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UNIVERSIDADE CESUMAR - UNICESUMAR

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS TECNOLÓGICAS E AGRÁRIAS


CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA

PRESENÇA DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS EM EMBALAGENS


FLEXÍVEIS DE ALIMENTOS: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

MIKAELA MONTEIRO DE ANDRADE

MARINGÁ – PR
2020
Mikaela Monteiro de Andrade

PRESENÇA DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS EM EMBALAGENS


FLEXÍVEIS DE ALIMENTOS: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Artigo apresentado ao Curso de


Graduação em Engenharia Química da
Universidade Cesumar – UNICESUMAR
como requisito parcial para a obtenção do
título de Bacharel(a) em Engenharia
Química, sob a orientação do Prof. Me.
Fernando Pereira Calderaro.

MARINGÁ – PR
2020
FOLHA DE APROVAÇÃO
MIKAELA MONTEIRO DE ANDRADE

PRESENÇA DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS EM EMBALAGENS


FLEXÍVEIS DE ALIMENTOS: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Artigo apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia Química da


Universidade Cesumar – UNICESUMAR como requisito parcial para a obtenção do
título de Bacharel(a) em Engenharia Química, sob a orientação do Prof. Me.
Fernando Pereira Calderaro.

Aprovado em: 13 de Novembro de 2020.

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________
Prof. Me. Fernando Pereira Calderaro – UNICESUMAR – Centro Universitário de
Maringá/PR

__________________________________________
Prof. Me. Claudio de Souza Rodrigues – UNICESUMAR – Centro Universitário de
Maringá/PR

__________________________________________
Prof. Especialista Anderson Rodrigues– UNICESUMAR – Centro Universitário de
Maringá/PR
PRESENÇA DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS EM EMBALAGENS
FLEXÍVEIS DE ALIMENTOS: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Mikaela Monteiro de Andrade

RESUMO

Este estudo buscou debater sobre a presença dos compostos orgânicos voláteis
(VOC’s) nas embalagens flexíveis de alimentos, com ênfase na química analítica e
orgânica, na área de Embalagens de alimentos. Foi realizada uma pesquisa
bibliográfica e o levantamento de informações através de artigos, normas,
resoluções, legislações. Após observação dos materiais bibliográficos e,
consequente análise, foram destacados alguns compostos liberados da embalagem,
posteriormente, apresentado um método analítico de análise. Buscou-se levantar
alguns questionamentos sobre a efetividade de controle por parte da Food and Drug
Administration (FDA), com o intuito de garantir a função da embalagem, de proteger
as características do alimento sem causar danos à saúde. Por fim, sugeriu-se o
desenvolvimento de estudos futuros aplicando a técnica de cromatografia gasosa
para detecção e caracterização dos VOC’s em todas as etapas de formação da
embalagem flexível.

Palavras-chave: Contaminação de Alimentos. Embalagens Plásticas. VOC’s.

VOLATILE ORGANIC COMPOUND PRESENCE IN FLEXIBLE FOOD


PACKAGING: BIBLIOGRAPHICAL REVIEW

ABSTRACT

This study tried to debate about the presence of volatile organic compounds (VOC’s)
in flexible food packaging, with an emphasis on analytical and organic chemistry, in
the food packaging area. A bibliographical search was made and information was
collected through articles, norms, resolutions and laws. After observing the
bibliographical material and, consequently analyzing, some compounds released
from the packaging were highlighted, and later an analytical method of analysis was
presented. Questions about the control efficiency of Food and Drug Administration
(FDA) were raised, with the intention to assure the packaging function, and to protect
food characters without harming the human health. Ultimately, it was suggested the
development of future studies applying the gas chromatography technique to detect
and descript VOC’s in all stages of flexible packaging formation.

Keywords: Contamination of food. Plastic Packages. VOC’s.


