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Por que razão se sentiu atraído para este livro? Por que razão supõe que está a
ler estas palavras? Que parte do título chamou a sua atenção? Teria sido a palavra
«Dinheiro», ou «Saúde», ou «Felicidade», ou «Atrair»? Ou, talvez, «Lei da
Atracção»?
Qualquer que tenha sido o motivo, mais ou menos óbvio, que chamou a sua
atenção, a informação contida nesta obra chegou às suas mãos como uma resposta a
alguma pergunta que formulou.
De que trata este livro? Ele ensina-nos que é suposto que a vida seja boa e que
o Bem-Estar Geral nos é intrinsecamente natural. Ensina-nos que, por melhor que a
sua experiência de vida seja neste momento, pode sempre tornar-se ainda melhor, e
que a escolha e o poder de a melhorar estão nas suas mãos. Por outro lado, também
oferece ferramentas filosóficas que, quando utilizadas com regularidade, o ajudarão
a permitir-se vivenciar mais a abundância, a saúde e a felicidade que são, afinal,
inatamente suas. (Sei disto porque me acontece a cada momento. Ao movimentar-
me por cada experiência de contraste, os meus desejos vão-se clarificando e
evoluindo, gerando novas manifestações, e a minha vida não cessa de melhorar.)
A vida é boa! Escrevo este prefácio no primeiro dia de 2008, à mesa de jantar
do nosso novo refúgio em Del Mar, na Califórnia.
Desde que a Esther e eu nos casámos, em 1980, fazemos questão de visitar este
«paraíso» sempre que podemos, e agora, após muitos anos de visitas apreciativas a
San Diego, temos aqui um lugar onde vivemos intermitentemente, e que
continuamos a visitar com apreço, e com boas razões para isso!
Foi um amigo nosso que nos ajudou a encontrar a propriedade. (A quem
dissemos que estávamos à procura de um pedaço de terra próximo de Del Mar onde
pudéssemos estacionar a nossa grande autocaravana.) Depois apareceram os
arquitectos paisagistas, os engenheiros, os designers, os carpinteiros, os electricistas,
os canalizadores, e ainda os talentosos especialistas: ladrilhadores, estuca-dores,
pintores, serralheiros, instaladores de vedações, artífices de ferro, assentadores de
chão, de portas, de roupeiros, vidraceiros, e ainda os especialistas em tecnologia de
ponta, que instalaram um sistema eléctrico Lutron, com controlo remoto, um
sistema infor-mático/áudio-vídeo em rede, um ar condicionado Trane multizo-nas,
silencioso e com controlo à distância, e ainda todo o equipamento para a cozinha e
lavandaria. Depois, os transportadores de móveis, que colocaram e recolocaram
cada peça em diferentes locais consoante as nossas preferências. No exterior tivemos
equipas esforçadas que abriram buracos e valas, camionistas, especialistas em
cantarias, em colocação de cimento e em transplantes de árvores adultas... Sem falar
nos milhares de pessoas que tiveram um papel - e que foram remuneradas por isso -
na invenção, na criação e na distribuição dos milhares de produtos envolvidos.
Como vê, temos muitas e boas razões para nos sentirmos gratos!
E tudo isto é apenas a ponta do icebergue. Entretanto, também descobrimos
um novo restaurante «favorito» (com os seus proprietários e colaboradores) a dois
minutos do nosso lugar, e toda uma vizinhança deliciosamente cortês, ecléctica e
positiva, que nos recebeu de uma forma que nunca antes experimentámos.
E mais: a sul, uma vista maravilhosa da reserva primitiva Torrey Pines State,
da enseada Carmel Valley e de uma lagoa-santuário de aves aquáticas que
desemboca nas maravilhosas ondas do Pacífico, na praia de Torrey Pines. A vida é,
de facto, bela!
(Regressámos há pouco, a Esther e eu, de uma passeio pela praia e estamos a
preparar-nos para o serão, altura em que daremos os últimos retoques no último
livro de Abraham - Acredita e Receberás: Como Usar a Lei da Atracção para Atrair
Dinheiro, Saúde e Felicidade.)
Há cerca de quarenta anos, ao actuar numa série de concertos em
universidades dos vários estados, deparei, «acidentalmente», com um livro que se
encontrava sobre a mesa de um café de motel, algures numa pequena cidade de
Montana. Esse livro, de Napoleon Hill, cujo título era Tbink and Grow Rich1,
mudou as minhas ideias sobre o dinheiro de uma forma dramática: a prática dos
seus princípios permitiu-me atrair um nível de sucesso financeiro que eu jamais
imaginara.
Pensar ou enriquecer nunca foram interesses meus, mas, pouco tempo depois
de ter descoberto esse livro, eu decidi mudar a forma como ganhava dinheiro, e
ganhar mais! Por isso, o facto de me ter sentido atraído pelo livro de Hill foi uma
resposta directa à pergunta por mim «formulada».
Pouco tempo depois de ter encontrado o livro Tbink and Grow Rich, naquele
motel em Montana, encontrei um homem no Minnesota que me ofereceu uma
oportunidade de negócio de tal forma compatível com os ensinamentos de Hill que
a ela me dediquei durante nove anos. Nesse período, o negócio expandiu-se e
transformou-se numa empresa milionária de projecção internacional. Num curto
espaço de tempo, as minhas finanças cresceram de tal forma que consegui atingir os
objectivos que, naquela altura, almejava (o que, aliás, tinha desejado pouco tempo
antes de ter encontrado o livro de Hill).
Aquilo que aprendi com o livro de Hill funcionou de tal forma bem comigo
que comecei a partilhá-lo com os meus colegas de trabalho. No entanto, apesar de
esses ensinamentos terem funcionado extremamente bem comigo, constatei que
apenas alguns dos meus colegas conseguiram atingir o sucesso financeiro que eu
imaginara que cada um atingisse, e foi por essa razão que comecei a procurar outro
nível de respostas mais eficazes para um leque mais vasto de pessoas.
A minha experiência com os princípios do livro Think and Grow Rich trouxe-
me a noção de que a conquista do sucesso pode ser aprendida. Não é estritamente
necessário nascermos numa família que já descobriu como se ganha dinheiro, nem
termos excelentes notas na escola, nem conhecermos as pessoas certas ou vivermos
no país adequado ou sermos de uma determinada cor, género, religião, etc...
Basta simplesmente aprendermos alguns princípios simples e pô-los em
prática com regularidade.
Contudo, nem toda a gente extrai a mesma mensagem das mesmas palavras,
nem os mesmos resultados dos mesmos livros. Por isso, quando comecei a «pedir»
mais conhecimento, apareceu na minha vida o livro lllusions 1, de Richard Bach.
Apesar de me ter trazido muito empolgamento e de ter vindo ao encontro daquilo
que desejava nessa altura, com certos conceitos que começaram a abrir a minha
mente para o fenómeno que estava prestes a viver, esse livro não continha
princípios adicionais que eu pudesse aplicar na minha actividade profissional.
A descoberta «acidental» que se seguiu, outro livro fundamental na minha
vida, veio parar-me às mãos numa ocasião em que deambulava por uma biblioteca
em Phoenix. Não estava especificamente «à procura» fosse do que fosse, mas reparei
num livro entitulado Seth Speaks, de Jane Roberts e Robert E. Butts, que se
encontrava numa prateleira alta. Seth, uma «Entidade Não-Física», tinha «ditado»,
através de Jane, uma série de livros, e eu li-os a todos. Por mais estranha que essa
forma de comunicação parecesse à maior parte das pessoas (no início a Esther
sentiu-se extremamente desconfortável), a minha tendência sempre foi a de julgar a
árvore pelos seus frutos, e foi isso que fiz: olhei para lá dos aspectos «estranhos» e
concentrei-me nas partes positivas e práticas do material de Seth que senti que po-
deriam ser utilizadas para ajudar as pessoas a melhorarem as suas vidas.
Seth tinha uma perspectiva da vida diferente de tudo o que eu jamais ouvira, e
senti-me particularmente interessado por dois dos seus conceitos: «Você Cria a Sua
Própria Realidade» e «A Sua Plataforma de Poder Está no Momento Presente».
Apesar de - por mais que lesse - nunca ter chegado a sentir que compreendi
verdadeiramente esses conceitos, algo em mim sabia que continham respostas para
as minhas perguntas. No entanto, nessa altura a Jane já não existia na dimensão
física, pelo que os esclarecimentos de Seth se tinham tornado inacessíveis.
Entretanto, começaram a desenrolar-se alguns acontecimentos fortuitos, de
certa forma similares às experiências de Jane com Seth. Esther, a minha mulher,
começou a receber o material hoje conhecido por Teacbings of Abraham® [Os
Ensinamentos de Abraham]. (Se desejar ouvir uma das gravações originais da nossa
introdução a Abraham, poderá encontrá-la no nosso site www. abraham-hicks. com,
com a duração de 70 minutos, para download, ou no nosso escritório, em CD.)
Em 1985, quando este fenómeno começou a acontecer com Esther, senti que o
desenrolar dos acontecimentos traria as respostas ao meu anseio de aprofundar o
conhecimento das Leis do Universo e a oportunidade de aprender, de uma forma
natural, a trabalhar em harmonia com elas, para assim atingir o meu objectivo de
boa forma física. Assim, há cerca de vinte anos, sentei-me com Esther, e, com um
pequeno gravador de cassetes, colocámos a Abraham centenas de questões em torno
de vinte temas principais, a maior parte dos quais relacionados com espiritualidade
prática. Numa segunda fase, à medida que outras pessoas começaram a ouvir falar
de Abraham e a querer interagir connosco, demos início à produção de vinte
gravações, que publicámos em dois álbuns de temas especiais.
Ao longo de duas décadas, milhões de pessoas tiveram acesso aos
ensinamentos de Abraham em consequência da disseminação dos nossos livros,
cassetes, CDs, DVDs, workshops e também da nossa presença em estações de rádio
1
e na televisão. Por outro lado, outros autores famosos começaram a utilizar os
ensinamentos de Abraham nos seus livros e a mencioná-los quando apareciam nos
meios de comunicação social e em workshops... Depois, há cerca de dois anos, uma
produtora de televisão australiana pediu-nos autorização para criar uma série sobre
o nosso trabalho com Abraham, e acompanhou-nos, com uma equipa de filmagem,
num dos nossos cruzeiros no Alasca; de seguida, procurou outros interessados por
este tipo de conhecimento com o objectivo de os integrar no filme (piloto)...
A produtora atribuiu ao filme o título The Secret [O Segredo]; o trabalho
centrava-se sobretudo no princípio básico dos Ensinamentos de Abraham - a Lei da
Atracção. Apesar de não ter sido seleccionado pela rede australiana Nine para ser
apresentado como série, o documentário foi produzido em formato DVD e
transcrito num livro... e agora, devido à edição de O Segredo, o conceito de Lei da
Atracção tornou-se acessível a muitos mais milhões de pessoas que anseiam por
uma vida melhor.
Este livro partiu de uma transcrição de cinco das nossas gravações de há mais
de vinte anos. E a primeira vez que essas transcrições são impressas. No entanto,
não são literais, porque Abraham reviu cada página das transcrições originais e
introduziu modificações que visam uma melhor apreensão por parte dos leitores, e,
em consequência, uma maior facilidade na passagem à prática.
Existe um provérbio no mundo do ensino que diz:
«Diz-lhes o que tens a dizer-lhes. Depois volta a dizer-lhes e de seguida diz-
lhes o que já disseste.» Por isso, se decidir mergulhar nestes ensinamentos, irá
deparar, provavelmente, com muitas repetições, pois, regra geral, a repetição é
eficaz nos processos de aprendizagem. Não é possível prosseguir com os mesmos
velhos padrões de pensamento limitadores e obter resultados novos e não
limitadores. Através da simplicidade inerente à prática da repetição poderá, com o
tempo e de uma maneira confortável, desenvolver novos hábitos que darão um
novo ímpeto à sua vida.
No meio dos media é habitual dizer-se que «as pessoas preferem ser entretidas
a ser informadas». A menos que se divirta com o acesso a novas formas de ver a
vida, provavelmente sentirá que este livro é, sobretudo, de carácter informativo. Ao
contrário de um bom romance, este não é um livro que se leia, se desfrute e se
ponha de lado. É mais como um manual de princípios que visam conquistar e
manter a prosperidade, a saúde e a felicidade - é um livro a ser lido, estudado e
posto em prática.
Aproximei-me desta informação através do meu desejo de ajudar os outros a
sentirem-se melhor, especificamente na área da realização financeira, pelo que me
sinto particularmente feliz com a concretização deste livro sobre Dinheiro, que está
prestes a chegar às mãos das pessoas que formularam as perguntas às quais dá
resposta.
Este livro - Acredita e Receberás - é o segundo dos quatro livros planeados
sobre a Lei da Atracção. Há dois anos publicámos The Law of Attraction: The Bastes
ofthe Teachings of Abraham [A Lei da Atracção: Noções Básicas sobre os
Ensinamentos de Abraham]. O próximo título será Relationships and The Law of
Attraction [Relacionamentos e a Lei da Atracção], e o último da série será
Spirituality and the Law of Attraction [A Espiritualidade e a Lei da Atracção].
Foi muito gratificante, para a Esther e para mim, revisitarmos todas estas
leituras transformadoras no processo de preparação para a publicação do livro, pois
relembrámos, mais uma vez, estes princípios simples e básicos partilhados por
Abraham na fase inicial da nossa interacção.
Desde o início que a nossa intenção foi a de aplicar os ensinamentos de
Abraham às nossas vidas, e a maravilhosa experiência de crescimento que daí
resultou foi notável: após duas décadas de prática desses princípios, a Esther e eu
ainda estamos apaixonados (apesar de termos acabado de construir esta casa nova
na Califórnia e de estarmos a construir outra no Texas, gostamos tanto da
companhia um do outro que passaremos a maior parte do próximo ano a viajar na
nossa autocaravana gigante Marathon, entre workshops). Há vinte anos que não
precisamos de fazer exames médicos ou de utilizar o nosso seguro de saúde. Não
temos dívidas, e este ano vamos pagar, em impostos, mais que o montante total que
ganhámos até ao momento em que começámos a receber as orientações de
Abraham, e, como nem o nosso dinheiro nem a nossa saúde podem, por si só, fazer
de nós pessoas felizes, continuamos sempre à procura de novas formas de o sermos.
Assim, é com uma enorme alegria que podemos dizer-lhe, com base na nossa
própria experiência: isto funciona!
JERRY HlCKS
(Nota da edição original: Como nem sempre existem as palavras adequadas, na língua inglesa, para exprimir
na perfeição os pensamentos não-fisicos recebidos por Esther, por vezes ela cria novas combinações de palavras, ou
utiliza determinadas palavras de formas pouco usuais, recorrendo, por exemplo, à utilização intencional de letras
maiúsculas em situações em que normalmente não seriam aplicadas, com o objectivo de exprimir novas formas de
olhar para as velhas formas de ver a vida.)
Parte I
Comutação e o Livro
dos Aspectos Positivos
A Sua História e a Lei da Atracção
Todas as componentes da sua experiência de vida vêm ao seu encontro por via
da resposta poderosa da Lei da Atracção aos pensamentos que tem e à história da
sua vida que conta a si próprio. As suas finanças; o seu bem-estar físico associado à
clareza, flexibilidade e forma do seu corpo; o seu ambiente de trabalho, a realização
profissional e a forma como é tratado pelos outros e recompensado - ou seja, toda a
sua experiência de vida é o que é devido à história que você conta. Se permitir que a
sua intenção dominante seja a de, a cada dia que passa, reformular e melhorar o
conteúdo dessa história, garantimos-lhe, em absoluto, que a sua vida se
transformará numa história cada vez mais fabulosa, pois a poderosa Lei da Atracção
assim o determina!
Já desejou certamente mais sucesso e empenhou-se nisso: fez tudo o que toda
a gente disse que deveria fazer, mas o tão desejado sucesso tardou. Esforçou-se
muito, especialmente no início, para aprender as coisas certas, para estar nos lugares
certos, para fazer as coisas certas, para dizer as coisas certas... mas, muitas vezes,
dir-se-ia que nada disso surtia os efeitos almejados.
Em momentos anteriores da sua vida, quando pela primeira vez veio à sua
mente a ideia de ter sucesso, obteve realização em satisfazer as expectativas dos
outros, esses outros que ditavam as regras do sucesso. Nos momentos em que lhe
ditavam as regras do sucesso, os seus professores, pais e mentores mostraram-se
confiantes e convincentes. «Sê sempre pontual; dá sempre o teu melhor; trabalha
arduamente; sê sempre honesto; sê ambicioso; supera-te; tudo tem o seu preço, mas,
acima de tudo, nunca desistas...»
Porém, com o tempo, a satisfação que decorre de agradar às pessoas que lhe
impuseram essas regras vai esmorecendo, pois, por muito que se esforce, não
consegue atingir os resultados prometidos. O cenário torna-se ainda mais desolador
quando se distancia e se apercebe de que esses princípios tampouco lhes granjearam
um sucesso apreciável; pior que isso, começou, entretanto, a conhecer pessoas (que,
assumidamente, não seguiam essas regras) que tinham sucesso ignorando a fórmula
que tão diligentemente aprendeu e aplicou à sua vida.
É então que surge na sua mente a seguinte pergunta: «Por que razão isto
acontece? Por que razão as pessoas que trabalham arduamente ganham tão pouco e
aquelas que parecem trabalhar menos têm tanto sucesso? Pelos vistos, a minha
esforçada formação académica não compensou, e até vejo multimilionários que
desistiram de estudar. O meu pai trabalhou arduamente durante toda a sua vida, e,
apesar disso, a família teve que pedir um empréstimo para pagar o seu funeral... Por
que razão o meu trabalho árduo não me recompensa como deveria? Por que razão
são tão poucas as pessoas que enriquecem enquanto a maioria mal consegue
sobreviver? O que me está a escapar? O que sabem as pessoas financeiramente bem
sucedidas que eu não sei?»
O Seu «Melhor» Não É o Suficiente?
Quando está a dar o seu melhor, a tentar verdadeiramente fazer tudo o que
lhe foi dito que deveria fazer para obter sucesso e, mesmo assim, não consegue
atingir o seu objectivo, é fácil colocar-se na defensiva e até, eventualmente, sentir-se
irritado com as pessoas bem sucedidas. E bem possível que, por vezes, chegue ao
ponto de condenar o sucesso dessas pessoas simplesmente porque lhe é demasiado
doloroso constatar que têm algo que continua a escapar-lhe. E por esta razão, e em
resposta aos condicionamentos crónicos da condição financeira que caracterizam a
nossa cultura, que lhe trazemos este livro.
Quando chega ao ponto de condenar abertamente o sucesso financeiro que até
deseja para si, está não só a afastar definitivamente esse sucesso como também a
abdicar dos seus direitos inatos à saúde e à felicidade.
São muitos os que concluem, erradamente, que as pessoas que os rodeiam
forjaram uma conspiração cujo objectivo é o de impedir o seu sucesso, pois
acreditam piamente que fizeram tudo o que estava ao seu alcance para atingir o
mesmo. É por essa razão que se convencem de que o facto de não terem conseguido
se deve à existência de forças adversas que os privam daquilo que desejam.
Queremos que saiba que não é nada disso que está na origem da ausência das coisas
que anseia e da presença daquelas que deseja que desapareçam da sua vida.
Ninguém ou coisa alguma tem o poder de o privar do seu sucesso ou da responsabi-
lidade que lhe cabe na concretização deste. O seu sucesso apenas depende de si, e
está sob o seu controlo. Escrevemos este livro para que possa, de uma vez por todas,
passar a controlar o seu sucesso de uma forma volitiva e consciente.
A maior parte das pessoas parte do princípio de que se a vida não corre de
feição é porque algo de exterior impede que assim seja, pois pensa-se que ninguém
afasta de si o sucesso de uma forma deliberada. Se, por um lado, é mais cómodo
atribuir a culpa das condições indesejadas a outras pessoas, ou às circunstâncias, do
que assumir a responsabilidade por essas mesmas condições adversas, a crença de
que a sua falta de sucesso se deve a algo de exterior traz repercussões negativas
muito fortes: ao atribuir aos demais a responsabilidade pela presença ou pela
ausência de sucesso na sua vida, está a declarar-se impotente para mudar as coisas.
Quando deseja sucesso, mas, do seu ponto de vista, não está a ser bem
sucedido, o seu Ser reconhece, a níveis mais profundos, que há algo de errado.
Quando esse sentimento intenso de cisão interior agudiza a sua consciência de que
não está a obter o que quer, muitas vezes são desencadeados outros pressupostos
contraproducentes que evocam a inveja das pessoas bem sucedidas, ou o
ressentimento por parte daquelas que gostaria de culpar pela sua falta de sucesso;
pode mesmo surgir a autoculpabilização, que é, de todos, o pressuposto mais
doloroso e contraproducente. Essa desconfortável agitação é não só normal como
também a resposta perfeita ao seu sentimento de falta de sucesso.
O seu desconforto emocional é um indicador poderoso de que algo está a
correr muito mal. E suposto que seja bem sucedido, e o fracasso deveria causar-lhe
desconforto. E suposto que se sinta bem, e a doença não deveria ser por si aceite. E
suposto que viva em expansão, e a estagnação deveria ser-lhe insuportável. E su-
posto que a vida lhe corra bem, e quando assim não acontece, é porque algo não está
em conformidade.
Porém, o que está mal não se prende com a ocorrência de uma injustiça, ou
com o facto de ter sido esquecido pelos deuses, ou de alguém ter sido contemplado
com o sucesso que lhe cabia a si. O que está mal prende-se com o facto de não estar
em harmonia com o seu Ser, com quem realmente é, com o que a vida o levou a
pedir, com a sua expansão e com as determinações das Leis do Universo. O que está
mal não é algo que seja exterior a si, ou que não possa controlar. O problema reside
dentro de si, e você detém o controlo. Não é difícil assumir o controlo quando toma
consciência dos fundamentos de quem você é, da forma como opera a Lei da
Atracção e do valor do seu Sistema de Orientação Emocional inato,
permanentemente activo, presente e de compreensão fácil.
Para viver de uma forma deliberada, é necessário que pense de uma forma
deliberada, e, para fazê-lo, tem de ter um ponto de referência que lhe permita
determinar a direcção correcta para o seu pensamento. Neste momento, à
semelhança do momento do seu nascimento, os dois factores necessários
encontram-se bem posicionados. A Lei da Atracção (a mais poderosa e consistente
de todas as Leis do Universo) está sempre presente e é, por natureza, abundante.
Por outro lado, você possui, no seu interior, um Sistema de Orientação sempre
preparado para lhe fornecer indicações e direcções. Só precisa de fazer uma única
coisa, aparentemente insignificante mas potencialmente muito transformadora:
comece a contar a sua história de outra maneira: conte-a como quer que ela seja.
Quando conta a história da sua vida (na verdade fá-lo quase todos os dias,
com as suas palavras, os seus pensamentos e as suas acções) é importante que se
sinta bem. A cada momento e qualquer que seja o tema, pode sempre concentrar-se
positiva ou negativamente, pois em cada partícula do Universo - em cada momento
no tempo e para além do tempo - será colocado perante a escolha entre aquilo que é
desejado e a falta do que é desejado. A medida que estas escolhas constantes se vão
revelando na sua vida, terá sempre a opção, para cada tema, de se focalizar naquilo
que deseja ou na falta daquilo que deseja, uma vez que cada assunto é, na realidade,
dois assuntos: o que quer e a ausência do que quer. A forma como se sente indica-
lhe sempre qual é a escolha em que está concentrado a cada momento, e o poder de
mudar essa escolha está sempre nas suas mãos.
Ao ler esta lista, são óbvias as escolhas que consideramos as melhores para
cada exemplo; no entanto, há algo de muito importante e muito simples que pode
estar a escapar-lhe. Ao ler uma lista destas, a tendência é a de sentir-se inclinado a
mencionar, para cada assunto, a verdade factual (dizer as coisas como elas são), em
vez de formular aquilo que deseja. Essa tendência é o principal factor inibidor das
suas criações e da manifestação dos seus desejos, e os exercícios e exemplos que
apresentamos neste livro servem, precisamente, para se redireccionar para aquilo
que deseja e se libertar do padrão que é a explanação daquilo que está a ser. Se
pretender que a Lei da Atracção lhe traga realidades diferentes, tem de começar a
contar a si mesmo uma história também diferente.
Uma forma eficaz de começar a contar a sua história de uma forma diferente é
ouvir-se a si próprio ao longo de cada dia, para poder, quando tomar consciência de
uma afirmação contrária àquilo que deseja, deter-se e dizer a si mesmo: «Neste
momento, sei perfeitamente aquilo que não quero. Que quero eu?»
De seguida formule o que deseja de uma forma empática e deliberada.
Sou gordo.
Quero ser magro.
São muitas as pessoas que acreditam que o Ser é muito mais do que a
realidade física manifestada do corpo que habitam, e para se referirem a essa parte
mais abrangente de si usam palavras como Alma, Fonte ou Deus. Nós designamos
como Ser Interior essa parte mais lata, mais antiga e mais sábia de si; no entanto, a
designação dessa dimensão eterna do seu ser não é importante. Importante, sim, e
muito significativo, é que compreenda que o seu Ser mais abrangente existirá
eternamente, e que desempenha um papel de grande relevo na sua experiência de
vida no planeta Terra.
Na verdade, cada pensamento, cada palavra ou cada acto seu pode ser
perspectivado nesse contexto mais abrangente. A razão pela qual sempre que se
torna muito claro para si aquilo que não quer, descobre também aquilo que quer, é
porque essa parte mais abrangente de si está a dar uma atenção concentrada àquilo
que deseja.
