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Atividades Lúdicas e Experimentação -

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Adaptação experimental dos Processos Oxidativos


Avançados (POAs) na degradação do corante Eritrosina para
aulas práticas de ensino médio

Gustavo Felix Pimentel1* (PIBIC-EM); Fábio Henrique Lisboa de Souza1 (PIBIC-EM);


Ângelo Francklin Pitanga1,2 (PQ). *gustavo.pimentel071@academico.ifs.edu.br
fabio.souza096@academico.ifs.edu.br; angelo.pitanga@academico.ifs.edu.br
1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe (IFS – Campus Lagarto).
2Pós-Graduação em Ensino de Ciências Ambientais – ProfCiamb/UFS – (UFS - Campus São Cristóvão).

Palavras-Chave: Degradação de Corantes. Processos Oxidativos Avançados. Aulas Experimentais.

RESUMO: A ERITROSINA É UM CORANTE SINTÉTICO DE DIVERSAS APLICAÇÕES INDUSTRIAIS , COM PRESENÇA


ROTINEIRA EM MUITOS ALIMENTOS, E, POR CONSEQUÊNCIA, DE AMPLO MERCADO NA SOCIEDADE. POR SE TRATAR
DE UM CORANTE, SEUS EFLUENTES E RESÍDUOS GERAM PREOCUPAÇÕES E PROBLEMÁTICAS AMBIENTAIS,
DESTACANDO A NECESSIDADE PELA BUSCA DE NOVAS TECNOLOGIAS DE INOVAÇÃO E SANEAMENTO , DE MODO
QUE, OS PROCESSOS OXIDATIVOS AVANÇADOS (POAS) SURGEM COMO TÉCNICAS NA REDUÇÃO DE TAIS
CONTAMINANTES EM EFLUENTES, ATRAVÉS DA SUA DEGRADAÇÃO. DESTE MODO, ESTE ARTIGO TRATA DA
ADAPTAÇÃO DESSES PROCESSOS DEGRADANTES DO CORANTE ERITROSINA DE MANEIRA A TRAZÊ-LOS E
POSSIBILITANDO SUA EXECUÇÃO PARA AS AULAS EXPERIMENTAIS DE QUÍMICA PARA O ENSINO MÉDIO USANDO
MATERIAIS DE BAIXO CUSTO E FÁCIL AQUISIÇÃO A FIM DE INSERIR AS TEMÁTICAS RELACIONADAS COM
SANEAMENTO AMBIENTAL EM AULAS DE QUÍMICA.

INTRODUÇÃO
Utilizado em diversas áreas da indústria, os corantes artificiais, estão fortemente
presentes no mercado, seja na coloração de produtos de origem têxtil, farmacêutica,
automobilística, fotográfica, alimentícia entre outras áreas. William Henry Perkin, em
1856, foi o responsável pela síntese do primeiro corante artificial, a Mauveína (C-
26H23N4), de modo que, atualmente devido os menores custos produtivos e pela
diversidade oferecida de cores e tonalidades, os corantes naturais vêm sendo
substituídos pelos sintéticos, visto que, o mercado de colorantes artificiais, movimenta
cerca de US$ 7,7 bilhões/ano, sem contar as pigmentações (ZANONI; YAMANAKA,
2016).
Em especial, o uso dos corantes alimentícios, para fins industriais, disseminou-
se nas últimas décadas, por conta de sua versatilidade, desde uma melhora na
aparência dos alimentos processados, até alterações no prazo de validade dos
mesmos, uma vez que, visa, assim, tentar melhorar as condições de estocagem e
distribuição, oferecendo produtos com maior segurabilidade e atendendo à demanda
do mercado (ANASTÁCIO et al., 2016; SALTMARSH, 2013; AMCHOVA et al., 2015;
SPENCER, 1974).
Existem estudos que tentam demonstrar as reações adversas que podem
ocorrer em consequência do uso de corantes alimentícios. Logo, o monitoramento dos
teores de corantes em alimentos tem contribuído para um consumo consciente destes
aditivos em alimentos. Todavia, opiniões divergem quanto à inocuidade dos diversos
corantes artificiais. Portanto, pode haver o uso diferenciado de corantes em países ou
regiões distintas, que podem permitir o emprego destas substâncias em quantidades

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diferentes, devido a seu maior ou menor consumo na dieta da população (PRADO;


