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Azur & Asmar

Michel Ocelot
Ilustrações do autor
Tradução Annita Costa Malufe
Temas Tolerância; Diversidade cultural e étnica; Solidariedade

Guia de leitura
para o professor

72 páginas

A riqueza das diferenças Sobre o autor Michel Ocelot nasceu


em 1943 em Côte d’Azur (França). Viveu
França e África: duas línguas, duas culturas: brancos e
na Guiné, África Ocidental, e na França,
negros; cristãos e muçulmanos. Se a discriminação ética
em Anjou e Paris, onde reside atualmente.
e cultural fosse invencível, os heróis dessa história, Azur Estudou belas-artes e decoração, mas
e Asmar, jamais se conheceriam. Mas uma lenda ouvida dedicou-se à animação. Há vinte anos
na infância e jamais esquecida permite que eles se produz curtas-metragens, premiados por
importantes instituições. Em 1998, fez
reencontrem e superem antigas mágoas. Este livro conta
Kirikou e a feiticeira, desenho inspirado
uma história em que a luta por um sonho permite
num conto africano. O reconhecimento da
perceber as diferenças entre povos como riqueza; uma
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crítica e do público possibilitou que Ocelot


aventura na qual a amizade e o amor triunfam sobre a reunisse alguns de seus curtas-metragens
intolerância. produzidos originalmente para a televisão
e montasse o filme Príncipes e princesas
(2000). Depois de Kirikou e os animais
selvagens (2005), lançou Azur & Asmar
(2006), exaltando a civilização islâmica
da Alta Idade Média (século XV), como
uma maneira de lutar contra a
intolerância étnica.
Azur & Asmar Michel Ocelot

Por dentro do texto


Conto de fadas
Sem autoria definida, pois nasce
da cultura oral, o conto de fadas Azur, loiro, e Asmar, negro, vivem na mesma casa sob os cui-
pertence ao gênero dos contos dados de Jénane, mãe de Asmar e babá de Azur. Acalentados pela
maravilhosos. Estes são caracterizados história narrada por Jénane – um antigo conto de fadas sobre um
por acontecimentos fantásticos e príncipe que libertará a Fada dos Djinns e encontrará o amor e
pela aceitação de um mundo em a felicidade –, os dois meninos definem seu futuro: querem, am-
que humanos convivem com seres
bos, transformar a fantasia em realidade.
sobrenaturais. Os personagens não se
Mas o pai de Azur teme pela influência de Jénane sobre o fi-
espantam com o surgimento de objetos
mágicos na realidade cotidiana. Também
lho, que já mistura línguas e costumes. Exige, então, que Azur se
não se surpreendem quando leis da eduque de acordo com os hábitos de seu país de origem e de sua
natureza são subitamente suspensas. classe social. No entanto, mesmo afastados e brigando, os meni-
As fronteiras entre vida e morte podem nos continuam próximos, compartilhando afetos. O pai de Azur
deixar de existir, e é comum a subversão expulsa Jénane e Asmar de sua casa.
da ordem natural – um leão pode voar, Adulto, Azur não se esquece dos sonhos de sua infância. De-
uma porta pode sumir e reaparecer... cide viajar para a África e encontrar o castelo em que a Fada
O conto maravilhoso apresenta um dos Djinns estaria aprisionada. Quando chega a uma região do
mundo em que o sobrenatural irrompe
no cotidiano para ajudar a restabelecer
a justiça, a liberdade e a felicidade.
Na mitologia germânica e pagã, os seres que encontram
Djinns e elfos correspondência com os djinns são os elfos, divindades da
Mesmo com personagens e cenários
natureza geralmente personificadas como jovens muito belos
diversos, histórias das mais diferentes
que vivem nas florestas, debaixo da terra e em fontes de água
culturas podem ter características
limpa. Imortais, os elfos representam a beleza e a sabedoria.
comuns. Elas nascem da mesma
Magreb
necessidade: criar mitos que ajudam
s aventuras de Azur & Asmar se passam em terras do
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a entender a realidade ou a enfrentar
Magreb, que é a parte ocidental do continente africano e
aquilo que ainda não se consegue
inclui Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia, Saara Ocidental e
explicar. Terremotos, tempestades,
Mauritânia. Magreb deriva do árabe mahrib, que significa
ventos – qualquer fenômeno decisivo
“lugar onde o sol se põe”.
para as pessoas e não explicado pela
razão torna-se fundamento para a O Magreb é predominantemente habitado por árabes e
criação de histórias fantasiosas que berberes – povos do Norte da África ali estabelecidos antes
ajudem a entendê-lo. Djinns e elfos do domínio dos árabes –, que instituíram o islamismo
podem ser compreendidos a partir dessa como religião oficial.
função mítica.
Porém as expressões simbólicas do Islã encontradas no
Para os muçulmanos, os djinns são Magreb não se limitam à religião. A literatura, a tapeçaria, a
gênios do ar, tão ágeis no vôo que culinária, os estudos científicos – especialmente a astronomia
ninguém consegue capturá-los. e a botânica – são elementos muito interessantes dessa cultura
Personificam forças elementares. Seus e representam formas de entender o mundo.
poderes, superiores aos dos humanos,
As ilustrações do livro revelam um pequeno panorama da
podem ser utilizados para o bem ou
arte árabe. Os detalhes dos vitrais coloridos, as mesquitas
para o mal.�
com mosaicos e os edifícios com cúpulas bizantinas, além


