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MEIO AMBIENTE E ECONOMIA: DISCUSSÃO SOBRE ECONOMIA AMBIENTAL,

ECONOMIA ECOLÓGICA E VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL

1. INTRODUÇÃO

A promoção das demandas oriundas do crescimento econômico e aumento das necessidades


de consumo da sociedade proporcionam uma nova visão ao contexto de exploração do meio
ambiente. Logo, é preciso a realização de algumas transformações, que consequentemente
ocasionam adaptações nas esferas econômica, social e política, gerando desse modo alterações
significativas no meio ambiente.
Com o agravamento da degradação dos ecossistemas, da diminuição dos recursos naturais
e do aumento de problemas sociais decorrentes a deterioração ambiental atrelada ao
crescimento econômico mundial e a fragilidade em garantir o bem-estar dos indivíduos, coloca-
se a discussão da necessidade do crescimento econômico aliado ao desenvolvimento.
Desse modo, os modelos de desenvolvimento ligados ao keynesianismo previram a
influência do incentivo à atividade produtiva sobre outros setores e principalmente sobre a
economia, tornando o crescimento econômico instrumento para alcance do desenvolvimento,
garantindo entre outros aspectos a centralização de capital.
Percebe-se nesse contexto a presença de trade-off entre a qualidade ambiental e o
desenvolvimento econômico, visto que na maioria das maiores economias, principalmente, as
emergentes segue por um modelo de desenvolvimento que privilegia a alta emissão de carbono
na atmosfera, além de investir de forma avançada na extração de recursos não-renováveis e não
contabiliza os ativos ambientais, ou seja, poucos bens e serviços ecossistêmicos são
precificados.
A teoria econômica tem buscado determinar formas eficientes e sustentáveis para a
utilização dos recursos ambientais. Essas teorias demonstram a relevância sobre limites,
características, finalidades dadas aos recursos naturais, dentre outros. As ciências econômicas
têm contribuído para esse processo de aprendizado por meio do fornecimento de ferramentas
analíticas que ajudam a explicar as interações entre mercado e meio ambiente, as implicações
dessas relações e as oportunidades de soluções efetivas, o que tornam esses aspectos de grande
importância para a determinação da utilização sustentável dos recursos provenientes do meio
ambiente.
Contudo, a ciência econômica precisa incluir variáveis não-econômicas no planejamento de
suas políticas. Assim, frente ao crescimento da importância e das discussões dos debates
relacionadas ao meio ambiente junto à opinião pública e no entendimento de fenômenos
produtivos ligados à produção de energia, utilização de recursos naturais, e da degradação
ambiental, a Economia Ambiental e a Economia Ecológica se apresenta como a área da
Economia preparada para responder às demandas contemporâneas, buscando interpretar o
problema ambiental e determinar ações que garantam resultados eficientes e eficazes.
Assim, caracteriza o problema desta pesquisa saber como a análise econômica dos temas
ambientais, por meio de duas abordagens, a ambiental e a ecológica influenciam o
desenvolvimento das políticas públicas e o papel da economia nesse processo? Desta maneira,
o objetivo geral é identificar como a análise econômica do meio ambiente, por meio das

1
abordagens ambiental e ecológica, realiza o estudo dos efeitos da poluição e, também, as
respostas das políticas públicas e privadas aos riscos associados.
Para isso, é necessário discutir o meio ambiente na economia, relacionar a economia
ecológica e ambiental, e abordar a valoração econômica ambiental. Justifica-se pela
necessidade de abordar as teorias econômicas relacionando-as aos debates ambientais, visto que
estas discussões têm ganhado cada vez mais espaços nos dias atuais. Assim, faz-se necessário
abordar a temática permitindo maiores esclarecimentos sobre o desenvolvimento econômico
atrelado ao desenvolvimento sustentável.
É importante também apresentar aos pesquisadores do tema os vieses da economia
ecológica e ambiental, e a valoração econômica ambiental frente aos impactos ocasionados ao
meio ambiente, fomentando assim, novas pesquisas e discussões na área ambiental e da
economia.

