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Instituto Superior de Ciências Educação a Distância

TEMA‫ ׃‬IMPACTO DOS ALIMENTOS PROCESSADOS E SUAS


CONSEQUÊNCIAS NA SAÚDE HUMANA.

Quelimane, Março de 2022


Autor: Gregório António

TRABALHO DE CADEIRA DE‫ ׃‬METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO


CIENTIFICA

TEMA‫ ׃‬IMPACTO DOS ALIMENTOS PROCESSADOS E SUAS


CONSEQUÊNCIAS NA SAÚDE HUMANA.

Trabalho de caracter avaliativo

a ser submetido no ISCED

Quelimane, Março de 2022


Índice
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 4
1. Tema de pesquisa ............................................................................................................ 4
1.2. Problema de pesquisa............................................................................................... 4
1.3. Justificativa .............................................................................................................. 5
1.4. Objectivos ................................................................................................................ 6
1.4.1. Geral ................................................................................................................. 6
1.4.2. Objetivo. Especifico ......................................................................................... 6
1.5. Questões de pesquisa ............................................................................................... 6
2.1. Quadro Conceptual .................................................................................................. 8
2.1.2. Aditivo alimentar .............................................................................................. 8
2.1.3. Tipos de ativos alimentares e suas aplicações .................................................. 9
2.1.3.1. Corantes ........................................................................................................ 9
2.1.3.2. Conservantes ................................................................................................. 9
2.1.3.3. Antioxidantes ................................................................................................ 9
2.1.3.4. Emulsificantes ............................................................................................. 10
2.1.3.5. Realçadores de sabor/Intensificadores de sabor ......................................... 10
2.1.3.6. Espessantes ................................................................................................. 10
2.1.3.7. Acidulantes ................................................................................................. 11
2.1.3.8. Aromatizantes ............................................................................................. 11
2.1.3.9. Adoçantes artificiais (Edulcorantes) ........................................................... 11
2.1.4. Aditivos Alimentares e Impactos na Saúde .................................................... 12
METODOLOGIA DO ESTUDO ......................................................................................... 13
3.1 Metodologia ................................................................................................................ 13
3.2 População do Estudo ................................................................................................... 14
3.2.1 Amostra ................................................................................................................ 14
3.3.1 Análise Documental ............................................................................................. 15
3.3.2 Entrevista.............................................................................................................. 15
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INTRODUÇÃO

A partir da revolução industrial, o ato de se alimentar mudou completamente, pois,


alimentos que antes tinham seu prazo de validade curto, hoje em dia, pode se estender por
anos. A mudança no hábito alimentar da população brasileira, ocorrida nas últimas décadas,
tem atraído a atenção da comunidade científica como um todo. A substituição de alimentos
in natura por alimentos processados vem contribuindo de forma contundente para o
empobrecimento da dieta.

Os aditivos alimentares têm, a cada dia, se tornado de forma impactante o motivo pelo qual
o alimento demora mais tempo guardado e diminui, significativamente, os nutrientes
benéficos, proporcionando somente a ingesta de componentes prejudiciais à saúde, como é
o caso dos conservantes, corantes e açúcares artificiais que servem para tornar os alimentos
mais atraentes para o consumidor. Atualmente, o que mais se encontra nas prateleiras dos
supermercados são alimentos com componentes que, cientificamente, já foram
comprovados que seu consumo é altamente prejudicial à saúde.

Este projeto está estruturado em 3 (três) pontos: sendo o primeiro ponto a Introdução que
faz a problematização, delimitação do tema, justificativas, objectivos, perguntas
específicas, significância do estudo; segundo ponto, Marco teórico que faz a revisão de
literatura teórica, e o último ponto, aspectos metodológicos que indica o tipo de pesquisa,
universo da população e a respectiva amostra, as técnicas de colecta de dado, as técnicas de
análise de dados e os aspetos éticos.

1. Tema de pesquisa

Aditivos alimentares e suas consequências para a saúde humana, Moradores do bairro


Torrone Novo - Quelimane.

1.2.Problema de pesquisa

Na investigação em causa a problemática é Aditivos alimentares e suas consequências para


a saúde humana, procurando identificar as suas causas, manifestações e factores que
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concorrem para os elevados índices das doenças, tem preocupado a comunidade em geral,
especialistas na área da.

