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Qual a Origem da Dança?

O que é a dança:
Dança é a arte de movimentar expressivamente o
corpo seguindo movimentos ritmados, em geral ao som de música.

A dança é praticada desde os tempos pré-históricos, e por isso geralmente se


diz que ela é uma expressão cultural que acompanha a humanidade. É
considerada uma arte completa, sendo capaz de exprimir tanto as mais simples
quanto as mais fortes emoções.

O significado da dança vai além da expressão artística, podendo ser vista como
entretenimento, desenvolvimento da criatividade e importante forma de
comunicação. Através da dança, uma pessoa pode expressar o seu estado de
espírito. A dança pode ser acompanhada por instrumentos de percussão ou
melódicos, ou ainda pela leitura de diferentes textos.

Essa linguagem teve forte influência nas sociedades ao longo dos tempos.
Como via de socialização e disseminação de cultura, proporcionou ao mundo o
conhecimento sobre a diversidade cultural dos diferentes povos, especialmente
através das danças folclóricas.

Origem e história da dança

A dança na Pré-História
A dança é uma das formas de expressão mais antigas usadas pelo ser
humano. Seus primeiros registros remontam à Pré-História, mais
especificamente ao período Paleolítico, também conhecido como Idade da
Pedra Lascada. Por volta do ano 9000 a.C., os seres humanos já dançavam.

A prova disso está na arte rupestre - conjunto de representações artísticas


feitas nas paredes e nos tetos das cavernas. Na Pré-História, a dança era uma
manifestação ritual que servia para garantir a proteção das atividades diárias
relacionadas à sobrevivência (como a caça e a pesca).

A dança na Antiguidade
Tal como no período pré-histórico, a dança era muito importante na
Antiguidade. No Egito Antigo, a dança cumpria função religiosa e, para os
antigos egípcios, dançar era uma forma de entrar em sintonia com os deuses.
Tanto a dança quanto a música estavam relacionadas a eventos importantes
da sociedade egípcia, como o trabalho, as festas e os funerais.
Pintura da Tumba de Nebamun (1350 a.C.) mostra mulheres nuas dançando. Crédito:
Ashley Van Haeften

Na Grécia Antiga, a dança era uma manifestação cultural que fazia parte do
cotidiano. Os gregos dançavam em festividades, rituais religiosos, procissões,
casamentos etc. Dependendo da ocasião, essas danças podiam ser
executadas individualmente ou em grupo. Nas peças de teatro, havia danças
coreografadas.

Um dado interessante sobre a dança na Grécia Antiga é o fato dela ser


ensinada às crianças na escola. Acreditava-se que tanto o esporte quanto a
dança eram atividades essenciais ao pleno desenvolvimento físico e espiritual
do cidadão.

Há também na Bíblia referências a danças sagradas ou profanas, como o rei


Davi (2 Samuel 6:14) e profetas de Baal (I Reis 18:26).

A dança na Idade Média


O cristianismo tentou combater a dança, alegando ser um ritual de idolatria.
Manifestações corporais também podiam ser consideradas pecaminosas.
Apesar disso, a Igreja não conseguiu proibi-la, sendo praticada sobretudo pelos
camponeses, mas também pela nobreza.

As danças medievais mais comum eram as chamadas danças circulares ou


danças de roda. Já nos meios palacianos, um dos tipos de dança mais
famosos era a base, praticada por casais e bastante popular no século XIV.

A dança no Renascimento
Durante o Renascimento surgiram escolas de dança artística. Também nesse
período a dança passou a ser objeto de estudo, com o surgimento de
professores e manuais dedicados ao tema.

De modo geral, houve uma grande valorização da dança nas cortes, incluída
em suas maiores festividades. Foi nessa época, nas cortes italianas, que surgiu
o balé clássico. O primeiro grande espetáculo de balé ocorreu em 1581.
No Renascimento, a dança basse ainda era muito praticada pela nobreza, seja
na Itália ou na França. Trata-se de um tipo de dança coreografada que
geralmente envolvia mais de um casal.

Dançarina de balé clássico na ponta dos pés


A dança no século XIX
A dança do século XIX ficou marcada pela ascensão da valsa. De origem
camponesa, a valsa invadiu os salões da alta sociedade, mas sem deixar de
causar algum escândalo.