1 INTRODUÇÃO

O alimento é definido como uma substância digerível, que sirva para alimentar
ou nutrir, segundo o dicionário Aurélio (2010, p. 104). Considerado como um dos
condimentos indispensáveis para suprir as necessidades da vida humana, o
alimento engloba várias razões tanto quanto biológicas, econômicos, sociais,
científicos, políticas, psicológicas e culturais (PROENÇA, 2010).
Além de ser um produto essencial, os alimentos tornaram-se objetos de
consumo que motivam inovações no cenário global; inclusive, por suas propriedades
e essencialidade. Os alimentos já foram, historicamente, elementos centrais de
disputas e guerras em todo o mundo. Todo esse contexto faz com que o alimento
seja um produto destaque nas discussões mundiais.
Relativamente ao consumo, nas últimas décadas, é possível observar
mudanças nos hábitos alimentares em diversos lugares, de acordo com sua
complexidade e fatores (FRANÇA et al, 2012). Destaca-se que as razões culturais
demonstram-se como um grande fator para mudança de hábitos alimentares, haja
vista a necessidade de adaptação entre a alimentação dos indivíduos e contextos
políticos e econômicos. Com isso, então, a sociedade tem se tornado cada vez mais
complexa, modificando seus padrões de vida, incluindo a necessidade e as
exigências com relação aos alimentos (KWAK & JUKES, 2001 apud MORAES,
2006).
Observada essa evolução, é possível diagnosticar diferentes aspectos que
influenciam diretamente o modo como os alimentos são introduzidos na vida do ser
humano. Isso causa um impacto direto na forma de apresentação do alimento, seu
acondicionamento, consumo e posterior descarte. Analisados esses aspectos é
possível compreender o funcionamento da cadeia alimentar, pois, diante de algumas
situações específicas, fazem-se necessárias adaptações substanciais na produção e
acondicionamento dos alimentos, por exemplo, se comparados com os modelos de
tempos passados.
Dentre as alterações que atingiram o contexto alimentar dos indivíduos,
denota-se que com o passar do tempo e as mudanças de rotina, vêm sendo
desenvolvidos cada vez mais alimentos processados, uma vez que são mais
práticos. Sendo o consumidor um dos alvos mais importantes da indústria moderna
de alimentos, as inovações desse ramo têm voltado o foco para o melhoramento e
5

praticidade das embalagens. Com isso, passou-se a acondicionar os alimentos nas


chamadas embalagens e, atualmente, a indústria de alimentos fomenta cerca de
35% da produção global de embalagens flexíveis (FREIRE et al, 2008).
As embalagens, em que pese o fator praticidade, devem também buscar a
preservação da qualidade e características dos produtos. Os modelos de
embalagens flexíveis, muito utilizados atualmente, podem ser desenvolvidos com
mais de 30 tipos diferentes de plásticos, sendo que cada tipo é pensado e produzido
considerando o produto que será embalado (FREIRE et al, 2008).
Haja vista a necessidade de preservação de qualidade do alimento, o tema
“segurança alimentar” vem se tornando muito importante, pois não diz respeito
apenas ao alimento, propriamente, mas estende-se também às embalagens, uma
vez que consistem no local e forma de armazenamento dos produtos que serão
posteriormente consumidos (MOTTA, 2017).
Nesse contexto, para a formação do produto final da embalagem, ou seja, a
embalagem propriamente dita, várias são as fases de produção e, então, torna-se
muito importante saber quais os compostos orgânicos voláteis (VOC’s) que são
liberados em cada uma das etapas de formação até o produto final, a fim de que
seja garantida a qualidade do alimento condicionado e não causando danos à saúde
humana.
Como já mencionado, inúmeros são os produtos acondicionados por
embalagens flexíveis e, importante salientar, a análise da embalagem inclui como
característica principal o alimento nela acondicionado.
Nesse contexto, portanto, é de extrema importância para a indústria de
embalagens flexíveis o conhecimento acerca dos VOC’s liberados em cada etapa de
produção da embalagem, buscando garantir ao cliente que o produto que lhe está
sendo fornecido será consumido com garantia de qualidade e sem danos à saúde.

1.1 METODOLOGIA

Trata-se de um artigo bibliográfico realizado por meio de pesquisas de artigos


na integra, consultas na resolução RDC 56/2012, agência “food and drug
administration”, regulamento (CE) n.° 1935/2004 do Parlamento Europeu e do
Conselho e norma da ABNT NBR 13058 (Embalagens Flexíveis - Análise de
6

Solventes Residuais), em busca de colher informações a respeito do objeto de


estudo.
Inicialmente, foi realizada a leitura de artigos para contextualizar a importância
do objeto a ser estudado, e posteriormente, realizada a busca de artigos,
resoluções, normas, métodos, vigências para estabelecer parâmetros já existentes
do objeto estudado, e por ultimo fazer uma interpretação do que foi exposto pelos
artigos citados e mostrar uma sugestão de método analítico para pesquisas futuras
que poderão complementar o estudo.