Quando, dia após dia, faz um esforço consciente no sentido de direccionar os
seus pensamentos para aquilo que quer, vai-se sentindo cada vez melhor, porque a
vibração que é activada pelos seus pensamentos de bem-estar está em maior
conformidade com a vibração da sua parte mais abrangente, Não-Física. O seu
desejo de ter pensamentos que lhe tragam bem-estar promovem o seu alinhamento
com a Perspectiva mais Lata do seu Ser Interior. Na verdade, não é possível que se
sinta bem a menos que os seus pensamentos, a cada momento, sejam
vibratoriamente compatíveis com os pensamentos do seu Ser Interior.
Por exemplo, o seu Ser Interior concentra-se no seu valor; quando identifica
uma falha na sua conduta, a emoção negativa que sobrevêm dá-lhe conta de uma
discrepância vibratória, ou de uma resistência. O seu Ser Interior escolhe concentrar-
se em coisas relativamente às quais possa sentir amor, e quando foca a sua atenção
em algum aspecto, ou em alguém que o incomoda, está a desviar-se do alinhamento
vibratório com o seu Ser Interior. O seu Ser Interior concentra-se apenas no seu
sucesso, e quando você escolhe concentrar-se no alegado fracasso de algum projecto
que tenha em mãos, perde o alinhamento com a perspectiva do seu Ser Interior.
Quando escolhe pensamentos que lhe trazem bem-estar e quando fala mais
sobre aquilo que quer do que sobre aquilo que não quer, começa a sintonizar-se com
a frequência vibratória do seu Ser Interior, mais sábio e abrangente. Quando
consegue estar em alinhamento vibratório com a sua Perspectiva Mais Abrangente
enquanto vive a sua experiência de vida física, tem acesso ao melhor de todos os
mundos, porque, ao atingir o alinhamento vibratório com essa Perspectiva Mais
Lata, começa a ver o seu mundo físico a partir desse ponto de vista. Quando vê o
mundo com os olhos da Fonte tem acesso à visão mais espectacular da vida, pois,
desse ponto de vista, estabelece o alinhamento vibratório - e, ao fazê-lo, estabelece
também um processo de atracção - exclusivamente com aquilo que considera o
melhor que há no seu mundo.
Esther, a mulher que traduz a vibração de Abraham em palavras faladas ou
escritas, fá-lo descontraindo-se e permitindo, de uma forma deliberada, que a
vibração do seu próprio Ser se eleve até ao ponto em que se harmoniza com a
vibração Não--Física de Abraham. Ela faz isto há muitos anos, pelo que essa postura
se foi tornando algo de muito natural na sua vida. Há muito que ela compreendeu
as vantagens de estabelecer o alinhamento vibratório que lhe permite traduzir de
uma forma eficaz o nosso conhecimento e partilhá-lo com outros amigos físicos, mas
a verdade é que não compreendeu outro benefício maravilhoso desse alinhamento
até uma bela manhã de Primavera em que se dirigiu ao portão da sua casa, que
abriu para o seu marido sair de carro. Enquanto esperava, olhou para o céu e
constatou que estava mais belo do que nunca. As cores e os contrastes do céu,
maravilhosamente azul, com as nuvens, de um branco imaculado, pareceram-lhe
espantosos. Conseguia ouvir os chilreios de pássaros que estavam tão longe que não
conseguia vê-los, mas cujas melodias a deixavam extasiada, pois dir-se-ia, pela
sonoridade e pelo volume, que se encontravam poisados nos seus ombros. Em
paralelo, sentia as múltiplas fragrâncias deliciosas que se desprendiam das plantas
que habitam o planeta, e da terra, que, trazidas pela brisa, a envolviam de uma
forma até então desconhecida para si. Sentiu-se viva, e feliz, e apaixonada pelo seu
maravilhoso mundo. Disse em voz alta:
- Nunca houve, em todo o Universo, um momento tão belo como este, aqui e
agora!
De seguida disse:
- Abraham, és tu, não és?
E nós sorrimos com um imenso prazer, através dos seus lábios, pois ela sentiu
que espreitávamos através dos seus olhos, que ouvíamos através dos seus ouvidos,
que cheirávamos através do seu nariz e sentíamos através da sua pele.
- E verdade - confirmámos. Estamos a gozar as delícias do teu mundo físico
através do teu corpo físico.
Esses foram momentos de alinhamento total com a Fonte interior. Os
momentos em que sentimos uma atracção poderosa por uma ideia, ou um interesse
profundo, também são momentos de alinhamento total: na verdade, quanto melhor
se sentir, mais em alinhamento estará com a sua Fonte, ou seja, com quem realmente
é.
Este alinhamento com a sua Perspectiva Mais Abrangente permite-lhe, por um
lado, conquistar mais rapidamente as grandes coisas que deseja na vida -
relacionamentos maravilhosos, carreiras profissionais gratificantes e recursos para
fazer as coisas que quer - e, por outro, viver sob este alinhamento consciente que
enaltece cada momento dos seus dias. Quando se sintoniza com a perspectiva do
seu Ser Interior, os seus dias enchem-se de clareza mental, satisfação e amor, e tudo
isso coincide precisamente com a sua intenção original, quando decidiu viver neste
lugar maravilhoso, neste tempo maravilhoso, neste esplêndido corpo.
A razão pela qual Esther foi capaz de permitir que a perspectiva mais
completa de Abraham fluísse através de si, privile-giando-a com essa vivência
deliciosa, foi ter começado o seu dia concentrada nas coisas que lhe trazem bem-
estar. Ainda na cama, já procurava razões para se sentir bem, e esse primeiro
sentimento de bem-estar atraiu, sucessivamente, outros, até ao momento em que se
aproximou do portão (o que veio a acontecer passadas cerca de duas horas), ou seja,
em virtude da escolha deliberada dos seus pensamentos, ela elevou a sua frequência
vibratória a um nível suficientemente próximo da do seu Ser Interior, o que lhe
permitiu interagir facilmente com essa parte do seu Ser.
Por um lado, o pensamento que escolhe neste momento atrai o próximo e os
seguintes... e assim sucessivamente, e, por outro, estabelece a sua base de
alinhamento com o seu Ser Interior. Quando pensa e fala, de uma forma consistente
e deliberada, mais sobre aquilo que quer do que sobre aquilo que não quer, começa
a sentir-se mais vezes em alinhamento com a essência pura e positiva da sua própria
Fonte; quando vive desta maneira, tudo na sua vida começa a ser extremamente
agradável.
Poderão as Doenças Ser Causadas por Emoções Negativas?
Toda a gente quer sentir-se bem, mas a maior parte das pessoas acredita que
para se sentir bem tudo à sua volta tem de ser agradável. Na verdade, a maior parte
das pessoas sente-se como se sente, num dado momento, devido a alguma coisa que
observa no exterior. Se aquilo que observam lhes agrada, sentem-se bem, mas se
lhes desagrada, sentem-se mal. São assim incapazes de criar, de uma forma
consistente, o seu próprio bem-estar, porque acreditam que, para se sentirem bem,
as condições exteriores têm de mudar, e, por outro lado, também acreditam que não
têm o poder para mudar muitas dessas condições.
No entanto, quando toma consciência de que cada assunto se decompõe em
dois assuntos - o que é desejado e a falta do que é desejado - pode aprender a
focalizar-se nos aspectos positivos dos temas em que concentra a sua atenção.
O Processo de Comutação consiste, precisamente, em procurar, de modo
deliberado, uma forma mais positiva - e que traga mais bem--estar - de abordar
qualquer tema em que concentre a sua atenção.
Quando depara com uma condição não desejada e se sente mal, pode dizer de
propósito: «Sei o que não quero... mas que quero eu?» Quando formula esta
pergunta, a vibração do seu Ser, que é afectada pelo seu ponto de concentração,
eleva-se ligeiramente, e, com ela, também o seu ponto de atracção. E desta maneira
que começa a contar a história da sua vida de uma forma diferente. Em vez de dizer:
« Nunca tenho o dinheiro suficiente» passa a dizer: «Desejo ter mais dinheiro».
É uma história bem diferente, e também uma vibração muito diferente, e um
sentimento muito diferente, que, com o tempo, trazem consigo resultados
necessariamente muito diferentes.
Ao continuar a perguntar a si mesmo, a partir do seu ponto de vista cada vez
mais abrangente, «O que quero eu?», acabará por se conduzir a um lugar muito
agradável, pois é impossível perguntar a si próprio, de uma forma continuada, o
que quer, sem que o seu ponto de atracção se movimente nessa direcção... O
processo será gradual, mas o seu empenho e a sua prática produzirão resultados
maravilhosos em poucos dias.
As pessoas queixam-se com frequência de que lhes seria muito mais fácil
concentrarem-se em algo de positivo se houvesse algo de bom a passar-se nas suas
vidas. Na verdade, constatam, e bem, que lhes é muito mais fácil sentirem-se bem
quando algo de bom já está a acontecer. Não discordamos que seja mais fácil sentir-
se bem quando há coisas boas a acontecerem. Contudo, se acreditar que apenas tem
a capacidade para se concentrar naquilo que está a acontecer a cada momento, e se o
que estiver a acontecer não for agradável, poderá ter de esperar toda a sua vida,
porque o facto de se concentrar sobretudo em aspectos indesejados impede--o de
atrair os aspectos desejados.
Não precisa de esperar que lhe aconteça algo de bom para se sentir bem, pois
tem a capacidade de direccionar os seus pensamentos para temas interessantes,
independentemente daquilo que esteja a acontecer na sua vida. Quando se importa
com o que sente e tem vontade de comutar e de redireccionar a sua atenção para
pensamentos que lhe tragam bem-estar, isso quer dizer que reuniu as condições
para poder, rapidamente, dar início ao processo deliberado de transformação da sua
vida.
As coisas que surgem na sua experiência de vida traduzem a resposta à sua
vibração; por seu turno, a vibração que emite é criada pelos seus pensamentos; a
forma como se sente a cada momento reflecte os pensamentos que tem.
Pensamentos de bem-estar produzem manifestações de bem-estar.
Muitas pessoas argumentam: «Ser-me-ia muito mais fácil ser feliz se estivesse
noutro lugar: se o meu relacionamento fosse melhor, se fosse mais fácil viver com a
pessoa com quem estou, se não tivesse dores físicas ou se o meu corpo estivesse em
melhor forma, ou se a minha vida profissional fosse mais satisfatória. Se eu tivesse
mais dinheiro... Se as condições da minha vida fossem melhores, iria sentir-me
melhor e ser-me-ia mais fácil ter pensamentos mais positivos.»
Claro que é agradável estarmos rodeados de coisas positivas, e que é mais fácil
sentirmo-nos bem quando algo de bom está a acontecer, isso é óbvio, mas também é
verdade que não pode pedir às pessoas que o rodeiam que se encarreguem de
orquestrar situações agradáveis para si. Há muitos motivos para isso, entre os quais:
Muitas vezes pensa que está concentrado naquilo que quer quando na
realidade a sua atenção está presa àquilo que não quer. Mesmo que as suas palavras
sejam positivas e que as diga com um sorriso nos lábios, isso não significa que esteja
a vibrar positivamente. Só quando toma consciência da forma como se sente quando
fala, daquilo que emana ao falar, pode realmente emitir uma vibração conforme com
aquilo que quer, e não com aquilo que não quer.
Um jovem pai estava exasperado porque o seu filho molhava a cama todas as
noites. Sentia-se frustrado, por um lado, devido à quantidade de roupa suja que isso
implicava todas as manhãs, e, por outro, preocupado com as repercussões
emocionais da situação na vida do jovem, mas também sentia embaraço pelo com-
portamento do filho, e lamentava-se a pensar que ele já era grande de mais para
aquilo acontecer. Perguntámos:
- O que acontece quando chega ao quarto todas as manhãs?
- Logo que entro sinto o cheiro e sei que aconteceu de novo - respondeu.
- E como se sente nesse momento? - perguntámos.
- Impotente, zangado, frustrado. Isto dura há muito tempo e continuo sem
saber o que fazer.
- Que costuma dizer ao seu filho?
- Ordeno que dispa a roupa molhada e se meta na banheira, digo-lhe que já é
crescido de mais para isto e relembro-o de que já falámos muitas vezes sobre o
assunto.
Dissemos a este pai que, com a sua postura, apenas estava a perpetuar a
situação, e explicámos-lhe o seguinte:
- Quando a forma como se sente é controlada por uma condição exterior,
jamais poderá influenciar uma mudança nessa condição; quando, pelo contrário,
consegue controlar a forma como se sente sob uma determinada condição, tem o
poder de induzir mudanças nessa condição.
Por exemplo, quando entra no quarto do seu filho e se apercebe de que
aconteceu algo de indesejado, se conseguisse parar, por um momento, para tomar
consciência desse acontecimento indesejado, perguntando a si mesmo o que quer
que aconteça, reforçando a faceta da comutação presente na equação e questio-
nando-se acerca do porquê daquilo que quer, não só se sentiria melhor,
imediatamente, como começaria desde logo a ver os resultados da sua influência
positiva.
- O que quer realmente? - perguntámos nós. O jovem pai respondeu:
- Quero que o meu filho acorde feliz, seco e orgulhoso de si próprio, sem
vergonha.
Quando se concentrou no que queria, este pai sentiu alívio, porque esse
esforço permitiu-lhe harmonizar-se com o seu desejo. Dissemos-lhe o seguinte:
- Quando tem este tipo de pensamentos, tudo aquilo que emite se harmoniza
com aquilo que realmente quer, e não com aquilo que não quer, o que o tornará
mais apto para influenciar positivamente o seu filho. Esse tipo de percepção da
situação permitir-lhe-á falar desta maneira:
- Faz parte do crescimento. Todas as pessoas passam por isto e tu estás a
crescer muito rapidamente. Despe-te e entra na banheira.
Passado pouco tempo, este pai contactou-nos para nos informar de que o filho
já não urinava na cama...
Qualquer que seja o seu pensamento num dado momento -uma memória do
passado, algo que esteja a observar no presente ou que antecipe no futuro -, esse é o
seu pensamento activo, que atrai outros pensamentos e ideias semelhantes. Por um
lado, os seus pensamentos atraem outros de naturezas semelhantes e, por outro,
quanto mais tempo se concentrar neles, mais fortes se tornam e mais poder de
atracção geram.
O nosso amigo Jerry comparou este princípio às cordas de um navio em
manobra de atracação. O navio deveria ser preso com uma corda de grande
dimensão, demasiado grande e volumosa para ser lançada à água. Em alternativa,
uma bola de corda entrançada é lançada do navio para a doca; esse novelo é
desdobrado numa corda maior, que por sua vez se desdobra noutra maior e assim
sucessivamente, até ao ponto em que a corda maior possa ser facilmente puxada
sobre a água e o navio possa ser imobilizado no porto. Este processo é semelhante à
forma como os seus sentimentos se acoplam uns aos outros sucessivamente.
Em relação a determinados assuntos, como tem vindo a puxar a extremidade
negativa, é-lhe mais fácil abordá-los negativamente. Por outras palavras, basta um
comentário negativo, uma recordação ou uma sugestão para se ver lançado, de
imediato, numa trajectória negativa.
O seu ponto de atracção assenta sobretudo nos seus pensamentos do dia-a-dia,
os quais tem o poder de direccionar positiva ou negativamente. Imagine-se no
supermercado, onde depara com um aumento substancial do preço de um
determinado produto que costuma comprar regularmente, o que o faz sentir-se
dominado por um grande desconforto. É muito natural que presuma que esse
desconforto se deve exclusivamente ao choque perante o brusco aumento de preço
do artigo em causa, e, como não pode controlar os preços praticados pelo
estabelecimento, não tem forma de não sentir esse desconforto. No entanto, que-
remos que tome consciência de que esse desconforto não tem que ver com o
aumento de preço do produto que costuma comprar, mas sim com a direcção que
tomam os seus pensamentos.
Tal como na analogia de uma corda que se liga a outra corda, que por sua vez
se liga a outra, os seus pensamentos estão todos ligados entre si e atingem,
rapidamente, níveis vibratórios elevados.
Tomemos como exemplo o seguinte pensamento: «Meu Deus, o preço deste
artigo subiu imenso desde a semana passada... esta subida de preço não me parece
nada razoável... a ganância do mercado chega a ser insultuosa... as coisas estão cada
vez mais descontroladas, sem norte... é insustentável... a economia está de facto em
crise... não consigo acompanhar estes preços inflacionados. .. os meus rendimentos
não acompanham o aumento do custo de vida...»
Este encadeamento de pensamentos negativos poderia tomar as mais diversas
direcções, focalizando o carácter do proprietário do estabelecimento, a economia, o
governo, embora, regra geral, tenda a centrar-se nos impactos negativos da situação
sobre a sua vida, uma vez que tendemos a levar muito a peito tudo o que
observamos. Na verdade, tudo é pessoal para si porque, devido à sua escolha de
pensamentos, está a emitir uma vibração que influencia fortemente aquilo que atrai.
Se tiver consciência do que sente e compreender que as suas emoções lhe
indicam a direcção que está a dar aos seus pensamentos, poderá orientá-los de uma
forma mais deliberada, como no exemplo seguinte: «Meu deus, o preço deste artigo
subiu imenso desde a semana passada... no entanto, não me parece que o mesmo
tenha acontecido aos outros produtos... os preços parecem manter-se, e talvez
alguns até tenham descido... não prestei muita atenção... este, sim, chamou a minha
atenção porque aumentou mesmo muito... os preços flutuam... mas acabo sempre
por conseguir fazer face à subida do custo de vida... os preços estão a subir, de facto,
um pouco, mas não é dramático... é impressionante a eficácia do sistema de
distribuição que nos permite ter acesso a tanta variedade de produtos...»
Quando decide empenhar-se em se sentir bem, torna-se cada vez mais fácil
para si encontrar pensamentos que geram bem--estar.
Quando a vontade de se sentir bem está efectivamente activa dentro de si,
reforça-se a sua capacidade de encontrar pensamentos inspiradores que lhe trazem
bem-estar e de direccionar os seus pensamentos de uma forma produtiva. Os seus
pensamentos contêm um poder criativo e de atracção ao qual apenas pode aceder
com eficácia quando emite sistematicamente bem-estar. Quando, pelo contrário, os
seus pensamentos oscilam entre o que quer e o que não quer, entre prós e contras,
entre vantagens e desvantagens, perde o benefício que é o ímpeto gerado pelo
pensamento positivo puro.
No primeiro ano em que trabalhámos com Jerry e Esther eles utilizavam salas
de reunião pequenas, em diversas cidades num raio de 500 quilómetros da sua casa
no Texas, proporcionando às pessoas a possibilidade de se reunirem num local
confortável onde pudessem colocar-nos as suas questões. Em Austin, os responsá-
veis do hotel escolhido pareciam esquecer sistematicamente a marcação prévia da
sala, apesar dos contratos celebrados e dos contactos de confirmação efectuados por
Esther alguns dias antes dos encontros. No entanto, o hotel arranjava sempre uma
forma de acomodar os grupos, apesar de tudo levar a crer que ignorava as
marcações prévias, e, para Jerry e Esther, era muito desconfortável serem obrigados
a pressionar o staff do hotel no sentido de acelerarem a preparação da sala de
trabalho antes da chegada dos seus convidados.
Um belo dia, por fim, a Esther reagiu:
- Penso que temos de encontrar outro hotel. E nós dissemos:
- Essa poderia ser uma boa ideia, mas lembrem-se de que irão levar-se a vós
mesmos para o novo botei.
- Que queres dizer com isso? - perguntou Esther, um pouco na defensiva.
E nós explicámos:
- Quando age a partir de uma perspectiva de carência, a sua acção é sempre
contraproducente. O mais provável é que aconteça exactamente a mesma coisa no
novo hotel que venha a ser escolhido.
Jerry e Esther acharam graça à nossa explicação porque já tinham mudado de
hotel pelas mesmas razões.
- Que havemos de fazer, nesse caso? - questionaram.
Encorajámo-los a comprar um caderno em cuja capa escrevessem em letras
garrafais: O Meu Livro dos Aspectos Positivos. Na primeira página deveria constar
uma lista intitulada «Aspectos Positivos do Hotel xxxxxxx em Austin». Assim
fizeram, e Esther começou por escrever: «Belo edifício, muito bem situado e extre-
mamente limpo. Muito próximo da auto-estrada e de fácil acesso. Grande variedade
de salas de várias dimensões, com flexibilidade para acomodar um número
crescente de participantes. Os empregados são muito simpáticos...»
Ao anotar esses pormenores, os sentimentos de Esther pelo hotel iam
passando do negativo ao positivo, e, no momento em que efectivamente começou a
sentir-se melhor, o seu ponto de atracção quanto ao hotel mudou.
Ela não escreveu «Estão sempre a postos para nos receberem», porque isso
não correspondia à verdade, e, se fosse escrito, evocaria um sentimento de
contradição, de defesa ou de justificação. A vontade que tinha de se sentir bem e de
focalizar a sua atenção, de uma forma deliberada, nos aspectos positivos do hotel,
mudou o seu ponto de atracção, tendo de seguida acontecido algo extremamente
interessante: o hotel nunca mais esqueceu as suas marcações. Foi desconcertante
para ela constatar que o facto de o hotel esquecer as suas marcações não se prendia
com incompetência ou desorganização dos seus serviços. Na verdade, o staff ào
hotel estava a ser influenciado pelo pensamento dominante de Esther em relação à
eficiência das pessoas, ou seja, estas não conseguiam contrapor o seu pensamento
negativo.
Esther gostou tanto do seu Livro dos Aspectos Positivos que começou a anotar
outros aspectos da sua vida. Encorajámo-la a escrever sobre as situações
relativamente às quais pretendia desenvolver melhores sentimentos, mas também
sobre aquelas quanto às quais já se sentia bastante positiva, para melhor interiorizar
o hábito de cultivar os pensamentos de bem-estar, e pelo simples prazer que
proporcionam. É, sem dúvida, um bom modo de vida.
Quando se concentra em algo que não quer, é-lhe mais fácil permanecer
concentrado nesse tópico indesejado, e, até, encontrar fundamentos que reforçam e
justificam esse pensamento, do que deslocar-se para uma perspectiva mais positiva,
pois cada pensamento atrai outros semelhantes. Assim, se tentar passar directamen-
te de um tema altamente negativo e indesejado para outro muito positivo e muito
desejado, o mais provável é não conseguir, pois a disparidade vibratória entre os
dois pensamentos é demasiado grande. A melhor forma de abordar a sua evolução
vibratória pessoal é através da determinação firme e constante em inclinar-se,
gradual e suavemente, na direcção das coisas que deseja para a sua vida.
Quando desperta, pela manhã, após o seu período de descanso (e de
distanciamento vibratório dos aspectos indesejados), o seu estado vibratório está no
nível mais positivo possível. Se, antes mesmo de sair da cama, dedicar os primeiros
momentos da manhã a procurar uma mão cheia de aspectos positivos na sua vida,
começará o seu dia com uma tónica mais positiva, e os pensamentos que a Lei da
Atracção lhe poderá trazer, a partir dessa plataforma de arranque, serão muito mais
benéficos e proporcionar-lhe-ão mais bem-estar.
Por outras palavras, cada manhã representa uma oportunidade de estabelecer
uma base vibratória diferente, um ponto de arranque que determina a tónica geral
dos seus pensamentos para o resto do dia. Apesar de certos acontecimentos do seu
dia poderem desviá-lo dessa tónica inicial, com o tempo acabará por estabelecer um
controlo total dos seus pensamentos, da sua vibração, do seu ponto de atracção -
enfim, da sua vida!
A sua vida, orientada para a acção, leva-o a acreditar que as coisas não
acontecem sem esforço; no entanto, quando aprende a dirigir os seus pensamentos
de uma forma deliberada, descobre o tremendo poder de influência do pensamento.
Quando, de uma forma consistente, inclina os seus pensamentos na direcção do que
deseja, em vez de dispersar o poder do seu pensamento ao pensar,
intermitentemente, no que é desejado e no que é indesejado, toma consciência, com
base na sua experiência pessoal, daquilo que lhe tento transmitir. O facto de ser,
predominantemente, orientado para a acção, leva-o, a maior parte das vezes, a
esforçar-se e a trabalhar demasiado, e, em consequência, a concentrar a sua atenção
sobretudo nos aspectos menos atractivos da vida, que requerem correcções, e não
naquilo que deseja.
Segue-se uma sugestão de aplicação do Processo dos Aspectos Positivos, antes
de dormir: já na cama, recorde os episódios mais agradáveis do seu dia. Como
certamente lhe aconteceram muitas coisas, terá de reflectir durante algum tempo, e,
muito provavelmente, ocorrer-lhe-ão também alguns episódios menos agradáveis.
Mantenha, pois, presente a sua intenção de encontrar os acontecimentos agradáveis,
e, quando lhe vierem à memória, detenha-se neles.
Alimente o seu lado positivo com pensamentos do género: O que eu mais
gostei foi... O melhor momento do meu dia foi... Siga qualquer pista que lhe
proporcione sensações agradáveis acerca das melhores partes do seu dia, e depois,
quando começar a sentir os efeitos dos seus pensamentos positivos, concentre-se na
sua principal intenção: usufruir de uma boa noite de sono e despertar, de manhã,
totalmente revigorado.
Diga a si mesmo o seguinte: «Vou dormir agora, e, enquanto durmo, como os
meus pensamentos estarão inactivos, o processo de atracção irá cessar, renovando, a
todos os níveis, a energia do meu corpo físico.» Dirija a sua atenção para os aspectos
imediatos do ambiente que o rodeia: o conforto da sua cama, a maciez da sua
almofada, o bem-estar do momento, e, de uma forma suave, formule a sua intenção:
«Dormirei bem e despertarei revigorado e com um ponto de atracção renovado,
positivo e pleno de bem-estar.» A partir deste momento estará preparado para uma
boa noite de sono.
