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Os símbolos amazônicos

O Boto (Inia geoffrensis)

Muitos que visitam a Uakari Lodge se surpreendem com a quantidade de botos que podem
ser avistados na Reserva Mamirauá. As suas lufadas de ar durante a respiração anunciam
sua passagem.

São conhecidos por serem criaturas amigáveis e altamente inteligentes.

A relação destes animais com os seres humanos é das mais próximas, ocasionando em
lendas, ditos e folclore. A versão mais popular, é a do boto festeiro, galanteador dos bailes.
Um homem bonito, magro, de roupas brancas e que usa um chapéu para cobrir o orifício
presente em sua cabeça (resquício de sua versão cetácea). Ao cair da noite, sai do rio para
seduzir mulheres ribeirinhas.

No entanto, a interferência humana no habitat dos cetáceos pode prejudicar o modo de vida
da espécie e torná-los agressivos entre si, na disputa pela comida oferecida pelos

visitantes.

As Onças (Panthera onca)

É o terceiro maior felino do mundo, após o tigre e o leão, e o maior do continente


americano. A onça-pintada faz parte da mitologia de diversas culturas indígenas
americanas, incluindo as dos maias, astecas e guaranis. Carregam a simbologia nacional,
representando a força do nosso meio ambiente.

Através do Jaguar Expedition, você pode avistar tanto onça-pintada quanto onça-preta.

Habitam a copa das árvores por alguns meses do ano, já que toda a área da unidade de
conservação fica alagada durante uma época do ano - característica da floresta de várzea
que compõe Mamirauá.
A Vitória Régia ou Jaçanã (Victoria amazonica).

É uma planta aquática típica da região amazonense.

O formato da sua folha lembra um forno de se fazer farinha de mandioca, o que justifica
seus nomes como "forno" e "forno-de-jaçanã". Os ingleses a chamaram de Vitória em
homenagem à Rainha Vitória, quando o explorador alemão a serviço da Coroa Britânica,
Robert Hermann Schomburgk, levou suas sementes para os jardins de um palácio inglês.

É utilizada como folha sagrada nos rituais da cultura afro-brasileira, onde é denominada
"oxibatá". O suco extraído de suas raízes é utilizado pelos índios como tintura negra para os
cabelos.

O rizoma, as sementes, e os pecíolos (talos das folhas) são comestíveis, sendo


considerada uma PANC (Plantas Alimentícias Não Convencionais). A flor pode atingir 30cm
de diâmetro, sendo a maior flor da América. Expele uma fragrância adocicada que pode ser
sentida à noite, quando abre.

A Cobra Grande

Reza a lenda que, na região de Mamirauá, existe uma cobra muito grande que, nada mais,
nada menos, mora debaixo da Uakari Lodge!

Muitos já puderam ter a sorte de ver a cobra com cerca de 2m de circunferência se


movimentando.
Amazônia é reconhecida mundialmente pela sua exuberante biodiversidade, onde
encontram-se cerca de 45 mil espécies de plantas e animais vertebrados.

A região amazônica é responsável por cerca de 20% de toda a diversidade faunística do


planeta, incluindo muitas espécies de animais ameaçadas de extinção, além das que
ocorrem exclusivamente neste bioma.

Alguns grupos de animais são mais diversos na Amazônia do que em qualquer outro local
do mundo. A enorme variedade de espécies impressiona e encanta os apaixonados pela
natureza

Animais Vertebrados da Amazônia


Conheça os exemplos de animais mais conhecidos da Amazônia:

Anfíbios
A Amazônia, por ser uma floresta tropical, apresenta como uma de suas principais
características o clima, onde ocorre uma elevada precipitação que favorece a ocorrência de
anfíbios, pois uma das fases do seu ciclo de vida ocorre na água.

Os sapos, rãs e pererecas são os anfíbios mais abundantes da Amazônia, onde vivem mais
de 427 espécies.

Para se ter uma ideia, 32 novas espécies de anfíbios foram descritas na Amazônia entre
2014 e 2015. E as descobertas não param, por exemplo, mais uma rã foi descoberta já no
início de 2019 e batizada de Allobates tinae.

Conheça a seguir alguns dos anfíbios mais conhecidos da Amazônia:

Sapo-cururu (Bufo marinus)

sapo-cururu também conhecido como sapo-boi, sapo-jururu e sapo-gigante, é um dos


maiores sapos que vive na Amazônia.

