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Atividades Lúdicas e Experimentação -

ALE

Draw my life na formação de professores de química:


experiência nas disciplinas de estágio curricular
supervisionado da UNEAL – campus I
Lucas Ferreira Costa1* (PG); Márlon Herbert Flora Barbosa Soares2 (PQ).
*lucasprata15.lfc@gmail.com
1Universidade Federal de Alagoas; 2Universidade Federal de Goiás.

Palavras-Chave: Lúdico na educação química; Metodologia do ensino de Química; Práticas docentes.

Resumo: A formação de professores de Química necessita de intervenções didático-metodológicas


protagonizadoras, sendo o lúdico uma proposta alternativa às metodologias transmissivas. O Draw My
Life (Desenhando minha vida) é um tipo de vídeo que ganhou função educativa, inclusive para ensinar
química. Essa atividade lúdica ocorreu em três turmas de Estágio Curricular Supervisionado do curso de
licenciatura em Química da UNEAL – Arapiraca e reflete o lúdico na educação Química. A metodologia
utilizada foi uma revisão bibliográfica e uma análise descritiva da atividade lúdica. O uso do Draw My Life
nas turmas de ECS I, II e III possibilitou um contato formal com a produção lúdica de mídias para ensinar
química. Conclui-se então, que a formação docente pode ser mais eficiente com o lúdico, que essas
práticas são propagadas para a rede básica e que o Draw My Life contribui para o ensino de química,
colaborando para formação de professores críticos e ativos.

INTRODUÇÃO

Não é preciso convencer a ninguém que ensinar Química é um grande desafio,


sendo uma das maiores preocupações dessa área a formação de professores ativos,
críticos e aptos a possibilitar mudanças impactantes nos seus estudantes, para que
estes contribuam ativamente para a sociedade. Essa disciplina da Ciência da Natureza,
é de fato considerada como de difícil ensino-aprendizado, por conta da sua
necessidade de abstração, contextualização macro e microscópica, saberes prático-
científicos, inter-relação das experiências da vida dos estudantes com os conceitos
químicos a serem trabalhados e da exigência de formar um discente que exerça a
cidadania e democracia (GARCEZ, SOARES, 2017; LIMA, SILVA, FIGUEIREDO, 2017;
BEDIN, PINO, 2018; MEDEIROS, 2019).
Uma metodologia importante para este cenário da educação química é o lúdico.
Quando inserido efetivamente na prática docente enquanto recurso didático, contribui
para um ensino mais prazeroso, democrático, motivador, desafiante e que pode
melhorar o ensino de química, possibilitando um processo de ensino-aprendizado
eficiente e eficaz (SOARES, 2004, 2015; GARCEZ, SOARES, 2017; CLEOPHAS,
SOARES, 2018; BEDIN, PINO, 2018; MEDEIROS, 2019).
No estado de Alagoas, a qualidade da educação básica depende fortemente da
formação docente oriunda das universidades públicas da cidade de Arapiraca, que por
sua vez, necessitam de condições e práticas que fortaleçam seu papel. Estas
instituições de ensino superior, tem abastecido a carência de docentes principalmente
da região agreste e sertão do estado, suprindo tanto sua necessidade de professores
de Química, quanto das demais disciplinas (UNEAL, 2017; UFAL, 2018).
É importante e necessário que a formação de professores de Química em
Arapiraca, possa contar com intervenções pós-modernas e com práticas didático-
metodológicas coerentes com sua realidade, a fim de colaborar com os avanços da
educação, da ciência e da formação de professores devidamente preparados para as
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constantes mudanças no cenário educacional alagoano (ROCHA, VASCONCELOS,


