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Ambiental – 3o ano
Biogeografia e
Biodiversidade
G0139
Moçambique - Beira
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Biogeografia e Biodiversidade G0139 ii
Agradecimentos
Índice
Visão geral 1
(avaliação e auto-avaliação)
Avaliação Bem-vindo a Ecossistemas e Biodiversidade ...................................................... 1
Objectivo do curso..................................................................................................................1
Quem deveria estudar este módulo..................................................................................2
Como está estruturado este módulo..................................................................................2
Ícones de actividade.........................................................................................................3
Habilidades de estudo.......................................................................................................3
Precisa de apoio?...............................................................................................................4
Tarefas (avaliação e auto-avaliação)......................................................................................5
Avaliação................................................................................................................................6
Unidade I 7
Introdução
Introdução a Ecossistemas da Terra e Biodiversidade ........................................................ 7
Conceitos Básicos……………..……………………………………………....................…..…….7
Base da Biogeografia..............................................................................................................8
Objecto de estudo....................................................................................................................9
Impotância da Biogeografia e Biodiversidade.........................................................................9
Principais conbeitos de Biogografia e Biodiversidade.............................................................9
Sumário.... ...........................................................................................................................124
Exercicios………………………………………………………………………………...............…13
Unidade II 15
Ramos da Biogeografia e Biodiversidade
Introdução ....................................................................................................................... 15
Subdivisões da Biogeografia e Biodiversidade......................................................................15
Sumário………………………………………………………….............................………………18
Exercicos...... .........................................................................................................................19
Biogeografia e Biodiversidade G0139 iv
Unidade IV 26
Interdisciplinaridade e Metodpos de Estudo da Bi0geografia e Biodiversidade
Introdução .... .........................................................................................................................26
Relação da Biogeografia com outras ciências.......................................................................26
Metodologia de estudo......................................................................................................... 27
Sumário...... ...........................................................................................................................30
Exercícios..... .........................................................................................................................30
Unidade V 31
Historia da Biogeografia e Biodiversidade
Introdução ....................................................................................................................... 31
Períodos históricos da Biogeografia e Biodiveridade......................................................31
Sumário........................................................................................................................... 34
Exercícios…………………………………………………………………………………………....35
Unidade VI 36
Bioreinos
Introducao………………………………………………………………………………………....…36
Caracterizacao dos Bioreinos...............................................................................................37
Sumário........................................................................................................................... 39
Exercícios........................................................................................................................ 39
Biogeografia e Biodiversidade G0139 v
Unidade VII 40
Especiacao
Introdução ....................................................................................................................... 40
Processo de especiacao........................................................................................................40
Extincao...........................................................................................................................47
Sumário......................................................................................................................... 104
Exercícios........................................................................................................................ 48
Unidade VIII 50
Mecanismos de formacao de Novas especies
Introdução ....................................................................................................................... 50
Mecanismos fundamentais conduzem à especiação........................................................50
Isolamento Geografico...........................................................................................................51
Isolamento Ecologico.......................................................................................................52
Especiacao e modelos de evolucao..................................................................................56
Sumário........................................................................................................................... 58
Exercícios........................................................................................................................ 59
Unidade IX 60
Claudistica
Introdução ....................................................................................................................... 60
Sistematica Filogenetica ou Claudistica................................................................................60
Principios fundamentais da claudistica...............................................................................62
Critério da objectividade...................................................................................................66
Sumário........................................................................................................................... 66
Exercícios........................................................................................................................ 67
Unidade X 68
Filogenetica e Sistematica
Introdução ....................................................................................................................... 68
Classificacao Filogenetica....................................................................................................68
Biogeografia e Biodiversidade G0139 vi
Unidade XI 80
Teorias da Biosfera
Introdução ....................................................................................................................... 80
A teoria da biosfera de Wladimir Vernadsky.......................................................................80
A teoria da Biosfera de Gaia.............................................................................................83
Propriedades da Biosfera..................................................................................................91
Sumário........................................................................................................................ ...91
Exercícios........................................................................................................................ 92
Unidade XII 93
Ecozona
Introdução ....................................................................................................................... 93
Caracteristicas dos Ecozones............................................................................................95
Classificao das ecozonas segundo Wallace......................................................................96
O WWF Biogeografica Reinos..............................................................................................98
Agrupamentos de ecozonas..............................................................................................99
Sumário..............................................................................................................................99
Exercícios...................................................................................................................... 100
Metodos da Fitogeografia..............................................................................................101
Biogeografia e Biodiversidade G0139 vii
Unidade XV 116
Teorias Biogeograficas
Introdução ..................................................................................................................... 116
Teoria da Vincariacia...........................................................................................................116
Teoria dos Refúgios.............................................................................................................117
Biogeografia insular ...........................................................................................................120
Sumário......................................................................................................................17520
Exercícios...................................................................................................................17521
Unidade XVIII___________________________________________________________138
Ecologia das paisagens
Introdução........... ........................................................................................................... 138
Paisagem.............................................................................................................................139
Evolução da teoria...............................................................................................................140
Relacao com a teoria ecologica........................................................................................141
Aplicação da ecologia de paisagem.................................................................................146
Sumário......................................................................................................................... 148
Exercícios...................................................................................................................... 148
Unidade XX 163
Padroes de Distribuicao da cobertura vegetal nas regiao Neotropical
Introdução .......................................................................................................................... 163
África – Aspectos Naturais Clima e Vegetação ......................................................................164
Região afro-tropical ou Região tiópica......................................................................................167
Sumário.............................................................................................................................. 168
Exercícios........................................................................................................................... 168
Bibliografia 192
Biogeografia e Biodiversidade G0139 1
Visão geral
Objectivos do curso
Conteúdo do curso/módulo
O curso está estruturado em unidades. Cada unidade incluirá uma
introdução, objectivos da unidade, conteúdo da unidade incluindo
actividades de aprendizagem, um summary da unidade e uma ou
mais actividades para auto-avaliação.
Outros recursos
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma lista
de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos podem incluir
livros, artigos ou sites na internet.
Biogeografia e Biodiversidade G0139 3
Comentários e sugestões
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários
sobre a estrutura e o conteúdo do curso / módulo. Os seus comentários
serão úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este curso / módulo.
Ícones de actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens
das folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes partes do
processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de
texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.
Habilidades de estudo
Durante a formação, para facilitar a aprendizagem e alcançar melhores
resultados, implicará empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os
bons resultados apenas se conseguem com estratégias eficazes e por isso
é importante saber como estudar. Apresento algumas sugestões para que
possa maximizar o tempo dedicado aos estudos:
Antes de organizar os seus momentos de estudo reflicta sobre o ambiente
de estudo que seria ideal para si: Estudo melhor em
casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à noite/de manhã/de
tarde/fins-de-semana/ao longo da semana? Estudo melhor com
Biogeografia e Biodiversidade G0139 4
Precisa de apoio?
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra situação, o
material impresso, lhe pode suscitar alguma dúvida (falta de clareza,
alguns erros de natureza frásica, prováveis erros ortográficos, falta de
clareza conteudística, etc). Nestes casos, contacte o tutor, via telefone,
escreva uma carta participando a situação e se estiver próximo do tutor,
contacteo pessoalmente.
Biogeografia e Biodiversidade G0139 5
Avaliação
Você será avaliado durante o estudo independente (80% do curso) e o
período presencial (20%). A avaliação do estudante é regulamentada com
base no chamado regulamento de avaliação.
Unidade I
Introdução a Biogeografia e Biodiversidade
Conceitos
Objecto de estudo
Importância
Introdução
Definir Biogeografia;
Definir Biodiversidade;
Relacionar Biogeografia e Bodiversidade;
Objectivos Identificar a importancia de estudo de Biogeografia e
Biodiversidade bem como a sua aplicação.
Conceito
Base da Biogeografia
Objecto de estudo
O que permite que uma espécie vive onde está, e o que inibe a povoar
outras áreas?
Nicho ecológico
O nicho é um conjunto de condições em que o indivíduo (ou uma
população) vive e se reproduz. Pode se dizer ainda que o nicho é o "modo
de vida" de um organismo na natureza. E esse modo de vida inclui tanto
os fatores físicos - como a humidade, a temperatura, etc - quanto os
fatores biológicos - como o alimento e os seres que se alimentam desse
indivíduo.
Por exemplo: O nicho da gazela, inclui o que ele come, os seres que se
alimentam dela, os organismos que vivem juntos ou próximo dela, e assim
por diante. No caso de uma planta, o nicho inclui os sais minerais que ela
retira do solo, a parte do solo de onde os retira, a relação com as outras
espécies, etc.
População
Indivíduos de uma mesma espécie que vivem em determinada região
formam uma população. Por exemplo: os hipopotamos encontrados nos
rios formam uma população; os Crocodilos também podem ser
encontradas nos rios, mas fazem parte de outra população, já que são de
outra espécie.
Comunidade
No mar existem diversos animais e vários tipos de plantas. E há também
seres muito pequenos - tão pequenos que só podem ser vistos com
aparelhos especiais como os microscópios, que possuem lentes especiais
que ampliam a imagem dos seres observados.
Se colocarmos uma gota da água do mar no microscópio, veremos um
número imenso desses pequenos seres vivos.
Num jardim por exemplo, podemos encontrar uma infinidade de seres
vivos como: relva, roseiras, minhocas, borboletas, formigas, caracóis,
lagatixas, etc.
Todos os seres vivos de determinado lugar e que mantêm relações entre
si formam uma comunidade.
Biogeografia e Biodiversidade G0139 11
Ecossistema
É o conjunto dos relacionamentos que a fauna, flora,
microorganismos (fatores bióticos) e o ambiente, composto pelos
elementos solo, água e atmosfera (fatores abióticos) mantém entre si.
Todos os elementos que compõem o ecossistema se relacionam com
equilíbrio e harmonia e estão ligados entre si. A alteração de um único
elemento causa modificações em todo o sistema podendo ocorrer a perda
do equilíbrio existente.
Por exemplo, uma grande área com mata nativa de determinada região
for substituída pelo cultivo de um único tipo de vegetal, pode-se
comprometer a cadeia alimentar dos animais que se alimentam de
plantas, bem como daqueles que se alimentam destes animais.
A delimitação do ecossistema depende do nível de detalhamento do
estudo. Por exemplo, se quisermos estudar o ecossistema de um canteiro
do jardim ou do ecossistema presente dentro de uma planta como a
bromélia.
Biosfera
Ainda não temos conhecimento da existência de outro lugar no Universo,
além da Terra, onde exista vida.
A vida na Terra é possível porque a luz do Sol chega até aqui. Graças a
sua posição em relação ao Sol, o nosso planeta recebe uma quantidade
de energia solar que permite a existência da água em estado líquido, e
não apenas em estado sólido (gelo) ou gasoso (vapor).