Azur & Asmar Michel Ocelot

Magreb, porém, o cenário imaginado se revela outro: pessoas po-


bres e doentes, lugares sujos... Isso é tudo que ele consegue ver.
Todos o maltratam. Descobre, então, que a cor de seus olhos é a
do colorido das frutas e cerâmicas
causa da antipatia e dos ultrajes: uma antiga superstição afirma
do mercado onde Azur se perde com
Crapoux, trazem ao leitor um pouco que olhos azuis são malditos e trazem infelicidade. Diante disso,
desse universo cultural. Azur resolve fingir-se de cego e manter os olhos fechados. Azur
Intolerância e tolerância
vence obstáculos, conhece Crapoux – outro francês que havia ido
A idéia de que é preciso haver tolerância ao Magreb em busca da Fada dos Djinns –, reencontra Jénane e
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iante das diferenças (étnicas, sociais, Asmar e parte em busca de um sonho. Desse modo, ele vive na fic-
culturais, religiosas) pode levar a mal- ção algumas das dificuldades experimentadas por um imigrante
entendidos, por causa das conotações em terra estrangeira.
da palavra: tolera-se o que se considera O conto de fadas Azur & Asmar fala de nossa realidade, da
inferior ou suportável. Por isso, Michel
intolerância, do preconceito contra o novo, do medo do desco-
Ocelot, numa entrevista, afirmou:
nhecido. Por isso, tanto no livro como no filme, o autor optou
“Não procuro conclamar à tolerância
– supondo que deveríamos nos esforçar por não traduzir as falas em árabe, a fim de causar no leitor e
por amar aquilo que já é de fato amável no espectador a mesma estranheza experimentada por um imi-
–, e sim à docilidade e ao prazer”. grante. Segundo o diretor, “é um filme sobre ser ou não ser imi-
Azur & Asmar mostra a incapacidade de grante. Boa parte dos problemas do imigrante vem do que ele
homens e povos aceitarem a diferença: não compreende”.
o pai de Azur considera a língua Ocelot trata de uma questão política decisiva: o conflito entre
árabe e a cultura islâmica inferiores à Ocidente e Oriente, entre cristãos e mulçumanos – duas culturas
francesa; na África, os homens de olhos que na verdade se complementam, apesar das diferenças.
azuis são malditos, o que cristaliza,
Dessa forma, mais do que celebrar a felicidade e o amor en-
na superstição, a imagem do europeu
tre dois irmãos, quando eles vencem – juntos – os desafios para
como destruidor, ao mesmo tempo
que reforça a intolerância contra o que encontrar a fada, Azur & Asmar celebra o encontro intercultural
é diferente; Crapoux, mesmo sendo indicando caminhos fecundos para discutir e, quem sabe, com-
vítima dessa intolerância (pois, assim bater o preconceito e a intolerância.
como Azur, esconde seus olhos azuis
e mente sobre eles), não aprende a
respeitar e a amar o que encontra de
diferente na cultura alheia. Mais do que Na história contemporânea, principalmente após as
fixar-se nessa incapacidade, porém, tentativas de extermínio dos judeus pelo poder nazista,
o livro narra uma história em que evidenciou-se que a intolerância quase sempre esconde
preconceito e rivalidade são superados. interesses econômicos e políticos. Atualmente sabe-se que há
cinco mil grupos étnicos distribuídos em cerca de 190 países
A intolerância cultural e étnica – que
e que, depois de 1945 (no fim da Segunda Guerra Mundial),
tantos horrores já causou, ao longo dos
mais de 15 milhões de vidas foram eliminadas devido à
séculos – é atualmente combatida por
intolerância étnico-nacional (veja-se o que ocorreu em
instituições governamentais e não-
Ruanda, Bósnia, Tchetchênia, entre tantos outros lugares).
governamentais, movimentos civis e
programas curriculares que defendem a Há outras formas de intolerância igualmente destrutivas,
igualdade entre os homens, sem, porém, ainda que voltadas contra minorias. Nesse caso, é mais
negar a diversidade de valores, crenças, comum que se empregue o termo “discriminação”: contra
hábitos, etnias.