2016; UNEAL, 2017; UFAL, 2018; SILVA K., SILVA R., 2019). Para tanto, se faz
necessário melhorar a qualidade do ensino de química na graduação, para que estes
futuros docentes, mudem as práticas inseridas no sistema de ensino da educação
básica (BEDIN, PINO, 2018; PACHECO, 2010).
Considerando a necessidade de refletir os processos didático-metodológicos do
ensino de Química arapiraquense, trazendo à tona mudanças nas práticas docentes,
partimos das seguintes hipóteses: as metodologias transmissivas não são suficientes
para a formação de professores de Química; a educação Química pode ser melhorada
com práticas lúdicas; e, uma melhor formação docente ressoa diretamente na rede
básica de ensino.
A partir dessa reflexão do cenário educacional em Arapiraca-AL, lócus dessa
pesquisa, surgem as inquietações: como identificar e intervir na educação química em
Arapiraca-AL? Como formar docentes de química que desejem e aperfeiçoem-se em
usar o lúdico? Quais atividades lúdicas podem colaborar com o ensino de conteúdos
químico? Essas perguntas nortearão nosso texto.
Dentre as várias alternativas lúdicas que poderíamos utilizar para tais intentos,
escolhemos o Draw My Life. A origem do estilo de vídeo denominado de Draw My Life
(Desenhando minha vida), teve início em 2013, quando um YouTuber chamado Sam
Pepper contou sua vida em um vídeo de curta-metragem com formato inovador e ao
mesmo tempo, desafiou outros Youtubers a fazerem o mesmo. Logo, o vídeo
popularizou-se, tornando-se viral não somente no YouTube, mas também em outras
plataformas e não demorou a ser usada no meio educacional (LEONARDO, 2017;
LOUREIRO, et al., 2020).
Portanto, o intuito deste trabalho é descrever a aplicação de uma atividade
lúdica denominada Draw My Life, em turmas de Estágio Curricular Supervisionado
(ECS) do curso de licenciatura em Química da Universidade Estadual de Alagoas
(UNEAL) – Campus I, Arapiraca-AL, bem como, buscar-se-á refletir a importância do
lúdico para a educação Química, especificamente, na formação de professores.
Vale salientar, que a respeito do lúdico, será feito neste trabalho o uso de um
posicionamento seguindo a perspectiva piagetiana, amplamente defendida por Soares
(2004) e outros autores. Já em relação ao percurso metodológico utilizado, tem-se
marco teórico em Gil (2008), tratando sobre a pesquisa descritiva do tema em tela.
Dessa forma, este trabalho se dividirá em três partes: contextualização do cenário
educacional da UNEAL - Arapiraca, percurso metodológico dessa pesquisa e, por fim, a
apresentação dos resultados e discussão do Draw My Life no ensino de química.

1 – FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE QUÍMICA NA UNEAL – ARAPIRACA.


Atualmente, os professores são obrigados a disputar com as tecnologias, pela
atenção do seu educando. Pois, os meios tecnológicos são bem mais divertidos e
atraentes do que as práticas educacionais vigentes. Mesmo com o advento da Internet
e toda a proliferação de conteúdo a que temos a disposição, poucos docentes fazem
uso deste meio ou de suas ferramentas para ensinar, o que possibilitaria diversas
melhorias para a qualidade do processo de ensino-aprendizado educacional (MORÁN,
2014, 2015; LIMA, SILVA, FIGUEIREDO, 2017; LEITE, BARBOSA, FIREMAN, 2018).
Estatísticas apontam que a evasão nos cursos de licenciatura em Química é
uma realidade nacional, formando menos docentes do que o necessário para atender a
demanda (SANTOS, SILVA, 2011; SILVA K., SILVA R., 2019). Sendo que o perfil do
graduando em química é em suma, composto por pessoas oriundas das classes mais
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inferiores da sociedade, com menor preparo científico e tem de encarar um cenário


curricular com metodologias, que na maioria das vezes, são integralmente
transmissivas e empregadas por profissionais da educação com baixa remuneração
salarial (ZUCCO, 2007; UFAL, 2018; LEITE, BARBOSA, FIREMAN, 2018).

1.1 – Contexto da formação de professores da UNEAL, Campus I.


Um dos principais interesses em relação a melhoria da formação de professores
de Química na cidade de Arapiraca, é que esta supre boa parte da demanda docente
no estado de Alagoas e que atuam diretamente na rede básica de ensino. Nota-se,
porém, que ocorre em Arapiraca-AL um ciclo vicioso que é comum em todo Brasil:
professores com má formação inicial, contribuirão precariamente para formação de
estudantes da rede básica; que por sua vez, terão dificuldade de acesso ao ensino
superior, e se aprovados, terão problemas de permanência, sendo formados com baixo
rendimento educacional ou evadindo-se da graduação (SANTOS, SILVA, 2011; SILVA
K., SILVA R., 2019).
Para ser possível compreender a importância da formação de professores em
um determinado local, é indispensável a reflexão do seu contexto histórico-cultural.
Sendo assim, faz-se imprescindível discorrer historicamente sobre a formação docente
em Arapiraca-AL, que é a segunda maior cidade do estado de Alagoas e localiza-se a
137 Km da capital Maceió, sendo a cidade comercialmente mais impactante do interior
alagoano e a segunda a nível estadual (ARAPIRACA, 2021).
Já em relação ao quantitativo de cursos de ensino superior, Arapiraca destaca-
se principalmente pela disponibilização na área da licenciatura, constituindo a maioria
em oferta. E dentre as universidades da rede pública que causam maior impacto social
e detém maior renome, está o Campus I da Universidade Estadual de Alagoas
(UNEAL), que foi pioneira na rede pública, possui um longo histórico de luta social e
formação de profissionais de ensino superior (UNEAL, 2017).

