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UNIVERSIDADE CATOLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITITUTO DE ENSINO Á DISTÂNCIA

MODALIDADE ON-LINE

Tema do trabalho
A Importância das teorias do desenvolvimento (Piaget, Vigotsky, Gessel e Wallon) na
planificação do processo de ensino e aprendizagem.

Nome:Mussa Castiano Massude Código: 708214841

Curso: Licenciatura em ensino de Língua Portuguesa


Disciplina: Psicologia de desenvolvimento e aprendizagem
Ano de frequência: 2o ano

Quelimane, Outubro , 2022

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UNIVERSIDADE CATOLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITITUTO DE ENSINO Á DISTÂNCIA

MODALIDADE ON-LINE

Tema do trabalho
A Importância das teorias do desenvolvimento (Piaget, Vigotsky, Gessel e Wallon) na
planificação do processo de ensino e aprendizagem.

Nome: Mussa Castiano Massude


Código: 708214841

Trabalho de campo de psicologia de


desenvolvimento a ser apresentado
como um requisito de carácter
avaliativo, orientado por docente;
dr. Amade Geu Andaluce

Quelimane, Outubro, 2022

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Categorias Indicadores Padrões Classificação

Pontuaç Nota Subtota


ão do l
máxima tuto
r
Estrutura Aspectos Índice 0.5
organizacionais Introdução 0.5
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Conteúdo Contextualização (Indicação 1.0
Introdução clara do problema)
Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao 2.0
objecto do trabalho
Análise e Articulação e domínio do 2.0
discussão discurso académico
(expressão escrita cuidada,
coerência / coesão textual)
Revisão bibliográfica 2.0
nacional e internacional
relevante na área de estudo

Exploração dos dados 2.0


Conclusão Contributos teóricos práticos 2.0

Aspectos Formatação Tipo e tamanho de letra, 1.0


gerais paragrafo, espaçamento entre
linhas
Referências Normas APA 6ª Rigor e coerência das 4.0
Bibliográficas edição em citações/referências
citações e bibliográficas
bibliografia

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Recomendações de melhoria:
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Índice
10.Introdução .............................................................................................................................. 6

1.1.Objectivos ............................................................................................................................. 7

1.1.1.Geral .................................................................................................................................. 7

1.1.2.Específicos ......................................................................................................................... 7

1.2. Metodologia ......................................................................................................................... 7

2.0. Importância das teorias do desenvolvimento (Piaget, Vigotsky, Gessel e Wallon) na


planificação do processo de ensino e aprendizagem. ................................................................. 8

2.1. A Importância do estudo do desenvolvimento humano ...................................................... 8

2.2 Teoria do Desenvolvimento de Jean Piaget .......................................................................... 8

2.2.1. Etapas do desenvolvimento cognitivo .............................................................................. 9

2.2.2. Aplicação da teoria de Piaget no processo de ensino-aprendizagem ........................... 11

2.3. Teoria do desenvolvimento de Vigotsky ........................................................................... 11

2.3.1. Aplicação da teoria de Vigotsky no processo de ensino e aprendizagem ..................... 13

2.4. Teoria do Desenvolvimento de Gessel .............................................................................. 13

2.5. Teoria do desenvolvimento segundo Wallon ................................................................... 13

3.0. Considerações finais .......................................................................................................... 16

4.0. Referências bibliográficas ................................................................................................. 17

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10.Introdução

A partir da compreensão de que o ser humano está em constante evolução, e que passa por
fases de desenvolvimento com características individuais relacionadas ao seu processo de
aprendizagem, torna-se necessário que o professor tenha um conhecimento em torno das
teorias do desenvolvimento, com informações sobre as diferentes fases evolutivas de seus
alunos. O desenvolvimento humano se processa em conjunto com o conhecimento, sendo
primordial o entendimento do ser em todos os seus estágios desenvolvimentais.”

Além de contribuir para a estrutura e técnicas de ensino-aprendizagem, conhecer os aspectos


do desenvolvimento humano ajuda a construir vínculos entre educadores e alunos,
fortalecendo a confiança e facilitando a prática pedagógica.