2. MEIO AMBIENTE NA ECONOMIA


As sociedades produtivas atualmente não se preocupam apenas com a organização
entorno do trabalho e da produção propriamente dita, elas têm buscado instrumentos que
minimizem as consequências da ação da produtividade e do planejamento de reprodução
econômica de bem-estar no ambiente ao qual estamos inseridos. A economia quanto ciência
tem colaborado para os debates relacionados aos efeitos da intervenção do homem nos
ecossistemas terrestres, logo que a maioria dos diálogos econômicos abordam crescimento e
desenvolvimento econômico à sustentabilidade.
Nota-se que a partir do século XVIII forças como o grande crescimento industrial,
desenvolvimento tecnológico sem prévias e a aceleração do acúmulo de capital prepararam as
bases para uma mudança progressiva na direção de perda de espaço da natureza no tratamento
analítico da economia. Assim, Crocker (1999 apud Tonus 2015) afirma que:
Os primeiros teóricos da Economia Clássica como Adam Smith (1723-1790), David
Ricardo (1772-1823), Thomas Malthus (1766-1834) e John Stuart Mill (1806-1873)
consideravam a terra como um fator de produção igualmente relevante ao fator
trabalho. Mas diferente dos Fisiocratas procuraram centrar suas análises no fator
trabalho, por dois motivos: primeiro pela influência das primeiras discussões da teoria
do valor-trabalho e segundo, pela concepção que se tinha nessa época de recursos
naturais deveriam ter um tratamento distinto e usual, pois os serviços oferecidos por
ela não tinham valor.

Percebe-se que os economistas clássicos entendem a terra como um fator limitante de


crescimento no sentido físico, visto que, nesse período a ecologia ainda não era difundida, a
natureza surge apenas quando mencionada a alguma cadeia de valor, ou seja, ao processo
produtivo.
Então, a partir dos meados do século XIX autores como Carl Menger (1840-1921) e
Leon Walras (1834-1910) ganharam popularidade com suas obras que discutiam o problema
econômico à alocação eficiente de recursos escassos e a inserção da tecnologia como
instrumento eficiente da promoção de capital e trabalho, bem como dos recursos naturais.
Nesse sentido, Solow (1973) estabeleceu perante a visão neoclássica de que os recursos
naturais podem ser facilmente substituídos por capital na função de produção, ou seja, quando
um recurso particular se torna escasso seu preço sobe e obrigam os consumidores a moverem-
se para o consumo de outros bens. Com isso, a questão de desenvolvimento e crescimento passa

2
a ser discutida veemente, proporcionando que algumas vertentes da economia passem a induzir
pequenas mudanças na análise econômica de problemas ambientais.
A partir dos anos 70 a discussão do meio ambiente na economia ganha mais força devido
ao debate do desenvolvimento sustentável, que consiste no desenvolvimento considerando a
eficiência econômica, equilíbrio ambiental e equidade social. Em paralelo surge o conceito de
Ecodesenvolvimento que tem por premissa que o desenvolvimento econômico e a preservação
ambiental são compatíveis, mas, ao contrário, são interdependentes para o efetivo
desenvolvimento.
Desse modo, o funcionamento do sistema econômico é altamente criticado pelos
ambientalistas, permitindo maiores discussões nos meios científicos e ambientalistas acerca da
ciência econômica. Observa-se que a economia apresenta impactos sobre o meio ambiente, os
quais são função do tamanho e/ou dimensão do sistema econômico e do estilo dominante de
crescimento econômico. Nesse sentido, a Figura 01 apresenta as relações do sistema econômico
com o meio ambiente.
Figura 01 – Relações do Sistema Econômico com o Meio Ambiente

Fonte: Mueller (2007 apud Andrade 2008)

Conforme a figura 01, o sistema econômico interage com o meio ambiente, extraindo
recursos naturais, ou seja, componentes estruturais dos ecossistemas e devolvendo resíduos.
Reconhece-se que a economia retira recursos naturais do meio ambiente e os devolve sob forma
de rejeitos e resíduos dos processos de produção e consumo.

3. ECONOMIA AMBIENTAL E ECONOMIA ECOLÓGICA


A Economia Ambiental é a corrente predominante dentro da ciência econômica por
absorver todas as outras linhas que consideram que os recursos naturais não são infinitos. Para
Souza (2008) a economia ambiental trata os recursos naturais como finitos o que demandam
maiores preocupações acerca da impossibilidade de manutenção do ritmo das atividades
produtivas.