1.2 OBJETIVOS

Este trabalho tem como objetivo geral mostrar a importância de saber sobre a
presença de compostos orgânicos voláteis (VOC’s) presentes nas embalagens
flexíveis de alimentos.
Partindo disso, o objetivo específico consiste em apresentar uma sugestão de
método analítico para caracterizar a presença de VOC’s nas embalagens
alimentícias.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 TIPOS DE EMBALAGENS PARA ALIMENTOS

Segundo Dantas (2007, p. 01) “a embalagem pode ser definida como todo
condicionante que exerça funções de proteção do alimento in natura da matéria-
prima alimentar ou do produto alimentício, temporária ou permanente, no decorrer
de suas fases de obtenção, elaboração e armazenamento”. Sendo assim sua
principal função é de garantir a preservação/conservação das características do
produto embalado, para que ele se mantenha preservado até chegar ao consumo
final realizado pelos consumidores.
Ainda pode estar empregando funções como informações sobre o produto,
jogadas de marketing, entre tantas outras funções que agregarão valor ao item
apresentado. Uma embalagem mais elaborada pode chamar a atenção e seduzir o
7

consumidor. Muitas pessoas acabam comprando alguns produtos por sua


embalagem, o que é uma prática corriqueira, porém, devendo ser observado as
questões de ordem legal (JORGE, 2013).
A embalagem pode se encaixar em diversos conceitos (embalagens para
alimentos, embalagens para higiene e limpeza, embalagens para objetos, entre
outros produtos em geral), por isso é importante classificá-la. Para as embalagens
de alimentos, elas são classificadas como: rígidas, semirrígidas e flexíveis.
Essa classificação tem como base a espessura do material utilizado para
fabricação das embalagens, de forma que aquelas consideradas rígidas são mais
espessas e possuem maiores barreiras de proteção dos produtos (como as latas de
alumínio, por exemplo).
Seguindo essa mesma lógica, as embalagens semirrígidas têm espessura
mediana, à exemplo dos frascos de termoformados. Ainda, segundo Barão (2011,
p.04) “as embalagens flexíveis são aquelas que são moldadas no formato do
produto a ser acondicionado, como as folhas de alumínio, os filmes plásticos e as
folhas de papel, que tem a finalidade de estruturar as embalagens”.
As embalagens de alimentos podem ser classificadas também quanto a
estrutura dos materiais podendo ser de metal, vidro, plástico ou papel (JORGE,
2013). Ainda conseguimos classificar essas embalagens quanto a sua função de
embalamento, sendo esta primária, secundária, terciária e quaternária (DIAS, 2016).
A embalagem com função primária é a que está em contato direto com o
alimento, a secundária é a que acondiciona a embalagem primária, e a terciária
consequentemente é aquela que facilita o manuseio da embalagem secundária e a
quaternária por fim é o contentor metálico que transporta todas estas embalagens
(DIAS, 2016).
As embalagens plásticas tem sido responsáveis pelo avanço em relação a
comercialização de alimentos, por isso se destacado no setor de embalagens, e
devido a sua característica termoplástica, a fabricação de embalagens flexíveis
plásticas é mais hábil por sua flexibilidade de moldar um produto em baixas
temperaturas e pressões quando comparados aos materiais de vidro e metal
(FABRIS, 2006). Ou seja, podemos deduzir que as embalagens flexíveis plásticas na
maioria das vezes são mais utilizadas para acondicionar os alimentos.
8

Considerados os tipos de embalagens para alimentos, neste trabalho serão


objeto aquelas que estão diretamente em contato com os alimentos, sendo a
embalagem flexível e de estrutura plástica de função primária.

