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Universidade Católica de Moçambique

Centro de Ensino à Distância

Tema: Princípios Didáticos no Ensino de Biologia

Ivete Inácio João Reis


Código: 708209090

Curso: Licenciatura em Ensino de Biologia


Disciplina: Didática da Biologia II
Ano de frequência: 3º
Docente: Lúcia Sebastião

Quelimane, Abril de 2022


Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 1

1.2.1. Objectivo Geral ........................................................................................................ 1

1.2.2. Objectivos Específicos ............................................................................................. 1

1.3. Metodologia ................................................................................................................. 1

2. Revisão da Literatura .......................................................................................................... 2

1.1 Conceito de Biologia ........................................................................................................ 2

1.2 Conceito de Didática ......................................................................................................... 2

3. Princípios Didáticos e a sua Configuração no Ensino de Biologia ..................................... 3

3.1 Ensino de Biologia ............................................................................................................ 3

3.1.1 As aulas práticas ............................................................................................................ 4

3.2 Princípios Didáticos no Ensino de Biologia ..................................................................... 5

4. Conclusão............................................................................................................................ 8

5. Referências Bibliográficas ................................................................................................... 9

Apêndices .............................................................................................................................. 10
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuaçã Nota Su
o do bto
tal
máxima Tutor
Capa 0.5
Estrutura Aspectos Índice 0.5
Organizacionais
Introdução 0.5
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização (indicação clara 1.0
do problema)
Introdução Descrição dos objectivos 1.0
Metodologias adequadas ao objeto 2.0
do trabalho
Articulação e domínio do discurso 2.0
acadêmico (Expressão, escrita
Analise e cuidada, coerência /coesãotextual)
Conteúdo discussão
Revisão Bibliográfica Nacional e 2.0
Internacionais relevantes na área
de estudo.
Exploração de dados 2.0
Discussão Contributos teóricos práticos 2.0

Aspectos Formatação Paginação, tipo e tamanho de letra, 1.0


Gerais
paragrafo , espaçamento entre
linhas
Referência Normas APA 6ª edição Rigor e coerência das Citações 4.0
s em citações
/Referencias Bibliográficas
Bibliográfi
e Bibliografia
cas
Recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
1. Introdução
O ensino está associado ao processo de transmissão de saberes, cabe à Didática adequar os
elementos do planeamento de ensino e os procedimentos e técnicas necessários para ensinar.
Não basta conhecer bem a ciência, nem os conhecimentos a serem transmitidos, porque o
método de ensino decorre do conteúdo e da forma de investigação da ciência que é ensinada.
Esta posição mostra um reducionismo do campo de estudos da Didática, tomando-a como
disciplina prescritiva de métodos e técnicas.

Ensinar Biologia é uma tarefa complexa, exige que professor e aluno lidem com uma série de
palavras diferentes, com pronúncias difíceis e escrita que diverge da linguagem comumente
usada pela população. Além disso, o currículo da Biologia para o ensino médio coloca ao
professor o desafio de trabalhar com uma enorme variedade de conceitos, com conhecimentos
sobre toda uma diversidade de seres vivos, processos e mecanismos que, a princípio, se
apresentam distantes do que a observação cotidiana consegue captar. Na outra ponta desse
dialético processo de ensino-aprendizagem, o aluno apresenta conhecimentos prévios
adquiridos em sua experiência de vida, carregando também algumas resistências diante dos
novos conhecimentos da escola. Assim, ao professor, é colocado o desafio de lidar com os
diferentes conteúdos da Biologia, sem negligenciar as experiências dos alunos.

1.2.Objectivos.

1.2.1. Objectivo Geral

 Trazer aqueles que são os princípios didáticos no ensino da Biologia.

1.2.2. Objectivos Específicos

 Trazer conceitos associados a Biologia;


 Falar sobre a didática;
 Abordar sobre o Ensino de Biologia.