GODOY, 2007; HAMERSKI et al., 2013).
A toxicidade dos corantes sintéticos e os riscos que estes podem causar à saúde
é objeto de discussão atualmente. Problemas de saúde, como alergias, rinite, bronco-
constrição, hiperatividade, danificação cromossômica ou tumores, têm sido reportados
pela literatura, relacionando-os ao uso de corantes (PRADO; GODOY, 2003; MARMITT
et al., 2010; CONSTANT et al., 2002)
A utilização de corantes, gera uma grande produção de efluentes e resíduos. Os
quais são caracterizados pelo seu potencial recalcitrante e tóxico. Portanto, quando
ocupados das causas ambientais, e, em especial, da poluição da água, é necessário
estudo de novas tecnologias ambientais para degradação desses compostos químicos.
Os processos mais comumente utilizados no tratamento de efluentes industriais
são os biológicos, porém, quando há presença de corantes, estes se apresentam
resistentes à degradação biológica devido à complexidade da estrutura química, uma
vez que os corantes em sua maioria são derivados de moléculas aromáticas, o que
vem a ocasionar inibição e paralisação do metabolismo de certos microrganismos
(PERALTA-ZAMORA et al., 1998; GUPTA et al., 2006).
Diante disto, torna-se necessário desenvolver processos alternativos para
degradação de efluentes, dentre os quais destacam-se os, Processos Oxidativos
Avançados (POAs), baseados na geração de radicais livres, em especial o radical
hidroxila (⦁OH). Este radical possui alto poder oxidante e pode promover a degradação
de vários compostos poluentes em poucos minutos (HIRVONEN et al., 1996;
NOGUEIRA; JARDIM, 1998; SILVA, 2007; VINODGOPAL et al., 1998).
Nesse sentido, este presente artigo tem por objetivo adaptar as metodologias
analíticas de degradação do corante Eritrosina, utilizando os Processos Oxidativos
Avançados (POAs). Nesta adaptação foram utilizados materiais de baixo custo e fácil
aquisição, pois o mesmo tem com o intuito de reproduzir os experimentos em aulas de
Química para o Ensino Médio.

1.0. REFERENCIAL TEÓRICO


1.1. CORANTE ERITROSINA
Atualmente existem doze corantes permitidos por lei no Brasil, tanto de origens
naturais quanto de origens sintéticas. Os corantes sintéticos são mais difundidos, por
apresentarem menores custos de produção e maior estabilidade, tendo grande
importância no meio industrial. Dentre eles, destaca-se, a eritrosina, que possui
aplicações muito diversas na indústria alimentícia, desde seu uso em alimentos
processados e laticínios, até em bebidas alcoólicas (ANASTÁCIO et al., 2016).
A Eritrosina é um corante sintético utilizado na indústria dos alimentos para lhes
conferir uma coloração entre vermelho e rosa, possui nome químico de: sal di-sódico
2,4,5,7-tetraíodo fluoresceína referente a sua fórmula C20H6I4Na2O3 e possui massa
molar de 879,87 g/mol (figura 1 a seguir). Também chamado de: Erythrosine B, Food
Red 14 ou Acid Red 18, é aplicado para colorir produtos como biscoitos, balas,
chocolates, geleias, refrescos e também usado como agente farmacêutico. Sendo o
único corante da xantenos permitido no Brasil. Apresenta propriedades, como: insolúvel
em ácidos, bastante estável em álcalis e exibe forte fluorescência (ZANONI;
YAMANAKA, 2016).

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Figura 1: Estrutura química da eritrosina.


Fonte: (ZANONI; YAMANAKA, 2016).

É regulamentada no Brasil pela Anvisa, desde o ano de 1977 sendo, atualmente,


legalizada para uso industrial. Diferentemente de outros corante de uso comercial, a
eritrosina é legalizada pela FDA (Food and Drug Administration), órgão regulador norte-
americano. Estudos atuais apontam para possíveis efeitos toxicológicos, descrevendo
propriedades genotóxicas e citotóxicas e potencial antimicrobiano em terapia
fotodinâmica, a literatura também mostra que corantes da classe xantenos, como, a
própria eritrosina, foram capazes de induzir danos no DNA em células do estômago
glandular, cólon e bexiga de camundongos, analisados 3h após o tratamento (10 ou
100 mg/kg) (ANASTÁCIO et al., 2016; SASAKI et al., 2002).

