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3 ANIMAIS EM EXTINÇÃO

O Brasil é considerado um dos países mais ricos em biodiversidade. Contudo, existem animais
presentes nas regiões brasileiras que podem ser extintos em poucas décadas. Conheça alguns dos
animais em extinção no Brasil:

ARARAJUBA

Também conhecida como Guaruba, essa ave verde e amarela, existe somente na Amazônia e vem
sofrendo com o tráfico e o desmatamento do bioma. (Espécie vulnerável).

A Ararajuba é um Psittaciforme da família Psittacidae.

Seu nome científico significa: do (tupi) guarajúba = pássaro amarelado; guará = vermelho e jubá =
amarelo; e guarouba = sinônimo de guarajuba e de guaruba. ⇒ Pássaro amarelo.

Conhecida também como Guaruba, Guarajuba e Tanajuba. Guaruba e Ararajuba derivam do tupi:
guará = pássaro, yuba = amarelo; ou Arara = aumentativo de Ará (papagaio)/papagaio grande, yuba =
amarelo. No final do século XVI foi mencionada por Fernão Cardin, na Bahia, como uma ave muito
valiosa comercialmente, equivalente ao preço de dois escravos.

Encontrada exclusivamente no Brasil, do oeste do Maranhão a sudeste do Amazonas, e sempre ao sul


do Rio Amazonas e leste do Rio Madeira. Há registros pontuais na década de 1990 no nordeste de
Rondônia e extremo norte do Mato Grosso (sem mais registros recentes). Ocorre na interface das
terras baixas da calha do Rio Amazonas e a borda do Planalto Central (Escudo Brasileiro).

Habita a copa de florestas úmidas altas. É bastante social, inclusive no período reprodutivo, vivendo
em bandos de 4 a 10 indivíduos. É justamente nas áreas de ocorrência da espécie, que se verificam os
mais altos índices de desmatamento na Amazônia para formação de pastagens. Dessa forma, a perda
de seu habitat é uma das principais ameaças que colocam em risco a sobrevivência dessas aves. O
tráfico de aves silvestres é outro fator que contribui significativamente para redução desses
indivíduos na natureza.

Extinção: Está entre os animais ameaçados de extinção, pois as áreas que a espécie mais ocorre
também é a área de maior desmatamento da Amazônia para formação de pastagens. O tráfico de aves
silvestres é outro fator que contribui para a redução desses indivíduos na natureza. As aves da foto
foram fotografadas no Parque Quinzinho de Barros pelo fotógrafo Emidio Marques. Você já viu
essas aves de pertinho? É uma grande oportunidade de conhecer, visitando o zoológico de Sorocaba.

ARIRANHA

Encontrada no Pantanal e na Amazônia, a ariranha, também conhecida como lobo do rio ou lontra
gigante, vem sofrendo com a pesca predatória, caça ilegal e a poluição dos rios, principalmente,
contaminação por mercúrio. (Espécie vulnerável)

A ariranha (Pteronura brasiliensis), também conhecida como onça-d'água, lontra-gigante e lobo-do-


rio, é um mamífero mustelídeo, característico do Pantanal e da bacia do Rio Amazonas, na América
do Sul.

"Ariranha" provém udo termo tupi-guarani ari'raña que significa "onça d'água". No espanhol são
usados ocasionalmente "lobo do rio" (lobo de río) e cachorro d'água (perro de agua), e podem ter sido
mais comuns nos relatos de exploradores espanhóis nos séculos XIX e início do XX.[3] Todos os três
nomes são usados com variações regionais, junto com lontra-gigante (em português) e nutria-gigante
(em espanhol). No povo Achuar são conhecidas como wankanim[4] , e entre os Sanumá como
hadami. O nome do gênero "Pteronura" deriva do grego antigo pteron/πτερον (pena ou asa) e
ura/ουρά (cauda), em referência a sua distinta cauda parecida com uma asa.

Originalmente, a espécie ocorria em quase todos os rios tropicais e subtropicais da América do Sul.
Atualmente, encontra-se extinta em 80% de sua distribuição original. Populações remanescentes
ocorrem em áreas isoladas, principalmente no Brasil, no Peru e nas Guianas. No Brasil, os principais
santuários conhecidos da ariranha são os rios Negro e Aquidauana, no Pantanal e o médio Rio
Araguaia, em especial o Parque Estadual do Cantão, com seus 843 lagos. A ariranha é o maior
mustelídeo conhecido. Sua distribuição original cobre a bacia Amazônica, do São Francisco e a Alta
Bacia do Paraguai e do Paraná. No Pantanal, vivem ao longo de rios, corixos e lagoas, preferindo os
corpos d'água de margens expostas, onde escavam suas tocas. Vivem em grupos familiares de 5 a 9
indivíduos, são raramente solitárias e são especializadas em pescar e comer peixes grandes, mas
provavelmente também podem comer crustáceos, moluscos ou outros vertebrados como cobras e
filhotes de jacarés. Os indivíduos são facilmente identificados devido à suas manchas brancas na
pelagem preta do pescoço.