A água é essencial aos organismos vivos. A presença de água possibilita
a vida das plantas e de outros seres capazes de produzir alimento a partir
da energia solar e permite também, indiretamente, a sobrevivência de
todos os outros seres vivos que se alimentam de plantas ou animais. Pela
fotossíntese que há a absorção de água e gás carbônico e liberação de
oxigênio, a energia do Sol é transformada em um tipo de energia presente
nos açúcares, que pode então ser aproveitada por seres que realizam
esse processo e por outros seres a eles relacionados na busca por
alimento.
Biogeografia e Biodiversidade G0139 12
Sumario
Existem varios conceitos de Biogeografia e Biodiversidade mas que em todos
os conceitos apresentados existem aspectos em que os mesmos convergem e
de forma geral ela pode ser definida como um ramo da ciência geográfica que
estuda as interacções entre a sociedade humana e a natureza, a organização e
os processos espaciais.
Biogeografia e Biodiversidade G0139 13
Exercícios
Unidade II
Introdução
Objectivos
a) Fitogeografia
b) Zoogeografia
b) Biogeografia Histórica
Estuda como os processos ecológicos que ocorrem a longo prazo atuam
sobre o padrão de distribuição dos organismos;
Explica a distribuição dos seres vivos em função de fatores históricos.
Sumário
Exercícios
Unidade III
Introdução
Objectivos
Identificar os factores que influenciaram na distribuicao da
biodiversidade actual;
Explicar de que forma cada um dos factores actuou;
Relacionar os diferentes factores.
Fonte: http://www.not1.com.br/deriva-continental-pangea.jpg
Fonte: http://www.not1.com.br/deriva-continental-eras-geologicas.jpg
Biogeografia e Biodiversidade G0139 21
Fonte: http://www.not.com.br/expancao-das-especies.jpg
Sumário
Segundo esta teoria, toda a crosta terrestre é composta de placas que ao longo
dos tempos se deslocam produzindo a chamada deriva continental. Assim, havia
apenas dois super-continentes: a Gondwana e a Laurásia. Dessa forma, os
continentes sempre estão a mover-se lentamente.
Toda a evolução dos animais ocorreu paralelamente ao movimento dos
continentes.
A explicação para as semelhanças da fauna da África e da América do Sul
também está na deriva continental. Esses dois continentes estiveram
interligados.
A Energia solar é distribuída de forma desigual, sendo maior no equador que nos
pólos o que vai implicar uma diferenciacao na ocorrência das espécies nessas
areas.
Exercicios
Unidade IV
Interdisciplinaridade
Métodos de estudo da Biogeografia
Introdução
Nesta unidade iremos abordar sobre a relacao da Biogeografia e
Biodiversidade com outras ciências, tendo em conta que nenhuma ciência
é autosuficiente, apoiando-se nos conhecimentos das outras para fazer as
suas abordagens e para o seu estudo ela empre determinados métodos
que iremos mencionar.
Metodologia de estudo
Método
- Métodos quantitativos;
- Métodos qualitativos.
Biogeografia e Biodiversidade G0139 27
Métodos quantitativos
Métodos qualitativos
Sumário
Exercícios
Unidade V
Introdução
1. Período Clássico – compreendeu 100 anos (1760- 1860) – período dos viajantes
naturalistas e do predomínio das descrições florísticas e faunísticas das grandes
regiões mundiais.
No Brasil, as missões dos viajantes naturalistas deixaram importante registro de nossa
fauna e flora.
As obras de: Spix e Martius (1817-1820) Langsdorff (1822-1829) e o trabalho de
Biogeografia e Biodiversidade G0139 31
Periodo Wallaceano
Wallace vinha da classe operária na Grã-Bretanha, onde nasceu em 1823 (vide fig.4).
Sua viagem à floresta amazônica, no Brasil, entre 1848 e 1852, com 25 anos, foi
possível porque, com seu amigo Henry Bates, vendia animais, plantas e outros objectos
de história natural que coletava ali para colecionadores na Europa.
Quando Wallace voltava do Brasil (1852) o navio em que ele viajava pegou fogo (Em 6
de agosto, na lat. 30○ 30´ N., long. 52○ W). Ele sobreviveu, mas perdeu seu caderno
de notas e uma grande quantidade de espécies de animais e vegetais, que ele tinha
colectado durante 04 anos.
Apesar disto, em 1853, ele publicou o livro Viagem pelos rios Amazonas e Negro, no
qual ele relata seus dias no Brasil.
Fonte:http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3f/Alfred_Russel_Wallace.jpg
Em 1854, quando tinha pouco mais de 30 anospartiu para o arquipélago Malaio. Tinha
na cabeça a pergunta para a qual não tinha encontrado resposta em sua viagem ao
Brasil: Como as espécies de animais evoluem?
Wallace se impressionou com a mudança brusca nas Famílias de animais entre Bali e
Lombok, embora as duas ilhas sejam muito próximas.
Na primeira ilha Bali, as espécies de animais eram muito parecidas com as de Java,
Sumatra e Malásia. Os animais encontrados em Lombok, por sua vez, eram parecidos
com os de Nova Guiné e Austrália.
O canal que existe entre Bali e Lombok é uma divisão – como se fosse um muro
invisível – entre duas grandes regiões zoogeográficas, a oriental e a australiana.
Fonte:http://upload.wikimedia.org/wikipedia/linha-de-wallace.jpg
Fonte:http://upload.wikimedia.org/wikipedia/limites-regiao/Alfred_Wallace.jpg
Teoria que postula que a crosta terrestre, a litosfera - Crosta e a parte superior do
Manto, até cerca de 100 km de profundidade – está quebrada em um determinado
número de placas rígidas (vide figura 7) que se deslocam com movimentos horizontais.
As placas deslizam ou colidem uma contra as outras a uma velocidade variável de 1 a
10 cm/ano. Nas regiões onde elas se chocam ou se atritam, crescem os esforços de
deformação nas rochas e, periodicamente nesses pontos, contecem os grandes
terremotos. Justamente nos limites das placas tectônicas, ao longo de faixas estreitas e
contínuas, é que se concentra a maior parte da sismicidade de toda a Terra.
Biogeografia e Biodiversidade G0139 34
Fonte:http://upload.wikimedia.org/wikipedia/placas-tectonicas.jpg
Sumário
A história da Biogeografia pode ser dividida em 3 períodos, marcados pelas
diferentes concepcoes que cada um tinha:
1. Período Clássico: compreendeu 100 anos baseava-se nas descrições
florísticas e faunísticas das grandes regiões mundiais.
2. Periodo Wallaceano: publicou o livro Viagem pelos rios Amazonas e Negro,
no qual ele relata seus dias no Brasil (amazonas), tinha como principal
preocupacao saber como as espécies de animais evoluem?
Exercícios
Unidade VI
Biorreinos
Introdução
Caracterizar os biorreinos.
• De Candolle – 1855;
• Slater – 1857;
Biogeografia e Biodiversidade G0139 37
• Wallace - 1876;
• Engler - 1879 e 1882, e outros.
Pelos autores citados. Mesmo havendo certas divergências entre autores nas
delimitações dos biorreinos, existe uma certa unanimidade na hierarquia dos mesmos:
• Reino; região; província, área e distrito.
BIORREINOS
Fonte:http://upload.wikimedia.org/wikipedia/bioreinos-faunisticos.jpg
Biogeografia e Biodiversidade G0139 38
Segundo a rencete divisão dos bioreinos podemos encontrar cinco reinos (vide fig. 9):
Neotropical (novos trópicos)
Neártico e Paleártico = Holártico
Paleotropical (antigo trópico)
Australiano
Antártico
Fig. 9 Divisão da terra em biorreinos floristicos
Fonte:http://upload.wikimedia.org/wikipedia0bioreinos-floristicos.jpg
Capense
Os limites estão bem definidos entre os reinos e regiões, quando há acidentes
geográficos (fig. 10), bem marcantes como cadeias de montanhas; desertos e mares
que constituem uma série de barreiras à expansão da flora e da fauna.
Fig. 10 Capense
Fonte:http://upload.wikimedia.org/wikipedia/capense.jpg
Biogeografia e Biodiversidade G0139 39
Sumario
Existem certas divergências na divisão dos biorreinos, por outro lado existe
tambem uma certa unanimidade na hierarquia dos mesmos
Exercícios
Unidade VII
Especiação
Introdução
A especiacao é o tema que a seguir iremos abordar nesta unidade
temática, irá se cingir no conceito de especiacao, o processo de
especiacao, ou seja, como ocorre a especiacao e os difrentes tipos de
especiacao que resultam na formacao de novas espécies com o mesmo
ancestral.
Definir especiacao;
Processo de especiacao
Fonte: http://3.bp.blogspot.com/moz-faun.jpg
Fonte: http://4.bp.blogspot.com/evolucao2.jpg
Processo de Especiacao
Fonte: http://3.bp.blogspot.com/especiacao-8.jpg
Fonte: http://1.bp.blogspot.com/fig01+(1).GIF
Fonte: http://3.bp.blogspot.com/speciation-modes-edit.pt.svg.png
Fonte: http://3.bp.blogspot.com/espegeo.jpg
Biogeografia e Biodiversidade G0139 45
Fonte: http://4.bp.blogspot.com/8-010.jpg
Fonte: http://3.bp.blogspot.com/img-espec6.gif
Fonte: http://3.bp.blogspot.com/8-014.jpg
Especiaciacao estasipatrica
Extincao
Sumario
Exercícios
1. O que é especiacao?
2. Quais os factores que influenciam na especiacao e como eles actuam?
3. Caracterize os diferentes tipos de especiacao.
4. Defina extincao
5. Quais os factores que influem na extincao das especies.
Unidade VIII
Mecanismos de Formacao de novas
especies
Introdução
Ao longo dos tempos novas espécies têm surgido, enquanto outras se têm extinguido.
Com isso surge uma questao: como se formam as novas espécies, ou seja, como se
multiplicam as espécies?
Para que se formem novas espécies há uma interacao de vários mecanismo dentre
esles destacam-se as diferentes especiacoes que podem ser resumidas em:
Especiação geográfica ou alopátrica – surgimento de barreiras geográficas entre
populações;
Biogeografia e Biodiversidade G0139 51
A especiação alopátrica pode ocorrer por diversos modos, entre eles, isolamento
geográfico, ecológico ou por barreira de híbridos:
Isolamento Geografico
Na área ocupada por uma dada espécie podem ocorrer alterações ambientais em parte
do meio, originando habitats com diferentes condições. Estas alterações podem ser
devidas a florestações, formação ou dragagem de pântanos, períodos de seca, etc.
Nesta situação, os organismos podem iniciar uma divergência devida a adaptação aos
diferentes nichos ecológicos que irão surgir.
Especiação alopátrica
Este tipo de especiação alopátrica pode ser descrito por uma sequência de etapas:
Especiação geográfica
Por exemplo uma situação que ocorreu na ilha do Porto Santo, para onde, no século
XV, foram levados ratos vindos do continente europeu.
Biogeografia e Biodiversidade G0139 52
Isolamento Ecologico
Não se sabe quanto tempo é necessário para a produção de uma espécie, pois se é
possível obter isolamento reprodutor numa geração (poliplóidia), também é possível que
espécies isoladas por mais de 20 M.a. se mantenham morfologicamente semelhantes e
produzam descendentes férteis (como o caso dos plátanos americano e europeu, que
em laboratório mantêm fecundidade total).
