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FAESA – CENTRO UNIVERSITÁRIO ESPIRÍTO-SANTENSE

CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN DE MODA

AMANDA SANTOS RODRIGUES

O UPCYCLING COMO VEÍCULO CRIATIVO PARA FIGURINOS DE DANÇA

VITÓRIA

2021
FAESA – CENTRO UNIVERSITÁRIO ESPIRÍTO-SANTENSE

CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN DE MODA

AMANDA SANTOS RODRIGUES

O UPCYCLING COMO VEÍCULO CRIATIVO PARA FIGURINOS DE DANÇA

Artigo do Trabalho de Conclusão de Curso de


Graduação em Design em Moda, apresentado ao
Centro Universitário Espírito-Santense sob
orientação da Prof. MS. Alcy Martins.

VITÓRIA
2021
O UPCYCLING COMO VEÍCULO CRIATIVO PARA FIGURINOS DE DANÇA

UPCYCLING AS A CREATIVE VEHICLE FOR DANCE COSTUMES

FACULDADES INTEGRADAS ESPÍRITO SANTENSES

CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN DE MODA

AMANDA SANTOS RODRIGUES


Graduando em Design de moda
mandinharod2707@gmail.com

RESUMO: De 100 a 250 palavras, escrito em um único parágrafo formado por vários
períodos. Esse texto deve conter: apresentação do tema, objetivo, metodologia e
possíveis conclusões. Tudo bem sucinto porque deve-se respeitar o limite de até 250
palavras.
Palavras-chave: de três a cinco palavras ou expressões separadas entre si por pontos.

ABSTRACT: O resumo em inglês.


Keywords: palavras-chave em inglês.

1 INTRODUÇÃO
A dança, assim como outras artes e áreas do conhecimento possui suas influências e o
ballet clássico foi a primeira dança acadêmica existente. Marques (2021) citou: ”O balé
é uma modalidade de dança com grande relevância histórica, pois teve importante
influência nos métodos de ensino de dança posteriores a seu estabelecimento” . A
decodificação dos passos foi fundamental para o início do estudo da dança clássica e
isso permeou para as outras danças. O Hip Hop, por exemplo, teve início nas ruas,
mais especificamente em Nova Iorque, como uma dança social e um estilo de vida das
pessoas que vivenciavam a realidade daquele local. Nos anos 90 iniciou-se a partir do
cardio funk, a onda da modalidade chamada street dance, traduzindo dança de rua,
nas escolas de dança, afirma GONZAGA (2000). O mesmo ocorre com o estilo Jazz
dance. Um movimento que nasceu juntamente com o estilo musical jazz, mas que tem
suas raízes também como uma dança propriamente dos negros misturando ritmo, força
e sensualidade. Com o estouro do jazz nos anos 80, o estilo se torna um modismo
como afirma MUNDIN (2005). O Jazz foi sendo embranquecido e adaptado para as
academias, inicialmente ligado ao fitness com a aeróbica e logo após para os estúdios
de dança como dança acadêmica. Assim, destaca-se a importância do ballet para que
estes e muitos outros movimentos da arte da dança pudessem alcançar diversos
públicos ao redor do mundo.
Abordando a temática da dança para a moda é importante citar os figurinos de dança.
Tais foram evoluindo ao longo do período, abordando temáticas diversas, porém
sempre buscando beneficiamentos a partir de tecnologias inovadoras. Mas, a moda é
considerada um dos setores que mais poluem o planeta e que mais descartam
resíduos na natureza, Carvalhal (2016) destaca em seu livro “Moda com Propósito” que
a Indústria da moda foi a segunda atividade mais poluidora do século XX, e é a
segunda que mais consumiu recursos naturais (perdendo apenas para a agricultura)
contribuindo muito para o estágio atual de desequilíbrio planetário.

O objetivo geral do trabalho é mostrar como é possível criar figurinos com o


reaproveitamento de materiais, atribuindo design inovador, sustentabilidade e atrelar
histórias nos figurinos de dança. A partir disso, será estabelecida a criação da Marca
“ATELIÊ GRAHAM” que abordará em seu propósito o Upcycling. A metodologia
utilizada para executar o trabalho será a de Bruno Munari.