2.1.1 PROCESSO DE FORMAÇÃO DA EMBALAGEM FLEXÍVEL PLÁSTICA


PRIMÁRIA

Comuns no dia a dia dos indivíduos, cada tipo de embalagem flexível é


desenvolvida com estruturas diferentes, atendendo as características e exigências
de acondicionamento de cada produto. A fabricação da embalagem envolve várias
etapas de processo na qual ela pode conter tintas, aditivos que podem vir estar
liberando substâncias químicas ou contaminantes para o produto embalado, não
garantindo a funcionalidade principal da embalagem, que é justamente manter o
produto acondicionado mantendo suas características essenciais/funções
organolépticas (DANTAS, 2007).
A principal matéria prima para o desenvolvimento das embalagens são os
polímeros, que são polimerizados e estes são transformados em pequenos grãos
(DA SILVA, 2016). Esses pequenos grãos de polímeros fomentam o mercado das
embalagens, estas recebem variados tipos de polímeros.
O principal polímero fornecido para estas empresas é o polietileno (PE),
considerado de menor preço, ainda se diferencia em três tipos de polietileno por
função da densidade, polietileno de baixa densidade (PEBD), polietileno de alta
densidade (PEAD) e polietileno de densidade intermediária (BARÃO, 2011).
Ainda existem outros tipos de polímeros, como polipropileno (PP), policloreto
de vinila (PVC), Polietileno tereftalato (PET), polipropileno biorientado (BOPP) e
entre outros (ANYADIKE, 2010).
Considerada essa diversidade de polímeros, para cada tipo de produto
acondicionado são utilizadas estruturas diferentes, sendo empregadas de acordo
com as características de cada produto. Cada um desses polímeros podem ser
empregados para a fabricação de embalagens em alimentos, sendo que cada tipo
de polímero tem suas respectivas aplicações (produtos panificados, produtos
gordurosos, produtos oleosos, molhos, entre todos os outros tipos de alimentos
existentes na nossa cadeia alimentar) (ANYADIKE, 2010).
9

O processo de fabricação de embalagens flexíveis, especificamente, se inicia


na etapa que chamamos de extrusão, onde os pequenos grãos de polímeros são
transformados em filmes. Segundo Rocha (2002 apud ALVES; DA SILVA, 2020, p.
03) afirma que:

Trata-se de movimento horizontal através de um canhão de aquecimento


com o auxílio de uma rosca em movimento constante, por meio da pressão
e temperatura em uma matriz com a forma de um anel, um jato de ar
constante expande o material formando um balão, roletes localizados
acima achatam e mantém o plástico esticado que logo em seguida é
bobinado.

Portanto, os pequenos grãos de polímeros vão ser submetidos a alta pressão


e calor, transformando esses grãos em líquidos, que através do jato de ar constante
vão se transformar num material sólido em forma de balão, que for fim vai ser
bobinado o filme.
Cada tipo de embalagem tem uma estrutura de acordo com a característica
do alimento que vai ser embalado, como dito anteriormente. Então são adicionados
aditivos específicos que vão dar característica ao filme (DA SILVA, 2016), ainda
pode ser adicionado pigmento para dar cor ao filme. Na etapa da extrusão ainda
pode acontecer o que chamamos de tratamento corona do filme, para dar uma
melhor aderência ao filme na hora da etapa de impressão (BRITO, 2010).
A segunda etapa do processo é a Impressão, nessa etapa acontece o
processo que chamamos de flexografia. A flexografia é um sistema de impressão
gráfica, que segundo Neuza Jorge (2013, p.182), “possui uma matriz em alto relevo,
porém esta é flexível, sob formas de clichês de fotopolímeros gravados num
processo fotoquímico. Este clichê é fixado num cilindro que, quando em impressão,
entra em contato com outro cilindro carregado de tinta. Uma vez com tinta, o clichê a
transfere para o suporte. Utiliza-se tinta à base de solvente e água, além de
pigmentos e aditivos utilizados como aceleradores ou retardadores de secagem”.
Esse sistema utiliza clichês de chapas fotopolímero com o formato da imagem em
relevo e em contato como os outros cilindros com tintas, é transferida a tinta ao filme
criando a imagem na embalagem de acordo com o clichê em relevo.
As embalagens flexíveis ainda podem ser dividas em monocamadas, aonde
envolve só um tipo de filme, e podem ser multicamadas, que são compostas por dois
ou mais tipos de filme (JORGE, 2013). A combinação de diferentes substratos com
características diferentes é o que chamamos de laminação (LINO, 2015).
10