A história do Campus I teve início em 13 de outubro de 1970, quando da criação


da então Fundação Educacional do Agreste Alagoano (Funec). Desde essa data,
a unidade assistiu às transformações da instituição que passou a ser chamada
de Fundação Universidade Estadual de Alagoas (Funesa), em 1995, quando foi
estadualizada e, finalmente, em 2006, tornou-se autarquia intitulada
Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) (UNEAL, 2021, p.1).

O Campus Arapiraca é o que concentra maior número de cursos e estudantes


da UNEAL, totalizando 11 (onze) graduações e mais de dois mil estudantes
(ALAGOAS, 2021). Dentre estes, o curso de licenciatura em Química é ofertado desde
sua fundação em 1970 e atualmente, oferta 40 (quarenta) vagas anuais por meio do
Sistema de Seleção Unificada (SISU), sendo 50% para ampla concorrência e 50% para
cotistas, sendo: negros, classe baixa e oriundos da rede pública de ensino (UNEAL,
2017).

O Curso de Licenciatura em Química, da UNEAL deverá estar voltado para um


graduando, também em evolução, já que o Homem é um “produto”, do
meio e uma transformação, que acumula conhecimento e torna-se um
multiplicador daquilo que assimilou, durante a sua formação. Daí, um curso
de Licenciatura em Química que contempla os aspectos socioeconômicos,
científicos, culturais, e especialmente para os licenciados; os aspectos voltados
para o setor pedagógico e educacional (grifo do autor) (UNEAL, 2017, p. 3).

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O curso de licenciatura em química da UNEAL-Arapiraca, passa por grandes


dificuldades, que também são presenciadas por outras instituições de ensino. Entre
estas, pode-se citar a carência de professores efetivos, problemas de acessibilidade
estruturais, inadequação do laboratório de química, pouca variedade de recursos
didático-pedagógico, entre outros (ZUCCO, 2007; UNEAL, 2017; UFAL, 2018; LEITE,
BARBOSA, FIREMAN, 2018).
Tais problemas, prejudicam diretamente a qualidade da formação de professores
de Química egressos da UNEAL, bem como, esse curso apresentou uma taxa de 54%
de evasão dos graduandos entre os anos de 2014 e 2017 (SILVA K., SILVA R., 2019),
e que em 2017 demonstrou índices abaixo da média nacional no Exame Nacional de
Desempenho dos Estudantes (ENADE) (INEP, 2020).
Considerando o exposto, se faz de suma importância o permanente movimento
de (re)pensar a formação docente sob uma perspectiva histórico-cultural, possibilitando
meios para sua melhoria. Logo, devemos nos perceber sob a era do pós-modernismo e
do transumanismo, que se referem a uma transição de mudanças humanas desde o
início do século XXI (CHARLOT, 2019). Portanto, as mudanças educacionais para uma
transformação discente voltada para o desenvolvimento social, precisa partir
inicialmente dos cursos de formação de professores, para que então, se adeque a rede
básica de ensino.

2 – PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Os processos metodológicos utilizados para este trabalho, se deram em caráter
de revisão de literatura e de pesquisa qualitativa do tipo descritiva. Para Creswell
(2007), independentemente de realizar uma análise quantitativa, qualitativa ou de
método misto, a elaboração de tal obra deve sempre iniciar com uma análise de
literatura acadêmica. Yin (2016, p. 7), por sua vez, aponta que são cinco as
características a serem consideradas em uma pesquisa qualitativa:
1. estudar o significado da vida das pessoas, nas condições da vida real; 2.
Representar as opiniões e perspectivas das pessoas de um estudo; 3. Abranger
as condições contextuais em que as pessoas vivem; 4. Contribuir com
revelações sobre conceitos existentes ou emergentes que podem ajudar a
explicar o comportamento social humano; e 5. esforçar-se por usar múltiplas
fontes de evidência em vez de se basear em uma única fonte.