1.3.Metodologia

O trabalho foi realizado de forma individual com recurso a consultas bibliográficas, também
foram explorados artigos científicos baixados na Internet (https://scholar.google.com/) como
forma de dar suporte teórico dos assuntos discutidos neste trabalho, deste modo esses autores
consultados que abordam sobre os Princípios Didáticos no Ensino de Biologia são destacados
na bibliografia página reservada para o efeito.

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2. Revisão da Literatura
1.1 Conceito de Biologia
A biologia é o estudo dos seres vivos (do grego βιος - bios = vida e λογος - logos = estudo).
Debruça-se sobre as características e o comportamento dos organismos, a origem de espécies e
indivíduos, e a forma como estes interagem uns com os outros e com o seu ambiente. A biologia
abrange um espectro amplo de áreas acadêmicas frequentemente consideradas disciplinas
independentes, mas que, no seu conjunto, estudam a vida nas mais variadas escalas. A vida é
estudada à escala atômica e molecular pela biologia molecular, pela bioquímica e pela genética
molecular, ao nível da célula pela biologia celular e à escala multicelular pela fisiologia, pela
anatomia e pela histologia (Schnetzler, 2000).

1.2 Conceito de Didática


Segundo Althaus e Zanon (2009), a Didática é um campo de estudo, uma disciplina de natureza
pedagógica aplicada, orientada para as finalidades educativas e comprometida com as questões
concretas da docência, com as expectativas e os interesses dos alunos. Para tanto, requer um
espaço teórico prático, a fim de compreender a multidimensionalidade da docência, entendida
como ensino em ato.

A Didática é uma disciplina pedagógica que estuda os objetos, as condições do processo de


ensino, os meios e o cenário educacional. Porque os conteúdos da disciplina de ensino decorrem
da ciência que lhes servem de base. A disciplina de ensino implica numa seleção de
conhecimentos pautada por critérios pedagógicos e didáticos; do mesmo modo, os métodos da
ciência e os métodos de ensino são conexos, não idênticos, porque a atividade de ensino implica
uma relação pedagógica que lhe é peculiar, distinguindo-se daquela que ocorre na atividade
científica(Libaneo, 1994).

Os objetivos da Didática são: refletir sobre o papel sociopolítico da educação, da escola e do


ensino; compreender o processo de ensino e suas múltiplas determinações; instrumentalizar
teórica e praticamente, o futuro professor para captar e resolver os problemas postos pela prática
pedagógica; redimensionar a prática pedagógica através da elaboração da proposta de ensino
numa perspectiva crítica de educação (Oliveira, 1995).

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3. Princípios Didáticos e a sua Configuração no Ensino de Biologia
3.1 Ensino de Biologia
O ensino de Biologia, como o das demais áreas do conhecimento, precisa proporcionar
condições para que o aluno desenvolva a aquisição da consciência crítica e possa atuar como
cidadão de seu tempo, cujo cenário é marcado pelo avanço da biotecnologia pondo à luz
questões polêmicas que requerem debate por toda a sociedade. Dessa forma, o planeamento da
disciplina deve pautar-se pela orientação de instrumentalizar os alunos para a compreensão de
temas atuais relacionados à disciplina e, como consequência, para uma postura reflexiva em
relação aos mesmos.

Ao falar em assuntos de ciências e de biologia, nos dias de hoje, muitas informações são dadas
sem que o aluno consiga processá-las, interpretá-las ou argumentar a respeito. Os vários
conceitos abordados e a diversidade de definições levam a um certo desinteresse a respeito dos
temas. Exatamente por não estar acostumado a buscar, a pensar, a interpretar questões e dar
significado, o aluno aceita essas informações sem questioná-las e mesmo que tais
conhecimentos o beneficiem, não consegue utilizá-los. Esse comportamento traduz o modelo
de ensino da escola tradicional, em que o conhecimento é passado ao aluno como informação
sem se preocupar se houve ou não aprendizagem (Demo, 2002).