Tornar-se mais volitivo nos seus pensamentos não é assim tão difícil. E quase
sempre possível ser criterioso quanto àquilo que come, quanto ao automóvel que
conduz e quanto às roupas que veste. Ser um pensador deliberado não requer um
esforço muito mais significativo. No entanto, aprender a direccionar os seus
pensamentos, de uma forma deliberada, para o aspecto de cada tema que lhe traz
mais bem-estar tem um impacto muito mais significativo na sua vida que a escolha
de uma refeição, de um veículo ou de um guarda-roupa.
Quando lê estas palavras e se sente em ressonância com o seu poder e
significado, deixará de sentir emoções negativas sem tomar consciência de que está
a receber uma importante orientação que visa ajudado a direccionar os seus
pensamentos de maneira mais produtiva e benéfica. Por outras palavras, uma vez
interiorizada esta ideia, nunca mais sentirá emoções negativas sem a noção de que
elas lhe indicam que se encontra num processo de atracção de algo indesejado. Algo
de significativo se passa quando toma consciência das suas emoções e da orientação
que contêm, porque o facto de ignorar o significado das emoções negativas não
impedia que atraísse para a sua experiência aspectos negativos. Ao compreender as
suas emoções está a adquirir controlo sobre a sua experiência de vida.
Sempre que se sentir menos bem, pare e diga a si mesmo: «Nada é mais
importante do que sentir-me bem; quero encontrar, neste momento, uma razão para
me sentir bem.»
Ao assumir essa necessidade, encontra um pensamento enalte-cedor que lhe
traz uma sucessão de outros pensamentos afins. Quando desenvolve o hábito de
procurar pensamentos de bem--estar, as circunstâncias que o rodeiam tendem a
melhorar - assim determina a Lei da Atracção. Quando se sente bem experimenta a
sensação de se encontrar num movimento em que se abrem portas, à medida que o
Universo vai cooperando consigo; quando, pelo contrário, não está bem, sente que
as portas se fecham e que cessa a cooperação com o Universo.
Sempre que sente uma emoção negativa, isso significa que está a resistir a algo
que deseja, e a resistência influencia a quantidade de coisas maravilhosas que
permite que integrem a sua experiência.
O seu processo ao longo da vida e as suas percepções do que quer e do que
não quer levaram-no a criar um Registo Vibratório que, de certa maneira, mantém a
sua ligação às coisas que identificou como desejadas até ao momento em que o seu
estado vibratório o aproxima delas o suficiente para permitir que as receba na sua
forma manifestada. No entanto, até ao momento em que encontre uma maneira de
se sentir bem quanto a esses desejos, apesar de os mesmos não se terem, ainda,
manifestado na sua experiência de vida, pode parecer-lhe que eles se encontram
como que para lá de uma porta que não consegue abrir. Quando, porém, começa a
procurar mais aspectos positivos dos temas que ocupam os seus pensamentos, e
quando, de uma forma deliberada, escolhe as possibilidades mais positivas que
dominam os seus processos de pensamento, essa porta abre-se e tudo o que deseja
começa a fluir para a sua experiência.
Cada pessoa é criadora da sua própria experiência, ou, por outras palavras, é o
elemento de atracção da sua experiência. Criar não é identificar algo que se deseja,
perseguir esse elemento desejado e capturá-lo. Criar é concentrar-se no tema
desejado, sintonizar os seus pensamentos com os aspectos desse tema que mais
deseja experimentar e permitir que a Lei da Atracção lhe traga essa experiência.
Quer recorde algo do passado, quer imagine algo no futuro, quer observe algo
no presente, estará a emitir pensamentos-vibra-ções aos quais a Lei da Atracção
responde a cada momento. Pode considerar os seus pensamentos como desejos ou
crenças (uma crença não é mais que um pensamento continuado), mas a verdade é
que o seu ponto de atracção é estabelecido com base nos temas em que concentra a
sua atenção.
Por outro lado, como cada assunto contém, na realidade, dois assuntos - o que
é desejado e a ausência do que é desejado - é possível que esteja convencido de que
está positivamente focalizado, estando, na realidade, negativamente focalizado. As
pessoas podem dizer: «Quero mais dinheiro» estando, no entanto, focalizadas no
facto de não terem tanto dinheiro quanto necessitam. A maioria das pessoas refere-
se ao seu desejo de mais saúde quando se sentem doentes. Por outras palavras, a
focalização naquilo que não querem é que suscita a afirmação daquilo que querem,
mas, na maioria dos casos, apesar de as suas palavras parecerem indicar que estão
concentradas no que querem, na realidade não estão.
Só quando identificamos, de uma forma consciente, aquilo que estamos a
sentir quando falamos é que podemos realmente determinar se nos encontramos
num ponto de atracção positivo ou negativo. Apesar de não ter acesso imediato
àquilo que está a atrair, os seus pensamentos, a cada momento, atraem outros
pensamentos, vibrações e energias semelhantes, e, mais tarde ou mais cedo, aquilo
que efectivamente atraiu acaba por se manifestar.
A maior parte das pessoas acredita, ou quer acreditar, que tudo no Universo
responde às suas palavras, como se o movimento do Universo pudesse assim ser
dirigido, da mesma forma que os comportamentos humanos podem ser treinados.
Quando diz a alguém «Aproxima-te», está a contar que essa pessoa se
aproxime, e quando diz «Afasta-te», está a contar que essa pessoa se afaste.
No entanto, lembre-se de que vive num Universo que se baseia na atracção e
na integração (um Universo que se baseia, também, na inclusão), o que significa que
o não é algo que simplesmente não existe.
Quando coloca a sua atenção em algo que deseja, e, interiormente, diz: «Sim,
aproxima-te», está a incluir na sua vibração aquilo que deseja, e a Lei da Atracção
inicia o processo de aproximação do tema desejado.
Quando, pelo contrário, coloca a sua atenção em algo de indesejado, e diz:
«Não te quero, afasta-te», o Universo também lhe traz isso que não deseja. A sua
atenção a esse tema, e, por conseguinte, o seu alinhamento vibratório com aquilo
que não deseja é o que produz a resposta, e não as suas palavras.
Assim, quando diz «Saúde perfeita, procuro-te... quero-te», ou seja, quando se
deleita na ideia da saúde perfeita, está a atrair saúde perfeita.
No entanto, quando diz: «Doença, não te quero», está a atrair doença, e, ao
repetir «Não, não, não», está a atraí-la com uma intensidade crescente, porque
quanto mais luta contra alguma coisa que não quer, mais se vê engolido por ela.
Muitas vezes, as pessoas acreditam que quando encontrarem o seu par ideal,
ou quando atingirem o peso perfeito, ou quando acumularem o dinheiro suficiente,
nessa altura, e de uma vez por todas, também encontrarão a felicidade pela qual
anseiam... mas a verdade é que não existe uma esquina após a qual só existam
aspectos positivos. O equilíbrio perfeito do Universo determina a coexistência dos
opostos complementares positivo-negativo (desejado e indesejado) em todas as suas
partículas. Quando o leitor, enquanto criador, enquanto elemento com poder de
escolha, enquanto decisor, procura o aspecto positivo de cada assunto, é esse
aspecto positivo que vai viver em todos os planos da sua vida. Não tem, pois, que
ficar à espera que aconteça algo de perfeito para, então, produzir uma resposta
positiva a esse acontecimento. Pode, em alternativa, treinar positivamente os seus
pensamentos e vibrações, direccionando-os para as facetas positivas de cada
assunto, estabelecendo, assim, o ponto de atracção, ou seja, tornando-se o criador
desse acontecimento perfeito.
Sugerimos que comece cada dia com a seguinte afirmação: «Hoje -
independentemente do lugar aonde vá, independentemente do que faça,
independentemente de quem me esteja próximo, a minha intenção principal é a de
procurar aquilo que quero ver.»
Lembre-se, ao despertar pela manhã, de que está, na verdade, a renascer.
Durante o período de sono, a atracção cessou. Nesse momento de afastamento, a sua
Consciência deixa de atrair, e isso proporciona-lhe um novo recomeço. A menos
que, ao despertar, comece a regurgitar os temas que o perturbaram no dia anterior,
esse novo dia, esse novo nascimento, esse novo começo constitui, de facto, uma
nova oportunidade.
Jerry argumentou:
- Nesse caso, quando desvio a minha atenção das pessoas que estão com
problemas sinto-me bem, mas isso não ajuda essas pessoas a sentirem-se melhor.
Por outras palavras, não resolvi o problema; apenas o evitei.
E nós explicámos-lhe:
- Se não se concentrar nos problemas dos outros, poderá continuar a sentir-se
bem, mas eles continuarão a braços com os seus próprios problemas. Numa
primeira fase é assim que as coisas se passam. Porém, quando se focaliza nos
problemas dos outros sente-se mal e eles continuam também a sentir-se mal com os
seus problemas; se continuar a proceder desta forma acabará, com o tempo, por
trazê-los para a sua própria vida. Se, pelo contrário, não se concentrar nos
problemas dos demais, e se tentar imaginar soluções positivas para os mesmos, irá
sentir-se bem, e sentindo--se bem, abrirá a possibilidade de os poder inspirar a
procurarem pensamentos e soluções mais positivas.
Em termos mais simplistas, não pode ser útil às outras pessoas, ou seja, não
tem condições para partilhar com elas soluções positivas, quando está a sentir
emoções negativas, porque a presença de emoções negativas reflecte a sua
focalização na falta daquilo que é desejado, e não naquilo que é desejado.
Assim sendo, se uma determinada pessoa está a viver uma má experiência e se
aproxima de si com uma forte carga de negatividade, caso o leitor não tenha ainda
estabelecido, de uma forma deliberada, o alinhamento com o seu próprio bem-estar,
poderá ser arrastado para o estado de negatividade dessa pessoa, passando a fazer
parte dessa cadeia de sofrimento e, até, a contagiar outras pessoas com o seu
desconforto, e assim sucessivamente.
Se, pelo contrário, der uma tónica deliberada aos seus dias e, ao deitar-se,
todas as noites, disser a si próprio: «Esta noite, enquanto dormir, a minha atracção
pára, o que significa que amanhã terei acesso a um novo começo, e amanhã
procurarei o que quero ver porque quero sentir-me hem, pois sentir-me bem é o
mais importante de tudo - então, ao despertar pela manhã, não estará a transpor
para o seu dia a negatividade do dia anterior; ao cruzar-se com uma pessoa em
sofrimento, com alguém que se aproxima de si em sofrimento, já não se tornará
parte desse sofrimento, mas dará à pessoa em causa um exemplo de felicidade, pois
aquilo que irradia é aquilo que sente.
Não pretendemos dar a entender que o facto de se sentir feliz, de permanecer
feliz, é o bastante para que as outras pessoas também adiram a esse estado de
felicidade. Na verdade, quando existe uma grande disparidade entre o que é por si
sentido e o que os outros sentem, a comunicação torna-se bastante difícil, mas, com
o tempo, se mantiver o seu estado vibratório positivo, as outras pessoas acabam por
juntar-se a si nessa perspectiva positiva, ou então saem da sua experiência. As
pessoas infelizes só se manterão na sua experiência se continuar a concentrar a sua
atenção nelas e na infelicidade delas. Se estivesse a caminhar num trilho de
montanha com outras duas pessoas, e, de repente, tropeçasse e caísse, ficando
pendurado numa raiz fina, em grande perigo, e se uma das pessoas que o
acompanhava fosse muito robusta e segura e a outra muito dispersa e desajeitada,
em qual das duas pensaria com alegria nesse momento? A melhor forma de des-
cobrir o seu caminho é procurando os aspectos positivos, e é essa postura que o
aproxima de quem é a partir da sua Perspectiva Interior. A medida que vai
estabelecendo, de uma forma consistente, o seu alinhamento com pensamentos de
um bem-estar crescente, vai conquistando o acesso aos poderosos recursos do
Universo.
Compreender as outras pessoas significa concentrarmos a nossa atenção na
situação dessas pessoas até nos sentirmos como elas se sentem, e como cada pessoa
tem o potencial para se sentir maravilhosamente bem ou terrivelmente mal, para
concretizar ou para não concretizar os seus desejos, pode sempre escolher em quais
desses aspectos pretende basear o seu relacionamento com os demais. Pretendemos
encorajá-lo a criar empatia com os aspectos mais positivos que conseguir encontrar
nas outras pessoas; ao fazê-lo, poderá enaltecer as suas vidas.
Um homem perguntou-nos:
- Como se põe fim a um relacionamento sem nenhuma das pessoas envolvidas
se magoar? Se eu decidir que chegou o momento de terminar e a outra pessoa não
sentir da mesma forma ou não estiver preparada, isso será muito perturbador para
essa pessoa. Como manter o equilíbrio nesta situação? Respondemos:
- Quanto tenta conduzir os seus comportamentos concentrando-se nos
sentimentos de outra pessoa quanto à sua própria conduta, acaba por sentir-se
impotente, uma vez que, por um lado, não pode controlar a perspectiva dessa outra
pessoa, e, por outro, não pode melhorar a sua vibração, ou o seu ponto de atracção,
ou a forma como se sente.
Se decidiu terminar um relacionamento antes de ter feito o trabalho vibratório
de se concentrar naquilo que quer e no porquê daquilo que quer, qualquer acção
que realize apenas intensifica o desconforto que sente, e, mesmo após o fim do
relacionamento, quer esteja só quer tenha iniciado outra relação, essas vibrações
negativas residuais não irão permitir que a sua vida prossiga de uma forma
agradável. Resumindo, é sempre melhor estabelecer o seu equilíbrio vibratório antes
de se separar, a fim de evitar um longo período de desconforto.
Examinemos os elementos desta situação, por forma a equacionarmos as
opções que estão ao seu dispor: em virtude da sua infelicidade no relacionamento,
chega à conclusão de que deseja pôr-lhe um ponto final. Por outras palavras,
acredita que as suas hipóteses de ser feliz são mais amplas fora do que dentro da
relação, mas quando comunica a sua decisão à outra pessoa, ela fica ainda mais
infeliz, e, estando ela mais infeliz, isso fá-lo sentir-se cada vez mais infeliz.
Uma das suas opções é permanecer e dizer: «Deixa estar, não fiques infeliz.
Afinal decidi ficar.» Neste caso, o que acontece é que os dois eram infelizes.
Entretanto, como a sua decisão de sair fez com que a pessoa com quem estava
ficasse ainda mais infeliz, prescindiu de imediato da sua decisão; a outra pessoa
ficou um pouco menos infeliz, mas nenhum de vocês fica realmente bem. No fundo
nada mudou, embora durante algum tempo possa registar-se um pouco mais de
intensidade na relação, mas a verdade é que ambos se sentem insatisfeitos e
infelizes.
Outra opção é simplesmente partir. Para tanto, iria concentrar--se nos aspectos
que geraram o seu desconforto na relação e utilizá-los-ia como justificação para sair.
Neste caso, se, por um lado, a focalização negativa em aspectos negativos lhe dá
força para tomar a resolução de sair, por outro não lhe traz grande bem-estar. Uma
vez fora do relacionamento, poderá sentir algum alívio quanto à intensidade da sua
infelicidade, mas continuará a sentir a necessidade de justificar o facto de ter
partido, o que perpetua o seu mal-estar, ou seja, apesar de se ter afastado das coisas
que o incomodavam, ainda se sente incomodado.
Não há nada que possa fazer para evitar que os outros se sintam mal, pois a
verdade é que o facto de se sentirem mal não se deve ao seu comportamento. Não
há maior armadilha, nos relacionamentos ou na vida, do que a de tentar
proporcionar felicidade às outras pessoas com base na observação das emoções
dessas mesmas pessoas e na tentativa de compensação das mesmas através das suas
acções.
A única forma de poder ser feliz é decidindo ser feliz. Quando assume a
responsabilidade pela felicidade de outra pessoa está a tentar fazer o impossível e
também a criar condições para se sentir dividido no seu interior.
Consideremos, agora, as opções de Comutação e de focalização nos Aspectos
Positivos. Mantenha-se onde está, para já, sem mudar os seus comportamentos. Por
outras palavras, se vivem juntos permaneçam juntos. Se costumam passar tempo
juntos continuem a fazê-lo. Esta opção prende-se com a mudança do seu processo
de pensamento, e não com o processo de acção. Estes processos foram concebidos
para ajudá-lo a concentrar-se de uma maneira diferente e a contar a história do seu
relacionamento, ou a história da sua vida, com mais responsabilidade e com mais
entusiasmo.
Por exemplo: Tenho pensado em sair deste relacionamento porque não me
traz felicidade. No entanto, quando penso em terminá-lo, tenho consciência de que,
ao partir, me levo comigo, e se partir por me sentir infeliz vou levar comigo uma
pessoa infeliz. A razão pela qual quero sair é porque quero sentir-me bem.
Pergunto-me se será possível sentir-me bem permanecendo. Pergunto-me se haverá
alguma coisa no nosso relacionamento em que possa concentrar-me para me sentir
bem.
Lembro-me do que senti quando nos conhecemos. Lembro-me da atracção que
senti por ela e do entusiasmo com as descobertas que fizemos juntos e pergunto-me
que mais haverá para descobrirmos juntos. Gostava muito do sentimento da
descoberta. Gostei muito do início desta relação. Penso que quanto mais tempo pas-
sávamos juntos, mais nos convencíamos de que fomos feitos um para o outro. Não
creio que nenhum de nós seja o culpado por não termos conseguido levar as coisas
por diante da melhor maneira. Não sermos o par perfeito não significa que um de
nós esteja errado, mas apenas que, em princípio, existem no mundo melhores
parceiros para cada um de nós.
Há tantos aspectos que eu aprecio nesta pessoa e que qualquer pessoa
apreciaria: é inteligente, interessada em diversos temas, alegre e divertida... ainda
bem que nos encontrámos. Acredito que o tempo que passámos juntos será precioso
para cada um de nós.
A nossa resposta à sua importante pergunta é a seguinte: não pode controlar o
sofrimento que as outras pessoas sentem modificando os seus comportamentos. No
entanto, pode controlar o seu próprio sofrimento redireccionando os seus
pensamentos por forma a dissipá-lo e a substituí-lo por sentimentos de bem-estar.
Ao concentrar a sua atenção no que quer começa a sentir-se bem. Porém, quando
concentra a sua atenção na falta daquilo que quer sente-se, necessariamente, mal. Se
concentrar a sua atenção na falta daquilo que outra pessoa quer, também se sentirá
mal.
Enquanto ser Físico, a sua vida baseia-se de tal forma na acção que o faz
acreditar que tem de resolver tudo aqui e agora. A pessoa com quem está não foi
parar ao lugar onde se encontra de repente, nem sequer unicamente durante o
tempo do vosso relacionamento. O estado em que se encontra neste momento
resulta de um longo percurso, ao longo do qual se configuraram uma série de
condições e potencialidades. Por isso, não espere que uma conversa que possam ter
agora venha marcar a diferença. Veja-se como alguém que planta uma semente,
uma semente muito forte, segura e poderosa, perfeitamente plantada, da qual
cuidou, durante algum tempo, com as suas palavras, por forma a que, muito tempo
após a sua partida, essa semente continuasse a desabrochar para o que é suposto ser.
São muitos os relacionamentos inadequados à sua natureza, mas não é bom
que saia de uma relação sentindo-se zangado, culpado ou na defensiva. Em
primeiro lugar faça o seu trabalho vibratório, recupere o seu bem-estar, e só então
estará preparado para sair.
Não Sou Responsável pelas Criações dos Outros
Nunca deve aceitar a responsabilidade por aquilo que os outros fazem com as
suas próprias experiências de vida. Para se sentir melhor, tome consciência dos
cenários que, na vida das outras pessoas, são gerados a partir da concentração na
falta de alguma coisa, e sinta que no futuro tudo melhorará. O seu bem--estar pode
inspirar as outras pessoas a seguirem uma direcção mais criativa/construtiva,
contribuindo para que se libertem do seu estado de inércia. Pense nos outros como
pessoas felizes. Não retome, interiormente, as conversas tristes ou as separações.
Visualize-os a prosseguirem com as suas vidas tal como você prossegue com a sua.
Confie que são dotados de um sistema de Orientação interior e que conseguirão
encontrar o seu caminho.
A grande armadilha que reside na sua vontade de ajudar as outras pessoas é a
sua crença de que necessitam da sua intervenção porque não têm a capacidade de se
ajudarem a si próprias, quando, na verdade essa ideia até as prejudica, porque, a um
nível mais profundo, elas sabem que têm essa capacidade e essa vontade.
Comece por dizer ao seu parceiro algo como: «Es uma pessoa fantástica, e
apesar de, em muitos aspectos, não nos termos ligado como eu gostaria, sei que
existe a pessoa perfeita para ti, pelo que estou a libertar-te para essa oportunidade
maravilhosa. Procura--a! Não quero manter-te aprisionado nesta situação que
nenhum de nós, no fundo, quer. Quero que nos libertemos, ambos, para aquilo que
queremos. Não estou a despedir-me de ti para sempre, mas apenas a dizer: "Vamos
permitir que este relacionamento assuma um novo patamar de compreensão
inspirado por um desejo positivo e apaixonado, em vez de permanecermos
estagnados por medo das eventuais consequências."»
Diga também à pessoa em causa: «Quando penso em ti saberei sempre que,
apesar de estares triste neste momento, serás feliz depois, e eu escolho ver-te feliz
porque é assim que mais gosto de ti e sei que também é o que tu preferes.»
Pode soar exageradamente brutal ou frio, mas nada mais faz sentido.
Jerry:
- Há muitos anos eu era proprietário de um motel perto de El Paso, no Texas, e
H. L. Hunt, que nessa época era um dos homens mais ricos dos Estados Unidos
(falamos de um multibilionário), ligou-me. Nessa altura ele tinha comprado Ojo
Caliente, uma pequena estância de veraneio em Rio Grande que estava à beira da
falência, e ouvira dizer que eu poderia dar-lhe informações úteis que o ajudariam a
revitalizar o negócio. Quando nos encontrámos, no pequeno café do meu motel,
senti dificuldade em me concentrar na nossa conversa, porque não conseguia
compreender por que razão um homem tão rico ainda se sentia insatisfeito e
procurava formas de ganhar mais dinheiro. Perguntava-me por que motivo não se
limitaria H. L. Hunt a vender a estância, qualquer que fosse o preço, a seguir o seu
caminho e a desfrutar o dinheiro que já tinha acumulado.
Tenho outro amigo multibilionário. Numa ocasião em que estávamos a
passear a pé numa praia no Brasil, esse amigo desabafou sobre uns problemas que
estava a ter com os seus negócios. Fez-me confusão o facto de uma pessoa tão rica
poder ter dificuldades. No entanto, o que aprendi convosco, Abraham - e posso
afirmar que tenho aprendido muito -, é que o nosso verdadeiro sucesso na vida não
se mede pela quantidade de dinheiro ou de bens que acumulamos, certo?
Jerry:
- Há um provérbio que diz que o dinheiro não traz felicidade; também é
sabido que a pobreza não traz felicidade, mas, decididamente, o dinheiro não
constitui uma via para a felicidade. Assim, se a ideia de atingir um determinado
objectivo é portadora de felicidade, poderemos afirmar que a sua concretização é
uma meta a estabelecer? De que forma uma pessoa mantém o seu sentimento de
felicidade sendo que a concretização dos seus objectivos lhe toma muito tempo e
muita energia? Poderíamos representar o processo de conquista do objectivo por
uma curva ascendente seguida de uma curta plataforma de descanso, que, quase de
imediato, se converte noutra curva ascendente em direcção à meta seguinte.
De que forma podemos descontinuar esse ciclo de luta árdua / concretização
de objectivos / luta árdua, tornando mais harmoniosas e felizes as fases em que
perseguimos as nossas metas?
Abraham:
- Tem toda a razão! O dinheiro não é uma via para a felicidade, e como
constata, e muito bem, a pobreza também não é.
E muito importante que tome consciência de que quando realiza uma acção
com o propósito de obter felicidade está a funcionar ao contrário. O que deve fazer é
utilizar a sua capacidade de focalizar os seus pensamentos e direccionar as suas
palavras para aspectos que lhe tragam um bem-estar crescente. Quando, de forma
deliberada, atinge um estado de felicidade, naturalmente as suas acções serão
inspiradas por esse estado, produzindo resultados maravilhosos.
A maior parte das pessoas concentra a sua atenção nos acontecimentos da
existência, quaisquer que eles sejam a cada momento, o que significa que se sentirão
bem se os resultados forem agradáveis, mas que se sentirão mal se forem
desagradáveis. No entanto, essa é a forma mais difícil de levar a vida. Se apenas cul-
tivar a sua capacidade de ver o que é, a sua vida não melhorará. Para que a sua
experiência evolua positivamente, é fundamental que encontre uma forma optimista
de olhar para as coisas.
Quando aprende a concentrar, deliberadamente, os seus pensamentos em
aspectos que lhe trazem bem-estar, torna-se mais fácil para si encontrar e manter um
estado de felicidade mesmo antes de atingir os seus objectivos. O sentimento de
esforço a que se referiu decorre da comparação contínua entre o lugar onde se
encontra a cada momento e o lugar da meta a que se propõe. Quando avalia
constantemente, ou seja, quando se concentra na distância a percorrer, está a
amplificar essa distância, o trabalho e o esforço, daí o sentimento de dificuldade e
sobrecarga.
Quando se preocupa com aquilo que sente, e, por isso mesmo, escolhe os seus
pensamentos em função dos sentimentos que despertam em si, começa a
desenvolver padrões de pensamento mais dinâmicos e abrangentes, e como a Lei da
Atracção responde a esses pensamentos de bem-estar, vai começar a atrair
resultados mais agradáveis. O esforço, por si só e em grandes quantidades, nunca produz
resultados felizes, pois não é conforme com a Lei. «Serei feliz quando atingir os meus
objectivos» não é um pensamento produtivo porque, a menos que seja feliz, jamais
conseguirá atingir a sua meta. Quando decide, em primeiro lugar, ser feliz, então sim,
chegará lá.
Abraham:
- Ninguém está aqui para acumular ou para extravasar, mas sim para criar.