2. UM POUCO DA HISTÓRIA DA DANÇA E DO BALLET CLÁSSICO.


A História da dança inicia-se junto com a história nas eras Paleolítica e Neolítica. A
chamada dança Primitiva tinha como intuito à sobrevivência ou cunho espiritual, ou
seja, uma maneira do homem criar uma conexão com a natureza, destaca Santos
(2003):
“Pós era primitiva, as Danças Milenares se estabeleceram como uma
dança ritualística, obtinham à ligação corpo e espírito. Países como
Egito, índia e Grécia trouxeram a dança como artifício espiritual. Um
exemplo é a dança Indiana, que teve sua origem na invocação à Shiva
(deusa da dança). Os Indianos acreditam que a dança não foi uma
criação humana, e sim algo criado pelo divino, como citado no VEDAS
(textos sagrados antigos o hinduísmo): “Os deuses eram excelentes
dançarinos, e a sua arte marcava todos os momentos da existência ao
longo das eras. A dança não era apenas uma expressão da dinâmica
universal, mas a própria dinâmica em si. É quase impossível, portanto,
dissociarmos a dança de valores eternos advindos da religião. ”
Com a chegada da idade Média surgem pensamentos e questões moralistas. Além da
peste negra e outras doenças, a Igreja comandava todos os Poderes e era autoritária
em relação aos seus ideais de comportamento. Por tanto qualquer tipo de
manifestação artística foi proibida. Os camponeses, apesar de tudo, mantiveram-se
firmes quanto às suas danças populares que eram feitas em comemoração à colheita
da primavera. Vista tal situação, a igreja manteve a dança popular dos camponeses,
porém atribuíram a ela um cunho religioso e isso foi se estendendo até a era do
renascimento. Bazzoti (2012) cita o decreto do Papa Zacarias no ano de 774: "contra
os movimentos indecentes da dança ou carola" (Carola era uma dança típica dessa
época); ou um decreto do concílio de Avignon, dizendo que "Durante a vigília dos
Santos não deve haver nas Igrejas espetáculos de dança ou carolas". Apesar da
repressão e das proibições pode-se encontrar evidências de que as pessoas dançavam
em comemorações e em momentos de festa. Eles dançavam a Carola e o Tripudium,
sendo a primeira uma dança de roda e o segundo uma dança em três tempos, na qual
os participantes não se tocavam. Eram danças ao som de cantos Gregorianos, e
ritmadas com tambores e tamborins.”

A era renascentista é marcada pelo Antropocentrismo, tendo o homem como o centro


do universo, e isso trouxe diversas mudanças de opinião, comportamentos, e não
poderia ser diferente em relação à dança. A dança veio atribuída muito às cortes reais,
que esbanjavam luxo, poder e muitas festas para comemorar diversas datas. Em
Florença, na Itália, no palácio da família Médici apresentavam-se espetáculos para
esbanjar a riqueza real. O primeiro espetáculo considerado um balé foi apresentado em
uma festa de casamento no ano de 1459 e logo depois foi encenado, em 1500 o
chamado Carnaval em Veneza, com figurinos e enredos mais elaborados. A Família
Médici contribuiu para a história do ballet, porém a princesa Catarina de Médici foi a
responsável por trazer o ballet da Itália para a França ao se casar com o Duque de
Orléans. Surge assim a primeira companhia de dança, a “Comique de la Reine”, criada
para interpretações reais. Tais espetáculos apresentavam não somente dança, mas
também canto, poesia e performances diversas para entreter a corte real. Durante
(2018)

Pós era renascentista, chega a fase Barroca, era importante para a evolução da dança.
O rei da França, Luís XV (1638-1715), foi um grande bailarino e responsável em
difundir essa arte. Criou a primeira escola de dança a “Académie Royale de Dance”
situada nos cômodos do Louvre, conta Marques(2021). O principal espetáculo foi o
“Ballet de la Nuit” , um espetáculo com duração de 12 horas, onde o rei Luís XV
interpretou o “Rei Sol”. Nesta fase também, o ballet começa a ser democratizado pois
passa dos palácios para os grandes palcos e se torna entretenimento não só para os
nobres, mas para a classe dominante.

O Período Neoclássico transforma o ballet em “Ballet de Ação”. Antes, apresentava


outras formas de arte como canto e poesia, chegando esse período o ballet passa a ser
somente dança e pantomima (gestualidades e interpretação dos bailarinos somente
com o corpo e expressão). O primeiro espetáculo criado dentro desse novo padrão foi
“La Fille Mal Gardèe”(1789)., destaca SILVEIRO,Ana(2013). Este ballet é considerado
o primeiro ballet de repertório criado e é apresentado até hoje. A tradução de seu título
significa “A filha malcriada” e conta a história de um casal apaixonado, Lison e Colin,
que tentam convencer a mãe de Lison, a viúva Ragatte a aceitar esse romance. É um
ballet cômico criado por Jean Dauberval (séc XVIII), inspirado em uma pintura de
Pierre-Antoine Baudoin : “La reprimande/ Une Jeune fille Querellée por as mère” (A
reprimenda/Uma jovem brigou com sua mãe).

A era romântica é marcada pela idealização, romantismo e drama. MARINHO, Me.


Fernando (2021) afirma: “O Romantismo foi um movimento estético e cultural que
revolucionou a sociedade nos séculos XVIII e XIX, abandonando valores clássicos e
inaugurando a modernidade nas artes. As obras românticas baseavam-se, então, em
valores da burguesia, classe social que substitui a elite absolutista em diversos países.
” Tal revolução também aconteceu no ballet. Antes cômico, o ballet passa a trazer o
idealismo e criaturas fantásticas para suas apresentações e criações. Características
primordiais nascem nesse período, como por exemplo o ideal da bailarina clássica em
ser delicada e inalcançável. Surgem também escolas e métodos de ensino diferentes e
a sapatilha de ponta.