Até então, as danças entre casais guardavam certo distanciamento. A


proximidade provocada pelo "abraço" da valsa não era vista com bons olhos
pelos mais conservadores.

Outro marco importante do século XIX é a popularização e difusão do balé.


Houve transformações importantes, como a introdução do tutu (saia feita de
tule) e a consolidação da chamada "dança na ponta dos pés", que caracteriza o
balé até o dias de hoje.

A dança nos séculos XX e XXI


O século XX é marcado pelo advento da dança moderna e pela influência de
dançarinos de fora da Europa. No início do século, os mestres da dança vêm
sobretudo dos Estados Unidos.

Precursora da dança moderna, a coreógrafa e bailarina Isadora Duncan


(1877-1927) trouxe maior liberdade aos movimentos do balé, novas técnicas e
maior despojamento no figurino.
A partir da década de 1960, surge a dança contemporânea, caracterizada
pela mistura de vários estilos de dança, como os balés clássico e moderno e o
jazz. Uma das maiores marcas da dança contemporânea é o improviso e a
liberdade dos movimentos.

Tipos de dança
Há diversos tipos de dança, praticados em vários períodos da história e em
todos os lugares do mundo. Por isso, é praticamente impossível falar de todos
eles. Vamos listar algumas das danças mais conhecidas e praticadas
atualmente:

1. Balé
O Balé originou-se no século XVI, durante o Renascimento, e sofreu inúmeras
modificações ao longo do tempo. Hoje, existem muitos estilos de balé, dentre
os quais o clássico e o contemporâneo.

2. Dança contemporânea
Surgida nos anos 1960, a dança contemporânea é hoje uma das mais
praticadas e estudadas pelos profissionais da dança. É caracterizada pela
mistura de estilos e pela improvisação.

3. Jazz
Popularizado nos Estados Unidos no início do século XX, o jazz é fruto da
mistura de elementos de origem africana e europeia, como o balé e a dança
moderna.

4. Dança moderna
Os movimentos de dança moderna nascem, no início do século XX, como uma
reação a algumas limitações e regras do balé. Caracteriza-se pela maior
liberdade dos movimentos. A pioneira da dança moderna é a dançarina norte-
americana Isadora Duncan.

5. Dança de salão
Dança de salão é um nome genérico que se dá a diversos estilos de dança em
dupla, como a gafieira, a sala, o samba, a rumba, o forró, o tango e o bolero.
Atualmente, há diversas escolas que ensinam dança de salão e clubes onde as
pessoas se reúnem para praticar e se divertir.
Dança Contemporânea

O que é a dança contemporânea:

Dança contemporânea é um tipo de dança que não se limita a um conjunto de


técnicas específicas, abrangendo assim uma variedade de gêneros, ritmos,
formas e performances. Ela está em constante transformação.

A dança contemporânea se desenvolveu em meados do século XX (por volta


dos anos 1960), tornando-se popular na década de 1980. A sua crescente
popularidade se justifica, em parte, pelo fato deste gênero de dança não se
prender aos padrões estéticos clássicos.

O processo criativo, o conceito e a ideia a ser transmitida pela coreografia são


os pontos centrais da dança contemporânea. A dança se caracteriza por propor
intensas inovações e experimentações coreográficas, que muitas vezes
misturam ritmos como o ballet, o jazz e o hip hop.

A sua liberdade possibilita ao bailarino a autonomia para construir suas


próprias coreografias, improvisar, ter contato com o chão ou com outro
personagem cênico e a utilização de figurinos interativos, por exemplo.

Nela estão presentes desde situações rotineiras e cotidianas até temas


polêmicos, servindo de base para a concepção do conceito de uma
coreografia.

Ela também trabalha com a inserção de outros elementos artísticos para a


dança, como o vídeo, a fotografia, as artes visuais, e a cultura digital como um
todo. Esses aspectos permitem uma transformação de movimentos reais em
virtuais e vice-versa, modificando a percepção do que se entende como
movimento.