Para tanto, a revisão de literatura foi feita em livros; sites e documentos


governamentais; e, em buscadores renomados da Internet, como o Google Acadêmico,
Scielo e Periódico Capes, buscando artigos, dissertações e teses publicadas nos
últimos cinco anos (2016 a 2021). Exceção para a utilização de trabalhos considerados
como atemporais, para cada campo embasador desta pesquisa. Para a busca
bibliográfica dos artigos nos buscadores citados, fez-se uso das palavras-chave: “Draw
My Life”, “Jogos no ensino de Química”, “lúdico no ensino de Química” e “Metodologias
do ensino de Química”.
Segundo Gil (2008, p. 28), a pesquisa descritiva “têm como objetivo primordial a
descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o
estabelecimento de relações entre variáveis”. Logo, esta pesquisa visa descrever a
aplicação de uma atividade lúdica denominada Draw My Life, apresentada de forma
expositiva e prática em três das quatro turmas do curso de licenciatura em Química da
UNEAL-Arapiraca, sendo respectivamente, nas disciplinas de Estágio Curricular
Supervisionado (ECS) I, II e III. A aquisição de dados se deu a partir da observação e
anotação dos fatos, reações dos envolvidos e do material final que foi produzido pelos
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discentes contemplados, para que assim sejam categorizados e analisados de maneira


crítica, conforme é indicado por Morgado (2013).

2.1 – Metodologia da aplicação do Draw My Life: passo a passo


A aplicação dessa atividade lúdica surgiu a convite da docente das disciplinas de
ECS, tendo como proponentes dois graduandos do curso que já haviam feito estudos e
a aplicação da proposta em minicurso de eventos anteriores. O intuito, foi de que os
licenciandos despertassem o olhar para a importância do lúdico no ensino de química e
que pudessem fazer uso de tal metodologia durante o período de estágio em escolas
da rede básica de ensino, bem como, em suas práticas permanente enquanto
docentes.
A população contemplada com a metodologia consistiu em três turmas de
licenciandos em química da UNEAL-Arapiraca, devidamente matriculados nas
disciplinas de ECS. Em ordem cronológica, o Draw My Life foi aplicado
respectivamente: na disciplina de ECS III, no semestre 2018.2, com um total de 15
(quinze) graduandos do 8° período; em ECS I, foram 25 (vinte e cinco) licenciandos do
5° período em 2019.1; e no ECS II, com 20 (vinte) licenciandos do 7° período, também
em 2019.1. Em cada turma, houve somente uma aplicação com um total de quatro
horas de duração, divididas em três momentos, conforme segue abaixo.
Primeiramente, foi utilizado um notebook e um retroprojetor para apresentação
de slides sobre o lúdico no ensino de química e de como construir um vídeo do estilo
Draw My Life para o ensino de química a partir de um roteiro pré-estabelecido. Os
graduandos tiraram suas dúvidas e dividiram-se em grupos de quatro a cinco pessoas.
No segundo momento, cada grupo recebeu um kit para a produção com vídeo,
contendo papel A4, tesouras, lápis de colorir e um resumo textual sobre assuntos pré-
estabelecidos da área de química, sendo estes: “O que é a química do amor?”, “Bomba
nuclear”, “Química forense” e “O que é a alquimia?”. O roteiro proposto, ficou
disponibilizado no slide e compreendia o passo a passo para a construção de um vídeo
Draw My Life para o ensino de Química.
O roteiro proposto para criação dos vídeos em Draw My Life foi desenvolvido
pelos proponentes, com base em tutoriais próprios da metodologia. Essa
ressignificação teve o propósito de adequar a proposta para as turmas de ECS (com
quem os proponentes tinham um contato prévio enquanto colegas de curso),
esquematizando-se em cinco etapas, sendo estas:
1 – Cada uma das turmas foi dividida em grupos de três a cinco pessoas, a
critério dos próprios licenciandos. Em seguida, foi apresentado a todos os resumos pré-
estabelecidos criados pelos proponentes, os quais, foram escolhidos de acordo com o
desejo de cada um destes. Foi destinado somente um resumo por grupo, havendo
repetições somente após o uso dos quatro. Por fim, houve um tempo para a leitura dos
resumos, reflexão e ficou a disposição que utilizassem o celular para pesquisar na
Internet imagens ou assuntos complementares ao seu tema;
2 – A partir do resumo escolhido, cada grupo passou a construir seu próprio
roteiro de vídeo, contendo as cenas a serem construídas, as imagens a serem
desenhadas e a narrativa a ser feita. Como referência de público-alvo, foi solicitado que
considerassem como se fossem fazer o Draw My Life para ensinar aquele conteúdo
para uma turma de estudantes da educação básica;
3 – A terceira etapa consistiu em desenhar e pintar as figuras, frases e
personagens, a partir do kit disponibilizado (ver Figura 01). Todo processo foi realizado
de forma manual e coletiva;