Barreira de Hibridos
Dentro de uma espécie existem dois tipos de variabilidade:
Variabilidade interindividual e variabilidade interpopulacional.
O meio ambiente pode variar grandemente, mesmo em zonas contíguas (clima, solo,
luz solar, água, etc.) logo as populações estão sujeitas a diferentes pressões selectivas.
Quando esta variação é gradual diz-se clinal.
Tendo estes aspectos em mente, uma raça geográfica ou subespécie pode ser definida
como populações mendelianas com o mesmo fundo genético (pertencem á mesma
espécie) que apresentem diferenças nas frequências relativas dos vários alelos.
São populações estabelecidas em diferentes áreas pois se vivessem na mesma zona o
cruzamento entre elas originaria uma única população, com frequências genéticas
homogéneas.
Biogeografia e Biodiversidade G0139 54
Identificacao de espécies
Especiacao Simpatrica
Selecção disruptiva – este tipo de selecção exerce forte pressão sobre os indivíduos,
favorecendo os genótipos extremos, podendo originar um polimorfismo equilibrado ou
duas espécies diferentes, se levado ao extremo. Não está devidamente comprovado
que este fenómeno funcione na natureza;
Seleccao disruptiva
Poliplóidia – duas espécies simpátricas (vivendo no mesmo local) podem originar,
instantaneamente, uma nova espécie por poliplóidia.
cruzamento (que não correu bem, pois obteve uma planta com a raiz da couve e as
folhas do rabanete…), Karpechenko verificou que o híbrido resultante também
apresentava 2n=18 mas era estéril.
No entanto, alguns híbridos apresentavam 2n=36 e esses eram todos férteis. A
explicação para este facto reside na poliplóidia: no híbrido os cromossomas não
emparelha na meiose logo este é estéril.
Mas se existir uma duplicação do total dos cromossomas (após a replicação do DNA
não ocorre a disjunção cromossómica) o híbrido irá apresentar dois conjuntos
completos de cromossomas, permitindo o emparelhamento. O híbrido tetraplóide
produz, assim, gâmetas 2n viáveis.
Assim, Karpechenko criou uma nova espécie, o híbrido fértil da couve e do rabanete.
O Triticale é outro híbrido fértil produzido pelo Homem, um poliplóide do trigo e do
centeio, que apresenta o vigor do centeio e o grão do trigo. Actualmente, muitas das
plantas cultivadas são poliplóides, como batatas, bananas, cana-de-açúcar e café, bem
como, calcula-se, cerca de 47% das angiospérmicas.
Um preconceito que se deve descartar é o facto de que não será possível a ocorrência
de reprodução assexuada em vertebrados pois tal existe e permite a poliplóidia. Claro
que o fenómeno não é geral, não se conhecendo reprodução clonal na maioria das
espécies.
Este tipo de reprodução faz-se a partir de uma fêmea, cujos óvulos funcionam como
ovos, dando origem a clones de si própria. Este processo é anómalo em vertebrados,
não se conhecendo exactamente o mecanismo que o desencadeia. Por vezes o
estímulo para esse processo é a entrada de um espermatozóide, numa copulação que
não será seguida de uma fecundação pois o espermatozóide será rejeitado e destruído.
Ao longo das gerações, esses clones exclusivamente femininos manter-se-ão deste
modo, coexistindo com a população normal diplóide, até que um dos espermatozóides,
por outra anomalia no processo, seja admitido originando um híbrido triplóide ainda
estéril.
Tipos de Isolamento
Se uma dada região do território de uma espécie é imprópria para a sobrevivência
desses organismos, constitui uma barreira extrínseca, seja ela um rio, uma montanha,
um deserto, etc.
Obviamente estas barreiras variam com as espécies pois enquanto um rio pode ser
uma importante barreira para uma população de ratos, por exemplo, não o será para
uma população de aves.
Estas barreiras impedem o contacto físico entre populações. As condições climatéricas
Biogeografia e Biodiversidade G0139 59
Duas espécies diferentes – as populações não podem trocar genes pois existem
mecanismos isoladores intrínsecos. As duas populações podem ser simpátricas, entrar
em competição (e até uma delas extinguir-se) ou habitarem zonas distintas e serem
alopátricas;
Uma única espécie – as populações voltam a trocar genes entre si e formam um único
fundo genético, não houve isolamento reprodutor. A troca de genes pode ser tão livre
que se tornem uma só população (uma espécie única) ou a troca de genes pode ocorrer
apenas na zona de contacto, originando híbridos (duas subespécies).
Isolamento Geografico
Este tipo de barreira explica a coexistência de duas espécies no mesmo local e tempo,
sem que se cruzem. Resulta de diferenças genéticas entre duas populações e é
necessário à multiplicação de espécies.
Isolamento gamético – existe troca de gâmetas mas a célula masculina não atinge a
feminina, devido a reacções imunitárias ou por falta de reconhecimento químico entre
gâmetas. Este processo existe em moscas Drosophila e é muito comum em peixes,
devido ao facto de os gâmetas se unirem na água;
Isolamento por esterilidade dos híbridos – também conhecido por isolamento pós-
zigótico, neste caso o embrião desenvolve-se mas não atinge a idade adulta ou, se
atinge a idade adulta, é estéril ou é eliminado por selecção. Por vezes o sex-ratio dos
híbridos não permite a formação da geração seguinte;
Biogeografia e Biodiversidade G0139 61
Por vezes a classificação dos mecanismos isoladores distinguia entre mecanismo pré- e
pós-copulatórios mas tal classificação foi abandonada pois não só a maioria dos
organismos não realiza cópula, como a exigência de copulação é, ela própria, um
mecanismo isolador.
Uma hipótese explicativa da origem de Drosophila montana considera que teria existido
uma inversão pericentrica no cromossoma 2 da espécie ancestral. Este facto não
reduziria o número de cromossomas mas impossibilitaria o seu emparelhamento
correcto, criando um isolamento reprodutor – esterilidade cromossómica.
Estas alterações cromossómicas modificam o arranjo dos genes de tal modo, que deixa
de existir homologia. Os híbridos resultantes do cruzamento entre indivíduos com o
genótipo ancestral e indivíduos com o novo genótipo são estéreis.
Biogeografia e Biodiversidade G0139 62
Sumario
A especiação alopátrica pode ocorrer por diversos modos, entre eles, isolamento
geográfico, ecológico ou por barreira de híbridos
Exercícios
Unidade IX
Claudistica
Introdução
A Cladística
Fonte:http://pt.wikpedia.org/wiki/ficheiro:willi-henning2.jpg
Usada pelos investigadores há mais de 50 anos, somente nos últimos vinte anos
tornou-se popular e utilizada de forma quase universal. Este atraso na difusão das
ideias básicas da cladística foi causado principalmente pelas dificuldades em torno da
língua alemã, que tinha pouca representatividade no cenário científico da época,
gerando um intervalo de 15 anos entre a criação e o reconhecimento da Sistemática
Filogenética, e que só foi quebrado em 1966, com a publicação de “Phylogenetic
Systematics”, uma nova versão do livro de 1950, feita por Willi Hennig e contando uma
escrita de leitura mais simples e de mais fácil assimilação. Redigido originalmente em
alemão, e traduzida posteriormente para o inglês, foi a partir desta obra que o trabalho
de Hennig passou a ganhar maiores dimensões. Principalmente nos últimos 10 anos
onde pode se notar um vertiginoso aumento no número de trabalhos e livros enfocados
na sistemática filogenética, bem como a grande aceitação de sua estrutura teórica por
novas gerações de biólogos, indicando a grande influência que este método possui.
Embora a teoria da evolução não seja obra de Hennig. Foi devido ao seu método de
análise das relações de parentesco baseada em padrões evolutivos que os métodos
mais antigos e laboriosos, baseados apenas em reuniões de semelhanças em vez de
conhecimentos sobre os processos evolutivos, puderam ser repensados.
agrupadas em um mesmo grupo, de grau mais baixo do que o de duas espécies que
possuem um ancestral comum mais distante. Quanto mais distante for o ancestral
comum a duas espécies, maior será a distância entre os seus respectivos táxons. Este
processo é feito utilizando tanto espécies vivas quanto fósseis de forma continua, até
que todas as espécies estejam contidas em um único grupo, contendo todos os
descendentes do mais distante ancestral comum á vida.
Esquema 2. Cladograma
Fonte: http://pt.wikpwdia.org/wiki/ficheiro:idendical-caldograms.svg
Dois exemplos de cladogramas. Onde (A+B) formam um clado e (A+B+C) formam outro
clado, que contém o clado (A+B)
Fonte: http://pt.wikpwdia.org/wiki/ficheiro:extant-tetrapoda.jpg
Por exemplo se no exemplo anterior fosse utilizado Rã, cavalo e peixe, a pata
pentadactila não seria uma condição ancestral, pois não estaria no ancestral comum
aos três grupos. Ela evoluiu dentro do grupo que esta sendo analisado e informa algo
sobre a filogenia. Ela informa que o cão e a rã possuem um ancestral comum mais
recente do que cada um deles tem com o peixe.
Os Registro fóssil (ver fig. 21) e a comparação com o grupo externo, não são as únicas
formas de determinar a "polaridade" de um caracter. Existem também várias outras
técnicas, como por exemplo; técnicas que utilizam o desenvolvimento embrionário,
técnicas que utilizam genes parálagos e etc.. mas sem dúvida, estas são as técnicas
mais utilizadas para definir a polaridade de caracteres, atualmente.
Fonte: http://pt.wikpwdia.org/wiki/ficheiro:extant-tetrapoda.jpg
Há algumas décadas, a maioria dos filogeneticista, entre eles o próprio Willi Heninge,
Biogeografia e Biodiversidade G0139 70
não acreditavam que fosse possível reunir dados que permitissem concluir
satisfatoriamente que uma espécie extinta fosse, de facto, ancestral. Atualmente, ao
menos alguns autores admitem, que de posse de uma reconstrução filogenética, dados
acumulados sobre fósseis em estratos geológicos e uma reconstrução biogeográfica
dos grupos envolvidos, talvez fosse possível apresentar uma hipótese consistente
indicando que uma determinada espécie extinta seja ancestral de um grupo monofilético
conhecido. Ainda que se admitam hipóteses desse tipo (que seriam refutadas com a
primeira autapomorfia encontrada na espécie extinta),é evidente que são necessários
muitos dados acurados para a elaboração deste tipo de construção. Por outro lado é
importante notar que o acúmulo de informações bastante detalhadas
de fósseis em âmbar do cretáceo e do terciário pode mudar um pouco este quadro.
Várias peças em âmbar permitem verificar não apenas detalhes damorfologia (e,
portanto posicionar estas espécies com mais segurança em filogenias com grupos
recentes), como também dados indiretos de comportamento e da biologia destes
indivíduos (itens alimentares, parasitas, comensais, transporte de larvas em formigas
etc). Isso conferiu um posicionamento filogenético muito mais seguro e causou uma
revolução na paleontologia tradicional.