1.2. PROCESSOS OXIDATIVOS AVANÇADOS (POAS)


O crescimento demográfico e a expansão industrial trouxeram como
consequência quadros de contaminação atmosférica, do solo e dos recursos hídricos
em todo o mundo. Por outro lado, também tem havido uma maior conscientização
quanto à deterioração do meio ambiente e à necessidade de se reverter ou ao menos
minimizar este processo. Questões relacionadas à qualidade das águas têm sido
extensivamente discutidas, tendo em vista que se trata de um recurso natural
imprescindível a um largo espectro de atividades humanas, onde se destacam, entre
outros: o abastecimento público e industrial, a irrigação agrícola, a produção de energia
elétrica, as atividades de lazer e recreação e a preservação da vida aquática. Diante
dessa conjuntura, temas como reuso, minimização e tratamento de resíduos vêm
ganhando cada vez mais importância (MELO et al., 2009).
Por isso, surgiram diversas técnicas que visam a degradação destes corantes,
entre eles estão os Processos Oxidativos Avançados. Envolvem a geração de radicais
hidroxila (⦁OH) visando oxidar completamente diferentes tipos de poluentes orgânicos
transformando principalmente em H2O, CO2 e minerais. Os POAs geralmente usam
uma combinação de agentes oxidantes (H2O2 ou O3), irradiação (UV ou ultrassom) e
catalisadores (íons metálicos ou foto-catalisadores) com o objetivo de gerar estes
radicais. Podem ser classificados como homogêneos, quando envolvem reações
homogêneas utilizando peróxido de hidrogênio (H2O2), ozônio (O3) ou luz ultravioleta
(UV) ou como heterogêneos, quando envolvem reações heterogêneas com uso de
óxidos ou metais, como o dióxido de titânio (TiO2) (VERLICCHI et al., 2015; SOUZA,
2016). Os principais POAs, suas vantagens e desvantagens são apresentados nos
quadros 1 e 2 a seguir:

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Quadro 1: Processos oxidativos avançados (POAs).

Processos Homogêneo Heterogêneo


Fotoquímico H2O2/UV Sc**/O3/UV
Foto-fenton Sc**/H2O2/UV
O3/UV
O3/H2O2/UV
Não fotoquímico O3/⦁OH O3/Sc**
O3/H2O2
Fe2+/H2O2 (Fenton)
O3/Sc*
Fonte: Adaptado de (SCANDELAI et al., 2018).
Notas: Sc* = semicondutor/catalisador líquido e Sc** = semicondutor/catalisador sólido.
Quadro 2: Síntese das vantagens e desvantagens dos POAs.

Vantagens Desvantagens
Taxas de reação rápida: O radical ⦁OH Manutenção relativamente altas: Uma
tem algumas das taxas de reação mais das maiores desvantagens são seus
rápidas de todos os oxidantes usados custos. Os mais significativos são de
para tratar água e águas residuais devido operação, manutenção da energia
ao seu alto potencial de oxidação e sua necessária e dos reagentes químicos para
natureza não seletiva. operar o sistema.
Mineralização de Orgânicos: Podem A remoção do peróxido residual pode
converter os materiais orgânicos dentro precisar ser considerada: Os sistemas
da água em compostos inorgânicos de POAs que utilizam peróxido de
estáveis como água, dióxido de carbono e hidrogênio devem ser cuidadosamente
sais. controlados para H2O2 residual, pois,
podem ter efeitos negativos em potencial
nas etapas posteriores do tratamento.
Pode tratar quase todos os materiais Química complexa adaptada para
orgânicos e pode remover alguns contaminantes específicos: Os POAs
metais pesados: A natureza altamente possuem variantes diferentes. Essas
reativa do radical ⦁OH significa que essas variantes precisam ser cuidadosamente
moléculas atacarão quase todos os selecionadas para tratar com eficiência os
materiais orgânicos sem discriminação e efluentes em questão, devido à dosagem
podem remover muitos contaminantes necessária dos radicais de ⦁OH, entre elas
diferentes em um vaso do reator, o controle do pH.
incluindo a redução de alguns metais
pesados.
Fonte: Genesis Water Technologies (2021).