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4 – Nessa etapa os graduandos usaram a câmera do celular para fazer gravar o


vídeo e o áudio do Draw My Life. Para tanto, foi necessário um esforço simultâneo,
pois, um membro grava o vídeo, outro faz a transição das figuras recortadas numa
mesa escolar e o outro faz a narração, com base no roteiro por eles construído (Ver
Figura 02);
5 – Por fim, são feitas as revisões nas gravações. Caso haja a necessidade, é feita
uma nova gravação para eliminar erros anteriores ou até mesmo, fazer uso de algum
aplicativo de edição (Ver Figura 03).

Figura 01, 02 e 03 – Etapas de elaboração do Draw My Life (acervo do autor)

No terceiro e último momento, após as equipes terem finalizados os seus vídeos,


todos foram transferidos para o notebook e exibidos no retroprojetor para que os
demais assistissem. Logo após, foi feita uma discussão e todos envolvidos ficaram
livres para discorrer sobre o que acharam da produção midiática, do potencial do lúdico
no ensino de química e qual o impacto disso nos seus estágios e futuramente, na sua
carreira enquanto docente. Após as discussões feitas pelos próprios licenciandos, a
docente e os proponentes trouxeram algumas considerações sobre a proposta.

3 – RESULTADOS E DISCUSSÕES: A EXPERIÊNCIA OBTIDA COM O DRAW MY


LIFE NO ENSINO DE QUÍMICA.
A partir da aplicação do Draw My Life nas turmas de ECS I, II e III e do relato
dos envolvidos, notou-se que os graduandos do curso de química da UNEAL –
Arapiraca, não haviam tido antes um contato formal com a produção lúdica para o
ensino. Esse fato, não atrapalhou na execução da prática proposta, mesmo o contato
prévio com o lúdico sendo pouco, pois, nas disciplinas de ECS, a docente já
disseminava práticas e recursos diversos, bem como, partilhava um pensamento
educacional para que os licenciandos se abrissem para práticas contemporâneas de
ensino de química.
Em relação as produções dos vídeos Draw My Life, entre as três turmas de ECS,
foram produzidos um total de 15 (quinze) vídeos, com duração entre 30 (trinta) e 70
(setenta) segundos, foram contemplados 60 (sessenta) graduandos e não houve
preferência por tema do resumo. Entre os fatores limitantes da construção dos vídeos,
notou-se que poucos licenciandos tinham aptidão para desenhar, usar o celular para
gravação e audiodescrição, para produção de vídeos segundo a metodologia do Draw
My Life ou mesmo com o lúdico. Com o uso frequente de recursos e atividades lúdicas
que contemplassem a utilização desses meios, seria melhorada a práxis didático-
pedagógica destes graduandos em química, chegando às turmas de estágio com uma
bagagem mais ampla de preparação.

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A respeito do roteiro e do formato dos vídeos, criados pelos próprios


licenciandos, nota-se também um padrão. Naqueles cuja temática foi “O que é a
química do amor?” e “Química forense”, a roupagem trazida foi a de uma mídia
exemplificadora e explicativa, trazendo uma sequência cronológica: 1 – o que é isso? 2
– Como é? 3 – Qual sua ligação com a química? Conforme pode-se perceber nas
figuras e nos roteiros (transcritos a partir de cada vídeo) a seguir.

Figura 04 – Printscreen de um Draw My Life “O que é a Química do amor?” (acervo do autor).