O movimento que chega após o romantismo vem quebrando todo o idealismo criado na
época que influenciava a Europa. O realismo, juntamente da Primeira Guerra Mundial,
influencia o comportamento da sociedade totalmente contrário à visão romântica. Com
isso, o ballet obtém uma queda na Europa e os bailarinos e coreógrafos se veem sem
trabalho. Então um coreógrafo chamado Marius Petipa resolve se mudar para a Rússia.
Com o regime socialista, o país era mais fechado e por isso mais fácil de inserir o ideal
romântico do ballet clássico. Assim, o ballet Russo se desenvolve tornando-se um dos
mais famosos e admirados pela técnica, escolas e metodologias. Grandes ballets
como, “o lago dos cisnes”, “o quebra nozes”, ”Giselle” entre outros são remontados e
ganham vida novamente. Espinola(2020).

O ideal romântico permaneceu até hoje, porém com diversas outras metodologias de
ensino criadas em várias partes diferentes do mundo. Além disso, outras técnicas e
estilos foram sendo desenvolvidos, como a dança moderna por exemplo.

2.1 RECORTE SOBRE FIGURINOS DE DANÇA.

Para citar essa temática é necessário o entendimento paralelo ao capítulo anterior. Tal
qual a história do ballet clássico, a história do figurino se desenvolve juntamente ao
pensamento social de cada época e a necessidade dos artistas em cada período.

Durante as grandes cortes, onde se tinham as danças reais, as mulheres não podiam
se expor, principalmente enquanto dançavam. Por isso, o traje utilizado pelas mulheres
eram vestidos longos e pesados, com anáguas e ancas. O figurino da época impedia
que as bailarinas pudessem arriscar movimentos mais elaborados como saltos.
(XAVIER e MUNIZ, 2002).

O traje que define o ballet clássico é o tutu (tyty), saia curta, leve e estruturada e foi
associada a essa forma única de dança por mais de um século (ALMEIDA,2014).
Porém o primeiro tutu criado não tinha algumas características citadas acima
principalmente o fato de ser curto. O primeiro tutu conhecido é o romântico, marcado
por um corpete apertado e por uma saia com camadas de tule até o tornozelo. A era
romântica foi uma grande responsável por definir as faces e a estética do ballet até os
dias atuais. O nome Tutu foi definido e criado no ano de 1881.

Craine & Macrell (2010) citam que as primeiras bailarinas clássicas foram
precursoras e são destaque até hoje, pois graças a elas mudanças primordiais
aconteceram para que pudéssemos dançar de forma mais confortável e executar
determinados passos. Destacam-se algumas bailarinas responsáveis por atos de
grande revolução para a dança:
“Mademoiselles de La Fontaine (1655-1738) - Considerada a primeira bailarina
profissional e a primeira a subir nos palcos apresentando-se para um público. Apesar
de sua beleza e graciosidade, seus movimentos eram limitados por seu figurino, longo,
pesado e com muitas anáguas. Atuava com movimentos baixos, suaves e de pouco
impacto. Foi a primeira bailarina de muitos espetáculos.

“Marie-Thérèse Subligny” (1666-1735) - Atuou juntamente de La Fontaine e foi a


primeira bailarina a dançar para o público inglês e atuou juntamente com o Rei Luís
XIV. Segundo Portinari (1989), em relação ao Figurino manteve-se os vestidos longos.
Na época, as bailarinas utilizavam sapatos de salto enfeitados com um laçarote de
gorgorão. Além disso, os figurinos obtinham muitos aviamentos como plumas e laços e
utilizavam perucas e máscaras em suas apresentações.

Mademoiselle de Subligny -via Pinterest(2021)

“Marie Sallé” (1705-1756) - Segundo a Enciclopédia “BRITANNICA” (1998),


considerada uma grande bailarina francesa e a primeira coreógrafa mulher, Sallé era
inovadora e criativa. Em 1770 aboliu o uso das máscaras nos ballets, introduzindo a
expressão facial nas apresentações. Também resolveu extrair as perucas voluptuosas
e os figurinos elaborados do século 18, trazendo uma linguagem natural e sóbria para
a indumentária. Trouxe vestidos de musseline no estilo grego, solto e sem enfeites.
Portrait de la danseuse Maria Sallé (1732) - via “akg images”

” Marie Anne de Cupis de Camargo (1710-1770) - Foi uma bailarina Belga muito
importante para o ballet. Trouxe diversas mudanças para as bailarinas clássicas,
permitindo com que elas se tornassem mais livres. Camargo foi a primeira a atribuir a
malha para seus figurinos, tal tecnologia possibilita conforto e liberdade para
determinadas movimentações. Encurtou um palmo das saias das bailarinas, permitindo
com que elas pudessem executar saltos e passos mais dinâmicos como battus,
entrechats e cabrioles, passos esses considerados até então como masculinos. Os
sapatos de salto ficam de lado e entram em cena as sapatilhas, tornando os passos
mais leves. As máscaras caem em total desuso Achcar(1980).
La Camargo Dancing, by Nicolas Lancret, c.1730 by “the mended soul”