A etapa da laminação é a união de dois ou mais filmes criando uma só


embalagem, ou seja, um filme de multicamada. Nem todos os tipos de embalagens
passam por essa etapa, ficando a critério das características do produto a ser
embalado. A necessidade da utilização dessa etapa envolve que muitas vezes uma
só camada não consegue exercer sua função de proteger o alimento, sendo então
necessário adicionar mais uma camada para conseguir exercer sua função. Sendo
assim a etapa da laminação agrega mais valor ao produto, pois aumentam as
propriedades de barreira (SILVEIRA, 2015 apud LINO, 2015).
A última etapa do processo de formação da embalagem plástica flexível é o
acabamento. No acabamento temos a formação do nosso produto final, a
embalagem flexível, quando a bobina chega no acabamento ela pode tomar dois
rumos: rebobinadeira ou corte e solda (MARA, 2018).
Para um filme em forma de bobina, temos a etapa da rebobinadeira. Na
rebobinadeira a bobina chega, conhecida como bobina mãe, esta vai ser alinhada
eletronicamente por um cabeçote, e então vai ser desbobinada e cortada de acordo
com as especificações de cada embalagem, onde as extremidades serão refiladas
(MOTA, 2004), depois de cortas e refiladas surgem as bobinas filhas, que é o
produto final que vai ser entregue ao cliente.
Para a transformação de filme em sacos ou saquinhos plásticos, temos a
etapa do Corte e Solda. No Corte e Solda, a bobina é alinhada e dobrada no
conjunto desbobinador e o filme é puxado pelos rolos tradicionais recebendo sinal do
registro da fotocélula para comandar a puxada e a ação do cabeçote de selagem.
No cabeçote tem uma lamina aquecida que baixa sobre o rolo selador (MOTA,
2004), originando o produto final que são as embalagens flexíveis em forma de
sacos.

2.2. CARACTERIZAÇÃO DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS (VOC’S)

A nomenclatura “Compostos Orgânicos Voláteis” deriva do inglês “volatile


organic compound” – VOC, que são caracterizados como substâncias químicas
orgânicas ou combinações destas que apresentam alta pressão de vapor sob as
condições normais, que consideravelmente se vaporiza no ambiente (QUIMINAC,
2018). Existem, porém, diferentes definições para VOC’s ao redor do mundo. A
Diretiva 2004/42/CE da União Europeia classifica como todos os compostos
11

orgânicos que tenha um ponto de ebulição menor ou igual a 250ºC, já a


“Environmental Protection Agency” dos EUA – EPA classifica como qualquer
composto de carbono exceto monóxido de carbono, dióxido de carbono, ácido
carbônico, carbonatos e carbonato de amônio, que participam de reações
fotoquímicas na atmosfera (OLIVEIRA, 2014).
Os VOC’s podem estar presentes em diversos produtos e situações, como
tintas, cosméticos, na queima de combustíveis e diversos, que acabam liberam
substâncias poluentes para o ambiente, como o, benzeno, tolueno que são
considerados VOC’s. Relativamente às embalagens alimentícias, faz-se importante
estudar e compreender como esses compostos poderão agir de variadas formas
quando em contato direto com os alimentos que ingerimos.
Esse contato direto entre os VOC’s e os produtos alimentícios pode ter como
efeito negativo um tipo de contaminação que pode se dar através da transferência
de aditivos e monômeros que estão presentes nas embalagens para os produtos
alimentares, esta transferência geralmente ocorre em função da maior ou menor
resistência da embalagem, quando se fala em resistência é preciso analisar o
conteúdo da formação da embalagem, o que envolve necessariamente a sua
estrutura, grau de cristalinidade, densidade e etc, o que poderá impactar de forma
prejudicial na qualidade do produto e consequentemente poderá trazer riscos a
saúde dos consumidores finais (DIAS, 2016).
A transferência ou a migração dos compostos é exemplificado pelo processo
de difusão, que pode vir a influenciar nas interações embalagem e alimento,
afetando as propriedades sensoriais dos alimentos, como também alterando
substancialmente as propriedades físicas, químicas e mecânicas dos alimentos e
dos materiais da embalagem (FREIRE, 2008).
Diante da constatação da forma como acontece a contaminação, sobreveio a
necessidade de se construir regras e legislações para balizar e assim evitar que
esse tipo de contaminação possa acontecer, ou seja, a criação de um regramento
listando o que seriam os compostos positivos para a formação das embalagens.
Com a criação deste regramento fica mais fácil poder analisar os compostos
das embalagens que não vão agredir a saúde dos consumidores e assim dar maior
segurança e tranquilidade para criação de novas embalagens, desde que respeite o
que foi definido no regramento.
12

