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A Evolução Humana e os Resíduos Sólidos
Revisão Técnica:
Prof.ª Dr.ª Marjolly Priscilla Bais Shinzato
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Vera Lídia de Sá Cicaroni
A Evolução Humana e os Resíduos Sólidos
• Introdução
• A evolução humana e os resíduos
• Classificação dos Resíduos Sólidos
• Resíduos e os Impactos na Saúde e no Meio Ambiente
• Considerações Finais
Prezado(a) aluno(a)!
Nesta Unidade, abordaremos a relação existente entre a evolução humana e tecnológica e
as mudanças ocorridas nos tipos e quantidade de resíduos sólidos.
Como método de estudo, você deverá realizar as atividades de leitura e, na sequência,
realizar as atividades de fixação do conteúdo (Atividade de Sistematização) e as atividades de
interação (Fórum, Reflexiva ou Aplicação).
Bons estudos e aproveite ao máximo!
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Unidade: A Evolução Humana e os Resíduos Sólidos
Contextualização
O homem sempre gerou resíduos desde a pré-história, mas os resíduos foram sendo
modificados ao longo da história humana. Os resíduos que o ser humano gera nos dias de
hoje se apresentam com características totalmente distintas de acordo com a fonte de geração.
Atualmente, podemos caracterizar os resíduos gerados conforme sua fonte de origem.
Assim temos: resíduos urbanos, resíduos industriais, resíduos de serviços de saúde, resíduos
agrícolas, resíduos de portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários, e resíduos da
construção civil. Além dos resíduos conforme sua fonte de origem, também temos resíduos
específicos, gerados a partir dos desenvolvimentos tecnológicos como resíduos nucleares ou
radioativos, pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, lixo eletrônico, além de pneus.
Todo resíduo gera algum tipo de impacto ao meio ambiente e à saúde humana. Os impactos
ao meio ambiente e à saúde estão relacionados às características de cada resíduo, como por
exemplo, os resíduos urbanos se lançados no solo diretamente, vão contaminar o solo e o
lençol freático, além de aumentar os vetores de doenças infectocontagiosas; resíduos nucleares
podem contaminar pessoas e o meio ambiente com sua radioatividade.
Concluindo o homem evoluiu e a quantidade e os tipos de resíduos também acompanharam
essa evolução. Cabe a sociedade atual buscar métodos e tecnologias mais apropriadas para
mitigar os impactos negativos da geração desses resíduos.
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Introdução
Nesta unidade, vamos fazer uma viagem ao longo da história. Vamos voltar no tempo até
a época em que o homem habitava as cavernas e caminharemos, ao longo da sua jornada,
até os dias de hoje. Mas, nessa viagem, focaremos a forma como o homem sempre deixou
resíduos de suas atividades ao longo do tempo. Faremos um paralelo entre o nível tecnológico
da humanidade e o tipo de resíduos gerado e lançado no meio ambiente. Desde quando
surgiu a preocupação com os resíduos gerados? Será que o homem tem um destino correto
e confiável para todos os tipos de resíduos? Veremos como foram evoluindo as técnicas para
o gerenciamento dos resíduos. Será que o problema dos resíduos é somente uma questão de
espaço para lançá-los e esquecê-los ou será que estamos gerando resíduos persistentes que, no
futuro, vão retornar e cair em nossos braços como um grande “abacaxi” para ser descascado?
Ao longo desta unidade, vamos aprofundar nossos estudos sobre essa relação entre o homem
e seus resíduos, conhecendo os tipos de resíduos e quais seus impactos na nossa vida e no
meio ambiente. Importante salientar que consideraremos o lixo como resíduos das atividades
humanas, desconsiderando a questão dos dejetos humanos oriundos das atividades fisiológicas,
como fezes e urina. Vamos nos atentar aos resíduos oriundos das atividades e equipamentos
utilizados e desenvolvidos pelo homem.
Desde que o ser humano surgiu no planeta, ele gerou resíduos. Na verdade, todos os
seres vivos geram resíduos. As plantas geram folhas, frutos; os animais geram excrementos;
os animais carnívoros deixam os restos das caças. Esses são só alguns exemplos de resíduos
gerados pelos seres vivos no planeta Terra. Mas todos esses resíduos são processados por
outras cadeias alimentares. Por exemplo, os restos mortais de uma caça, são, inicialmente,
absorvidos por outras espécies animais, como algumas aves e outros animais, e o que ainda
resta é consumido pelos microrganismos. Isso acontece com todo tipo de resíduo orgânico.
