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RECIFE
JUNHO / 2018
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS ESUDA
RECIFE
JUNHO / 2018
Dedico este trabalho para meus familiares e
amigos que fizeram parte da minha jornada.
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais e irmãos e todos da família que aturaram os estresses no decorrer
desta jornada.
Aos meus professores por transmitir todo conhecimento absolvido que levarei para
vida e aos meus colegas que fizeram dos dias difíceis em momentos mais
agradáveis, em especial Jeffersom, Marcela e Rafaela.
Acima de tudo nunca perca a vontade de
caminhar. Todos os dias eu caminho até
alcançar um estado de bem-estar me afasto
de qualquer doença. Caminho em direção
aos meus melhores pensamentos e não
conheço pensamento algum que, por mais
difícil que pareça, não possa ser afastado ao
caminhar.
Soren Aabye Kierkgaard
Filósofo dinamarquês
1813-1855
RESUMO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
Quadro 3: Quadro das espécies botânicas arbóreas e arbustos que serão implantas na praça.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
MM - Milímetro
LISTA DE SÍMBOLOS
(%) – Percentagem
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................... 15
REFERÊNCIAS ........................................................................................ 78
APÊNDICE ............................................................................................... 80
15
INTRODUÇÃO
Buscou priorizar a otimização dos espaços obsoletos debaixo dos viadutos, cenário
bastante comum nas grandes cidades. Estes ambientes são vistos pela sociedade
como algo negativo uma vez que abrem às portas a marginalização, a construções e
estacionamentos irregulares, tornando o espaço desprovido de segurança e beleza
Por fim será realizado os estudos pré-projetuais, o qual terá por objetivo atender as
carências locais. Entretanto, levará em consideração as deficiências encontradas no
local, como a ausência de Equipamentos na praça e das comunidades, tudo no
intuito de tonar um ambiente vivo e seguro com incentivo a pratica de esportes e
lazer. Também será feito um levantamento dos Equipamentos Urbanos a ser
utilizados e o Memorial Botânico compatível com a região.
1 EMBASAMENTO TÉCNICO
1.1 A Paisagem
Rodolfo Pena (2018, p. 01) define paisagem como “uma representação dos aspectos
notórios e necessários a compreensão do mundo em que vivemos”. É, portanto, um
aspecto de percepção do espaço geográfico, representando o modo como
compreende-se o mundo, tendo como ponto de partida os sentidos humanos, quais
sejam, o tato, olfato, o paladar, a visão, entre outros.
Como visto a paisagem foi modificada ao longo do tempo para ajustar-se a evolução
humana. O homem nômade dá lugar ao homem moderno e este novo estilo exige a
presença novos elementos em sua composição, assim o natural passa a receber
toques de modernidade e cultura.
Inúmeros são os fatores que podem alterar o conteúdo físico de uma paisagem,
dentre eles podem-se destacar as condições climáticas e a iluminação natural. Em
relação a percepção humana sobre o ambiente, esta pode ser revelada a depender
do tempo em que o local é desfrutado pelo ser humano e a quantidade de pessoas
no mesmo ambiente.
Tomando por base essa construção social sobre o ambiente é que surge o cenário
urbano e a construção arquitetônica das cidades. Os valores e necessidades
humanas aliados a condição cultural resultam na nova “roupagem” da paisagem,
que passa a ser um composto de valores econômicos, estéticos e afetivos.
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Um valor econômico preza pelo “conforto visual” onde a paisagem é aquilo que a
sociedade quer que ela seja, podendo ser vista como um bem prazeroso a ser
usufruído. O valor estético por sua vez reveste-se de hábitos culturais, que variam a
depender da característica de cada indivíduo, seus conhecimentos e valores.,
estando predestinado ao movimento recebido por cada paisagem. E por fim, tem-se
o valor afetivo o qual permite a percepção de sensações e emoções que
ultrapassam os tempos, podendo ser explicados através de uma lembrança de
infância ou ainda, um primeiro encontro (LIRA, 2001, p. 51-53).
O conceito do urbano e sua relação com a cidade de acordo com Santos (1994)
implica numa definição oposta e característica em que, o urbano é visto como um
algo abstrato, geral e externo. A cidade, por sua vez é vista sob o prisma particular,
concreto e interno.