Quando se concentra no lugar para onde se dirige, está a exacerbar o sentimento de
discrepância entre o seu ponto actual e a sua meta. Esse hábito do pensamento pode
até desacelerar o progresso da sua criação, ou, pior ainda, mantê-lo indefinidamente
afastado da sua natureza de criador. Você é o factor de atracção da sua experiência,
e quando procura aspectos positivos e se esforça no sentido de encontrar
pensamentos de bem-estar, posiciona-se numa plataforma de atracção positiva,
trazendo mais rapidamente aquilo que quer para a sua experiência.
Um escultor não extrai a satisfação máxima da obra feita. O que o gratifica é o
processo de criação. É dessa maneira que gostaríamos que olhasse para a sua
experiência física de criação: como um devir contínuo e feliz. Quando concentra a sua
atenção nos aspectos que lhe proporcionam bem-estar e alcança um estado harmo-
nioso do ser, começa a atrair o que quer com mais intensidade.
Por vezes as pessoas lamentam-se pelo facto de lhes parecer injusto que
tenham de se tornar felizes para poderem atrair aquilo que lhes traz felicidade, pois
acreditam que, quando são infelizes, «precisam» de acontecimentos felizes, e que, se
já forem felizes, deixarão de ter necessidade desses mesmos acontecimentos. No
entanto, essa ideia não é conforme com a Lei da Atracção. Tem de encontrar uma
forma de sentir a essência daquilo que deseja antes de acolher na sua experiência os
pormenores do que quer, ou seja, tem de se sentir mais próspero antes de atrair mais
prosperidade.
As pessoas dizem-nos frequentemente que querem ter mais dinheiro, e
quando lhes pedimos que descrevam o estado dos seus pensamentos acerca do
dinheiro proclamam que têm uma atitude muito positiva quanto ao tema. No
entanto, quando aprofundamos um pouco a conversa, perguntando-lhes como se
sentem quando estão a pagar as suas contas, acabam, com frequência, por constatar
que, apesar de tentarem falar sobre o assunto de uma forma positiva, o sentimento
dominante é a preocupação. Por outras palavras, não têm consciência de que a
maioria dos seus pensamentos sobre dinheiro se inclinam muito mais para a carên-
cia do que para a abundância.
Abraham:
- O processo que queremos partilhar pode ajudá-lo, rapidamente, a elevar a
tónica dos seus pensamentos sobre dinheiro, para que possa começar a permitir a
circulação de mais dinheiro na sua experiência de vida.
Coloque uma nota de 100 no seu bolso e mantenha-a sempre consigo. Durante
o dia concentre deliberadamente a sua atenção nas coisas que poderia trocar por
esse montante, e pense: «Eu podia comprar isto, ou aquilo, ou aquilo...»
Certas pessoas argumentam que, hoje em dia, 100 euros não permitem uma
liberdade de escolha significativa, mas nós rebatemos que pode gastar esses 100
euros mil vezes ao longo do dia, o que significa que terá gasto, vibratoriamente,
num só dia, 100 mil euros. Esse tipo de focalização positiva tem o poder de mudar,
de uma forma dramática, o seu equilíbrio vibratório quanto ao dinheiro. Gastar,
vibratoriamente, dinheiro vibratório pode ajudado a desenvolver sentimentos
diferentes pelo dinheiro. Quando isso acontece, o seu ponto de atracção eleva-se,
tornando-o apto a atrair mais dinheiro. É assim que a Lei opera. Uma pessoa
reportou:
- Abraham, eu não tinha uma nota de 100, mas pus no bolso um IOU.
Nós dissemos:
- Nesse caso sabotou o processo, porque andou a deambular com um
sentimento de dívida no bolso, e isso é exactamente o oposto daquilo que quer fazer.
Você quer sentir a sua prosperidade. Independentemente de ter no bolso 20, 50, 100
ou 10 000 euros, utilize-os para poder sentir, neste momento, que essas coisas pelas
quais troca esse montante são maravilhosas. E o reconhecimento da sua
prosperidade a cada momento que o torna mais próspero.
Jerry:
- Abraham, uma das minhas maiores decepções no decurso da minha
actividade de ajudar as pessoas a conquistarem um maior sucesso financeiro
prende-se com o facto de que as que mais precisavam eram precisamente aquelas
que tinham menos sucesso na aplicação dos conhecimentos que eu estava a
transmitir. Na verdade, eu sentia que a lógica estava invertida, pois as pessoas que
mais precisavam eram as que mais se esforçavam, e nem sempre obtinham um grau
de sucesso proporcional aos esforços que desenvolviam.
Abraham:
- Qualquer pessoa que se encontre num estado de carência atrai mais carência,
independentemente da quantidade de esforço que despenda, ou seja, a potência do
sentimento sobrepõe-se a qualquer acção. Qualquer acção desenvolvida num estado de
carência é sempre contraproducente. As acções das pessoas que não se encontravam
num estado de carência eram produtivas. Como vê, a sua experiência, tal como
todas as outras, estava em harmonia absoluta com a hei da Atracção. Nenhuma
situação no Universo é contrária a esta lógica.
Jerry:
- Também me dei conta de que, na generalidade dos casos, as pessoas que não
conseguiam ser bem sucedidas e que nem sequer mostravam interesse em ouvir
falar no assunto eram aquelas a quem tinham ensinado que desejar ter mais
dinheiro era algo de imoral, e que a melhor alternativa era permanecerem como
estavam apesar do sentimento de insatisfação.
Abraham:
- A razão pela qual muitas pessoas chegam a um ponto em que afirmam não
ter desejos é porque desejaram muito, ao longo das suas vidas, sem nunca terem
tomado consciência de que cada assunto contém dois assuntos; elas concentraram
mais a sua atenção na falta do que queriam do que naquilo que desejavam, pelo que
continuaram a atrair, precisamente, a falta do que pretendiam, chegando a um
ponto em que se esgotaram nisso. Quando uma pessoa começa a associar o querer
com o não ter, a experiência de querer começa a ser sentida como algo de
desagradável, acabando por vezes a dizer: «Já não quero nada, porque sempre que
desejo alguma coisa começo a sentir-me desconfortável, pelo que se torna mais fácil
não querer.»
Jerry:
- Se as pessoas que o observam e se comparam consigo o acham pobre, mas
você não se sente pobre, isso significa que não se encontra num estado de carência, e
que está apto a atrair mais abundância. Será este pensamento correcto?
Abraham:
- Sim, é um pensamento correcto. A opinião que os outros têm da sua pessoa
não tem qualquer peso no seu ponto de atracção, a menos que você se sinta afectado
por isso. A comparação da sua experiência com as experiências de outras pessoas
pode exacerbar o seu sentimento de carência, se chegar à conclusão de que essas
pessoas são mais bem sucedidas que você. Quando isto se passa, activa-se no seu
interior o sentimento de ser «menos do que». Da mesma forma, quando nos damos
conta da falta de prosperidade na experiência de outras pessoas, essa focalização
diminui a nossa capacidade de atrair prosperidade, pois aquilo que pensamos é
aquilo que obtemos.
Aquilo que atrair ou afastar da sua experiência nada tem que ver com o que as
outras pessoas fazem. Quando desenvolve um sentimento mais profundo de prosperidade,
mesmo que as circunstâncias da sua vida não o justifiquem, esse sentimento traz-lhe sempre
mais prosperidade. A consciência do que sente quanto ao tema «dinheiro» é uma actividade
muito mais produtiva que a observação da experiência dos demais.
Permitir que uma maior quantidade de dinheiro circule na sua experiência de
vida é muito mais fácil do que a maioria das pessoas possa imaginar. Para consegui-
lo, basta que estabeleça o equilíbrio vibratório dos seus pensamentos: se quer ter
mais dinheiro mas duvida que consiga obtê-lo, isso significa que está em
desequilíbrio.
Se quer ter mais dinheiro mas está persuadido de que ter dinheiro é algo de
imoral, isso significa que está em desequilíbrio.
Se quer ter mais dinheiro mas se sente revoltado com as pessoas que têm
muito dinheiro, isso significa que está em desequilíbrio. Quando sente emoções de
desajuste, insegurança, inveja, injustiça, raiva, etc, o seu Sistema de Orientação
Emocional está a avisá-lo da sua falta de sintonia com os seus próprios desejos.
A maioria das pessoas não se esforça para estabelecer o seu alinhamento
pessoal quanto ao tema dinheiro, preferindo passar anos, e mesmo vidas inteiras, a
nomear as injustiças, a tentar definir o que está certo e o que está errado, e até a
forjar leis que permitam restabelecer os fluxos de dinheiro na civilização, quando,
na verdade, bastaria um pequeno esforço - comparativamente com aquele que é
aplicado nas tentativas vãs de controlar as circunstâncias exteriores - para granjear
resultados espantosos.
Não existe nada de mais importante do que sentir-se bem, pois quando se sente bem
isso significa que está em harmonia com as suas intenções mais abrangentes. Muitas
pessoas acreditam que o esforço e o trabalho árduo são não só a chave do sucesso
como também a forma mais honrosa de viver a vida. É certo que os tempos de
esforço o ajudam a definir aquilo que deseja; no entanto, só quando se liberta do
sentimento de esforço é que passa a permitir a concretização dos seus desejos.
As pessoas sentem, com muita frequência, que têm de provar o seu valor, e
que só então poderão ser recompensadas; porém, queremos que tome consciência
de que o seu valor é real, e de que a tentativa de provar o mesmo é algo que tem
tanto de impossível como de desnecessário e sem sentido. A única condição necessá-
ria para que possa receber os benefícios ou as recompensas que deseja é o seu
alinhamento com a essência desses benefícios. Para isso, tem, em primeiro lugar, de
estabelecer o seu alinhamento vibratório com as experiências que deseja viver.
Reconhecemos que as palavras não ensinam e que o nosso conhecimento das
Leis do Universo e do seu valor não determina que, agora que leu as nossas palavras,
passe a ter consciência desse valor. No entanto, se tiver em conta os pressupostos
que formulamos e se aplicar os processos que sugerimos, sabemos que a resposta do
Universo à sua vibração enaltecida lhe trará provas da existência dessas Leis.
Não será necessário muito tempo ou um grande esforço de aplicação
deliberada dos princípios expostos até tomar consciência do seu real valor e da sua
capacidade de transformar os seus desejos em realidade. A principal razão pela qual
as pessoas não acreditam no seu próprio valor é o facto de não terem encontrado
uma forma de obter o que desejam, sendo levadas, erradamente, a partir do prin-
cípio de que alguém no exterior não aprova os seus desejos, retendo, de alguma
forma, as suas recompensas. No entanto, isso nunca é verdade, pois você é o criador
da sua própria experiência.
Faça afirmações como as que se seguem: «Quero ser o melhor que posso ser.»
«Quero fazer e ter e viver em harmonia com a ideia do maior bem.» «Quero harmonizar-me
aqui, neste corpo físico, com aquilo que acredito ser a melhor, ou a boa forma de vida.» Se
fizer estas afirmações e apenas agir quando se sentir bem, estará, a cada momento, a
estabelecer a sua harmonia com a ideia do que considera bom na sua vida.
Jerry:
- Em criança dava-me sobretudo com pessoas pobres. Costumávamos fazer
troça dos ricos e criticávamos as pessoas que se sentavam ao volante de automóveis
de luxo. Em adulto, quando desejei conduzir um Cadillac, não consegui concretizar
essa vontade porque sentia que alguém iria gozar comigo, da mesma forma que eu
troçava, em criança, das pessoas que conduziam essas viaturas. Acabei, pois, por me
decidir por um Mercedes, porque era tido como um carro «económico».
Para conseguir chegar a conduzir um Cadillac - o que acabei por concretizar -
precisei de construir interiormente o seguinte pensamento: «Ao comprar este
automóvel contribuí para dar trabalho a todas as pessoas que participaram na sua
construção, e também àquelas que trabalham nas empresas que forneceram as suas peças e os
materiais como a pele dos estofos, os metais, os vidros, etc...» Foram essas justificações que
me permitiram, finalmente, comprar o carro, ou seja, descobri uma forma de tornear
os meus pensamentos que me permitiu acolher na minha experiência de vida esse
símbolo de sucesso.
Abraham:
- O seu processo de superação dos pensamentos é eficaz. Quando quer sentir-
se bem e vai encontrando, gradualmente, pensamentos que lhe trazem um bem-
estar crescente, está a estabelecer o alinhamento com aquilo que deseja e a libertar-se
das resistências que o impedem de melhorar as condições da sua vida. O enfoque nas
opiniões opostas das outras pessoas nunca é produtivo porque gera sempre dissonância no
seu interior, o que também o impede de melhorar as condições da sua vida. Há sempre pesso-
as que discordam de si, e quando se concentra nelas está a criar um desacordo vibratório com
os seus próprios desejos. Para determinar se os seus desejos e comportamentos são os
adequados, concentre-se no que sente e oiça o seu Sistema de Orientação.
Qualquer que seja a faceta escolhida de um determinado assunto, haverá
sempre alguém que não se harmoniza consigo, e é justamente por essa razão que
afirmamos com convicção aquilo que afirmamos, e que fazemos tanta questão que
compreenda que o seu grande objectivo deverá, a cada momento, ser o de encontrar
a sintonia com quem realmente é. Se confiar em si próprio, ou seja, se conseguir
acreditar que, com base em tudo o que já viveu, adquiriu uma grande sabedoria que
lhe permite, justamente, tomar aquilo que sente como uma fonte de Orientação
fiável quanto à adequação ou inadequação daquilo a que se propõe fazer, estará
apto a utilizar esse Sistema de Orientação em conformidade com a função para a qual
foi criado.
Jerry:
- Abraham, antigamente o dinheiro circulava sobretudo em moedas de metal
que eram portadoras de um valor próprio: numa moeda de ouro de 20 dólares
estavam presentes 20 dólares em ouro, e o mesmo se passava com as moedas de
prata de 1 dólar, e, assim, o valor de cada moeda era visível e fácil de compreender.
Hoje em dia, o objecto dinheiro não apresenta um valor real: as notas e as
moedas em circulação não têm, praticamente, qualquer valor real.
Sempre apreciei a comodidade que o dinheiro proporciona como veículo de
troca de bens e de talentos, em vez de trocarmos, por exemplo, uma galinha por um
recipiente de leite ou por um cesto de batatas. No entanto, neste momento o nosso
dinheiro está a ser artificialmente desvalorizado, e cada vez se torna mais difícil
discernir qual é o verdadeiro valor de um dólar, o que me alerta para o facto de ser,
também, cada vez mais difícil determinar qual é o meu próprio valor - pergunto-me:
«Quanto vale o meu talento? Quando deverei pedir em troca do meu tempo e da
minha energia?» No entanto, estou a aprender convosco que essa não será a melhor
forma de abordar o meu valor, ou seja, de acordo com aquilo que aprendi, bastaria
concentrar-me no que desejo e permitir-me receber.
Tenho consciência de que muitas pessoas se sentem inseguras quanto ao seu
futuro financeiro por terem a noção de que não podem controlar a evolução do
valor do dólar, uma vez que esse controlo, ou poder de manipulação, é detido por
um grupo restrito de pessoas. Muitas preocupam-se com a iminência da inflação, ou
mesmo com um eventual período de depressão económica. Gostaria que as pessoas
compreendessem que aquilo que nos está a ser transmitido sobre a Lei da Atracção
tem como objectivo, precisamente, que deixem de se preocupar com coisas que não
podem controlar, como é o caso do valor do dólar.
Abraham:
- Tocou num ponto essencial relacionado com o dinheiro. Tem toda a razão
quando refere que muitas pessoas têm consciência de que os dólares de hoje em dia
não valem o que valiam noutros tempos. No entanto, essa focalização num aspecto
em falta, defendida com veemência, é um factor que o impede de atrair a
abundância que, à partida, é sua.
Gostaríamos que tomasse consciência de que o dólar, e o valor que lhe é
atribuído, não é um elemento tão importante da sua experiência quanto possa
pensar, e que se conseguisse concentrar a sua atenção naquilo que quer, a cada
momento, integrando a sequência ser-ter-fazer, então o dinheiro - ou qualquer outro
meio que lhe possa trazer aquilo que quer - começaria a entrar na sua vida sem
esforço e com muito mais fluidez.
Tudo nos leva a retomar a mesma terminologia: se se encontra num estado de
carência não poderá atrair aquilo que se lhe opõe (neste caso a abundância). E tudo uma
questão de ajuste do seu pensamento, de harmonização com aquilo que lhe traz bem-estar.
Todos os seus pensamentos vibram, e é esse pensamento vibrante que gera a
atracção. Quando tem um pensamento ligado à escassez, esse pensamento vibra
num lugar de tal forma estranho à sabedoria inata do seu Ser Interior que não é
criada qualquer ressonância dentro de si. E justamente essa discrepância que gera a
emoção negativa. Quando, pelo contrário, tem um pensamento enaltecedor, ou de
abundância, ou de Bem-Estar, esse pensamento harmoniza-se com a sabedoria inata
do seu Ser Interior. Quando assim é, brotam em si emoções positivas.
Pode confiar naquilo que sente, pois é o que sente que lhe indica de que lado
de cada assunto (que contém dois assuntos) está posicionado. Quer o assunto em
causa seja o dinheiro ou a falta de dinheiro, a saúde ou a falta dela, um relacionamento ou a
falta dele, sempre que se sente bem, isso significa que está bem posicionado para atrair o que
deseja.
Jerry:
- Quando via pessoas com problemas financeiros costumava ficar preocupado,
e reparava como se afundavam cada vez mais até chegarem a uma situação de
desespero total. No entanto, também verificava que, passado pouco tempo, essas
mesmas pessoas apareciam com um barco novo, com um automóvel de luxo, com
uma casa nova. Por outras palavras, ninguém permanecia em crise durante muito
tempo. O que me fazia confusão era o seguinte: por que razão não conseguiriam
deter a espiral descendente mais cedo, antes da queda derradeira? Por que razão
apenas se levantavam depois de terem batido no fundo?
Abraham:
- A única causa de uma espiral descendente é o enfoque nos aspectos em falta
de um determinado assunto. O medo de perder alguma coisa ou a concentração da
atenção nos bens que estavam a perder significa que essas pessoas direccionavam os
seus pensamentos para a falta do que queriam. Enquanto o foco de atenção
continuasse a ser esse, as perdas seriam o único desfecho possível. A atitude
prudente ou defensiva, ou a necessidade de justificar, racionalizar ou encontrar um
culpado mantinha-os do lado da equação que continha a carência, posicionamento a
partir do qual só poderiam atrair mais escassez.
Quando bateram no fundo, porém, e prescindiram da sua postura cautelosa
devido ao facto de já não terem mais nada a perder, o seu foco de atenção elevou-se,
bem como a sua vibração, e, com ela, também o ponto de atracção. Quando
desceram tudo quanto imaginaram ter para descer começaram a olhar para cima, ou
seja, a queda vertiginosa levou-os a contar outra história.
A sua experiência de vida levou-o a desejar muitas coisas maravilhosas que se
encaminham para a sua experiência de vida, mas a sua preocupação, as suas
dúvidas, o seu medo, ressentimento, culpa, ciúme ou quaisquer outras emoções
negativas indicam uma predominância de pensamentos que mantinham esses
acontecimentos positivos afastados da sua vida. E como se você fosse o responsável
por manter todas essas coisas do lado de fora da sua porta, estando esta fechada.
Quando começa a contar uma história diferente acerca das coisas que compraria
com uma nota de 100, quando se descontrai e se concentra sobretudo nos aspectos
positivos da sua vida, e quando escolhe, de uma forma mais deliberada, o lado mais
optimista da sua equação vibratória, essa porta abrir-se-á e a sua vida será inundada
pela manifestação das coisas, experiências e relacionamentos que sempre desejou.
Abraham:
- Reconhecer que é o criador da sua própria experiência de vida e aprender a
criar de uma forma deliberada, direccionando os pensamentos é, para a maior parte
das pessoas, um ajuste difícil, porque foram habituadas a acreditar que é através da
acção que se faz acontecer. Por um lado, fomos levados a acreditar, erradamente,
que é a acção que produz os acontecimentos, e, por outro, a partirmos do princípio
de que, se aplicarmos pressão sobre os aspectos indesejados, isso faz com que eles se
afastem da sua experiência de vida. E por esta razão que fala em «guerra contra a
pobreza», «guerra contra as drogas», «guerra contra a sida» e «guerra contra o
terrorismo».
Até pode acreditar que quando luta contra os aspectos indesejados faz com
que eles desapareçam da sua vida, mas não é assim que operam as Leis do
Universo, e a sua experiência confirma precisamente este facto, uma vez que todas
essas guerras se alastram cada vez mais. A concentração da atenção na falta daquilo que
se deseja exacerba e atrai mais carência, da mesma forma que a concentração naquilo que se
quer atrai o que é desejado.
Quando vive o seu Bem-Estar natural e quando faz afirmações como esta -
«Procuro a abundância e confio nas Leis do Universo. Identifiquei as coisas que
quero e de seguida vou descontrair-me e permitir que entrem na minha vida» -, é
infalível que comece a atrair mais daquilo que quer. Se encarar a sua situação
financeira como complicada, estará a afastar de si o seu Bem-Estar financeiro, mas
se, pelo contrário, começar a sentir alívio quanto às suas finanças, estará a permitir a
entrada de mais abundância na sua vida.
Quando testemunha a forma pujante como outras pessoas atraem dinheiro e
sente emoções negativas, esse é um sinal de que o seu pensamento, nesse momento,
não está a permitir que a abundância que deseja faça parte da sua experiência.
Quando critica a forma como alguém atraiu ou utiliza o dinheiro, está a afastar o dinheiro da
sua vida, mas quando toma consciência de que aquilo que os demais fazem com o dinheiro
que têm nada tem que ver com a sua pessoa, e que a sua principal missão é a de encontrar os
pensamentos e as palavras que lhe trazem bem-estar, então estará a estabelecer o seu
alinhamento não só com o dinheiro como também com todos os temas importantes da sua
experiência física.
Jerry:
- Qual é a relação entre o talento, ou as especializações, ou as capacidades e a
abundância nas nossas vidas?
Abraham:
- O peso desses factores é muito reduzido, pois trata-se de aspectos sobretudo
relacionados com a acção, e a responsabilidade da acção naquilo que se atrai é
mínima. Os seus pensamentos e as suas palavras (as palavras são pensamentos
articulados) é que são os principais responsáveis pela forma como a sua vida se
desenrola.
Jerry:
- Isso significa, então, que qualquer pessoa que não tenha aptidões ou talentos
específicos é tão apta como outra qualquer para atrair a abundância financeira que
deseja?
Abraham:
- Claro que sim, a menos que essa pessoa comece a comparar--se com as
demais (concluindo, em consequência, que não tem talentos ou aptidões específicos)
e a sentir-se diminuída, acabando por sabotar a sua própria experiência com as suas
expectativas negativas.
A aptidão mais valiosa que pode desenvolver é a capacidade de direccionar os
seus pensamentos para aquilo que quer, e a de avaliar, com destreza e rapidez,
todas as situações, seleccionando as que mais lhe interessam e concentrando nelas
toda a sua atenção. A capacidade de direccionar o pensamento é uma aptidão
verdadeiramente poderosa, que produz resultados sem dúvida superiores aos
produzidos pela acção.
Jerry:
- Como é que as pessoas podem superar a crença de que têm que dar um dólar
para receberem um dólar?
Abraham:
- O seu conhecimento das coisas provém da sua experiência de vida, mas a sua
experiência é o resultado dos seus pensamentos. Apesar de poder ter desejado uma
determinada coisa ao longo de muito tempo, se os seus pensamentos se centraram
na falta desse elemento, poderá nunca chegar a atrair o que tanto desejou. A sua
experiência pessoal permite-lhe concluir que não é possível, ou que é complicado.
Por outras palavras, chegamos a várias conclusões válidas sobre a dureza da vida
quando passamos por dificuldades.
Queremos ajudá-lo a tomar consciência daquilo que motiva essa luta que você
mesmo criou e de que as Leis do Universo são a base de tudo, para que possa
começar a basear-se numa premissa diferente. Uma nova consciência do que são as
Leis do Universo e a vontade de começar a contar uma história diferente
produzirão, em conjunto, resultados diferentes, os quais, por sua vez, lhe trarão
novas convicções.
A única pessoa que pode avaliar a eficácia deste processo é o próprio. Mais
ninguém tem a capacidade de avaliar a distância entre o lugar em que se encontra, a
cada momento, e o lugar onde quer estar, da mesma forma que mais ninguém tem o
direito de decidir onde você deveria estar.
Jerry:
- Muitas pessoas sonham com um milagre financeiro que as liberte das dívidas
e dos empregos de que não gostam, e nos quais se mantêm apenas pelo dinheiro, e
costumam dizer que o que precisam é de ganhar a lotaria, acedendo, assim, à
abundância, enquanto outras a perdem em simultâneo no mesmo jogo.
Abraham:
- Se a expectativa dessas pessoas estivesse num ponto que lhes permitisse
receber abundância, acabaria por surgir uma forma de o dinheiro começar a circular
na sua experiência. No entanto, a maioria não percepciona as coisas dessa maneira,
pelo que nem a sua expectativa de poder ganhar a lotaria chega a ser algo de
realmente poderoso.
Jerry:
- Nesse caso, que tipo de relação existe entre ter esperança em ganhar ou
prever ganhar?
Abraham:
- Da mesma forma que ter esperança é mais produtivo que duvidar, prever é
mais produtivo que ter esperança.
Jerry:
- Nesse caso, como é que as pessoas podem começar a contar com algo que a
sua experiência nunca lhes tenha demonstrado? Como podem prever algo que
nunca tenham vivido?
