Você está na página 1de 14

UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

LICENCIATURA EM AGROPROCESSAMENTO COM HABILITAÇÕES EM


AGRONEGÓCIOS -LABORAL 3º ANO

BELITO DE CELSO MARTINHO MANAZECA

FLUXOS DE REAPROVEITAMENTO E TRATAMENTO DOS


SUBPRODUTOS ALIMENTARES

Quelimane
2022
BELITO DE CELSO MARTINHO MANAZECA

FLUXOS DE REAPROVEITAMENTO E TRATAMENTO DOS


SUBPRODUTOS ALIMENTARES

Trabalho de Carácter Avaliativo Apresentado no


Curso de Licenciatura em Agroprocessamento, da
Faculdade de Ciências Agrarias, Departamento de
Ciências Alimentares na Cadeira de Tratamento e
Reaproveitamento de Subprodutos Agroindustriais.

Lecionada pela docente, drª. Inga Maria


Jeremias

Quelimane
2022
Índice

1. Introdução...............................................................................................................................3

2. Objectivos...............................................................................................................................4

2.1. Objectivo Geral....................................................................................................................4

2.2. Objectivos específicos.........................................................................................................4

3. Metodologia............................................................................................................................4

4. Fluxos De Reaproveitamento E Tratamento Dos Subprodutos Alimentares..........................5

4.1. Desperdício e a Segurança Alimentar..................................................................................5

5. Impactos da redução de PDA no sistema alimentar................................................................6

5.1. Avaliação de impactos.........................................................................................................6

6. Soluções e encaminhamentos de política................................................................................7

7. Subprodutos Da Indústria Hortofrutícola...............................................................................7

7.1. Enquadramento geral e definição.........................................................................................7

8. Legislação de valorização de tratamento de subprodutos alimentar.......................................7

9. Vias de valorização tradicionais.............................................................................................8

9.1. Subprodutos do café.............................................................................................................9

9.2. Casca do grão de café..........................................................................................................9

9.3. Subprodutos de uva..............................................................................................................9

9.4. Engaços..............................................................................................................................10

9.5. Bagaço...............................................................................................................................10

10. Vias De Valorização De Valor Acrescentado.....................................................................10

11. Recuperação de fitoquímicos bioativos..............................................................................11

12. Valorização energética........................................................................................................11

13. Conclusão............................................................................................................................12

14. Referencias Bibliográficas..................................................................................................13


3

1. Introdução

O presente trabalho versa sobre os A Subprodutos Resultantes De Processamento De


Produtos De Origem Animal. Os mesmos são corpos inteiros ou partes de animais mortos,
produtos de origem animal e outros produtos que provenham de animais que não se destinam
ao consumo humano, incluindo oócitos, embriões e sémen. “Produtos derivados” são
produtos obtidos a partir de um ou mais tratamentos, transformações ou fases de
processamento de subprodutos animais. “Carcaça” - corpo de um animal depois do abate e da
preparação. Portanto, ARTIGO 19 Movimento de animais, seus produtos. subprodutos,
despojos, forragens, produtos biológicos: Não é permitido o trânsito de animais vivos, para
abate ou destinados a outra exploração ou concentração, seus produtos, subprodutos,
despojos, forragens, produtos biológicos, sem que se façam acompanhar da respectiva licença
'de trânsito emitida pela Autoridade Veterinária.
4

2. Objectivos

2.1. Objectivo Geral

 Estudar Fluxos De Reaproveitamento E Tratamento Dos Subprodutos Alimentares

2.2. Objectivos específicos

 Demostrar Soluções e encaminhamentos de política

 Explicar as Vias de valorização tradicionais

 Caracterizar a classificação de subprodutos de origem animal.

3. Metodologia

O tipo de pesquisa a ser realizada neste trabalho foi classificado como sendo uma
pesquisa bibliográfica, isto porque deve-se a pesquisa em mãos a consulta de fontes
bibliográficas. A metodologia opcionada para a realização deste trabalho foi o método
descritivo, esta opção justifica o facto do método escolhido permitir uma descrição clara e
flexível em relação as ideias que foram reunidas e analisadas neste trabalho. Enquanto
procedimento, o trabalho realizou-se por meio da observação directa.
5

4. Fluxos De Reaproveitamento E Tratamento Dos Subprodutos Alimentares

Segundo RAMOS, 2009. A valorização de subprodutos na ótica da recuperação de


fitoquímicos bioativos assenta na composição da matéria vegetal eliminada, nomeadamente por
possuir quantidades elevadas de substâncias antioxidantes naturais e/ou outros de interesse biológico
e/ou sensorial, tais como compostos fenólicos, pigmentos, fibras, vitaminas e sais minerais. Em
consequência os subprodutos vegetais podem constituir matrizes promissoras e baratas para a extração
de fitoquímicos de utilização diversificada, quer na própria indústria alimentar quer noutro tipo de
indústrias, como a farmacêutica e a cosmética.

