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Michel Ocelot
Ilustrações do autor
Tradução Annita Costa Malufe
Temas Tolerância; Diversidade cultural e étnica; Solidariedade
Guia de leitura
para o professor
72 páginas
Azur & Asmar Michel Ocelot
Azur & Asmar Michel Ocelot
Na sala de aula
Azur & Asmar nos leva para reinos longínquos, em que a realidade e a fantasia
os portadores de deficiências, contra os se mesclam. Neles, conhecemos povos e culturas diversas das nossas, num
obesos, contra os que têm dificuldades tempo recuado. Viajar por estas páginas é também uma aventura artística:
para aprender, contra os homossexuais, nascido de um filme, o livro resgata a beleza da cultura árabe.
Azur & Asmar Michel Ocelot
durante a leitura
Aqui são escolhidos dois momentos do livro para motivar ati-
vidades que estimulem o interesse dos alunos pela diversidade
cultural. Eles podem iniciar um trabalho sobre respeito pela cul-
tura de outros povos.
Embora Azur e Asmar sejam de etnias e culturas diferentes,
os djinns os unem em suas fantasias. Observando, à página 7,
a ilustração em que cada um sonha com o “seu” djinn, pode-se
perguntar aos alunos se eles acham que as semelhanças entre os
djinns são mais significativas que as suas diferenças (na cor das
vestes e das asas).
Isso permitirá lançar o tema das diferenças entre as culturas:
elas são aparentes? Haverá um fundo comum às diversas mani-
festações culturais? O professor pode citar exemplos: as culiná-
rias árabe e grega têm muitos pratos semelhantes, embora tais
povos divirjam em outras manifestações culturais. O que os une?
Depois de buscar exemplos, esse tópico pode ser fechado da se-
guinte maneira: o que vale para as culturas valerá igualmente
para os homens? Há diferenças entre Azur e Asmar? Elas se li-
mitam à cor da pele ou ao ambiente em que cada um cresceu?
Com a atividade, já se prepara a discussão sobre o tema central
da narrativa.
Quando a leitura estiver um pouco mais avançada, pode-se
escolher o personagem Crapoux para gerar outros debates. Será
preciso que o professor explique aos alunos a brincadeira lin-
güística na escolha do seu nome: crapaud, em francês, significa
sapo e, por extensão, homem baixo e muito feio; sonoramente, a
palavra também se assemelha a crapule, isto é, crápula, homem
sem escrúpulos. Embora vá se transformar ao longo da narra-
tiva, Crapoux mente sobre a cor de seus olhos, embora justifi-
que sua ação pelo medo de ser estigmatizado. Mas ele também
é preconceituoso e intolerante ao tomar como único modelo a
sua cultura (francesa), o que o impede de amar a paisagem e os
costumes de outro povo. Após retomar essas questões interpre-
tativas, a classe pode ser convidada a buscar, em jornais, notícias
de televisão e eventos de sua vida cotidiana, exemplos de intole-
rância cultural (com relação aos negros, aos índios, às etnias). A
atividade seria finalizada com um painel, cujo título poderia ser
“Os Crapoux de carne e osso”.
Azur & Asmar Michel Ocelot
depois da leitura
A primeira atividade que pode ser feita após a leitura de um
livro é a da troca de impressões e de opiniões livres acerca des-
sa experiência. É fundamental que essa troca seja favorecida por
um contexto em que não haja “conteúdos” predeterminados nem
instrumentos técnicos a serem ensinados. Assim, o ideal é que a
classe, em roda, seja estimulada a falar livremente do que gostou,
do que não gostou, do que a impressionou, do que percebeu, do
que não entendeu. As intervenções do professor devem estimular
o debate e lançar questões: por que o pai de Azur foi tão cruel
com Jénane e Asmar? Será que, na idade adulta, Asmar tornou-
se intolerante? A atividade será finalizada com a produção de um
pequeno texto, individual: “O que mais me impressionou em
Azur & Asmar?”.
Em Azur & Asmar, a história de fadas busca restabelecer a jus-
tiça no mundo superando a intolerância e assegurando a plura-
lidade. Sugere-se que os temas da intolerância e da pluralidade
cultural norteiem a pesquisa que encerrará o trabalho com este
livro. O resultado das pesquisas poderá ser exposto ao final, em
seminários e painéis.
Sugestões bibliográficas
Azur & Asmar Michel Ocelot
Sobre intolerância
Para o professor
Lira, Raymundo. O conceito e a prática da tolerância. Revista Espaço Acadêmico,
ano II, n. 26, jul. 2003. Disponível em: www.espacoacademico.com.br/026/26
Schilling, Voltaire. A idéia da tolerância. História — Cultura e pensamento.
Disponível em: www.terra.com.br/ voltaire/cultura/tolerancia.htm.
Meneguello, Clodoaldo. Tolerância e seus limites: um olhar latino-americano
sobre diversidade e desigualdade. São Paulo: Ed. da Unesp, 2003.
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Pluralidade cultural.
Disponível em: www.fnde.gov.br/home/pcn/5_8/tranvesversais_pcn5a8/pcn_plurali-
dade.pdf.