Abraham:
- Não precisa de ter dinheiro para atrair dinheiro, mas não é possível atrair
dinheiro sentindo-se pobre. A chave é encontrar formas de melhorar a maneira
como se sente a cada momento para poder começar a atrair mudanças. Quando
começa a dar menos atenção aos aspectos que correm mal, e quando começa a contar histórias
que se inclinam mais para o que quer e menos para aquilo que tem, a sua vibração eleva-se,
bem como o seu ponto de atracção, e os resultados começarão a ser diferentes. Num curto
espaço de tempo, e devido aos resultados diferentes que começa a obter, começará também a
ter convicções, ou um conhecimento da abundância, que tenderão a perpetuar essa condição
na sua vida. Muitas vezes as pessoas dizem: «Os ricos são cada vez mais ricos e os pobres
cada vez mais pobres.» Aqui está a causa desse fenómeno.
Procure razões para se sentir bem. Identifique o que quer e mantenha presentes os
pensamentos que lhe trazem bem-estar.
Abraham:
- Quando explicamos, a partir da nossa perspectiva, a natureza abundante do
seu Universo e o potencial de abundância que está sempre ao seu dispor, damo-nos
conta de que o simples facto de ter lido as nossas palavras não garante que integre
esse conhecimento. Pedirmos-lhe que confie naquilo que dizemos e que «tente»
compreender não é o suficiente para que tome esse conhecimento como seu, pois o
conhecimento é gerado pela sua experiência de vida.
As convicções que a sua experiência de vida produz são muito fortes, e nós
temos consciência de que elas não podem ser erradicadas e substituídas por outras
de forma brusca, mesmo sabendo que são muitas as convicções produtivas que
podemos acolher. No entanto, há uma coisa que pode começar a fazer desde já, e
que marcará uma grande diferença na forma como a sua vida se desenrola, e nem
sequer implica a libertação imediata das suas actuais convicções: comece a contar a
história da sua vida e dos aspectos mais importantes para si de maneira mais positiva e que
lhe traga um maior bem-estar.
Não se limite a escrever um documentário meramente factual em que pesa
todos os prós e contras da sua vida; ouse contar uma história inspiradora,
requintada e mágica da maravilha que é a sua vida e veja o que acontece. Começará
a sentir transformações palpáveis, que acontecem como que por magia, mas não se
trata de magia aleatória, e sim das Leis do Universo a operarem, assim como do seu
alinhamento deliberado com essas mesmas Leis.
Jerry:
- Este livro tem como tema não só o dinheiro e a lei da atracção. Na verdade,
ele fala sobre a atracção da abundância em todas as áreas das nossas vidas. Desde a
minha infância que nós (nos Estados Unidos) lutamos com veemência contra o
crime. No entanto, há muito mais crime actualmente do que na época da minha
infância. Li recentemente que este país tem a mais elevada percentagem de
população prisional de todos os países do chamado mundo «livre».
Muito temos lutado, também, contra a doença, mas existem, neste momento,
mais hospitais e mais doentes do que nunca. Em termos percentuais, a doença física
está, actualmente, no ponto mais alto de sempre.
Da mesma forma, muito se tem vindo a lutar contra a guerra e a favor da paz
no mundo. Dir-se-ia que passou pouco tempo desde os episódios de euforia em
torno da destruição do muro de Berlim. Nessa altura dizia-se: «Não é maravilhoso
(com a destruição do muro) que possamos, por fim, estar em paz?» No entanto, já
estamos novamente afundados em mais uma série de guerras, e continuamos a
erguer muros em torno desta nação.
Outra grande preocupação, amplamente debatida, é o abuso de menores e os
maus tratos humanos em geral, mas a verdade é que que quanto mais se luta contra
esses males mais eles proliferam.
Dir-se-ia que tudo o que tentamos fazer para acabar com aquilo que não
queremos não é eficaz. No entanto, a área em que este país parece continuar a
evoluir positivamente é a da abundância. Temos tanto dinheiro e tantos alimentos
que podemos distribuir pelo mundo os nossos excedentes. Vejo agora uma maior
abundância de bens materiais a circularem entre as pessoas em comparação com
aquela que testemunhei nos meus tempos de infância, ou seja, registaram-se, neste
campo, mudanças positivas importantes.
São muitas as pessoas que, na sua luta pelo desafogo financeiro, parecem estar
a perder uma parcela importante da sua liberdade pessoal em troca de dinheiro.
Dir-se-ia que existem duas categorias de pessoas: as que têm muito tempo livre mas
tão pouco dinheiro que não possuem condições para desfrutar desse tempo, e
aquelas que têm muito dinheiro mas às quais falta tempo para desfrutarem desse
dinheiro. É raro encontrar alguém que tenha na sua vida um fluxo abundante de
dinheiro e tempo para desfrutar dele. Abraham, pode por favor comentar a
perspectiva das minhas percepções?
Abraham:
- Quer se concentre na falta de tempo ou na falta de dinheiro, o facto é que
está concentrado na falta de alguma coisa que quer, mantendo-se num estado de
resistência àquilo que realmente deseja. Quer a sua emoção negativa se deva ao seu
sentimento de escassez de tempo quer se deva ao sentimento de falta de dinheiro, o
facto é que sente uma emoção negativa e que se mantém, ainda, num estado de
resistência, pelo que, na prática, está a afastar aquilo que realmente deseja na sua
vida.
Quando sente que não tem o tempo suficiente para fazer tudo o que precisa ou
deseja, o facto de dar tanta atenção à falta de tempo produz um impacto muito mais
negativo do que possa imaginar. Esse sentimento de esmagamento indica-lhe que está a
negar a si mesmo o acesso a ideias, a encontros, a condições e a todas as formas de cooperação
que poderiam ajudá-lo se permitisse que estivessem presentes na sua vida. Trata-se de um
ciclo de desconforto em que sente falta de tempo. Quando se concentra na sua agenda
sobrelotada, sente-se esmagado, e, com tudo isso, emite uma vibração que impossibilita uma
melhoria dessas condições.
É fundamental que comece a contar uma história diferente, pois não poderá
continuar a tecer comentários acerca da grande quantidade de coisas que tem de
fazer sem afastar de si aquilo que poderá ser-lhe realmente útil. Tem perante si um
Universo cooperante e pronto, a qualquer momento, para ajudá-lo de maneiras que
nem imagina, mas, ao continuar a queixar-se dos seus múltiplos afazeres, nega-se a
si próprio esse benefício.
Quando sente que não tem o dinheiro suficiente, o seu enfoque na falta de
dinheiro afasta-o das vias de acesso a mais dinheiro, ou seja, não pode concentrar-se
no oposto do que quer e obter o que deseja. Tem de começar a contar uma história
diferente e de encontrar uma forma de criar um sentimento de abundância antes de
esta se manifestar na sua vida.
Quando começa a sentir-se mais liberto quanto a gastos de tempo e de dinheiro,
surgem novas oportunidades, pessoas com capacidade para o ajudar, ocorrem-lhe ideias
inovadoras e produtivas e produzem-se circunstâncias e acontecimentos favoráveis. Ao
mudar a forma como se sente, passa a ter acesso, a cada momento, à Energia que cria
mundos.
Abraham:
- E assim que as coisas funcionam: você atrai a essência dos seus pensamentos,
o que determina que quando pensa em falta de saúde obtenha falta de saúde. Da
mesma forma, quando pensa na falta de dinheiro obtém falta de dinheiro. Pode
avaliar, pela forma como se sente quando pensa, se está a atrair os aspectos
negativos ou os positivos de cada assunto.
O Universo não ouve a palavra não. Quando diz «Não, eu não quero doença», a
atenção que dá a este tema diz antes: «Sim, eu acolho o que não quero.»
Qualquer coisa à qual dê a sua atenção é um convite à sua respectiva essência.
Quando diz «Quero dinheiro mas sei que não vou conseguir obter dinheiro», está a
focalizar a sua atenção na ausência de dinheiro, o que equivale a dizer «Aproxima-te
de mim, falta de dinheiro, que é aquilo que eu não quero.»
Quando pensa em dinheiro de uma forma que o aproxima de si, isso fá-lo sentir-se
bem, mas quando pensa em dinheiro de uma forma que o afasta de si sente-se mal. E aqui que
pode identificar a diferença.
A sua pergunta é: se contraio um cancro porque me concentro na falta de
saúde, por que razão não atraio dinheiro focalizando-me na falta de dinheiro ?
Receber dinheiro - algo que deseja - é o mesmo que receber saúde -algo que também
quer. Receber cancro -algo que não quer - é o mesmo que receber falta de dinheiro -
algo que não quer.
Garanta apenas que quaisquer que sejam os seus pensamentos e quaisquer
que sejam as palavras que profere, estes provêm das suas emoções positivas, e
estará então no modo de atracção daquilo que deseja. Quando as emoções negativas
estão presentes, estará no modo de atracção daquilo que não deseja.
Esforço e Dinheiro
Abraham: (é Abraham que fala até ao fim do capítulo) Com a consciência que
temos da Lei da Atracção, esta história faz todo o sentido. Essa mulher trabalhou
arduamente, sentiu ressentimento, concentrou-se na falta de dinheiro, e o Universo
devolveu--lhe precisamente esses sentimentos. O seu marido sentiu-se confortável,
recusou-se a sentir-se culpado, pensou que aquilo de que necessitava se aproximaria
facilmente da sua vida, e o Universo devolveu-lhe precisamente esses sentimentos.
Muitas pessoas acreditam que devem trabalhar arduamente, lutar, pagar um
preço e sofrer, para poderem ser recompensadas por tudo isso, mas esses
pensamentos não são conformes com as Leis do Universo. Uma viagem infeliz não
pode ter um final feliz. Esse pressuposto é contrário à Lei.
Nada na vida contradiz a Lei da Atracção; tendo conhecido essas duas
pessoas, presenciou as suas atitudes e observou os respectivos resultados: uma delas
esforçou-se, trabalhou arduamente e fez tudo o que a sociedade lhe ensinou, mas
não obteve o que desejou, e a outra não se esforçou, insistiu em sentir-se descon-
traída e em receber os recursos que mantinham essa atitude descontraída.
Muitas pessoas dirão: «Tudo isso pode ser conforme com as Leis do Universo,
mas não é correcto», mas nós queremos que saiba que quando estabelece uma
sintonia com esta poderosa Lei compreende a sua absoluta justiça.
Visto que pode controlar aquilo que emite, o que poderia ser mais justo do que
o Universo devolver-lhe aquilo que emite vibra-toriamente? O que poderia ser mais
justo do que a poderosa Lei da Atracção, que responde da mesma forma a todas as
pessoas, consoante as vibrações que cada uma emite? Quando assume o controlo
dos seus pensamentos, o seu sentido de injustiça perde protagonismo, sendo
substituído por um sentimento de exuberância para com a vida e a criatividade para
a qual nasceu. Permita que tudo no Universo seja, para si, um exemplo da forma
como as Leis do Universo operam.
Se acredita que tem de trabalhar arduamente para merecer o dinheiro que se
aproxima de si, nesse caso não conseguirá ter dinheiro se não trabalhar no duro. No
entanto, o dinheiro que entra na sua experiência em consequência da acção física é
muito pouco, comparativamente com aquele que surge por via do alinhamento do
pensamento. Com certeza que já se apercebeu da enorme disparidade entre as
pessoas que desenvolvem uma acção muito esforçada para receberem, em troca,
muito pouco dinheiro e aquelas que, aparentemente, pouco se esforçam e recebem
muito. Queremos que compreenda que essa disparidade apenas existe em termos da
acção realizada, uma vez que, no que se refere ao alinhamento das Energias, a
disparidade e a injustiça nem sequer existem.
O sucesso financeiro, ou em qualquer outra área, não requer trabalho árduo
ou acção, e sim o alinhamento do pensamento. Não pode emitir pensamentos
negativos acerca daquilo que deseja e obter o que quer através da acção e do
trabalho árduo. Quando aprende a direccionar os seus pensamentos descobre o
poder que reside no alinhamento da Energia.
A maior parte das pessoas está muito mais próxima do que se permite, sequer,
desejar de uma fortuna financeira, mas, perante o pensamento de possível
concretização dessa fortuna, começa, desde logo, a pensar na decepção que sentiria
se assim não fosse. Este pensamento ligado à escassez determina que não se permita
desejar ou contar com uma situação financeiramente magnífica; esta é a razão pela
qual, na maioria dos casos, as pessoas levam vidas financeiramente medíocres.
O seu pensamento de que o dinheiro não é tudo é correcto. É verdade que
nem sequer precisa de dinheiro para ter alegria na sua experiência de vida. No
entanto, na sua sociedade, em que a maioria dos aspectos está, de alguma forma,
ligada ao dinheiro, as pessoas habituaram-se a associá-lo à liberdade, e como a liber-
dade é o princípio fundamental do seu ser, ao estabelecer o alinhamento com o
dinheiro está a lançar uma base de equilíbrio que será preciosa noutras áreas da sua
vida.
Por vezes, a consciência da falta de dinheiro leva-o a cobiçar tudo o que vê,
como se fosse acometido de um acesso de falsas necessidades que o tortura
precisamente naquelas alturas em que não tem dinheiro para gastar, o que lhe causa
ainda mais stresse, especialmente quando cede e gasta o dinheiro que não tem, exa-
cerbando ainda mais as suas dívidas. No entanto, a necessidade de gastar dinheiro
nessas condições não passa de um falso sinal, pois não provém de um desejo real.
Comprar mais uma coisa e levá-la para casa não satisfaz a sua necessidade, porque
aquilo que realmente está a sentir é um vazio que apenas pode ser preenchido
quando estabelecer o alinhamento vibratório com quem realmente é.
Embora se sinta inseguro, o ser que você realmente é é absolutamente seguro.
Embora se sinta desajustado, mas o ser que você realmente é está absolutamente
integrado. Embora se sinta carente, o ser que você realmente é é abundante. Aquilo
que verdadeiramente deseja e necessita é um salto vibratório, e não a capacidade de
comprar o que quer que seja. Quando é capaz de estabelecer e manter o seu
alinhamento pessoal, o dinheiro começa a entrar na sua experiência de vida (se esse
for o seu desejo), permitindo-lhe gastar quantias consideráveis em coisas que deseja,
mas as suas compras passarão a ser sentidas de uma forma muito diferente. Nessas
condições, deixará de fazer compras sob uma necessidade compulsiva, ou para
preencher algum vazio, mas unicamente para satisfazer um interesse, e essa
concretização surgirá na sua vida de uma forma fácil, constituindo todas as partes
do processo - desde o aparecimento da ideia à sua manifestação -, para si, uma fonte
de satisfação e alegria.
Não permita que sejam os outros a estabelecer os seus padrões financeiros, ou a decidir
a forma como gasta o seu dinheiro, pois você é a única pessoa que poderia definir esses
aspectos. Estabeleça o seu alinhamento com quem realmente é e permita que as coisas que a
vida o levou a desejar entrem de facto na sua vida.
Há tantas coisas que eu gostaria de ter mas não posso comprar. Estou a ganhar
mais dinheiro do que nunca, mas parece nunca ser o suficiente. Por vezes a situação
parece insustentável.
Sempre me preocupei com as finanças. Lembro-me de ver os meus pais a
trabalharem muito e de ver a minha mãe constantemente preocupada com dinheiro;
é possível que tenha herdado tudo isso, mas essa não é propriamente a herança com
que sonhei. Sei que há pessoas muito ricas que não têm de se preocupar com di-
nheiro, mas não estão próximas de mim. Todas as pessoas que conheço têm
dificuldades financeiras e preocupam-se com o futuro.
Repare como esta história começa, justamente, com a constatação de uma
condição indesejada, que, de seguida, é justificada. Segue-se uma abordagem do
passado que reforça o actual problema, por sua vez amplificado pelo ressentimento
e por uma visão mais ampla da condição de escassez. Quando começa a contar uma
história negativa, a Lei da Atracção ajuda-o a perspectivar o cenário presente e a
deslocar-se para o passado e para o futuro, mantendo activo o padrão vibratório da
escassez. Quando se concentra na escassez com uma atitude de lamentação, estabelece um
ponto de atracção vibratório que apenas lhe faculta o acesso a mais pensamentos de
vitimização, independentemente de a sua atenção estar centrada no presente, no passado ou
no futuro.
O seu esforço deliberado no sentido de contar uma história diferente muda
esse condicionamento. A sua nova história vai estabelecer um novo padrão de
pensamento, que, por sua vez, gera um novo ponto de atracção, no seu momento
presente, que será determinante na sua visão do passado e na criação do seu futuro.
O simples esforço de procurar os aspectos positivos qualquer que seja a situação em
que se encontra estabelece uma nova tónica vibratória que, por um lado, afecta a
forma como se sente no momento presente, e, por outro, determina uma imediata
atracção de pensamentos, pessoas, circunstâncias e coisas agradáveis na sua vida.
Se não se sente bem ou se o seu corpo não tem o aspecto que deseja, isso
reflecte-se nas outras facetas da sua vida, e é precisamente por isso que sublinhamos
o valor e a importância de estabelecer o equilíbrio harmonioso e o conforto e bem-
estar do seu corpo físico. Nada no Universo responde tão rapidamente aos seus
pensamentos como o seu próprio corpo físico, e é por essa razão que os
pensamentos alinhados produzem uma resposta rápida e resultados óbvios.
O seu bem-estar físico é, na verdade, o aspecto que pode controlar mais
facilmente, pois é operado por si próprio. No entanto, como costuma traduzir tudo
na vida consoante a forma como o seu corpo físico se sente, se sai do seu equilíbrio,
isso poderá afectar negativamente não só o seu corpo físico como também uma
parte muito mais abrangente da sua vida.
Não consegue ter tanta certeza quanto ao seu desejo de ser saudável e de se
sentir bem como quando está doente e a sentir-se mal; é por essa razão que a
experiência da doença é uma rampa de lançamento tão poderosa para a formulação
do desejo de bem-estar. Se, no momento em que a sua doença o levou a pedir bem-
estar, for capaz de concentrar inteiramente a sua atenção na ideia de bem-estar, isso
produz efeitos imediatos; no entanto, a maioria das pessoas, quando se sente mal, é
aí - nesse mal-estar - que concentra a sua atenção. Quando está doente o mais lógico
é que coloque a sua atenção na forma como se sente, prolongando desse modo a
doença... Mas não foi a sua concentração na falta de bem-estar que gerou a doença, e
sim a atenção que dedicou à falta de diversas coisas que deseja.
A atenção crónica aos aspectos indesejados da sua vida impede--o de gozar o
seu bem-estar físico e de encontrar as soluções para outros temas que tem em mente.
Se pudesse focar a sua atenção na ideia de vivenciar o bem-estar físico com tanta
paixão quanto aquela com que se concentra na ausência desse mesmo bem-estar,
não só recuperaria muito mais rapidamente como lhe seria muito mais fácil manter
o equilíbrio e a boa condição física.
Não é fácil imaginar um pé saudável quando tem dores num dos seus dedos,
mas é útil fazer tudo o que esteja ao seu alcance para se distrair das dores que sente.
No entanto, os momentos em que sente dores agudas não são os melhores para
tentar visualizar imagens de bem-estar. Os melhores momentos para o fazer são
aqueles em que se sente realmente bem. Por outras palavras, se se sente fisicamente
melhor no período da manhã, por exemplo, escolha esse período para praticar a
visualização da sua nova história. Se, regra geral, se sente melhor após um bom
banho quente, escolha esse momento para fazer a sua visualização.
Reserve cerca de quinze minutos num local tranquilo onde possa fechar os
olhos e deslocar a sua consciência daquilo que está a ser. Imagine-se num estado de
exuberância física. Visualize-se a caminhar vigorosamente, a respirar
profundamente e a desfrutar o sabor do ar que respira. Imagine que está a subir
uma colina, sorrindo de prazer ao desfrutar da sua boa forma física. Veja-se a
alongar e a flectir o seu corpo e a sentir o prazer que a sua flexibilidade lhe
proporciona.
Explore os cenários agradáveis que lhe ocorram, com a intenção única de
desfrutar o seu corpo, de apreciar a sua força, vigor, boa forma, flexibilidade e
beleza. Quando visualiza pela alegria que isso lhe transmite, e não com a intenção
de corrigir alguma deficiência, os seus pensamentos são mais puros, e, como tal,
também mais poderosos. Quando visualiza com o objectivo de superar algum
aspecto menos positivo, os seus pensamentos diluem-se devido à presença da
componente de escassez.
Por vezes as pessoas referem a existência de desejos antigos que nunca se
manifestaram, e argumentam que a Lei da Atracção não funciona na sua vida, mas
isso acontece porque pediram melhoras estando intensamente concentradas na falta
daquilo que desejavam. E demorado o processo de reorientar os seus pensamentos
na direcção do que deseja mas, com o tempo, a sua nova história será aquela que
passará a contar com mais facilidade.
Se reservar algum tempo para imaginar o seu corpo de uma forma positiva,
esses pensamentos de bem-estar acabarão por dominar o cenário, e, por acréscimo, a
sua condição física harmonizar--se-á com esses pensamentos. Se, pelo contrário, se
limitar a focar a sua atenção nas condições que estão à vista, nada mudará.
Ao imaginar, visualizar e verbalizar a sua nova história, com o tempo acabará
por acreditar nela, e, quando isso acontecer, os acontecimentos da sua vida
começarão a consubstanciar esse trabalho do pensamento. Uma crença não é mais
do que um pensamento que tem de forma continuada, e quando as suas crenças são
conformes com os seus desejos, os seus desejos tornam-se realidade.
Nada pode interpor-se entre si e os seus desejos que não os seus próprios
padrões de pensamento. Nenhum corpo físico, por mais agudo que seja o seu estado
de declínio, independentemente das circunstâncias, está impedido de melhorar a
sua condição. Nada, na sua experiência de vida, responde tão rapidamente aos seus
padrões de pensamento como o seu corpo físico.
Não Sou Condicionado pelas Crenças dos Outros
O seu Ser Interior é a sua Fonte, que evolui continuamente a partir dos
milhares de experiências por si vividas. Com cada experiência de observação e de
discriminação, a sua Fonte interior escolhe sempre o melhor sentimento disponível,
o que significa que o seu Ser Interior está permanente e eternamente em sintonia
com o amor, a alegria e tudo o que é bom. E por essa razão que se sente bem quando
escolhe amar alguém ou amar-se a si mesmo, em vez de se concentrar nas faltas. O
bem-estar constitui uma confirmação do alinhamento com a sua Fonte. Quando
escolhe pensamentos dissonantes dos da Fonte, que produzem uma resposta
emocional negativa, como o medo, a raiva ou a inveja, esses sentimentos espelham
um desvio vibratório da Fonte.
A Fonte nunca se afasta de si e oferece-lhe, a cada momento, uma vibração
constante de Bem-Estar; quando sente emoções negativas isso significa que está a
impedir o seu acesso vibratório à Fonte e ao Fluxo de Bem-Estar. Quando começa a
contar histórias sobre o seu corpo, a sua vida e o seu trabalho e se apercebe de que
essas histórias transmitem bem-estar às pessoas que estão presentes na sua vida,
isso significa que conseguiu estabelecer uma Ligação estável com esse Fluxo de
Bem-Estar que toca permanentemente a sua vida. Quando se concentra nas coisas
que deseja e, ao fazê-lo, sente emoções positivas, isso significa que tem acesso ao
poder que cria os mundos, e que o movimenta na direcção do objecto da sua
atenção.
Jerry:
- As lesões traumáticas são geradas da mesma forma que as doenças e podem
também ser ultrapassadas com o pensamento? Serão rupturas momentâneas que se
opõem a uma longa série de pensamentos que atingem o seu culminar?
Abraham:
- Quer, aparentemente, o trauma se tenha manifestado no seu corpo de uma
forma repentina, devido a um acidente, quer se deva a uma doença como o cancro,
foi você que o criou com o seu pensamento. Por isso, a cura também terá de se
basear no pensamento.
Os pensamentos crónicos de conforto promovem o bem-estar, enquanto os
pensamentos crónicos de stresse, ressentimento, ódio ou medo promovem a doença,
mas independentemente de os resultados se manifestarem de repente (por exemplo,
com uma queda em que sofre uma fractura) ou mais lentamente (como no caso do
cancro), qualquer que seja a sua vivência, ela corresponde sempre ao estado de
equilíbrio dos seus pensamentos.
Quando experimenta uma redução do seu nível de Bem-Estar, quer isso se
deva a uma fractura ou a uma doença interna, não é provável que consiga encontrar
rapidamente pensamentos de bem-estar que se harmonizem com os do seu Ser
Interior. Por outras palavras, se, anteriormente ao seu acidente ou doença, não
estava a escolher pensamentos que promoviam o alinhamento com o Bem-Estar, não
é provável que, perante uma situação de desconforto ou dor, ou perante um
diagnóstico assustador, encontre, de repente, esse alinhamento.
E muito mais fácil atingir uma excelente saúde a partir de um estado de saúde
moderado do que a partir de um estado de doença. No entanto, pode chegar aonde
quer que seja a partir do ponto onde se encontra a qualquer momento, se tiver a
capacidade de desviar a sua atenção dos aspectos indesejados da sua vida, concen-
trando-se exclusivamente nos aspectos mais agradáveis. E uma questão de
concentração.
Por vezes, um diagnóstico assustador ou uma lesão traumática não deixam de
ser um poderoso catalisador do exercício da sua capacidade de concentração
deliberada nos aspectos que lhe trazem bem-estar. Na verdade, alguns dos nossos
melhores estudantes dessa matéria são precisamente aqueles a quem foram
comunicados diagnósticos extremos, nos quais os médicos declararam que nada
mais podia ser feito. Essas pessoas, perante a inexistência de opções alternativas,
começam a concentrar-se deliberadamente nos seus pensamentos.
E curioso verificarmos que são muitas as pessoas que não fazem aquilo que é
verdadeiramente eficaz até terem esgotado todas as outras opções, mas
compreendemos que isso se deve ao facto de o ser humano se ter adaptado a um
mundo sobretudo orientado para a acção, ou seja, no seu mundo a acção tende a ser
considerada, pela maioria das pessoas, como a melhor primeira opção. Não
pretendemos, com estas palavras, que passe a menosprezar o valor da acção, e sim
encorajá-lo a tentar, antes de mais, encontrar pensamentos de bem-estar, e só depois
a fazer o que tiver de ser feito.