De acordo com Achcar (1980),”Marie Taglioni” (1804-1884) - Taglioni foi uma bailarina
escocesa que vivenciou a era romântica do ballet sendo a figura central da dança
européia. Além disso, ela foi a primeira bailarina a dançar na ponta, apresentando o
ballet de repertório “La Sylphide”, onde a bailarina principal representa uma fada
encantada, que para representar esse aspecto da leveza e da sensação de voar, traz a
sapatilha de ponta como principal artifício para a personagem.
Marie Taglione- “La Sylphide” - via: New York public Library digital collections

“Carlota Grisi” (1819-1899) - A bailarina Carlota Grisi marca sua época dançando um
ballet muito famoso, “Giselle”. Logo após o uso da sapatilha de ponta na protagonista
em “La Sylphide”, Grisi traz o uso da sapatilha de ponta e do tutu romântico em todas
as bailarinas.“BRITANNICA” (1998)

“Eugene Fiocre” (1845-1908) - Foi a bailarina principal do ballet ópera de Paris e era
muito conhecida por sua beleza, graça e talento. Interpretou diversos papéis, incluindo
papéis masculinos. Na época faltavam bailarinos nos elencos, por tanto as bailarinas
tinham que interpretar papéis masculinos. Tornou-se musa inspiradora para o artista
Edgar Dégas, famoso por suas pinturas, afirma Garafola (1985). Eugene encurtou mais
as saias, deixando as pernas à mostra, criando assim o tutu clássico. Utilizavam uma
espécie de Ceroula para cobrir as pernas para não as deixar totalmente aparentes.
“A primeira bailarina” -Edgar Dégas

“Anna Pavlova” (1881-1931) - Bailarina Russa responsável por popularizar o ballet ao


redor do mundo, trouxe questões que atualmente são imprescindíveis para a dança.
Sua interpretação era extremamente forte e sensível trazendo uma emoção à mais
para o ballet, algo expressionista. Apresentou também o uso do corino, espécie de
pedaço de couro que é utilizado na sapatilha de ponta, e formas diferenciadas na
costura da sapatilha de ponta. Sua performance mais marcante é “a morte do Cisne”
onde utiliza um tutu clássico branco com penas e aviamentos que trazem o ar do cisne
branco (HAGELLI, 2013).
Anna Pavlova, figurino por Leon Bakst para O lago dos cisnes, 1905

As bailarinas foram Segundo Pavis(2010) grandes percursoras e responsáveis pela


mudança ao longo da história do figurino. Apresenta-se a importância dos tutus
diversos ao longo do período, sendo utilizados como representação de histórias
contadas até hoje no ballet. O ballet Romântico trás sempre o ar angelical e etéreo e
apresenta em suas performances o tutu romântico, saias de tule em camadas
Royal ballet-Giselle-corpo de baile -2014
O ballet camponês, apresenta a estética do povo do campo, sendo sempre um ballet
cômico. Por isso é retratada a vestimenta, com aventais e flores. Já o ballet clássico se
faz a partir das fábulas de princesas, fadas e lendas e sempre apresentará o tutu
bandeja, curto e estruturado (PAVIS,2010).
Sarah Lamb em La Fille Mal Gardee-via Pinterest
Royal Ballet em “Quebra nozes”

Evidencia-se a importância da tecnologia têxtil em relação aos figurinos na dança.


Inicialmente utilizavam dos tecidos planos, tais estes sem elasticidade para
movimentar-se. Com a chegada da malha no ballet, houve uma facilidade e mobilidade
maior na execução dos passos. Não somente os tecidos, mas também as modelagens
foram sendo modificadas e melhoradas para que a bailarina sempre apresente a
melhor performance. ACHCAR(1980)

2.2 UPCYCLING.
O atual trabalho apresenta uma perspectiva de sustentabilidade ligado aos figurinos de
dança. O Upcycling promove a reutilização de materiais em seu estado original. Isso
significa recolher materiais sem valor comercial, que seriam descartados, e reaproveita-
los com suas propriedades naturais construindo algo novo com um novo valor
agregado. O objetivo do Upcycling é evitar o desperdício de materiais potencialmente
úteis, reduzindo o consumo de novas matérias primas como energia, poluição da água
e do ar, e emissões de gases de efeito estufa. (PILZ, 2002).
CARNEIRO (2015) destaca:
“O upcycling é uma das formas de consumo de moda que usa a
sustentabilidade como base. Podendo aumentar o ciclo de vida do
produto, utilizando resíduos da indústria para criar objetos de maior
valor. Vê-se que há uma forte corrente que impulsiona o conceito da
reutilização de resíduos para a fabricação de novas peças de moda,
movimentos de upcycling em casas de alta costura podem estar
influenciando marcas de menor porte a utilizar-se desse conceito,
inclusive redes de "fast fashion”