1.3. EXPERIMENTAÇÃO NAS AULAS DE QUÍMICA


A experimentação é um recurso pedagógico muito comum no ensino de
Química, porém nem todos os professores utilizam-na, seja por falta de laboratório nas
escolas ou por falta de domínio, pois um grande número de professores que lecionam

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esta disciplina possui formação em outras áreas, o que dificulta a realização da prática
experimental muitas vezes por se sentirem inseguros (VIANA, 2014).
Um dos desafios da atualidade relacionado ao ensino de Química nas escolas
de nível Médio, baseia-se na construção de uma ligação entre os conhecimentos
estudados nas disciplinas e o dia-a-dia dos alunos. Não havendo uma articulação entre
os dois tipos de atividade, isto é, a teoria e a prática, os conteúdos teóricos não se
tornam tão atraentes e relevantes à formação do indivíduo. Assim, contribuirão de
forma restrita, ao mesmo tempo em que os alunos não verão de forma ampla sua
aplicabilidade, e isso dificultará o desenvolvimento cognitivo desses, gerando apatia e
distanciamento entre eles e a disciplina (VALADARES, 2001; BENITE, BENITE 2009;
SILVA et al., 2019).
De acordo com Mateus (2010), a importância da disciplina de Química na
formação intelectual dos estudantes do Ensino Médio é inquestionável, porém observa-
se que muitos demonstram uma acentuada desmotivação para o seu estudo. Graças
às aulas estritamente expositivas e ao completo descaso com a parte experimental,
muitos alunos acabam considerando a disciplina ‘chata’, acreditando ser ‘coisa só para
cientistas’, ou pior ainda, como ‘coisa de doido’ (LIMA; ALVES, 2016).
Com isso, o emprego da experimentação, vinculada ao cunho investigativo (uma
aprendizagem orientada por questões ou problemas, aprendizagem baseada em um
processo de busca de conhecimentos e construção de novos entendimentos, ensino
centrado na aprendizagem, onde o professor tem papel de facilitador), mostra-se de
grande valia nas aulas de Química. Uma vez que, a promoção de um ensino mais
interativo, dialógico e baseados em atividades capazes de persuadir os alunos a
admitirem as explicações científicas para além dos discursos autoritários, prescritivos e
dogmáticos torna o ensino por investigação uma importante estratégia para os
professores utilizarem na sala de aula (MUNFORD; CASTRO; LIMA, 2007).
Partindo desse pressuposto é essencial o emprego de estratégias relacionadas
à prática, para tentar aproximar os conhecimentos prévios que o aluno traz consigo ao
conhecimento científico, uma vez que toda e qualquer ciência, tem por fundamento
descrever e traduzir o mundo (SILVA et al., 2019). Uma vez que comprovada a
eficiência e necessidade das aulas práticas para um melhor e mais eficiente ensino-
aprendizagem na disciplina de química, surge a necessidade da adaptação das
experimentações de forma que possam ser utilizadas em sala de aula.

2.0. MATERIAIS E MÉTODOS


Inicialmente, os experimentos de degradação utilizando os POAs foram feitos
utilizando reagente de origem analítica, para que posteriormente os resultados fossem
comparados com os processos realizados com os reagentes adaptados de baixo custo
e fácil acesso para possibilitar a aplicação da experimentação nas aulas práticas do
ensino médio. Nos quadros 3 e 4 abaixo, seguem as listas dos materiais e reagentes
utilizados nas experimentações.
Quadro 3: Reagentes utilizados nas experimentações.

Analíticos Adaptados
Corante Eritrosina (Êxodo científica) Corante Rosa (MIX)
Sulfato de Ferro II (Química Moderna) Sulfato Ferroso em cápsulas (MULTIVITA)
Peróxido de Hidrogênio (SYNTH) Água oxigenada 10 v/v. (ADV FARMA)
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Ácido Clorídrico (HCl) Vinagre Álcool (Minhoto)


Fonte: Elaborado pelos autores (2022).
Quadro 4: Materiais utilizados nas experimentações.

Analíticos Adaptados
Béquer 250 mL Béquer 250 mL.
pHmetro portátil (Rasvi) pHmetro portátil (Rasvi)
Lâmpada de Luz negra (Q8YATPARTY) Lâmpada de Luz negra (Q8YATPARTY)
Agitador magnético (Diab MS-PB) Agitador magnético (Diab MS-PB)
Balança (Mazsochini)
Fonte: Elaborado pelos autores (2022).