3
Andrade (2008) considera que a teoria ambiental neoclássica surgiu a partir do momento
em que o mainstream econômico1 se viu pressionado a incorporar em seu esquema analítico
considerações acerca da problemática ambiental. Visto que, a ideia de que o meio ambiente é
fornecedor de materiais e ao mesmo tempo receptor de resíduos fez com que a análise
econômica se preocupasse com temas ligados à escassez crescente de recursos e também com
a poluição gerada pelo sistema econômico.
A Economia Ambiental busca o desenvolvimento de ferramentas de mercados que
objetivem a alocação eficiente dos recursos naturais. A discussão que se acrescenta é a falta de
mercados para esses ativos, então, utilizando-se de instrumentos da economia neoclássica,
desencadeando o surgimento de mercados hipotéticos para tais recursos, permitindo desse
modo, a determinação da alocação eficiente destes recursos.
Nesta perspectiva, para Martins e Felicidade (2001) “a valoração dos recursos
ambientais é um mecanismo eficaz para refletir no mercado os níveis de escassez de parte dos
recursos naturais, propiciando condições para que a livre negociação nos mercados de
commodities ambientais pudesse definir o nível ótimo de exploração e alocação desses
recursos.”
De acordo a Romeiro (2003) perante a análise neoclássica do meio ambiente, é nítido a
associação do desenvolvimento tecnológico a um sistema de preços que valore as
externalidades ambientais, sendo capaz de manter as reservas de recursos naturais e preservar
os ecossistemas, ficando evidente a condição de que os recursos naturais não são exauríveis. O
autor completa ainda que “os recursos naturais (como fonte de insumos e como capacidade de
assimilação de impactos dos ecossistemas) não representam, em longo prazo, um limite
absoluto a expansão da economia.”
Logo, observa-se que a principal característica desta corrente é a defesa a longo prazo
do progresso técnico em ser capaz de garantir a troca de insumos de materiais e fazer com que
a economia se mova suavemente através de práticas de mercado, de uma base de recursos
naturais para outra. Nessa concepção, o progresso científico é capaz de transformar a restrição
por escassez de recursos naturais em uma restrição relativa, pois consegue direcionar a
economia para utilização de novos recursos ao longo do tempo pelo processo de substituição.
Assim, Gori e Romeiro (2010) acreditam que:
Essa concepção ficou conhecida como sustentabilidade fraca, uma economia é
considerada “não sustentável” se a poupança total fica abaixo da depreciação
combinada dos ativos produzidos e não-produzidos, os últimos usualmente restritos a
recursos naturais. A ideia subjacente é a de que o investimento, isto é, a substituição
de capital natural (KN) por capital (K), compensa as gerações futuras pelas perdas de
ativos causadas pelo consumo e produção corrente.

Desse modo, a sustentabilidade forte ou apenas sustentabilidade é considerar que os


recursos naturais são finitos e que podem facilmente impactar a capacidade das gerações futuras
de obter recursos naturais suficientes para a manutenção da sociedade. (TONUS, 2017)
Para Cavalcanti (2010) a economia ambiental utiliza as ferramentas da economia
tradicional nas soluções de problemáticas ambientais, enquanto a economia ecológica tem por

1
Para Novaes (2008) é uma expressão que se refere às teorias econômicas predominantemente ensinadas nas
universidades. É associada à economia neoclássica, à abordagem das expectativas racionais e à síntese
neoclássica, que combina os métodos neoclássicos com a abordagem keynesiana da macroeconomia.
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finalidade o uso sustentável do meio ambiente. Logo, o autor utiliza-se da Figura 02 para
demonstrar as diferenças entre a economia ambiental e ecológica.

Figura 02 - Diferenças entre as Economias


ECOLOGIA ECONOMIA

ECONOMIA ECONOMIA
ECOLÓGICA AMBIENTAL
Fonte: Adaptado de Cavalcanti (2010)