Os aditivos alimentares são substâncias que são adicionadas aos alimentos, sendo de
origem química naturais ou sintéticas, com o objetivo de preservar o sabor, melhorar a
textura e prolongar a vida útil. A utilização de aditivos alimentares industrialmente é
aprovada por legislação e é recomendada pelo Codex Alimentarius (CODEX
ALIMENTARIUS, 2019; TOMASKA, 2014).

Tecnologicamente, os aditivos alimentares são importantes e contribuem no


desenvolvimento de alimentos. Entretanto, nos últimos anos, aumentou a preocupação dos
consumidores sobre seu uso, no que diz respeito à segurança alimentar, pois os aditivos se
destacam entre assuntos controversos quando o assunto é saúde (VARELA e FISZMAN,
2013).

De acordo com GIL (2009:33), um problema de pesquisa é questão não resolvida e que é
objecto de discussão, em qualquer domínio de conhecimento. Coadunando com a linha de
ideia do autor, o presente projecto tem o seguinte problema:

Quais seriam ou se há de fato quantidades seguras para o seu consumo de aditivos?

1.3.Justificativa

Este estudo tem sua relevância baseada na mudança do hábito alimentar da população
Moçambicana, ocorrida nas últimas décadas, a qual evidenciou uma dieta caracterizada
pela substituição de alimentos processados, Em paralelo, emergiram inúmeros avanços na
tecnologia de alimentos resultando em um maior uso de aditivos alimentares, adicionados
de forma intencional na busca por melhorar o sabor, textura e a cor dos alimentos
desenvolvidos (SAHU, 2017).

Neste cenário, com aumento na busca e consumo de alimentos de fácil preparo, alavancado
pela falta de tempo das pessoas, leva a população a uma maior exposição e consumo de
alimentos ricos em aditivos, o que nos leva a reflexão do quanto deste consumo pode ser
prejudicial à saúde humana (PEREIRA, 2015).
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Neste contexto, é preciso avaliar quais as consequências podem acarretar à saúde da


população o consumo desses aditivos a longo prazo e em quantidades muitas vezes
elevadas devido a um aumento da oferta de produtos processados e ultra processados, a
maioria deles com vários tipos de aditivos diferentes. Bem como, se torna importante
refletir até que ponto existe um uso indiscriminado destes aditivos por parte da indústria
alimentícia. Estes questionamentos são pertinentes devido ao amplo consumo de aditivos
alimentares pela indústria e consequentemente pelo consumidor, o que torna a segurança
dos aditivos alimentares um assunto de interesse público. (SAHU, 2017)

Para o pesquisador este projecto é o começo da interacção e contribuição da área a que


esperasse enquadrar. Apoiando-se nessas e outras suposições, a razões da pertinência e
actualidade da escolha do tema e o local, para o estudo.

1.4.Objectivos

BELLO (2009:9) diz que a definição dos objectivos, é o que o pesquisador quer atingir com
a realização do trabalho de pesquisa. Portanto, o objectivo é sinónimo de meta, fim.

1.4.1. Geral
 Analisar os impactos causados pelos aditivos alimentares e possíveis efeitos sobre a
saúde.
1.4.2. Objetivo. Especifico
 Verificar e quais são os tipos de aditivos alimentares.
 compreender os impactos e os riscos que o consumo exagerado dos aditivos pode
causar ao longo da vida.
1.5.Questões de pesquisa

Para BRADBURN & SUDMAN (1982), citado por ARAÚJO (2012, p. 52), as perguntas
de partidas “expõem pois a intenção de análise que o pesquisador irá efectuar e tornar-se
fulcral em qualquer pesquisa de carácter científica”. Porém destaca como a pergunta de
pesquisa a seguinte:
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 Os aditivos alimentares são importantes e contribuem para o desenvolvimento do


ser humano?
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Capitulo I

Revisão da Literatura

Neste ponto esta reservada, as definições de alguns termos para além das teorias que
suportará ao trabalho e acompanhado da literatura.

2.1.Quadro Conceptual

Com vista a facilitar a compreensão do tema em estudo viu a necessidade de trazer alguns
conceitos julgados pertinentes, que de certa forma irão permitir que o leitor e outros
interessados possam ter o entendimento e acompanhamento de caso em análise.

