Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GA101
Universidade Católica de Moçambique
Centro de Ensino a Distância
Moçambique - Beira
Telefone: 23 32 64 05
Cel: 82 50 18 44 0
Fax:23 32 64 06
E-mail: ced@ucm.ac.mz
Website: www.ucm.ac.mz
Agradecimentos
A Universidade Católica de Moçambique - Centro de Ensino à Distância e a autora do presente manual, dra.
Ermelinda Xavier Maquenze, gostariam de agradecer a todos que directa ou indirectamente deram a sua
contribuição na elaboração do presente manual.
Revisto Por:
i
Índice
Visão geral 1
Benvindo a Gestão de Riscos Ambientais ..................................................................... 1
Objectivos do curso ....................................................................................................... 2
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................ 3
Como está estruturado este módulo................................................................................ 3
Ícones de actividade ...................................................................................................... 4
Acerca dos ícones .......................................................................................................... 4
Habilidades de estudo .................................................................................................... 4
Precisa de apoio? ........................................................................................................... 5
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) .............................................................................. 5
Avaliação ...................................................................................................................... 6
Unidade I 7
Introdução ao estudo dos riscos ambientais.....................................................................7
Introdução ..................................................................................................................... 7
Sumário ....................................................................................................................... 11
Exercícios.................................................................................................................... 11
Unidade II 12
Classificação dos riscos ambientais ............................................................................. 12
Introdução .......................................................................................................... 12
Sumário ....................................................................................................................... 18
Exercícios.................................................................................................................... 18
Unidade III 19
Analise e gestão de riscos ambientais ......................................................................... 19
Introdução .......................................................................................................... 19
Sumário ....................................................................................................................... 27
Exercícios.................................................................................................................... 28
Unidade IV 29
Mitigação de riscos e atenção de emergência ............................................................... 29
Introdução .......................................................................................................... 29
Sumário ..................................................................... Error! Bookmark not defined.29
Exercícios.................................................................................................................... 29
Unidade V 40
Metodologia para a investigação de riscos ambientais.................................................. 40
Introdução .......................................................................................................... 40
ii
Sumário ....................................................................................................................... 47
Exercícios.................................................................................................................... 47
Unidade VI 48
Percepção social e a educação em matéria de riscos naturais ……………………..........48
Introdução .......................................................................................................... 48
Sumário ....................................................................................................................... 59
Exercícios.................................................................................................................... 60
Unidade VII 61
Impactos e Estratégias para Mitigação dos Riscos Ambientais mudanças globais ........ 61
Introdução……………………………………………………………………….61
Sumário ....................................................................................................................... 72
Exercícios.................................................................................................................... 72
1
Visão geral
Bem vindo a Gestão de Riscos
Ambientais
A maior parte da população mundial é rural, cuja
sobrevivência depende fundamentalmente de práticas
costumeiras tradicionais de uso e aproveitamento dos
recursos naturais que garantem a segurança alimentar das
famílias. Estas práticas, nem sempre são benéficas ao meio
ambiente e quando associadas ao fenómeno das mudanças
climáticas (resultantes da acumulação de gases de efeito
estufa na atmosfera, provocada por padrões não sustentáveis
de produção e consumo), têm repercussões directas na vida
das populações, bem como, no desenvolvimento
económico. De acordo com UEM- Faculdade de Ciências
(2012) Os acidentes ou desastre naturais tem sido uma
enorme barreira para o desenvolvimento económico e as
perdas económicas anuais a eles associados tem estado a
aumentar, por exemplo: US$ 75,5 biliões na década 1960,
US$ 138,4 em 1970, US$ 213,9 em 1980 e US$.
Objectivos do curso
Quando terminar de estudar a Gestão de Riscos Ambientais, será
capaz de:
Páginas Introdutórias
Um índice completo.
Uma visão geral detalhada do curso / módulo, resumindo os
aspectos-chave que você precisa conhecer para completar o estudo.
Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes de
começar o seu estudo.
Outros recursos
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma lista
de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos podem incluir
livros, artigos ou sites na internet.
Comentários e sugestões
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários
sobre a estrutura e o conteúdo do curso / módulo. Os seus comentários
serão úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este curso / módulo.
4
Ícones de actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das
folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes partes do processo
de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de texto, uma
nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.
