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ALE
INTRODUÇÃO
Utilizado em diversas áreas da indústria, os corantes artificiais, estão fortemente
presentes no mercado, seja na coloração de produtos de origem têxtil, farmacêutica,
automobilística, fotográfica, alimentícia entre outras áreas. William Henry Perkin, em
1856, foi o responsável pela síntese do primeiro corante artificial, a Mauveína (C-
26H23N4), de modo que, atualmente devido os menores custos produtivos e pela
diversidade oferecida de cores e tonalidades, os corantes naturais vêm sendo
substituídos pelos sintéticos, visto que, o mercado de colorantes artificiais, movimenta
cerca de US$ 7,7 bilhões/ano, sem contar as pigmentações (ZANONI; YAMANAKA,
2016).
Em especial, o uso dos corantes alimentícios, para fins industriais, disseminou-
se nas últimas décadas, por conta de sua versatilidade, desde uma melhora na
aparência dos alimentos processados, até alterações no prazo de validade dos
mesmos, uma vez que, visa, assim, tentar melhorar as condições de estocagem e
distribuição, oferecendo produtos com maior segurabilidade e atendendo à demanda
do mercado (ANASTÁCIO et al., 2016; SALTMARSH, 2013; AMCHOVA et al., 2015;
SPENCER, 1974).
Existem estudos que tentam demonstrar as reações adversas que podem
ocorrer em consequência do uso de corantes alimentícios. Logo, o monitoramento dos
teores de corantes em alimentos tem contribuído para um consumo consciente destes
aditivos em alimentos. Todavia, opiniões divergem quanto à inocuidade dos diversos
corantes artificiais. Portanto, pode haver o uso diferenciado de corantes em países ou
regiões distintas, que podem permitir o emprego destas substâncias em quantidades
Vantagens Desvantagens
Taxas de reação rápida: O radical ⦁OH Manutenção relativamente altas: Uma
tem algumas das taxas de reação mais das maiores desvantagens são seus
rápidas de todos os oxidantes usados custos. Os mais significativos são de
para tratar água e águas residuais devido operação, manutenção da energia
ao seu alto potencial de oxidação e sua necessária e dos reagentes químicos para
natureza não seletiva. operar o sistema.
Mineralização de Orgânicos: Podem A remoção do peróxido residual pode
converter os materiais orgânicos dentro precisar ser considerada: Os sistemas
da água em compostos inorgânicos de POAs que utilizam peróxido de
estáveis como água, dióxido de carbono e hidrogênio devem ser cuidadosamente
sais. controlados para H2O2 residual, pois,
podem ter efeitos negativos em potencial
nas etapas posteriores do tratamento.
Pode tratar quase todos os materiais Química complexa adaptada para
orgânicos e pode remover alguns contaminantes específicos: Os POAs
metais pesados: A natureza altamente possuem variantes diferentes. Essas
reativa do radical ⦁OH significa que essas variantes precisam ser cuidadosamente
moléculas atacarão quase todos os selecionadas para tratar com eficiência os
materiais orgânicos sem discriminação e efluentes em questão, devido à dosagem
podem remover muitos contaminantes necessária dos radicais de ⦁OH, entre elas
diferentes em um vaso do reator, o controle do pH.
incluindo a redução de alguns metais
pesados.
Fonte: Genesis Water Technologies (2021).
esta disciplina possui formação em outras áreas, o que dificulta a realização da prática
experimental muitas vezes por se sentirem inseguros (VIANA, 2014).
Um dos desafios da atualidade relacionado ao ensino de Química nas escolas
de nível Médio, baseia-se na construção de uma ligação entre os conhecimentos
estudados nas disciplinas e o dia-a-dia dos alunos. Não havendo uma articulação entre
os dois tipos de atividade, isto é, a teoria e a prática, os conteúdos teóricos não se
tornam tão atraentes e relevantes à formação do indivíduo. Assim, contribuirão de
forma restrita, ao mesmo tempo em que os alunos não verão de forma ampla sua
aplicabilidade, e isso dificultará o desenvolvimento cognitivo desses, gerando apatia e
distanciamento entre eles e a disciplina (VALADARES, 2001; BENITE, BENITE 2009;
SILVA et al., 2019).
De acordo com Mateus (2010), a importância da disciplina de Química na
formação intelectual dos estudantes do Ensino Médio é inquestionável, porém observa-
se que muitos demonstram uma acentuada desmotivação para o seu estudo. Graças
às aulas estritamente expositivas e ao completo descaso com a parte experimental,
muitos alunos acabam considerando a disciplina ‘chata’, acreditando ser ‘coisa só para
cientistas’, ou pior ainda, como ‘coisa de doido’ (LIMA; ALVES, 2016).