Segundo Demo (2002), a capacidade de se confrontar com qualquer tema é uma construção:
“Condensa-se na habilidade de sabendo reconstruir conhecimento, enfrentar qualquer desafio
de conhecimento, porque sabe pensar, aprende a aprender, maneja criativamente lógica,
raciocínio, argumentação, dedução e indução, teoria e prática”. Essa capacidade de se
confrontar com qualquer tema pertinente, no dizer de Demo (2002) é “[...] uma instrumentação
essencial da competência humana”. Facilitar a aprendizagem, transformando os conceitos
científicos em ações que propiciem o entendimento desses conceitos, respeitando o nível de
desenvolvimento mental dos educandos, levando-os à ordenação e à lógica tem possibilitado a
compreensão e a intervenção em um mundo que evolui rapidamente (Lima, 1984).

Ao se ensinar ou aprender ciências e biologia, é fundamental ter em mente a vontade de ensinar


e de aprender, onde a necessidade dessa aprendizagem deve ser vista pelo professor e sentida
pelo aluno como algo que lhe seja útil. Essa vontade torna agradável ler, investigar, pesquisar,
experimentar, discutir até se chegar a uma compreensão e a um consenso do que se está
ensinando e aprendendo.

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Desde a célula aos complexos sistemas corporais, à hereditariedade, à evolução dos seres vivos
no planeta, à ecologia, como interação entre o ambiente físico, e o ambiente vivo. Os
procedimentos adotados pela escola, o currículo que ela elaborou, o professor como mediador
no processo da aprendizagem desses conteúdos, quando estão integrados, são primordiais para
que os alunos realizem essas aprendizagens (Perrenoud, 2000).

Para Miras (2003), “Uma aprendizagem é tanto mais significativa quanto mais relações com
sentido o aluno for capaz de estabelecer entre o que já conhece, seus conhecimentos prévios e
o novo conteúdo que lhe é apresentado como objeto de aprendizagem”. O processo ensino-
aprendizagem, ao considerar os conhecimentos prévios trazidos pelos alunos, dá condições ao
professor de elaborar estratégias no desenvolvimento do seu planeamento que efetivem o
verdadeiro aprender.

3.1.1 As aulas práticas


Para o ensino de Ciências Biológicas, aulas práticas são de extrema importância. São elas que
possibilitam o aluno a fazer a relação entre o conhecimento científico assimilado na escola com
a sua realidade cotidiana. Dessa forma, segundo Lima e outros autores (1999):

A experimentação inter-relaciona o aprendiz e os objetos de seu conhecimento, a teoria e a


prática, ou seja, une a interpretação do sujeito aos fenômenos e processos naturais observados,
pautados não apenas pelo conhecimento científico já estabelecido, mas pelos saberes e
hipóteses levantadas pelos estudantes, diante de situações desafiadoras (Lima et al, 1999, apud
Possobom et al, 2002, p. 115).

Apesar de todos os benefícios que as aulas práticas proporcionam, o professor deve selecionar
criteriosamente o que será abordado e como será abordado. Dando o máximo de autonomia
possível para os seus alunos, estimulando ao máximo a independência do aluno, e a capacidade
de conseguir interpretar os fatos através de observações e pesquisas próprias. A área de ensino
das Ciências Biológicas, é uma das que mais ganha com esse tipo de prática, e que pode-se
dizer que é até a que mais depende dela para uma melhor compreensão do aluno. De acordo
com essas colocações, Aguayo, salienta o seguinte:

Raro é o estudo elementar que não ganha com excursões. São, entretanto, as ciências naturais
as que tiram mais proveito desse meio de instrução. A excursão põe o aluno em contato direto
com o mundo natural, exercita os sentidos, provoca a atividade do pensamento, contribui para
o desenvolvimento da vida em comunidade, estreita as relações de estima entre o professor e

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alunos e oferece oportunidade para o trabalho físico e o prazer espiritual. Apesar dessas
vantagens, não são poucos os reparos dirigidos às excursões escolares. As mais importantes
dessas objeções são: as excursões tomam muito tempo; sacrificam horas destinadas a algumas
disciplinas; privam o professor de suas horas livres; exigem dele conhecimento minucioso da
localidade e dependem do estado favorável ou desfavorável do tempo. Não te, esses argumentos
o valor que lhes atribuem os que os formulam. A perda de tempo que representa uma excursão
é recompensada pelos benefícios; boa organização escolar e a globalização do ensino evitam
facilmente o sacrifício de umas disciplinas em proveito de outras; entre os deveres do professor
acha-se o de realizar mensalmente uma excursão escolar e estudar cuidadosamente a Heimat;
e, finalmente, o adiamento de uma excursão pela ameaça do mau tempo não constitui argumento
sério contra a excursão (Aguayo, 1966, p.175-176).