O pensamento sustentável de reaproveitamento, re-inserve a peça descartada no


processo para então transformá-la. A matéria prima principal é a peça e o processo de
criação agrega valor a ela, transformando-a em nova e trazendo-a de volta ao
mercado. O processo produtivo do “upcycling’ possui baixo custo de energia, o que
diferentemente da reciclagem não é necessário destruir nada, evitando processos
industriais). Qualquer pedaço de tecido, aviamentos e materiais secundários podem ser
atribuídos para as peças, criando outra perspectiva na moda. CARVALHAL,André
(2016), destaca ainda:
“Engana-se quem pensa que upcycling tem a ver só com reformar
roupas. Está relacionado também com todos os tecidos esquecidos na
fábrica, sobras de aviamentos e outras matérias-primas que vão
surgindo ao longo das coleções. Muitas vezes sem controle, tudo isso é
esquecido e acaba virando resíduo.”

Dessa forma, afirma-se a necessidade de buscar alternativas para valorizar a natureza.


O Trabalho atual, faz uso do Upcycling como veículo para a construção de figurinos de
dança. A autora tem um acervo de figurinos, alguns em desuso. Surgiu assim a ideia
de dar vida nova a essas peças, criando figurinos e novas histórias.

3 ATELIÊ GRAHAM
Ateliê Graham é uma marca de figurinos de dança sustentáveis que cria peças únicas a
partir de materiais descartados. Sua proposta traz um conceito Slow fashion, ou seja,
uma produção mais lenta, com poucas coleções e evitando o desperdício de materiais.
O nome da marca é inspirado em Martha Graham, uma bailarina e pioneira da dança
moderna. Sua marca foi deixada na dança, criou sua metodologia e revolucionou a
dança clássica trazendo uma linguagem inovadora e livre. Essa relação é o que a
marca pretende trazer para o mercado. (FLORA,2014)

Martha Graham, Frontier (1935)

3.1 LOGOTIPO
A logo da marca “Ateliê Graham” foi criada tendo como inspiração uma das obras da
bailarina e coreógrafa Martha Graham. “Lamentation” de 1930, é uma coreografia que
traz como inspiração a dor, porém não somente a dor do sofrimento humano ou do
tempo e lugar, mas sim sua própria personificação mostra TOBIN,Oliver . O figurino é a
principal inspiração gráfica para estabelecer o logotipo da marca, nesse espetáculo a
bailarina utiliza um vestido longo de malha que possui duas saias, uma abaixo da
cintura e outra acima, criando uma ilusão como de uma ampulheta.
Martha Graham –“Lamentation” (1930) via Pinterest.

A primeira logomarca desenvolvida fez utilização das iniciais nas cores centrais
encaixadas dentro do símbolo gráfico de dois retângulos invertidos. Letra fonte “six
capes”.
A partir desta, foi desenvolvida a logomarca final. As iniciais foram conectadas,
continuando com o desenho gráfico. A fonte foi modificada, trazendo um ar mais
artístico e com referência na ART NOUVEAU. As cores atribuídas se mantiveram as
mesmas, porém houve uma mudança nos tons, tornando-os mais suaves.

3.2 PÚBLICO ALVO


O público alvo da marca “Ateliê Graham” é composto por mulheres de 17 aos 25 anos
que são bailarinas profissionais ou amadoras, coreógrafos(as), professoras e donos de
escolas de dança em toda grande vitória. São pessoas que prezam pela exclusividade
em seus figurinos e tem um pensamento mais ecológico, já que a marca preza pelo
reaproveitamento de materiais. Buscam uma vida saudável em relação a alimentação e
a atividades físicas, mas também querem uma saúde para o corpo em si, já que o seu
corpo é seu instrumento de trabalho. São frequentadores de locais que transmitem arte
como por exemplo, museus, exposições de arte, espetáculos de dança, saraus etc.
pertencentes a classe média e classe média alta preferem investir em figurinos,
sapatilhas e roupas de aula do que comprar as roupas da moda por exemplo, já que
são apaixonados pela arte da dança. Extremamente disciplinados, fazem aulas de
dança todos os dias e sempre possuem ensaios extras para as grandes
apresentações. Em seu tempo livre curtem viajar para lugares que tenham bastante
contato com a natureza ou com culturas diferenciadas.