Outra parte importante para o processo criativo na dança contemporânea é o


corpo humano. Sua fisiologia e anatomia ganham uma importância para a
coreografia, pois possibilita que o bailarino tenha uma melhor consciência dos
seus movimentos.

Características da dança contemporânea


Como visto, a dança contemporânea rompeu com padrões ao fugir da
"formatação" tradicional dos gêneros clássicos. Desta forma, consolidou-se
como uma manifestação artística única e revolucionária.

As suas principais características são:

 Não existem técnicas predefinidas;

 Não existem limitações de movimentos, vestuário ou músicas;

 Valorização da constante experimentação e inovação;


 Importância da transmissão do conceito, ideia e sentimento que a
coreografia propõe;

 Valorização da criação coreográfica individual;

 Valorização das improvisações;

 Possível mistura de outros elementos artísticos à dança (vídeo,


fotografia, artes visuais e digitais, etc).

Veja abaixo um exemplo de coreografia típica da dança contemporânea que


explora o uso de roupas, acessórios, cenografia e outros aspectos de modo
único e criativo:

Dança Contemporânea no Brasil


No Brasil, a dança contemporânea teve início com o casal Klauss e Angel
Vianna, como um desdobramento de suas pesquisas em dança moderna na
década de 40.

Klauss (1928–1992) foi pioneiro na pesquisa e desenvolvimento da técnica


somática, criada para proporcionar a consciência corporal dos seus praticantes,
trabalhando corpo e mente, além da manutenção de sua saúde.

Ela utilizava técnicas que ampliavam o treinamento técnico em dança. Ele


também foi o primeiro bailarino a utilizar o termo “expressão corporal” no Brasil.

Dança Clássica:

A dança clássica, também conhecida como ballet, é um tipo de dança que


reúne uma série de técnicas e movimentos específicos. Por outro lado, o ballet
é o nome que permite fazer referência à peça musical composta para ser
interpretada através da dança.
Esta dança surgiu durante o Renascimento, na altura em que os casamentos e
os eventos aristocráticos eram celebrados com bailarinos da corte, os quais
mostravam as suas destrezas. Com o passar do tempo, os movimentos e os
passos foram-se aperfeiçoando.

A dança clássica exige uma grande concentração por parte do bailarino, o qual
deve executar movimentos corporais com muita precisão, coordenação e
graciosidade. O treino é imprescindível, já que muitas das formas do ballet
requerem elasticidade e flexibilidade.

O vestuário ocupa um papel fundamental na dança clássica. Os bailarinos


usam roupa aderente ao corpo de modo a que os seus movimentos possam
ser apreciados com maior facilidade. Calçam sapatilhas de dança com sola
flexível e pontas dotadas de proteções, permitindo que a bailarina possa
sustentar todo o peso do corpo com a ponta dos pés.

Dança Clássica = Ballet

Dança Moderna = Bailarinos descalços e mais livres.

A expressão dança moderna refere - se às escolas e movimentos da história


da dança referentes ao período moderno.
A dança moderna surgiu no início do século XX e seus pioneiros procuravam
maneiras modernas e pessoais de expressar como se sentiam através da
dança.
Dança Moderna começou contra a formalidade do balé e a previsibilidade das
populares mostras de dança do período. As suas técnicas e estilos eram muito
diferentes, o que eles tinham em comum era a insatisfação com as opções
disponíveis para bailarinos e seu objetivo último era transmitir ao seu público
um senso de realidade interior e exterior - um objetivo que ainda inspira
bailarinos modernos hoje.

CONHEÇA AS PRINCIPAIS DANÇAS TÍPICAS DA


REGIÃO NORTE
A região Norte do Brasil é a maior do país, e é constituída por sete estados e
apresenta uma cultura bastante diversificada e peculiar.
É uma das regiões mais ricas culturalmente do Brasil, com forte influência dos
povos indígenas e africanos, por isso, as manifestações artísticas locais são
bem coloridas, têm muitos ritmos, sabores, danças e etc.
A música e a dança são as manifestações de maior abrangência cultural
característico do norte. A movimentação de forte presença sempre
acompanhada de uma música singular, faz da dança um espetáculo.
As danças típicas da região norte do Brasil são uma mistura de ritmos latinos e
africanos, bem sincronizadas e muito alegres.
Ficou interessado em saber mais? Então confira nossa matéria de hoje. Vamos
explorar as danças típicas mais populares da região norte.