Para Jan Gehl (2017) a cidade os espaços urbanos teriam que ser pensados a partir
de uma escala humana, a vitalidade da rua, e as características das edificações com
relação direta com as pessoas com espaços acessível, bem como o posicionamento
e suas formas, como esta relação de pessoas e edificações melhoram sua qualidade
de vida.
Conforme preceitua Santos (2008) o espaço urbano é visto como artificial, sendo
fruto de uma construção no espaço originalmente natural que foi modificado, e
moldado as novas relações sociais. As relações existentes entre os habitantes da
população nem sempre têm seus anseios atendidos uma vez que as modificações
urbanas por vezes não resultam nas soluções esperadas pela maioria.
Diante desta perspectiva, o espaço aberto deve ser o retrato de sua população,
representando seus projetos e planos mediante a figura de um desenho urbano
detalhadamente completo, articulado e integrado, capaz de somar os interesses e
conflitos econômicos e sociais de cada parte do território.
Mascaró (2002, p. 11) em relação a vegetação urbana assevera que ela permite
uma integração com o ambiente modificado “principalmente nas regiões de climas
tropicais e subtropicais úmidos, para construir a paisagem da cidade”.
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Importante destacar que, até meados do século XIX, a vegetação nas cidades
brasileiras não era valorizada, pois, na concepção da época as arborizações eram
peculiares ao âmbito rural.
Segundo Hauser (1965, p. 195) as vegetações dispostas nas áreas urbanas podem
ser traduzidas como um modo de combate a influência maléfica do meio ambiente
modificado pelas ações humanas e, ao ser disposta entre os bairros e organizadas
de forma eficiente pode suprir o papel nocivo dessas ações. Em relação às
sensações estéticas, o autor ora mencionado dispõe que:
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O clamor social por áreas que se destinam ao lazer encontra-se atreladas à figura
das vegetações. O surgimento das praças ocorre no sentido de estimular as
pessoas a prática do lazer bem como uma harmoniosa convivência entre os
indivíduos frequentadores desses espaços.
Por fim, Hoene (1944) ao estudar sobre as praças discorre que estas devem sempre
estar presentes. Nesse sentido:
1.1.3. Paisagismo
Para sanar estes questionamentos, entre outros é que o coevo estudo se encontra
embasado na análise das possíveis reestruturações a ser desenvolvida nos espaços
vazios dos viadutos e seus entornos que passaram por transformações em suas
implantações, relatando, sua relevância na sociedade.
1.3. Praças
Angelis (2005) define as praças como sendo os “são locais onde as pessoas se
reúnem para fins comerciais, políticos, sociais ou religiosos, ou ainda, onde se
desenvolvem atividades entretenimento”.
Nesse sentido a praça pode ser definida como um lugar de encontros intencionais,
onde as pessoas podem permanecer, é o local onde ocorrem os acontecimentos
importantes, manifestações e movimentos sociais.
Sob o prisma urbano a definição de praças gira em torno das mais variadas
espécies “sendo esses organismos vivos e como tal, passível de transformação que,
como qualquer organismo com o passar dos anos se altera e se não for cuidado se
deteriora” (CARBONERA; CHIES, 2018, p. 2).
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Com o passar dos tempos as praças foram reduzidas a áreas de vegetação, sem o
expressivo convívio social de outrora, servindo mormente de palco para passagem
de pedestres, sendo inclusive, passível do descaso público e social que não aponta
meios de reativar esses espaços e resgatar sua função de lazer, convívio e
representatividade humana.
Nos dizeres de Marx (1980) a existência das praças ocorre nos pátios das catedrais,
servindo de espaço a reuniões e realização de atividades variadas, possuindo um
cenário bastante marcante e característico.
Fonte: helenadegreas/2018
Por fim tem-se os Adros que representam as áreas externas podendo ser ou não
rodeados de prédios religiosos. Representam espaços característicos de cunho
público ou social. Nos dizeres de Helena Degeras (2018): “os adros são as áreas
externas, cercadas ou não, de edificações religiosas [...]”. Possuem ainda um
“caráter público e agregador social, servindo para realizar procissões e festas
religiosas, feiras e mercado livre ou ainda espaço de lazer da população”.