Os experimentos foram realizados em béqueres de 250mL, no qual 10mL do


corante eritrosina dissolvido em água destilado em concentração de 50 ppm, foram
acrescentados 90mL de água destilada totalizando 100mL de solução, com adição
entre 10 e 13 mg de sulfato ferro II (FeSO4), seguindo as recomendações ambientais.
Em seguida, auxiliados pelo pHmetro acompanhados pelo gotejamento de solução HCl
0,1 mol/L, teve seu pH ajustado para aproximadamente 3,0. Esse modelo experimental
foi realizado em todos os processos, variando somente a concentração do peróxido de
hidrogênio na solução que variou pela adição de 1,0mL a 5,0 mL, em todos os sistemas
a reação se processava pelo tempo de 30 minutos.
Em contrapartida, os adaptados buscaram uma maneira mais facilitada de
realizar os experimentos, utilizando materiais encontrados no mercado. Nesse
contexto, em béqueres de 250 mL, foram adicionados 100 mL do corante adaptado em
concentração também de 50 ppm., adicionados metade de um comprimido de Sulfato
de Ferro II em cápsulas (MULTIVITA). Nisso, ainda auxiliados pelo pHmetro com a
aplicação do vinagre de álcool, a solução teve seu pH ajustado aproximadamente para
3,0 com uma quantidade aproximada entre 50 e 250 gotas de vinagre. Por fim, o
experimento prosseguiu repetindo esse mesmo processo, somente variando na
concentração da Água Oxigenada de 1,0 mL a 5,0 mL, em todos os sistemas a reação
se processava pelo tempo de 30 minutos.
Como a adaptação do experimento apresenta fins didáticos, partimos do
princípio que poucas escolas dispõem de um equipamento de análise, como um
espectrofotômetro. E os corantes foram selecionados para o experimento, uma vez
que, sua degradação pode ser constatada através de avaliação visual, na medida em
que, a reação química vai ocorrendo, essa pode ser percebida através da redução da
intensidade de cor, o que possibilita discussões sobre a degradação do corante.

3.0. RESULTADOS E DISCUSSÃO


Em geral, os resultados obtidos nos experimentos realizados tanto com
reagentes analíticos como adaptados, foram satisfatórios no quesito degradação do
corante Eritrosina, uma vez que, através dos POAs houve uma remoção da coloração e
da concentração dos corantes nas amostras que foram analisadas de forma qualitativa.
Após a realização dos procedimentos com reagentes analíticos, houve a substituição
para a adaptação, a qual foi feita gradativamente. Primeiramente a substituição do HCl
pelo vinagre, segundamente a substituição do H2O2 pela água oxigenada cremosa, por

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último, a substituição do sulfato de ferro pela capsula de sulfato ferroso. Porém a


substituição pela capsula de sulfato ferroso não trouxe bons resultados, ainda assim,
foi possível notar a eficiência dos POAs na degradação da solução do corante
eritrosina.
A substituição dos reagentes é essencial para o desenvolvimento dos
experimentos uma vez que, visa a possibilidade da reprodução dos experimentos em
sala de aula, de modo que, a forma adaptada dos experimentos se tornam de mais fácil
acessos ao utilizar materiais de baixo custo e fácil acesso, além de mais acessível em
termos estruturais, uma vez que ao substituir o ácido clorídrico pelo vinagre e o
peróxido de hidrogênio pela água oxigenada não se necessita de laboratórios para a
manipulação de tais reagentes que são corrosivos. Através das experimentações foi
possível obtermos os seguintes resultados, ilustrados nas figuras abaixo:

3.1. Fenton (analítico): No tratamento por processo Fenton, analítico, utilizamos 10 mL


da solução do corante eritrosina diluída em 90 mL de água destilada sob agitação
continua por 30 minutos no agitador magnético (Diab MS-PB), foi acrescentado
aproximadamente 10 mg de sulfato de ferro II , também foi acrescentado
aproximadamente 5 gotas de HCl para o ajuste do pH para aproximadamente 3,0, nas
amostras somente sofreu variação a quantidade de peróxido de hidrogênio introduzida
em cada uma, sendo de 1 mL a 5 mL. Após o período de agitação, as amostras
mostraram-se com resultados satisfatórios em relação à remoção da cor, a qual
mediante as condições apresentadas a amostra 01 que continha 1mL de peroxido de
hidrogênio, mostrava melhor resultado em comparação as outras, relacionada a
remoção de cor, como é possível ver na figura abaixo, que amostra os resultados
obtidos.
Figura 2: Resultados do processo Fenton analítico.