Danças típicas mais populares da região norte

A história das danças dos estados do norte teve influência dos povos africanos,
indígenas e até mesmo portugueses. A maior região do país apresenta
manifestação cultural de maior afluência a dança, que se destaca pela beleza,
tradição e popularidade.
A seguir, confira as principais e mais populares danças da região norte.

Maçarico
Uma das danças mais conhecidas da região do Amazonas. Leva esse nome
em alusão ao pássaro Maçarico, muito comum na fauna regional.
A comparação é em razão dos movimentos da dança lembrarem o caminhar
rápido do pássaro.
Os dançarinos ficam organizados em pares e desenvolvem a coreografia
constituída por cinco diferentes movimentos. Os pares dançam, ora
entrelaçados, ora soltos, e dão passos corridos para frente e para trás, deslizes
laterais, volteios rápidos e rodopios ligeiros.
A música é executada em sanfona ou acordeão, viola, violão, rabeca, tambores
pequenos.
Os versos são cantados pelos próprios dançarinos, normalmente são puxados
pelas mulheres. A coreografia segue exatamente o que diz a letra no momento
do coro. E as roupas são um espetáculo de cores e detalhes.

Carimbó
O Carimbó é dança típica do Pará e é tão característico que é considerado
Patrimônio Cultural do Brasil pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional).
O nome da dança tem origem indígena Curi (pau oco) e M’bo (furado), e
remete ao instrumento de percussão parecido com um tambor que é utilizado
durante as apresentações.
Os dançarinos vestem como de costume nas danças do norte trajes coloridos e
muito bem elaborados. As mulheres usam uma saia longa estampada e
trabalhada, com uma blusa rendada e igualmente detalhada e acessórios
pendurados. Os homens geralmente usam calça longa e sem camisa.
Os movimentos da dança são rápidos e envolventes.
Inicialmente os casais ficam enfileirados, até que os homens batem palmas
para as suas companheiras, isso é um convite para dançar. As mulheres
cedem e começam um volteio circular, movimentando as saias, com a intenção
de jogá-las sobre o rosto de seu parceiro para que ele saia da dança.
Marujada

Outra dança típica do Pará, a Marujada de Bragança, originou-se dos escravos


africanos que habitavam na região.
A dança que é a celebração da festa de São benedito é, também, reconhecida
pela disciplina e organização e acontece em em três ocasiões: Natal, dia de
São Benedito e no dia 1º de janeiro.
Ela é composta por sete tipos de danças diferentes: o xote bragantino, a
zabumba, o retumbo, a valsa, bagre, chorado e mazurca. Por isso, a
coreografia é de distintos tipos de movimentos.
Composta principalmente por mulheres, recebem o nome de marujas, que
saem às ruas em homenagem ao santo vestidas de branco e vermelho e os
homens, os marujos, de calça e camisa brancos. Chapéus enfeitados com
flores e fitas também são acessórios obrigatórios.
Eles bailam pela cidade, reproduzindo o gesto de um barco na água. As
mulheres ordenam a dança e os homens participam com os instrumentos
musicais, como tambores e violinos.

Lundu de Marajoara

Lundu Marajoara é uma dança também do Pará, com forte influência africana,
é muito sensual e envolvente, pois a intenção dela é mostrar o convite do
homem para ter um encontro sexual com a mulher.
A dança de Lundu Marajoara é composta por movimentos rotacionais;
enquanto a mulher dança sensualmente, mexendo o quadril, o homem vai
acompanhando como se estivesse admirando e desejando-a, dançando em
volta da mesma.
As mulheres vestem saias coloridas e blusas rendadas. Já os homens vestem
calças preferencialmente branca.
Essa dança utiliza instrumentos como o banjo, cavaquinho e clarinete.

