Eduardo, Kauã e Luciano A arara-azul-grande (nome científico: Anodorhynchus hyacinthinus), também conhecida popularmente como arara-preta, araraúna, arara- hiacinta, arara-jacinto, araruna ou somente arara-azul, é a maior espécie de arara (tribo dos arinos, Arini) da família dos psitacídeos se comparado às outras três espécies de araras-azuis tipicamente sul- americanas — a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari), a arara-azul- pequena (Anodorhynchus glaucus) e a ararinha-azul (Cyanopsitta spixiii). É nativa do centro e leste da América do Sul, onde ocorre na Bolívia, no Paraguai e no Brasil nas biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal. Distribuição da arara-azul-grande na América do Sul. Embora presente na Bolívia e Paraguai, é predominante no Brasil nos biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal. Com comprimento (do topo da cabeça até a ponta da longa cauda pontiaguda) de cerca de um metro, é mais comprida que qualquer outra espécie de arara, e pode pesar até dois quilos. Embora geralmente seja facilmente reconhecida, pode ser confundida com a arara-azul-de-lear. Apresenta plumagem azul cobalto com pele nua amarela em torno dos olhos e fita da mesma cor na base da mandíbula. Seu bico parece maior que o próprio crânio. Devido à essas características, são alvo do tráfico, onde são exportadas para diversos países e acabam integradas a zoológicos, parques de diversão ou até mesmo coleções particulares de aves. Sua alimentação, enquanto viver livremente, consiste basicamente dos frutos das palmeiras disponíveis no local, sendo principalmente da castanha do urucuri (Attalea phalerata) e do coco-de-espinho (Acrocomia aculeata). Costumam viver em bando, sendo consideradas aves sociais. São consideradas animais monogâmicos, devido a viverem com um mesmo parceiro durante toda a sua vida, sendo fiéis aos locais de alimentação e reprodução — utilizam este último várias vezes. O casal divide todas as tarefas em relação aos cuidados com os ninhos e os filhotes, só se separando após a morte de um dos indivíduos, onde não costumam se juntar a um novo parceiro e continuar a se reproduzir. Já foi considerada espécie ameaçada, tal como a arara-azul-de-lear e a arara-azul-pequena, mas em 2014 foi retirada da lista brasileira de animais em extinção. No entanto, de acordo com a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN), é considerada uma espécie vulnerável. A perda de habitat e a captura de aves selvagens para o comércio de animais de estimação têm causado grande impacto em sua população na natureza. Foi listada no anexo I da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção (CITES).