No Brasil, a Anvisa é o órgão responsável por regulamentar os materiais que


podem ser utilizados na fabricação de adesivos com contato com os alimentos
(MOTTA, 2017). A resolução – RDC nº56/2012 dispõe a lista positiva de
monômeros, outras substâncias iniciadoras e polímeros autorizados para a
elaboração de embalagens e equipamentos plásticos em contato com o alimento.
(BRASIL, 2012)
Na Europa, o regulamento (CE) n.° 1935/2004 do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 27 de Outubro de 2004 é a normatização relativa aos materiais e
objetos destinados a entrar em contacto com os alimentos. O artigo primeiro do
citado regulamento apresenta sua finalidade e objetivo:
1. O presente regulamento visa garantir o funcionamento eficaz do
mercado interno no que respeita à colocação no mercado comunitário de
materiais e objectos destinados a entrar directa ou indirectamente em
contacto com os alimentos, constituindo simultaneamente a base para
garantir um elevado nível de protecção da saúde humana e dos interesses
dos consumidores. 2. O presente regulamento aplica-se aos materiais e
objectos, incluindo materiais e objectos activos e inteligentes destinados a
entrar em contacto com os alimentos (UNIÃO EUROPÉIA, 2004)

Nos Estados Unidos, a Lei Federal de Alimentos, Medicamentos e


Cosméticos (Federal Food, Drug and Cosmetic Act - FFDCA) é a peça-chave da
legislação que abrange os materiais em contato com alimentos (food contact
materials - FCM) nos EUA. É administrado pela Food and Drug Administration
(FDA). Os regulamentos relativos ao FCM podem ser encontrados principalmente no
Título 21 do Código de Regulamentos Federais (Code of Federal Regulations -
CFR). A maioria dos polímeros e aditivos alimentares indiretos regulamentados pode
ser encontrada em 21 CFR 174 a 179: (174 – Geral; 175 - Adesivos e componentes
de revestimentos; 176 - Componentes de papel e cartão; 177 – Polímeros; 178 -
Adjuvantes, auxiliares de produção e sanitizantes e 179 - Irradiação na produção,
processamento e manipulação de alimentos). (SGS, 2020).
Acerca dos sistemas de regulamentação supramencionados, Fabris (2006)
ressalta que devido à complexidade dos alimentos os ensaios analíticos acerca dos
componentes químicos são realizados por simuladores de alimentos, que são mais
simples, substituindo o alimento. Neste contexto, parafraseando Freire (1997),
explica:
Os sistemas de regulamentação para Brasil, EU e FDA, incluem em seus
conteúdos, métodos analíticos para a determinação de componentes
extraíveis das embalagens, bem como métodos para determinação de
migração total e especifica sob condições padronizadas de ensaio para o
13

binômio tempo/temperatura de acordo com as condições de uso do material


da embalagem. (FREIRE, 1997 apud FABRIS, 2006, p. 67)

Apesar das regulamentações existentes ao redor do mundo, entretanto, vale


ressaltar que não há registros acerca da efetividade do controle das substâncias
listadas, por parte da FDA, de forma que não se pode ter uma garantia de que essa
lista de substâncias garanta que não ocorra a contaminação do alimento pela
embalagem, uma vez que para tal garantia é necessário considerar que vários
produtos químicos são inseridos durante o processo de fabricação da embalagem,
existindo a possibilidade de surgimento e formação de outras substâncias derivadas
da matéria prima e/ou do processo de fabricação da embalagem, de acordo com a
matéria da ZANOLLI (2020).