Neste presente trabalho, vai se falar sobre a Importância das teorias do desenvolvimento
(Piaget, Vigotsky, Gessel e Wallon) na planificação do processo de ensino e aprendizagem.

Para Piaget, a lógica do desenvolvimento é a busca do equilíbrio que ocorre por meio de
mecanismos de adaptação do indivíduo ao meio. Assimilação e acomodação são processos
complementares, directamente ligados ao processo de adaptação. No processo de assimilação,
elementos do meio são incorporados à estrutura cognitiva do sujeito. Na acomodação, há uma
modificação nas estruturas do sujeito para que se adapte às modificações do meio.

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1.1.Objectivos

1.1.1.Geral

 Conhecer a importância das teorias do desenvolvimento de (Piaget, Vigotsky,


Gessel e Wallon) na planificação do processo de ensino e aprendizagem.

1.1.2.Específicos

 Descrever as teorias de desenvolvimento (de Piaget, Vigotsky, Gessel e


Wallon);
 Mencionar as etapasou fases de desenvolvimento de acordo com Piaget,
Vigotsky, Gessel e Wallon .

1.2. Metodologia

Para a elaboração do presente trabalho usou-se a metodologia de pesquisa bibliográfica, que


segundo Lakatos e Marconi (2009:192) pesquisa bibliográfica é um apontamento geral sobre
os principais trabalhos já realizados, revistados de Importância por serem capazes de fornecer
dados actuais e relevantes relacionados com o tema. Portanto, este método constitui na
escolha selectiva dos autores que abordaram os temas em estudo.

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2.0. Importância das teorias do desenvolvimento (Piaget, Vigotsky, Gessel e Wallon) na
planificação do processo de ensino e aprendizagem.
Na perspectiva pedagógica, os autores Piaget, Vygotsky Gessel e Wallon contribuem, com
suas teorias, de forma significativa e eficaz para a compreensão do desenvolvimento humano
no processo de ensino-aprendizagem. Sendo assim, sugere-se que o professor compreenda as
teorias do desenvolvimento humano e que tenha atitude de investigador do aluno e de sua
prática docente, por meio de pesquisas na área psicopedagógica. Conhecer os estágios no qual
o aluno se encontra é de fundamental importância, pois a atuação se fará no momento certo.

As teorias de desenvolvimento desenvolvidas por vários autores apresentam-se muito


importantes na planificação do processo de ensino e aprendizagem, na medida em que todas
dao um contributo sobre o desenvolvimento e a aprendizagem do ser humano de forma
especifica respeitando as fases do crescimento e desenvolvimento humano.

2.1. A Importância do estudo do desenvolvimento humano

Estudar o desenvolvimento humano significa conhecer as características comuns de uma faixa


etária, permitindo-nos reconhecer as individualidades, o que nos torna mais aptos para a
observação e interpretação dos comportamentos. Todos esses aspectos levantados têm
importância para a Educação.

A criança não é um adulto em miniatura. Ao contrário, apresenta características próprias de


sua idade. Compreender isso é compreender a importância do estudo do desenvolvimento
humano. Estudos e pesquisas de Piaget demonstraram que existem formas de perceber,
compreender e se comportar diante do mundo, próprias de cada faixa etária, isto é, existe uma
assimilação progressiva do meio ambiente, que implica uma acomodação das estruturas
mentais a este novo dado do mundo exterior.

E, finalmente, estudar o desenvolvimento humano significa descobrir que ele é determinado


pela interação de vários fatores.

2.2 Teoria do Desenvolvimento de Jean Piaget

Piaget especializou-se nos estudos do conhecimento humano, concluindo que, assim como os
organismos vivos podem adaptar-se geneticamente a um novo meio, existe também uma
relação evolutiva entre o sujeito e o seu meio, ou seja, a criança reconstrói suas acções e
ideias quando se relaciona com novas experiências ambientais.