Toda massa orgânica é digerida por microrganismos que rompem as cadeias compostas pelo
carbono presente nas células. Isso acontece com as folhas, os galhos e os frutos que caem da
árvore e com os animais. Este processo é denominado decomposição de matéria orgânica,
também conhecido como apodrecimento ou putrefação. Quando uma matéria orgânica é
decomposta num ambiente natural, os elementos químicos remanescentes agregam-se ao
substrato local. Por exemplo, quando um fruto apodrece no solo, os elementos químicos
resultantes do processo de decomposição agregam-se ao solo, alterando a composição deste
solo. Este processo de decomposição é responsável pelo retorno de nutrientes ao solo, uma
ciclagem dos elementos químicos neste meio. Mas quando a quantidade de matéria orgânica
é muito grande, como no caso de depósitos de resíduos, a quantidade de elementos químicos
gerados na decomposição excede a capacidade natural do solo em absorver e fazer a ciclagem
dos mesmos. Assim, esse desequilíbrio quantitativo trouxe uma nova preocupação sobre os
resíduos gerados e sobre sua forma de disposição. Quando foi constatado que lixões, onde os
resíduos são depositados diretamente sobre o solo, são atividades potencialmente poluidoras
do meio ambiente.
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Unidade: A Evolução Humana e os Resíduos Sólidos
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O Lixo na Idade Média e na Idade Moderna
Na Antiguidade, os principais resíduos eram os dejetos humanos, fezes e urina, que eram
lançados pela janela. Tal prática, na Grécia antiga, foi proibida, mas temos relatos dessa práti-
ca, inclusive no Brasil Colônia, na cidade do Rio de Janeiro. Mas vamos voltar nossa atenção
para os resíduos sólidos em si. Na Antiguidade, os principais resíduos eram os restos alimen-
tares, que eram incorporados à alimentação dos animais.
O principal costume para se livrar dos resíduos, na Idade Média, era lançá-los à rua em frente
às casas. Esses resíduos eram compostos, principalmente, por resíduos orgânicos e fezes.
A maioria das pessoas também criava animais para consumo: porcos, patos, entre outros. Por
um lado, isso podia ser positivo, pois esses animais eram alimentados com os restos orgânicos
(alimentos), mas, por outro lado, eles também defecavam e urinavam, o que aumentava o
descontrole com a limpeza das vias públicas. Podemos ver que esse comportamento de se
livrar do lixo vem desde a Antiguidade, quando o ser humano tomou a atitude simplista de
lançar os resíduos para longe de sua área de vivência. Esse é um comportamento que pode ser
visto, inclusive, nos dias de hoje, pois o homem ainda carrega esse hábito de lançar os resíduos
na ruas e para longe de suas casas, porém sem compreender que está dando continuidade a
um processo de contaminação do meio ambiente.
Na Idade Média, o principal impacto desse ato de lançar os resíduos nas ruas era a proliferação
de mau cheiro, de vetores e de doenças, pois os resíduos eram, na sua totalidade, compostos
orgânicos, em uma quantidade que não implicava na contaminação dos solos.
Segundo Eigenheer, na maior parte das cidades romanas, era proibido lançar excretas
humanas nas ruas para evitar o mau fundionamento dos canais de drenagem pluvial.
Os serviços de limpeza urbana e coleta de resíduos foram sendo implantados pela Europa
ao longo do período das Idades Média e Moderna. Algumas cidades, na tentativa de reduzir os
resíduos lançados nas ruas, passaram a distribuir para cada morador um tonel onde os resíduos
deveriam ser lançados. Algumas cidades, inclusive, cobravam uma taxa para retirar esse tonel.
Porém a questão de recolher esse resíduo e que destino dar a ele ainda não estava totalmente
definida. Eram usados, principalmente, os prisioneiros para a prática da limpeza urbana.