2.2.1 VOC’S PRESENTES EM EMBALAGENS FLEXÍVEIS

Sabendo-se que existem diversos tipos de compostos químicos que podem


ser encontrados em embalagens alimentícias (ZANOLLI, 2020), vale ressaltar a
importância de conhecer todos os compostos orgânicos voláteis presentes nas
embalagens flexíveis, pois estes podem estar relacionados com as alterações nas
características dos alimentos, em razão disso, alguns compostos encontrados na
literatura serão abordados.
Segundo MOTTA (2017), pode ocorrer a transferência de monômeros não
curados, que são presos nas cadeias das tintas e vernizes que são utilizados na
etapa de impressão.
De acordo com a Literatura de Neuza Jorge (2013) se encontra a migração de
alguns monômeros para as embalagens como, por exemplo, Estireno, um
monômero que não existe limite especificado na lista positiva da resolução
Brasileira, e que é de fácil detecção por apresentar um odor de característica forte e
indesejável. Apesar de este ser um monômero em que é possível detectar por seu
odor característico, existem outros que o odor não é perceptível.
MOTTA (2017), ainda cita que as aminas aromáticas primárias são formadas
pela matéria prima utilizada para a formação adesivos, chamados de monômeros de
isocianatos não reagidos. Estes monômeros reagem com a água dos alimentos
acondicionados nas embalagens, como exemplo, embalagens de molhos, migrando
14

as aminas para o alimento, sem mudanças organolépticas, e é considerada suspeita


de uma substância carcinogênica.
Assim sendo, verifica-se que o desenvolvimento de métodos analíticos se
torna fundamental para a obtenção de maiores dados que permitirão a identificação
e quantificação de contaminantes de embalagens. As informações alcançadas, por
sua vez, são essenciais para dar suporte aos órgãos regulamentadores não
somente para decisões de aprovação de uso de materiais virgens e reciclados,
aprovação de novos aditivos, como também para o gerenciamento do risco à saúde
do consumidor (FREIRE, 2008).

2.3 CROMATOGRAFIA COMO MÉTODO DE ANÁLISE DE EMBALAGENS


PLÁSTICAS FLEXÍVEIS

Estudos que abrangem a determinação dos compostos voláteis originário de


materiais de embalagens usufruem como método de análise as técnicas
instrumentais de separação por cromatografia gasosa (FREIRE, 2008). Por este
motivo, esse método de análise será abordado a seguir.
Primeiramente, necessário conceituar a palavra cromatografia: “cromo” vem
do grego “Chroma” que significa cor, e “grafia” que significa escrever, e a junção
desses significados formam “grafia de cor” (COLLINS, 2009).
A cromatografia é uma técnica que consiste num processo físico de
separação de uma mistura, onde os componentes a serem separados dividem-se
em duas fases, a fase estacionária que pode ser um sólido ou um líquido propenso
em um suporte sólido de grande área superficial e a fase móvel que pode ser
gasosa, líquida ou um fluído supercrítico que move-se sobre a fase estacionária
arrastando com ela os diversos componentes presente na mistura (PERES, 2002).
Ou seja, a cromatografia é utilizada para isolar componentes presentes em uma
mistura, podendo ela ser utilizada em diversas áreas e para cada uma delas é
utilizado uma cromatografia especifica, sendo ela dividida em cromatografia de
papel, cromatografia de camada delgada, cromatografia líquida de alta eficiência ou
cromatografia gasosa.
A cromatografia gasosa, ou CG, é uma técnica analítica aplicável para
separação de misturas que constituem compostos com substâncias voláteis ou
gases. Na cromatografia gasosa a amostra é volatilizada e injetada numa coluna
15