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Para Giustia (2013) Ao longo de seus estudos, Jean Piaget buscou entender como se
desenvolve a inteligência da criança. Para o biólogo, ela se modifica junto ao crescimento do
indivíduo, partindo de uma inteligência prática, que ajuda o ser humano a se adaptar ao meio,
para chegar à inteligência propriamente dita.

A teoria Piagetiana da aprendizagem implica em diferenciar qualitativamente a lógica do


funcionamento mental da criança da lógica do funcionamento mental do adulto. Investigou
através de quais mecanismos, a lógica infantil se transforma em lógica adulta, isto é o
processo de aprendizagem, que se dá por equilibração e desequilibração.

2.2.1. Etapas do desenvolvimento cognitivo

O desenvolvimento é um processo de equilibração sucessivas, que embora contínuo, é


caracterizado por diversas fases ou períodos.

“segundo Piaget, o desenvolvimento cognitivo passa por quatro etapas distintas:

 sensório-motora
 pré-operatória,
 operatório-concreto e
 operatório-formal.

Etapa sensório-motora – vai do nascimento aos dois anos de idade. A criança tem como
base exclusivamente em percepções sensório e em esquemas motores para resolver seus
problemas “tais esquemas, formas de inteligência exteriorizada, vão-se modificando com a
experiência”
Essas modificações evoluem até o aparecimento da função simbólica até o surgimento da fase
pré-operatória.

Etapa pré-operatória – dos dois aos sete anos. É marcado pelo aparecimento da linguagem
oral. Que permite surgir esquemas representativos ou simbólicos e sustentados por conceitos,
e pelo animismo e pela transdedutividade e depende da percepção imediata. E não os
reversíveis
“O pensamento pré-operatório indica, portanto, inteligência capaz de ações interiorizadas,
ações mentais,” (ibid:41).

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A etapa operatório-concreta – dos sete aos 13 anos. É a etapa da reversibilidade. É marcada
pelo pensamento lógico, objetivo, e reversível, que permite a ideia de conservação. Porém a
criança só consegue pensar concretamente.
“o pensamento agora baseia-se mais no raciocínio que na percepção”. (DAVIS, 1990:44).

A etapa Operatório-formal.
A partir dos treze anos o pensamento se tornasse livre da realidade concreta permitindo o
abstrato do pensamento e a construção madura do raciocínio.

Quatro elementos básicos são responsáveis pela passagem de uma etapa de desenvolvimento
mental para a seguinte: a maturidade do sistema nervoso, a interação social, a experiência
física e a equilibração. Destas a interação social é a menos importante. “desta maneira, a
educação é em especial a aprendizagem tem, no entender de Piaget, um impacto reduzido
sobre o desenvolvimento intelectual. Desenvolvimento cognitivo e aprendizagem não se
confundem (…)” (idem:46).

Ele ainda considera que o processo de transformação da lógica infantil em lógica adulta
obedece a etapas de amadurecimento qualitativo do organismo.

Para Piaget a aprendizagem ocorre por constantes equilibrações, ancoragens e


desequilibrações.

 Equilibração – O organismo procura manter em estado da adaptação com o meio,


agindo no sentido de superar perturbações na relação com o meio.
 Desequilibração – Qualquer possibilidade de mudança rompe o estado de repouso ou
equilíbrio gerando desequilibração.
A desequilibração exige a assimilação e a acomodação de novos significados (ou
aprendizagem) para que o organismo volte a si equilibrar.
 Assimilação – Processo de incorporação de novos significados.
 Acomodação restabelecimento do equilíbrio a partir da assimilação.
“Embora assimilação e acomodação sejam processos distintos e opostos, numa realidade eles
ocorrem ao mesmo tempo. (DAVIS, 1990:38).

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2.2.2. Aplicação da teoria de Piaget no processo de ensino-aprendizagem

A educação considera as etapas do desenvolvimento de Piaget para adequar as técnicas e o


material de ensino, bem como as habilidades e limitações de cada fase. Na fase sensório-
motora a principal característica da criança é a percepção e a motricidade a escola (creche)
adapta o conhecimento as maturidades das crianças. Nessa fase, por exemplo, o
comportamento da criança é lúdico. A escola faz uso da motricidade e do caráter lúdico de
criança para trabalhar com jogos que envolva a percepção “tátil”, visual e auditiva, bem como
a ludicidade para inserir os elementos que ela considera essenciais para formar o cidadão.