No Brasil, há relatos, principalmente da cidade do Rio de Janeiro, que abrigou a família real
de 1808 até 1821, sobre a limpeza urbana. Ainda nessa época, o lixo era jogado nas ruas sem
nenhum critério. As casas, por dentro, eram imundas. Toda a cidade era tomada por ratos
que habitavam a maioria das casas. Os urubus se encarregavam da limpeza urbana conforme
o historiador Oliveira Lima.
Cidades como Salvador e São Paulo, no Brasil colonial, também sofriam com a questão do
lixo. No século XVIII, o lixo ainda era, em sua maioria, composto por materiais orgânicos, que
logo começavam a sofrer o processo de decomposição e atrair insetos e ratos. Na verdade,
a maior parte dos governantes das cidades não dispunham de conhecimento técnico para
a destinação correta dos resíduos. Nas cidades brasileiras, os moradores, assim como na
Europa, lançavam esses resíduos nas vias públicas na intenção de se livrarem de algo que trazia
mau cheiro, insetos e doenças.
As cidades brasileiras da época colonial, como Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro,
utilizavam escravos e, por vezes, presos para executar a limpeza das vias públicas.
Na realidade, a necessidade de limpeza das ruas apoiava-se mais em valores morais e intenções
punitivas do que em um ideário sanitário. Quem realizava esse trabalho de recolhimento das
sujeiras eram os considerados excluídos da sociedade: negros e mulatas forras e os fora da
ordem ‘presos’; estes também vinculados à imagem de dejeto (MIZIARA, 2006).
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Unidade: A Evolução Humana e os Resíduos Sólidos
Talvez tenhamos, ainda nos dias de hoje, esse sentimento de que o lixo é algo imundo e
somente pessoas marginalizadas podem manuseá-lo. Será que não está na hora de todos nós,
como sociedade, quebrarmos esse paradigma?
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Na tabela a seguir, podemos acompanhar a composição, em porcentagem, dos resíduos
sólidos urbanos na cidade de São Paulo.
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Unidade: A Evolução Humana e os Resíduos Sólidos
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Resíduos Sólidos Industriais
São considerados resíduos industriais todos aqueles resultantes dos processos industriais.
Existe uma enorme gama de resíduos industriais devido aos vários segmentos industriais
existentes, como metalúrgicas, indústrias químicas e petroquímicas, alimentícias, farmacêuticas,
siderúrgicas, de extração de minérios, entre outros. Para cada tipo de indústria, são gerados
resíduos em todas as etapas dos processos. Esses resíduos industriais são classificados, segundo
a Norma Brasileira Regulamentar – NBR 10.004, como perigosos (classe 1), não perigosos
inertes (classe 2A) e não perigosos não inertes (classe 2B). Dentro dessas três categorias,
temos os resíduos perigosos, que, conforme a NBR 10.004, são assim considerados por
apresentarem uma destas cinco características: inflamabilidade, corrosividade, reatividade,
toxicidade ou patogenicidade. Alguns resíduos, inclusive, podem apresentar mais de uma
dessas características.
Os resíduos industriais não são coletados pelo serviço de coleta do município como
acontece com os resíduos urbanos. Os geradores desses resíduos, no caso as indústrias,
são responsáveis pela correta destinação desses resíduos, ou seja, a indústria deve separar
os resíduos gerados nos seus processos de forma adequada e garantir que sigam para uma
destinação ambientalmente segura.
Resíduos Hospitalares
Os resíduos hospitalares, também denominados de resíduos de serviços de saúde, têm
como característica principal a patogenicidade. São considerados resíduos contaminantes e
enquadram-se como resíduos perigosos, pois, caso sejam manuseados de forma incorreta,
podem transmitir doenças.
Os resíduos de serviços de saúde – RSS devem ser descartados seguindo normas técnicas
da Agência Nacional da Vigilância Sanitária – (RDC ANVISA 306) e do Conselho Nacional
de Meio Ambiente - CONAMA (Resolução CONAMA 358), que determina que esses resíduos
sejam segregados ainda nas dependências dos hospitais, clínicas e demais locais de saúde,
atendendo às suas características, que podem ser: Classe A infectantes, Classe B químicos,
Classe C radioativos, Classe D comuns, Classe E perfurocortantes.
