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1.1.Objectivos .......................................................................................................... 3
1.3.Metodologia....................................................................................................... 3
4.Referências ........................................................................................................... 9
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1. Introdução
As sociedades humanas, elementares ou complexas, arcaicas ou organizadas, têm variado
muito desde que a história do Homem começou, há mais de meio milhão de anos.
Diversos têm sido os modelos, a complexidade, os sistemas económicos, as formas de
governo, as religiões e os valores morais, muito embora a arqueologia nos ensine que o
Homem de outrora era, em muitos aspectos essenciais, semelhante ao da actualidade:
como o de hoje conhecia o medo, os desejos, a esperança; como o de hoje, organizava a
sua existência com vista à sobrevivência, própria e da sua família.
1.1. Objectivos
1.3. Metodologia
O estudo observou os seguintes passos metodológicos: Revisão bibliográfica, que
possibilitou a obtenção dos instrumentos e obras de referência, que permitiram a
sistematização teórica da pesquisa; Traballho de campo, que consistiu, basicamente, na
realização de manuais bibliográficos,
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2. A Diferenciação das Sociedades de Agricultores na África Austral e em
Moçambique
Nos países como Moçambique, onde a teoria marxista não previa a revolução socialista
(ou era tida como improvável/impossível), inspirados em algumas experiências,
sobretudo na revolução chinesa, supunha-se o contrário. Aceitava-se, ou acreditava-se,
na natureza revolucionária dos camponeses (principais contribuintes e sacrificados das
lutas independentistas) e supunha-se a possibilidade da transformação dos camponeses
em operários agrícolas e em cooperativas com base na propriedade colectiva da terra e
dos principais meios de produção (empresas estatais e cooperativas). Este suposto
ideológico é evidente nos bates, (principalmente em Cabo Delgado12), sobre a
organização dos camponeses em “blocos”13em 1979.
A agricultura familiar em Moçambique constitui a actividade económica que ocupa
grande parte da população, podendo alcançar mais de 75% dos cidadãos. Os sistemas de
produção “tradicionais3 ” sofreram, ao longo de décadas, diferentes níveis de
transformação em consequência da intensidade de penetração do capital no meio rural,
sobretudo o agrário e o comercial e o da extracção de recurso naturais. A urbanização,
motivada por diferentes razões, económicas e não-económicas, tem provocado êxodos de
diferentes dimensões sem que fossem acompanhados das transformações estruturais que
permitissemo aumento da produção e produtividade, para suprir a demanda de alimentos
das cidades, o que é agravado por taxas de crescimento populacional, geralmente
elevadas. Não só não houve mudanças estruturais na agricultura, como não houve um
processo de industrialização que gerasse emprego para absorção do aumento
demográfico. Em consequência, desenvolvese uma economia informal, primeiro nas
cidades e depois no campo.
Grande parte dos governos africanos não tem optado por políticas que favoreçam a
agricultura Os países africanos possuem os piores índices de desenvolvimento humano.
Os mecanismos de dependência económica de longa duração e consolidados após as
independências, com alianças de interesses diversos , fazem persistir, no essencial, as
estruturas económicas e sociais ao longo de décadas.
Segundo Marx, o socialismo surgiria, em primeiro lugar, nos países capitalistas mais
avançados, onde as contradições entre as relações de produção e o desenvolvimento das
forças produtivas seriam mais agudas. Seria a classe operária, resultante da
industrialização, a classe social que dirigiria a revolução. Acontece que a primeira
revolução socialista aconteceu na Rússia, um dos países então mais atrasados da Europa.
Para estudo de um caso da transição do feudalismo para o capitalismo, veja a obra
clássica Dezoito de Brumário de Karl Marx.
Importa sublinhar que da população Moçambicana que vive no campo, a sua maioria
dedica-se à agricultura, que é a grande fonte de rendimentos das famílias. Outra
actividade que ocupa muitos moçambicanos, principalmente os residentes na costa, é a
pesca, actividade que pode ser encontrada também nas populações residentes ao longo
dos principais rios que atravessam o país e lagos.
De acordo com a Política Agrária, em Moçambique, os produtos mais importantes do
sector agrícola são: milho, arroz, açúcar, feijão, amendoim, mapiar, mandioca, mexoeira,
algodão, caju, madeira, copra, chá e citrinos.