Extinção: Por causa de sua pele macia e sedosa, foram intensivamente caçadas em décadas passadas
e como resultado desta caça associada à destruição de seu hábitat, a ariranha encontra-se ameaçada de
extinção. No Pantanal, ainda há locais onde se pode avistar grupos de ariranhas com relativa
facilidade, como na região do Rio Negro, onde foi feita a imagem ao lado. A espécie é citada como
vulnerável na Lista Nacional das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção do IBAMA,
atualizada em 2003.

CERVO-DO-PANTANAL

Considerado o maior cervídeo da América da Sul, esse animal além


de ser encontrado no Pantanal, sua espécie vive também nos biomas
da Amazônia e do Cerrado. O desmatamento e a caça ilegal são
ameaças, além da construção de hidrelétricas na bacia do Rio
Paraná que tem contribuído para a grande redução da espécie.
(Espécie vulnerável)

Cervo-do-pantanal (nome científico: Blastocerus dichotomus),


também chamado suaçuetê, suaçupu, suaçuapara, guaçupuçu ou
simplesmente cervo, é um mamífero ruminante da família dos
cervídeos e único representante do gênero Blastocerus. Ocorria em
grande parte das várzeas e margens de rios do centro da América do Sul, desde o sul do rio
Amazonas até o norte da Argentina, mas atualmente, a espécie só é comum no Pantanal, na bacia do
rio Guaporé, na ilha do Bananal e em Esteros del Iberá. É o maior cervídeo sul-americano, podendo
pesar até 125 kg e ter até 127 cm de altura. Os machos são um pouco maiores que as fêmeas e
possuem chifres ramificados. Os cascos são longos e podem se abrir até cerca de 10 cm, graças à
presença de uma membrana interdigital, o que é uma adaptação ao deslocamento em ambientes
inundados. Apesar de ser um ruminante, seu sistema digestório é menos especializado na digestão de
celulose. É preferencialmente solitário e diurno, e seus predadores são a onça-pintada (Panthera onca)
e a onça-parda (Puma concolor). Sua dieta constitui-se principalmente de plantas aquáticas. A
gestação dura entre 251 e 271 dias, e as fêmeas dão à luz um filhote por vez.

Inicialmente, o cervo-do-pantanal ocorria desde o sul do rio Amazonas até o norte da Argentina.
Ocorria no sudeste semi-árido da Caatinga, no sul do Piauí, oeste da Bahia, e na bacia do rio São
Francisco; a oeste das regiões montanhosas na Mata Atlântica do sudeste do Brasil (oeste dos estados
de São Paulo e Paraná), no extremo sul do Rio Grande do Sul e extremo norte e oeste do Uruguai.

Já habitou extensas áreas do Brasil Central, Bolívia, Paraguai, Peru e Argentina, mas atualmente, as
populações são relictuais e muito reduzidas. No Brasil é abundante no Pantanal, na Ilha do Bananal,
no rio Araguaia e no rio Guaporé e em várzeas remanescentes do rio Paraná (entre os estados do
Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná). Populações isoladas ocorrem em Goiás, Minas Gerais, São
Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia. A espécie é considerada extinta no Uruguai. Na
Argentina, ainda ocorre na foz do rio Paraná, na província de Entre Rios, em Esteros del Iberá, e em
algumas várzeas do nordeste deste país. Na Bolívia, é encontrado em savanas e várzeas da região
nordeste, desde Otuquis e San Matías até os Llanos de Moxos, ocorrendo nas bacias dos rios
Mamoré, Beni e Guaporé. No Paraguai, ocorre nas bacias dos rios Paraná e Paraguai.
Extinção: Pesquisadores, biólogos e especialistas do meio ambiente e proteção levantam dados em
constante registro sobre a extinção elevada que marca os cervos do pantanal. Segundo dados e
pesquisas obtidas esses animais sofrem atualmente uma imensa devastação devido principalmente a
causas de caça ilegal, já que se visa sua pele e sua galhada. Mas também há outros fatores
importantes como: a destruição de seu habitat natural para construção de usinas e indústrias locais e
infelizmente as doenças introduzidas por animais domésticos, como a brucelose e a febre aftosa.

Assim para tentar diminuir sua extinção, especialmente no Brasil, são criadas propostas de
construções de parques e reservas com objetivo de proteção e conservação da espécie, que já se torna
rara no pantanal brasileiro. Logicamente necessário também a fiscalização da caça, que contribuiria
para menores números de morte.

http://www.todamateria.com.br/animais-em-extincao-no-brasil/

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