Habilidades de estudo
Durante a formação, para facilitar a aprendizagem e alcançar melhores
resultados, implicará empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os
bons resultados apenas se conseguem com estratégias eficazes e por isso é
importante saber como estudar. Apresenta-se algumas sugestões para que
possa maximizar o tempo dedicado aos estudos:
Antes de organizar os seus momentos de estudo reflicta sobre o ambiente
de estudo que seria ideal para si: Estudo melhor em
casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à noite/de manhã/de
tarde/fins-de-semana/ao longo da semana? Estudo melhor com
música/num sítio sossegado/num sítio barulhento? Preciso de um intervalo
de 30 em 30 minutos/de hora a hora/de duas em duas horas/sem
interrupção?
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado
durante um determinado período de tempo; Deve estudar cada ponto da
matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando achar que já
domina bem o anterior. É preferível saber bem algumas partes da matéria
do que saber pouco sobre muitas partes.
Deve evitar-se estudar muitas horas seguidas antes das avaliações, porque,
devido à falta de tempo e consequentes ansiedade e insegurança, começa a
ter-se dificuldades de concentração e de memorização para organizar toda
a informação estudada. Para isso torna-se necessário que: Organize na sua
agenda um horário onde define a que horas e que matérias deve estudar
durante a semana; Face ao tempo livre que resta, deve decidir como o
utilizar produtivamente, decidindo quanto tempo será dedicado ao estudo e
a outras actividades.
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será uma
necessidade para o estudo das diversas matérias que compõem o curso: A
colocação de notas nas margens pode ajudar a estruturar a matéria de
modo que seja mais fácil identificar as partes que está a estudar e Pode
escrever conclusões, exemplos, vantagens, definições, datas, nomes, pode
também utilizar a margem para colocar comentários seus relacionados
com o que está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a
seguir à compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura;
5
Precisa de apoio?
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra situação, o
material impresso, lhe pode suscitar alguma dúvida (falta de clareza,
alguns erros de natureza frásica, prováveis erros ortográficos, falta de
clareza conteudística, etc). Nestes casos, contacte o tutor, via telefone,
escreva uma carta participando a situação e se estiver próximo do tutor,
contacteo pessoalmente.
Os tutores têm por obrigação, monitorar a sua aprendizagem, dai o
estudante ter a oportunidade de interagir objectivamente com o tutor,
usando para o efeito os mecanismos apresentados acima.
Todos os tutores têm por obrigação facilitar a interacção, em caso de
problemas específicos ele deve ser o primeiro a ser contactado, numa fase
posterior contacte o coordenador do curso e se o problema for de natureza
geral. Contacte a direcção do CED, pelo número 825018440.
Os contactos só se podem efectuar, nos dias úteis e nas horas normais de
expediente.
As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante, tem
a oportunidade de interagir com todo o staff do CED, neste período pode
apresentar duvidas, tratar questões administrativas, entre outras.
O estudo em grupo com os colegas é uma forma a ter em conta, busque
apoio com os colegas, discutam juntos, apoiem - se mutuamente,
reflictam sobre estratégias de superação, mas produza de forma
independente o seu próprio saber e desenvolva suas competências.
Avaliação
Você será avaliado durante o estudo independente (80% do curso) e o
período presencial (20%). A avaliação do estudante é regulamentada com
base no chamado regulamento de avaliação.
Os trabalhos de campo por ti desenvolvidos, durante o estudo individual,
concorrem para os 25% do cálculo da média de frequência da cadeira.
Os exames são realizados no final da cadeira e durante as sessões
presenciais, eles representam 60%, o que adicionado aos 40% da média de
frequência, determinam a nota final com a qual o estudante conclui a
cadeira.
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira.
Nesta cadeira o estudante deverá realizar 2 (dois) trabalhos, 1 (um) teste e
1 (exame).
Algumas actividades praticam, relatórios e reflexões serão utilizados como
ferramentas de avaliação formativa.
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de cientificidade,
a forma de conclusão dos assuntos, as recomendações, a identificação das
referências utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros.
Os objectivos e critérios de avaliação estão indicados no manual.
Consulte - os.
7
Unidade I
Introdução ao Estudo dos riscos
Ambientais
Introdução
O estudo de risco ambiental apareceu como disciplina formal nos
Estados Unidos de 1940 a 1950, paralelamente ao lançamento da
indústria nuclear e também para a segurança de instalações de
refinação de petróleo, indústria química e aeroespacial. No Brasil, o
início ao uso institucional de estudo de risco verifica-se em 1983,
especificamente em Cubatão, com o Plano de Controle da Poluição
de Cubatão, que tinha em vista garantir a boa operação e
manutenção de processos e tubulações e terminais de petróleo e de
produtos químicos das unidades industriais locais. Entretanto, face
os riscos eminentes que estão sendo mostrados o seu interesse ao
nível de toda a população do planeta tem aumentado. Contudo, é
fundamental que a humanidade tome mais atenção e assuma
atitudes responsáveis na sua maneira de interagir com o meio que o
rodeia, contribuindo deste modo para a gestão dos riscos
ambientais e permitindo que as valiosas reservas de recursos
naturais ainda existentes, contribuam para o desenvolvimento
económico das diferentes nações.