3.4 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO


A criação e divulgação de qualquer marca é notavelmente necessária,por isso é
utilizado estratégias e planos de marketing para alcançar um público para determinada
marca. O “Ateliê Graham” é uma marca que necessita obter posicionamento no
mercado de maneira única e eficaz. Por isso, a análise 'SWOT' é feita para alcançar
objetivos. A Análise SWOT ou FOFA apresenta quatro pilares que se dividem e trazem
noções positivas e negativas da marca.
1-Forças: Ateliê que trabalha com o 2-Fraquezas: Conquistar espaço no
Upcycling, tornando assim, a vida útil dos mercado da Grande Vitória já que é um
figurinos de dança mais longa. produto diferenciado e fora do padrão.
Recolhimento de peças com doações ou O público alvo da marca são clientes fiéis
negociações, sendo assim, o ateliê se de outros ateliês durante anos, é
torna um ponto de descarte e coleta de necessária uma conquista maior para
peças paradas. alcançá-los.
Construção de peças únicas,
personalizadas e feitas sob medida.
3-Oportunidades: Marca Inovadora, 4-Ameaças: Conquistar um público
apresentando sustentabilidade e arte nas dentro do grupo principal das escolas e
peças. Inovar o mercado de figurinos de bailarinas das escolas da grande Vitória,
dança, que no estado são muito já que mantém sempre a mesma mão de
padronizados, trazer peças diferenciadas obra para a produção de suas peças.
para os palcos dos espetáculos e Região difícil para se trabalhar com arte,
eventos. as manifestações culturais são poucas,
limitando os meses onde o ateliê fosse
contratado para produzir peças.
Preconceito com peças criadas de
materiais descartados, antigos ou que já
foram de outras pessoas

4 METODOLOGIA DO PROJETO
A metodologia estabelecida é a de Bruno Munari, que através da definição de um
problema desenvolve-se até alcançar uma possível solução.
Componentes da Metodologia de Munari- via site suacriatidade.com

4.1 PROBLEMA, DEFINIÇÃO E COMPONENTES


O “Ateliê Graham” é um ateliê de figurinos e roupas de dança que tem como foco
principal a construção de peças tendo como base criativa o Upcycling.
O cenário da Grande Vitória apresenta uma perspectiva de manifestação cultural baixa
e com falta na questão de divulgação de eventos ligados à arte.
O aproveitamento dos figurinos é baixo, deixando algumas peças de lado, paradas e
sem utilidade. A principal proposta da marca é coletar peças como essas, sendo
compradas ou doadas, e transformá-las em novos figurinos com novas propostas
coreográficas. Essas peças e materiais recolhidos ficam no acervo do ateliê e são
utilizados de acordo com as novas ideias que chegam para serem desenvolvidas. Todo
o processo de criação até chegar no resultado, promoverá uma experiência única para
o cliente, atribuindo uma nova história para os figurinos.

4.2 COLETA E ANÁLISE DE DADOS


O estudo mercadológico é necessário para reconhecer o que o mercado oferece e o
que ele não oferece, para assim, desenvolver o necessário para destacar a marca ou o
produto desenvolvido. Neste caso destaca-se duas marcas, a Labé e a MF Costumes.

A Labé é uma marca capixaba que produz roupas de ballet, como collants e t-shirts.
Possui uma forte identidade visual e um público já estabelecido no mercado. Apresenta
modelagens diferenciadas e design único. A marca trabalha com o “Slow fashion”,ou
seja uma produção desacelerada sem ter necessidade de encaixar-se nas estações do
ano apresentadas. Atualmente não possuem loja física, vendem online. Porém possui
seu próprio escritório que atende aos clientes. Por apresentar todo diferencial as peças
variam entre R$89,00 até R$410,00.

Outra marca, não tão jovem, é o ateliê “MFcostumes”, que trabalha com figurinos de
ballet. Está localizada no Rio de Janeiro, porém entrega em todo o Brasil. O carro chefe
dos seus produtos é o tutu bandeja/prato. Além disso, oferecem cursos para ensinar a
produzir determinadas peças e figurinos. Seus produtos são de extrema qualidade,
porém o processo de construção torna-o mais caro e menos acessível.

4.3 Conceito:
O ballet clássico é uma arte que traz muitas referências e inspirações para a criação de
peças na moda. Dentre diversas histórias do ballet de repertório, uma das mais
clássicas é “A Bela Adormecida”. A Coleção trará uma atmosfera mágica,romântica,
delicada e dramática que o Ballet apresenta. A partir das cores e dos personagens
apresentados serão desenvolvidos figurinos de dança sustentáveis e inovadores. O
ballet teve sua estréia no ano de 1890 no teatro Mariinsky em São Petersburgo e é
dançado até hoje em todo o mundo. A história se passa na França dentro do Palácio
Real dos reis Florestan e Florencia. Dá-se a Luz a princesa Aurora, a personagem
principal desse ballet, e o reinado organiza uma festa de batizado da recém-
nascida.São convidados diversas pessoas e seres da natureza, as fadas, e a festa se
inicia. Cada fada trás consigo uma dádiva para abençoar Aurora. Uma lhe dá a beleza,
a outra a delicadeza, a alegria e outras características imprescindíveis de uma
princesa. Porém, uma fada fica de fora da festa e não gosta nem um pouco disso, esta
fada é Carabosse. Decepcionada e Irada, Carabosse lança uma maldição na pequena
Aurora. Quando completar 16 anos irá fincar o dedo em uma agulha e mergulhará em
um sono eterno.Entretanto uma fada madrinha estava atrasada, a fada Lilás, e para
salvar Aurora transforma a maldição do sono eterno em um feitiço que durará até que
um príncipe beije-a. A partir disso a narrativa decorre e no final temos um final feliz
onde Aurora se casa com o príncipe Désiré. (Wiley,1985).