Com isso, o emprego da experimentação, vinculada ao cunho investigativo (uma
aprendizagem orientada por questões ou problemas, aprendizagem baseada em um
processo de busca de conhecimentos e construção de novos entendimentos, ensino
centrado na aprendizagem, onde o professor tem papel de facilitador), mostra-se de
grande valia nas aulas de Química. Uma vez que, a promoção de um ensino mais
interativo, dialógico e baseados em atividades capazes de persuadir os alunos a
admitirem as explicações científicas para além dos discursos autoritários, prescritivos e
dogmáticos torna o ensino por investigação uma importante estratégia para os
professores utilizarem na sala de aula (MUNFORD; CASTRO; LIMA, 2007).
Partindo desse pressuposto é essencial o emprego de estratégias relacionadas
à prática, para tentar aproximar os conhecimentos prévios que o aluno traz consigo ao
conhecimento científico, uma vez que toda e qualquer ciência, tem por fundamento
descrever e traduzir o mundo (SILVA et al., 2019). Uma vez que comprovada a
eficiência e necessidade das aulas práticas para um melhor e mais eficiente ensino-
aprendizagem na disciplina de química, surge a necessidade da adaptação das
experimentações de forma que possam ser utilizadas em sala de aula.
Analíticos Adaptados
Corante Eritrosina (Êxodo científica) Corante Rosa (MIX)
Sulfato de Ferro II (Química Moderna) Sulfato Ferroso em cápsulas (MULTIVITA)
Peróxido de Hidrogênio (SYNTH) Água oxigenada 10 v/v. (ADV FARMA)
21º Encontro Nacional de Ensino de Química - ENEQ
Uberlândia – MG – 01 a 03 de Março de 2023
Atividades Lúdicas e Experimentação -
ALE
Analíticos Adaptados
Béquer 250 mL Béquer 250 mL.
pHmetro portátil (Rasvi) pHmetro portátil (Rasvi)
Lâmpada de Luz negra (Q8YATPARTY) Lâmpada de Luz negra (Q8YATPARTY)
Agitador magnético (Diab MS-PB) Agitador magnético (Diab MS-PB)
Balança (Mazsochini)
Fonte: Elaborado pelos autores (2022).
3.4. Fenton (adaptado): No tratamento por processo Fenton, adaptado, utilizamos 100
mL da solução do corante eritrosina adaptado, sob agitação continua por 30 minutos no
agitador magnético, foi acrescentado meio comprimido de sulfato de Ferro II em
cápsulas, também foi acrescentado aproximadamente entre 150 gotas de vinagre para
o ajuste do pH para aproximadamente 3,0, nas amostras somente foi variado a
quantidade de água oxigenada 10vol. em cada uma, sendo de 1,0 mL a 5,0 mL. Após o
oxigenada 10vol. em cada uma, sendo de 1,0 mL a 5,0 mL. Após o período de agitação
e exposição à radiação ultravioleta artificial, as amostras mostraram-se com resultados
consideráveis em relação à remoção da cor, a qual mediante as condições
apresentadas a amostra 01 que continha 1,0mL de peroxido de hidrogênio, mostrava
melhor resultado em comparação as outras, relacionada a remoção de cor, como é
possível ver na figura abaixo, que amostra os resultados obtidos.
4.0 CONCLUSÃO
Com base nos resultados obtidos é possível destacar a eficiência dos POAs nos
processos Fenton, Foto-Fenton Solar, Foto-Fenton sintético, na degradação do corante
Eritrosina, e que apesar de alguns processos serem mais efetivos que outros, os
experimentos apresentaram resultados satisfatórios para os objetivos aqui elencados,
tanto utilizando reagentes em condições analíticas quanto adaptadas. De maneira que,
os experimentos mencionados e descritos anteriormente foram adaptados
possibilitando aos professores do ensino básico a reprodução em sala de aula
utilizando materiais de baixo custo e fácil aquisição, com intuito de proporcionar
discussão, interpretação e visualização dos fenômenos químicos, agregados à temas
relevantes, como o saneamento ambiental, fomentando o ensino-aprendizagem em
sala de aula.
Nessa ótica, objetiva-se dar continuidade a este trabalho visto que, os Processos
Oxidativos Avançados são técnicas vantajosas uma vez que, são de baixo custo,
utilizam tecnologias limpas de saneamento ambiental e são de fácil realização. Assim,
os experimentos continuam a serem desenvolvidos, no sentido de melhorar os
resultados dos experimentos que foram adaptados, como também na utilização de
novas técnicas, como eletro-Fenton e Foto-elétron-Fenton.
AGRADECIMENTOS
Agradecimentos à SEDUC/SE e a FAPITEC/SE pela bolsa de iniciação cientifica e ao
fomento do projeto de pesquisa através do programa Ciência na Escola 2019.
REFERÊNCIAS