Critério da objectividade
Por exemplo, um taxonomista poderia decidir agrupar as espécies de acordo com o dia
da semana que eles as descobri, algumas na segunda, outras na terça e etc... Este é
um exemplo de um critério de classificação subjectivo; ele não possui embasamento
teórico para justificar a sua utilização em vez da de outro. Um critério subjectivo não
apresenta nenhuma propriedade inerente e exclusiva apenas aos indivíduos do grupo.
Biogeografia e Biodiversidade G0139 71
Sumario
Exercícios
Unidade X
Filogenética e sistemática
Introdução
Classificacao Filogenetica
Fonte:http://www.portalsaofrancisco.com.br/evolucao-dos-seres-vivos/evidencias-da-evolucao-
3.php
O mundo vivo é constituído por uma enorme variedade de organismos. Para estudar e
compreender tamanha variedade (Biodiversidade), foi necessário agrupar os
organismos de acordo com as suas características comuns, ou seja, classificá-los. A
sede de classificar os seres vivos é partilhada por cientistas e não cientistas. Uma
característica inerente ao ser humano é a tendência de reunir em grupos os objetos ou
seres que apresentam características semelhantes.
Deve-se adoptar uma única classificação que possa servir como sistema geral de
referência. Um sistema classificativo viável tem de compreender uma hierarquia em que
grupos são totalmente integrados dentro de grupos compósitos mais amplos, sem que
Biogeografia e Biodiversidade G0139 75
haja sobreposição.
A espécie humana, por exemplo, é membro da ordem dos primatas, que está contida na
classe dos mamíferos, etc. As classificações filogenéticas se mostram mais úteis para
esses propósitos. Quando se toma apenas uma única característica para fazer uma
classificação, constróem-se táxons que podem não refletir a evolução dos de mais
caracteres. Por outro lado, uma vez que os caracteres se originam dentro da filogênese,
todos os caracteres em princípio podem ser compreendidos com o conhecimento da
filogenia dos grupos.
Quando uma espécie se ramifica durante a evolução, geralmente forma duas espécies
descendentes, chamadas espécies irmãs, as quais são classificadas juntas na
classificação filogenética (ou cladística). A hierarquia filogenética existe
independentemente dos métodos que usamos para descobri-la, e é única e inequívoca
quanto a forma.
A principal evidência para relações filogenéticas provém de um tipo especial de
característica, chamadas homologias derivadas. Os caracteres podem ser
distinguidos em homoplasias (caráter compartilhado por duas ou mais espécies que não
estava no ancestral comum a elas) e homologias (caráter compartilhados por duas ou
mais espécies que estava presente no ancestral comum a elas) e estas em homologias
derivadas e ancestrais. Apenas as homologias derivadas indicam relações filogenéticas
e a classificação cladística é baseada em caracteres homólogos derivados, e não em
homoplasias e homologias ancestrais. Uma homologia que está presente no ancestral
comum de todo o grupo de espécies sob estudos é um homologia ancestral. Por outro
lado, uma homologia derivada são características que evoluíram dentro do grupo de
espécies sob estudo, após o ancestral comum e informa-nos algo sobre a filogenia,
Biogeografia e Biodiversidade G0139 76
Metodos de Classificacao
Historico
classificação de organismos.
Foi deixada para o entomologista alemão Willi Hennig para codificar a distinção
fundamental entre monofilético e grupos parafiléticos e, assim, distinguir claramente
entre grupos sociais artificial (aqueles polifilético e parafilético) e natural (aqueles
monofilético). Uma contribuição de imensa importância de Henning foi a elaboração de
um método de reconstrução de parentesco entre espécies e grupos de espécies.
Henning diz que todos os táxons da classificação devem ser monofiléticos e todas as
informações entre grupos-imãos devem estar expressas. A classificação filogenética é
defendida por Hennig.
Antes da Segunda Guerra Mundial, Hennig começou a desenvolver o que viria a ser
conhecido como sistemática filogenética. Hennig absorveu a influência dos
trabalhadores, tais como Haeckel, Zimmerman, e Neaf, e em verdade, ele não foi o
primeiro a defender muitas das idéias que formam agora a base para a abordagem
sistemática.
De acordo com a análise de Richter e Meier (1994) , o monofiletismo estrito era central
Biogeografia e Biodiversidade G0139 78
para Hennig (1950), mas também realizou uma cuidadosa distinção entre apomorfia e
plesiomorfia, enquanto o termo parafilia não foi adotado até um manuscrito de 1960.
Willmann (2003) fornece uma outra análise do histórico contexto das idéias que levaram
à Hennig o desenvolvimento do que hoje conhecemos como sistemática filogenética.
Nem todas as idéias de Hennig desempenham um papel central em como a disciplina é
praticada hoje. Ele, no entanto, delineava um programa coerente de filosofia sistemática
e da investigação e o seu trabalho foi fundamental para o sucesso final da disciplina.
Sua primeira síntese, Grundzüeiner Theorie der Phylogenetischen Systematik,
descreveu os objetivos básicos, e sua posterior em Inglês – Phylogenetic
systematics continha cinco idéias básicas que começou uma grande revolução em
sistemática:
desse ancestral e nenhum outro organismo. Isso confere um significado muito particular
a essas classificações. Quando os táxons são monofiléticos, eles correspondem a
entidades históricas que são descobertas, e não inventadas. A partir daí o sistemata
tem a tarefa de obter cladogramas e se cria um sistema de nomes que reflita a filogenia
em todos os níveis4 .
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki.ficheiro:biological-classification-l-pengo-vflip-pt.svg
Subordinação
Sequenciação
(3) Sem o uso de outros recursos, um número grande de táxons inclusivos permanece
sem nome nas classificações, criando transtornos para nos referirmos a ele; e
(4) Não é possível, sem lançar mão de artifícios, indicar na classificação que há
Biogeografia e Biodiversidade G0139 81
politomias na filogenia.
Wiley em 1979, sugeriu uma solução para saber quando uma sequência de nomes de
táxons representa ramos laterais sucessivos ou uma politomia, propondo que se
acrescentasse a expressão “sedis mutabilis” ao nome de cada táxon da politomia.
Ambas as classificações são logicamente consistente e totalmente informativas da
árvore, e só existem duas regras para classificação filogenética a ser denominado:
Quando se obtém uma filogenia para um grupo, é necessário transformá-la, para fins de
comunicação, em uma classificação que a reflita de modo integral. Este é um dos
pontos mais importantes para a sistemática filogenética e também um dos pontos de
maior disputa entre as escolas de sistemática.
O sistema hierárquico lineano tem limitações que não permitem que a classificação
expresse por si só, de modo claro, aspectos mais complexos das relações de
parentesco.
Os vários tipos de classificações por subordinação têm sido menos utilizados nos
últimos anos, principalmente por provocarem um incremento muito grande no número
de categorias e de nomes supérfluos, tornando-as de memorização e comunicação
difíceis. A classificação que utiliza os métodos de sequenciação e de subordinação
conjugados tem sido aceita por muitos autores como a mais apropriada para os fins a
que se propõe. Contudo, o próprio método de sequenciação tem limitações que,
adicionadas aquelas intrínsecas ao sistema lineano, precisam ser superadas.
Contudo Wiley (1979) demonstrou que isso é exequível na subordinação com o uso de
artifícios; este autor, contudo, concordou com Nelson (1974) que o método da
seqüenciação não comporta a inclusão da espécie ancestral. O uso do "grupo + ", é
uma alternativa que permite solucionar este problema.
Quando a sequência dos nomes dos táxons correspondentes aos ramos laterais de
uma filogenia é listada no método da sequenciação, os grupos-irmãos dos sucessivos
ramos laterais- ou grupos inclusivos - ficam sem nome. As vezes, esses grupos não são
de maior relevância. Contudo, numa discussão detalhada da filogenia, analisando cada
nível de universalidade, fica muito difícil referir-se a eles e eventualmente alguns táxons
podem corresponder a grupos de grande importância evolutiva, taxonômica e /ou
biogeográfica: em qualquer caso a ausência de nomes é por muitos motivos
desinteressantes.
Sumario
Classificações filogenéticas pretendem traduzir a posição de cada organismo
em relação aos seus antepassados, bem como as relações genéticas entre os
diferentes organismos actuais; é representada pela Arvore da vida. Para estudar
e compreender tamanha Biodiversidade foi necessário agrupar os organismos de
Biogeografia e Biodiversidade G0139 84
Exercícios
Unidade XI
Teoria da biosfera:
Teoria de Wladimir Vernadsky
Teoria de Gaia
Introdução
Vernadsky abre uma nova pesquisa: a “geo - química global”, designada como a
química e a história da crosta terrestre. A tradição ângulo - saxónica estava mais
ancorada em conceitos geo - botânicos e Vernadsky introduz uma visão ecológica da
terra. Ele ajudou a fazer da ecologia uma ciência da terra. No início, essa visão ficou
restrita à área russa. Alfred Lotka introduz a “ecologia global” nos Estados Unidos e no
ocidente.
Vernadsky define a biosfera, como a região única da casca terrestre, ocupada pela vida,
que não é um fenómeno exterior ou acidental na superfície terrestre. A vida está ligada
por um laço estreito à estrutura da própria crosta terrestre e faz parte de seu
mecanismo...A vida e toda matéria vivente podem ser concebidas como um conjunto
indivisível no mecanismo da biosfera.
A propriedade da vida é sua ubiquidade (está em toda terra), sua fabulosa capacidade
Biogeografia e Biodiversidade G0139 87
Vernadsky prega uma mudança nas formas de alimentação e na utilização das fontes
de energia por parte do ser humano. A realização dessa utopia social é de grande
urgência. Ele prega a utilização da energia solar e a transformação do ser humano em
animal autotrófico, consumindo apenas sínteses alimentares. Isso terá repercussões
imensas. Será a expressão de um processo que dura milhões anos. Para Vernadsky,
essa nova utopia será possível pela ciência.
Lovelock, químico, médico e inventor, é uma figura bizarra e carismática. Adorado por
muitos ambientalistas, é também um defensor tenaz do uso da energia nuclear, que
considera “verde”. Tomado como exemplo por muitos grupos New Age, sempre teve
uma postura marcadamente materialista. Ele se define um “cientista independente”.
Trabalhou décadas em sua mansão - laboratório, na Inglaterra, como uma espécie de
pesquisador freelancer, prestando consultorias para institutos de pesquisa científico-
tecnológica de diversos países. Mais de trinta anos atrás, integrando uma equipe da
NASA que projectava detectores para a busca de vida extra-terrestre, formulou a ideia
que iria transformá-lo em um dos mais contestados e famosos cientistas de sua
geração.