2.1.1. Alimentação Saudável

Uma alimentação saudável é aquela que atende a todas as exigências do corpo, ou seja, não está
abaixo, nem acima das necessidades do nosso organismo. Além de ser fonte de nutrientes, a
alimentação envolve diferentes aspectos, tais como: valores culturais, sociais, afetivos e
sensoriais. Para isso, uma alimentação saudável deve seguir 6 pilares fundamentais, ou seja, ela
deve ser variada, equilibrada, suficiente, acessível, colorida e segura (BRASIL, 2007).

2.1.2. Aditivo alimentar

O aditivo alimentar, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) citado


em Brasil (1997) é todo e qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos
sem o propósito de nutrir, com o objetivo de modificar as características físicas, químicas,
biológicas ou sensoriais, durante a fabricação, processamento, preparação, tratamento,
embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação de um alimento.

Tecnologicamente, os aditivos alimentares são importantes e contribuem para o


desenvolvimento de alimentos. Entretanto, nos últimos anos, aumentou a preocupação dos
consumidores sobre seu uso, no que diz respeito à segurança alimentar, pois os aditivos se
destacam entre assuntos controversos quando o assunto é saúde (VARELA; FISZMAN,
2013).
9

E de salientar que os aditivos alimentares são substâncias adicionadas aos alimentos com o
passar dos anos, sendo de origem química, naturais ou sintéticas, com o objetivo de
preservar o sabor, melhorar a textura e prolongar a vida útil.

2.1.3. Tipos de ativos alimentares e suas aplicações

Os aditivos alimentares são imprescindíveis na industrialização de alimentos modernos, em


especial por sua propriedade em aumentar a vida útil dos produtos, garantindo preservar,
por um período de tempo maior as características do alimento (ALBUQUERQUE et al.,
2012).

2.1.3.1.Corantes

Os corantes alimentares, são uma das categorias dos aditivos para alimentos,
especificamente usados pela indústria para colorir ou intensificar a coloração própria do
produto, melhorando suas características físicas (SOUZA, 2019). A coloração imprime ao
alimento especto importante relacionado a questões culturais e memória afetiva do
consumidor, que irão influenciar na escolha do produto (LEE et al., 2013; ROVINA et al.,
2016).

2.1.3.2.Conservantes

Ao contrário dos corantes e aromatizantes, os chamados conservantes não possuem função


de fazer com que os produtos industrializados pareçam ser o que na realidade não são, ou
seja, naturais. Os conservantes alimentares se constituem de substâncias que, adicionadas a
um determinado alimento, impedem ou retardam, em especial, a ação de microrganismos;
também atuam em enzimas e/ou agentes físicos. Impreterivelmente, quando os alimentos
não podem ser conservados pelo uso de processos físicos e/ou biológicos de conservação, o
uso de conservantes é primordial (COPETTI, 2019).

2.1.3.3.Antioxidantes

Acompanhantes dos conservantes, os antioxidantes são substâncias que retardam o


aparecimento de alterações oxidativas nos alimentos (SOUZA et al., 2019). Assim como os
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conservantes, os antioxidantes procuram manter os alimentos em boas condições de


consumo por mais tempo. Eles têm sua principal aplicação em óleos e gorduras, impedindo
ou retardando sua deterioração, evitando a formação de “ranço” (BRASIL, 2009). No setor
industrial, são comumente usados para manter a preservação dos alimentos por meio do
retardamento da deterioração, rancidez e descoloração decorrente da auto-oxidação,
principalmente, em alimentos gordurosos (MESSIAS, 2009).

2.1.3.4.Emulsificantes

Os emulsificantes se tratam de uma substância que torna possível a formação ou


manutenção de uma mistura uniforme de duas ou mais fases imiscíveis no alimento
(BRASIL, 1997). São aditivos funcionais utilizados pela indústria de alimentos para
melhorar a textura, a estabilidade, o volume, a maciez, a aeração e a homogeneidade,
agregando qualidade aos produtos (RADUJKO et al., 2011).

Emulsões são sistemas heterogêneos (dispersões coloidais) que consistem em um líquido


imiscível, completamente difuso em outro, formando gotículas. Estas são constituídas por
uma fase interna, dispersa ou descontínua, e por uma fase que rodeia as gotículas,
designada de externa, dispersante ou contínua (PEREIRA, 2013).