A coleção apresenta 06 looks baseados na história do ballet, sendo cada um deles


representados por uma modalidade de dança.

4.3.1 Briefing Visual

4.3.2 Paleta de cores da Coleção


As cores foram inspiradas nos personagens da narrativa, na localização (França) e
seus aspectos geográficos e nas cores do palácio.
Via Pantone

4.3.3 Geração de Alternativas


Inicialmente, algumas peças foram estabelecidas e esboçadas, visto que a coleção foi
elaborada baseada no reaproveitamento de matérias, as peças foram estabelecidas
diante disso. Porém, houveram problemas durante a produção, tendo, assim que
buscar alternativas para solucionar as peças finais.
Primeiros esboços de criação dos figurinos:
I- II-

IV-
V- VI-

4.3.4 Definição da Alternativa.


Durante o processo de produção das peças modificações foram feitas, pensadas em
vários aspectos e possibilidades.
O look I (Fadas- tutu bandeja) inicialmente seria construído com duas partes, porém
diante do tecido disponível modificou-se para uma disposição feitas em palas. Foi
inserido um tecido estampado para compor o corpete. As costas ao invés dos colchetes
como seria inicialmente, foi criado um fechamento com uma fita, como um cadarço.
O look II (Aurora- tutu Romântico), modificou-se o tecido, anteriormente seria um tecido
por cima do collant e as flores no ombro sem manga. Porém o vestido seria difícil para
vestir, então manteve-se somente o collant e as flores foram reposicionadas.
O look III (Acompanhante da Rainha) foi desenvolvido diretamente no manequim, ou
seja, não teve esboço. Porém inicialmente seria um macacão sem manga, depois
foram acrescentadas mangas bufantes e ao invés do macacão se tornou um collant.
O look IV (Acompanhante do Rei) manteve-se na mesma ideia, a única ideia que não
foi mantida foi o Rufo, pois não encaixaria bem com o collant cacharrel por baixo do
blazer.
No look V só houve modificação na calça, que anteriormente seria feita de tule Filó, e
após uma pesquisa, foi feita com tule ilusion.
O último look, VI, acompanharia uma ideia parecida da calça “O adormecer”, porém
diminuiria a diversidade de peças na coleção. Foi produzida então, uma saia de tule
com uma armação de nylon (fio de cortar grama) para criar uma armação e movimento
da saia.
4.4 ASPECTOS ERGONÔMICOS

Tratando-se de Figurinos de Dança o aspecto Ergonômico é primordial. Um bailarino


precisa de praticidade e conforto, apesar de nem sempre ser uma realidade pelos
tecidos e ornamentos utilizados. O tule por exemplo é um tecido que causa desconforto
naturalmente por sua textura mais porosa. Outra causa de desconforto são os tutus
apertados. No tutu bandeja Fadas criado na Coleção, houve uma restauração e
substituição da calcinha que tinha antes e além disso, o fechamento da peça foi feita
baseada em cadarço, utilizando uma fita rolote pode-se ajustar a peça de acordo com a
bailarina. Outra peça pensada na Ergonomia foi o look II, com o fechamento nas costas
com amarração e pelo corpete ser em malha (helanca), cria-se um espaço maior para a
vestir da peça.
Buscar Ergonomia, novas alternativas e conforto é uma missão do Ateliê Graham para
com os bailarinos.
4.5 Cartela de aviamentos:
Os adornos e aviamentos das peças do “Ateliê Graham” são indispensáveis e
pensados de maneira única para cada peça.

4.5 SUSTENTABILIDADE
O atual trabalho apresenta um recorte de sustentabilidade em suas peças com base no
Upcycling, processo que reutiliza materiais descartados ou sem valor especifico para
transformá-los em algo novo. Por isso todas as peças trazem esse conceito. Os
principais looks com tal característica são os “Fadas” e “Acompanhante da Rainha”. Os
outros conjuntos trazem detalhes deste reaproveitamento em um retalho doado,
pedrarias e miçangas antigas.

4.6 FICHAS TÉCNICAS


4.7 MODELOS
Look 1 – “Fadas"
Look 2 - “Aurora”
Look 3 - “Acompanhante da Rainha”
Look 4 - “Acompanhante do Rei”
Look 5 - “O Adormecer”
Modelo : Stefany Villa

Look 6- “O Despertar”
Modelo : Stefany Villa
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Os aspectos da arte provam que há necessidade da interação entre as diversas
linguagens artísticas. Revela-se assim essa interação entre Moda e Dança. A dança
expressa sentimentos, necessidades, verdades e emoções internas e a moda ajuda a
externar todas essas questões, dessa forma ambas caminham juntas.
A tecnologia deve ser usada a favor do bem estar das pessoas, estando lado a lado da
sustentabilidade para que o planeta também evolua de maneira saudável com os seres
vivos. Por isso, a moda deve sempre buscar evoluir em tecnologias de produção, mas
sem esquecer da fonte principal de recursos, a natureza. Isso deve sim ser atribuído a
criação de peças como os figurinos de dança. O “Upcycling” é um caminho possível
para renovar e criar novos padrões de pensamento e novas maneiras de produzir
peças clássicas.
O “Ateliê Graham” visa divulgar o conceito da sustentabilidade e da necessidade de
promover através da arte uma cena nova para a produção artística de figurinos,
influenciando assim, pessoas que não conhecem o conceito do “Upcycling”. Além
disso, ajudar também no descarte correto de roupas e materiais em desuso.