Na fase pré-operatória a escola faz uso de percepções imediatas e do personalismo da criança


bem como da sua competência oral e simbólica para inserir símbolos, significados e conceitos
no ensino, visto que a criança já tem condições e interesses em aprendê-los.

Na fase operatório-concreta a criança adquire a reversibilidade e concretude do pensamento


lógico, a escola usa material concreto para ensinar bem como ensinar conteúdos que exijam
ideias de conservação.

Quando o adolescente adquire formalidade ou abstração do pensamento à escola traz então


temáticas que exijam reflexões que muito estimulam a aprendizagem nessa fase. Vale dizer
que Piaget não escreveu essa teoria para a educação. Para Piaget a “aprendizagem (…) é
encarada como um processo mais restrito, causado por situações especificas (como a
frequência escolar) e subordinado tanto a equilibração quanto á maturação”. (DAVIS,
1990:46).

2.3. Teoria do desenvolvimento de Vigotsky

Para Vygotsky, a criança nasce inserida num meio social, que é a família, e é nela que
estabelece as primeiras relações com a linguagem na interacção com os outros. Nas
interacções quotidianas, a mediação (necessária intervenção de outro entre duas coisas para
que uma relação se estabeleça) com o adulto acontece espontaneamente no processo de
utilização da linguagem, no contexto das situações imediatas.

“Vigotsky defende a ideia de continua interação entre as mutáveis condições sociais e a base
biológica do comportamento humano”. (DAVIS, 1990:49).

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Considera a interação organismo ambiente e organismo numa diversidade de condições
histórico-sociais que a acriança vive onde os fatores biológicos só predominam sobre os
sociais, apenas no início da vida da criança. O início da vida a criança carece da solidariedade
do adulto para de tornar autônomo e é justamente essa solidariedade que a criança aprende a
construir a aprendizagem que são por elas internalizadas.

“Ao internalizar instruções, as crianças modificam suas funções psicológicas: percepções,


atenção, memórias, capacidade para solucionar problemas” (idem:50). A influência social e
dos meios de comunicação em massas, traduzem formas diferentes de organizar, planejar e
atuar sobre a realidade.

A linguagem intervém no processo de desenvolvimento intelectual desde o nascimento, e a


aquisição de um sistema linguístico reorganiza todos os processos mentais infantis. Para
Vigotsky pensamento e linguagem são dois círculos integrados. “é na intercessão deles que se
produz o que se chama pensamento verbal (…)” (ibid:52).

O pensamento verbal em Vigotsky equivale ao pensamento abstrato de Piaget: para Vigotsky


“as funções psicológicas especificamente humanas se originam nas relações do indivíduo e
seu contexto cultural e social” (REGO, 1997:41)

Um conceito importante na teoria de Vigotsky é a noção de zona desenvolvimento potencial


ou proximal, que se refere a condições de pré-requisitos necessários para a aquisição de
novas aprendizagens. Isto quer dizer que a criança não se interessa mais pelo que já sabe. Ele
se interessa em aprender algo que ainda não sabe, mas que está perto do que ele já sabe.
Portanto se o conhecimento novo oferecido for muito distante do que a criança já sabe ela não
aprende, do mesmo modo se for muito fácil e não ofereça nenhum desafio à criança não se
interessa.

Por fim podemos dizer que: “para Vigotsky, em resumo, o processo de desenvolvimento nada
mais é do que a apropriação ativa do conhecimento disponível na sociedade em que a criança
nasceu”. (idem: 54).

Essa afirmação de que a criança aprende por apropriação, ajudou nos argumentos de uma
educação centrada na criança e na construção da aprendizagem que ela faz do que o cerca.