2.1.3.5.Realçadores de sabor/Intensificadores de sabor

Substância que ressalta ou realça o sabor/aroma de um alimento (BRASIL, 1997). É uma


substância que acentua o sabor e, em alguns casos, o aroma dos alimentos. Essas
substâncias podem ser extraídas de matérias-primas naturais, como frutas e vegetais.
Existem, no entanto, aromas artificiais, sintetizados a partir de substâncias identificadas nos
aromas naturais, como o aroma que imita a baunilha, usado em bolos, biscoitos e pudins
caseiros. Existem, também, os aromas naturais reforçados, que são aromatizantes naturais
com adição de aromas artificiais (SHIBAMOTO; BJELDANES, 1993).

2.1.3.6.Espessantes

Substâncias que aumentam a viscosidade de um alimento (BRASIL, 1997). São aditivos


alimentares com as funções de espessar e estabilizar, proporcionando a textura desejada ao
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alimento. Mesmo em baixas concentrações, são capazes de aumentar a viscosidade de


soluções, emulsões e suspensões, melhorando a textura e a consistência dos produtos
(HONG et al., 2012). Os espessantes mais utilizados no preparo e nos processamentos de
alimentos são: carragena, goma guar, carboximetilcelulose, goma xantana, goma gelana e a
dextrana (DIAZ et al., 2004).

2.1.3.7.Acidulantes

Os acidulantes são substâncias que aumentam a acidez ou conferem ou intensificam o sabor


ácido aos alimentos; regulam o pH, controlando o crescimento de microorganismos e
contribuem para uma variedade de propriedades funcionais, que precede intensificação da
qualidade, palatabilidade, valor nutritivo e propriedades sensoriais a alimentos processados.
Além disso, os acidulantes impedem o escurecimento dos alimentos, modificam a textura e
realçam a cor das carnes (PEREIRA, 2016).

São utilizados, principalmente, nas bebidas e têm função parecida com a dos aromatizantes.
Os acidulantes podem modificar a doçura do açúcar, além de conseguir imitar o sabor de
certas frutas e dar um sabor ácido ou agridoce nas bebidas. São encontrados, especialmente,
nos sucos de frutas e refrigerantes, entre outros (BRASIL, 2009).

2.1.3.8.Aromatizantes

Os aromatizantes são de extrema importância nas indústrias, pois esse aditivo tem atributos
sensoriais de conferir o aroma e o sabor de vários produtos. Grande parcela do gosto dos
alimentos é exatamente tomada por sua essência, e, em parte, há uma alta diversidade de
escolher novos comentáveis apresentados pelo mercado, que são qualidades diversas que
irão estabelecer o recebimento do produto pelo comprador (TONETTO et al., 2008).

2.1.3.9.Adoçantes artificiais (Edulcorantes)

Substâncias diferentes dos açúcares que conferem sabor doce ao alimento. Os edulcorantes
artificiais são compostos químicos que inibem no paladar dos indivíduos um sabor
adocicado, que, geralmente, tem em sua fórmula um predomínio mais adocicado do que a
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sacarose, por isso que, em seu consumo, deve obter um doce bem menor para manter a
doçura nos alimentos. Além do benefício de ser um hipocalórico (NATIVIDADE, 2011).

2.1.4. Aditivos Alimentares e Impactos na Saúde

Adotar uma alimentação saudável há muito tempo tem sido uma das alternativas de uma
parcela da população que se preocupa com a própria saúde. De acordo com Anastácio et al.
(2016), o consumo de aditivos alimentares é um grande problema direcionado à saúde
pública, que veio a partir das modificações das dietas ao longo do tempo, e na medida em
que a tecnologia industrial alimentícia começou a contribuir significativamente para
aumentar a durabilidade dos produtos no mercado, assim, adicionaram-se,
intencionalmente, aditivos aos alimentos nas diversas etapas de fabricação.

Pesquisadores vêm discutindo os possíveis impactos que o consumo de alimentos


aditivados pode ocasionar aos indivíduos, como, por exemplo, as reações tóxicas no
metabolismo que podem causar malefícios à saúde, além de induzir o surgimento de
problemas mentais, como alterações no comportamento. Por isso, é importante frisar que,
para a utilização de aditivos alimentares, deve-se seguir padronização vigente que avalia o
tipo, seu nível de segurança e seus aspectos tecnológicos, permitindo ou não a adição dos
mesmos em alimentos (CABRINI; MAGALHÃES, 2019;).