Roteiro sobre “O que é a Química do amor?”: (1) O amor quando acontece,


traz uma explosão de sentimentos neurobiológicos, liberando hormônios, (2) como: a
dopamina, que é um neurotransmissor do prazer; adrenalina, acelera o coração; a
noradrenalina, ativa o desejo sexual; e a ocitocina, é o hormônio da atração entre o
casal. (3) E é assim que o amor acontece com reações bioquímicas. (Te)lúrio,
(Am)éricio e (O)xigênio (acervo do autor).

Figura 05 – Printscreen de um Draw My Life sobre “Química forense” (acervo do autor).

Roteiro sobre “Química forense”: (1) O químico forense trabalha dentro de


um laboratório, analisando amostras obtidas por outros investigadores, vindas de locais
de crimes e ocorrências. Em uma de suas tarefas principais, é fazer a analises
especializadas para identificar materiais e conhecer a natureza de cada prova
relacionada a um crime. (2) Por lidar com grande variedade de provas e amostras, o
químico forense deve ter conhecimento de todas as áreas da química, principalmente
da química orgânica e bioquímica, já que terá com frequência, que analisar fluidos de
origem biológica. Ele também terá de ter conhecimentos suficientes para decidir que
tipo de análise será feito o material disponível e quando será necessário buscar provas
e amostras adicionais. Por tudo isso, precisa manter-se permanentemente atualizado.
(3) O químico forense trabalha como perito para a polícia civil de todos os estados
brasileiros e para a polícia federal, sua formação nesses casos, se dá em cursos de
curta duração, entre 6 e 8 meses, oferecidos pelas academias de polícia, que conta
com conteúdo de química forense e biologia forense (acervo do autor).
Já os vídeos com tema “Bomba nuclear” e “O que é a alquimia?”, ganharam um
caráter histórico e descritivo, com recursos como: 1 – o que é isso? 2 – Como
funcionou? 3 – Onde/quando se originalizou? 4 – Como isso contribui para a química?

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Figura 06 – Printscreen de um Draw My Life sobre “Bomba Nuclear” (acervo do autor)


Roteiro sobre “Bomba nuclear”: (1, 4) Bombas atômicas tem alto poder de
destruição, em função de alta quantidade de energia que libera. (2) Essas bombas
contam com ogivas nucleares que podem ser lançadas por mísseis ou aviões. Elas são
tão poderosas que podem destruir uma cidade inteira, matando ou ferindo várias
pessoas. (3) Em 1939, dá-se início a segunda guerra mundial, após várias afrontas
entre Hitler, Stalin e Roosevelt. Os Estados Unidos jogaram bombas atômicas nas
cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, sendo as únicas na história a usarem
essas bombas. Mataram aproximadamente 200.000 pessoas, tendo seu fim (durante
essa guerra), tendo seu fim em 1945, com os países vitoriosos (acervo do autor).

Figura 07 – Printscreen de um Draw My Life sobre “Bomba Nuclear” (acervo do autor)

Roteiro sobre “O que é a alquimia?”: (1, 3) A alquimia é uma ciência mística


que existiu na antiguidade e objetivava transformar objetos comuns em objetos de
grande valor. (2) O principal objetivo era conseguir ouro a partir de cobre e níquel. (4)
Porém, o que era formado era uma liga metálica dourada e não ouro. Ou seja, para
muitos pesquisadores, os alquimistas eram enganadores. Também tinham como
objetivo, obter o elixir da juventude ou da longa vida.
De forma pensada ou não, o conteúdo abordado nos vídeos foi abordado de
forma sucinta, porém, simplista. Para ensinar discentes da rede básica de ensino, que
estão sendo iniciados na linguagem científica e consideravelmente acostumados com
mídias rápidas e de curta duração, a proposta torna-se adequada, conforme a
indicação para tal. Entretanto, para que estes futuros professores possam fazer vídeos
com maior aporte de conteúdo ou mesmo para orientar a construção de Draw My Life
pelos discentes da rede básica, se faria necessário uma formação mais aprofundada
(LEONARDO, 2017; LOUREIRO, et al., 2020).
Entre os três momentos de aplicação da metodologia, mesmo sendo um curto
período de tempo observado, percebeu-se um padrão de comportamento entre os
estudantes de graduação. No primeiro momento, em que foi apresentado de forma
transmissiva sobre o lúdico no ensino de química, eles não mostraram nenhuma
reação, se não a de passividade e pouca intervenção na fala dos proponentes. Esse
fato pode se dar tanto pelo pouco contato com atividades lúdicas, quanto por conta que
a forma expositiva por si só desabilita a interação professor-estudante durante a aula.
Essa falta de interação nas aulas de química, podem prejudicar seriamente o resultado