Desfeiteira
Famosa dança do Amazônia, essa dança é realizada por casais que dançam
de forma livre e os dançarinos devem apenas passar pelo menos uma vez de
frente para a banda musical.
Se a banda parar a música no momento em que o casal estiver passando, o
homem ou a mulher tem que declamar versos improvisados, caso contrário,
será vaiado e terá que pagar uma prenda, ou seja, o par será desfeito.
Durante a dança, os pares enlaçados circulam livremente pelo salão. A única
obrigatoriedade é passar, cada par por sua vez, diante do conjunto musical.
A Banda toca alegremente valsas, polcas, sambas rurais, chulas
amazonenses, mazurcas, xotes etc.
Marabaixo
É a maior manifestação artística do Amapá, é uma dança ritualística, de origem
africana.
A dança simula de forma profana a festa do Divino, sob o ritmo de tambores ou
das chamadas caixas, com movimentos rápidos e vigorosos, inspirados na
capoeira.
As mulheres vestem saias longas, rodadas e bastante coloridas e os homens
shorts e camiseta.

Marambiré

É uma dança de muita representatividade histórica. Ela representa a


comemoração dos negros, especialmente dos povos africanos, após a abolição
da escravidão.
Ela é caracterizada por um cortejo, uma marcha, um festejo sincrético, que
mistura a religião e o profano. Ela é realizada por duplas.

Camaleão
Em pares separados, que dançam diferentes passos chamados jornadas, que
formam duas fileiras de mulheres e homens, que terminam a coreografia
exatamente como se inicia.
Os homens se vestem de fraque de abas, colete, meias longas, gravata e
sapato preto, e as mulheres saias longas, meias brancas, sapatos e blusas
folgadas.
Os instrumentos utilizados na música são o violão, cavaquinho e rabeca.
O Norte do país é sem dúvida uma região rica em tradição e super
interessante. Gostou do post? Gostaria de conhecer mais sobre essa cultura?
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Região Sul
A Região Sul do Brasil, atualmente, tem mais 27,38 milhões de habitantes
distribuídos entre três estados – Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Uma de suas principais características é a forte influência dos imigrantes
europeus, fato que reflete bastante na cultura sulista. Prova disso são
as danças típicas da Região Sul do Brasil, muitas delas parte da herança
trazida pelos povos que chegaram na segunda metade do século XIX.

Os estados do sul brasileiro receberam hordas de imigrantes europeus em


busca de melhores condições de vida no Pós-Guerra. Espanhóis,
portugueses, alemães, italianos e poloneses, ucranianos, entre outras
nacionalidades se juntaram aos índios e, também, negros africanos que aqui
já residiam. Nascia, ali, uma cultura rica em detalhes com elementos
presentes na arquitetura singular, culinária, música, literatura e dança.
As danças da região Sul do Brasil são marcadas pelos ensinos
campesinos, como o respeito à mulher (prenda) e espírito de fidalguia.
Ademais, seus passos e ritmos as colocam entre as mais coreográficas e
performáticas. Parte do folclore da região, as danças podem ser apresentadas
tanto em grupo quanto individualmente, conforme pode ser visto a seguir.

Principais influências de imigrantes

Antes de adentrarmos nas danças populares da região sul, vamos dar uma
breve pincelada nas principais influências de imigrantes na região sul do
Brasil.

Imigrantes alemães
Os alemães são grandes responsáveis pela expansão e ocupação
econômica, além de disseminar as pequenas propriedades agrícolas pelo
interior. Isso conferiu novo visual à paisagem, graças aos chalés típicos, além
de apresentar atividades artesanais que, logo, se transformaram em grandes
indústrias. Mas, é a arquitetura germânica a herança inquestionável,
caracterizada pela estrutura enxaimel. O levante foi maior em cidades como:

 Blumenau
 Joinville
 Brusque
 São Bento do Sul
 São Leopoldo
 Novo Hamburgo
 Londrina
 Rio Negro
 Cruzeiro do Oeste
 Pomerode (a cidade mais alemã do Brasil)

Imigrantes italianos
Os italianos chegaram à região Sul a partir de 1870, fixando-se
principalmente na zona rural. Em núcleos iniciais nas cidades como Caxias do
Sul, Bento Gonçalves e Garibaldi, os imigrantes foram se dedicando à cultura
e industrialização da uva. O resultado foi a produção dos famosos vinhos da
Serra Gaúcha, muitos deles premiados internacionalmente.

