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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

A Diferenciação das Sociedades de Agricultores na África Austral e em


Moçambique

Nome do estudante: Luísa João Mandala


Código do estudante: 708223658

Curso: Licenciatura em Ensino de História


Disciplina: História da sociedade I
Ano de Frequência: 1º
Docente: Satar Alige

Quelimane, Julho, 2022


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Estrutura Aspectos Capa 0.5
organizacionais Índice 0.5
Introdução 0.5
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Conteúdo Introdução Contextualização 1.0
Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Análise e Articulação e domínio do discurso 2.0
discussão académico
Revisão bibliográfica nacional e 2.0
internacionais relevantes na área
de estudo

Exploração dos dados 2.0


Conclusão Contributos teóricos práticos 2.0
Aspectos Formação Paginação, tipo e tamanho de 1.0
gerais letras, parágrafos, espaçamento
entre linhas
Referências Normas APA 6ª Rigor e coerência das 4.0
bibliográficas edição em citações/referências bibliográficas
citações e
bibliografia
Recomendações de Melhoria:
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Índice
1.Introdução ................................................................................................................ 3

1.1.Objectivos .......................................................................................................... 3

1.2.Objectivo geral .................................................................................................. 3

1.3.Metodologia....................................................................................................... 3

2.A Diferenciação das Sociedades de Agricultores na África Austral e em


Moçambique ........................................................................................................................ 4

2.2. Agricultura na África Austral ........................................................................... 5

2.3. Formas de organização social; ......................................................................... 6

2.3. Diferenciação de Parentesco das Sociedades na África Austral e em


Moçambique ........................................................................................................................ 6

2.4. Diferenciação de casamento das Sociedades na África Austral e em


Moçambique ........................................................................................................................ 6

2.4. Estratégias da agricultura em Moçambique ..................................................... 7

3.Considerações Finais ............................................................................................ 8

4.Referências ........................................................................................................... 9

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1. Introdução
As sociedades humanas, elementares ou complexas, arcaicas ou organizadas, têm variado
muito desde que a história do Homem começou, há mais de meio milhão de anos.
Diversos têm sido os modelos, a complexidade, os sistemas económicos, as formas de
governo, as religiões e os valores morais, muito embora a arqueologia nos ensine que o
Homem de outrora era, em muitos aspectos essenciais, semelhante ao da actualidade:
como o de hoje conhecia o medo, os desejos, a esperança; como o de hoje, organizava a
sua existência com vista à sobrevivência, própria e da sua família.

1.1. Objectivos

1.2. Objectivo geral


 Intender A Diferenciação das Sociedades de Agricultores na África Austral e em
Moçambique
Objectivo específicos
 Compreender quais as estratégias da agricultura na África Austral e em
Moçambique
 Demostrar a importância da agricultura na África em Geral;

1.3. Metodologia
O estudo observou os seguintes passos metodológicos: Revisão bibliográfica, que
possibilitou a obtenção dos instrumentos e obras de referência, que permitiram a
sistematização teórica da pesquisa; Traballho de campo, que consistiu, basicamente, na
realização de manuais bibliográficos,