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do processo de ensino e aprendizado, como apontado por Garcez e Soares (2017);


Lima, Silva e Figueiredo (2017); Bedin e Pino (2018); e Medeiros (2019).
Já no segundo momento, em que os graduandos foram divididos em grupos
para produzirem o vídeo Draw My Life, a mudança de comportamento foi drástica. Ou
seja, para construir uma atividade lúdica, nova, prática, coletiva e voltada para o seu
protagonismo enquanto professor em formação, todos os graduandos tendem a se
animarem com a ludicidade ocasionada, demonstrando um aumento de interação
social, pedagógica e assumindo maior compromisso com a atividade proposta. Tais
contribuições, tendem a proporcionar um aumento da aprendizagem, possibilitando um
resultado mais significativo, assim como apontado por Brasil (2006); Soares (2004,
2015); Garcez (2014); Pinheiro, Soares (2020); Messeder Neto (2019); e Soares,
Mesquita (2021).
No momento final da atividade aplicada, em que foi destinado a exposição dos
vídeos gravados e partilha sobre a prática realizada, o comportamento dos graduandos
voltou a mudar. Durante a exposição dos vídeos, notou-se que os membros de cada
grupo estavam orgulhosos por seu feito e curiosos para verem os trabalhos dos
demais. Contudo, no momento de explanar sobre a atividade realizada e suas
perspectivas futuras, os discentes voltaram a “se fechar” e respondiam o diálogo com
respostas curtas, tipo: “foi muito legal”, “eu gostei”, “espero usar no estágio”, “aprendi
bastante”, etc. Com a aplicação do modelo expositivo-dialogado, os discentes tendem a
participar pouco e se manifestarem somente por obrigação ou com desprazer.
Contudo, participaram de forma mais crítica e com maior vigor do que no primeiro
momento. Tal mudança de comportamento, pode ter havido pela retomada da
metodologia transmissiva, que visa uma postura menos participativa por parte dos
estudantes.
Sobre o lúdico, Pinheiro e Soares (2020, p.2) apontam que a “produção de
material didático na formação inicial interfere diretamente na atuação futura enquanto
docente”. Com o desenvolvimento de atividades lúdicas pelos graduandos dos cursos
de química é potencializada não só a aprendizagem, mas é possibilitado pesquisas
sobre o lúdico e a melhoria da reflexão destas práticas, da interação social, da
comunicação e da criatividade dos discentes. Os autores evidenciam ainda, que essa
prática se torna mais eficiente quando elaborada e testada pelos próprios graduandos,
já que é possível sua percepção sobre o aprendizado efetuado.

Utilizar jogos como instrumento pedagógico não se restringe a trabalhar com


jogos prontos, nos quais as regras e os procedimentos já estão determinados;
mas, principalmente, estimular a criação, pelos alunos, de jogos relacionados
com os temas discutidos no contexto da sala de aula (BRASIL, 2006, p. 28).

Desse modo, as atividades lúdicas, assim como os jogos, precisam ganhar um


caráter de construtivista nos cursos de graduação. Entretanto, Pinheiro e Soares (2020,
p.2) apontam que “é preciso antes de tudo ensinar os estudantes de licenciatura a
pensarem em como planejar e confeccionar um jogo”. Diante do desafio de apresentar
o Draw My Life enquanto atividade lúdica no ensino de química, não foi possível
possibilitar que eles mesmo fizessem seus jogos ou atividades lúdicas com base na
sua cultura lúdica. Mas a alternativa de receber um texto pré-estabelecido, melhorá-lo e
desenvolver por si mesmo uma importante ferramenta midiática para que possam
ensinar química, já se caracteriza com uma proposta essencial (LEONARDO, 2017;
LOUREIRO, et al., 2020).