Esta espécie possui uma glândula de veneno que fica localizada atrás dos olhos, por isso
são considerados altamente tóxicos.

Sapo-de-chifre-da-Amazônia (Ceratophrys comuta)


sapo-de-chifre-da-Amazônia é uma espécie com tamanho avantajado, podendo chegar a 20
cm.

Ele possui uma boca considerada grande, o que permite engolir animais do mesmo
tamanho que o seu. Além disso, ele tem protuberâncias em cima dos olhos que lembram
um chifre, por isso o nome popular.

Sapo cururu-pé-de-pato (Pipa pipa)

sapo-cururu-pé-de-pato também é conhecido como sapo-aru, pipa e sapo-pipa. Esta á uma


das espécies mais conhecidas da Amazônia.

Sua característica mais marcante é o formato achatado de seu corpo, além da cabeça
pontuda, mãos com quatro dedos e pés com cinco dedos. Ele vive na água e sua
alimentação é baseada em animais aquáticos.

Rã-kambô (Phyllomedusa bicolor)

rã-kambô (Phyllomedusa bicolor) é uma espécie de anfíbio que possui hábitos noturnos e é
conhecida como perereca arborícola voadora, ou seja, seu deslocamento se dá pelo ar.

Pesquisadores vem estudando esta espécie pois acredita-se que ela possui secreções e
substâncias para utilização medicinal.
Répteis
A Amazônia é famosa pela variedade de répteis, sendo conhecidas cerca de 315 espécies,
o que sugere uma riqueza representativa em relação aos demais biomas brasileiros.

O consumo de carne e ovos de alguns répteis colocaram espécies em riscos de extinção. A


caça predatória é outra ameaça à conservação dos répteis.

Jacaré-açu (Melanosuschus niger)

O jacaré-açu é conhecido por ser um predador que está dentre os primeiros da cadeia
alimentar, o que significa que ele pode caçar qualquer animal, inclusive cobras e onças.

É a maior espécie de jacaré, chegando a medir até 4,5 metros de comprimento. Seus olhos
e nariz são grandes, pois o ajudam a ficar semi-submersos

Tracajá (Podocnemis unifilis)

A tracajá é uma espécie de tartaruga muito comum na Amazônia e pode ser encontrada em
áreas de rios com pouca corrente ou ainda em florestas inundadas.

Sua principal característica física são as manchas amarelas na cabeça e nas bordas da
carapaça. Seu tempo médio de vida é de 90 anos. Atualmente, a tracajá é uma espécie com
risco vulnerável de extinção.

Cobra cascavel (Crotalus sp.)


A cascavel é uma das cobras peçonhentas mais populares, especialmente por causa do
chocalho que possui na cauda.

Seu veneno é poderoso e atinge o sistema nervoso da vítima, impedindo a locomoção e


causando dificuldade de respirar.

Jararaca (Bothrops jararaca)

A jararaca é uma serpente peçonhenta que apresenta hábitos terrestres e, algumas delas,
especialmente as mais jovens, hábitos arborícolas, ou seja, que vive em árvores.

O veneno da jararaca foi estudado por pesquisadores e, posteriormente, utilizado na


produção de medicamentos para hipertensão.

Cobra sucuri (Eunectes murinus)

A cobra sucuri é popularmente conhecida como anaconda, sendo reconhecida como a


maior serpente do mundo.

Registros apontam que o maior indivíduo já encontrado possuía 6 metros de comprimentos,


porém o tamanho normal é em média de 3 metros.

Pode ser encontrada na Amazônia e no Cerrado, especialmente próximas de rios, riachos e


em áreas que inundam com facilidade.

Ela não possui veneno, porém sua mordida é forte o suficiente para imobilizar a presa.

Aves
As aves representam um dos grupos mais estudados da Amazônia. Já foram levantadas
cerca de 1.000 espécies de aves na Amazônia brasileira, correspondendo a cerca de 16%
do total das espécies descritas no planeta.

A diversidade de plumagens ocasionou a procura predatória para venda e muitas espécies


da Amazônia são consideradas ameaçadas de extinção.
Conheça a seguir algumas das aves que vivem na Amazônia:

Uirapuru-verdadeiro (Cyphorhinus aradus)

O uirapuru-verdadeiro é uma ave símbolo da Amazônia, por ser tão conhecido existem
lendas, canções e folclore que envolvem esta ave e seu canto.