Biogeografia e Biodiversidade G0139 89
Gaia quer ser um conceito ainda mais amplo que biosfera, importante para
compreender o destino da terra como planeta vivente. A terra é entendida como uma
gigantesca máquina termo - química. A proposta explicativa de James Lovelock está
principalmente em duas de suas obras: Gaia: New Look at Life on Earth (New York:
Oxford University Press, 1979) e The Ages of Gaia (New York: Norton, 1988). Essa
última obra está traduzida ao português: As eras de Gaia: A biografia da nossa terra
viva (S. Paulo: Campus, 1991).
Fonte:http://bp.blogspot.com/gaia.jpg
Biogeografia e Biodiversidade G0139 90
“A linguagem dos primeiros trabalhos nos quais Lovelock apresentava a hipótese era
poética, romântica, mas pouco rigorosa”, comenta Marina de Lima Tavares, doutoranda
em educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Essas descrições da
Terra como sendo ‘viva’, como um organismo, foram mal explicadas e causaram mal
entendidos na comunidade científica”.
Tavares, que trabalha sobre a hipótese há vários anos e integra um grupo de pesquisa
da Universidade Federal da Bahia (UFBA) sobre história, filosofia e ensino das ciências
biológicas, afirma que o próprio Lovelock admitiu os defeitos em suas formulações
iniciais e, nos anos seguintes, refinou e reformulou sua teoria, com a ajuda de Margulis.
“A biosfera não foi mais descrita como responsável, sozinha, por manter activamente a
homeostase do planeta, mas como interagindo com factores geológicos e geoquímicos.
Isso trouxe maior credibilidade à ideia”.
De acordo com Lovelock, quando há poucas algas no oceano, pouco DMS é emitido na
Biogeografia e Biodiversidade G0139 92
Esses indícios, porém, não convenceram todos os cientistas a considerar Gaia mais do
que uma metáfora bizarra. Para muitos biólogos, não há dúvida de que os seres vivos,
além de se adaptar ao meio ambiente a seu redor, podem modificá-lo. Mas isso não
significa que a Terra evolua como um todo ou que possa ter mecanismos de auto-
regulação efectivos.
A crítica não foi direccionada somente à metáfora poética de uma Terra vista como
hiper-organismo, mas também ao conteúdo específico da hipótese Gaia.
Particularmente, a ideia de que a vida buscaria condições adequadas por seu próprio
desenvolvimento foi considerada fascinante mas pouco baseada em fatos e nos dados
empíricos. Richard Dawkins, por exemplo, célebre pelos usos que fez em seus livros da
metáfora dos genes “egoístas”, odiou a metáfora do colega freelancer. Como é
possível, perguntou, que um sistema complexo, feito de milhões de espécies diferentes,
busque construir e manter condições "adequadas" para a vida? Existem tais condições,
sendo que cada organismo luta sozinho para sua adaptação e precisa de clima e
recursos diferentes? Pode existir altruísmo na evolução darwiniana?
Os opositores de Gaia acham que não existe algo como um “bem comum” na natureza,
explica Tavares, “e que então é muito difícil imaginar a existência de sistemas de auto-
regulação do clima ou da composição química de partes da geosfera. Não existiriam, de
acordo com eles, condições comuns favoráveis à vida como um todo”, comenta
Tavares.
orgânica e não reducionista de nosso planeta foi, sem dúvida, extraordinário. A ideia de
que a Terra pode buscar seus próprios equilíbrios, mas que também pode adoecer, foi
aproveitada por muitos ambientalistas para advogar políticas sérias de desenvolvimento
sustentável. E, de acordo com alguns, na didáctica da ciência e na educação ambiental
Gaia pode ser um instrumento útil para imaginar as relações complexas que ligam seres
vivos e sistemas não vivos em nosso planeta.
Para Gondim, Gaia, nesse sentido, não pode ser considerada uma moda passageira.
Muito pelo contrário, essa visão orgânica da Terra está sendo incorporada à teoria
ecológica por muitos pesquisadores, pode ajudar em explicar fenómenos anormais
como secas em latitudes húmidas ou tempestades de gelo nas estações de verão
europeu e também é de auxílio para quem como ele, trabalha com pesquisa - acção na
área ambiental. “É um conceito de interferência no ambiente em que a geração de
conhecimento segue junto com a sua imediata aplicação”, comenta.
“Assim, minhas ideias estão embasadas num olhar acurado e permanente do ambiente
ao redor, perto ou longe. A grande força de Gaia está no retorno do pensar inteiro, na
fuga deliberada da especialização, da compartimentalização do universo”. Além disso,
continua o ambientalista, a ideia da Terra como um ser vivo provoca nas pessoas a
consciência sobre o ambiente.
Tem uma frase ambientalista, cunhada tempos atrás, que diz “Pensar globalmente, agir
localmente”. Esse pensar inteiro, global, remete para o organismo vivo Gaia. E isso é
sensibilização ambiental, é educação ambiental, ou, melhor educação sócio - ambiental.
Para Tavares, pode ser prematuro afirmar cientificamente que “a Terra é viva”, mas ao
mesmo tempo, algumas metáforas de Lovelock podem ser úteis na didáctica.
A fala do Lovelock é muito poética, o que facilitou a popularização de sua teoria mas, ao
mesmo tempo, dificultou sua análise séria por parte da comunidade científica. No
entretanto, com relação ao ensino da biologia, conclui a pesquisadora, “Gaia tem muito
a contribuir. Por exemplo, para explicar os ciclos bio - geo - químicos. Lovelock trabalha
contra a fragmentação disciplinar. Na sala de aula, sua hipótese pode ajudar em
Biogeografia e Biodiversidade G0139 94
A afirmação central é que a própria vida contribui para conservar as condições para a
vida no planeta terra. Ela interage constantemente com o meio – ambiente físico-
químico, formando com ele um ser vivente. Gaia é uma entidade complexa,
compreendendo a biosfera terrestre, os oceanos e a terra. O conjunto forma um sistema
cibernético de feedback, que procura o ambiente físico e químico óptimo para a vida
sobre o planeta. A preservação das condições relativamente constantes para um
controle activo da vida pode ser descrita pelo termo homeostasia.
Na primeira obra, Lovelock fala de “biota”, como conjunto da vida terrestre, e biosfera,
como o conjunto do ambiente da vida. Gaia é mais extenso que biosfera, entendida
como parte do planeta onde existe vida, porque inclui a totalidade da atmosfera, rochas
e oceano.
Para Lovelock, a terra e a vida que ela carrega são um sistema que possui a faculdade
de regular sua temperatura e a composição de sua superfície, mantendo-os propícios à
existência de seres vivos.
Biogeografia e Biodiversidade G0139 95
A hipótese Gaia suscita interesse, mas também objecções principalmente por assinalar
uma teleologia à terra, dando ao mundo uma capacidade de previsão e um sentido de
projecto do qual não existe prova. A essa objecção, Lovelock responde que ela esquece
algumas observações tangíveis: o fato da crosta terrestre, os oceanos e o ar não
serem dados brutos. Eles são directamente produzidos pelos seres vivos ou
modificados por sua presença. Para responder aos seus objectores, Lovelock cria um
modelo de explicação, comprovado em computador: a "parábola das flores margaridas".
Ele imagina um planeta floral, habitado por duas espécies de margaridas, uma clara e a
outra escura, cujo ambiente é reduzido apenas à uma variável, a temperatura. Debaixo
de 5º e acima de 40º, elas não sobrevivem. O planeta floreal é clareado por uma estrela
cuja luminosidade aumenta com a idade como no caso do sol. Na baixa temperatura, as
margaridas escuras são favorecidas e absorvem mais radiação e crescem. Assim elas
aumentam e fazem subir a temperatura localmente e depois regionalmente. Isso abre
espaço para que apareçam as margaridas brancas, enquanto que as negras emigram
para regiões mais frias, levando igualmente a um processo de aquecimento e assim
sucessivamente. Trata-se de uma retroacção positiva.
Com esse modelo, Lovelock quer explicar a possibilidade de regulação do ambiente por
uma biocenose. Ele coloca-se a pergunta: Será que a evolução do ecossistema do
“planeta das margaridas” levaria a auto-regulação do clima? Essa parábola introduz
uma novidade na ecologia, a retroacção, que permite internalizar variáveis do ambiente.
Essas variáveis são susceptíveis de modificação pelo comportamento da biocenose.
Esses mecanismos auto - reguladores são típicos da teoria dos sistemas e da
cibernética. Nesse sentido não existe uma determinação teleológica.
Biogeografia e Biodiversidade G0139 96
Propriedades da Biosfera
Auto reguladora
A Biosfera naturalmente regula o fluxo de energia que entra e que sai na relação dentre
os organismos existem níveis médios envolta dos quais a variação deste ronda.
É flexível e complexa
Os organismos que compõem a biosfera relacionam-se entre si num sistema complexo,
a modificação ou eliminação de um destes organismos implica reacções imediatas da
biosfera no seu todo.
Biogeografia e Biodiversidade G0139 97
Sumario
A teoria da biosfera de Wladimir Vernadsk
Vernadsky, pai da ecologia global holista, define o conceito numa perspectiva mais
ampla e complexa, abre uma nova pesquisa: a “geo - química global”. Em 1926,
Vernadsky publicou a obra “A biosfera” cuja intenção era chamar atenção dos
naturalistas, geólogos e sobretudo biólogos da importância do estudo quantitativo da vida
em suas relações indissolúveis com os fenómenos químicos do planeta.
Vernadsky define a biosfera, como a região única da casca terrestre, ocupada pela vida,
que não é um fenómeno exterior ou acidental na superfície terrestre. A propriedade da
vida é sua ubiquidade, sua capacidade de ocupar qualquer espaço livre. Ele vê a
biosfera como um mecanismo cósmico harmonioso.
James Lovelock, propunha o termo Gaia como mais amplo que biosfera para
compreender a terra como planeta vivente. A terra é entendida como uma gigantesca
máquina termo - química
A hipótese afirma que os seres vivos, além de se adaptarem ao meio ambiente também
podem modificar alguns aspectos do mundo não vivo.
Gaia afirma também que a biosfera e a geosfera são interligadas e evoluem de forma
conjunta, por meio de complexos sistemas de retroalimentação. O conjunto da geo -
biosfera agiria como um sistema capaz de se auto-organizar de maneira de manter as
condições melhores para existência da vida. “Como se a Terra”, diz Lovelock, “fosse um
único, grande organismo vivo”.
Se a hipótese Gaia encontrou grandes dificuldades para se tornar uma teoria científica,
seu poder como metáfora inspiradora ou como símbolo de uma visão orgânica e não
reducionista de nosso planeta foi extraordinário. A ideia de que a Terra pode buscar seus
próprios equilíbrios, mas que também pode adoecer, foi aproveitada por muitos
ambientalistas para advogar políticas sérias de desenvolvimento sustentável.
Assim, com base nas ideias das terios anteriores conclui-se que a biosfera apresenta
propriedades como a auto regulacao, flexibilidade e complexidade e auto depuracao.