Fonte: Elaborado pelos autores (2022).

3.2. Foto-Fenton solar (analítico): No tratamento por processo Foto-Fenton solar, em


condições analíticas, utilizamos 10 mL da solução do corante eritrosina diluída em 90
mL de água destilada sob agitação a cada 5 minutos durante 30 minutos exposta à
radiação solar, foi acrescentado aproximadamente 10 mg de sulfato de ferro II, também
foi acrescentado aproximadamente 5 gotas de HCl para o ajuste do pH para
aproximadamente 3,0, nas amostras somente foi variado a quantidade de peróxido de
hidrogênio introduzida em cada uma, sendo de 1,0 mL a 5,0 mL. Após o período de
agitação e exposição à radiação solar, as amostras mostraram-se com resultados
satisfatórios em relação à remoção da cor, a qual mediante as condições apresentadas
a amostra 01 que continha 1,0mL de peroxido de hidrogênio, apresentou melhor
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resultado em comparação as outras, relacionada a remoção de cor, como é possível


ver na figura abaixo, que amostra os resultados obtidos.

Figura 3: Resultados do processo Foto-Fenton solar analítico.

Fonte: Elaborado pelos autores (2022).

3.3. Foto-Fenton Sintético (analítico): No tratamento por processo Foto-Fenton UV,


analítico, utilizamos 10 mL da solução do corante eritrosina diluída em 90 mL de água
destilada sob agitação a cada 5 minutos durante 30 minutos exposta à radiação
ultravioleta proveniente de uma lâmpada de luz negra (Q8YATPARTY), foi
acrescentado aproximadamente 10 mg de sulfato de ferro II, também foi acrescentado
aproximadamente 5 gotas de HCl para o ajuste do pH para aproximadamente 3,0, nas
amostras somente foi variado a quantidade de peróxido de hidrogênio introduzida em
cada uma, sendo de 1,0 mL a 5,0 mL. Após o período de agitação e exposição à
radiação ultravioleta artificial, as amostras mostraram-se com resultados satsifatóiros
em relação à remoção da cor, a qual mediante as condições apresentadas a amostra
01 que continha 1,0mL de peroxido de hidrogênio, apresentou melhor resultado em
comparação as outras, relacionada a remoção de cor, como é possível ver na figura
abaixo, que amostra os resultados obtidos.
Figura 4: Resultados do processo Foto-Fenton Lâmpada UV analítico.

Fonte: Elaborado pelos autores (2022).

3.4. Fenton (adaptado): No tratamento por processo Fenton, adaptado, utilizamos 100
mL da solução do corante eritrosina adaptado, sob agitação continua por 30 minutos no
agitador magnético, foi acrescentado meio comprimido de sulfato de Ferro II em
cápsulas, também foi acrescentado aproximadamente entre 150 gotas de vinagre para
o ajuste do pH para aproximadamente 3,0, nas amostras somente foi variado a
quantidade de água oxigenada 10vol. em cada uma, sendo de 1,0 mL a 5,0 mL. Após o

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período de agitação, as amostras mostraram-se com resultados consideráveis em


relação à remoção da cor, um pouco inferiores à condição analítica, mas, mediante as
condições apresentadas a amostra 01 que continha 1,0mL de água oxigenada 10 vol.
mostrava melhor resultado em comparação as outras, relacionada a remoção de cor,
como é possível ver na figura abaixo, que amostra os resultados obtidos.
Figura 5: Resultados do processo Fenton adaptado.
Fonte: Pelos autores (2022).

