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Fase de Beneficiamento
Fase de elaboração
Para refletir:
Nas gôndolas de alimentos processados, compare um suco de laranja natural
feito no estabelecimento comercial, engarrafado e comercializado no local de venda,
com um suco de laranja que foi submetido ao processo Ultra High Temperature (UHT).
O suco natural deve ser mantido sob gelo ou refrigeração e sua validade é de 4 horas,
enquanto o suco processado pode ser comercializado à temperatura ambiente e tem uma
vida útil de prateleira em torno de 6 meses.
As matérias-primas são, de modo geral, os alimentos naturais. Já os alimentos
industrializados ou produtos alimentícios são aqueles obtidos após o tratamento físico
e/ou químico da matéria-prima. Pode-se dizer que são o resultado de uma sequência de
operações ou processos que podem ou não alterar de modo profundo as características e
a composição da matéria-prima.
De acordo com o nível de mudança sofrida pela matéria-prima ao ser
transformado em produto alimentício durante a industrialização, pode-se chamá-los de
produtos sem modificação, com pequena ou ligeira modificação, com grande
modificação e transformados.
Produtos alimentícios com pequena ou ligeira modificação não apresentam
alterações químicas da matéria-prima que lhes deu origem. As modificações são
consideradas pequenas e principalmente de ordem física. Por exemplo: alimentos
concentrados, alimentos secos, alimentos desidratados, alimentos resfriados e
congelados.
Produtos alimentícios com grande modificação são produtos que sofrem
durante a industrialização, alterações nas características das matérias-primas que lhes
deram origem. Além das modificações físicas, ocorrem também modificações químicas
e estruturais nas macromoléculas constituintes do alimento. Por exemplo: alimentos
pasteurizados, alimentos submetidos à esterilização comercial, alimentos salgados e
defumados.
Aspectos a serem considerados:
• Matérias-primas.
• Processos.
• Produto acabado.
A industrialização possibilita:
1. Aumentar a quantidade de alimentos no mercado.
2. Modificar o valor nutricional de um alimento.
3. Aumentar o valor sensorial.
4. Aumentar a vida de prateleira.
5. Diminuição da contaminação microbiana.
6. Inativação de toxinas.
Produtos alimentícios transformados são aqueles que após a industrialização
não apresentam mais nenhuma das características da matéria-prima de origem, ou seja, a
matéria-prima é transformada em um novo produto. Nessa categoria se enquadram os
alimentos fermentados, balas e caramelos, bebidas estimulantes, bebidas fermentadas e
fermento-destiladas, chocolates, condimentos e temperos, gelados comestíveis, gomas
de mascar, produtos derivados do leite, massas alimentícias, óleos e gorduras, produtos
de confeitaria, refrigerantes e refrescos.
Dessa forma, a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA,
2002) classifica a indústria de alimentos em segmentos da seguinte maneira:
1. Alimentos calóricos.
2. Açúcar.
3. Bebidas:
a) Alcoólicas.
b) Refrigerantes.
c) Sucos: sucos concentrados e pós para refrescos.
d) Vinagre.
4. Café.
5. Chá.
6. Carne e embutidos.
7. Cereais.
8. Chocolate, cacau e balas.
9. Condimentos.
10. Desidratados e liofilizados.
11. Dietéticos.
12. Frutas e legumes.
13. Laticínios e derivados.
14. Massas, biscoitos e congêneres.
15. Óleos, gorduras, azeites, margarinas e maioneses.
16. Pescados e derivados.
17. Sopas e caldos.
18. Sorvetes.
19. Supergelados.
20. Afins:
a) Aromatizantes.
b) Embalagens.
c) Matéria-prima para alimentos.
d) Diversos.
De acordo com o faturamento, hoje (2016) a ABIA classifica a indústria de
alimentos nos seguintes segmentos: Indústria de Produtos Alimentares − Principais
Setores: Derivados de Carne; Beneficiamento de Café, Chá e Cereais; Açúcares;
Laticínios; Óleos e Gorduras; Derivados de Trigo; Derivados de Frutas e Vegetais;
Diversos (salgadinhos, sorvetes, temperos e levedura); Chocolate, Cacau e Balas;
Desidratados e Supergelados (pratos prontos congelados, vegetais supergelados); e
Conservas de Pescados.
Na tecnologia de alimentos existem três aspectos que devem ser considerados: o
primeiro é a matéria-prima, que é o ponto de partida para as operações; o segundo são
os processos tecnológicos que possibilitam a elaboração do produto; e o terceiro aspecto
importante é a obtenção do produto acabado.
A produção de alimentos tanto in natura, como industrializados, precisa de um
controle rigoroso e sistemático para que esses produtos possam ser utilizados com
eficiência e desempenhem a função para a qual foram destinados. A industrialização dos
produtos agropecuários pode contribuir na melhoria da dieta e no estado nutricional do
indivíduo. A tecnologia alimentar é o vínculo entre a população e o consumo de
alimentos e ocupa-se de sua adequada manipulação, elaboração, preservação,
armazenamento e comercialização. Existem pessoas que não admitem incluir na dieta
produtos alimentícios industrializados, porque acham que esses alimentos têm seus
nutrientes destruídos durante a elaboração e processamento.
Nos últimos tempos tem-se conseguido reduzir consideravelmente essas perdas
pelo uso de técnicas aperfeiçoadas. Por outro lado, a utilização em grande escala de
alimentos elaborados proporciona uma boa oportunidade para aumentar o valor nutritivo
de certos alimentos com a incorporação de determinados nutrientes deficientes no
produto natural. Além disso, os alimentos industrializados são produzidos em condições
higiênico-sanitárias adequadas e, consequentemente, seguras para consumo, o que nem
sempre acontece no alimento in natura, por não ter controle da sua qualidade
microbiológica. Além disso, os alimentos podem conter substâncias tóxicas
naturalmente presentes nos alimentos e que podem causar alergias. Levando em
consideração o estilo de vida de Tatiana, como a tecnologia pode influenciá-la a
consumir alimentos industrializados? Será que um alimento natural comprado no
varejão não participou de etapas de processamento? Será que Juliana compra alimentos
tão naturais quanto ela imagina?