Exercícios
1. Defina biosfera.
Biogeografia e Biodiversidade G0139 98
Unidade XII
Ecozona
Caracteristicas dos ecozonas
A classificação de Wallace
O WWF biogeográfica reinos
Os agrupamentos de ecozonas
Introdução
Definir ecozona
Caracterizar as ecozonas
Diferencias as ecozonas
Classificar as ecozonas segundo os diferentes autores
Ecozona
Objectivos Uma ecozona ou ecozone é a maior divisão de escala da superfície da Terra com base
na evolução histórica e padrões de distribuição de plantas e animais.
Biogeografia e Biodiversidade G0139 100
Esse sistema de classificação biogeográfica e ecológica da área de terra foi proposto por
Miklos Udvardy em 1975, com base em classificações anteriores de Sclater e Wallace,
com a finalidade de auxiliar na preservação do meio ambiente. Ecozones sistema mais
utilizado hoje é o desenvolvido pelo WWF. Discutimos se os biomas são mais adequados
para esta finalidade.
Biogeografia e Biodiversidade G0139 101
Classificao de Wallace
Em 1872, Alfred Russel Wallace Inglês como zoógrafo de renome, naturalista, explorador,
geógrafo, antropólogo e biólogo, a pedido de muitos amigos, incluindo Darwin, Philip
Sclater, e Alfred Newton começaram a investigação para uma revisão geral da distribuição
geográfica animal.
Ele forneceu mapas que mostram estes factores, tais como a elevação das montanhas,
nas profundezas dos oceanos e do caráter da vegetação regionais, afetando a distribuição
dos animais. Também catalogado todas as famílias conhecidas e gêneros listados
animais superiores e distribuição geográfica conhecida. O texto está organizado de modo
que era fácil para um viajante saber o que os animais estão em um determinado local. O
resultado deste trabalho foi publicado em dois volumes em 1876 sob o título de A
distribuição geográfica dos animais, e servem como o texto definitivo sobre a zoogeografia
dos próximos 80 anos.
Em 1880, Wallace publicou o livro como uma continuação de seu trabalho anterior, Island
Life estudar a distribuição de espécies animais e vegetais nas ilhas.
por uma total falta de mamíferos terrestres e anfíbios, e seus habitantes são geralmente o
resultado acidental da colonização e evolução.
Wallace dividiu as restantes ilhas, que ele chamou continental, em duas classes com
base na sua ligação a um continente mais ou menos recentemente e discutimos como
essa diferença afetou a flora e fauna. Ele falou sobre como o isolamento afecta o
desenvolvimento e como isso pode levar para a preservação de algumas espécies de
animais, tais como lêmures em Madagascar, que são os restos de uma fauna continental,
uma muito difundida. Estudada em detalhe como as mudanças climáticas, incluindo os
períodos de maior glaciação, pode ter afetado a distribuição da flora e fauna nas ilhas, e
na primeira parte do livro discute as possíveis causas destas grandes épocas da gelo.
Fonte:http://upload.wikimedia.org/wikipedia/Florenreiche.jpg
WWF mais esquema ecozonas divide em 867 biomas, definido como uma área de terra
ou água contendo um conjunto geograficamente distinto de comunidades naturais que
compartilham a grande maioria das suas espécies e dinâmicas ecológicas, compartilhar
condições ambientais semelhantes e ecológicamante interagir tão crucial para a sua
sobrevivência a longo prazo.
Agrupamentos de ecozonas
O máximo de clustering impérios fauna ecozonas permite distinção de grandes áreas
biogeográficas para as várias eras glaciais e separações continentais. Ele define três
impérios da vida selvagem:
Arctogea ou Megagea, regiões agrupamento holártica, Afrotropical e Indo-Malaio.
Neogea equivalente à região Neotropical.
Notogea, constituída pelas regiões australianas, oceânico e da Antártida.
Sumário
Uma ecozona ou ecozone é a maior divisão de escala da superfície da Terra com base
na evolução histórica e padrões de distribuição de plantas e animais. Elas representam
grandes áreas da superfície da Terra, onde as plantas e os animais desenvolveram um
relativo isolamen to por longos períodos e foram fisicamente separados uns dos outros
por certas características geológicas. Cada ecozona pode incluir um número de
diferentes biomas
Wallace nos seus estudos da biodiveridade classifica as grandes regioes separadas por
barreiras naturais em: Complexo paleotropical composto pela Região Afrotropical, com
duas sub-regiões (África sub-saariana e Madagascar), Indomalaya; Complexo
australiano, dividido em duas grandes regiões (Australasia e a Região Oceânica);
Holartic complexo, composto de duas regiões (Paleártico e Região Nearctic); Região
Neotropical e Antarctic Região.
O WWF tambem elabora uma pesquisa em que faz a sua divisao das ecozonas
tendo desenvolvido um sistema de oito reinos biogeográficos. Alem destes
encontramos alguns agrupamentos de ecozonas que se resumem em tres:
Arctogea ou Megagea, Notogea e Neogea.
Biogeografia e Biodiversidade G0139 105
Exercícios
1. Definir ecozona
2. Caracterizar as ecozonas
3. Diferencias as ecozonas
4. Classificar as ecozonas segundo Wallace e WWF
Unidade XIII
As classificações Biogeográficas
As regiões biogeográficas
As regiões fitogeográficas
Introdução
Definir fitogeografia;
Caracterizar as divisoes da fitogeografia;
Objectivos
Descrever os metodos da fotogeografia.
Identificar as principais regioes fitogeograficas do mundo e de Mocambique
Metodos da Fitogeografia
A fitogeografia atualmente adquiriu novos métodos de investigação utilizando-se
de técnicas de geoprocessamento e cartografiapara mostrar a dinâmica dos
vegetais e da cobertura vegetal no espaço geográfico. Seus estudos são
realizados principalmente por ecólogos, botânicos e geógrafos.
De uma forma geral as comunidades, conhecidas como biomas, podem ser assim
descritas numa escala global: Floresta tropical húmida, floresta tropical decídua ou
seca, savana, matas secas espinhentas, matagais esclerófilos da zona
mediterrânea e de outras partes da Terra, floresta temperada decídua, floresta
temperada húmida, floresta temperada
mista de angiospermas e coníferas, floresta de coníferas, estepe, pradaria, ervas e
arbustos de deserto e a tundra. Dentro destes biomas e na interface deles com
outros biomas existem diferentes comunidades de transição e, possuem várias
denominações regionais. Existem também comunidades de transição entre os
grandes ambientes da biosfera, ou seja, entre o meio terrestre e o marinho,
há mangues, pauís, ervas e arbustos de dunas e restingas, etc.
Região Holártica
Taiga Faz limite sul com a tundra, sendo encontrada igualmente na Europa, Ásia e
América do Norte. Presença de pinheiros, abetos e larícios, vegetação adaptada
Biogeografia e Biodiversidade G0139 109
Região Paleotropical
Região Neotropical
Região Australiana
Região Antártica
Sumário
Fitogeografia, corologia ou geobotânica é uma disciplina multidisciplinar que versa
sobre a distribuição geográfica dos vegetais e de comunidades nas diversas regiões do
globo segundo as zonas climáticas e factores que possibilitam a sua adaptação,
principalmente factores do meio físico. Ela se encontra dividida em: Fitogeografia
florística e Fitogeografia ecológica; ela usa metodos modernos no seus estudos como
Biogeografia e Biodiversidade G0139 111
Dentro deste biomas maiores podemos encontrar regioes com caracteristicas mais
especificas, como é o caso das regioes fitogografica de Mocambique distinguidas
como: Mosaico Regional de Tongoland-Pondolan, Mosaico Regional de Zanzibar-
Inhambane e Centro de Embemismo Regional Zambeziano.
Sendo assim, estes biomas podem ser enquadrados nas ecozonas existentes a saber:
Região Holártica encontramos bionas como (Tundra, Taiga, Floresta Caducifólia,
Deserto e Campos de Latitude Média); Região Neotropical; Região Australiana
(florestas, estepes e desertos) e Região Antártica.
Exercícios
1. Definir fitogeografia.
2. Identifique e caracterize as divisoes da fitogeografia;
3. Descreva os metodos da fitogeografia.
4. Caracterizar as principais regioes fitogeograficas do mundo
5. Identificar as principais regioes fitogeograficas do mundo e de
Mocambique
Unidade XIV
Introdução
A visão mais simples de um padrão espacial pode ser obtida adotando‐se uma
orientação a partir de individuo qualquer e realizar a seguinte pergunta: dada a
localização de um individuo, qual a probabilidade de que outro individuo esteja
próximo? (Krebs 1989).
(1) Para uma população com distribuição agregada, alguns quadrats conterão
uma alta densidade, enquanto outros uma baixa densidade.
(2) Para uma população com distribuição uniforme, os quadrats deverão
Biogeografia e Biodiversidade G0139 115
Conceitos bases
Dispersão Aleatória
Distribuição Agregada
Distribuição Uniforme
Territorialidade
Sumário
Exercícios
1. De o conceito de dispersao.
2. Identifica os tipos de dispersao.
Biogeografia e Biodiversidade G0139 120
Unidade XV
Teorias biogeográficas
Teoria dos Refúgios morfoclimáticos
Teoria da Biogeografia de Ilhas
Introducao
Objectivos
Teoria da Vincariacia
Vicariância ou efeito vicariante é o mecanismo evolutivo no qual ocorre uma
fragmentação de uma área biótica, separando populações de determinadas espécies. A
Biogeografia e Biodiversidade G0139 123
falta de fluxo gênico entre as duas sub-populações agora formadas fará com que elas
fiquem cada vez mais diferentes e, mantendo-se a barreira por tempo suficiente, levará
à especiação. Resumindo, vicariância é a quebra na distribuição de um táxon.
fragmentos florestais poderia vir a secar também, e os indivíduos contidos nessa região
poderiam se adaptar ao ambiente aberto. As populações que ficaram dentro do refúgio e
a que se diferenciou para viver fora da floresta passam então a
ser vicariantes ecológicas.
Haffer mostra que dados geomorfológicos da região norte da América do Sul, indicam
que durante o período Quaternário, condições climáticas secas prevaleceram repetidas
vezes na Amazônia, e estudos palinológicos revelaram que durante o Pleistoceno,
grandes regiões amazônicas sofreram mudanças em sua vegetação. Desta forma, a
continuidade da floresta amazônica encontrada atualmente aparenta ser uma condição
recente e temporária.
Durante um período de seca, a umidade na Amazônia pode ter diminuído tanto por uma
redução nas chuvas quanto por um aumento na evaporação. Porém, durante essas
fases, as regiões que apresentassem precipitação máxima continuariam tendo umidade
suficiente para manter o crescimento e o desenvolvimento das florestas, enquanto as
regiões com menor precipitação secariam, fazendo com que a vegetação florestal
desaparecesse. Considerando que a maioria das características orográficas da região
não mudou muito desde o Pleistoceno, Haffer supõe que as áreas de maior precipitação
atuais devem coincidir com os refúgios florestais antigos.