Jerry:
- Uma doença congénita - que é trazida para esta vida à nascença - pode ser
superada por via do pensamento?
Abraham:
- Sim, pode. Qualquer que seja o estado em que se encontre, pode sempre ir
aonde deseja estar. Ao tomar consciência de que o seu momento presente é apenas
uma rampa de lançamento para o que está para vir, pode movimentar-se
rapidamente (mesmo nas situações mais dramáticas) em direcção às coisas que lhe
agradam.
Se esta experiência de vida contém os elementos que o levam a formular um
desejo, isso significa que tem à sua disposição os factores que conduzem à
concretização desse desejo. Porém, em primeiro lugar deverá concentrar-se no lugar
onde deseja estar - e não no lugar onde se encontra - sob pena de ficar impedido de
se movimentar em direcção ao seu desejo. No entanto, não é possível criar fora do
âmbito das suas crenças.
Jerry:
- Na época em que cresci havia doenças graves, como a tuberculose e a
poliomielite, mas, nos dias que correm, pouco se ouve falar dessas doenças. No
entanto, existem muitas outras - problemas cardíacos, cancro -, e, destas, não se
ouvia falar na minha juventude. Nessa época, a sífilis e a gonorreia eram as mais
faladas. Hoje em dia, a sida e o herpes são as mais divulgadas nos noticiários. Por
que razão há sempre novas doenças que vão surgindo? Por que razão as doenças
não vão desaparecendo à medida que se descobrem as respectivas curas?
Abraham:
- Devido ao facto de concentrarem a vossa atenção na escassez. Os
sentimentos de impotência e vulnerabilidade geram situações que perpetuam a
impotência e a vulnerabilidade. Não pode focalizar-se na guerra contra a doença
sem se focalizar na doença. Por outro lado, também é muito importante que
compreenda que a procura de curas para as doenças, mesmo quando bem sucedida,
é uma abordagem pouco abrangente, e que, a longo prazo, se revela ineficaz porque,
como muito bem referiu, vão surgindo sempre novas doenças. Quando começa a
procurar e a compreender as causas vibratórias das doenças, deixa de ser necessário
procurar a sua cura porque as doenças começam a ser erradicadas. Quando exerce a
capacidade de criar, deliberadamente, a emoção do bem-estar, e, com ela, o
alinhamento vibratório resultante, é possível viver sem doenças.
A maior parte das pessoas dedicam pouco ou nenhum tempo a deliciarem-se
com o apreço pelo bem-estar que sentem a cada momento; regra geral, esperam até
adoecerem e, nesse momento, direccionam a sua atenção para o processo de
recuperação. Os pensamentos de bem-estar produzem e mantêm o conforto físico. A
vida actual é muito atribulada e preenchida, com muitos temas que causam
preocupação. Quando vive constantemente preocupado e em grande agitação
mantém-se em desarmonia, e a doença espelha o estado de não-alinhamento.
Entretanto, quando se concentra na doença perpetua essa condição. No entanto,
pode interromper esse ciclo a qualquer momento. Não tem de ficar à espera que a
sociedade em que vive tome consciência de tudo isto para atingir um profundo
bem-estar físico. Lembre-se sempre de que o seu estado natural é o de bem-estar.
Abraham:
- O seu corpo é formado por células inteligentes que estabelecem
permanentemente o seu equilíbrio; quanto melhor se sente menos interfere
vibratoriamente com o processo de reequilíbrio celular. O facto de se concentrar em
temas que o perturbam impede que as células do seu corpo dinamizem esse
processo de equilíbrio. Quando lhe é diagnosticada uma doença e direcciona a sua
atenção para essa doença, o impedimento torna-se ainda maior.
Como as células do seu corpo sabem o que fazer para estabelecerem o
equilíbrio, se conseguir focar a sua atenção em pensamentos que lhe tragam bem-
estar, suspenderá a sua interferência negativa, e conseguirá recuperar. Qualquer
doença, sem excepção, é causada por uma discrepância vibratória ou pela resistên-
cia. Como a maior parte das pessoas não tem consciência da desarmonia dos seus
pensamentos na fase anterior ao aparecimento da doença (desenvolvendo poucos
ou nenhuns esforços no sentido de praticar a procura de pensamentos de bem-
estar), quando a doença surge torna-se particularmente difícil encontrar
pensamentos positivos puros.
Se tomar consciência de que os seus pensamentos são os únicos causadores
das resistências que impedem o seu bem-estar, e de que pode, a qualquer momento,
redireccioná-los positivamente, a sua recuperação pode ser muito mais rápida.
Qualquer que seja a doença e seu respectivo estágio, a questão é a seguinte: Será
possível direccionar positivamente os seus pensamentos quaisquer que sejam as
condições?
Normalmente, nesta fase há sempre alguém que pergunta: «E quanto às
crianças que já nascem doentes?» Está a partir, erradamente, do pressuposto de que
uma criança pequena, como não fala, também não pensa nem emite vibrações. Há
factores determinantes no bem-estar ou no aparecimento de doenças nos primeiros
tempos de vida das crianças, ou mesmo na vida intra-uterina.
Jerry:
- Como já vi o meu corpo a sarar, ou seja, como esse processo de cura foi
visível para mim, eu conto com isso, espero isso. No entanto, de que forma podemos
chegar ao ponto em que sabemos que todas as partes do nosso corpo serão curadas?
As pessoas sentem medo, particularmente das partes do organismo que não podem
ver, situadas, por assim dizer, no interior do corpo.
Abraham:
- É maravilhoso quando vê os resultados dos seus pensamentos com clareza.
Da mesma forma que as suas feridas e as suas doenças espelham a ausência de
alinhamento, a sua cura e o seu bem-estar espelham o seu estado de alinhamento. A
tendência para o bem-estar é muito mais forte que a tendência para a doença; é por
essa razão que, apesar dos pensamentos negativos, a maioria das pessoas se
mantém relativamente em boa forma.
Diz que conta que as suas feridas se curem, o que catalisa fortemente o
processo de regeneração, mas quando não pode ver a doença, ou seja, quando tem
de confiar nos meios de diagnóstico que o seu médico utiliza (análises,
equipamentos, exames, etc), tende a sentir-se impotente e a ter medo, o que, por um
lado, atrasa o processo de regeneração, e, por outro, gera doença. São muitas as
pessoas que se sentem vulneráveis no que toca às partes invisíveis do seu corpo, o
que catalisa fortemente a perpetuação da doença.
O mais vulgar é as pessoas consultarem os médicos quando se sentem
doentes, e pedirem informação sobre o que está a correr mal. Quando procura algo
de errado, regra geral encontra algo de errado. Aliás, é assim que opera a Lei da
Atracção. Quando procura, de uma forma continuada, algo de errado no seu corpo,
com o tempo acaba por aparecer mesmo algo de errado, não porque o problema
estivesse presente e finalmente tenha sido detectado, mas porque a presença de
pensamentos repetidos acabou por criar o mesmo.
Abraham:
- Muitas pessoas discordam da nossa perspectiva, argumentando que, ao não
sermos adeptos da realização de checkups regulares que visem a detecção de
eventuais problemas, ou de problemas em fase inicial, no corpo físico, estamos a ser
irresponsáveis. Se não tivéssemos consciência do poder dos seus pensamentos
concordaríamos com a ideia de que deveria consultar o médico se isso de alguma
forma contribuísse para se sentir mais seguro.
Na verdade, quando, por vezes, procura problemas e não os encontra, acaba
por sentir-se melhor. No entanto, é mais frequente que a procura insistente de
problemas acabe, com o tempo, por os criar. Tão simples quanto isto. Não estamos a
dizer que a medicina seja algo de nocivo ou a desaconselhá-lo de consultar o seu
médico. A medicina, os médicos e todas as profissões ligadas às terapias não são
boas nem más por si só, e o valor que terão para si depende, essencialmente, da sua
perspectiva vibratória.
Aconselbamo-lo a prestar atenção ao seu equilíbrio emocional, a esforçar-se
por encontrar, de uma forma deliberada, pensamentos de bem-estar e a praticar até
que isso se torne um hábito... ao assumir esta postura, a sua prioridade passará a ser
o seu alinhamento vibratório, e, uma vez estabelecido este, e só então, deverá passar
à acção. Por outras palavras, uma visita ao seu médico (ou qualquer outra acção),
quando feita com alegria ou com outra emoção de bem-estar, tem sempre valor;
quando, pelo contrário, é feita sob sentimentos de medo ou vulnerabilidade, ou
qualquer outra emoção negativa, não tem qualquer valor.
O seu bem-estar físico, como tudo o resto, é profundamente afectado pelas
suas crenças. Na juventude, a sua expectativa de bem-estar é grande. No entanto, a
maioria das pessoas, à medida que vão envelhecendo, começam a degenerar
irreversivelmente, a um ritmo que reflecte aquilo que se passa na sociedade em que
vivemos, e, na verdade, essa informação não é inadequada. As pessoas mais velhas
tendem a ser mais doentes e menos robustas, mas a causa dessa deterioração não se
prende com a falsa ideia de que os corpos estão programados para sucumbirem com
o tempo, e sim com o facto de que, quanto mais vivem, mais as pessoas encontram
motivos de preocupação, gerando resistências à sua Corrente Natural de Bem-Estar.
A doença prende-se com as resistências, e não com a idade.
Jerry:
- Conta-se que um homem famoso - o Dr. Livingstone -, quando andava por
África, foi colhido por um leão que o agarrou com as mandíbulas. Relata ele que
entrou numa espécie de estado de euforia e não sentiu dor. Referiu também já ter
visto presas num estado semelhante, ao tomarem consciência de que vão ser
comidas por um animal maior. É como se houvesse um acto de auto--entrega, uma
vez que deixa de fazer sentido lutar. No entanto, o que me intriga é o que ele
descreve sobre o facto de não sentir dor. O fenómeno de euforia é, neste caso, uma
condição mental ou uma condição física? É algo que apenas acontece em situações
extremas, perante a iminência da morte, ou algo que pode ser utilizado em qualquer
situação dolorosa, para evitar a dor?
Abraham:
- Antes de mais, não faz sentido separar o que é físico do que é mental e
daquilo que provém do seu Ser mais Abrangente ou Ser Interior. Por outras
palavras, somos Seres focalizados no plano físico, e também somos Seres mentais,
pensantes. No entanto, a Força da Vida ou a Energia que brota do seu interior
provém de uma Perspectiva mais Abrangente. Numa situação como aquela que
descreveu, muito provavelmente irreversível, ou seja, quando se encontra preso nas
mandíbulas de um leão (que, neste caso, é o elemento dominante), o seu Ser Interior
intervém e concede-lhe um fluxo de Energia que você recebe na forma de um estado
de euforia.
No entanto, não precisa de esperar por uma situação extrema como essa para
ter acesso à Corrente de Bem-Estar que provém da Fonte, embora a maior parte das
pessoas não se permitam recebê-la senão quando se vêem numa situação em que
não têm escolha. Foi muito oportuno da sua parte a escolha da expressão auto-
entrega, estado esse que permitiu a entrada poderosa da Corrente de Bem-Estar. No
entanto, queremos que compreenda que, nessa situação, a dada altura o Dr.
Livingston desistiu de lutar, de resistir, e não do seu desejo de continuar vivo no seu
corpo físico. Há que ter em conta todos esses factores quando analisa situações
específicas. Uma pessoa com menos entusiasmo pela vida, com menos determinação
em viver e em evoluir poderia ter vivido uma situação completamente diferente,
acabando por ser devorada pelo leão. Tudo o que experimenta deriva do equilíbrio
do seu pensamento face aos seus desejos e às suas expectativas.
O estado de consentimento deve ser praticado no dia-a-dia, e não em situações
extremas como os ataques de leões. No entanto, mesmo em situações tão intensas
como essa é o poder das suas intenções que gera o resultado. A prática do
alinhamento, produzido pela presença de pensamentos de bem-estar, é a via para a
libertação do sofrimento. O sofrimento não é mais que um indicador mais intenso
da resistência. Primeiro surge a emoção negativa, depois mais emoção negativa,
depois mais emoção negativa (a margem é grande para esta sequência), depois
sensação, e por fim o sofrimento.
Costumamos dizer aos nossos amigos físicos: se tem emoções negativas e não
tem consciência de que são indicadores da presença de pensamentos de resistência,
não se esforçando no sentido de corrigir esses pensamentos, a Lei da Atracção vai
exacerbá-los. Se nada fizer para estabelecer o seu alinhamento, ou seja, se não
procurar pensamentos de bem-estar, a resistência irá intensificar--se cada vez mais,
podendo chegar ao ponto de gerar sofrimento e até doenças, ou outras expressões
da sua resistência.
Jerry:
- Relativamente ao processo de cura, recordo o vosso conselho no sentido de
afastarmos os nossos pensamentos do problema, desviando-os para aquilo que
desejamos. No entanto, quando estamos em sofrimento não é possível deixarmos de
o sentir, ou seja, de que forma podemos desviar a nossa atenção do sofrimento
durante o tempo necessário a uma refocalização naquilo que é desejado?
Abraham:
- Tem razão. É muito difícil não pensar na «pedra no sapato». Muitos de vós
não pensam claramente naquilo que querem até ao momento em que vivem algo
que não querem, movimentando-se na vida de uma forma aleatória, sem emitirem
pensamentos conscientes. Como, de uma maneira geral, as pessoas não com-
preendem o poder do pensamento, não pensam de forma deliberada até ao
momento em que deparam com algo de indesejado. No momento em que se
confronta com alguma coisa que não quer, passa à posição de ataque, e concentra
toda a sua atenção no tema indesejado, o que - tendo em conta o conhecimento que
temos da Lei da Atracção - ainda piora mais a situação... Sendo assim,
aconselharíamos o seguinte: procure os momentos em que não sente o sofrimento
com tanta intensidade e concentre-se no Bem-Estar.
E fundamental que encontre uma forma de separar os acontecimentos da sua
experiência de vida das respostas emocionais aos mesmos. Por outras palavras,
poderia sentir dor física e sentir medo, ou sentir essa mesma dor e ter esperança, ou
seja, a dor não tem de ditar a sua atitude ou os seus pensamentos. E sempre possível
pensar em alguma coisa que não a dor. Quando consegue fazer isto, com o tempo
ela acaba por se dissipar. No entanto, o que normalmente acontece é que quando
tem dores concentra nelas toda a sua atenção, perpetuando, assim, aquilo que não
quer.
Uma pessoa que se tenha concentrado negativamente em diversos temas e se
encontre em sofrimento agora, terá de superar a dor para se concentrar
positivamente. Os seus hábitos negativos de pensamento atraíram a doença e é
improvável que consiga comutar de imediato para um padrão positivo que permita
o bem-estar, particularmente num momento em que está a debater-se com o
sofrimento ou a doença, ou ambos. E muito mais fácil pôr em prática o bem-estar
preventivo que o bem-estar correctivo. No entanto, em qualquer dos casos a chave é
sempre a procura de pensamentos de bem-estar que lhe transmitam um alívio
crescente.
Mesmo em situações de grande sofrimento há momentos de desconforto mais
intensos e outros menos intensos. Escolha os momentos menos desconfortáveis,
encontre os respectivos aspectos positivos e procure pensamentos de bem-estar.
Quando insiste em encontrar pensamentos que lhe tragam um alívio emocional
crescente, essa inclinação para a vertente positiva das coisas acabará por restituir o
seu Bem-Estar. E sempre assim, sem qualquer excepção.
Jerry:
- Como é possível que um bebé atraia uma doença se ainda não possui
conhecimento?
Abraham:
- Em primeiro lugar cumpre-nos reafirmar inequivocamente que cada
indivíduo é o único responsável pela criação da sua realidade, embora o «eu» que
conhece não tenha começado com o nascimento do bebé que a sua mãe deu à luz.
Você é um Ser Eterno que já viveu muitas experiências e que nasceu neste corpo
físico na sequência de um longo percurso de criação.
As pessoas tendem a pensar que este mundo seria muito melhor se todos os
seres humanos nascessem em «perfeitas» condições físicas, mas essa pode não ser
exactamente a intenção de cada Ser que decide nascer num corpo físico. Como o
contraste produz um efeito interessante que pode revelar-se valioso num determi-
nado percurso, há muitos Seres que decidem distanciar-se dos padrões considerados
«normais». Por outras palavras, não tem de partir do pressuposto de que há algo de
errado quando um bebé nasce com diferenças.
Imagine um atleta que se tornou exímio no ténis. As pessoas que assistem a
um jogo de ténis partem do princípio de que esse jogador se sente mais feliz quando
joga com um adversário com menos capacidades que possa ser derrotado com
facilidade, quando o atleta em causa pode preferir exactamente o contrário:
confrontar-se com alguém que jogue com toda a perícia, desafian-do-o a descobrir
novos níveis de concentração e de precisão. Da mesma forma, muitos seres que já
tenham atingido estados magníficos em termos da sua criação no plano físico
podem desejar ter a oportunidade de ver a vida de formas diferentes, para
invocarem novas escolhas e viverem novas experiências. Por outro lado, esses seres
também têm consciência dos grandes benefícios que a exposição a algo que difere
do «normal» traz à vida das pessoas.
Muitas vezes parte-se erradamente do princípio de que, como um bebé não
fala, também não possui a capacidade de criar a sua própria realidade, o que não é
bem assim. Mesmo os seres que têm acesso à linguagem não criam com as palavras,
mas com os pensamentos. Os bebés pensam quando nascem, e antes de nascerem
estão vibratoriamente conscientes. As suas frequências vibratórias são
imediatamente afectadas pelas vibrações do ambiente em que nascem, o que não é
preocupante, já que eles, tal como você, estão munidos de um Sistema de Orientação
que os ajuda a distinguir os pensamentos benéficos daqueles que não permitem o
Bem-Estar.
Jerry:
- A ideia do «equilíbrio do pensamento» é aplicável antes do nascimento? E
por isso que as pessoas podem nascer com problemas físicos?
Abraham:
- Afirmativo. Da mesma forma que o equilíbrio do seu pensamento
corresponde àquilo que está a vivenciar, o equilíbrio do seu pensamento anterior ao
seu nascimento também correspondeu àquilo que estava a ser vivido na dimensão
não-física. E importante que compreenda que existem seres que nasceram com a
vontade deliberada de ser portadores de uma «deficiência» física, porque desejaram
aceder aos benefícios que sabiam decorrer dessa condição, ou seja, porque queriam
enriquecer o equilíbrio da sua perspectiva.
Antes de nascer neste corpo físico cada um de vocês tomou consciência, no
lugar onde se encontrava, de que podia tomar decisões quanto àquilo que queria,
pelo que não havia lugar a preocupações em relação ao ponto de partida num corpo
físico, uma vez que já se sabia que se essa condição inspirou o desejo de algo
diferente foi porque esse mesmo desejo era concretizável. São muitas as pessoas que
atingiram um enorme sucesso em muitas áreas da vida tendo nascido sob condições
consideradas opostas ao sucesso. Por outras palavras, esses começos tortuosos
serviram-lhes extremamente bem, já que houve um desejo forte de nascer num
contexto de pobreza ou de deficiência, que foi o início do pedido necessário para a
ocorrência do sucesso.
Todos os Seres que nascem na dimensão física têm plena consciência do corpo
em que nascem; assim, pode confiar que, se nascem e sobrevivem, isso se deve ao
facto de terem tido essa intenção na dimensão Não-Física. Sem qualquer excepção,
quando o facto de se encontrar num determinado lugar o leva a tomar outra decisão
em função daquilo que passa a desejar, você tem a capacidade - através da
focalização do seu pensamento - de realizar essa criação.
A maioria das pessoas que atraem condições de menos bem--estar fazem-no
por defeito. Embora desejem o bem-estar, no geral têm pensamentos sobre temas
que não alimentam o bem-estar. Tentar avaliar o grau de adequação daquilo que as
outras pessoas estão a viver com base na sua própria perspectiva não é uma boa
ideia, porque jamais conseguirá compreender integralmente o outro lado. A cada
momento, sabe sempre onde se encontra através daquilo que quer. Se prestar
atenção aos seus pensamentos e permitir que eles sejam orientados pelos
sentimentos que brotam do seu interior, acabará por descobrir-se a direccionar os
seus pensamentos para aquilo que lhe traz bem-estar.
Jerry:
- A mais recente das doenças ditas «incuráveis» é a sida. Neste momento
começam a surgir os sobreviventes à sida, que conseguiram viver muito para além
do prazo estimado pela ciência médica. O que sugeririam a alguém com sida que
pedisse a vossa ajuda?
Abraham:
- Nenhum organismo físico, qualquer que seja o seu estado de deterioração,
está totalmente impossibilitado de atingir um estado de saúde perfeita... No entanto,
aquilo em que acredita prende-se com aquilo que permite que aconteça na sua
experiência. Se está convencido de que uma determinada doença é incurável, ou
seja, se pensa que é «fatal», e lhe é comunicado que contraiu essa mesma doença,
começa a acreditar que não irá sobreviver... e não sobreviverá.
No entanto, a sua sobrevivência nada tem que ver com a doença e tem tudo
que ver com os seus pensamentos. Assim, se disser a si próprio «Isso pode ser
válido para os outros mas não é válido para mim, porque eu sou o criador da minha
experiência, e, neste momento, escolho a minha recuperação e não a minha
morte...», poderá recuperar.
Nós dizemos estas palavras com toda a facilidade, mas é difícil que as mesmas
possam ser ditas por aquelas pessoas que não acreditam no poder criativo que têm.
No entanto, a sua experiência reflecte sempre o equilíbrio dos seus pensamentos. A
sua experiência constitui uma indicação muito clara dos seus pensamentos. Quando
muda os seus pensamentos, a sua experiência, ou factor indicador, também muda.
Assim determina a Lei.
Jerry:
- Norman Cousins foi um escritor que contraiu uma doença considerada
incurável (não é conhecido nenhum caso de sobrevivência a essa doença). No
entanto, sobreviveu, e refere que isso se deve ao facto de ter assistido a muitos
programas de televisão humorísticos. Pelo que percebi, ele fartou-se de rir com esses
programas e ficou curado. Qual é a vossa visão deste fenómeno?
Abraham:
- Ele conseguiu recuperar porque estabeleceu o alinhamento com o Bem-Estar.
Foram dois os factores principais na criação desse alinhamento vibratório: em
primeiro lugar, o seu desejo de bem-estar foi dramaticamente amplificado pela
doença, e, em segundo lugar, os programas televisivos que viu distraíram-no da
doença, ou seja, o prazer que sentiu ao rir-se de todas aquelas piadas indica-nos que
ele descontinuou o seu não consentimento de Bem-Estar. São esses os dois factores
requeridos em qualquer criação: querer e permitir.
Normalmente, quando as pessoas se concentram nos problemas durante o
tempo suficiente para se gerar uma situação de impedimento do Bem-Estar, e
adoecem gravemente, acabam por concentrar toda a sua atenção na doença,
perpetuando-a. Por vezes, um médico que esteja convencido de que tem um trata-
mento ou um medicamento eficaz pode revitalizar a sua esperança na recuperação.
Quando isso acontece, o desejo dos doentes é amplificado devido à presença da
doença, e a confiança é reforçada devido ao processo de cura proposto: porém,
independentemente do facto de a doença em causa ser supostamente incurável, ou
supostamente curável, os dois factores que desencadeiam a recuperação são os
mesmos: desejo e confiança.
Qualquer pessoa que aspire ao seu Bem-Estar pode atingi-lo, sejam quais
forem as condições. O truque é contar com esse Bem--Estar, tal como o homem do
exemplo que deu, e distrair-se da falta de Bem-Estar.
Jerry:
- Ao longo da minha vida adulta nunca estive doente ao ponto de não
conseguir trabalhar. Por outras palavras, sempre senti que o meu trabalho é de tal
forma importante que nem sequer coloquei a hipótese de não o fazer. No entanto,
quando começava a sentir-me menos bem, como se estivesse na fase inicial de uma
constipação ou de uma gripe, se me concentrasse nas minhas tarefas os sintomas
acabavam por desaparecer. Será que isso acontecia porque me concentrava em algo
que queria?
Abraham:
- Como tinha uma forte intenção de realizar o seu trabalho, e como gostava
daquilo que fazia, tinha à mão um forte catalisador do seu Bem-Estar. Assim,
quando alguma coisa o desviava desse Bem-Estar devido à concentração da sua
atenção em algo indesejado, bastava-lhe concentrar-se na sua intenção habitual para
que o seu alinhamento fosse rapidamente restabelecido, pelo que os sintomas de
desarmonia acabavam por desaparecer.
Regra geral você tenta realizar demasiadas coisas através da acção, e, ao fazê-
lo, cansa-se muito e por vezes sente-se esgotado. Estes sentimentos indicam-lhe que
deve parar para descansar. No entanto, a sua tendência é para insistir na acção, em
vez de parar para se restabelecer e realinhar, e essa é uma das razões mais comuns
para o aparecimento de sintomas desconfortáveis.
Quando surge um sintoma de doença, a maioria das pessoas focaliza a sua
atenção nesse sintoma, permitindo-se amplificá-lo e, assim, exacerbar o
desalinhamento. É fundamental identificar a desarmonia o mais rapidamente
possível. Por outras palavras, sempre que sente uma emoção negativa isso indica-
lhe que deve procurar um pensamento diferente, que melhore o seu equilíbrio
vibratório. No entanto, se não o fizer, o sinal torna-se mais forte, podendo assumir a
forma de um desconforto físico. Mesmo que chegue a este ponto, é-lhe sempre
possível voltar a concentrar-se em alguma coisa que deseja, desviando a sua atenção
do assunto que originou o seu desequilíbrio, e restabelecer o seu alinhamento,
libertando-se, assim, dos sintomas. Não existe nenhuma condição da qual não
consiga recuperar, mas é muito mais fácil se conseguir identificá-la nos estágios
iniciais, mais subtis.