Para RUTTEN (20139. Nos últimos anos tem-se observado uma tendência crescente
para a valorização do material vegetal, uma vez que existe uma legislação ambiental cada vez
mais restritiva. Os materiais descartados neste tipo de indústrias, muitas vezes designados
erroneamente por resíduos e sujeitos a eliminação sem qualquer aproveitamento, apresentam-
se assim como subprodutos, ou seja, produtos que apesar de não serem o objetivo final do
processo produtivo principal podem ser valorizados por diferentes vias

4.1. Desperdício e a Segurança Alimentar

O desperdício de alimentos não é um problema único do consumidor. Está presente


desde o início da cadeia produtiva e persiste durante as etapas de produção até chegar ao
destino final. É uma questão ampla que afeta, diretamente, os índices de desenvolvimento
econômico dos países e causa impacto na sociedade e no meio ambiente (GONDIM et al.,
2005).

Uma maneira de combater o desperdício é o aproveitamento integral de frutas e


hortaliças, por meio da utilização de partes não convencionais, antes desprezadas (cascas,
talos, folhas e outros resíduos) na elaboração de novos produtos. Estudos sobre
aproveitamento de resíduos e subprodutos apresentam resultados relevantes quanto à redução
do desperdício de alimentos nas etapas produtivas e no desenvolvimento de novos produtos,
além de proporcionar uma economia nos gastos com alimentação, diversificar e agregar valor
nutricional às preparações (DAMIANI et al., 2011.

A sustentabilidade é um conceito bastante complexo que se resume no


desenvolvimento económico e social, sem provocar grandes danos ao ambiente e aos recursos
naturais. Atualmente existem inúmeros casos de aproveitamento e consequente valorização de
6

materiais que no passado eram rejeitados pelas indústrias agroalimentares e que devem servir
de exemplo para todos os processos de produção alimentar

5. Impactos da redução de PDA no sistema alimentar

Considerando a elevada proporção de perdas e o desperdício nas cadeias produtivas de


alimentos, sabemos que ocorrem impactos econômicos significativos, que poderiam ser
minimizados com a adoção de iniciativas por parte dos governos, das empresas e famílias.
Muito embora alguns indivíduos ou empresas possam ganhar, em termos financeiros, com as
perdas e o desperdício de alimentos, o seu impacto geral é negativo para a economia global,
para a população e o meio ambiente do nosso Planeta.

O custo e o benefício de reduzir as PDA são fundamentais para a compreensão dos


seus impactos na Segurança Alimentar e Nutricional e na identificação de quem são os
ganhadores e perdedores, diante de intervenções políticas adequadas. Os resultados da análise
custo/benefício, baseados em evidências, são elementos que abrem as portas para o
entendimento dos efeitos globais de uma redução de PDA, conforme o proposto pelos ODS.

5.1. Avaliação de impactos

Os impactos sociais decorrentes da existência de PDA são também evidentes;


com custos mais elevados, os preços dos alimentos tendem a subir afetando diretamente a
renda das famílias. Os impactos sobre o meio ambiente, por sua vez, também são claros, pois
produzir mais desnecessariamente leva a pressões sobre os recursos naturais, a emissão de
gases de efeito estufa, a responsabilidade e ocupação de áreas de florestas e preservação.

Para RUTTEN (20139. Uma análise qualitativa dos impactos gerados pela emergência de
PDA poderia ser apresentada segundo três esferas: econômica, social e ambiental. Ademais,
esses impactos se manifestariam em três níveis de atividade, a saber: no nível da sociedade
mais geral (macro); no nível da cadeia produtiva (meso), e no nível das famílias e dos
indivíduos (micro). Na esfera econômica, em nível macro, é evidente a perda de recursos
decorrente de um esforço econômico não realizado – implicando despesas privadas e
subsídios públicos não utilizados.
7

6. Soluções e encaminhamentos de política

Além disso, registra-se a realização de pesquisas não periódicas sobre destinação de


resíduos nas áreas urbanas, redireccionamento de sobras via Bancos de Alimentos, utilização
de alimentos para a manutenção de estoques reguladores e públicos, entre outras.