Nesse momento surge a necessidade de reconstruir esse espaço para que voltem a
desempenhar o seu papel social junto a população preservando a qualidade da
paisagem.
1.4. Parques
No Brasil do século burguês não existia a quantidade de pessoas que havia nas
cidades da Europa, as quais eram objeto de sua inspiração cultural, aqui a ocupação
e o avanço se davam de modo lento, não sendo necessárias a tomada de medidas
para combater o tumulto urbano. Segundo Macedo (2002, p. 24)
Já por volta dos anos 50 diante de uma nova realidade social que envolvia a
presença do desenvolvimento urbano nas grandes cidades, surge a necessidade de
providenciar um espaço destinado à população menos favorecida que era maioria na
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época, normalmente vinda do campo e tinham como única fonte de lazer o passeio
nos espaços vazios das cidades. Nesse momento surge a necessidade de
implementar os parques públicos destinados ao lazer da população (MACEDO,
2002)
Desse modo, os parques urbanos, têm um importante papel dentro da cidade, pois,
através dele pode-se proporcionar uma maior qualidade de vida à população, um
local de lazer, de recreação e educação ambiental para aqueles que residem
próximo a área, como também para o restante das pessoas que podem desfrutar
das várias finalidades que um parque proporciona.
Seguindo a classificação feita por Sá Carneiro (2010, p. 51) existem seis tipos de
parques, sendo os mais usuais: parques culturais, recreativos, educativo, econômico
ou temáticos, o estético e o ecológico.
Os parques recreativos por sua vez são aqueles que se destinam a realização de
atividades de recreação, a exemplo das atividades esportivas e a prática de
meditação. Tome-se por exemplo o parque da Jaqueira (Figura 8) na cidade do
Recife.
Com relação aos parques educativos, esses estão associados à ecologia exercendo
um papel de isolamento. Normalmente é destinado ao público infantil, possuindo
uma função recreativa voltada à educação. Pode-se citar como exemplo, o
Engenhoca Parque Ecoeducativo (Figura 9 e 10), localizado no Estado do Ceará.
Os parques econômicos ou temáticos são aqueles que tem seu foco voltado ao
desenvolvimento do turismo e valorização de seu entorno imediato, são exemplos: o
Parque Ibirapuera, em São Paulo e o Parque da Disney na cidade de Orlando e o
(Figura 11), nos EUA e o Ibirapuera em São Paulo (Figura 12).
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Figura 11: Parque Disney, Orlando – EUA Figura 12: Parque do Ibirapuera, São Paulo
Fonte: http://www.diadema.sp.gov.br/2018
Por fim, tem-se o parque voltado à estética. Nestes o objetivo principal é oferecer ao
visitante cenário de encantamento visual, belas paisagens de um modo geral. O
ambiente é propício a quem busca fugir do intenso movimento urbano, o sentimento
é puramente de escapismo. Temos como exemplo o Central Park, situado na cidade
de Nova York.
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Figura 14: Central Park, NY Figura 15: Central Park, NY – vista aérea.
Fonte: Loving New York/ 2018 Fonte: Loving New York/ 2018
O desuso dos parques pode estar ligado a inúmeros fatores, dentre eles destacam-
se a falta de cuidado e manutenção do local, bem como a falta de zelo aos
equipamentos, vegetação e mobiliário existentes no espaço. Tal descuido pode ser
resultado do mau uso pela população ou motivado pela ação do tempo.
Sá Carneiro (2000, p. 136) afirma que a presença de um espaço público com uma
administração falha pode comprometer a imagem de todo um local, além de afastar
os usuários em decorrência do aumento da violência.
Por outro ângulo o conceito de mobiliário pode ser observado de forma ampla
arrastando subsídios que autorizam a utilização de espaços, fornecendo proteção,
cultura, conforto, serviços, lazer entre outros.