Imigrantes portugueses

A chegada dos portugueses à região se deu para garantir a posse do território


para Portugal e, em segunda instância, povoar o Rio Grande do Sul e Santa
Catarina. Primeiro, veio D. João e sua Coroa, em 1808, sendo seguidos pelos
imigrantes, em sua maioria, oriundo do Arquipélago dos Açores.
Danças típicas da Região Sul

Dança das fitas


A dança das fitas ou pau de fitas é caracterizada pelo mastro de
aproximadamente três metros disposto no centro de uma roda. A ele, são
amarradas fitas coloridas que os dançarinos, em par, seguram para, depois,
girarem em torno do mastro no intuito de formar desenhos trançados com
elas. O ritmo não exige música específica, mas normalmente, usa-se violão,
pandeiro, cavaquinho e acordeão. Muito praticada no estado do Paraná.

Chimarrita
Dança típica de origem portuguesa bailada por casais ao som de um ritmo
muito animado. A coreografia trazida nos idos do século XIX inicialmente
começava com casais em uma dança similar à valsa. Depois, peão (homem)
e prenda (mulher) passavam a dançar separados e em direções opostas.
Hoje, a chimarrita é marcada pelo sapateado e palmas dos casais em fila,
muito praticada no Rio Grande do Sul.

Chula
Dança masculina de origem também portuguesa, mais especificamente
da Ilha da Madeira, a chula coloca seus participantes performatizando em
torno de um bastão de madeira. A coreografia consiste em executar saltos e
sapateados em uma espécie de desafio. A dança tipicamente gaúcha traz
dois ou três homens posicionados na extremidades do bastão e intercalando,
individualmente, passos cada vez mais complexos. Ganha o que protagonizar
a coreografia melhor elaborada sem, no entanto, encostar no bastão.

Fandango
Mais uma dança portuguesa com influências indígenas que, hoje, está
presente nos três estados da região Sul. Nela, os dançarinos formam uma
roda para, em seguida, dançar um tipo de valsa. Depois, começam a bater
palmas e sapatear.
Dança do Vilão
Dança folclórica catarinense cuja coreografia se parece com um jogo.
Bailarinos, regentes, músicos, batedores e chefe do grupo entram em cena
com bastões de madeira. O regente incentiva que os batedores façam batidas
nos bastões dos parceiros, desafiando-os ao ritmo da música.

Boi de Mamão
Boi-bumbá, bumba-meu-boi, entre outros nomes, o boi de mamão é uma
dança animada que se diferencia das manifestações de outras regiões pelas
brincadeiras. Bailarinos são embalados por repentistas e se juntam a
personagens variados, como a boneca Maricota, o crocodilo Bernúncia e
outros animais.

Balainha
Também chamada de Arcos Floridos ou Jardineira, a balainha é
performatizada por mulheres segurando um arco florido em movimentos
chamados de…balainha! Elas se dispõem em fila, passando os arcos por
cima e por baixo, como se estivessem em ciranda. Frequente nas festas
juninas catarinenses com bailarinas trajando vestidos longos e rendados ou
bata estampada.

Vaneirão
Essa dança ganha nomes diferentes a depender do ritmo. Por isso, é
conhecida por vaneira (passos moderados), vaneirinha (passos lentos) ou
vaneirão (passos rápidos). Independente do nome, o ritmo nasceu em
Cuba e é protagonizada por casais que dançam o movimento “dois para lá e
dois para cá”, vestindo roupas inspiradas no estilo medieval. Influenciou o
samba do Rio de Janeiro.

Milonga
A milonga é conhecida em países como Argentina e Uruguai,
sendo caracterizada pelo romantismo. Similar ao tango, ainda que
mais lenta, a milonga é bailada ao som de viola, entre outros
instrumentos.
Mazurca
A mazurca é uma dança de origem polonesa caracterizada pelo ritmo rápido
e envolvente apresentado pelos casais bailarinos. Trata-se da mistura de
elementos rancheiros e da dança de salão. Bailarinos trajando roupas
medievais são embalados pelo som do violino e gaitas gaúchas.

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