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Unidade: A Evolução Humana e os Resíduos Sólidos
Os RSS não são coletados em conjunto com os resíduos urbanos, pois não podem ser
dispostos em aterros ou lixões, os quais ainda são o destino dos resíduos urbanos de muitos
municípios brasileiros. Os resíduos das classes A, B e E devem ser incinerados, da classe C
devem ser manejados conforme as orientações da CNEN (Comissão Nacional de Energia
Nuclear) e da classe D devem ser segregados para disposição final dos rejeitos em aterros
sanitários e dos recicláveis vendidos ou doados para recicladoras.
É muito importante que os RSS sejam segregados na fonte para minimizar os custos de
coleta e disposição final da fração considerada perigosa. Caso todas as classes de RSS sejam
misturadas, todos os resíduos do estabelecimento serão considerados perigosos, incluindo
embalagens limpas, papéis, copos descartáveis, resíduos domésticos. Portanto, esta separação
além de diminuir os riscos de contaminação dos trabalhadores da saúde, da limpeza e do meio
ambiente, é determinante para diminuir os gastos com o pagamento de coleta e de disposição
final de resíduos perigosos.
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Logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social
caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados
a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial,
para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou
outra destinação final ambientalmente adequada. Os resíduos fadados a
obrigatoriedade de logística reversa: agrotóxicos; pilhas e baterias; pneus;
óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; lâmpadas fluorescentes, de
vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; produtos eletroeletrônicos e seus
componentes. Definição da própria Lei 12305
Pilhas e Baterias
Outra grande invenção do homem foram as pilhas e as baterias, porém, novamente, temos
problemas com seu descarte devido à composição dessas à base de metais como chumbo
e cádmio. Quando uma pilha é lançada no solo, com as chuvas, o material que a compõe,
no caso metais pesados, é levado para camadas mais profundas do solo, atingindo o lençol
freático e contaminando-o, mas a nova Política Nacional dos Resíduos Sólidos (Lei Federal
12305) prevê que todas as pilhas e baterias descartadas sejam encaminhadas para logística
reversa, onde os fabricantes são responsáveis pela coleta, pela reciclagem e pela disposição
final ambientalmente adequada. Trata-se de um suporte que as fabricantes são obrigadas a dar
a população e ao comércio que desejarem descartar pilhas e baterias.
Lâmpadas Fluorescentes
Em 1880 começou a ser comercializada a lâmpada incandescente – sim, aquela lâmpada
com um filamento dentro de um bulbo de vidro com vácuo - graças a Thomas Edison, que a
aperfeiçoou a partir de várias outras que vinham sendo elaboradas há quase um século. Essa
lâmpada, foi usada por toda a população da Terra por mais de 100 anos, mas, como tudo
pode ser aperfeiçoado, as lâmpadas foram sendo aperfeiçoadas, buscando, principalmente,
um consumo menor de energia.
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Unidade: A Evolução Humana e os Resíduos Sólidos
Nessa busca por um melhor desempenho energético, passaram a ser desenvolvidas lâmpadas
com componentes como sódio e mercúrio.
Atualmente, no Brasil, a lâmpada incandescente desenvolvida por Thomas Edison não é
mais fabricada por ordem legal, e foi substituída pela lâmpada fluorescente, que contém gás
de mercúrio, um componente tóxico. Quando essas lâmpadas são lançadas ao solo e, assim,
quebradas, esse gás de mercúrio é inalado pelas pessoas que possam estar à volta. Além disso,
as partículas desse mercúrio depositam-se no solo, contaminando este e, posteriormente,
o lençol freático, mas a nova Política Nacional dos Resíduos Sólidos (Lei Federal 12305)
prevê que as lâmpadas descartadas sejam encaminhadas para reciclagem ou para o sistema
de logística reversa, onde os fabricantes são responsáveis pela coleta, pela reciclagem e pela
disposição final ambientalmente adequada. Trata-se de um suporte que as fabricantes são
obrigadas a dar a população ou a construtoras que desejarem descartar lâmpadas.
Lixo Tecnológico
Podemos entender como lixo tecnológico todos os equipamentos eletroeletrônicos que
perderam sua utilidade. Atualmente, temos uma infinidade de equipamentos eletrônicos e o
acesso a eles é possível a quase todas as classes sociais. Quanto mais avanços tecnológicos
surgem, mais aparelhos em desuso são descartados. Hoje, temos no Brasil uma proporção
de, praticamente, dois celulares para cada habitante. Esses equipamentos, em média, tornam-
se obsoletos em dois ou três anos. O maior problema de equipamentos como celulares e
computadores portáteis, “notebooks”, são as pilhas que contêm chumbo e cádmio. Mas as
placas eletrônicas desses equipamentos também levam, em sua composição, metais pesados.