O outro critério usado para delimitar os refúgios foi escolhido após a observação de que
os animais amazônicos pareciam não estender sua distribuição além do seu centro de
vida ou área de origem. Isso significa que certas regiões apresentam uma grande
variedade de espécies endêmicas quase isoladas, que não ultrapassam a delimitação
Biogeografia e Biodiversidade G0139 125
desta área, mesmo ela estando atualmente contígua a floresta. Isso pode significar que
um ancestral comum teve sua área de vida divida pela seca, e que cada população em
seu refugio, sofreu especiação, gerando uma alta diversidade. Com o uso dos critérios
descritos, Haffer delimitou 9 prováveis refúgios, são eles: Chocó, Nechí,Catatumbo,
Imerí, Napo, Leste Peruano, Madeira-Tapajós, Belém e Guiana.
A maioria das espécies de aves analisadas não aumentava a sua área de distribuição,
e, se o faziam, espalhavam-se apenas para locais onde não houvesse competição
de nicho.
Assim, Haffer conclui seu trabalho propondo que a diversidade amazônica fora causada
por diversos fatores, mas principalmente pela repetida contração e expansão das
florestas, como resultado das variações climáticas durante o período Quaternário, o que
teria levado animais a um processo repetido de isolamento e reencontro.
Criticas
A teoria dos refúgios se deparou com uma série de críticas desde seu lançamento. Após
algumas décadas de estabilidade como melhor hipótese para se explicar os eventos de
Biogeografia e Biodiversidade G0139 126
especiação e diversidade que ocorre na Amazônia, Mark B. Bush & Paulo E. de Oliveira,
publicaram o artigo “The rise and fall of the Refugial Hypothesis of Amazonian
Speciation: a paleoecological Perspective”, em que utilizam uma série de dados para
críticar e tentar refutar a Teoria dos Refúgios.
Biogeografia insular
Ilha é uma área de habitat rodeada por outras áreas com condições adversas às
espécies na ilha. Uma "ilha", neste caso, não é necessariamente uma porção de
Biogeografia e Biodiversidade G0139 127
território rodeado pelo oceano, mas também se refere a outras áreas isoladas
como montanhas rodeadas por desertos, lagos rodeados por terra seca
ou florestas fragmentadas rodeadas por paisagens alteradas pelo homem.
Este campo de estudo surgiu nos anos 60 pelos ecólogos Robert MacArthur e E.O.
Wilson, que criaram a teoria da biogeografia insular, teoria esta que tentava prever o
número de espécies que existiriam ou viriam a existir numa ilha recém-criada.
Sumário
Exercícios
Biogeografia e Biodiversidade G0139 128
Unidade XVI
Ecobiologeografia:
Estudo de processos
Introdução
Fonte:http:3.bp.blogspot.com/biogeopng
Fonte:http://lh4.gghh.com/chuvasecagde.jpg
Fonte:http://lh4.gghh.com/chuvasecagde.jpg
Biogeografia e Biodiversidade G0139 134
Sumário
Exercícios
1. De o conceito de SDTF
2. Descreva as características de uma SDTF;
3. Qual a divisao das especies vegetais numa area de SDTF;
4. Identifica os factores que influenciam na distribuicao das especies numa
SDTF.
Unidade XVII
A dispersão e as extinções
Fatores limitantes na distribuição dos
seres vivos
Introdução
Definir dispersao
Dispersao Biologica
Uma espécie que busca expandir sua distribuição com sucesso, precisa
ser capaz de se deslocar para novas áreas, resistir a condições
ambientais desfavoráveis durante essa passagem e por último conseguir
estabelecer populações viáveis em seu local de chegada.
Polimorfismo de dispersao
Fonte:http://www.wildflowers.co.il/images/merged/1072-.jpg
Padroes de Migracao
Salto de dispersao
Difusão
Esses dois mecanismos também estão intimamente ligados, uma vez que
a difusão pode seguir o salto de dispersão de uma espécie em uma região
distante de habitat favorável, mas não colonizada.
Migração secular
É ainda mais lenta que a difusão, existe a migração secular, ela ocorre
muito vagarosamente (Pode durar centenas de gerações), possibilitando
as espécies evoluírem durante o processo de migração. Apesar de Hebert
Louis Mason ter introduzido o termo em 1954, o conceito de migração
secular é antigo. Durante o século dezoito, Buffon propôs a hipótese de
que muitas formas de vida se originaram da região norte do Velho e
do Novo Mundo. A partir daí elas migraram em direção ao sul e, uma vez
isoladas, começaram a se modificar, a tal ponto que as biotas dos trópicos
do Velho e do Novo Mundo compartilham muitas poucas formas de vida
(Lei de Buffon).
Fonte: http://www.nature-Pictures.org/foto_DO_prezentacji/1.jpg
Filopatria
Sumário
Dispersão é o conjunto dos processos que possibilitam a fixação de indivíduos
de uma espécie num local diferente daquele onde viviam os seus progenitores.
Essa dispercao varia dentro da populacao classificando-se como polimorfismo e
podem tamem vaiar segundo o sexo, tendo o caso das aves que é comum que
as fêmeas se dispersem e nos mamíferos normalmente são os machos
Em relacao a idade grande parte das espécies a dispersão é natal, ou seja,
dispersão por juvenis antes que se reproduzam pela primeira vez.
A dispersao esta relacionada a migracao que ocorre segundo certos padroes
como é o caso de salto de dispersao em que as especies percorrem grandes
distancias, a difusão é uma forma muito mais lenta de expansão da amplitude de
distribuição de uma espécie, que envolve não apenas indivíduos, mas
também populações. Enquanto a migração secular é ainda mais lenta que a
difusão, ela ocorre muito vagarosamente possibilitando as espécies evoluírem
durante o processo de migração; migração diária e sazonal, a escala de tempo
envolvida nesses processos pode ser de horas, dias, meses, ou anos. Em alguns
casos esses movimentos têm o efeito de manter o organismo em um mesmo tipo
de ambiente; migração de somente uma via quando a viajem para um individuo é
de somente uma via; migrações irregulares ou táticas é forçada por eventos
como as superpopulações, não apresentando nenhuma regularidade ou ciclo.
Associado a isso, existem forcas evolutivas que actuam na dispersao como a
endogamia que ocorre quando indivíduos aparentados se reproduzem e
exogamia quando organismo adaptados a dispersarem longas distâncias se
cruzam.
Exercícios
1. Definina dispersao
2. Caracterize os padroes de dispersao.
3. Explica como varia a dispersao dentro de populacoes
4. Estabeleca a relacao entre a dispersao e o sexo, idade e tempo
5. Quais os padroes de migracao
Unidade XVIII
Introdução
Ecologia da paisagem
Terminologia
Evolução da teoria
Escala e heterogeneidade
Fronteiras e bordas
Biogeografia e Biodiversidade G0139 150
Partes da paisagem possuem fronteiras entre elas que podem ser bem
definidas ou confusas. A zona composta das bordas de ecossistemas ou
elementos da paisagem adjacentes é a fronteira.
Distúrbio e fragmentação
Sumário
Exercícios
1. Defina ecologia das paisagens
2. Defina Paisagem
3. Descreva o historial da Ecologia da paisagem
4. Caracterizar a ecologia da paisagem
5. Descrever a aplicacao da ecologia da paisagem
6. Relacionar a ecologia da paisagem com a biogeografia
Unidade XIX
Introdução
Definir ilha
Dar o conceito de unidades de conservacao
Explicar o processo de colonizacao das ilhas
Carcaterizar os metodos de criacao de uma unidade de conservacao
Biogeografia insular
Fonte: http://1.blogspot.com/biogeografia.jpg
Biogeografia e Biodiversidade G0139 158
Para uma ilha ser completamente habitável por várias espécies, ela tem
também que ter água doce. A água doce só será disponibilizada quando
toda a ilha estiver com a vegetação densa e uma grande capacidade de
reter água das chuvas etc.
As espécies são levadas até ilhas distantes através dos continentes, onde
migram para ilhas vizinhas e em seguida conseguem chegar à ilha
distante pelas correntes marinhas ou jangadas naturais, aves etc.
Fonte: http://3.blogspot.com/imagem3.jpg
Fonte: http://3.blogspot.com/imagem2.jpg
Competição
O estado estacionário
Gráfico SS e Si – equilíbrio
Grau de isolamento
As ilhas mais próximas do continente tem mais espécies que as ilhas mais
distantes.
Criticas a Teoria
Essas sugestões foram imediatamente criticadas; alguns, por exemplo,
afirmavam que a teoria não justificava diretamente a preferência pelas
áreas grandes ao invés de diversas pequenas, além de que essa
sugestão de desenho seria pouco realista dadas as condições ecológicas
que diferenciariam os hábitats e consequentemente, a distribuição das
espécies que tem diferentes preferências alimentares e de interações com
o ambiente. Tais críticas, entre outras, deram início a uma contínua
Biogeografia e Biodiversidade G0139 163
Sumário
Biogeografia insular
As ilhas sao porções de terra menos extensas que os continentes e cercadas de águas
por todos os lados, servem de palco para o espetáculo de intensas especiações por
deriva genética. A diversidade de espécies na ilha nova só aumenta com a imigração de
outras ilhas ou com as massas continentais.
Em relacao ao equilibrio de uma ilha quanto maior o número de espécies, menor é a taxa
de imigração; quando todas as espécies continentais que puderem ocorrer na ilha
estiverem presentes, a imigração será zero. As areas menores igualam a riqueza
menor, desde que estejam distantes do continente.
Associadas as ilhas temos outras areas de grande biodiverside que sao a sunidades de
conservacao, que para a suas criacao os criterios foram evoluindo com o tempo sendo o
primeiro dos parque nacionais que tinham que ter beleza exepcional mas que na
actualidade encontramos criterios como complementaridade, flexibilidade e raridade. Em
2000, surgiu o planeamento sistemático de conservação dividido em seis passos,
mensuração e mapeamento da biodiversidade; identificação dos objetivos de
conservação da região; revisão das reservas existentes; seleção de áreas protegidas
adicionais; coImplementação das atividades de conservação; e maneio e monitoramento
das reservas.
Exercícios
1. De o conceito de ilha
2. Definir unidades de conservacao
3. Explicar o processo de colonizacao das ilhas
4. Carcaterizar os metodos de criacao de uma unidade de
conservacao
Unidade XX
Introdução
Possui particularidades como apresentar terras nos Quatro hemisférios (Norte e Sul,
Ocidente e Oriente), além de ser cortado por importantes linhas imaginárias (o Equador
Biogeografia e Biodiversidade G0139 172
– zero grau das latitudes, e Meridiano de Greenwich – zero grau para os fusos horários,
e ainda os Trópicos de Câncer ao norte e o de Capricórnio ao sul).
Seu litoral é maciço e pouco recortado, banhado pelo Mar Mediterrâneo, Oceano
Atlântico e Índico. Já o seu relevo é caracterizado por maioria de Planaltos, com
destaques para a Cadeia Montanhosa do Atlas (ao Noroeste), Maciço da Etiópia
(Nordeste), Cadeia do Cabo ou Drakensberg (na África do Sul), Planalto dos Grandes
Lagos (região que apresenta fossas tectônicas que deram origem a lagos pelo acumulo
de água, como o Lago Vitória, nascente do Nilo) e Planície do Congo (na região
central).