Jonh (2010, p. 182) por sua vez preceitua que os mobiliários são:
Nesses termos o mobiliário nada mais são que a implantação de móveis em locais
públicos para que a população deles se utilizem. Esse tipo de mobiliário permite a
cidade possuir um design próprio, devendo suprir a necessidade de uso da
população, além de possuir uma função estética. Assim, pontos de ônibus, sanitários
públicos, bancas de jornais, entre outros são exemplos de mobiliários urbanos que
integram uma cidade.
Creus (1997, p. 13 apud PINHEIRO, 2015, p. 39) ressalta que “em particular,
elementos de design urbano deve alcançar a integração entre o valor artístico e do
valor de todos os objetos que participam da vida cotidiana em nosso entorno
imediato, que é a cidade”.
De acordo com Montenegro (2005) o imobiliário surgiu já no século XIX num tempo
onde a observação e admiração dos marcos urbanos pelos indivíduos apontava seu
prestígio como subsídios de vivacidade no espaço público.
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Basso e Van der Liden (2016) afirma que “a valorização e proliferação dos
elementos de mobiliário urbano estiveram ligadas às reformas urbanas que
começaram a ocorrer em várias cidades da Europa a partir da Revolução Industrial”.
2. ESTUDO DE CASO
2.1.1. Localização
Na década de 1970 foi construída a rodovia A8 (Figura 17 e 18) que causou uma
separação na cidade Koog deixando seus habitantes divididos por esta estrutura.
Além da separação a estrutura causou um enorme vazio sob o elevado, tornando
um espaço propício ao vandalismo e estacionamentos irregulares.
Fonte: google.com.br/maps/2018
Fonte: archdaily.com.br/2017
Figura 19: Entorno do A8erna Figura 20: Pátio da Igreja, ao fundo o elevado A8erna
Figura 21: A8erna antes da revitalização. Figura 22: A8erna após revitalização.
Com a revitalização do espaço sob o viaduto foi possível realizar a integração social
entre os habitantes da cidade os quais passaram a usufruir de um espaço antes
inabitável.
2.1.5. Zoneamento
2.2.1. Localização
A área onde hoje encontra-se o Vale do Anhangabaú foi até o ano de 1822 ocupada
por uma chácara produtora de chá e agrião. Essa mesma área abriga o rio que
obrigava os pedestres a descer uma encosta para atravessar a Ponte do Açu e
então cruzar o Vale. Com o passar dos anos a ponte deu lugar a Avenida São João.
No ano de 1877 o então Barão de Itapetininga, dono das terras que abrigava a
chácara, foi convencido pela Câmara Municipal a doar uma parte de suas terras
para que fosse construído um viaduto (WIKIPÉDIA, 2018).
Figura 30: Viaduto do chá em 1938 Figura 31: Viaduto do Chá – 1935
Idealizado pelo francês Jules Martins em 1877, o viaduto apenas foi inaugurado
em 6 de novembro de 1892. A obra situada entre grandes casarões, era grande
importância, no entanto, as residências se faziam contrárias a instalação do mesmo.
Para sanar essa subversão a Prefeitura da Cidade de São Paulo decidiu promover
um concurso para eleger um projeto de requalificação e reurbanização do Vale onde
saíram vencedores os então urbanistas Jamil Kfouri, Rosa Kliass e Jorge Wiheim, os
quais projetaram na área a construção de um túneo de aproximadamente 490
metros de extensão, iniciando antes do Viaduto do Chá e findando antes do Viaduto
de Santa Efigênia.
Esse projeto permitiu que uma larga extensão de solo fosse de uso exclusivo para
os pedestres, caracterizando uma nova área com 52 mil quilômetros de espaço livre
destinado ao deslocamento e lazer (RIBEIRO, 2014).
O estudo desse projeto não guarda semelhança com o estudado anteriormente, uma
vez que não há a presença de elementos fixos, sendo constituído de um espaço
destinado apenas a passagem. A área urbana representa uma folga na paisagem
densa da cidade. Desse modo os elementos que compõem a região são materiais
botânicos e construtivos que unidos resultam na infraestrutura do Viaduto.
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2.2.5. Zoneamento
2.3.1. Localização
No ano de 1656, com a expulsão dos holandeses do estado, foi construída na região
do Monte dos Guararapes a igreja de Nossa Senhora dos Prazeres.
