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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino à Distancia

A Economia das Comunidades Rudimentares: Recolectores e Caçadores.

Nome do estudante: Luísa João Mandala


Código do estudante: 708223658

Curso: Licenciatura em Ensino de História


Disciplina: História Económica I
Ano de Frequência: 1º
Docente: Eurico Vernete Jorge

Quelimane, Outubro de 2022


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Estrutura Aspectos Capa 0.5
organizacionais Índice 0.5
Introdução 0.5
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Conteúdo Introdução Contextualização 1.0
Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Análise e Articulação e domínio do discurso 2.0
discussão académico
Revisão bibliográfica nacional e 2.0
internacionais relevantes na área de
estudo

Exploração dos dados 2.0


Conclusão Contributos teóricos práticos 2.0
Aspectos Formação Paginação, tipo e tamanho de 1.0
gerais letras, parágrafos, espaçamento
entre linhas
Referências Normas APA 6ª Rigor e coerência das 4.0
bibliográficas edição em citações/referências bibliográficas
citações e
bibliografia

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Recomendações de Melhoria:
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Índice
1.Introdução .......................................................................................................... 4

1.1.1.Objectivos .................................................................................................... 4

1.1.1.Objectivo Geral ............................................................................................ 4

1.2.1.Objectivo específico .................................................................................... 4

1.3.1.Metodologias ............................................................................................... 4

2. A Economia das Comunidades Rudimentares: Recolectores e Caçadores....... 4

2.2.1.A Economia das Comunidades Rudimentares Características dos Homens


na Fase Primitiva .................................................................................................. 4

2.3.1.As Relações Económicas entre os Homens ................................................. 5

2.4.1.Características da comunidade primitiva ..................................................... 5

2.5.1. Identificar as Correntes ou Teorias sobre o Primitivo ................................ 6

2.6.1.Tomar um posicionamento científico, particular, sobre a existência ou não


de exploração social no Primitivo......................................................................... 7

3.Considerações finais .......................................................................................... 9

4.Referências ...................................................................................................... 10

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1.Introdução
A objecção teórica à noção de sociedade primitiva diz respeito à ideia de evolução que
pressupõe: esta não é uma evolução darwiniana, uma vez que o postulado de um
progresso linear é um pensamento totalmente estranho ao pensamento darwiniano.
Regra geral, os defensores de uma “sociedade primitiva” assumem que todas as
sociedades humanas passam por múltiplas séries de estágios sociais e culturais: as
sociedades primitivas, existentes ou inexistentes, correspondem significativamente às
sociedades que existiram nalgum período por descobrir num passado remoto, um
período em que todos os seres humanos vivam do mesmo modo, idolatrando os mesmos
deuses, casando pelas mesmas regras, votando nos mesmos líderes, e obedecendo às
mesmas leis.

Na frase de Aristóteles (2018) “O homem é um ser social” o filósofo apresenta


como inconcebível pensar no homem fora do grupo social, que só se desenvolveu como
espécie por causa da relação entre indivíduo e sociedade.

1.1.1.Objectivos

1.1.1.Objectivo Geral
 Falar da Economia das Comunidades Rudimentares: Recolectores e Caçadores.

1.2.1.Objectivo específico
 Conceituar a comunidade Primitiva ;

 Saber as Características dos Homens na Fase Primitiva e o modus vivendi da


comunidade

 Identificar as Correntes ou Teorias sobre o Primitivo;

1.3.1.Metodologias
No que diz respeito a metodologia para a realização do trabalho foi através de
consultas bibliográficas relacionadas a esta área de estudo. As obras consultadas que
tornaram o trabalho possível encontram-se listadas no final do trabalho, depois da
conclusão, estando organizadas em ordem alfabética.

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2. A Economia das Comunidades Rudimentares: Recolectores e Caçadores.
Os Caçadores e Recolectores são membros de sociedades de tamanho reduzido e
semisedentários, cuja subsistência estava baseada no consumo dos produtos obtidos da
caça e na colheita de plantas e frutos silvestres (Meneses 2002:31).

Para Deacon & Deacon (1999: 6) estas sociedades eram os grandes habitantes do sul da
África antes da expansão Bantu. Estes eram designados de Khoisan, dois grupos étnicos
(os Khoi Khoi e San).

Segundo Lombard et al (2012), a Idade da Pedra Superior na África Austral remonta


cerca de 40.000 a 2 000 anos atrás. Com o passar do tempo a economia de caça e
recolecção desapareceu, seguindo-se a introdução da produção de alimentos, apesar de
em algumas áreas, terem continuado com o fabrico de micrólitos até alguns séculos
atrás (Madiquida 2015: 15).