A palavra Risco está ligada ao termo latino riscu, ligado por sua
vez a resecare, que significa ‘corte’. Como uma ruptura na
continuidade, como um risco que se faz numa tela em branco.
(Monteiro, 1991, p.10)
Sumário
Embora as definições e interpretações sejam numerosas e variadas,
não existe um conceito único que se pode dar ao risco, todos
autores reconhecem no risco a incerteza ligada ao futuro, tempo em
que o risco se revelará, com efeitos adversos (económicos sobre a
saúde e segurança humana, ou ainda ecológico). Nesta unidade
debruçou-se sobre conceitos de riscos e factores de riscos.
Exercícios
1. Descreva onde inicia o estudo do risco e razões que motivaram
o seu surgimento?
Unidade II
Classificação dos Riscos
Ambientais
Introdução
A primeira unidade forneceu elementos de compreensão do
conceito de risco, tendo-se concluído que o risco tem a haver, com
algo inesperado mais que pode ser controlado. Para melhor
definição de acções que tem em vista a gestão do risco é importante
que se conheça de forma particularizada os diferentes tipos de
riscos e suas características.
embora nos dias de hoje essa seja uma tarefa cada vez mais difícil.
Por outro lado, Oliveira (2003), defini riscos naturais como todos
aqueles eventos da natureza que afectam directamente o globo,
provenientes de fenómenos da dinâmica externa e/ou interna.
Agentes Características
Físicos Diversas formas de energia que possam estar expostas as populações, tais como
ruído, vibrações, pressões, temperaturas, radiações ionizantes e não ionizantes,
bem como o infra-som e ultra-som.
Químicos As substâncias que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas
de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que possam ter contacto
ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.
Biológicos Ocorrem por meio de microrganismos que, em contacto com o homem, podem
provocar inúmeras doenças. Muitas actividades profissionais favorecem o contacto
com tais riscos. É o caso das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza pública
(colecta de lixo), laboratórios, etc.
Sumário
Da abordagem feita nesta unidade constatou-se que Riscos
ambientais são todos aqueles que têm potencial de causar danos ao
Meio Ambiente, e que de acordo com os mesmos subdividem-se
em: Riscos naturais, Riscos tecnológicos, Riscos sociais e Riscos
ambientais. Este ultimo, resulta da associação entre os riscos
naturais, decorrentes de processos naturais agravados pela
actividade humana e pela ocupação do território.
Exercícios
1. Faça um resumo de 10 linhas no máximo, explicando a
essência dos quatro tipos de riscos anteriormente abordados.
Unidade III
Análise e Gestão de Riscos
Ambientais
Introdução
Após a abordagem da classificação dos riscos ambientais é chegado
o momento de aprender sobre a Analise e Gestão de Riscos
Ambientais. Importa realçar que para melhor compreensão desta
matéria recomenda-se que o estudo ou análise de risco seja feito de
forma separada da gestão do mesmo, dado que a gestão de risco
acaba envolvendo considerações sobre dados de risco, assim como
informações políticas, sociais, técnicas e econômico-financeiras,
todas elas importantes para o desenvolvimento de opções
alternativas para o equacionamento dos riscos envolvidos. Deve-se
também garantir que a fase de análise e caracterização do risco
termine para que depois disso inicie a fase de gestão do risco, sob
pena de se ter implicações económicas e políticas alterando sua
direcção e conclusões.
Analise
Identificar perigos
Analisar riscos
Análise de Riscos
Identificar perigos
Analisar riscos
Implementar plano de
controlo/redução de riscos
Reavaliar
periodicam
ente
Monitorar plano de controlo/redução
de riscos
Gestão de Riscos
Comunicação de Risco
Tem ganho cada vez mais espaço na área de gestão de risco,
Trata da maneira como as informações relacionadas a riscos
são comunicadas às partes interessadas,
Pode ser uma transmissão de uma única via
Ex: Propaganda de segurança de determinado
processo
Pode ser uma via de mão dupla
Ex: Troca de informações entre os avaliadores e as
partes interessadas (audiência pública, debates,
workshops, etc)
Percepção de Risco
Envolve crenças, atitudes, julgamentos e sentimentos de
pessoas,
Envolve valores sociais e culturais adoptados pelas pessoas
em relação aos perigos e seus benefícios,
Um factor fundamental no julgamento sobre se
determinado risco é “aceitável” e se as medidas de gestão
de risco são suficientes ou não para a solução do problema.