Cavalcanti (2010) explica a figura afirmando que as disciplinas da ecologia e da


economia são colocadas como pontos extremos da escala, visto que a primeira cuida apenas do
mundo da natureza, com exclusão dos humanos, enquanto a economia considera
exclusivamente a realidade humana, e dessa maneira, mais próxima da ecologia está a
economia ecológica, e próximo da economia está a economia ambiental.
O autor diz ainda que a economia ambiental aplica aos problemas ecológicos as
ferramentas da economia neoclássica, observa o meio ambiente, mas seu propósito é
internalizá-lo no cálculo econômico, ou seja, valorá-lo monetariamente: dar aos preços a
condição de refletir valores hipotéticos para serviços e funções da natureza., enquanto a
economia ecológica tem como propósito dizer em que medida o uso da natureza pode ser feito
sustentavelmente.
Georgescu-Roegen (1971) explica que o fator limitante da economia é a natureza, pois
os recursos do planeta são finitos e com isso a economia não pode existir indefinidamente,
mesmo que seu crescimento não continue. De maneira geral, o autor defende a ideia do
decrescimento da economia que se baseia na escassez dos recursos ambientais.
Nesse sentido, a economia ecológica defende que além de alocar de maneira eficiente
os recursos, assim como defendido pela economia ambiental, um sistema econômico deveria
tratar da distribuição justa e da escala de utilização desses recursos. Pois, esta reconhece a
importância da existência dos mercados, mas não lhe atribui a capacidade de refletir todos os
desejos da sociedade, e defende ainda o pensamento de que a não regulação dos mercados seria
inadequada para a locação de bens e serviços providos da natureza. (SOUZA, 2008)
Para Cavalcanti (2010),
A economia ecológica procura estudar a relação entre homem, natureza e economia.
Este modelo requer uma mutabilidade na forma como são utilizados os bens naturais,
bem como também a dinâmica de crescimento econômico. O principal propósito da
economia ecológica é a evolução de forma independente, mas conectada, das bases
biofísicas dos sistemas ecológicos e econômicos.

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Assim, o modelo ecológico da economia, tem por meta usar os materiais e energia
retirados do meio ambiente de forma sustentável, atribuindo também à natureza um papel de
suporte insubstituível de tudo que a sociedade pode fazer. Nesse sentido, a economia ecológica
vê a economia apenas como um subsistema dentro de um sistema maior, que é a natureza.
(CALVACANTI, 2010 apud OLIVEIRA, 2017)
Nota-se então que a economia ambiental não visa apenas manter o sistema econômico
como ele é ou está e internalizar os custos inerentes, mas impõe modificações em certas
estruturas, por outro lado a economia ecológica tende a dizer não ao crescimento econômico
em benefício do meio ambiente.
Na economia ambiental neoclássica, o meio ambiente é neutro e passivo e o seu
instrumental está voltado para mensuração dos impactos negativos causados pelo sistema
econômico, tais impactos assumem a forma de externalidades negativas, sendo necessário criar
mecanismos que promovam a sua internalização. A economia ecológica, por sua vez, rejeita a
visão da economia ambiental neoclássica, admitindo que a desconsideração dos aspectos
biofísicos-ecológicos do sistema econômico leva a uma análise parcial entre a relação economia
e meio ambiente. No quadro 01 é possível visualizar as principais características destes sistemas
econômicos.

Quadro 01 – Distinções entre os Conceitos


MODELOS CARATERÍSTICAS
Atribuição de valor monetário a bens ambientais.
Favorável ao crescimento econômico.
Economia Ambiental Preservação de recursos naturais suficientes para
O meio ambiente dentro da economia.
Princípio do Ótimo de Pareto.
Subsistema dentro do sistema maior, o meio
ambiente.
Não aceitação do crescimento econômico.
Economia Ecológica
Descrecimento econômico e economia
A economia dentro do meio ambiente.
Princípio da Precaução.
Fonte: Adaptado de Oliveira (2017)

Podemos inferir a partir do quadro 01 e com a colaboração de Ballestero (2008) a


diferença entre economia ambiental e economia ecológica encontra-se no método de análise. A
economia ambiental utiliza instrumentos da economia neoclássica, ou seja, procura a melhor
forma de utilizar os recursos de maneira eficiente. Já a economia ecológica baseia-se em estudos
transdisciplinares e enfatiza a questão social e a deterioração e transformação dos meios
ecológicos.
Além disso, a economia ambiental utiliza-se da lógica do ótimo de pareto2 que considera
o avanço tecnológico e a capacidade de reorganização social como uma forma otimista de serem

2
Ótimo de Pareto, ferramenta matemática, desenvolvida por Vilfredo Pareto, que traz uma visão de otimização
da relação entre os princípios constitucionais ambientais e econômicos. Serve para maximizar o desenvolvimento
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capazes de solucionar os problemas ambientais, enquanto a economia ecológica com a uma
visão advinda do ceticismo atrelado a posição do princípio da precaução 3 acredita que a
capacidade do ecossistema terrestre tende a suportar as pressões oriundas do crescimento
econômico.
Porém, fica evidente também, que apesar das diferenças expostas em cada modelo, eles
podem trazer contribuições significativas para o meio ambiente. Então, Pearce e Turner (1995)
nos apresentam que a “economia ambiental tem a prioridade de preservar os recursos
ambientais para perpetuar as atividades econômicas. Apesar do objetivo desta conservação não
ser bom para o meio ambiente, a ação em si é algo que traz muitos benefícios ao meio
ambiente.”
Pearce e Turner (1995) ressaltam algumas regras para economia ambiental, que se forem
respeitadas concretizam a sustentabilidade do sistema, visto que são de total importância para
a questão ambiental, pois irão simultaneamente evitar danos ambientais e preservar a vida
natural dos ecossistemas, que são: “não extrair recursos além da capacidade do meio de se auto
renovar; não jogar materiais em excesso no meio ambiente, ou seja, não encher os ecossistemas
de lixo; e a substituição de recursos não renováveis por bens renováveis.”

4. VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL


Como já mencionado, um dos maiores desafios atualmente é a compatibilidade entre o
crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental. Decorrente do avanço desenfreado da
degradação ambiental, e os efeitos irreversíveis que ele pode ocasionar, este problema tem
ganhado cada vez mais destaque em termos de discussão.
De acordo a teoria econômica, esse tipo de situação ocorre devido a existência de
externalidades, que se caracterizam pela ação pelo qual um produtor ou um consumidor
influencia outros produtores ou consumidores, mas não sofre as consequências disso sobre os
preços de mercado. (PINDYCK e RUBINFELD, 2002)
O fato de grande parte dos recurso ambientais serem de natureza pública, de livre acesso
às pessoas e sem preço definido no mercado, faz com que muitas vezes sejam condenados a um
uso abusivo, inconsciente e descontrolado, permitindo que os agentes não internalizem em suas
obrigações os custos sociais ambientais, possibilitando o surgimento de externalidades
negativas para a população.
Assim, ter noção de quanto vale os bens ambientais é um requisito importante na
tentativa de minimizar ou até mesmo corrigir as tendências cruéis do livre mercado. Para a
economia ambiental neoclássica valorar o meio ambiente implica exclusivamente a atribuição
de um valor monetário aos recursos ambientais, muito em parte porque para a aplicação de
políticas públicas e tomada de decisão é apenas esse fator que irá preponderar. (TONUS, 2017)

diminuindo a destruição ambiental, tudo sob o enfoque de um modelo neocapitalista, um modelo de


desenvolvimento mais ambiental e preocupado com o bem-estar social. (DANI et al, 2010)

3
MORAES (2011) afirma que o propósito do princípio da precaução é evitar danos irreversíveis ao meio ambiente
e à saúde humana ao permitir a ação preventiva, mesmo na ausência de certeza científica sobre as causas ou
consequências de determinada ação. A precaução é uma resposta às novas tecnologias e aos fenômenos que
podem provar impactos irreparáveis e incomensuráveis.
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Nesse sentido, a valoração ambiental neoclássica se apresenta como a principal
aplicação prática do instrumental neoclássico para o tratamento das questões ambientais. Desse
modo, o valor de um bem ou serviço ambiental é compreendido como a expressão monetária
dos benefícios obtidos de sua provisão do ponto de vista individual. Para Pearce (1993) um dos
objetivos dos métodos de valoração é estimar os valores econômicos para os recursos naturais,
simulando um mercado hipotético para estes bens sem preço definido.
O autor completa que não se trata de transformar um bem ambiental num produto de
mercado, mas sim mensurar as preferências dos indivíduos sobre as alterações em seu ambiente.
Mesmo que a intensidade do resultado empírico da valoração seja limitada, é muito útil para o
processo de tomada de decisão, necessária em várias análises, como a de custo-benefício4. Para
ele, projetos e programas de avaliação ambiental não estariam completos sem uma valoração
econômica, e qualquer padrão de desenvolvimento que desconsidere as consequências
econômicas de alterações ambientais não poderá ser considerado sustentável.
Para Albuquerque (2009), é importante valorar monetariamente o meio ambiente,
sobretudo para fundamentar ações de reparação de danos, dar proteção a ecossistemas, obter
níveis mínimos de poluição com os quais a sociedade está disposta a conviver, ou, ainda, para
estimar quanto os cofres públicos devem desembolsar.
Nesse contexto, Costanza et al (1997) realizou uma valorização econômica de serviços
ou funções dos ecossistemas. Nesse estudo através de abordagens econômicas neoclássicas,
foram estimados os valores de 17 serviços ecossistêmicos dos 16 principais biomas do planeta,
que juntos totalizavam um benefício de U$$ 33 trilhões por ano. Levando em consideração que
o PIB mundial em 1994, foi de U$$ 18 trilhões, o que revela a vantagem econômica indireta da
preservação dos ecossistemas superava o seu valor de uso direto. Percebemos então, a
necessidade da valoração monetária destes recursos ambientais, para permitimos o
desenvolvimento sustentável da economia.
Porém, é possível identificar a falta de mercado formal para os bens ambientais, como
uma dificuldade da obtenção de valores para negociação econômica, mas, pode-se considerar
como um estímulo de desenvolvimento de métricas para correlacionar os serviços ambientais a
unidades financeiras.
O Art. 3º, II da Lei 6.938/81 - Lei da Política Nacional de Meio Ambiente -, define
degradação da qualidade ambiental como a alteração adversa das características do meio
ambiente e poluição como a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que
direta ou indiretamente prejudiquem a saúde, o bem-estar social, afetem biomas, condições
estéticas e/ou sanitárias do meio ambiente ou lancem matérias ou energia em desacordo aos
padrões ambientais estabelecidos.
Nesse sentido, Benjamin (2002) diz que
A Constituição Federal consagra o princípio da reparabilidade integral do dano
ambiental. Por esse princípio, são vedadas todas as formas e fórmulas, legais ou
constitucionais, de exclusão, modificação ou limitação da reparação ambiental, que
deve ser sempre integral, assegurando a proteção efetiva ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado.