Silveira (1988). O primeiro passo para a implantação de uma política, para a redução
de PDA, é o desenvolvimento de um aparato estatístico que possa dar conta de medir, com
certa periodicidade, o volume de PDA que sai efetivamente do sistema em bases anuais. Já se
realiza diversas observações periódicas em setores da economia e mesmo em nível do
consumo domiciliar, fazendo uso do seu aparato governamental de pesquisas.

7. Subprodutos Da Indústria Hortofrutícola

7.1. Enquadramento geral e definição

Segundo a Comissão Brundtland (WCED, 1987) o desenvolvimento para ser


considerado sustentável deve satisfazer as necessidades da geração atual sem comprometer as
necessidades das gerações futuras. A procura por um desenvolvimento sustentável que
garanta a existência de recursos para o desenvolvimento de gerações futuras tem sido assim a
motivação dominante no contexto da produção industrial para a recuperação de materiais
subaproveitados ou até desvalorizados (Bond & Morrison-saunders, 2011).

Atualmente, a valorização dos “resíduos” agroindustriais é uma das principais


estratégias do novo plano de financiamento da Comunidade Europeia, no programa Portugal
2020. Este novo financiamento tem como principais objetivos a promoção e criação de
oportunidades para o desenvolvimento de um setor agroindustrial sustentável e competitivo
(Pintado & Teixeira, 2015).

8. Legislação de valorização de tratamento de subprodutos alimentar

De acordo com o Regulamento 442/1975/CEE (posteriormente revogado pela


Directiva 2006/12/CE que viria a ser revogada também pela Directiva 2008/98/CE), a
designação de “resíduo alimentar” corresponde a resíduos de carga orgânica elevada, os quais
são geralmente obtidos durante a transformação de matérias-primas em produtos alimentares,
resultando em forma líquida ou sólida. Por outro lado, “subprodutos” corresponde a uma
8

designação que permite transmitir que “os resíduos alimentares” constituem substratos para
recaptura de compostos funcionais com viabilidade no desenvolvimento de novos produtos
com valor de mercado (Pintado & Teixeira, 2015).

Segundo (Valente, 2015). Na indústria transformadora de hortofrutícolas, a maioria


dos subprodutos são compostos por cascas, talos, polpas, sementes ou produtos que
apresentam danos físicos ou químicos. Frequentemente, e apesar do seu valor significativo,
estes subprodutos são comummente subaproveitados e o seu potencial valor é frequentemente
perdido em 2010, um estudo realizado por Ayala-Zavala et al. caracterizou diversos volumes
de subprodutos gerados na produção de diferentes hortofrutícolas minimamente processados
tendo-se concluído que em alguns casos a quantidade de subproduto gerada excede a
quantidade de produto final obtida. Estes materiais caracterizam-se por serem muito
perecíveis tendo em conta o elevado teor de matéria orgânica presente em associação ao
elevado teor de água (70 – 90 %) e à elevada contaminação microbiológica.

9. Vias de valorização tradicionais

As vias mais comuns para a valorização dos resíduos ou subprodutos das indústrias
hortofrutícolas são, a alimentação animal e a compostagem. Estas vias de valorização
tradicionais acarretam custos elevados, e, muitas vezes, subestimados pelas próprias
empresas, implicando assim, retorno económico marginal ou negativo.

A utilização deste materiais na alimentação animal, na cumpre para além disso os


requisitos para uma alimentação animal equilibrada em termos nutricionais, como é disso
exemplo, as cascas de batata, provenientes do processamento mínimo, que apresentam teores
de fenólicos e de glicoalcalóides, elevados (Raimundo, 2018; Cavaleiro, 2011). Em termos de
retorno económico, os preços de venda destes subprodutos dificilmente compensam os custos
de transporte. Acresce que os elevados teores de água provocam uma grande suscetibilidade à
degradação microbiana impossibilitando trajetos longos e demorados (Bouallagui et al., 2005;
Raimundo, 2018).