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2.3.1. Aplicação da teoria de Vigotsky no processo de ensino e aprendizagem

A escola também usa a noção de desenvolvimento proximal para organizar o planejamento


de conteúdo a serem trabalhados pelos alunos, levando em conta as fases de desenvolvimento
de Piaget, aliadas a noção de pré-requisito de Vigotsky. A escola tenta na medida do possível,
oferecer um conteúdo ou atividade que seja novo, mas que a acriança já domine os esquemas
para aprendê-lo, ou para se apropriar dele como diria Vigotsky. Outra noção das teorias de
Vigotsky aplicadas à educação é a noção de que a criança constrói a sua aprendizagem na
interação como meio mediado pela solidariedade e pela comunicação dos mais competentes.
Isso faz com que a escola deixe o aluno tentar resolver, porem quando este fracassa o
professor oferece ajuda no sentido de fazer o aluno continuar motivado a aprender.

2.4. Teoria do Desenvolvimento de Gessel

Segundo Lewis e WolKmar, (1993). Para Gesell o desenvolvimento é como um processo


contínuo que tem uma evolução constante e que, começando na conceição, atravessa diversas
etapas que têm uma sequência ordenada, imutável, representando cada uma destas etapas um
nível de maturidade no ciclo do desenvolvimento.

Gesell acreditava que o desenvolvimento de uma criança é influenciado por seu ambiente e
seus genes, mas era principalmente dedicado à pesquisa desse segundo factor. Ele chamou
maturação ao processo pelo qual a genética de um indivíduo influencia seu desenvolvimento
como pessoa.

Para Gesell, o principal factor no processo de maturação de uma pessoa é a velocidade com
que seu sistema nervoso se desenvolve: quanto mais complexo ele se torna, mais sua mente se
desenvolve e mais seu comportamento muda.

Dessa forma segundo Gesell, muito antes do nascimento, o futuro do bebe esta já marcado por
uma individualidade própria e com potencialidades peculiares, sendo que cada criança tem um
esquema de desenvolvimento único, determinado por essas potencialidades e pelo seu meio
ambiente.

2.5. Teoria do desenvolvimento segundo Wallon


Wallon considera uma complexa dinâmica do desenvolvimento infantil onde pode ser
identificada a existência de etapas diferenciadas por necessidades e interesses que lhe

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garantem coerência e unidade onde uma etapa é básica e necessária para o surgimento da
própria.

Esse desenvolvimento envolve fatores orgânicos e fatores sociais que é a soma da maturidade
mais da aprendizagem social e cultural (linguagem/conhecimento) obedecendo a um ritmo de
desenvolvimento, não sequencial e não linear, isto é, descontinuo.

“A psicogenética Walloniana contrapõe-se às concepções que veem no desenvolvimento uma


linearidade, (…)”, (GALVÃO, 1996:41).

Wallon considera ainda fatores como afetividade e a cognição no que diz respeito ao
desenvolvimento humano. Como já citado: “Wallon vê o desenvolvimento da pessoa como
uma construção progressiva em que se sucedem fases com predominância alternadamente
afetiva e cognitiva”. (idem: 43).

Ele considera cinco estágios psicogenéticos, são eles:

 estagio impulsivo-emocional,
 estagio sensório-motor e projetivo,
 estagio de personalismo,
 estagio categonal e
 estagio da adolescência..

Com base em Galvão (1995), são apresentadas as características principais de cada um dos
cinco estágios propostos pela psicogenética walloniana

Estagio impulsivo emocional – abrange o primeiro ano de vida é marcado principalmente


por estados inerentes a emoção, propício para a interação da criança com o meio e a realidade
exterior, mediada pela afetividade.
Estágio sensório-motor e projetivo – vai até o terceiro ano. É pertinente dizer que nesse
estágio o interesse da criança se volta para exploração sensório-motora do mundo físico.
“outro marco fundamental deste estagio é o desenvolvimento da função simbólica da
linguagem”. (GALVÃO, 1996: 44).
Inversamente ao que ocorre no estágio anterior, neste predomina as relações cognitivas com o
meio.