3.2 Princípios Didáticos no Ensino de Biologia


Existem quatro princípios didáticos apresentados por Davídov (1987): caráter sucessivo x
caráter novo do conhecimento; acessibilidade x educação que desenvolve; caráter consciente x
princípio da atividade; caráter visual, direto ou intuitivo x caráter objetal.

Princípio do caráter sucessivo - de acordo com esse princípio, a escola tradicional conserva a
ligação dos conhecimentos cotidianos que a criança recebe antes de ingressar na escola com os
conhecimentos das séries iniciais. E, nas séries conseguintes também não se diferencia de
maneira clara as particularidades e as especificidades dos conhecimentos agora adquiridos em
relação aos conhecimentos adquiridos nas séries iniciais. Essa sucessão dos conhecimentos leva
a aproximação entre os conceitos científicos e cotidianos, entre a atitude propriamente científica
e a cotidiana diante das coisas, correspondendo plenamente com os objetivos finais da escola
tradicional (Davídov, 1987).

O desenvolvimento dos conceitos científicos começa, ao longo da idade escolar, pelo trabalho
com o próprio conceito, pela definição verbal e operações que pressupõe até operações não
cotidianas (Vigotski, 2000).

Princípio da acessibilidade - é com base no princípio da acessibilidade que se ensina aos


alunos apenas àquilo que são capazes de assimilar de acordo com sua idade capacidade. O
ensino utiliza unicamente as possibilidades já formadas e presentes nos alunos (Davídov, 1987).

Davídov (1987), o princípio da acessibilidade deve ser transformado no princípio da educação


que desenvolve, que dirige os ritmos e o conteúdo do desenvolvimento por meio de ações que

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exercem influência sobre este. Ou seja, o ensino deve levar consigo o desenvolvimento e criar
nos alunos as condições e premissas do desenvolvimento psíquico que ainda faltam. O ensino
constitui a forma internamente indispensável e geral do desenvolvimento intelectual.

Princípio do caráter consciente - Segundo Davídov (1987), no ensino tradicional todo o


conhecimento se apresenta em forma de abstrações verbais claras e sucessivamente separadas
e cada abstração verbal deve ser correlacionada pela criança com uma imagem sensorial
completamente definida e precisa. Consequentemente, surge a necessidade da reunião dos
conhecimentos a suas aplicações.

De acordo com Vigotski (2000) quando a criança aprende um conceito científico, ela o define
e aplica em diferentes operações lógicas e descobre a sua relação com outros conceitos. Quanto
mais cedo a criança assimilar o aspecto geral, mais facilidade terá para compreender as
manifestações particulares e sua importância no terreno das aplicações (Davydov, 1982).

Princípio do caráter visual, direto ou intuitivo - A orientação para o referido princípio é


resultado da posição da escola tradicional, que com todo o seu conteúdo e todos os seus métodos
de ensino projeta exclusivamente a formação, nas crianças, do pensamento empírico. Davídov
(1987) não desconsidera a importância de tais princípios na alfabetização elementar. Porém,
nos estágios consequentes o conteúdo concreto desses princípios se transforma em obstáculo
na criação das bases da escola contemporânea.

O pensamento teórico opera mediante conceitos científicos. Seu objeto é a integridade, a


unidade do diverso é o sistema. O processo direcionador que expressa a natureza do pensamento
teórico é o da ascensão do abstrato ao concreto. No pensamento empírico existem objetos
singulares concretos fora do homem e de seu pensamento. Esse pensamento opera mediante a
identificação dos objetos sensoriais concretos e a comparação dos dados sensoriais concretos.
A educação escolar deve se empenhar em desenvolver os fundamentos do pensamento teórico
dos alunos, o que daria outra dimensão para pensamento empírico (Davydov, 1982).