Devido sua formação geológica antiga a África é rica em minérios e pedras preciosas
como os Diamantes, Ouro, Manganês, Ferro entre outros.
O continente pode ser considerado “Espelhado” pois as zonas climáticas com seus
respectivos clima e vegetação se repetem ao longo das latitudes. Veja pelo mapa a
seguir que há um predomínio do tipo climático tropical, mas há as
variedades Mediterrâneo (ao norte e um pouco no sul também), Desértico (ao Norte e
parte do sul) onde localizam-se grandes desertos como o Saara, Equatorial (mais ao
centro na linha do Equador, nesta latitude as condições favorecem a formação de
grandes florestas) e no restante o clima é o Tropical típico (vide mapa seguinte).
Fonte: http://www.not1.com.br/clima-do-contijnente-africano.jpg
Biogeografia e Biodiversidade G0139 173
Fonte:http://naturlink.sapo.pt/ResourcesUser/GaleriaFauna/Matos%20Mediterr%.jpg
Fonte: http://www.not1.com.br/vegetacao-africa-tipos.jpg
Biogeografia e Biodiversidade G0139 174
Salientam-se também os Rios Niger (em seu baixo curso, Biafra, destaca-se a
produção de Petróleo), o Congo (primeiro em volume de águas e segundo em
extensão, corta duas vezes o Equador e apresenta famosas cataratas) e Rio Zambeze.
Fonte:http://naturlink.sapo.pt/ResourcesUser/desertodesahara/Matos%21.jpg
É uma região biogeográfica separada da parte paleártica pelo deserto do Saara. Inclui
metade da península Arábica.
O deserto do Saara serve como barreira física impedindo que espécies cheguem até
outras localidades (África do Norte, Europa e Ásia), mantendo-se assim o continente
africano, ou boa parte que cabe a região afro-tropical, com características distintas das
demais regiões biogeográficas no quesito de fauna e flora.
Biogeografia e Biodiversidade G0139 175
Porém é notório que certas espécies que se apresentem na região etiópica tenham-se
em demais biogeografias. Um bom exemplo e o caso da presença de elefantes na
região indo-malaio ou oriental, apesar das diferenças, pelo fato do elefante-africano ser
maior e não conter tantos pelos quanto seu primo asiático que, além disso, e menor e
sua orelha lembrando o formato do mapa da Índia. Isso serve como indicador de que
tiveram a mesma origem obviamente e hoje se encontram em pontos distintos da
biogeografia.
Para explicar tais incógnitas, a teoria da biogeografia teve que aceitar a lei de Alfred
Wegener: a deriva dos continentes.
Migrações podem ter feito por inúmeras espécies e permitindo em uma curta escala de
milhões de anos espécies se deslocarem e pelo fato de barreiras hoje existentes não
existir neste período, como no caso do deserto do Saara que surgiu há cerca de dez mil
anos devido a mudança do eixo de rotação da Terra em poucos graus.
Dentro desta região encontram-se importantes biomas, que sustentam uma grande
gama de biodiversidade como a floresta tropical africana, deserto (sul do Saara) e
as savanas que englobam grande parte desta região.
Sumário
Para explicar tais incógnitas, a teoria da biogeografia teve que aceitar a lei
de Alfred Wegener: a deriva dos continentes. Porém, a deriva continental não
pode responder todas as perguntas como a de espécies semelhantes e outros
pontos geográficos, então surge outra hipótese mais aceitável: a da migração.
Exercícios
1. Defina regiao Neotropical
2. Caracterizar a Regiao Neotropical (seus aspectos fisico
geograficos)
Unidade XXI
Introdução
Área protegida
Investigação científica
Protecção de zonas florestais
Preservação das espécies e da diversidade genética
Manutenção dos serviços ambientais
Protecção de características naturais e culturais específicas
Turismo e recreação
Educação
Utilização sustentável dos recursos derivados
de ecossistemas naturais
Biogeografia e Biodiversidade G0139 179
Categorias
Atracções
Vegetação
10 paisagens podem ser encontradas: planícies arenosas; planicies
calcíticas com savana de arbustos de mopane; matas de mopane; savana
arborizada; planicies aluviais;
Fauna
49 espécies de peixes das quais três merecem estatuto especial de
conservação dois habitantes das lagoas sazonais e peixe de pulmões; 34
espécies de rãs; 116 espécies de repteis duas endémicas (lagarto das
areias com cauda azul e lagarto de Coaster de nariz em espátula; 505
espécies de aves; 147 espécies de mamíferos.
Turismo
A zona de Shingwedzi para o turismo baseado na fauna bravia; Margens
da Baragem de Massingir; Trilhos apeados
Atracções
Vegetação
Floresta seca de mionbo; Mangal do Ibo; Recife de coral de franja; Banco
de São Lázaro com características únicas
Fáuna
A área do parque é atravessada por três rotas migratórias de elefantes,
existindo ainda leões, leopardos búfalos mabecos, palapalas, elandes,
Biogeografia e Biodiversidade G0139 182
Atracções
Vegetação
ungulados.
Fauna
Turismo
gorongosa.
Espécies protegidas
O Parque de Bazaruto é o único inteiramente marinho e estabelecido para
proteger espécies de fauna marinha nomeadamente Dugongos,
Tartarugas marinhas e Golfinhos.
Biogeografia e Biodiversidade G0139 184
Importa frisar que cerca de 150 Dugongos que ocorrem nesta área,
constituem a única população viável na costa oriental de África.
Espécies protegidas
Esta constitui actualmente a área de conservação com maior efectivo de
fauna bravia de variadas espécies desde elefantes até lagartos
Espécies protegidas
Esta área foi criada para protecção de algumas espécies de fauna
incluindo o rinoceronte
Atracções
Vegetação
Floresta aberta que cobe maior parte da Reserva; Matagal; Floresta
fechada circundada pela floresta aberta; Vegetação ribeirinha; Planície de
savana;
Fauna:
Constituida por mamiferos:( 59 espécies ) dentre elas o elefante, leão e o
mabeco; Aves, cerca de 114 espécies; Primatas- macaco cão amarelo,
macaco de cara azul e gálagos; Musaranho- elefante; Lebre de rocha do
natal e dos arbustos; Carnívoros- Chacal listrado e de dorso preto, hiena
malhada, leopardo, leão; pangolim.
Potencial turístico
Biogeografia e Biodiversidade G0139 185
Espécies protegidas
Actualmente, de acordo com census efectuados, estima-se um efectivo de
cerca de 3.000 búfalos e 160 Inhacosos para além de uma indicação de
redução do efectivo das outras espécies, derivado por um lado da pressão
de caça furtiva mas por outro pensa-se que é o reflexo da interrupção do
ciclo de cheias no delta do Zambeze derivado do controle efectuado pela
Barragem de Cahora Bassa, provocando alterações do habitat.
Espécies protegidas
Esta área, foi estabelecida essencialmente para proteger elefantes, tendo
beneficiado da introdução do rinoceronte branco em 1977
Reserva de Pomene
Área: 200Km2
Localização: Distrito de Massinga, Província de Inhambane
Espécies protegidas
Biogeografia e Biodiversidade G0139 186
Vegetação
Vegetação dunar,Savanas, Mangais e pântanos uma conbinação que
oferece um potencial ecoturistico enorme
Faúna
Facocerus( existem dúvidas em relação a sua existência);Macaco cão
Pontos turísticos
Farol de Pomene- construido no ponto mais alto da Reserva a 110 m de
altitude;Hotel velho- situado nas rochas da ponta da Barra falsa;View
lodge- com uma vista fantástica para o estuário;Pomene lodge- situado na
ponta norte da reserva onde o estuário junta-se ao oceano.
Fonte:http://www.google.com/www.girafamania.com.br.africano_mocambique.jpg
Biogeografia e Biodiversidade G0139 187
Sumário
Exercícios
Unidade XXII
Introdução
Nesta unidade iremos abordar algumas formas de gestao das areas de
conservacao, ou seja o maneio das areas de conservacao.
Levantamento de campo
Com avaliação do potencial madeireiro, bem como das características da
topografia, hidrografia e infra-estrutura da área. O levantamento de campo
consiste num inventário amostral único, sistema de amostragem
estratificado baseado na tipologia florestal, com unidades de amostra
distribuídas aleatoriamente e uma taxa de sondagem de aproximadamente
0,01 a 0,02%.
Problemas externos
Biogeografia e Biodiversidade G0139 192
Problemas internos
As comunidades devem resolver adequadamente uma série de assuntos
fundamentais, como as questões organizativas e administrativas, para
garantir um manejo democrático, participativo e transparente dos recursos
administrados comunitariamente. Em muitos casos, exigirá a recuperação
do conhecimento tradicional, e/ou a adaptação dele à nova realidade,
como, também, a promoção da participação equitativa, em especial, na
tomada de decisões da comunidade como um todo, sendo que, em muitos
casos, isso implicará abordar a questão de gênero e o treinamento em
todos os níveis.
Por último, porém não menos importante, a floresta é para eles mais do
que um simples fornecedor de produtos. Ela é também o ponto de
encontro para suas celebrações sociais e culturais, o local onde eles
realizam as assembléias para tomar decisões e onde sepultam seus
mortos. Na floresta eles atingem uma profunda interconexão moral e
Biogeografia e Biodiversidade G0139 197
Desafios e expectativas
O manejo comunitário está ressurgindo como uma alternativa válida ao
atual modelo de uso industrial da floresta. Um grande número de pessoas
e organizações já estão trabalhando com vistas a realizar e consolidar
experiências bem-sucedidas, segundo as necessidades, os antecedentes
e a história do lugar.
Por outro lado, há uma série de questões que devem ser abordadas pelas
comunidades para garantir sua coesão interna e sua fortaleza. Entre elas,
devemos mencionar a participação da mulher, que tem necessidades,
Biogeografia e Biodiversidade G0139 200
Unindo esforços
Sumário
O manejo comunitário está ressurgindo como uma alternativa válida ao atual modelo de
uso industrial da floresta. Um grande número de pessoas e organizações já estão
trabalhando com vistas a realizar e consolidar experiências bem-sucedidas, segundo as
necessidades, os antecedentes e a história do lugar.
Desafios e expectativas
funciona e o que não funciona nos países vizinhos. A maior parte das “florestas
comunitárias” só começa a existir com e através da aprovação formal do Estado, e nos
termos quase sempre estabelecidos pelo próprio Estado. Em países Moçambique, o
reconhecimento da posse local é sujeito a um controle rigoroso por parte do Estado, no
que diz respeito à forma como são realmente utilizadas as florestas. No entanto, as
“florestas comunitárias” significam um afastamento importante em relação às práticas de
manejo florestal do século XX e à classificação de floresta que as acompanhou. Entre
outras coisas, elas abrem a porta a um vasto conjunto de florestas não governamentais
atingidas como reservas.
Exercícios
Bibliografia
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