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2. A Diferenciação das Sociedades de Agricultores na África Austral e em
Moçambique
Nos países como Moçambique, onde a teoria marxista não previa a revolução socialista
(ou era tida como improvável/impossível), inspirados em algumas experiências,
sobretudo na revolução chinesa, supunha-se o contrário. Aceitava-se, ou acreditava-se,
na natureza revolucionária dos camponeses (principais contribuintes e sacrificados das
lutas independentistas) e supunha-se a possibilidade da transformação dos camponeses
em operários agrícolas e em cooperativas com base na propriedade colectiva da terra e
dos principais meios de produção (empresas estatais e cooperativas). Este suposto
ideológico é evidente nos bates, (principalmente em Cabo Delgado12), sobre a
organização dos camponeses em “blocos”13em 1979.
A agricultura familiar em Moçambique constitui a actividade económica que ocupa
grande parte da população, podendo alcançar mais de 75% dos cidadãos. Os sistemas de
produção “tradicionais3 ” sofreram, ao longo de décadas, diferentes níveis de
transformação em consequência da intensidade de penetração do capital no meio rural,
sobretudo o agrário e o comercial e o da extracção de recurso naturais. A urbanização,
motivada por diferentes razões, económicas e não-económicas, tem provocado êxodos de
diferentes dimensões sem que fossem acompanhados das transformações estruturais que
permitissemo aumento da produção e produtividade, para suprir a demanda de alimentos
das cidades, o que é agravado por taxas de crescimento populacional, geralmente
elevadas. Não só não houve mudanças estruturais na agricultura, como não houve um
processo de industrialização que gerasse emprego para absorção do aumento
demográfico. Em consequência, desenvolvese uma economia informal, primeiro nas
cidades e depois no campo.
Grande parte dos governos africanos não tem optado por políticas que favoreçam a
agricultura Os países africanos possuem os piores índices de desenvolvimento humano.
Os mecanismos de dependência económica de longa duração e consolidados após as
independências, com alianças de interesses diversos , fazem persistir, no essencial, as
estruturas económicas e sociais ao longo de décadas.
Segundo Marx, o socialismo surgiria, em primeiro lugar, nos países capitalistas mais
avançados, onde as contradições entre as relações de produção e o desenvolvimento das
forças produtivas seriam mais agudas. Seria a classe operária, resultante da
industrialização, a classe social que dirigiria a revolução. Acontece que a primeira
revolução socialista aconteceu na Rússia, um dos países então mais atrasados da Europa.
Para estudo de um caso da transição do feudalismo para o capitalismo, veja a obra
clássica Dezoito de Brumário de Karl Marx.
Importa sublinhar que da população Moçambicana que vive no campo, a sua maioria
dedica-se à agricultura, que é a grande fonte de rendimentos das famílias. Outra
actividade que ocupa muitos moçambicanos, principalmente os residentes na costa, é a
pesca, actividade que pode ser encontrada também nas populações residentes ao longo
dos principais rios que atravessam o país e lagos.
De acordo com a Política Agrária, em Moçambique, os produtos mais importantes do
sector agrícola são: milho, arroz, açúcar, feijão, amendoim, mapiar, mandioca, mexoeira,
algodão, caju, madeira, copra, chá e citrinos.

2.2. Agricultura na África Austral


Dinâmicas do Desenvolvimento em África 2019 examina políticas para a transformação
produtiva do continente para ajudar os líderes africanos a alcançar as metas da Agenda
2063 da União Africana. O primeiro capítulo analisa o potencial de transformação
produtiva em África e as políticas em curso que exploram esse potencial. Em razão disto,
propõe três políticas principais para transformação das empresas africanas num mundo
em mudança. Os cinco capítulos regionais do relatório descrevem as grandes diferenças
existentes entre as transformações produtivas da África Austral, Central, Oriental,
Ocidental e do Norte, e propõem políticas específicas para cada região. O relatório
oferece aos decisores políticos africanos um instrumento actualizado para o diálogo
sobre políticas e reformas a nível nacional, regional e pan-africano.
Segundo Long e Ploeg (1994), a teoria da modernização visualiza o desenvolvimento em
termos de um movimento progressivo em direcção a formas tecnológicas e
institucionalmente mais complexas e integradas à “sociedade moderna”. Esse processo é
posto em marcha por meio de uma série de intervenções envolvendo a transferência de
tecnologias, conhecimentos, recursos e formas de organização dos países mais
desenvolvidos para os países menos desenvolvidos.
Kydd e Dorward (2001), citados por Ashley e Maxwell (2001), destacam que a agricultura
nos países pobres está subcapitalização e é caracterizada por uma distribuição
desordenada dos recursos e falhas políticas e institucionais.
A agricultura é afectada por um inadequado apoio, excessiva taxação e é discriminada nas
políticas macro de comércio e indústria.
As instituições de mercados agrários, particularmente as para-estatais que fazem a
provisão de serviços aos produtores, têm sido ineficientes, não competitivas, e fracamente
ligadas aos mercados internacionais.

2.3. Formas de organização social;


A organização social dos produtores para a defesa dos seus interesses de natureza
económica (associações, federações etc.), sindical (interesses de classe) ou políticos
(partidos políticos) é fundamental. A União Nacional de Camponeses (UNAC) e suas
federações provinciais e associações pretendem, essencialmente, despertar os centros de
decisão para a importância da agricultura familiar na economia, na transformação
estrutural e na vida dos camponeses. Está consciente que as políticas económicas e
agrárias em Moçambique têm sido desfavoráveis para os pequenos produtores de
alimentos.
No caso de Moçambique, existem, por parte do poder, dificuldades de assumir
organizações com posicionamento diferente do oficial. A UNAC não possui qualquer
apoio do orçamento do Estado o que pode revelar a importância que lhe é atribuída pelo
poder. Ou, com isso, pretende-se evitar que existam organizações não totalmente
alinhadas com o partido no poder e o respectivo governam, que possuam alguma
capacidade de mobilização e influência social.