Segundo Tchobanoglous & Kreith (2002), a compostagem é um processo de


biodegradação de matéria orgânica por ação de microrganismos. A velocidade de
decomposição dessa matéria e a qualidade do produto final dependem de fatores como a
composição e o grau de mistura das matérias vegetais, a presença de oxigénio, o teor de
humidade, a temperatura e os nutrientes. Este processo exige na maioria das vezes, a
9

aplicação de pré-tratamentos como a remoção de água e a neutralização do pH, de forma a


garantir melhores a otimização do desenvolvimento microbiano. O produto final deste
processo é um composto homogéneo, que pode ser rico em nutrientes, sendo isento de
patogénicos, e podendo ser aplicado no solo como fertilizante ou corretivo orgânico (Epstein,
2011).

A alternativa de enviar esta matéria vegetal para aterros envolve igualmente custos
elevados de transporte e depósito a que podem acrescer problemas ambientais, nomeadamente
relacionados com as emissões de gases com efeito estufa (produção de gás metano de forma
excessiva e descontrolada) (Raimundo, 2018).

9.1. Subprodutos do café

O cafeeiro (Coffea sp.) é um arbusto da família Rubiaceae e do género Coffea L.,


abrangendo cerca de 500 espécies. No entanto, as espécies Coffea arabica (Arábica) e Coffea
canephora var. robusta (Robusta) são as que apresentam maior produção e,
consequentemente, a exportação.

Silveira (1988). O alto consumo mundial de café tem estimulado o desenvolvimento


de estudos relacionados com as possíveis atividades biológicas exercidas pelos diferentes
constituintes do café. Tradicionalmente dizia-se que o consumo de café, especialmente em
quantidades elevadas causava distúrbios a nível hepático, principalmente doenças do fígado e,
por conseguinte, a recomendação para o seu baixo consumo. Atualmente, e através de estudos
fitoquímicos, mais de 1000 compostos foram descritos nesta matriz, associando a sua
presença com os efeitos positivos que os mesmos exercem no metabolismo humano.

9.2. Casca do grão de café

Os subprodutos formados no decurso da torrefação do café mostram ser uma mais-


valia a nível da composição química, apresentando elevados teores de hidratos de carbono,
proteínas, pectinas e compostos bioativos. A casca de café é considerada antinutricional,
devido à presença de substâncias tóxicas para os ruminantes, como a cafeína (1,2%), taninos
(6,3%) e polifenóis (Soccol et al., 1999).
10

9.3. Subprodutos de uva

A uva é o fruto edível da videira (Vitis sp.), família Vitaceae. É utilizada


frequentemente para produzir sumo, doces vinho e passas, podendo também ser consumida in
natura. Tanto no vinho como no sumo são encontrados em grandes quantidades o resveratrol
que elimina plaquetas causadoras de coágulos que pode entupir as artérias e os flavonoides,
antioxidantes inibidores do envelhecimento das células.

9.4. Engaços

São as matérias-primas mais pobres e de valorização mais simples. Os engaços,


quando separados por máquinas apropriadas, constituem cerca de 3,5 – 4,5% da massa total
da vindima. Até à data, existem poucos dados que forneçam a caracterização química dos
engaços, sabendo-se apenas que contêm 50% de humidade e que na matéria seca predomina a
celulose (40%), a lenhina e, em menor quantidade, matéria tartárica. Pela escassez de
compostos bioativos, o seu reaproveitamento é limitado, sendo corrente o seu uso como
matéria-prima da indústria do papel e de materiais de construção, combustível e estrume.

9.5. Bagaço

O bagaço é constituído pelas películas, caules e outros resíduos. O bagaço resultantes


dos lagares de duas fases são subprodutos sólidos muito fluidos, moderadamente ácidos, ricos
em potássio, pobres em fosforo, cálcio e magnésio e contem um teor intermédio de azoto, a
maior parte deste na forma orgânica. Possuí também cobre, manganês e zinco, mas em níveis
bastante inferiores.

10. Vias De Valorização De Valor Acrescentado

Segundo o Decreto Lei nº73/2011, a valorização dos materiais de origem vegetal


encontra-se divida em três vertentes, as quais são designadas como: valorização material,
valorização orgânica e valorização energética.

A valorização material, consiste numa reciclagem ou recuperação dos materiais, na


qual os materiais podem ser aplicáveis na reincorporação dos processos de fabrico da mesma
empresa ou no envio dos mesmos para outras unidades industriais (Baeta, 2014). Neste modo
de valorização estão incluídos o envio destes materiais para alimentação animal e a
recuperação de compostos bioativos de interesse.
11

Na valorização orgânica ocorre a transformação da fração orgânica presente nos


subprodutos, dando origem a um composto semelhante ao solo ou a biocombustíveis líquidos
ou gasosos (Baeta, 2014). A valorização através de compostagem e a produção de biogás
através da digestão anaeróbia são exemplos desta via.