REFERÊNCIAS

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The Nutcracker. Oxford, UK: Clarendon Press
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Fórum de Pesquisa Científica em Arte (Online) , v. 1, p. 352, 2005.
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-https://www.oxfordreference.com/view/10.1093/acref/9780199563449.001.0001/
acref-9780199563449
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Paulo, 1ª edição ,( p. 216 á p.218) . 2016.
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● PAVIS. Patrice. A análise dos espetáculos: teatro, mímica, dança, teatro-dança,
cinema. Tradução de Sérgio Sávia Coelho. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2011.
● MCDONOUGH BRAUNGART DESIGN CHEMISTRY. Cradle to Cradle Certified
CM Product Standard Version 3.0. Charlottesville: McDonough Braungart Design
Chemistry, 2012.
● BEZERRA,Juliana,história da dança,todamatérica(online),2011.

● Durante V. Ballet: the definitive illustrated story. New York: DK Publishing, 2018.

● SILVEIRA,Ana, La Fille Mal Gardeé,anabotafogomason(online),2011

● MARINHO,Fernando,Romantismo,brasilescola(online),2021.

● ESPINOLA,Diny,Valelembrar(vídeo-online),fevereiro,2020.

● XAVIER,Mariana e MUNIZ,Roseane, O figurino como instrumento político: a


importancia da arte questionadora,n.31,São Paulo,2002.
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ORGANIZACIONAL NA OPERACIONALIZAÇÃO DOS PROCESSOS DE
PROGRESSÃO FUNCIONAL DA ESCOLA DE DANÇA DA UFBA,Bahia,2014.
● CRAINE,Debra e MACKRELL,Judith,The Oxford Dictionary, Mademoiselles de
La Fontaine,2ed,Inglaterra,2010.
● ACHCAR,Dalal,Ballet-arte técnica Interpretação,1985.
AGRADECIMENTOS

Os agradecimentos iniciais vão aos meus pais, Andressa Santos Rodrigues e José
Alves Rodrigues por estarem sempre ao meu lado, se sacrificarem por mim e por
querer sempre o meu melhor. Em especial ao meu pai pelo apoio durante o processo
do TCC, financeiramente e emocionalmente. Foi primordial para chegar até aqui.

Agradeço à Maria da Conceição Barbosa, uma mulher guerreira, trabalhadora,


inteligente e que ama novos desafios e se superar através deles. Não é à toa que foi
aceitou entrar nessa aventura comigo. Não foi fácil, mas foi um aprendizado enorme,
profissionalmente e no âmbito pessoal também. Obrigada por ceder sua energia, tempo
e espaço para a criação da coleção “A bela Adormecida”

Meu Irmão, Victor Santos Rodrigues,foi o criador da logo da marca e um grande aliado
na minha vida, principalmente nesse momento, obrigada pela irmandade de sempre e
por estar sempre por perto em todos os momentos.

À minha família, Tania Tereza, Anirella Santos e Brunella Santos e Daniele


Buso,mulheres incríveis que me inspiram diariamente e que me fazem acreditar
sempre em minha capacidade e que sou merecedora das minhas conquistas.

Minha segunda família, Studio de Dança Rosaira Conrado, amigos que a dança me
trouxe e que me proporcionaram vivenciar inúmeras coisas maravilhosas. Rosaira
Conrado,minha mestra, professora e amiga, gratidão pelos ensinamentos da dança e
da vida. Otávio Conrado Ieda Esteves,Flávia Maria, Leia Esteves Ericles Paulo e grupo
Stroc kids, guardarei para sempre em meu coração todo o amor que recebo nesse
lugar e dessas pessoas.

Sou grata aos professores da Faesa, em especial à minha banca examinadora,


Professores Alcy e Josué. Obrigada pelos ensinamentos, pela paciência e pelo amor
ao lecionarem. Foi um momento excepcional e marcante em minha vida, muitas
dificuldades, erros, acertos e aprendizados, mas no final o que fica é a gratidão à esses
mestres.
Meus melhores amigos, Maria Clara Santos e Lucas César Carvalho, mesmo distantes
pela rotina estão sempre dispostos a estender a mão para ajudar, são anos e anos
juntos e a amizade continua a mesma, obrigada, amo vocês.

. As minhas amigas de Ensino médio, Dara Machado, Lorena Pires e Aramille Santos,
e aos meus melhores amigos Maria Clara Santos e Lucas César Carvalho por
valorizarem o real sentido de amizade, me apoiando e estando comigo nos momentos
mais importantes.

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