Sumário
A Análise de Riscos Ambientais deve necessariamente levar em
consideração os possíveis efeitos ambientais de um eventual
acidente (Bitar & Ortega, 1998).
Exercícios
1 . Recorrendo as suas próprias palavras explique o que entende
por analise de riscos ambientais e gestão de riscos ambientais.
Unidade IV
Mitigação de Riscos e Atenção de
Emergência
Introdução
Depois de compreenderes a essência sobre análise e gestão de
riscos ambientais, vamos agora nos referir a mitigação dos riscos
bom como, a atenção de emergências.
Mitigação/Prevenção
Prontidão,
Resposta, e
Recuperação
Prontidão Resposta
Mitigação/ Recuperação
Prevenção
a) Mitigação/Prevenção
b) Prontidão
c) Resposta
d) Recuperação
Sumário
Da abordagem feita neste capítulo, ficamos a saber que os aspectos
importantes a reter tem a vêr com a mitigação de risco que deve ser
entendida como a redução (ou adequação) do risco a valores
aceitáveis, sabendo-se que no que se refere à mitigação, o que se
deseja evitar não é a ocorrência do factor gerador de risco, mas sua
consequência. Enquanto a emergência como uma situação
produzida por um desastre ou por um acontecimento ocorrido de
forma inesperada na maioria das vezes.
Exercícios
1. Recorrendo as suas próprias palavras defina emergência.
2. Explique a importância do Plano de Emergência.
3. A gestão do ciclo de gestão de emergência contempla 4 fases.
Explique a essência de cada uma delas.
4. A fase da Mitigação ou Prevenção constitui uma a mais
importante no ciclo de gestão de emergência. Concordo com a
afirmação? Justifique.
40
Unidade V
Metodologia para a investigação de
riscos ambientais
Introdução
No capítulo anterior falamos da mitigação de riscos e atenção a
emergências, é chegado o momento de abordarmos sobre a
metodologia para a investigação de riscos ambientais.
a) Metodologia
.
42
b) Investigação
Diagrama SWOT
45
Ajuda Atrapalha
Forças Fraquezas
Interno (Organização)
fenómeno, através da de escadaria
previsão, monitoria e Inexistência de
implementação de acções barragens, represas
preventivas, (para a gestão da
Existência do CENOE agua)
(centro Nacional Operativo
de Emergência)
Existência de um órgão
Provincial para a Gestão da
bacias,
Origem do factor
Existência de Comités de
Gestão de riscos de
calamidades ao nível da
província.
Cooperação entre
Moçambique e Zimbabwe
Oportunidades Ameaças
Com base neste método, podemos ver que o campo das fraquezas
permite-nos identificar quais as causas ou razões ligadas a
ocorrência do risco em análise. No caso presente o risco em análise
são as inundações, onde se apontam como causas associadas a sua
ocorrência as seguintes:
Sumário
Neste capítulo, ficamos a saber que metodologia para investigaçao
dos riscos ambientais compreende o processo de estudo de
caminhos para a identificaçao de riscos ambietais (cheias,
inundaçoes, seca, ciclones, erosao, degelo, etc), com vista a mitigar
os problemas que podem ocorrer com a fectivaçao dos mesmos,
caso não se tomem medidas preventivas e correctivas. Apesar da
análise SWOT ter enfoque a empresa, a mesma pode ser aplicada
para diferentes fins, de entre eles a investigação de riscos. O
mesmo permite identificar as causas ou razões ligadas a ocorrência
do risco, bem como, analisar as forças, fraquezas e oportunidades
para uma melhor gestão do risco.
Exercícios
De uma forma resumida e usando as suas próprias palavras diga em
que consiste a metodologia para investigaçao dos riscos ambientais.
Com base no método SWOT faça análise de quatro (4) riscos
ambientais existentes na sua área de residência, identificando as
forças, fraquezas, oportunidades e ameaças.
48
Unidade VI
Percepção Social e a Educação
em Matéria de Riscos Naturais
Introdução
De acordo Ribeiro, R. R.R (2008) não se sabe ao certo como será o
mundo no futuro mas, certamente será diferente do actual. A
velocidade das alterações do clima, o avanço da ciência e as
consequências da modernidade criam mudanças no mundo. Desta
forma torna-se importante procurar compreender o nível de
conhecimento e sua percepção das alterações climáticas pela
população.