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Hanley e Spash (1993) definem a aplicação de uma análise de custo-benefício para bens ambientais em quatro
estágios essenciais: i) definição do projeto; ii) identificação dos impactos economicamente relevantes; iii)
quantificação física dos impactos; iv) valoração monetária dos efeitos relevantes.
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A reparação dos danos ambientais através de uma análise e mensuração monetária dos
impactos presentes e futuros, nos permite a reparação integral do meio ambiente prejudicado e
propõe o retorno do equilíbrio ecológico danificado, que é fundamental para o bem-estar
coletivo. A partir do dano ambiental provocado por terceiros, ou seja, aquele que não é oriundo
de causas naturais, permite a estimativa de valoração destes impactos, do ponto de vista
financeiro. De maneira geral, valorar monetariamente é inferir quanto as pessoas estão dispostas
a pagar para evitar um dano ou a aceitar como compensação financeira em virtude do dano que
foi causado.
A sustentabilidade da valoração de danos ambientais está relacionada ao entendimento
de que o meio ambiente interage com todos os entes da natureza, o que facilita o emprego da
valoração ambiental de maneira integrada. E nessa perspectiva devemos considerar alguns
aspectos da sustentabilidade, dentre eles, a sustentabilidade biológica que tem como foco a
relação homem e natureza atrelada a cadeia de produção e consumo; a sustentabilidade
ecológica que visa identificar como o meio ambiente pode suportar os danos e sua capacidade
de regeneração; a sustentabilidade na dimensão estratégica que busca mecanismos para
promoção do desenvolvimento sustentável a gerações futuras; a sustentabilidade econômica
que busca assistência através de projetos de investimentos para a conservação ambiental.
O valor ecológico preconiza a sustentabilidade ecológica dos ecossistemas, o que torna
indispensável a proteção de todos os processos e componentes dos ecossistemas. De Groot et
al (2002) consideram que a capacidade de provisão de bens e serviços para a humanidade não
seria infinita, mas controlada por um limite de uso sustentável, que depende da contabilidade
das interações dinâmicas entre suas funções, valores e processos específicos.
Assim, apresenta-se dentre outras vantagens da valoração de danos ambientais o
emprego de compensação financeira compatível com o tamanho de um prejuízo ambiental
ocasionado. Além disso, é importante tratar das formas de reparação dos danos ambientais que
visam mitigar os prejuízos ambientais, fazendo uso de procedimentos que levem ao
restabelecimento do equilíbrio ambiental, reabilitando-se o local anteriormente degradado.
A reparação in situ5 (restauração e recuperação) busca restituir um ecossistema
degradado ao mais próximo da condição original; a compensação por sua vez objetiva melhorar,
ou seja, compensar o ecossistema degradado às condições naturais, e; a indenização que se trata
de uma forma indireta de reparar a lesão ao meio ambiente, que deverá ser utilizada quando não
for possível a reparação in situ ou a compensação.
Em decorrência da necessidade de medidas de políticas públicas direcionadas a
preservação e conservação ambiental, há um movimento no congresso nacional para instituir a
Política Nacional dos Serviços Ambientais, com esse intuito, já existe o Projeto de Lei 312/2015
que estabelece formas de controle e financiamento do programa federal de pagamento por
serviços ambientais. Assim, o parágrafo único do Art. 1º da PL 312 (BRASIL, 2015) considera,
A Política Nacional dos Serviços Ambientais tem como objetivo disciplinar a atuação
do Poder Público em relação aos serviços ambientais, de forma a promover o
desenvolvimento sustentável e a aumentar a provisão desses serviços em todo território
nacional.