Por vezes, o facto de estar doente proporciona-lhe uma fuga a alguma coisa
que não tem vontade de fazer, pelo que, no seu ambiente, é comum as pessoas
consentirem a doença para poderem libertar-se de determinadas tarefas ou
situações; no entanto, quando começa a jogar dessa maneira está a abrir a porta à
entrada de doenças eventualmente graves.
Jerry:
- Se criamos as doenças através do pensamento, então como é que se explica
que as vacinas (como a da poliomielite) praticamente erradiquem determinados
tipos de doenças?
Abraham:
- A doença amplifica o desejo e a vacina amplifica a confiança. E assim que se
completa o equilíbrio delicado da criação: A pessoa deseja e consente, ou confia. E
esse o processo.
Jerry:
- Este assunto leva-me à questão seguinte. Os curandeiros, os milagreiros e os
médicos ortodoxos... todos eles têm algo em comum: a reputação de curarem
algumas pessoas e de falharem com outras. Segundo a vossa visão, qual é o lugar
que eles ocupam ou devem ocupar no pensamento e na vida?
Abraham:
- O aspecto mais importante que têm em comum é o facto de estimularem a
confiança dos seus pacientes. Estabelecida a confiança, é concretizado o primeiro
passo do equilíbrio da criação, uma vez que a presença da doença amplifica o desejo
de bem--estar, e tudo o que traga confiança ou expectativa produz resultados
positivos. Quando a medicina e a ciência deixarem de insistir em procurar as curas e
começarem a procurar as causas vibratórias, ou os desequilíbrios que subjazem à
doença, conseguirão atingir níveis de recuperação muito mais elevados.
Se um médico não acreditar na sua recuperação de uma dada doença, a sua
relação com esse médico é-lhe extremamente prejudicial. E muito frequente os
médicos bem-intencionados afirmarem que duvidam da sua recuperação,
mencionando as dificuldades pelas quais passaram outros doentes e defendendo a
ideia de que muito provavelmente você não é uma excepção à regra. O problema
dessa lógica - apesar de se basear em factos ou evidências enquadradas nas
expectativas da ciência e da medicina - é que ela nada tem que ver com a sua pessoa,
porque os factores da sua recuperação são apenas dois: o seu desejo e a sua
confiança, sendo que um diagnóstico negativo inibe esta última.
Se tem um desejo forte de recuperar e se os médicos não lhe dão esperança, é
expectável que procure abordagens alternativas em que a confiança seja não só
permitida como encorajada, até porque existem muitas provas que demonstram a
possibilidade de recuperação em doenças supostamente «incuráveis».
Abraham:
- Não condene a medicina moderna, porque ela foi criada pelos pensamentos,
desejos e convicções dos membros da sua sociedade. Queremos que saiba que pode
concretizar o que quer que deseje, mas não deve procurar a validação no exterior. A
sua validação tem de ser interior, surgindo na forma de uma emoção.
Em primeiro lugar procure o seu alinhamento, e só depois, a partir da
inspiração que esse estado de alinhamento lhe proporciona, deverá passar à acção.
Permita que a comunidade médica preste assistência à sua recuperação, mas não lhe
peça o impossível: não lhe peça uma cura que venha compensar o desalinhamento
da sua Energia.
Sem perguntas não pode haver respostas, e a concentração da atenção num
problema não é mais do que a formulação de um pedido de solução, daí a
pertinência e a utilidade da examinação do corpo físico, tendo em vista a procura de
eventuais problemas para os quais a ciência médica tenha soluções. No entanto, a
acção de procurar problemas não deixa de ser um catalisador poderoso na atracção
de problemas. E por essa razão que, muitas vezes, os médicos, apesar de terem boas
intenções, acabam por perpetuar a doença mais do que descobrir curas. Não
estamos a sugerir que os médicos não queiram ajudá-lo, mas apenas a clarificar que
a sua intenção principal, quando o examinam, é a de encontrar sinais de algum
problema. Estando a sua principal intenção centrada nos problemas, acabam por
atrair, sobretudo, problemas.
Com o tempo, os médicos mais experientes começam a tomar consciência das
limitações humanas. A verdade é que, de uma maneira geral, eles se centram mais
nos problemas do que naquilo que está bem, e essa é a razão pela qual muitas
pessoas começam a atrair doenças.
Jerry:
- Nesse caso, é por essa razão que muitas vezes os médicos não conseguem
curar-se a si próprios?
Abraham:
- Precisamente. Não é fácil focar-se nos aspectos negativos dos demais sem
experimentar no seu próprio ser a emoção negativa, e a doença não é mais que o
consentimento da negatividade. Uma pessoa que não experimenta a negatividade
não adoece.
Jerry:
- Qual é o melhor contributo que eu, enquanto indivíduo, posso dar às pessoas
com problemas físicos?
Abraham:
- Não consegue ajudar os demais quando se coloca na posição de ouvir e
alimentar as suas queixas. Ver as outras pessoas como sabe que elas querem ser é o
melhor que pode fazer por elas. Por vezes isso pode implicar distanciar-se, porque
quando está por perto torna-se difícil não ouvir as suas queixas. Poderia dizer-lhes:
«Tomei consciência do poder da focalização da minha atenção e do meu
pensamento, e, por isso* quando te oiço falar sobre as coisas que sei que não queres,
sinto-me na obrigação de me retirar, pois não quero contribuir para a tua
anticriação.» Tente distrair as pessoas dos temas que as afligem, ajudando-as a
concentrarem-se em aspectos positivos... procure imaginar a sua recuperação.
A melhor forma de avaliar se está a ser útil a alguém é avaliando se, quando
pensa na pessoa em causa, se sente bem. Quando ama as outras pessoas sem
preocupação isso significa que é uma mais-valia na vida dessas pessoas. Quando
desfruta delas está a ajudá-las. Quando conta que tenham sucesso está a ajudá-las.
Por outras palavras, só quando as vê da mesma forma que o seu Ser Interior as vê é
que a sua proximidade lhes é benéfica.
E se Estiverem em Coma?
Jerry:
- De tempos a tempos aparece alguém que conta ter uma pessoa que lhe é
próxima em coma. Há alguma coisa que se possa fazer por uma pessoa que se
encontre num estado inconsciente?
Abraham:
- Comunicamos com as outras pessoas sobretudo vibratoria-mente, muito
mais do que através das palavras, e, por isso, apesar de a pessoa em causa poder
não dar sinais de reconhecimento, isso não significa que aquilo que está a comunicar
não seja recebido a um determinado nível. Na verdade, até lhe é possível comunicar
com os seres que já realizaram a sua transição da dimensão física para a dimensão
da «morte», e por isso não deve partir do pressuposto de que um estado
aparentemente inconsciente impede a comunicação.
A principal razão pela qual as pessoas se mantêm em coma, ou num estado de
inconsciência, prende-se com a sua necessidade de se libertarem dos pensamentos
de escassez que as bloquearam. Por outras palavras, se por um lado se isolaram dos
pormenores da vida normal, mantêm-se num estado de comunicação vibratória ao
nível do seu Ser Interior. O estado de coma constitui uma oportunidade de descanso
e é, muitas vezes, um momento privilegiado para a tomada de decisões, em que a
pessoa determina se irá restabelecer o seu alinhamento transitando para a dimensão
Não-Física ou regressando ao corpo físico. Em muitos aspectos o processo não difere
muito do nascimento num corpo físico.
A melhor atitude a ter com as pessoas que se encontram nessa situação é
cultivar os seguintes pensamentos: Quero que faças o que for melhor para ti.
Aprovarei o que quer que decidas. Amo-te incondicionalmente. Se ficares far-me-ás
muito feliz... ese partires também. Faz o que for melhor para ti. E esta a nossa
melhor contribuição para essas pessoas.
Jerry:
- E quanto às pessoas que permanecem nesses estados durante anos?... Estarão
elas a fazer o que querem fazer?
Abraham:
- A maior parte das pessoas que se encontram nessas condições já tomaram, há
muito, a decisão de não regressarem, mas alguém do mundo físico desrespeitou
essa decisão e manteve a «ligação à vida» através de máquinas, embora a
Consciência já se tenha libertado e não tenha qualquer intenção de regressar ao
corpo em causa.
Jerry:
- Muitas pessoas afirmam: «Sofro de enxaquecas porque a minha mãe também
sofria» ou «A minha mãe tem excesso de peso, bem como a minha avó, e por isso os
meus filhos também têm peso a mais». Será que as pessoas herdam, efectivamente,
os problemas físicos?
Abraham:
- O que parece ser uma tendência herdada é a resposta da Lei da Atracção aos
pensamentos que aprendeu com os seus pais. No entanto, as células do seu corpo
também são mecanismos pensantes, e, à semelhança da sua pessoa, captam as
vibrações do exterior. No entanto, quando identifica um desejo e encontra
pensamentos que lhe trazem bem-estar - o que indica que se encontra em
alinhamento vibratório com o seu Ser Interior, ou Fonte -, as células do seu corpo
harmonizam-se rapidamente com a vibração de Bem-Estar estabelecida pelo seu
pensamento positivo. As células do seu corpo não podem desenvolver tendências
negativas que levam a um estado de doença quando você estabeleceu o alinhamento
com a sua Fonte. As suas células só perdem o seu estado de alinhamento quando
você também perde o seu.
O seu corpo é uma extensão do seu pensamento. Os sintomas negativos
contagiosos ou «herdados» são suportados pelos seus pensamentos negativos e
nunca se manifestariam perante a presença de pensamentos positivos crónicos,
quaisquer que tenham sido as doenças experimentadas pelos seus progenitores.
Jerry:
- Se eu ouvir a minha mãe a falar sobre dores de cabeça e aceitar isso, também
poderei começar a ter dores de cabeça?
Abraham:
- Quer o oiça da sua mãe ou de qualquer outra pessoa, a atenção que dá a algo
que não quer trar-lhe-á, a seu tempo, a essência dessa coisa. A dor de cabeça é um
sintoma de resistência ao Bem--Estar, que ocorre quando se mantém em contradição
vibracional com o seu Bem-Estar ou Ser Interior. Por exemplo, preocupar-se com o
trabalho ou irritar-se com qualquer coisa pode causar-lhe sintomas físicos - não é
preciso centrar a sua atenção na dor de cabeça para ter uma.
Jerry:
- Se eu ouvir a minha mãe a queixar-se de dores de cabeça e rejeitar isso
conscientemente dizendo «Isso tem que ver contigo e não comigo», ficarei protegido
de alguma forma?
Abraham:
- Tem sempre vantagens em pensar nas coisas que deseja, mas não pode
manter o seu alinhamento com quem realmente é estando, ao mesmo tempo,
concentrado nas dores de cabeça da sua mãe. Pensar naquilo que quer enquanto, ao
mesmo tempo, está a olhar para aquilo que não quer não permite que estabeleça o
alinhamento com aquilo que quer. Afaste a sua atenção das coisas que não quer
atrair e concentre-se nas coisas que quer atrair. Pense em algum aspecto da sua mãe
que lhe traga bem-estar, ou então pense noutra coisa qualquer que lhe traga boa
disposição.
Jerry:
- Ouvi dizer recentemente, nos media, que existem quatro surtos de gripe na
minha cidade. Essas notícias influenciam a propagação do vírus da gripe?
Abraham:
- Claro que sim, e muito. Não existe, nos nossos dias, maior fonte de influência
negativa que a televisão. Claro que, como em tudo no ambiente que o rodeia, existe
sempre uma faceta desejável e outra indesejável, e temos todos a capacidade de
aproveitar os aspectos positivos dos media e da televisão, mas a verdade é que essas
fontes de informação transmitem, de uma maneira geral, pontos de vista
tremendamente distorcidos e desequilibrados. Para começar, procuram sobretudo
os focos de problemas, que esquadrinham e amplificam, reforçando a sua carga com
música dramática, fazendo chegar tudo isto ao sossego da sua casa, ou seja, a
imagem da situação que lhe é transmitida é altamente distorcida e manipulada, e
dissonante do estado de Bem--Estar inerente ao seu planeta.
Por outro lado, a publicidade constante a medicamentos é uma fonte poderosa
de influência negativa, na medida em que divulga afirmações como «uma em cada
cinco pessoas sofre desta ou daquela doença, e provavelmente você é uma delas».
Esse tipo de publicidade leva-o a ter determinados pensamentos, além de lhe
sugerir explicitamente que vá ao médico, e sempre que vamos ao médico (lembre-se
de que a intenção dos médicos é encontrar algo de errado) é criada (ou exacerbada)
uma expectativa negativa. Sob esse conjunto de influências, é altamente provável
que o seu corpo comece a manifestar a concretização desses pensamentos persua-
sivos. A vossa actual medicina está mais evoluída do que nunca, e, no entanto, as
pessoas estão mais doentes do que nunca.
Tenha sempre presente que, para criar alguma coisa, basta dedicar--lhe o seu
pensamento e contar com ela! Eles mostram-lhe as estatísticas, contam-lhe as
histórias de horror, estimulam o seu pensamento, e quando o seu pensamento é
estimulado com todos os pormenores surge a emoção, neste caso o medo, o pavor...
Eu não quero aquilo! E neste ponto que se completa a primeira parte da equação. Na
etapa seguinte o indivíduo é encorajado a fazer um checkup ou a obter o
medicamento de graça («Num cenário de epidemia estamos a distribuir este
medicamento de graça, caso contrário não o faríamos»), e esta intervenção vem
completar a parte da expectativa e do consentimento, em que a pessoa se torna
perfeitamente apta a receber a gripe ou a essência daquilo que tiver sido divulgado.
Quer queira quer não queira, obtém sempre, na sua vida, a essência dos seus
pensamentos. Por isso, é da máxima importância que comece a praticar o relato da
sua história de Bem-Estar, para que, quando a televisão lhe apresentar as suas
histórias de terror (aquelas que você não quer viver) possa olhar para elas com uma
boa dose de humor, e sem medo.
Abraham:
- O primeiro sinal de que não está a consentir o seu bem-estar físico surge na
forma de uma emoção negativa. Regra geral, o corpo não cede à doença aos
primeiros sinais de emoção negativa, mas quando se concentra em temas que lhe
despertam emoções negativas prolongadas, com o tempo acaba por adoecer.
Se não tiver consciência de que a emoção negativa traduz uma desarmonia
vibratória que limita o nível de Bem-Estar que deseja, poderá estar, à semelhança de
muita gente, a aceitar um determinado nível de emoção negativa sem sentir a
necessidade de fazer alguma coisa que inverta essa tendência. A maioria das
pessoas, mesmo quando sentem os sinais de alarme produzidos pelo estado de
stresse ou emoção negativa em que se encontram, não sabem o que fazer porque
acreditam que estão apenas a reagir a determinadas condições ou circunstâncias que
não podem controlar. Assim sendo, como não podem controlar essas condições
desagradáveis, limitam-se a sentir-se impotentes quanto a mudarem a forma como
se sentem.
Queremos que compreenda que as suas emoções surgem como a resposta à
focalização dos seus pensamentos e que, quaisquer que sejam as condições, tem
sempre a capacidade e o poder de encontrar pensamentos que o ajudem a sentir-se
um pouco melhor, ou um pouco pior. No entanto, quando escolhe, de uma forma
deliberada, sentir-se melhor, a Lei da Atracção devolve-lhe experiências de vida
cada vez mais agradáveis e evolutivas. A chave para conquistar e manter o bem-
estar físico é manter-se atento aos primeiros sinais de desarmonia. É muito mais
fácil redireccionar os seus pensamentos nos primeiros estágios, mais subtis, que a
partir do momento em que a Lei da Atracção começa a produzir respostas aos seus
pensamentos negativos crónicos, e, com elas, acontecimentos negativos de maior
dimensão.
Se pudesse tomar a decisão de nunca mais permitir a presença de emoções
negativas na sua vida, estando consciente, ao mesmo tempo, de que a
responsabilidade de redireccionar a sua atenção tendo em vista sentir-se melhor, em
vez de pedir aos demais que tenham determinados comportamentos, ou de esperar
que as circunstâncias exteriores mudem a seu favor, é inteiramente sua, não só seria
uma pessoa muito saudável como também seria muito feliz. A alegria, o apreço, o
amor e a saúde são sinónimos. O ressentimento, o ciúme, a depressão, a raiva e a
doença são sinónimos.
Jerry:
- As lesões das articulações provocadas pela artrite ou a perda de memória
provocada pela doença de Alzheimer são curáveis? É possível recuperar-se de
qualquer tipo de doença independentemente da idade?
Abraham:
- A sua condição física espelha o equilíbrio vibratório dos seus pensamentos.
Quando muda os seus pensamentos, os respectivos indicadores também mudam. A
única razão pela qual certas doenças parecem mais persistentes é porque os
pensamentos também são rígidos e avessos à mudança.
A maioria das pessoas aprende e adopta os seus padrões de pensamentos
contraproducentes com base em «verdades» que testemunharam ou aprenderam
com outras pessoas, e, ao apegarem--se teimosamente a esses padrões de
pensamento (que de nada lhes servem), acabam por sofrer os seus efeitos.
O ciclo de desconforto é iniciado quando pensam em coisas indesejadas
(coisas válidas e verdadeiramente indesejadas), pois, quando o fazem, a Lei da
Atracção impede que as coisas desejadas entrem na sua experiência de vida, o que,
por sua vez, faz com que se concentrem ainda mais nesses aspectos indesejados,
gerando, assim, mais acontecimentos indesejados.
Pode induzir mudanças em qualquer experiência, mas, para isso, tem de
começar a ver o mundo de uma maneira diferente, contando a sua história como
gostaria que ela fosse, em vez de a contar tal como está a ser. Quando escolhe a
direcção dos seus pensamentos e das suas conversas com base naquilo que sente
quando os pensa ou quando fala, começa a emitir vibrações de uma forma
deliberada. Você é um Ser Vibratório, quer tenha ou não consciência disso, e a Lei
da Atracção responde eternamente às vibrações que emite.
Jerry:
-As substâncias químicas, como o álcool, a nicotina e a cocaína, afectam
negativamente o corpo?
Abraham:
- O seu bem-estar físico é muito mais afectado pelo seu equilíbrio vibratório
do que pelas substâncias que ingere. Extrapolando a sua pergunta, poderíamos
afirmar que, no seu estado de alinhamento vibratório, você nem sequer se sentiria
inclinado a utilizar fosse que substância fosse que o desviasse desse equilíbrio.
Quase sem excepção, a procura dessas substâncias prende-se com os estados de não-
alinhamento. Na verdade, o impulso de as utilizar deriva do desejo de preencher o
vazio gerado pelo desequilíbrio vibratório.
Jerry:
- O exercício físico e os bons hábitos alimentares são benéficos para a saúde?
Abraham:
-Já deve ter reparado que há certas pessoas que se preocupam com a
alimentação e que praticam exercício, cujo bem-estar físico é bastante evidente.
Outras pessoas esforçam-se imenso para fazer uma alimentação saudável e exercício
físico e não conseguem manter um bom nível de bem-estar físico. As acções que
desenvolve são muito menos importantes que os pensamentos que tem, ou que a
forma como se sente, ou que o equilíbrio vibratório ou a história da sua vida que
conta a si mesmo.
Quando reserva tempo para estabelecer o seu equilíbrio vibratório, o esforço
físico que desenvolve produz excelentes resultados; se, pelo contrário, não encara
como prioridade zelar pelo seu equilíbrio vibratório, nenhuma acção do mundo
poderá compensar a Energia não alinhada. A partir do seu estado de alinhamento,
sentir-se-á inspirado a ter comportamentos que lhe trazem benefícios, da mesma
forma que a partir de um estado de desalinhamento é arrastado para
comportamentos que o prejudicam.
Jerry:
- Lembro-me de uma citação de Winston Churchill (o líder britânico na
Segunda Guerra Mundial que fumava grandes charutos): «Nunca corro se puder
caminhar, nunca caminho se puder estar parado, nunca fico de pé se puder sentar-
me, nunca me sento se puder deitar-me.» Churchill viveu até aos 90 anos, tanto
quanto sei sempre bem de saúde. No entanto, de acordo com os padrões actuais, ele
não tinha um estilo de vida saudável. O factor fundamental da sua vida teria sido,
nesse caso, a confiança?
Abraham:
- Tendo desaparecido tão novo? (risos) A razão pela qual as pessoas se sentem
confusas quanto aos comportamentos adequados a uma vida saudável é o facto de
apenas terem em conta aquilo que fazem, deixando de lado a parte da equação
sobre a qual recai a maior fatia da responsabilidade: a forma como pensam, as
emoções que sentem e a história que contam.
Jerry:
- Se uma pessoa aparentemente saudável se sente quase sempre cansada e
apática, qual seria a vossa sugestão?
Abraham:
- Normalmente as pessoas referem-se a esse estado de cansaço ou apatia como
um estado de baixa energia, abordagem essa bastante válida. Uma vez que não pode
isolar-se da sua fonte de Energia, quando emite pensamentos que contradizem essa
fonte, o sentimento resultante é de resistência ou de falta de energia. A forma como
se sente espelha sempre o seu grau de alinhamento ou de desalinhamento com a sua
Fonte.
Quando conta a história daquilo que quer (que é a história que a sua Fonte
está sempre a contar), sente-se feliz e cheio de energia. O estado de cansaço prende-
se sempre com o facto de estar a contar uma história diferente daquela que está a ser
contada pela parte expandida do seu Ser, que é Energia da Fonte. Quando conta
uma história que se centra nos aspectos positivos da sua vida, sente-se cheio de
energia, mas quando conta uma história que se centra nos aspectos negativos, sente-
se perturbado. Quando se concentra na falta de alguma coisa que deseja num
determinado momento da sua experiência de vida sente emoção negativa, mas
quando imagina uma evolução positiva das suas condições sente emoção positiva. A
forma como se sente parte sempre da relação entre o objecto da sua atenção e aquilo
que verdadeiramente deseja. Pensar naquilo que se quer revitaliza.
Jerry:
- Em termos gerais, qual é, para vós, a principal causa das doenças?
Abraham:
- A doença é causada pela concentração do pensamento em temas indesejados,
pelas emoções negativas ignoradas e pela focalização continuada em aspectos
negativos que amplifica a emoção negativa, mantendo sempre a atenção centrada
em assuntos indesejados... sendo que, devido à Lei da Atracção, começam a ser
atraídos mais pensamentos e experiências negativas. As doenças aparecem quando
ignora os sinais subtis de desalinhamento que lhe surgem na forma de emoções.
Se sente alguma emoção negativa e não mudou os seus pensamentos por
forma a obter alívio do desconforto causado por essa emoção negativa, esta pode
assumir a forma de uma sensação física, e, até, gerar deterioração física. No entanto,
a doença é apenas uma indicação da sua vibração, pelo que, sempre que a sua
vibração muda, o respectivo indicador também muda, ajustando--se à nova
vibração. A doença não é mais que um indicador físico de um desequilíbrio
Energético.
Muitas pessoas com doenças discordam do nosso ponto de vista segundo o
qual as doenças são a resposta da Lei da Atracção aos pensamentos, advogando que
nunca pensaram na doença específica de que padecem. No entanto, a doença não
aparece pelo facto de pensar especificamente em doenças, quaisquer que elas sejam.
A doença é um indicador exacerbado da presença de pensamentos negativos, que
começou com um indicador subtil, sob a forma de uma emoção negativa que se foi
amplificando devido à persistência desses pensamentos negativos.
Independentemente do assunto em causa, os pensamentos negativos geram
resistência, razão pela qual as doenças continuam a aparecer. A cura só pode ocorrer
quando se identifica a causa da doença.
Cada pessoa pode, a cada momento, contrair, potencialmente, qualquer
doença, da mesma forma que pode, potencialmente, estar num estado de saúde
perfeito; a tendência para uma ou outra destas situações depende do equilíbrio dos
pensamentos.
Jerry:
- Por outras palavras, segundo a vossa perspectiva as doenças não têm causas
físicas? Tudo depende do pensamento?
Abraham:
- Sabemos que prefere atribuir a causa das coisas à acção e aos
comportamentos. Quando explica, por exemplo, a proveniência da água, referindo-
se às torneiras da sua casa, está a ser rigoroso, mas, como sabe, muito mais poderia
ser dito acerca da história da água que sai dessas mesmas torneiras. Da mesma
forma, há muito por dizer sobre as origens das doenças ou do bem-estar. O seu
bem-estar, ou o seu desconforto físico, espelha o equilíbrio do seu pensamento, o
qual se manifesta sempre através da via de menor resistência, da mesma forma que
a água se movimenta sempre no sentido descendente.
O meu corpo responde ao que penso dele e aos meus pensamentos em geral. Quanto
melhor me sinto com os pensamentos que tenho mais permito o meu Bem-Estar pessoal.
E bom saber que existe uma correlação absoluta entre a forma como me sinto, aquilo
que foram os meus pensamentos crónicos e a forma como me sentia quando pensava. E bom
saber que esses sentimentos servem para me ajudar a escolher pensamentos que me tragam
mais bem-estar, os quais produzem melhores vibrações que, por sua vez, me proporcionam
um maior conforto físico. O meu corpo é altamente sensível aos meus pensamentos. E muito
bom saber isso.
Estou a ficar cada vez melhor a escolher os meus pensamentos. Quaisquer que sejam
as condições em que me encontro tenho o poder de as mudar. O meu estado de saúde física
traduz o estado dos meus pensamentos crónicos, e eu tenho o controlo de ambos os aspectos.
Um corpo físico é algo de extraordinário, que tem início num agregado microscópico
de células fetais, que, por sua vez, dão origem àgrande complexidade do organismo humano.
Impressiona--me a estabilidade do corpo humano e a inteligência das suas células, tendo em
conta a quantidade de funções importantíssimas que desempenha sem o meu envolvimento
consciente.