Inúmeros são os problemas que podem ser causados pelo uso de aditivos alimentares na
alimentação. Isso porque, cientificamente, esse tipo de componente não oferece nenhum
tipo de valor nutritivo ao alimento, pelo fato de que o aditivo alimentar tem como função
principal alterar características do alimento ao qual é empregado. As pesquisas mostram os
seguintes perigos para a saúde causados pelo consumo de aditivos alimentares: câncer,
desenvolvimento de alergias ou anafilaxia, hiperatividade, dermatites e urticária, dor
abdominal, diarreia, náusea, edema de língua ou laringe, vômito, exacerbação da asma,
tosse, rinite, fadiga, desordem de comportamento, cefaleia, neuropatia, arritmia, taquicardia
e palpitações, lacrimejamento, tremores, entre outros (BORGES et al., 2009; AUN et al.,
2011; ALBUQUERQUE et al., 2012; BISSACOTTI et al., 2015).
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METODOLOGIA DO ESTUDO

Neste ponto deu-se à primazia a conceitualização dos termos e em seguida, descreve-se


como cada termo foi operacionalizando, neste caso o conclave é constituído por
metodologia, tipo da pesquisa, a população da pesquisa; técnicas de recolha de dados e por
último as técnicas da análise e interpretação dos resultados.

3.1 Metodologia

Segundo os autores MARCONI e LAKATOS (1990), entendem a metodologia como sendo


a explicação do tipo de pesquisa, do instrumental utilizado, do tempo previsto, da
fragmentação do trabalho, das formas de tabulação, da equipe de pesquisadores e
tratamento dos dados. A pesquisa como “processo formal e sistemático de desenvolvimento
do método científico, com o objectivo de descobrir respostas para problemas mediante o
emprego de procedimentos científicos” (GIL, 2002, p. 42).

Quanto aos objectivos a pesquisa é exploratória, o autor GIL (1999), considera que a
pesquisa exploratória tem como objectivo principal desenvolver, esclarecer e modificar
conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses
pesquisáveis para estudos posteriores. Segundo o autor, estes tipos de pesquisas são os que
apresentam menor rigidez no planejamento, pois são planejadas com o objectivo de
proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de um determinado fato.

Para DAY (2004), a pesquisa exploratória costuma envolver uma abordagem qualitativa, tal
como o uso de grupos de discussão; geralmente, caracteriza-se pela ausência de hipóteses,
ou hipóteses pouco definidas.

Quanto a abordagem a pesquisa é qualitativa que é entendida, por alguns autores, como
uma “expressão genérica”. Isso significa, por um lado, que ela compreende actividades ou
investigação que podem ser denominadas específicas. Segundo DEMO (1987), a
abordagem de cunho qualitativo trabalha os dados buscando seu significado, tendo como
base a percepção do fenómeno dentro do seu contexto. O uso da descrição qualitativa
procura captar não só a aparência do fenómeno como também suas essências, procurando
explicar sua origem, relações e mudanças, e tentando intuir as consequências.
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Os autores CARMO & FERREIRA (1998) afirmam que, a pesquisa quanto a abordagem é
qualitativa, cuja essa descrição deve ser rigorosa e resultar directamente da informação
colhida que resultam de transcrições de entrevistas, registos de observações, fotografias,
documentos escritos e gravações.

Os autores referem o estudo de caso como “um estudo sobre um tema específico ou
particular de suficiente e que obedece a rigorosa metodologia. Investiga determinado
assunto não só em profundidade, mas em todos os seus ângulos e aspectos, dependendo dos
fins a que se destina” (MARCONI & LAKATOS, 1995, p. 151).

3.2 População do Estudo

O autor BASTO, et al., (1982), entende a população sendo como a universalidade de


pessoas, animais, plantas ou objectos, da qual se podem recolher dados; constituído para tal
um grupo de interesse que se deseja descrever a acerca do qual se deseja tirar conclusões.
Por sua vez os autores MARCONI & LAKATOS (2007) assumem que, a fixação do
universo baseou-se em explicar pessoas ou coisas, fenómenos que são pesquisados,
enumerando suas características comuns.