Com a regulação da Política Nacional dos Serviços Ambientais através da promoção do


desenvolvimento sustentável e a preocupação em tratar os impactos ambientais em todo

5
ORICO (2016) – Este tipo de reparação permite que desapareçam os impactos causados pela lesão ao ambiente,
demandando alta tecnologia, capacidade técnica apurada, pois é extremamente dificultoso reequilibrar o que a
natureza levou muitos anos para construir.
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território nacional, no inciso II do Art. 2º do referido Projeto de Lei determina pelo pagamento
por serviços ambientais diante retribuição, monetária ou não, às atividades humanas de
restabelecimento, recuperação, manutenção e melhoria dos ecossistemas que geram serviços
ambientais e que estejam amparadas por planos e programas específicos.
Para Mota (2011) o valor do dano pode ser definido em função da perda de valor de uso
do recurso ou pela redução do valor de opção de preservação no presente com vistas a usufruir
benefícios no futuro, e que a reparação de um dano ambiental parte do princípio universalmente
aceito: quem polui tem de reparar/pagar, ou seja, o poluidor ou degradador, requer uma
penalização monetária para custear o dano ambiental ou para compensar a perda de bem-estar.
Segundo Araújo (2011), alguns dos métodos para valoração dos danos ambientais são
baseados no mercado de bens substitutos, visto que, muitos ativos naturais não têm cotação nos
mercados tradicionais, necessitando de estimativas de preços desses recursos .por meio de
técnicas de mercado de bens substitutos; na preferência revelada na teoria do comportamento
do consumidor nos mercados econômicos; na preferência declarada dos consumidores ou
usuários de recursos da variável dependente; na avaliação de fluxo de matéria e energia visando
o nível biofísico de estresse ambiental a partir de variáveis de produção e de demanda por ativos
e serviços dos ecossistemas; na valoração multicritério que visa combinar considerações de
gestores, por meio de uso da matemática, na escolha de política ambientais e em processo de
valoração em que falta informação suficiente e incerteza quanto ao uso do recurso ambiental.
A valoração dos danos ambientais, considerando aspectos econômicos, baseia-se no
quanto as pessoas estão dispostas a pagar para evitar um dano ou aceitar como compensação
financeira em decorrência do dano que lhes foi causado.
Dessa maneira, para Mota (2010) os métodos normalmente utilizados são:

Quadro 02 - Métodos de Valoração


MÉTODO DESCRIÇÃO
Custo de Reparação ou Custo de Reposição Consiste em estimar o custo para repor ou
reparar o recurso ambiental degradado às
condições originais.
Custo de Controle Refere-se ao custo incorrido pelos usuários,
para evitar a perda de capital natural.
Custo Oportunidade Trata-se do custo do uso alternativo do ativo
natural, estimando o preço a partir do uso da
área não degradada.
Custo Irreversível Estima-se o custo do recurso natural, quando
se percebe que o dano ao meio ambiente é
irrecuperável.
Custo Evitado É útil para estimar os gastos que seriam
incorridos em bens substitutos para não
alterar a quantidade consumida ou a
quantidade do recurso ambiental analisado.
Produtividade Marginal É aplicável quando o recurso natural
analisado é fator de produção ou insumo na
produção de algum bem ou serviço
comercializado no mercado.

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Produção Sacrificada Refere-se à perda de produção decorrente da
escassez de capital humano usado no
processo de produção.
Custo de Viagem Estima o preço de uso de um ativo ambiental
por meio da análise dos gastos incorridos
pelos visitantes ao local de visita.
Preço Hedônico Estima um preço implícito com base em
atributos ambientais característicos de bens
comercializados em mercados.
Valoração Contingente Consiste na utilização de pesquisas amostrais
para identificar, em termos monetários, as
preferências individuais em relação a bens
que não comercializados em mercados.
Conjoint Analysis Busca estimar a importância relativa que os
consumidores atribuem a determinados
atributos de bens e serviços e as utilidades
associadas a esses atributos.
Análise de Correspondência Trata-se de um instrumento quantitativo
usado para descrever relações entre duas
variáveis nominais em uma tabela de
correspondência.
Regressão de Poisson É útil para estimar o valor esperado de uma
função quando a variável dependente assume
uma pequena quantidade de valores.
Função Efeito Se refere à estimação de uma função, a qual
fornece uma relação de causa e efeito de
fenômenos, especialmente os relacionados ao
meio ambiente.
Fonte: Mota (2010)