Azur & Asmar Michel Ocelot

Na sala de aula
Azur & Asmar nos leva para reinos longínquos, em que a realidade e a fantasia
os portadores de deficiências, contra os se mesclam. Neles, conhecemos povos e culturas diversas das nossas, num
obesos, contra os que têm dificuldades tempo recuado. Viajar por estas páginas é também uma aventura artística:
para aprender, contra os homossexuais, nascido de um filme, o livro resgata a beleza da cultura árabe.

contra tudo e qualquer coisa que


escape a um suposto (e sempre Antes da leitura
abstrato) modelo de normalidade. A atividade de folhear o livro sem se ater ao texto pode ser
A luta contra a intolerância e a sugerida pelo professor como primeiro contato dos alunos com
discriminação supõe, assim, um Azur & Asmar. Tal passeio pelo livro evidencia a beleza e a função
movimento de defesa do particular e do narrativa das ilustrações. Para dinamizar esse primeiro contato,
individual em nome da efetiva igualdade o professor pede que cada aluno escolha a ilustração de que mais
de direitos na diferença. Mas, na defesa gostou. Então, numa roda de “leitura de imagens”, ele pode ini-
da pluralidade cultural, é preciso
ciar uma conversa perguntando: qual foi a imagem escolhida?
também não ser tolerante com o que
Por quê? O que essa imagem sugere sobre a história a ser lida?
é injusto – como as brutais diferenças
econômicas –, sob pena de legitimar,
Com esse bate-papo, o livro vai sendo apresentado pouco a pou-
por exemplo, a distância entre ricos e co, sempre levando em conta as observações dos alunos sobre o
pobres, que leva ao descumprimento que esperam da história, sobre os personagens e os locais onde
de direitos fundamentais. se passa a narrativa.
Ler as imagens Como é provável que vários alunos já tenham assistido ao
É importante que os alunos aprendam filme, seria interessante propor à classe uma pesquisa sobre as
que imagens também pedem técnicas para criar uma animação: como os desenhos adquirem
decifração. Neste livro, em que as movimento? Algum dos alunos conhece a técnica de animação?
ilustrações são detalhadas e realistas, Antes da informática, como os desenhos animados eram feitos?
descrevem paisagens, cenários e O professor pode levar para a sala de aula alguns exemplos de
emoções dos personagens, vale
desenhos antigos, como Pica-Pau, Tom & Jerry e Pantera Cor-de-
destacar o potencial informativo que
Rosa e compará-los com os atuais, como Azur & Asmar. O que
elas carregam. Assim, falando sobre a
mudou? O ritmo dos desenhos é o mesmo? E as cores, o traço, a
riqueza de detalhes, sobre as fontes
em que o ilustrador se inspirou para luz, os volumes? Tal atividade começa a educar o olhar dos alu-
criá-las (cultura islâmica, contos de nos para que eles percebam as mudanças na linguagem do dese-
fadas), o professor pode propor aos nho animado como, por exemplo, o impacto das técnicas digitais
alunos uma leitura diferente: seguir a nos filmes contemporâneos.
