVDADES PERÍODO
Definições do Tema e Público Alvo 16/08 a 14/09
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Divulgação do evento 15/10 a 16/11
13. AVALIAÇÃO
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A avaliação do projeto será feita através de um questionário de satisfação, podendo assim
avaliar nosso método de abordagem educacional para que possamos direcionar os nossos
esforços com mais assertividade.
14. CONCLUSÃO
Este projeto “Vida de Gonçalves Dias” busca levar o conhecimento sobre a vida e obra do
renomado poeta brasileiro aos alunos de uma escola de ensino fundamental, estimulando o
gosto pela leitura, cultura brasileira e, principalmente, maranhense. Através de estratégias
educacionais e parcerias, espera-se que os estudantes conheçam mais sobre Gonçalves Dias e
sua contribuição para a literatura brasileira, promovendo um maior apreço pela cultura local.
A avaliação será feita por meio de um questionário de satisfação para aprimorar as
abordagens educacionais. Com isso, busca-se contribuir para uma sociedade mais consciente
de sua história e cultura, formando novos leitores e pesquisadores da obra do poeta.
15. REFERÊNCIAS
FUKS, Rebeca. Poema Canção do Exílio de Gonçalves Dias (Com Análise e Interpretação).
Disponível em: <<https://www.culturagenial.com/cancao-do-exilio-goncalves-dias/>>.
Acesso em 07/10/2023
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BARROS, Eziquio. Os Amores de Ana Amélia: 2017. Disponível em: <<
https://eziquio.wordpress.com/2017/02/09/os-amores-de-ana-amelia./>> Acesso em
05/10/2023.
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