3.5. Foto-Fenton Solar (adaptado): No tratamento por processo Foto-Fenton solar,


adaptado, utilizamos 100 mL da solução do corante eritrosina adaptado, sob agitação a
cada 5 minutos durante 30 minutos exposta à radiação solar, foi acrescentado meio
comprimido de sulfato Ferroso em cápsulas, também foi acrescentado
aproximadamente 150 gotas de vinagre, para o ajuste do pH para aproximadamente
3,0, nas amostras somente foi variado a quantidade de água oxigenada 10vol. em cada
uma, sendo de 1,0 mL a 5,0 mL. Após o período de agitação e exposição à radiação
solar, as amostras mostraram-se com resultados consideráveis em relação à remoção
da cor, também, um pouco inferiores à condição analítica, mas, mediante as condições
apresentadas a amostra 01 que continha 1,0 mL de água oxigenada 10 vol. mostrava
melhor resultado em comparação as outras, relacionada a remoção de cor, como é
possível ver na figura abaixo, que amostra os resultados obtidos.

Figura 6: Resultados do processo Foto-Fenton Solar adaptado.

Fonte: Pelos autores (2022).

3.6. Foto-Fenton Sintético (adaptado): No tratamento por processo Foto-Fenton


sintético, utilizando lâmpada UV, em condições reacionais adaptadas, utilizamos 100
mL da solução do corante eritrosina adaptado, sob agitação a cada 5 minutos durante
30 minutos exposta à radiação ultravioleta proveniente de uma lâmpada de luz negra,
foi acrescentado meio comprimido de sulfato Ferro II, também foi acrescentado
aproximadamente entre 150 gotas de vinagre para o ajuste do pH para
aproximadamente 3,0, nas amostras somente foi variado a quantidade de água

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oxigenada 10vol. em cada uma, sendo de 1,0 mL a 5,0 mL. Após o período de agitação
e exposição à radiação ultravioleta artificial, as amostras mostraram-se com resultados
consideráveis em relação à remoção da cor, a qual mediante as condições
apresentadas a amostra 01 que continha 1,0mL de peroxido de hidrogênio, mostrava
melhor resultado em comparação as outras, relacionada a remoção de cor, como é
possível ver na figura abaixo, que amostra os resultados obtidos.

Figura 7: Resultados do processo Foto-Fenton Solar adaptado.


Fonte: Pelos autores (2022).

4.0 CONCLUSÃO
Com base nos resultados obtidos é possível destacar a eficiência dos POAs nos
processos Fenton, Foto-Fenton Solar, Foto-Fenton sintético, na degradação do corante
Eritrosina, e que apesar de alguns processos serem mais efetivos que outros, os
experimentos apresentaram resultados satisfatórios para os objetivos aqui elencados,
tanto utilizando reagentes em condições analíticas quanto adaptadas. De maneira que,
os experimentos mencionados e descritos anteriormente foram adaptados
possibilitando aos professores do ensino básico a reprodução em sala de aula
utilizando materiais de baixo custo e fácil aquisição, com intuito de proporcionar
discussão, interpretação e visualização dos fenômenos químicos, agregados à temas
relevantes, como o saneamento ambiental, fomentando o ensino-aprendizagem em
sala de aula.
Nessa ótica, objetiva-se dar continuidade a este trabalho visto que, os Processos
Oxidativos Avançados são técnicas vantajosas uma vez que, são de baixo custo,
utilizam tecnologias limpas de saneamento ambiental e são de fácil realização. Assim,
os experimentos continuam a serem desenvolvidos, no sentido de melhorar os
resultados dos experimentos que foram adaptados, como também na utilização de
novas técnicas, como eletro-Fenton e Foto-elétron-Fenton.

AGRADECIMENTOS
Agradecimentos à SEDUC/SE e a FAPITEC/SE pela bolsa de iniciação cientifica e ao
fomento do projeto de pesquisa através do programa Ciência na Escola 2019.

REFERÊNCIAS

AMCHOVA, P.; KOTOLOVA, H.; RUDA-KUCEROVA, J. Health safety issues of


synthetic food colorants. Regulatory Toxicology and Pharmacology, 2015.
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ANASTÁCIO, L. B., OLIVEIRA, D. A., DELMASCHIO, C. R., ANTUNES, L. M. G.,


CHEQUER, F. M. D. Corantes alimentícios, amaranto, eritrosina B e tartranzina, e seus
possíveis efeitos maléficos à saúde humana. Journal of Applied Pharmaceutical
Sciences, v.2, n.3, p. 16-30, 2016.
BENITE, A. M. C.; BENITE, C. R. M. O laboratório didático no ensino de química: uma
experiência no ensino público brasileiro. Revista Iberoamericana de Educación, v.
48, n. 2, p. 1-10, 2009.
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