Fonte: google.com.br/maps/2018
A praça foi entregue a comunidade no ano de 2012 (Figura 38) trazendo uma
interação do espaço que alcança além de atividades esportivas e lazer um grande
efeito social. O local dispõe de um anfiteatro, pista de cooper, playground,
banheiros, lanchonetes, posto policial, quadra esportivas.
Fonte: Blogdassppps.com/2018
Figura 39: Viaduto Geraldo Melo. Figura 40: Quadra esportiva, Viaduto Geraldo Melo.
2.3.5. Zoneamento
Fonte: Autora/2018
onde as devidas transformações podem ser adaptadas para se tornar uma área útil
a população. As adequações permitem que a população vivencie uma mudança em
seus hábitos, podendo utilizar espaços que antes obsoletos. A readaptação local
permite a criação de uma área de socialização onde todos podem caminhar,
conviver, brincar, mudar a paisagem. Dessa forma, a população sente-se acolhida
pelos órgãos público dando vida ao espaço.
A promoção social permite a realização de atividades que atenda aos mais diversos
públicos que vai desde os moradores locais, a possíveis frequentadores vindos de
outras regiões, crianças, idosos, homens, mulheres, estimulando inclusive o turismo
e o comércio local.
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3. CONTEXTUALIZAÇÃO DA ÁREA
A origem da cidade do Recife está ligada à cidade de Olinda. A Carta dos direitos
feudais da Cidade que foi concedido por Duarte Coelho no ano de 1537 faz
referência a “Arrecife dos navios” (PREFEITURA DO RECIFE, 2018).
Inicialmente o Recife foi ocupado por pescadores e homens que estabeleceram suas
moradas na cidade buscando distanciar-se do ancoradouro da agitada Olinda. Assim
surge Recife, em decorrência do antigo ancoradouro localizado em meio aos
arrecifes de arenito e a península, em meio a mistura de águas do mar com os rios
Capibaribe e Beberibe (PREFEITURA DO RECIFE, 2018).
Banhado pela Bacia do Pina, o bairro foi escolhido, em 1947, inicialmente para se a
garagem dos barcos do Iate Club do Recife. Com sua instalação definitiva no bairro,
o clube adotou o seu nome, passando a chamar Cabanga Iate Club que ainda hoje,
promove atividades esportivas, além de sediar eventos sócias. No bairro também
pode-se destacar outro importante estabelecimento, o 7º depósito de suprimentos do
exército, sede do projeto Orquestra Criança Cidadã, formada por jovens moradores
da comunidade do coque.
3.2. Legislação
O local de pesquisa está situa-se RPA1 (Figura 42) na Microrregião: 1.2, distância
do marco zero de 3,26 km.
Estas informações são voltadas para a região do Cabanga (Figura 44) que faz parte
da RPA1, no Plano Direto de Recife não foi localizada diretriz para implantação de
usos de baixo dos viadutos da cidade. Estes ambientes necessitam de legislações
para revitalização para ativa todos os potenciais existentes na cidade.
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Pode-se também observar que a área está no centro da cidade fazendo ligações
com a área metropolitana sendo umas das principais ligações da cidade com vias de
grandes fluxos com ligações com bairros importantes da cidade, como por exemplo
o bairro de Boa Viagem (Figura 46)
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Vê-se que na área de circulação deste viaduto existe um grande fluxo de veículos
que priorizou a parte superior do viaduto criando uma segregação entre as pessoas
que transitam por baixo do mesmo.
Verifica-se que a área mesmo com todos intemperes tem grande potencial para
revitalização, se tratando de um lugar no centro da cidade podendo gerar melhorias
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para a cidade tendo em vista, toda população que será beneficiada que poderá
transita com segurança.
Localizada entre grandes corredores de fluxo da cidade a área possui durante todo
dia uma movimentação de veículos no local, porém foi localizada paradas de ônibus
que serão relocadas para melhor atender à população, (Figura 48)
De acordo com estudos realizados na área acerca dos usos e entorno, no sentido de
levantamentos possíveis, foi diagnosticado uma predominância de comércios de
pequeno, médio e grande porte, já nos lotes mais próximos da área de intervenção.