A aplicação do caráter visual, diretivo ou intuitivo, no ensino, é trágica para o desenvolvimento


mental, reduz os conceitos a conceitos empíricos e desenvolve exclusivamente o pensamento
empírico (Davídov, 1987).

É importante destacar que os princípios didáticos se originam das regularidades e do


desenvolvimento histórico da prática educativa e têm como função orientar as ações do
professor sobre a estruturação do conteúdo, a organização e os métodos de ensino em

6
correspondência com os objetivos e finalidades da educação e sociedade, compreendendo,
também, a orientação e organização da atividade do aluno no seu processo de aprendizagem.

7
4. Conclusão
O ensino de Ciências e de Biologia é imprescindível para a formação cidadã, sua atual
importância é extrema, e tende a crescer ainda mais com o passar do tempo e com a evolução
da ciência e da sociedade. Os princípios didático aqui elencados enquanto possibilidade
metodológica do ensino de biologia é um constructo referencial que pode ser utilizado para
organização da prática docente. No entanto, a sua aplicabilidade à realidade pode tornar-se
eficiente, em especial, por possibilitar que os participantes conheçam a modalidade de uma
forma generalista, ou seja, para além da dimensão comumente conhecida como procedimental.
A didática como recurso didático-pedagógico estruturante da sala de aula, ainda enfrenta um
grande desafio em pleno século XXI ao se constituí enquanto suporte adequado à aprendizagem.
A sociedade exige da educação a produção de conhecimento em espaços alargados de
aprendizagem participativa, envolvente e igualitária.

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5. Referências Bibliográficas
Aguayo, A. M. (1966). Didática da escola nova. São Paulo: Nacional.

Althaus, M. T., & Zanon, D. P. (2009). Didática: questões de ensino. Ponta Grossa: Ed.
UEPG/NUTEAD.

Davídov, V. V. (1987). La psicología Evolutiva y pedagógica en la URSS .

Demo, P. (2002). Educar pela pesquisa. São Paulo: Autores Associados.

Libaneo, J. C. (1994). Didática: Novos e velhos temas. Goiania.

Lima, L. d. (1984). A construção do homem segundo Piaget. São Paulo: Summus.

Miras, M. (2003). Um ponto de partida para a aprendizagem de novos conteúdos: os


conhecimentos prévios.

Oliveira, M. R. (1995). Didática: Ruptura, compromisso e pesquisa. Campinas/SP: Papirus.

Perrenoud, P. (2000). Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed.

Possobom, C. C., Okada, F. K., & Diniz, R. E. (2002). Atividades práticas de laboratório no
ensino de biologia e de ciências: relato de uma experiência.

Schnetzler, R. P. (2000). Ensino de Ciências: fundamentos e abordagens. Campinas: R. Vieira


Gráfica e Editora.

Vigotski, L. S. (2000). A construção do pensamento e da linguagem. Trad. Paulo Bezerra. São


Paulo: Martins Fontes.

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Apêndices
PLANO DE AULA No 07

1. Aspectos gerais

Escola Secundária do 1o e 2o Ciclo de Mulevala - Mitose (Conceito, Fases da Mitose)


Disciplina: Biologia, 10ª Classe. Duração: 45'
Data: 25/04/2022 Período: Manhã
Nome de Professor: Ivete Inácio João Reis Tempo: 1º (Das 07:0 as 07:45)
Trimestre: I Número de Alunos: 50
Unidade 1: Base Citologia da Hereditariedade Tipo de Aula: Inicial
Tema: Divisão Celular