cromatográfica. Nessa coluna cromatográfica inserida por um forno acontece o que


chamamos de “efeito de arraste”, por meio de um reservatório de gás e um controle
de vazão/pressão, um gás passa por essa coluna (sem interagir) arrastando os
compostos presentes na amostra volatilizada que foi injetada no equipamento
cromatógrafico. Esses compostos são separados na coluna cromatográfica e
enviadas para um detector que são passados os dados em forma de gráficos para
um sistema (computador). Esse detector pode ser por espectrômetro de massa (MS)
ou detector de chama (FID) (FELIZZOLA, 2014).
A cromatografia gasosa por espectrômetro de massa garante uma qualidade
de análise maior por combinar o poder de separação da cromatografia gasosa com a
capacidade de identificação da espectrometria de massa. Esta técnica é mais
utilizada pois traduz a capacidade em responder a todos os compostos orgânicos
voláteis e semi-voláteis (ALVES, 2014).
Como destaca (FREIRE, 2008, p. 1.526):
Dentre as técnicas empregadas para identificar e quantificar contaminantes
voláteis, a cromatografia em fase gasosa (CG) é a mais utilizada” e ainda
diz a preferência pela cromatografia gasosa acoplada ao espectrômetro de
massas por “sua alta detectabilidade e seletividade e, principalmente,
devido à disponibilidade de um maior número de protocolos padrão.

Hoje no Brasil, temos a NBR 13058/2012 que dispõe sobre a análise de


solventes residuais em embalagens flexíveis, especificando “um método para
análise qualitativa e quantitativa de solventes residuais em materiais flexíveis para
embalagens, provenientes dos processos de laminação, revestimento e/ou
impressão”. Todavia, essa mesma norma não tem aplicação no processo de
quantificação dos demais VOC’s em materiais plásticos, à exemplo dos monômeros
residuais, polímeros de baixo peso molecular, produtos de termodegradação,
contaminantes, etc., (ABNT, 2012) de forma que a regulamentação brasileira
encontra uma lacuna acerca da quantificação destes compostos específicos, o que,
de certa forma, acaba por prejudicar o estudo das VOC’s em embalagens flexíveis
de alimentos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
16

De acordo com o que foi exposto no presente artigo existem diferentes tipos de
embalagens de alimentos, que são classificadas da seguinte forma: rígidas,
semirrígidas e flexíveis; em relação a sua estrutura (papel, metal, vidro, plástico); ou
ainda de acordo com sua função (primária, segundaria, terciaria e quaternária).
A embalagem abordada na pesquisa bibliográfica foi a flexível de plástico
primária. Esse tipo de embalagem envolve diversas etapas para sua formação,
iniciando com sua matéria prima, seguindo de outras etapas como extrusão,
impressão, laminação, corte e solda ou rebobinadeira.
Os compostos orgânicos voláteis (VOC’s) que são substâncias químicas
orgânicas, entram em contato com o alimento através das embalagens pelo
processo de difusão, devido a isso existe regras e legislações (resolução RDC
nº56/2012, CE n.º1935/2004 e 21 CFR 174 a 176) a serem seguidas para a
formação da embalagem, para que esta não venham liberar compostos aos
alimentos fora do limite especificado.
Alguns VOC’s como estireno, aminas podem serem encontrados nas
embalagens, para isso existem métodos de análise que os detectam como a técnica
de Cromatografia gasosa.
Todavia, considerada a lacuna bibliográfica acerca do que realmente os
compostos químicos liberados da embalagem para o alimento podem estar
causando à saúde humana, faz-se necessário o desenvolvimento de estudos futuros
de métodos analíticos que sejam confiáveis e que permitam a identificação e
quantificação dos contaminantes provenientes das embalagens em contato com
alimento.
Com o objetivo de dar continuação e complementar o estudo dos VOC’s nas
embalagens flexíveis de alimentos, sugere-se um estudo futuro utilizando a
metodologia de cromatografia gasosa, baseada na norma da ABNT já citada, em
todas as etapas de produção da embalagens flexível até seu destino final
(armazenamento da embalagem com o alimento) para observar a dinâmica dos
VOC’s nas diferentes etapas e caracterizá-los, para ver se é possível relacionar o
surgimento de compostos com alguma etapa de produção, já que as presentes
regulamentações são baseadas no método analítico por simuladores de alimentos.
Para efetividade deste processo seria indispensável que os orgãos
fiscalizadores detivessem condições de realizar a aferição dos compostos e assim
17

utilizando-se da tabela poder dar maior subsídio para as liberações e atestar a


qualidade real das embalagens utilizadas.
A importância do presente trabalho está evidenciada na necessidade de se
estabelecer métodos analíticos e interações, sendo fundamental para obter uma
melhor qualidade quanto a embalagem de alimento, tendo em vista sobre as
possíveis interações ocorridas entre embalagem e alimento, que os compostos
causam.
18

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