Vantagens
Maior abrangência;
Flexibilidade e rapidez (capacidade de atingir
diferentes alvos em curto espaço de tempo).
Desvantagens
Acarreta muitos custos (na concepção dos
programas e na aquisição dos receptores e jornais),
Selectividade da audiência,
Maior tempo necessário para a identificação do
problema.
Sumário
A percepção de riscos é definida como sendo a “habilidade de
interpretar uma situação de potencial dano à saúde ou à vida da
pessoa, ou de terceiros, baseada em experiências anteriores e sua
extrapolação para um momento futuro, habilidade esta que varia de
uma vaga opinião a uma firme convicção”. A percepção de riscos é
baseada principalmente em imagens e crenças e tem raízes, em uma
60
Exercícios
1. Após a leitura do conteúdo relativo a percepção social do risco faça
um resumo sobre os aspectos importantes a reter.
2. A percepção do risco é diferente da avaliação do risco. Explique em
quê é que consiste a diferença.
3. A percepção do risco é aplicada individualmente, pelo facto do risco
ter diferentes significados a diferentes pessoas. Explique a essência
desta afirmação recorrendo a um exemplo concreto da sua área de
residência.
4. Existem três tipos de percepção de riscos: determinante, dissonante e
probabilística. Explique de forma resumida a diferença entre os
mesmos.
5. Identifique um risco que ocorre na sua área de residência e diga qual
dos três tipos de educação ambiental optaria em usar para fazer face a
educação da população residente na sua área em matérias de riscos
naturais e justifique o porquê da escolha deste tipo.
61
Unidade VII
Impactos e Estratégias para
Mitigação dos Riscos Ambientais
Introdução
Chegados a este capítulo já conhecemos o conceito de risco
ambiental, tipos, procedimentos para análise e percepção e
educação do mesmo, é momento de falarmos dos impactos e
estratégias para a mitigação dos riscos ambientais.
a) Seca
Perda de culturas
Secagem de pontos de água
Redução de áreas de pastagem
Subida de preços dos produtos agrícolas e de primeira
necessidade
Subida de importações de alimentos
Aumento de apelos para ajuda externa
Perda de vidas humanas e de animais
Eclosão de doenças
Perda de biodiversidade
b) Cheias
Ciclones tropicais;
Inundações de superfície;
Inundações
65
c) Ciclones Tropicais
Deslizamento de terras,
Perdas de vidas,
Destruição de infra-estruturas,
Imediata
Risco de Fatalidade
Retardada
Temporário
Riscos para Risco de Ferimento
pessoas Permanente
Aguda
Risco de Doença
Crónica
Risco de Defeito
Genético
Meio Sócio-Econômico
Destruição de sítios/monumentos arqueológicos
Interrupção da actividade produtiva
Comprometimento futuro de meios produtivos
Sumário
Impacto Ambiental deve ser entendido como sendo qualquer
mudança do ambiente para melhor ou para pior, especialmente com
efeitos no ar, na terra, na água e na saúde das pessoas, resultante da
actividades humanas. (Artigo I, do Decreto 45/2004 de 29 de
Setembro)
As principais medidas de protecção para se evitar os riscos
ambientais são:
A principal aquela relacionada ao distanciamento físico
entre o agente do perigo e o recurso vulnerável.
Importantes ferramentas para o efeito são os zoneamentos
urbanos e o planeamento ambiental.
Outra medida importante é a busca por projectos
intrinsecamente seguros (por exemplo, pela
eliminação/substituição de substâncias poluidoras por
outras menos poluentes).
Também a implementação de Programas de Gestão de
Riscos (PGRs) é fundamental para a redução do número de
acidentes.
Exercícios
1) Durante a abordagem deste capítulo pudeste aprender que
Moçambique é um país vulnerável a ocorrência de riscos de
seca, cheias e ciclones, devido a sua localização geográfica,
bem como a fraca capacidade de gestão destes fenómenos.
Assim, observe atentamente a sua área de residência e
responda as questões abaixo:
Referencias Bibliografia
1. ARAÚJO, C.M.M. Riscos naturais numa perspectiva de
educação em Geografia, no 3.º ciclo do Ensino Básico –
um estudo de caso no Vale do Cavalum (Penafiel).
Faculdade de Letras universidade do Porto, 2012.
29 . www.fotorambiental.com.br.