A partir do quadro 02 pode-se constatar que cada método de valoração ambiental propõe
a forma de análise de custo-benefício, em que os valores sociais dos bens e serviços são
considerados de forma a refletir variações de bem-estar e não somente seus respectivos valores
mercadológicos, além disso, apresenta suas limitações na captação dos diferentes tipos de
valores do recurso ambiental. Para Fonseca et al (2014) não há como comprovar a eficiência de
um em relação ao outro, pois não há como precisar o valor real de um recurso ambiental.
Com isso, os métodos de valoração econômica ambiental são técnicas específicas para
quantificar monetariamente os impactos econômicos e sociais de projetos cujos resultados
numéricos vão permitir uma avaliação mais abrangente, consequentemente possibilitando a
promoção de políticas públicas que possam desenvolver medidas de redução da degradação
ambiental.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do que fora exposto fica evidente o quão se tem discutido o crescimento e
desenvolvimento econômico proporcionando a degradação do meio ambiente. Nesse aspecto, a
economia tem contribuído para essas discussões buscando alternativas para minimizar os

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efeitos da intervenção do homem nos ecossistemas, propiciando o crescimento e o
desenvolvimento econômico à sustentabilidade.
Logo, como modelos econômicos são definidos a economia ambiental que utiliza as
ferramentas da economia tradicional nas soluções de problemáticas ambientais, ou seja, procura
a melhor forma de utilizar os recursos de maneira eficiente e a economia ecológica tem por
finalidade o uso sustentável do meio ambiente através de estudos multidisciplinar enfatizando
a questão social e deterioração e transformação dos ecossistemas.
Observa-se que mesmo apresentando algumas diferenças, os modelos econômicos
discutidos neste trabalho trazem contribuições significativas para o meio ambiente, visto que
ambos têm por prioridade a preservação dos recursos ambientais.
Como visto, a economia ecológica evolui a partir da própria concepção de
desenvolvimento sustentável e sustentabilidade econômico-ambiental, enquanto a economia
neoclássica tenta incorporar o conceito de desenvolvimento sustentável em sua estrutura
analítica, uma vez que, como mainstream na teoria econômica, não poderia se furtar em
procurar dar respostas aos problemas ambientais.
A partir da discussão sobre a economia neoclássica e a economia ecológica, percebe-se
que a economia ambiental considera que o meio ambiente não oferece barreiras maiores ao
crescimento econômico, pois o progresso tecnológico poderá relativizar o efeito da escassez de
recursos no processo produtivo, enquanto a economia ecológica ao combinar os conceitos das
ciências naturais das ciências sociais tende a propiciar uma análise integrada das interfaces entre
o sistema econômico e meio ambiente com critérios de sustentabilidade e preservação da vida
no planeta.
Ressalta-se também a importância da inovação tecnológica orientada para
sustentabilidade, logo que se trata de uma alternativa para contribuir com a construção de uma
nova forma de capitalismo que considera a unidade entre a sociedade, natureza e economia. As
mudanças tecnológicas voltadas para a sustentabilidade são direcionadas por diversos fatores
socioeconômicos, institucionais, e pela própria característica da inovação propondo alternativas
eficazes de redução aos danos ambientais.
Além disso, a economia ambiental considera como instrumento a valoração monetária
aos recursos ambientais, em especial aos danos ocasionados a estes. A reparação dos danos
ambientais através de uma análise e mensuração monetária dos impactos presentes e futuros,
permite a reparação integral do meio ambiente prejudicado, que é fundamental para promoção
do bem-estar coletivo.
Desse modo, conclui-se que a valoração monetária aos recursos ambientais é um
instrumento válido para o crescimento e desenvolvimento econômico, pois visa sobretudo um
controle sustentável do uso dos recursos naturais. Demais, esta revisão, apesar do que abordam
a maioria dos teóricos, a economia ambiental e a economia ecológica possuem mais
semelhanças e afinidades do que diferenças, logo que comungam do objetivo maior que é a
preservação do meio ambiente.

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