11. Recuperação de fitoquímicos bioativos

Segundo Djilas et al, (2009). A valorização de matéria vegetal eliminada, na ótica da


extração de fitoquímicos inclui minerais, ácidos orgânicos, fibra, e compostos bioativos tais
como os compostos fenólicos, especialmente os flavonóides, e os carotenóides

Tendo em consideração que os desperdícios gerados nas indústrias de hortofrutícolas


são constituídos maioritariamente por cascas, polpas e sementes, diversos autores sublinham
que o potencial antioxidante é muito interessante tendo em conta a maior concentração destes
nas cascas e sementes de alguns frutos, comparativamente com a parte edível.

12. Valorização energética

Segundo (Crespo, 2013). A digestão anaeróbia constitui uma alternativa mais


sustentável para a valorização dos subprodutos hortofrutícolas em comparação aos processos
tradicionais (compostagem e inceneração), com grande potencial. A digestão anaeróbia
consiste num processo anaeróbio de conversão de matéria orgânica complexa em metano e
dióxido de carbono realizado por microrganismos. A partir deste processo obtém-se um gás
combustível, designado por biogás, e um efluente digerido de utilidade agrícola (Baeta, 2014;
Lastella et al., 2002). Esta alternativa possibilita reduzir os encargos com o destino final,
controlar os odores e o volume de efluentes gerados, reduzir gastos com as taxas de admissão
de resíduos nos sistemas municipais de tratamento, além de se poder utilizar o biogás
produzido para substituir alguns combustíveis na própria unidade industrial

A implementação de biogás como fonte de energia renovável apresenta inúmeras


vantagens tais como, a diminuição da dependência de combustíveis fosseis, uma vez que é um
combustível de alta qualidade. Pode ser produzido a partir de quase todos os tipos de
matérias-primas orgânicas, dando resposta à gestão inadequada de subprodutos
agroindustriais. Reduz as emissões de metano (CH4), um gás com potencial de efeito estufa
25 vezes maior que o dióxido de carbono (CO2). Por fim, para além da produção de biogás
ser utilizado como fonte energética, o efluente gerado pode ser também utilizado como
fertilizante dos solos (Baeta, 2014).
12

13. Conclusão

Esgotado salienta-se que, ss vias mais comuns para a valorização dos resíduos ou
subprodutos das indústrias hortofrutícolas são, a alimentação animal e a compostagem. Estas
vias de valorização tradicionais acarretam custos elevados, e, muitas vezes, subestimados
pelas próprias empresas, implicando assim, retorno económico marginal ou negativo.

A utilização destes materiais na alimentação animal, na cumpre para além disso os


requisitos para uma alimentação animal equilibrada em termos nutricionais, como é disso
exemplo, as cascas de batata, provenientes do processamento mínimo, que apresentam teores
de fenólicos e de glicoalcalóides, elevados. Em termos de retorno económico, os preços de
venda destes subprodutos dificilmente compensam os custos de transporte. Acresce que os
elevados teores de água provocam uma grande suscetibilidade à degradação microbiana
impossibilitando trajetos longos e demorados.
13

14. Referencias Bibliográficas

FREITAS, D G C. Método do Índice de Qualidade (MIQ) para a avaliação sensorial da


qualidade de pescado / Daniela De Grandi Castro Freitas, Gabriela Vieira do Amaral. – Rio
de Janeiro: Embrapa Agroindústria de Alimentos, 2011. 20 p.

. GONÇALVES, A. A. Tecnologia do Pescado: Ciência, Tecnologia, Inovação e Legislação.


São Paulo: Editora Atheneu, 2011.

. ISO-International Organization for Standardization. ISO 5492: 2008 - Sensory analysis.


Vocabulary. 2008.

Raimundo, D. (2018). Estratégias para redução e valorização de co-produtos de uma


indústria hortofrutícola. Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia
Alimentar. Universidade de Liboa - Instituto Superior de Agronomia. Lisboa

Ramos, S. (2016). Desenvolvimento e otimização de extração de antioxidantes de matrizes


alimentares por QuEChERS. Dissertação para obtenção do grau de Meste em Engenharia
Química. Instituto Superior de Engenharia do Porto. Porto. pp.5-14.

Você também pode gostar