2.3. Diferenciação de Parentesco das Sociedades na África Austral e em


Moçambique
O parentesco, entretanto, não é a mesma coisa que a família. Há uma diferenciação
importante, O parentesco e a família tratam dos fatos básicos da vida: nascimento,
acasalamento e morte. Mas a família é um grupo social concreto e o parentesco é uma
abstracção, é uma estrutura formal. Isto quer dizer que o estudo do parentesco e o estudo
da família são coisas diferentes: o estudo da família é o estudo daquele grupo social
concreto e o estudo do parentesco é o estudo dessa estrutura formal, abstractamente
constituída, que permeia esse grupo social concreto, mas que vai além dele.

2.4. Diferenciação de casamento das Sociedades na África Austral e em


Moçambique
O casamento, para Lévi-Strauss, envolve três sujeitos, é uma relação a três, uma mulher e
dois homens, um que dá essa mulher, e o outro que a recebe. É uma forma de
comunicação entre tribos que de outra forma estariam em antagonismo. O tabu do
incesto, assim como o casamento, estabelece o social. O casamento estabelece a norma
em relação à legitimidade dos filhos e o tabu do incesto cria a norma em relação ao fato
biológico das relações sexuais.
É dado assente que todas as sociedades de mundo condenam em absoluto o incesto, ou
seja, o casamento entre irmãos, entre pai e filha, entre mãe e filho. Esta proibição
fundamental é como que uma reacção primária do grupo contra as causas internas de
desorganização ou adulteração do papel que cada membro desempenha no seio do
agregado familiar restrito e contra a verdadeira «asfixia» resultante de justaposições no
exercício dessas funções.

2.4. Estratégias da agricultura em Moçambique


Os pequenos produtores foram, sistematicamente, secundarizados ou mesmo
marginalizados. Imediatamente após a independência e num ambiente de implantação
radicalizada da socialização do meio rural, pode-se ler em Mosca (2011:84): “As críticas
fundamentam-se, principalmente, afirmando que o apoio à produção agrária de pequena
escala, fomentava o desenvolvimento da produção individual, cujos camponeses se
poderiam transformar em capitalistas, tal como acontecera com os kulaks em alguns
países africanos. Este apoio, chegou a ser considerado reaccionário, conforme refere
Negrão (2001: 57).
Estrutura social: No grupo cada componente ocupa uma posição relacionada com a
posição dos demais.
Papeis individuais: constituem a condição essencial para a existência do grupo e sua
permanência como tal, pois cada um dos seus membros tem uma participação
determinada;
Relações recíprocas: As pessoas que constituem um grupo devem interagir mutuamente
de modo directo e indirecto;
Normas comportamentais: são certos padrões, escritos ou não que orientam a acção dos
componentes do grupo e determinam a forma de desempenho do seu papel;
3. Considerações Finais
Na África, a agricultura, apesar de ter um grande potencial para tirar muitas pessoas da
pobreza, ainda é inviabilizada por uma série de factores estruturais e conjunturais. Esses
factores não só afectam a capacidade dos africanos produzirem os seus alimentos para o
consumo, mas também a possibilidade de a agricultura se tornar um negócio viável para
eles. As políticas económicas e sociais devem favorecer não apenas o crescimento da
agricultura, mas também dos outros sectores, como a indústria, comércio e infra estruturas
que influenciam o desenvolvimento da agricultura.
4. Referências
ASHLEY, Caroline; MAXWELL, Simon. Rethinking rural development. Development
policy review, 19 (4):395-425, 2001. AVERT (Org.). HIV and AIDS in Africa.
Disponível em: . Acesso em: 8 jul. 2008. BANCO MUNDIAL; FAO. Relatório sobre o
desenvolvimento mundial de 2008 – agricultura para o desenvolvimento, 2007.
Washington. Disponível em: . Acesso em: 8 jul. 2008. BONNEN, James. Agricultural
development: Transforming human capital, technology, and institutions. In: EICHER,
Carl; STAATZ, John (Ed.). International Agricultural Development. 3. ed. Baltimore:
Johns Hopkins University Press, 1998. p. 271-299.
Kydd e Dorward (2001), citados por Ashley e Maxwell (2001), destacam que a
agricultura nos países pobres está subcapitalização e é caracterizada por uma distribuição
desordenada dos recursos e falhas políticas e institucionais

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