Comunidade primitivas

Na comunidade primitiva os homens viviam na base de relações e de uniões de


parentesco. Algumas dúzias de parentes consanguíneos formavam o que, por exemplo,
para os antigos romanos, era uma gens, várias destas gentes constituíam uma tribo. Na
fase inferior desta organização gentílica, a mulher ocupava. Ou seja é comunidade
primitiva, porque se tratava das primeiras organizações e tudo o que era
produzido pertencia a todos. Os bens eram propriedades de todos.

2.2.1.A Economia das Comunidades Rudimentares Características dos Homens na


Fase Primitiva

Na fase primitiva a situação do homem caracterizava-se da seguinte maneira: não tinha


uma língua; só muito lentamente ele foi inventando a palavra, criando um código de
comunicação e pensamento; apresentava se perante o universo como um bebé perdido
na floresta. Não conhecia os instrumentos de uso e de produção, embora com as mãos
tenha começando a recorrer a ossos, a pedras aguçadas, como instrumentos e como
armas.( TONET, Ivo 2008).

A natureza não estava dominada como hoje. A fauna e flora eram muito diversas; o
clima conheceu muitas mutações e obrigou o homem a muitas obrigações. Só muito
lentamente, ele se desliga de um viver que em nada o distingue dos outros animais.

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O homem recolectorcaçador vivia em bandos em actividade de sobrevivência bem
distinta da nossa. Embora com características de organização idênticas, o povo
primitivo também tinha características próprias. O tamanho dos bandos, as relações
entre si, a solidariedade entre os seus membros; as guerras e as rivalidades entre os
bandos devido as terras ricas, etc.

Deste modo, as comunidades ditas rudimentares ou primitivas foram uma formação


económica e social que abrangeu o período paleolítico (pedra antiga), onde o homem
vivia em grupo, o trabalho era colectivo, dividido em sexo e idade, e o produto era
partilhado por igual. O que identifica de facto, estas comunidades é a sua economia
recolectora, nomadismo e uso de instrumento de trabalho, a pedra.

2.3.1.As Relações Económicas entre os Homens


na Fase Primitiva Na fase primitiva não houve escravatura, mas não por as relações
entre os homens primitivos terem sido exemplares, de perfeita comunhão, harmónicas,
como defendem a corrente marxista. A guerra entre os bandos era vulgar, como indicam
as pinturas rupestres e a pesquisa etnográfica sobre os primitivos actuais.

E, se nos primitivos não houve escravatura, como sublinha Eduardo J. Costa Reizinho,
tal se deve às condições concretas em que viviam os homens de então, como por
exemplo, o nomadismo, a instabilidade do quotidiano, a extrema penúria, impediam-no.
Dentro do grupo, ninguém tinha meios materiais para escravizar os outros membros. As
autoridades tinham um poder delegado pelo grupo. Os chefes eram um fruto da
necessidade de o grupo ter um centro regulador e coordenador da sua vida colectiva.
Estas as razões objectivas da não existência de exploração social.( LUKÁCS,
Georg.1891).

2.4.1.Características da comunidade primitiva


Hoje pensa-se que a comunidade primitiva era determinada pelas seguintes
características:

Sociedade nômade ou semi- nômade que vive da caça, pesca e coleta.


Ausência total de propriedade privada e sistema de classes sociais .
Ausência de intercâmbio econômico , comércio ou escambo.
Divisão do trabalho por idade e sexo, mas sempre com base na capacidade
física do indivíduo.

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Ferramentas de trabalho extremamente rudimentares, de origem lítica, ou
de osso ou madeira.
Transmissão matrilinear , ou seja, da mãe como fiadora do patrimônio , em
vez do pai, como seria mais tarde.
Na ausência do casamento , as relações íntimas eram organizadas com base
na poligamia (poligamia e / ou poliandria) e na proibição do incesto .
Capacidade de produção muito baixa (apenas para sustento) e, portanto,
muito pouca capacidade de inovação, acumulação ou progresso.

2.5.1. Identificar as Correntes ou Teorias sobre o Primitivo

Teoria teocrática

Era totalmente baseada na Bíblia e tinha fundamento fisiológico. A diferença dos


poderes absolutos – Leviatã é um tipo de contrato, aqui é Deus. Abordamos abaixo a
questão da abordagem de Thomas Hobbes.

Na teoria teocrática, Deus escolhe o rei. Nessa, Davi não é sucessor – foi escolhido por
Deus. Hoje, temos Estado teocráticos como o Irã e outros islâmicos.

Teoria da Origem Familiar (fundamento bíblico: “apoia-se na derivação da humanidade


de um casal originário” – Sahid Maluf), mas vamos aos relacionamentos dos
argumentos de justificação do aparecimento do Estado.

Que na sociedade em geral, o gênero humano deriva necessariamente da família, é fora


de toda dúvida e por isso se diz com razão que a família é a célula da sociedade. Não se
pode, porém, aplicar o mesmo raciocínio ao Estado. Não é de todo improvável que em
alguma região da Terra o desenvolvimento de uma família tenha dado origem a um
Estado determinado. Esse processo, no entanto, não foi geral.