2. Quadro de Objectivo

Objectivos específicos:

a) Objectivos no Nível Cognitivo b) Objectivos no Nível c) Objectivos no Nível Afectivo (Âmbito das Convicções e Atitudes)
(Âmbito dos Conhecimentos) Psicomotor (Âmbito das
Capacidade e Habilidades) Os alunos devem estar convictos de que:
Os alunos devem possuir
conhecimentos sobre: Os alunos devem ser capazes de:
- Mitose é um processo de divisão celular, contínuo, onde uma célula dá
- Definição;
- Definir Mitose; origem a duas outras células. A mitose acontece na maioria das células de
nosso corpo.
- Descrever as fases da mitose;
- As Fases da Mito são: Prófase, Anáfase, Metáfase e Telófase.
- A prófase é a fase mais longa da mitose. Nela se verificam alterações no núcleo e no
- Fases da Mitose; citoplasma celular
- Na metáfase os cromossomos presos ao fuso pelo centrómero, - encontram-se no plano
- Relaciona as fases da mitose equatorial da célula formando a chamada placa metafísica ou equatorial.
- A anáfase inicia-se no momento em que o centrómero de cada cromossomo duplicado
divide-se longitudinalmente, separando as cromatídeos-irmãs.
- Telófase é a última fase da mitose. Nela ocorre praticamente o inverso do que ocorreu na
prófase e início da pro metáfase.
3. Plano de lição/Quadro das realizações didácticas

Função Métodos Actividade


Tempo Conteúdos Meios Obs
didáctica Básicos Do Professor Do Aluno
- Saudação; - Responde aos alunos; Livro de
-Avaliação das - Controla se as condições da sala -Saúdam o professor; turma, caneta,
2,5’ I/ACT TC condições da sala; favorecem para as aulas; - Prepara as condições da sala, Caneta.
-Marcação de - Faz chamada e marca presença no - Responde a chamada -------
presenças livro da turma.
- Divisão Celular: - Divisão Celular: Mitose (Conceito, -Anotam o tema no caderno, Quadro preto,
1,5’ I/Io APP Mitose (Conceito, Fases da Mitose); -Prestam atenção a Explicação do giz, apagador, QM1
Fases da Mitose) -Menciona os objectivos da aula. professor. Livro do aluno
-Faz uma questão para entender o
Chuva de Ideias sobre oque
nível de percepção da nova matéria
- Divisão Celular entendem de divisão Celular
3' I/Mo procurando tender oque lhes ----------- QM2
APP
aparecem quando dizem divisão (conflito cognitivo).
celular
A partir das Resposta dadas pelos
Faz pequeno apanhado da resenha;
alunos, faz uma resenha sobre oque é
C/A divisão celular. Respondem as questões colocadas
- Divisão Celular: QM3
Em seguida também procura saber pelo professor de forma ordeira e -----------
AIA Mitose (Conceito,
10' oque é Mitose e quais são as fases da individual.
Fases da Mitose) mitose?
A partir das ideias dos alunos explica Prestam atenção a explicação do Cadernos,
APP oque é mitose e quais são as fases da professor. QM3
quadro, giz,
mitose.
apagador e
C/Rep Cartaz
Anotar os apontamentos nos Caderno de
TC Ditar os apontamentos. QM3
cadernos. Apontamentos
Quadro, giz,
7’ APP - Explica o conteúdo Escuta e interage se possível
apagador
-Pede as dúvidas -Colocam as duvida.
- Divisão Celular: - Orienta Voluntários para -Respondem as dúvidas Quadro, giz,
7' C/Res T/C Mitose (Conceito, QM4
responderem as dúvidas. (voluntários). apagador
Fases da Mitose)
- Faz síntese -Presta atenção
Quadro, giz,
5’ M/N TC Ditar os apontamentos Anotam apontamentos
apagador

4’ C/Rep TC Recapitulação da aula Prestam atenção e colaboram

4' C/Res AIA TPC Ditar o TPC Anotar o TPC QM5


4. Quadro mural

Observação
Tema: Divisão Celular: Mitose (Conceito, Fases da Mitose)
QM1
Motivacao: Conflito cognitivo
Que ideia aparece quando se diz divisão celular ? Ou mesmo em matemática o que é divisão? QM2
Oque entendem por divisão celular?