Está presente em praticamente toda região amazônica, inclusive em outros países que
fazem fronteira com o Brasil.

Tucanuçu (Ramphastos toco)

O tucanuçu, também conhecido como tucano-toco é a maior espécie dos tucanos. Sua
principal característica é o bico grande e alaranjado que contrasta com suas penas pretas
pelo corpo e brancas no pescoço.

O tucanuçu é muito conhecido por ser uma das aves símbolos do continente sul-americano.
Ele é mais facilmente encontrado na região central e norte do Brasil.

Coruja-das-torres (Tyto furcata)

A coruja-das-torres é uma ave que pode ser encontrada em diversos locais, especialmente
aqueles que possuem espaços para se proteger, como cavernas e cavidades de rochas.

Seus hábitos são noturnos e ela costuma sair durante o dia apenas em casos específicos,
como para buscar comida.
Caburé-da-amazônia (Glaucidium hardyi)

A coruja caburé-da-Amazônia é uma ave que tem a região norte do Brasil como seu
principal habitat, estando sempre presente na região amazônica.

De porte pequeno, medindo cerca de 14 cm e com voo ágil, esta ave é pouco vista pois ela
costuma ficar próximo dos emaranhados de cipó.

Sanhaçu-da-amazônia (Tangara episcopus)

O sanhaçu-da-amazônia é uma ave de cor azul clara que também é conhecida como
pipira-azul no Maranhão. Ela mede cerca de 17 cm e pesa aproximadamente 45 gramas.

O sanhaçu-da-amazônia tem como habitat locais úmidos e secos, por isso pode ser
encontrado em diferentes locais da região Norte e Nordeste do Brasil.

Peixes
Das 24 mil espécies de peixes de água doce ou salgadas conhecidas no mundo, cerca 3 mil
encontram-se na Amazônia, representando 85% das espécies de peixes da América do Sul.

A pesca predatória é responsável por muitas dessas espécies serem consideradas


ameaçadas de extinção.

Ao mesmo tempo, o peixe é a base da alimentação de muitas comunidades amazônicas,


que realizam a pesca de subsistência.

Conheça a seguir alguns peixes muito comuns na Amazônia:

Tucunaré (Cichla ocellaris)


O tucunaré é um dos peixes mais populares no Brasil, especialmente por viver na
Amazônia. Suas cores fortes e manchas pelo corpo caracterizam esta espécie.

Seu principal habitat são os lagos, lagoas e beira de rios, pois eles não costumam fazer
migrações para alimentar ou se reproduzir, por exemplo. Além disso, em períodos de cheias
é possível encontrar o tucunaré em áreas inundadas.

Pintado (Pseudoplatystoma corruscans)

O pintado é um peixe que pode pesar até 85 kg e medir 180 cm. É conhecido por
apresentar manchas pretas espalhadas pelo corpo, não possuir escamas e sim couro, além
de apresentar uma carne muito apreciada por ter poucos espinhos.

Tem hábitos noturnos e vive em locais com água parada.

Aruanã (Osteoglossum bicirrhosum)

Também conhecido como aruanã-prateado este peixe é comum por ser considerado um
peixe ornamental, ou seja, é comum ver esta espécie sendo mantida em aquário.

Como característica física apresenta cor prateada que altera quando se torna adulto,
passando a ter um brilho azulado. Além disso, possui escamas grandes e barbatanas que
quase se fundem.

Pacu (Piaractus mesopotamicus)


O pacu é um peixe comum na Bacia da Prata e costuma ficar em locais sem muita
correnteza, como em rios e lagoas em época de cheia. Seu corpo arredondado e achatado,
além de escamas pequenas e em grande quantidade, são suas principais características.

Piranha-vermelha (Pygocentrus nattereri)

Mamíferos
Estima-se que existam mais de 420 espécies de mamíferos na Amazônia. Além disso,
registros apontam a descoberta de 20 novas espécies entre 2014 e 2015.

Dentre elas, uma ganha maior destaque, por ser de maior porte, um novo golfinho fluvial
(Inia araguaiaensis), com população mais restrita e provavelmente de poucos indivíduos.

Ademais, a onça-pintada também se destaca com um dos animais símbolos da região.