Todo esse lixo tecnológico também acaba sendo lançado em aterros e lixões, provocando a
contaminação ambiental, mas a nova Política Nacional dos Resíduos Sólidos (Lei Federal 12305)
prevê que todo resíduo tecnológico seja passível de logística reversa, onde os fabricantes são
responsáveis pela coleta, pela reciclagem e pela disposição final ambientalmente adequada.
Trata-se de um suporte que as fabricantes são obrigadas a dar a população que desejar descartar
algum produto eletroeletrônico.
Pneus
O pneu tem a borracha como principal componente, material não necessariamente tóxico,
mas que apresenta tempo indeterminado para sua decomposição, e isso resulta num problema
de espaço. Quando queimados liberam grandes quantidades de gases tóxicos compostos de
enxofre, causando poluição do ar e danos a saúde da população. Além disso, pneus largados
no solo, com as chuvas, são excelentes criadouros de mosquitos vetores de doenças, como a
dengue, por exemplo. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal 12305) prevê que
os pneus devem participar do sistema de logística reversa, onde os fabricantes são responsáveis
pela coleta, pela reciclagem e pela disposição final ambientalmente adequada. Trata-se de um
suporte que as fabricantes são obrigadas a dar a população ou ao comércio que desejarem
descartar pneus inservíveis.
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Resíduos e os Impactos na Saúde e no Meio Ambiente
Não existe geração de resíduo sem impacto ambiental. Mesmo que o resíduo ou lixo não
apresente nenhum componente que possa causar contaminação, de qualquer modo, ele vai
ocupar um espaço para sua destinação/decomposição.
Na tabela a seguir, podemos ver tipos de resíduos e os principais impactos que provocam
no meio ambiente e na saúde humana.
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Unidade: A Evolução Humana e os Resíduos Sólidos
Considerações finais
Vimos, nesta unidade, que os resíduos sólidos sempre ocuparam um lugar muito próximo
ao homem, visto que é o resultado da maior parte das atividades humanas. Os resíduos, ao
longo da história da humanidade na Terra, foram sofrendo mudanças em decorrência dos
avanços tecnológicos e de mudanças nos hábitos dos seres humanos. Com a descoberta do
plástico, essa mudança foi mais enfática, pois surgia um material cuja decomposição é mais
complexa em relação aos resíduos iniciais orgânicos. Atualmente, o plástico é amplamente
usado pela população, sendo que seu principal destino, na maior parte das cidades brasileiras,
são os aterros ou, ainda, os lixões.
Os resíduos têm diferentes origens: urbanos, aqueles oriundos das residências e comércio;
industriais, resultantes dos processos industriais; agrícolas, produzidos pelas atividades
agropecuárias; hospitalares, também conhecidos como resíduos de serviços de saúde, o quais
são produzidos em hospitais, clínicas, postos de saúde, entre outros; e, por último, resíduos
de portos, aeroportos e terminais rodoviários e ferroviários, que apresentam o risco à saúde
devido à sua característica de patogenicidade.
Com a evolução tecnológica, o homem foi se deparando com a geração de novos resíduos,
como: lixo radioativo, pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, lixo tecnológico e pneus.
A geração desses resíduos obrigou o homem a buscar soluções para o seu manuseio e descarte.
Importante lembrar que essas soluções, muitas vezes, foram sendo necessárias após o homem
se deparar com consequências, por vezes desastrosas, para o meio ambiente e a saúde do
homem devido à destinação incorreta dada a esses resíduos.
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Material Complementar
Não deixe de consultar as seguintes indicações para saber mais sobre os assuntos abordados
nesta unidade:
Vídeos:
Aula 5: Resíduos sólidos urbanos e áreas contaminadas Entrevista com
Alfésio Luís Ferreira Braga
http://eaulas.usp.br/portal/video.action?idItem=3516
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Unidade: A Evolução Humana e os Resíduos Sólidos
Referências
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