Na mesma vertente da população da pesquisa o autor SERRA (2003, p. 334) entende a


população como sendo: “conjunto de elementos que possuem determinadas características
comuns que se pretendem estudar normalmente fala se de população ao referir a todos
habitantes de um determinado lugar”. Nesse caso constituíra o universo da pesquisa, os
residentes do bairro Torrone Novo – Quelimane.

3.2.1 Amostra

Segundo CARMO & FERREIRA (1998), assume o processo de selecção de uma amostra
conduz à selecção de uma parte ou subconjunto de uma dada população ou universo que se
denomina amostra. MARCONI & LAKATOS (2012) consideram que amostra é uma
parcela convenientemente seleccionado do universo, vai mais longe a compreender que
pode ser também subentendido como subconjunto de universo.
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Por sua vez BASTOS, et al, (1982), considera que, a amostra é subconjunto de uma
população ou universo, e afirma que este subconjunto deverá ser obtida de uma população
específica e homogénea por um processo aleatório, assumindo esta a aleatoriedade como a
condição necessária para que a amostra seja representativa da população. Porém o estudo
trabalhou com 20 moradores na qual a selecção desse elemento que participaram foi
procedida de forma não probabilística intencional.

3.3 Técnicas e instrumento de análise de dados

Segundo o autor CARVALHO (2009), entende a técnica como a parte material que
proporcionam a operacionalidade ao método, portanto, deforma mais delimitada em termos
explicativos e comummente limitados a um domínio particular. Na mesma perspectiva o
autor ALVES (2012, p. 50) assume que a recolha de dados é o momento mais fundamental
na elaboração da parte empírica de um trabalho, aconselhando a necessidade ser bem
preparada”. Portanto o estudo recorreu três técnicas a destacar:

3.3.1 Análise Documental

Para a materialização desta técnica, o pesquisador espera solicitar os instrumentos que rege
a escola e posterior se fará a sua apreciação e anotações dos conteúdos relevante para o
esclarecimento e fundamentação do estudo. Nesta vertente o autor ALVES (2012), concebe
a pesquisa documental, o investigador centra a sua investigação em determinados dados
obtidos nos próprios documentos e registos, que estão em arquivos. Estes documentos
registam factos sobre um determinado assunto ou de uma determinada época. Vamos
analisar Mapas de individos com doenças provocadas por alimentos processados.

3.3.2 Entrevista

Para a recolha de dados será usada também à entrevista, como técnica de recolha de dados,
concretamente a entrevista semi estruturada, que segundo MARCONI & LAKATOS
(2007), o entrevistador tem liberdade para desenvolver cada situação em qualquer direcção
que considere adequada. É uma forma de poder explorar mais amplamente a questão.
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Referências Bibliográficas

ALBUQUERQUE, M. V.et al. Educação Alimentar: Uma Proposta de Redução do


Consumo de Aditivos Alimentares. 2012

ALVES, M. P. G. L. Metodologia Científica. Lisboa: Escolar Editora. 2012

CARVALHO, J. E. Metodologia do Trabalho Científico: Saber fazer da investigação para


dissertações e teses. 2ª Edição. Lisboa: Escolar Editora. 2009

CERVO, A. Metodologia Científica. 6.ª Edição. São Paulo: Editora, Pearson Prentice Hall.
2007

CODEX ALIMENTARIUS. Norma Geral para os Aditivos Alimentarios CODEX STAN.


2019

COPETTI, N.F. Aditivos alimentares e suas consequências para a saúde humana. 2019

DEMO, Pedro (2000). Metodologias do conhecimento científico. Publicações Atlas, São


Paulo. Editora Atlas.

GIL, António C. (2007). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social, Publicação Atlas, 5ª


edição. Editora Atlas. São Paulo.

MARCONI, M.de. A. e LAKATOS, E. M.. Metodologia Científica. 5. ed. São Paulo,


Editora Atlas, 2007.

MARIA, M. A, LAKATOS, E. M. Técnicas de Pesquisa. 7ª Edição, São Paulo: Editora


Atlas. 2012.

PEREIRA, L. F.et al. Prevalência de Aditivos em Alimentos Industrializados


Comercializados em uma Cidade do Sul de Minas Gerais. Rev Ciências em Saúde, 2015.

SILVA, E. L. de. e MENEZES, E. M.. Metodologia da Pesquisa e Elaboração de


Dissertação. 4. ed. rev.actual. Florianópolis, UFSC, 2005.

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