Divisão Celular: Mitose (Conceito, Fases da Mitose).


Mitose é um processo de divisão celular, contínuo, onde uma célula dá origem a duas outras células. A mitose acontece na
maioria das células de nosso corpo.
A partir de uma célula inicial, formam-se duas células idênticas e com o mesmo número de cromossomos. Isso ocorre porque,
antes da divisão celular, o material genético da célula (nos cromossomos) é duplicado.
A mitose é um processo importante no crescimento dos organismos multicelulares e nos processos de regeneração dos tecidos
do corpo, pois ocorrem nas células somáticas. Apesar de ser um processo contínuo, a mitose apresenta cinco fases.
QM3

Fases da Mitose
As Fases da Mito são: Prófase, Metáfase, Anáfase e Telófase

Prófase
QM3

A prófase é a fase mais longa da mitose. Nela se verificam alterações no núcleo e


no citoplasma celular:
Modificação no núcleo – de início se observa um aumento do volume nuclear. Isso ocorre porque o citoplasma cede água ao
núcleo.
Esse fato faz com que o citoplasma se torne mais denso. No começo da prófase cada cromossomo se apresenta constituído por
dois filamentos denominados cromatídeos, unidos pelo centrómero.

O desaparecimento do nucléolo está relacionado ao fato de cessar a síntese de ARN nos cromossomos. Sendo o nucléolo um
local de intensa síntese de RNA-r, com a condensação dos cromossomos essa síntese cessa e o nucléolo desaparece.
Modificação do citoplasma – no citoplasma verifica-se a duplicação dos centríolos. Após duplicarem-se, estes migram em
direcção aos polos da célula.
Após chegarem aos polos são envolvidos por fibras que constituem o áster. Entre os centríolos que se afastam, aparecem
as fibras do fuso mitótico.

Metáfase
Na metáfase os cromossomos presos ao fuso pelo centrómero, encontram-se no
plano equatorial da célula formando a chamada placa metafísica ou equatorial. Nessa fase da divisão celular, os cromossomos
permanecem parados por um longo tempo. Enquanto isso, no citoplasma, verifica-se intensa movimentação de partículas e
organelos, que se dirigem equitativamente para polos opostos da célula.

Anáfase

QM4

A anáfase inicia-se no momento em que o centrómero de cada cromossomo


duplicado divide-se longitudinalmente, separando as cromatídeos-irmãs.
Assim que separam, os cromatídeos passam a ser chamadas de cromossomos-irmãos, e são puxados para os polos opostos da
célula, orientados pelas fibras do fuso. Quando os cromossomos-irmãos atingem os polos da célula, termina a anáfase. Assim,
cada polo recebe o mesmo material cromossómico, uma vez que cada cromossomo-irmão possui a mesma informação genética.

Telófase

Telófase é a última fase da mitose. Nela ocorre praticamente o inverso do que ocorreu na prófase e início da pro metáfase.
A carioteca se reorganiza, os cromossomos se descondensam, o cinetócoro e as fibras cimetocóricas desaparecem e o nucléolo
se reorganiza (com a descondensação dos cromossomos inicia-se a síntese de RNA e consequentemente o núcleo reaparece).
Os dois núcleos adquirem ao final da telófase o mesmo aspecto de um núcleo interfásico.
Exercício:
1. O que entendes por Mitose
2. Quais são as fases da Mitose? Descreva-as.
TPC QM5
1. Faça a distinção das deferentes fases da mitose
2. O que ocorre na mitose?

ANEXO
Interpretação das abreviaturas

I/ACT - Interpretação para Assegurar as Condições de Trabalho


I/Mo - Introdução por Motivação
I/Io – Introdução por Indicação dos Objectivos
N/M – Matéria Nova
C/Rep – Consolidação por Repetição
C/Res – Consolidação por Resumo
C/A – Controlo e Avaliação
C/C – Controlo Conjunto
AIA – Actividade Independente do Aluno
APP – Apresentação Pelo Professor
QM – Quadro Mural

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