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Estágio de personalismo – é o estágio que abrange a faixa dos três anos aos seis anos de
idade, cuja tarefa central é o processo de formação de personalidade. A formação da
consciência de si, que ocorre por meio das interações sociais, se orienta o interesse da criança
para as pessoas, definindo o retorno da predominância das relações afetivas.
Estágio categorial – ocorre por volta dos seis anos, quando já consolidada a função simbólica
e diferenciada a personalidade, a criança faz importantes avanços no campo de inteligência:
“os processos intelectuais dirigem o interesse da criança para as coisas, para o conhecimento e
conquistas do mundo exterior, imprimindo a suas relações como o meio, preponderância do
aspecto cognitivo”. (GALVÃO, 1996 :44).

Estágio da adolescência – a crise da puberdade vem romper com a tranquilidade afetiva que
marca o estágio categorial e gera a necessidade de uma redefinição dos contornos da
personalidade, o que implica na ressignificação de questões pessoais, morais e existenciais,
numa retomada de predominância afetiva.

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3.0. Considerações finais

Ao longo deste presente trabalho, chegamos a concluir que as contribuições das teorias do
desenvolvimento de piaget, Vigotsky, Gessel e Wallon na planificação do processo de ensino
e aprendizagem é de grande importância para compreender as fases da vida humana e é
essencial para o sucesso no processo de ensino-aprendizagem.

Por tanto, a formação dos conhecimentos acompanha o desenvolvimento em cada fase da


vida, determinando as melhores técnicas pedagógicas, conteúdos e linguagens que favorecem
o aprendizado.

Crianças tendem a compreender melhor mensagens transmitidas a partir de ferramentas


lúdicas, de modo mais superficial, enquanto adultos precisam de aprofundamento e conteúdos
mais robustos.

Um conceito importante na teoria de Vigotsky é a noção de desenvolvimento potencial ou


proximal, que se refere a condições de pré-requisitos necessários para a aquisição de novas
aprendizagens. Isto quer dizer que a criança não se interessa mais pelo que já sabe. Ele se
interessa em aprender algo que ainda não sabe, mas que está perto do que ele já sabe. Portanto
se o conhecimento novo oferecido for muito distante do que a criança já sabe ela não aprende,
do mesmo modo se for muito fácil e não ofereça nenhum desafio à criança não se interessa.

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4.0. Referências bibliográficas

CASTORINA, José Antônio. "O debate Piaget-Vygotsky: a busca de um critério


para sua avaliação". In: Piaget-Vygotsky: novas contribuições para o debate.
São Paulo: Ática, 1988. pp.7-50

COUTINHO, M. T. C., MOREIRA, M. C. (1991) Psicologia da educação. São Paulo:


Lê.

DAVIS, cláudia. "O construtivismo de Piaget e o sócio-interacionismo de


Vygotsky". In: Anais: I Seminário Internacional de Alfabetização & Educação Científica.
Ijuí: UNIJUÍ, 1993.

FARIAFARIA, Anália Rodrigues De. Desenvolvimento da criança e do


adolescente segundo Piaget. 4ª. ed. São Paulo : Ática, 1998. Capítulos 1 e 3.

GALVÃO, I. (1995). Henri Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento


infantil. (Educação e conhecimento). Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes.

VYGOTSKY, L. S. (2007). A Formação social da mente: o desenvolvimento dos


processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes,

VYGOTSKY, LEV S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1987. 135
p. (Coleção Psicologia e Pedagogia).

VYGOTSKY, LEV S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos


psicológicos superiores. 3ª.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989. 168p. (ColeçãoPsicologia e

________________________. Pensar a educação: contribuições de Vygotsky. In:


Piaget- Vygotsky: novas contribuições para o debate. São Paulo:Ática, 1988. pp. 51-
83.

________________________. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento, um


processo sócio- histórico. Scipione. Série Pensamento e Ação no Magistério..

Pedagogia. Nova Série).

WALLON, H. ( 2007). A evolução psicológica da criança. São Paulo: Martins Fontes.

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