Fonte: Autora/2018.
Situada num local de difícil acesso, a praça se torna inviável para visitação. Não há
presença de calçadas, também não há o caminho de condução e passeio. O local
possui deficiência na iluminação pública e há insegurança ao longo de toda área de
estudo, o que torna ainda mais difícil seu uso.
3.5.1. Vegetação
Imagem
Nome cientifico Nome popular Características
semelhantes
Tem em média 17
metros de altura,
podendo chega até 35
Terminalia
Castanhola metros de altura, de
Catappa
copa densa,
tolerância a
salinidade.
4. FASE PRÉ-PROJETUAL
4.2. Zoneamento
4.3. Funcionograma
Nas áreas mais usuais como espaços de lazer e esportes, serão agregados o
estacionamento, o food truck, o bicicletário e todas as atividades de maiores
movimentações. No outro lado, já na praça Abelardo Rijo será instalado bancos para
contemplação e próximo ao espelho d´agua, já existente, o Playground dando uma
maior segurança às crianças.
O memorial descritivo tem por objetivo demonstrar quais equipamentos estão sendo
propostos para instalação no sentido de justificar a adequação e eficácia da
composição na proposta de revitalização da área.
A área objeto de estudo não possui uma disposição de mobiliários em seu espaço o
que aponta o abandono no cenário do parque e viaduto. Nesse sentido, a
implantação de elementos que tenham uma multifuncionalidade agregará a
paisagem um novo design propício ao esporte, lazer, entre outros.
Fonte: fahneu.cl/2018
Nas vias de circulação nos espaços livres, serão instalados bancos por todas as vias
conforme a Figura (57), sendo este com design contemporâneo.
Fonte: fahneu.cl/2018
Fonte: ovo.art.br/2018
Para as áreas de convívio também serão instalados bancos sinuosos (Figura 59)
tornando cada espaço diferenciado com movimentos no mobiliário, causando um
impacto visual no espaço. Os materiais possuem garantia de durabilidade e baixo
custo de manutenção. Todos os bancos escolhidos para o projeto são de fácil
instalação, sendo apenas dispostos no local apoiado sobre o calçamento, fixados ao
piso pelo próprio peso.
Tamanho: 180x54x45cm
Fonte:aecweb.com.br/2018
Para a área goumet e também o espaço destinado aos jogos, serão instaladas
mesas em concreto polido (Figura 60) com design moderno na mesmas linha dos
bancos, tornando cada ambiente único, estimulando a permanência e conforto para
os usuários.
68
Todos os mobiliários previstos no projeto, são de alta durabilidade e com baixo custo
de manutenção. Sendo eles em concreto polido e aço galvanizado como os suportes
para bicicletas (Figura 63) dispostos em alguns postos, mais precisa e
especificamente perto do estacionamento de veículos.
69
Fonte: fahneu.cl/2018
Fonte: amesiluminacao.com/2018
Os baziladores de concreto (Figura 65), por sua vez, além de apresentarem uma
durabilidade excepcional, possuem um design que condiz com os demais mobiliários
urbanos escolhidos. O faixo luminoso conduz os caminhos da ciclovia, da praça e
das áreas de esportes.
70
Fonte: catalogodearquitetura.com.br/2018
Na iluminação das áreas mais abertas que possuem um maior fluxo, a exemplo do
espaço de eventos e o de food truck, serão ultilizados os postes pétala quadrada 2
(figura 66 ) garantido um maior conforto e segurança.
Fonte: fibrometal.com.br/2018
Fonte: piso.srv.br/2018
O piso a ser utilizado na extensão revitalizada será o piso intertravado (Figura 70)
também conhecido como bloquete. As peças são em concreto e podem conter
diferentes cores e formas possibilitando criar desenhos diferenciados ao serem
espalhados por todas as áreas.
Fonte: artefatosdelta.com.br/2018
Assim, na área gourmet poderá ser criado um desenho de flor deixando o ambiente
com maior leveza, a exemplo dos demais locais onde existe a presença de figuras
geométricas em cores diferentes fazendo limitação entre os espaços e a atividade
que nele é desenvolvida.