Sociedade humana e sociedade política não são termos sinônimos. Exatamente quando
o homem, pela maioridade, se emancipa da família, é que de modo consciente e efetivo
passa a intervir na sociedade política. Esta tem fins mais amplos do que a família e nos
Estados modernos a autoridade política não tem sequer analogia com a autoridade do
chefe de família. O Estado, além disso, é sempre a reunião de inúmeras famílias. Os

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novos Estados que se têm constituído em períodos recentes, como os Estados
americanos, não são fruto do desenvolvimento de uma só família, mas de muitas.

Teoria patricial ou patriarcal


Afirma que a primeira organização social humana é, com efeito, a família, aparentados
pelo sangue – chefe varão. O Estado tem origem na família que desenvolve e amplia a
sociedade política, com base na união de famílias diferentes, em fases sucessivas de
transformação.

2.6.1.Tomar um posicionamento científico, particular, sobre a existência ou não de


exploração social no Primitivo
na produção social para sua existência, os homens estabelecem entre si relações
determinadas, necessárias e independentes de suas vontades. Essas relações de produção
correspondem a um grau determinado de desenvolvimento de suas forças produtivas
materiais.
O posterior desenvolvimento das forças produtivas da sociedade primitiva — o
aperfeiçoamento dos instrumentos existentes e a invenção de outros novos, o
aparecimento do pastoreio e da agricultura, o uso de metais — provocou a mudança das
relações de produção até então vigorantes. O comunismo primitivo decompôs-se
lentamente com o aparecimento de novas necessidades materiais, as quais determinaram
a substituição do comunismo primitivo por uma sociedade dividida em classes e o
nascimento da propriedade privada.
No interior do movimento evolutivo da reprodução social, o Estado, enquanto complexo
social particular, é demando apenas a partir do surgimento da sociedade de classes. Nas
comunidades primitivas, os homens se organizavam a partir da coleta de alimentos -
vegetais e animais de pequeno porte - pelas florestas. Tal coleta estava inteiramente
ligada à disponibilidade dos bens necessários na natureza para a alimentação dos
bandos. Neste sentido, essa atividade era pouco produtiva, não possibilitando a
evolução dos pequenos grupos que migravam por diferentes lugares em busca de
víveres. (LESSA, 2012, p.19).
As condições materiais de existência demandam o Estado a partir de um determinado
contexto histórico, profundamente marcado pelo surgimento da propriedade privada e
pelo aparecimento das classes sociais estruturalmente antagônicas; e, por isso, o Estado

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não é posto, na análise marxiana, na condição de fundante das relações materiais de
existência, mas sempre na condição de fundado. Engels (2010, p. 215-216).

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3.Considerações finais
No curso do desenvolvimento social, é apenas nas sociedades de classes que
encontramos contradições sociais que possibilitam e, ao mesmo tempo, requerem, o
complexo do Estado. Isto significa que, diferente daquela etapa primitiva, a barbárie
instaurada a partir da exploração do homem pelo homem, suscitou o desenvolvimento
de complexos sociais que passaram a auxiliar na reprodução social, ao passo que novas
contradições surgiam e precisavam ser reguladas de modo a garantir a apropriação
privada do trabalho colectivo. Surge, assim, o Estado para assumir essa função. Por
isso, na existência e na acção do Estado não há nada de natural. Longe disso, o Estado é
produzido pela sociedade e se constitui enquanto exigência desta, a partir do momento
em que se tem a complexificação e intensificação dos conflitos sociais nas sociedades
de classes, fazendo emergir a necessidade de um órgão de repressão a favor das classes
dominantes. Nestas circunstâncias, assim como outros complexos (a exemplo do
Direito), o Estado tem caráter limitado, não sendo, portanto, universal na história
humana, uma vez que existiram sociedades que se reproduziram sem este complexo
social particular.

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4.Referências
ENGELS, Friedrich. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. São
Paulo: Expressão Popular, 2010.4
LENIN, Vladimir I. O Estado e a revolução: o que ensina o marxismo sobre o Estado e
o papel do proletariado na revolução. 1ª Ed. São Paulo: Expressão Popular; 2007.
LESSA, Sérgio. Abaixo a família monogâmica! 1ª Ed. São Paulo: Instituto Lukács;
2012.
LESSA, Sérgio e TONET, Ivo. Introdução à filosofia de Marx. 1ª Ed. São Paulo:
Expressão Popular; 2008.
LUKÁCS, Georg. L’ Riproduzione, Ontologia dell’essere sociale. Vol. II, versão
italiana de Alberto Scarponi. Roma, Riuniti, 1981. Tradução de Sérgio Lessa.
KARL, Marx. Glosas Críticas Marginais ao artigo “O Rei da Prússia e a Reforma
Social. De um prussiano”. In: Rev. Práxis nº 05, 1995, Belo Horizonte/ MG.

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