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O campo de atuação dos graduandos do curso de licenciatura em química, na


maioria dos casos são as escolas da rede básica de ensino, mais precisamente no
ensino médio. Para esses adolescentes que são educados digitalmente, ensinar de
forma maçante não estimula ao aprendizado, logo, fazer uso de softwares
educacionais, aparelhos digitais, pesquisas na Internet, metodologias
protagonizadoras, jogos e atividades lúdicas contextualizados de acordo com a cultura
lúdica, são de suma importância para lhes garantir a inclusão pedagógica no
transumanismo. Sendo assim, a atividade lúdica proposta para os discentes de ECS do
curso de química, está adequada para lhes ajudar a serem professores que façam uso
destas práticas quando forem docentes da rede básica de ensino, conforme aponta
Pacheco (2010).
O uso do Draw My Life na rede básica de educação, pode proporcionar um
maior contato com a tecnologia e com as pessoas ao redor (LEONARDO, 2017;
LOUREIRO, et al., 2020). Englobar essa atividade, nada mais é do que criar e fazer
uso de dispositivos eletroeletrônicos, softwares, novos materiais, entre outros itens,
para que os discentes possam aprender e ensinar a outras pessoas determinados
conteúdos, possibilitando assim, que estes criem meios para a reprodução do próprio
conhecimento e incentivo a pesquisa. Como um dos resultados, pode-se comprovar
que o uso do lúdico no ensino de química pode ser eficiente, apresentando resultados
positivos a curto prazo e eficazes, como resultados a longo prazo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A formação de professores de Química na cidade de Arapiraca-AL (assim como


em todo o Brasil) precisa de uma intervenção didático-metodológica, pois, contribuirá
significativamente para a melhoria da educação em Alagoas. O uso de jogos e
atividades lúdicas é uma possibilidade de estratégia didática atraente, eficaz e
relativamente fácil, acessível e de baixo custo. Para tanto, é preciso ainda desenvolver
um modelo lúdico multifacetado, transumanizado, contextualizado, inclusivo e que fale
a linguagem da geração pós-moderna, sanando as necessidades didático-pedagógicas
do ensino atual.
É necessário reinventar o modelo de educação, de modo que os estudantes
tenham condições humanas e críticas para exercerem sua democracia. As disciplinas
de Estágio Curricular Supervisionado, são uma janela que liga a rede básica e a
superior de ensino, fazendo com que os graduandos tenham experiência em chão de
escola e a instituição da rede básica tenha, possivelmente, contato com novas
metodologias por meio dos estagiários.
Como evidenciado, as três turmas de licenciandos se comportaram de maneira
similar: se comportando passivamente quando em contato com a metodologia
transmissiva; ativamente com a produção do Draw My Life; e majoritariamente de
forma passiva em relação a metodologia final, expositivo-dialogada. Mas, vale
considerar também, que cada estudante é uma pessoa única e responde de formas
diferentes a cada tipo de estímulo à qual é exposto, sendo possível outros meios para
uma obtenção de dados ainda mais profunda.
Esta pesquisa mostrou uma lacuna em relação a metodologia utilizada, tanto
para obtenção de dados mais amplos, quanto em relação a proposta pré-estabelecida
com o lúdico. Sendo assim, se faz necessário uma pesquisa futura sobre a proposição
de jogos e atividades lúdicas pelos próprios graduandos, bem como, descrever formas
de analisar a sua cultura lúdica, antes das aplicações de fato.

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Nota-se, que o Draw My Life é um estilo de criação midiática que valoriza


principalmente o protagonismo e a criatividade de quem o está produzindo. Os vídeos
podem ser feitos individualmente ou por um grupo pequeno. As imagens e textos
curtos, que são utilizados com bastante frequência podem ser impressos, feitos a mão
(como é descrito neste trabalho) ou até mesmo com o uso de aplicativos digitais
apropriados para essa função. Sua aplicabilidade para divulgação em meio virtual é
gigante, pois as redes sociais já contam com várias obras desta metodologia.
Assim, como foi feito com o uso do Draw My Life no ensino de química, a
utilização de outras práticas lúdicas no ensino superior reflete diretamente na qualidade
da educação da rede básica de ensino, sendo possível construir uma mudança efetiva
no cenário escolar. Se faz necessário um conjunto de melhorias na formação docente
alagoana, bem como, na rede básica, para garantir uma mudança social, crítica,
protagonizadora e lúdica por parte dos professores em formação que atuarão em prol
da formação de discentes coadjuvantes sociais e cidadãos críticos.

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