Os pisos intertravados quando dispostos lado a lado possibilita um atrito lateral entre
eles, semelhante um “encaixe” auxiliando sua fixação. Os espaços entre o piso
assentado permitem a passagem da água, o tornando ecologicamente correto. O
piso possui baixo custo de manutenção, sendo aconselhável a verificação de suas
juntas com intervalo de aproximadamente 5 anos.
Fonte: indiamart.com/2018.
Fonte: elasta.com.br/2018
O piso de borracha granulado (Figura 72) possui um baixo custo para sua
manutenção. Esse tipo de piso tem alto desempenho com os impulsos. Sua
funcionalidade é assegurada pela combinação entre a borracha e o poliuretano,
sendo ambos materiais de alta resistência e durabilidade.
será em meio a vegetação existente contando com sua proteção, bem como o
viaduto que reflete por todo dia sombra ao local.
A implantação irá auxiliar na produção de sombra nos horários onde o sol é mais
intenso, além de proporcionar um conforto maior com relação a acústica do local, no
que se refere aos ruídos emitidos pelos veículos que transitam nas vias adjacentes.
o Ipê amarelo são utilizados no projeto por não possuir raiz agressiva, sendo
dispostas no agenciamento interno da praça.
Quadro 03: Quadro das espécies botânicas arbóreas e arbustos que serão implantas na praça.
Imagem
Nome cientifico Nome popular Características
semelhantes
Crescer de 15 a 20
metros, decorativa
filicium Samambaia sua copa e
arredondada,
folhagem ornamental
Arvore de médio
Tabebuia porte, medir de 4 a 8
Ipê Amarelo
Chrysotrica metros, crescimento
rápido
Crescer entorno de 40
Chlorophytum a 60cm, serve como
Clorofito
comosum forração e muito
resistente
Fonte: Autora /2018.
76
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nestas circunstâncias foi abordado o conceito dos espaços urbanos e
como pode ocorrer a ocupação dos espaços vazios, enfatizando seus aspectos
positivos e favoráveis a sociedade como um todo.
O estudo de caso permite uma visão geral da área a ser explorada. As análises de
estudo de caso tiveram grande importância para elaboração do pré-projeto, que nos
permite conhecer o funcionamento da área estudada que tem características
parecidas com o presente estudo.
Além dos estudos de caso foi feita uma análise do local com foco em atender as
necessidades das comunidades existentes, permitindo avaliar a área e dar melhores
condições.
O pré-projeto, que foi desenvolvido visou a revitalização da área dando novo uso ao
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vazio urbano deixado pelo Viaduto Capitão Temudo, fazendo uma ligação da praça
Aberlado Rijo que se encontrava abandonada, foi feita uma ligação dos dois
ambiente com espaços de esportes, lazer e convivência, foi possível transformar a
paisagem antes visto como um lugar hostil em um lugar para todos, com a
requalificação da área foi possível percebe como trazer de volta a vida para a cidade
aproveitando o que se tem nela.
REFERÊNCIAS
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origem, forma e função. Programa de Pós-graduação em Design. Universidade
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Aprenda Fácil, 2001.
MACEDO, S. S.(Coord.). Introdução a um quadro do paisagismo no Brasil. São
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Paulo, 1998.
MACEDO, Silvio Soares; SAKATA, Francine Mariliz Gramacho. Parques urbanos
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Espaços Públicos: O Desenho do Mobiliário Urbano nos Projetos de
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PENA, Rodolfo F. Alves. Conceito de Paisagem. Mundo Educação. Disponível em:
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Recife: Projeto de Graduação curso de Arquitetura e Urbanismo, Faculdade de
Ciências Humanas – Esuda, 2015.
SÁ CARNEIRO, Ana Rita, MESQUITA, Liana de Barros (orgs.). Espaços livres do
Recife. Recife: Prefeitura da Cidade do Recife/UFPE, 2000
SCIFONI, S. O verde do ABC: reflexões sobre a questão ambiental urbana. São
Paulo: USP, 1994. (Dissertação de Mestrado).
80
APÊNDICE