narrativa ora somente pelas ilustrações, Caso exista tal possibilidade na escola, após a exposição dos
ora apenas pelo texto, para que resultados da pesquisa, e com a ajuda dos professores de artes
percebam as diferenças entre essas e de informática, os alunos podem fazer dois tipos de anima-
duas formas de decodificação.
ção: uma em papel, elaborando um “livro-animação”, em que
a sobreposição de imagens dê a ilusão de movimento, e outra
no computador, usando programas simples de animação. Para
conferir uma atividade semelhante já realizada com crianças,
acesse:
http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/4216


Azur & Asmar Michel Ocelot

durante a leitura
Aqui são escolhidos dois momentos do livro para motivar ati-
vidades que estimulem o interesse dos alunos pela diversidade
cultural. Eles podem iniciar um trabalho sobre respeito pela cul-
tura de outros povos.
Embora Azur e Asmar sejam de etnias e culturas diferentes,
os djinns os unem em suas fantasias. Observando, à página 7,
a ilustração em que cada um sonha com o “seu” djinn, pode-se
perguntar aos alunos se eles acham que as semelhanças entre os
djinns são mais significativas que as suas diferenças (na cor das
vestes e das asas).
Isso permitirá lançar o tema das diferenças entre as culturas:
elas são aparentes? Haverá um fundo comum às diversas mani-
festações culturais? O professor pode citar exemplos: as culiná-
rias árabe e grega têm muitos pratos semelhantes, embora tais
povos divirjam em outras manifestações culturais. O que os une?
Depois de buscar exemplos, esse tópico pode ser fechado da se-
guinte maneira: o que vale para as culturas valerá igualmente
para os homens? Há diferenças entre Azur e Asmar? Elas se li-
mitam à cor da pele ou ao ambiente em que cada um cresceu?
Com a atividade, já se prepara a discussão sobre o tema central
da narrativa.
Quando a leitura estiver um pouco mais avançada, pode-se
escolher o personagem Crapoux para gerar outros debates. Será
preciso que o professor explique aos alunos a brincadeira lin-
güística na escolha do seu nome: crapaud, em francês, significa
sapo e, por extensão, homem baixo e muito feio; sonoramente, a
palavra também se assemelha a crapule, isto é, crápula, homem
sem escrúpulos. Embora vá se transformar ao longo da narra-
tiva, Crapoux mente sobre a cor de seus olhos, embora justifi-
que sua ação pelo medo de ser estigmatizado. Mas ele também
é preconceituoso e intolerante ao tomar como único modelo a
sua cultura (francesa), o que o impede de amar a paisagem e os
costumes de outro povo. Após retomar essas questões interpre-
tativas, a classe pode ser convidada a buscar, em jornais, notícias
de televisão e eventos de sua vida cotidiana, exemplos de intole-
rância cultural (com relação aos negros, aos índios, às etnias). A
atividade seria finalizada com um painel, cujo título poderia ser
“Os Crapoux de carne e osso”.