Conheça mais sobre alguns dos mamíferos que vivem na Amazônia:

Boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis)

O boto-cor-de-rosa é um mamífero que pode ser encontrado em diferentes locais da


América do Sul, especialmente o Amazonas. Ele é considerado o maior golfinho de água
doce do mundo.
A cor característica deste boto muda de acordo com a idade e local que o animal vive, uma
vez que esses fatores interferem na circulação sanguínea.

O boto cor-de-rosa é muito relacionado às lendas na região amazônica

Bicho-preguiça (Bradypus variegatus)

O bicho-preguiça, também conhecido como preguiça-marmota, é um mamífero endêmico do


Brasil e pode ser encontrado em diversos estados da região Norte, Nordeste e
Centro-Oeste.

A cor acinzentada de seus pelos ajuda na camuflagem quando está nas árvores e evita ser
encontrado por predadores. Seus hábitos são noturnos e utilizam a luz do dia apenas para
descansar.

Macaco-guariba (Alouatta puruensis)

O macaco-guariba, popularmente conhecido como bugio-vermelho, é nativo do Brasil,


sendo encontrado principalmente na Amazônia.

Conhecido por seu grito alto que pode ser ouvido de uma grande distância, o
macaco-guariba macho apresenta os pelos avermelhados e as fêmeas e jovens têm pelos
escuros.

Macaco-prego (Sapojus macrocephalus)

O macaco-prego é um mamífero encontrado na região amazônica e apresenta fácil


adaptação às mudanças do local que vive. Seu principal habitat são florestas úmidas.
É tema de estudo de diversas pesquisas, principalmente relacionadas ao risco de extinção
da espécie e degradação ambiental.

Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris)

A capivara é um mamífero do tipo roedor que pode ser encontrado em grande parte da
América do Sul, especialmente em regiões próximas aos rios, lagos e pântanos.

Ela apresenta alta capacidade de adaptação ao ambiente que vive, por isso pode também
ser encontrada em locais habitados por seres humanos

Animais Invertebrados da Amazônia


Os números de espécies de invertebrados impressiona. Confira abaixo alguns dados:

Entre 90 a 120 mil espécies de insetos, o que representa 10% da diversidade mundial;
218 espécies de mosquitos;
600 espécies de abelhas nativas, conhecidas como abelhas sem ferrão ou abelhas
indígenas;
Cerca 2.200 espécies de borboletas;
Mais de 1.000 espécies de formigas.
Conheça a seguir algumas espécies de invertebrados que vivem na Amazônia:

Formiga tucandeira (Paraponera clavata)

A formiga tucandeira é famosa pela picada dolorosa que causa e pelo ritual dos indígenas
Sateré-mawé, no qual o menino deve vestir luvas repletas de formigas e se manter com ela
por alguns minutos.

Esta formiga apresenta semelhanças com as vespas e pode ser encontrada na região
amazônica.

Bicho-pau (Phasmodea)
O bicho-pau é um inseto conhecido pelo poder de mimetização com madeira e gravetos,
fazendo desta sua principal característica.

É encontrado com mais facilidade em florestas tropicais.

Irapuá (Trigona spinipes)

A irapuá é uma abelha brasileira conhecida por ter seu corpo inteiro preto e pode ser
encontrada em todo o Brasil.

Por não possuir ferrão, seu ataque é se enrolar nos pelos e cabelos, ou ainda penetrar nos
orifícios, o que a torna conhecida como uma abelha agressiva

Espécies endêmicas da Amazônia

As espécies endêmicas são aquelas que ocorrem exclusivamente em um determinado


ecossistema.

A Amazônia abriga muitas espécies animais que não são encontradas em outras regiões do
Brasil e do planeta. Por isso, a conservação dessas espécies é ainda mais importante, já
que não podem ser encontradas em outros locais.

É o caso das espécies que apresentamos a seguir: choca-de-garganta-preta (Clytoctantes


atrogularis) e o barranqueiro-escuro (Automolus melanopezus)

Choca-de-garganta-preta (Clytoctantes atrogularis)


O choca-garganta-preta é uma ave endêmica do Brasil e está em risco de extinção,
principalmente pela perda de seu habitat.
Costuma ser encontrada em florestas subtropicais e úmidas que apresentam baixa altitude.

Barranqueiro-escuro (Automolus melanopezus)

O barranqueiro-escuro é uma ave encontrada nos estados do Acre e Amazonas, além de


países como Bolívia, Colômbia, Equador e Peru.

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