Azur & Asmar Michel Ocelot

depois da leitura
A primeira atividade que pode ser feita após a leitura de um
livro é a da troca de impressões e de opiniões livres acerca des-
sa experiência. É fundamental que essa troca seja favorecida por
um contexto em que não haja “conteúdos” predeterminados nem
instrumentos técnicos a serem ensinados. Assim, o ideal é que a
classe, em roda, seja estimulada a falar livremente do que gostou,
do que não gostou, do que a impressionou, do que percebeu, do
que não entendeu. As intervenções do professor devem estimular
o debate e lançar questões: por que o pai de Azur foi tão cruel
com Jénane e Asmar? Será que, na idade adulta, Asmar tornou-
se intolerante? A atividade será finalizada com a produção de um
pequeno texto, individual: “O que mais me impressionou em
Azur & Asmar?”.
Em Azur & Asmar, a história de fadas busca restabelecer a jus-
tiça no mundo superando a intolerância e assegurando a plura-
lidade. Sugere-se que os temas da intolerância e da pluralidade
cultural norteiem a pesquisa que encerrará o trabalho com este
livro. O resultado das pesquisas poderá ser exposto ao final, em
seminários e painéis.

Sugestões bibliográficas

Sobre contos maravilhosos


Para o professor
Jolles, André. O conto. In: Formas simples. São Paulo: Cultrix, 1976.
Todorov, Tzvetan. O estranho e o maravilhoso. In: Introdução à literatura
fantástica. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 2007.
Para ler com os alunos
Hiratsuka, Lúcia. Lin e o outro lado do bambuzal. São Paulo: Edições SM, 2004.
Preussler, Otfried. As aventuras do poderoso Vánia. São Paulo: Edições SM, 2004.
Para ver com os alunos
Príncipes e princesas. Direção de Michel Ocelot. França, 2000.

Sobre criaturas fantásticas


Para ler com os alunos
Elme, Lauro. Os estranhos anões-gigantes. São Paulo: Edições SM, 2006.

Sobre a cultura árabe


Para ler com os alunos
Abdel-Qadir, Ghazi. O presente da vovó Sara. São Paulo: Edições SM, 2005.
Farah, Paulo. ABC do mundo árabe. São Paulo: Edições SM, 2006.


Azur & Asmar Michel Ocelot

Sobre intolerância
Para o professor
Lira, Raymundo. O conceito e a prática da tolerância. Revista Espaço Acadêmico,
ano II, n. 26, jul. 2003. Disponível em: www.espacoacademico.com.br/026/26
Schilling, Voltaire. A idéia da tolerância. História — Cultura e pensamento.
Disponível em: www.terra.com.br/ voltaire/cultura/tolerancia.htm.
Meneguello, Clodoaldo. Tolerância e seus limites: um olhar latino-americano
sobre diversidade e desigualdade. São Paulo: Ed. da Unesp, 2003.
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Pluralidade cultural.
Disponível em: www.fnde.gov.br/home/pcn/5_8/tranvesversais_pcn5a8/pcn_plurali-
dade.pdf.

Para ler com os alunos


Azevedo, Ricardo. O peixe que podia cantar. São Paulo: Edições SM, 2006.
Cuvellier, Vicent. A motorista de ônibus. São Paulo: Edições SM, 2006.
Durini, Ángeles. Quem tem medo de Demétrio Latov? São Paulo: Edições SM,
2005.
Orlev, Uri. O monstro da escuridão. São Paulo: Edições SM, 2004.
Wojtowicz, Jen. O menino que florescia. São Paulo: Edições SM, 2006.

Elaboração do guia Ivone Daré Rabello


(professora doutora do Departamento de Teoria
Literária e Literatura Comparada da USP)
Revisão Márcia Menin e Carla Mello Moreira.

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