É bom saber que a circulação sanguínea e a respiração não são da minha
responsabilidade consciente. E bom saber que o meu corpo sabe o que fazer e que faz o que faz
com excelência. O corpo humano em geral é algo de surpreendente na sua inteligência, fle-
xibilidade, durabilidade, resistência e capacidades perceptivas.
O meu corpo serve-me bem. Gosto de explorar a vida através do meu corpo físico;
gosto da minha vitalidade e da minha flexibilidade. Gosto de viver a vida no meu corpo.
Estou muito satisfeito com os olhos com que vejo o mundo, que me proporcionam a
visão ao longe e ao perto, permitindo-me distinguir de uma forma vívida as formas, as cores,
as distâncias e as profundidades. Gosto da capacidade de ouvir, cheirar e saborear que o meu
corpo tem. Amo o que este mundo contém de táctil e sensual e amo a minha vida neste corpo
magnífico.
Ao ver a forma como as minhas feridas são rapidamente recobertas por uma nova
camada de pele e ao constatar a minha resistência renovada aos efeitos dos traumas, sinto um
grande apreço e fascínio pela capacidade auto-regeneradora do meu corpo.
Tenho consciência da flexibilidade do meu corpo, da destreza das minhas mãos e da
resposta imediata dos meus músculos às tarefas que executo.
E bom constatar que o meu corpo sabe como estar bem e se movimenta sempre em
direcção ao bem-estar, e que, desde que eu não interfira com pensamentos negativos, o bem-
estar prevalece.
É bom saber qual é o valor das minhas emoções, e que tenho a aptidão para atingir e
manter o meu bem-estar físico através da minha capacidade de encontrar e manter
pensamentos felizes.
A qualquer momento, mesmo quando não me encontro no melhor da minha forma
física, procuro tomar consciência, acima de tudo, dos imensos aspectos que estão a funcionar
maravilhosamente bem, certificando-me de que me concentro sobretudo nos factores de Bem-
Estar.
Aprecio, acima de tudo, a rapidez com que o meu corpo responde à minha atenção e às
minhas intenções. Gosto de aprofundar a consciência da minha ligação corpo-mente-espírito
e as qualidades poderosas e produtivas do meu alinhamento deliberado.
Gosto de viver a vida no meu corpo.
Sinto um grande apreço por esta experiência.
Sinto-me bem.
Não existem formas certas ou erradas de contar a sua história melhorada, que
pode centrar-se no seu passado, no presente ou nas suas expectativas quanto a
experiências futuras. O único critério importante neste processo é que tenha
presente a sua intenção de relatar uma história melhorada, que lhe traga bem-estar.
Quando, ao longo de cada dia, conta várias pequenas histórias positivas, está a
mudar o seu ponto de atracção. Lembre-se sempre de que a história que conta é a
base da sua vida. Conte-a como deseja que ela seja.
Parte IV
Perspectivas para a Saúde, o Peso e a Mente
Quero Usufruir de Um Corpo Saudável
O alinhamento do seu corpo físico é algo de muito valioso pelas duas razões
que se seguem:
A ciência e a medicina não têm como objecto explorar a ligação entre a mente
e o corpo, entre os pensamentos e os acontecimentos, entre as atitudes e os
resultados, razão pela qual as pessoas oscilam entre as mais diversas orientações
quanto aos cuidados com o corpo. Sempre que se verifica uma falsa percepção da
realidade, nenhum método ou substância produz resultados demonstráveis. Uma
vez que o alinhamento Energético de cada indivíduo varia em função de uma
grande diversidade de factores relacionados com as convicções, os desejos, as
expectativas, as influências passadas e presentes, não existem medicamentos que
«funcionam sempre». Não é, pois, de admirar que a maior parte das pessoas se
sintam confusas com os seus corpos.
Quanto tenta reunir ou processar informações sobre o que se passa com os
corpos das outras pessoas, em vez de recorrer ao seu próprio Sistema de Orientação
Emocional para tomar consciência do estado de alinhamento ou desalinhamento da
sua Energia, é como se utilizasse o mapa de outro país para planear uma viagem no
seu próprio país. Nesse caso, tendo em conta o lugar onde se encontra, a informação
do referido mapa não é relevante para si.
Tendo recebido, ao longo da vida, imensa informação contraditória, não
conforme ao conhecimento que temos do Ser (e das Leis do Universo), e, por isso,
sentimo-nos extremamente felizes por podermos falar-lhe de si e do seu corpo num
contexto mais abrangente. Queremos ajudá-lo a tomar consciência de como se pode
transformar num Ser mais saudável, fisicamente em forma, com a aparência que
deseja ter e harmonioso na sua ligação corpo-mente-espírito; quando utiliza a sua
mente para focar deliberadamente os seus pensamentos com vista a estabelecer o
alinhamento com o seu Ser Interior (ou espírito), o seu corpo físico é a prova
manifestada desse mesmo alinhamento.
Jerry:
- Lembro-me de que nos meus tempos de trapezista (num circo) eu era
demasiado pesado para ser um «voador», e demasiado leve para ser um «receptor».
Assim, o trapézio não era um lugar onde pudesse sentir-me confortável, a menos
que houvesse um «voador» mais leve e um «receptor» mais pesado. O meu número
era executado na barra do trapézio, mas ninguém tinha de me apanhar nem eu tinha
de apanhar fosse quem fosse. No entanto, eu não via o meu peso como um factor
negativo, porque não sentia que devesse ter mais ou menos estatura. Na verdade,
acabei por encontrar uma coisa que gostava muito de fazer e que me proporcionava
o sentimento de ser um trapezista. (Abraham: Que bom. Isso é excelente.)
Jerry:
- Não poderíamos ver o nosso peso da mesma forma que vemos as nossas
capacidades mentais ou os nossos talentos? Poderíamos ver-nos como seres
perfeitos?
Abraham:
- Não o encorajamos, propriamente, a ver o seu estado actual como «perfeito»,
porque a sua natureza impele-o a procurar sempre alcançar alguma coisa que esteja
para além daquilo que está a ser. No entanto, quando encontra aspectos na sua
experiência de vida que lhe transmitem boa disposição ao pensar neles, está a
estabelecer o alinhamento com a perspectiva do seu Ser Interior, que se concentra
em permanência no seu Bem-Estar. Encorajamo-lo, isso sim, a harmonizar os seus
pensamentos sobre o seu corpo com os pensamentos do seu Ser Interior, em vez de
tentar harmonizar as condições do seu corpo com as de outros corpos.
Abraham:
- Quando toma consciência de que cria através dos seus pensamentos, e não
através da acção, começa a realizar muitos mais dos seus desejos, e com muito
menos esforço. No entanto, ao sentir-se mais liberto de esforços, estará a divertir-se
muito mais. Quando acordado, está a emitir pensamentos constantemente, razão
pela qual a capacidade de pensar de forma positiva é extremamente importante na
sua vida.
Vivemos numa sociedade que nos adverte quanto às coisas indesejadas a
partir do momento em que nascemos, e, com o tempo, a maior parte das pessoas
adquire uma postura cautelosa. Estão em curso a «guerra contra as drogas», a
«guerra contra a sida e a «luta contra o cancro». A maioria das pessoas acredita que
a forma de conseguir aquilo que quer é derrotando aquilo que não quer, e é por essa
razão que se esforça tanto para afastar o que não quer. Se você tivesse a consciência
que nós temos da Lei da Atracção, ou seja, se se visse a si próprio e se se aceitasse
como um ser que atrai em função dos pensamentos que emite, compreenderia que a
abordagem mais comum está invertida.
Quando diz «Estou doente e não quero estar doente, por isso vou vencer esta
doença», está, através da sua posição defensiva e das emoções negativas, a agarrar-
se cada vez mais à doença.
Abraham:
- Cada tema contém dois temas: o que é desejado e a falta do que é desejado.
Cada um dos seus pensamentos é filtrado pela perspectiva do seu corpo. Se não
sentir o bem-estar físico que deseja, ou se o seu corpo não tiver o aspecto que
desejaria que tivesse, é natural que pense mais (na verdade, que dedique uma
proporção desequilibrada dos seus pensamentos) sobre a falta do que deseja do que
naquilo que deseja.
No seu estado de carência apenas conseguirá atrair mais carência, e esse é
precisamente o motivo pelo qual a maior parte das dietas não funciona: estando
consciente do seu peso a mais, e do aspecto que tem - e que não quer ter - com esse
peso a mais, quando não aguenta mais (devido à sua própria percepção ou às
pressões dos demais), diz: «Não suporto mais esta situação; vou fazer dieta e vou-
me livrar deste peso excessivo que não quero ter.» Neste caso, a sua atenção está
centrada naquilo que não quer, levando-o assim precisamente a manter o que não
quer. Para atingir o seu objectivo, deve concentrar-se inteiramente naquilo que quer,
em vez de concentrar a sua atenção naquilo que não quer.
Jerry:
- Um grande amigo e meu mentor nos negócios ofereceu-se como voluntário
para um estudo médico. Apesar de se encontrar perfeitamente saudável, dispôs-se a
participar se, com isso, pudesse ser útil a outras pessoas, porque muitos homens da
sua idade, de uma certa região, estavam a morrer devido a uma determinada
doença. Há poucas semanas ele comunicou-nos a notícia de que contraiu essa
mesma doença. Neste momento já não se encontra em forma, embora não pareça
temer a doença. Será que ele criou esta doença pelo facto de se ter concentrado nela?
Abraham:
- A causa foi esse enfoque da sua atenção na doença, ou melhor, a intenção de
ser útil aos demais. Essa intenção determinou que os elementos que conduziram o
estudo o examinassem, manuseassem e procurassem algum problema, o que fez
com que ficasse exposto a uma quantidade de estímulos gerados pelo pensamento
das outras pessoas, que o levaram a ter em conta a possibilidade, ou melhor, a
probabilidade de contrair a doença. Esse conjunto de pessoas plantou no seu amigo
a semente da probabilidade, o que, conjuntamente com a observação, o
manuseamento e a procura de problemas, determinou uma resposta do seu corpo
ao equilíbrio do seu pensamento.
Trata-se de um excelente exemplo, porque demonstra que o seu amigo não
tinha essa doença até ao momento em que concentrou nela a sua atenção, e que, a
partir desse momento, o seu corpo respondeu em conformidade.
O potencial para a saúde ou a doença está sempre presente, e são os
pensamentos que escolhe que determinam, e até que ponto, a sua experiência será a
da saúde ou a da doença.
Jerry:
- Até que ponto podemos brincar com os pensamentos ligados à doença?
Imaginemos, por exemplo, que uma pessoa seja informada, na televisão, da oferta
grátis de um exame médico a uma determinada parte do corpo. Imaginemos que a
pessoa se sente bem mas aceita a oferta, uma vez que o exame é gratuito. Qual é a
possibilidade de que este exame venha a estimular o pensamento e a gerar um
resultado indesejado?
Abraham:
- É de praticamente cem por cento. Na sua sociedade a atenção dada à doença
é um poderoso catalisador do aparecimento de doenças. Apesar das tecnologias e de
todas as descobertas no âmbito da medicina, hoje em dia há mais pessoas
gravemente doentes do que nunca. A incidência de tantas doenças graves deve-se
sobretudo à concentração da atenção na doença.
Pergunta até que ponto se pode brincar com isso, e nós respondemos: regra
geral é cuidadoso com aquilo que ingere, aquilo que veste ou a viatura que conduz,
mas não é criterioso acerca daquilo que pensa. Gostaríamos de encorajá-lo a ser
criterioso quanto àquilo que pensa. Procure manter os seus pensamentos nas facetas
de cada assunto que mais lhe agradam. Pense no bem-estar e no conforto, e não na
falta destes factores. Pense naquilo que quer ser e não na falta do que quer ser.
No entanto, a atenção negativa que se dá à doença não é o único factor que
gera e perpetua as doenças. Estas também se devem aos seus sentimentos de
vulnerabilidade e de defesa. Aproxime os seus pensamentos acerca de todos os
assuntos (e não apenas os relacionados com a saúde corporal) da tónica dos seus
desejos, e assegure o seu bem-estar físico com base no estado emocional mais
harmonioso que assim conquistou.
Abraham:
- O potencial para a doença ou para a saúde reside em cada pessoa a cada
momento. Ao centrar a sua atenção num destes aspectos está a criar condições para
que a essência desse pensamento se manifeste. O pensamento é muito poderoso.
Pode não ser necessariamente assim, mas a maioria das pessoas que já
viveram oitenta e cinco anos certamente já foram alvo de influências negativas
substanciais centradas no seu corpo físico. O ser humano é constantemente
bombardeado por pensamentos relacionados com a falta de saúde: a necessidade de
subscrever seguros de saúde ou de funeral, a necessidade de elaborar o testamento e
de se preparar para a morte, etc. No caso que relata, as influências negativas sobre o
bem-estar físico exercidas pela senhora doente sobre a outra senhora de oitenta e
cinco anos não foram certamente as primeiras que esta recebeu na sua vida.
No entanto, como esse já era um ponto de vulnerabilidade da senhora, que,
nessa altura, devia, certamente, sentir-se instável quanto à sua própria longevidade,
a intensidade das conversas da doente, bem como as respostas que as mesmas
desencadeavam nas outras pessoas que a rodeavam, comprometeram a tal ponto o
equilíbrio dos pensamentos da senhora saudável que o aparecimento de sintomas
foi imediato. De seguida, ao centrar a sua atenção nesses sintomas negativos, eles
exacerbaram-se ainda mais, tendo em conta o ambiente intensamente negativo em
que se encontrava. Quando, na sua experiência, aparece alguém que estimula o seu
pensamento levando-o a concentrar-se mais na doença que no Bem-Estar, ou seja,
mais na falta de Bem-Estar do que na sua presença, e se isso acontecer num
momento da sua vida em que se sinta vulnerável, defensivo, ou até revoltado ou
enfurecido, as células do seu corpo começam a responder a esse estímulo do
pensamento, e, nesse caso, é perfeitamente possível que esse processo negativo se
inicie num espaço de semanas, de dias ou até de horas. Tudo o que vive, sem
qualquer excepção, resulta dos pensamentos que tem.
Jerry:
- Qual é a melhor coisa a fazer para manter ou recuperar uma saúde perfeita
ou para influenciar as outras pessoas no sentido de conquistarem a sua saúde
perfeita?
Abraham:
- Recuperar e manter a saúde são uma e a mesma coisa, e para isso, basta
concentrar-se nas coisas que lhe trazem bem-estar. A principal diferença entre
recuperar e manter é que é mais fácil ter pensamentos positivos quando se sente
bem do que quando se sente mal, e, por isso, manter a saúde é muito mais fácil que
recuperar a saúde. A melhor forma de influenciar as outras pessoas no sentido de
manterem a saúde é viver com saúde. Da mesma forma, a melhor maneira de
induzir a doença nos demais é adoecer.
Para aquelas pessoas que se encontram num estado em que não querem estar,
é compreensível que esta fórmula de encontrar pensamentos de bem-estar possa
parecer demasiado simplista. No entanto, garantimos-lhe em absoluto que se tiver
uma vontade forte de melhorar a forma como se sente escolhendo deliberadamente
pensamentos que lhe tragam bem-estar, obterá resultados imediatos, em especial no
que se refere a algum tema que o perturbe.
Sono e Bem-Estar
Abraham:
- O seu estado natural é o Bem-Estar absoluto. Não precisa de lutar contra as
doenças. Permita-se descontrair-se e usufruir do seu bem-estar. Deite-se, esta noite,
e, ao adormecer, deleite-se com o maravilhoso conforto da sua cama. Sinta como ela
é ampla, e tome consciência da dimensão da almofada sobre a qual repousa a sua
cabeça. Sinta o tecido dos lençóis contra a sua pele. Concentre a sua atenção nas
coisas agradáveis que o rodeiam. Sempre que pensa em alguma coisa que lhe traz
bem-estar está a distanciar--se da dimensão da doença. Sempre que tem
pensamentos agradáveis impede o avanço da doença, e sempre que pensa na
doença está, por assim dizer, a pôr lenha na fogueira.
Quando consegue manter os seus pensamentos num tema agradável durante
cinco segundos, durante esses cinco segundos não estará a alimentar a doença.
Quando consegue fazê-lo durante dez segundos, durante esse tempo não estará a
alimentar a doença. Quando pensa no bem-estar que sente neste preciso momento, e
quando pensa que o seu estado natural é o bem-estar, estará a promover o seu bem-
estar.
Abraham:
- Quando pensa em doenças, a razão pela qual sente uma emoção negativa é
porque esse pensamento é de tal forma discrepante da sua sabedoria mais
abrangente que perde a ressonância com quem realmente é. A emoção negativa, que
sente na forma de raiva ou preocupação com a sua doença, indica-lhe que impôs
uma forte restrição ao fluxo de Energia entre si e quem realmente é.
O seu bem-estar prevalece quando permite inteiramente esse fluxo de Energia
Não-Física que brota do seu Ser Interior, e, por isso, quando pensa «estou bem» ou
«estou a ficar bem» ou «sou íntegro, e o meu estado natural é o bem-estar», esses
pensamentos vibram numa dimensão de harmonia com aquilo que o seu Ser Interior
sabe que é, proporcionando-lhe todo o benefício da Energia-pensamento que é
gerada no seu Ser Interior.
Todos os pensamentos vibram. Quando se concentra em pensamentos que lhe
trazem bem-estar, atrai sucessivamente outros pensamentos da mesma natureza...
até que a sua frequência vibratória se eleva de maneira a deixá-lo totalmente
envolvido pelo seu Ser Interior. Quando isso acontece, garantimos absolutamente
que se torna apto a viver em pleno o seu estado de Bem-Estar intrínseco, e o seu
veículo físico responde muito rapidamente. Prepare-se para ver os sinais físicos
flagrantes da sua recuperação. Assim determina a Lei.
Jerry:
- O tema deste capítulo é «Perspectivas quanto à Saúde, o Peso e a Mente».
Pergunto: Como posso chegar lá e permanecer? Pelo que vejo, é esmagadora a
quantidade de pessoas que se preocupam com o peso e com a saúde física e mental.
Como a quantidade de atenção centrada no bem-estar físico é reduzida, é compreen-
sível que as pessoas andem preocupadas.
Em criança tive a sorte de ter tomado consciência de que detenho o controlo
sobre o meu corpo físico. Aos nove anos lembro-me de ir aos festejos de Carnaval,
onde havia um recinto com dois lutadores profissionais disponíveis para enfrentar,
um a um, os agricultores da zona, os quais, se saíssem vencedores, ganhariam
dinheiro. Mas isso nunca acontecia, já que os lutadores derrotavam sempre os
agricultores...
Recordo-me de estar numa pequena tenda de lona iluminada por lâmpadas de
gás ou querosene e da forma como a luz treme-luzia por trás das costas suadas de
um certo lutador profissional. Lembro-me de ficar absolutamente estarrecido com o
facto de a sua coluna vertebral estar escondida entre dois belos e longos músculos
que percorriam as suas costas, enquanto a minha própria coluna era quase
perfeitamente visível devido à minha magreza. Fascinava-me aquela bela
musculatura que lhe recobria completamente os ossos. Lembro-me de como apreciei
a sua beleza naquele momento. Passados oito anos, os músculos das minhas costas
tornaram-se semelhantes àqueles. Essa experiência ajudou-me a tomar consciência
de que eu podia criar o meu corpo físico.
A falta de saúde de que padeci na minha infância ajudou-me a adquirir a
aptidão de controlar a minha própria saúde. Visitei alguns médicos, mas nunca
acertaram nos diagnósticos e nos tratamentos, pelo que desde logo compreendi que
o melhor seria não depender de médicos, uma vez que não descobri nenhum com
quem pudesse realmente contar. Quase nunca acertavam no meu caso, pelo que
decidi ser eu a lidar com o meu próprio corpo.
No entanto, continuo a sentir alguma preocupação em relação à evolução da
minha condição física no futuro. Conseguirei eu manter o meu peso ideal e a minha
saúde física e mental perfeitas? Neste momento sinto que esse é o meu estado, mas,
por vezes, não consigo evitar o seguinte pensamento: «Conseguirei manter--me no
estado em que me encontro?» Gostaria que abordassem as ramificações deste tema.
Abraham:
- Tomámos nota da combinação de palavras que utilizou na sua questão, uma
vez que o seu corpo e a sua mente estão sempre ligados. O seu corpo responde
continuamente aos seus pensamentos. Na verdade, o seu corpo responde
exclusivamente aos seus pensamentos. O seu corpo é, em absoluto, o reflexo da
forma como pensa. Só os seus pensamentos afectam o seu corpo. No seu caso, é
notável que tenha conseguido, tão jovem ainda, tomar consciência da sua
capacidade de exercer um determinado nível de controlo sobre o seu corpo.
Quando toma consciência da correlação absoluta entre aquilo que pensa e
aquilo que acontece na sua experiência de vida, poderá, em quaisquer
circunstâncias, controlar a sua própria experiência. Para obter apenas o que deseja
da vida, em vez de obter também aquilo que não deseja, é necessário que exerça esse
controlo, ou seja, há que reconhecer e aceitar o facto de que já é, à partida, o detentor
do controlo que procura adquirir, e pensar deliberadamente nas coisas que deseja
viver.
Os pensamentos ligados ao declínio geram sempre mal-estar porque ninguém
quer decair. Utilize o seu Sistema de Orientação, escolha pensamentos que lhe
tragam bem-estar e não terá motivos para se preocupar com a passagem do tempo.
Basta tomar a seguinte decisão: «Quero ter sempre presente o facto de que sou o
único que detém o controlo único e absoluto do meu veículo físico. Aceito que sou o
resultado dos pensamentos que tenho.»
No momento em que nasceu, você possuía o conhecimento (não nos referimos
a esperança ou a desejo, mas a um conhecimento profundo) de que a essência do seu
ser é liberdade absoluta, de que a sua procura é a da alegria, e de que o resultado da
sua experiência de vida seria o crescimento; por outro lado, também sabia que é um
ser perfeito em busca de mais perfeição.
É Possível Desenvolvermos Músculos ou Ossos
de Uma Forma Consciente?
Jerry:
- Tenho a noção de que, na minha juventude, induzi no meu corpo, deliberada
e conscientemente, o crescimento de massa muscular. Também é possível afectar o
desenvolvimento dos ossos?
Abraham:
- Sim, é possível, e da mesma forma. A diferença reside no facto de acreditar
que é possível fazê-lo com os músculos mas não acreditar que o mesmo possa ser
possível com os ossos.
Jerry:
- Isso é verdade. Conheci um homem que tinha desenvolvido a sua
musculatura de uma forma extraordinária, e desejei isso. O facto de ter constatado
que outras pessoas o fizeram fez-me acreditar que eu também poderia. No entanto,
nunca observei nada de semelhante com os ossos.
Abraham:
- Uma razão para as coisas não mudarem mais rapidamente nas vossas
sociedades é a concentração da atenção sobretudo naquilo que é. Para gerar
mudança há que olhar para além do que é.
A necessidade de ver antes de acreditar na possibilidade é um factor de atraso,
porque obriga a esperar pela manifestação da criação de outra pessoa para acreditar
na possibilidade da sua própria criação. Quando toma consciência de que o
Universo e a Lei da Atracção respondem a uma ideia imaginada com a mesma ra-
pidez com que respondem às ideias resultantes da observação da «realidade», pode
partir para as suas criações sem ter de esperar pela concretização das criações dos
demais.
Jerry:
- Nesse caso, o desafio é ser-se o «pioneiro», o primeiro a arriscar.
Abraham:
- A liderança requer visão e expectativa positiva, e é nessa dimensão que
reside o empolgamento da vida. O estado de desejo e a ausência da dúvida é uma
vivência extremamente gratificante; pelo contrário, quando quer alguma coisa mas
não acredita na sua capacidade de a obter, não se sente bem. Quando apenas pensa
naquilo que quer sem a interferência negativa de contradições impregnadas de
dúvida e descrédito, a resposta do Universo aos seus desejos surge rapidamente, e,
com o tempo, começará a sentir o poder do pensamento deliberado. No entanto,
esse tipo de pensamento «puro» requer prática e determinação em gastar menos
tempo a observar o que é e em passar mais tempo a visualizar o que gostaria de
viver. Para contar a nova história melhorada da sua experiência física, terá de passar
mais tempo a pensar e a falar sobre a experiência de vida que gostaria de ter.
A coisa mais poderosa que pode fazer, com mais poder de cata-lisação que
qualquer outra acção, é reservar algum tempo, diariamente, para visualizar a sua
vida como gostaria que ela fosse. Faça-o durante cerca de quinze minutos num
ambiente tranquilo e reservado onde possa fechar os olhos para imaginar - de uma
forma agradável - o seu corpo, o ambiente em que vive, os seus relacionamentos, e
todos os demais aspectos da sua vida.
Aquilo que foi nada tem que ver com aquilo que será, da mesma forma que
aquilo que os outros vivem nada tem que ver com a sua experiência... mas é preciso
encontrar uma forma de se separar de tudo isso: do passado e das outras pessoas,
para poder ser aquilo que quer ser.
Jerry:
- O ser humano corre há milhares e milhares de anos; ainda não tinha
aparecido ninguém que conseguisse correr uma milha em quatro minutos, até que
Roger Bannister conseguiu, e, quando ele o conseguiu, muitos outros começaram
também a fazê-lo.
Abraham:
- Quando as pessoas não permitem que o facto de ninguém ter conseguido
fazer uma determinada coisa as impeça de a realizarem, conquistam uma grande
vantagem sobre os demais, porque, ao avançarem para essa realização, e ao serem
observadas, gera-se confiança e expectativa na consciência colectiva. E por esse
motivo que as suas realizações são importantes para a sociedade em que vive.
Quando ousa, a sua plataforma para uma vida evolutiva expande-se, e a vida
melhora cada vez mais para todos os membros da sociedade. O que pretendemos é
que supere a necessidade de ver antes de acreditar. Queremos que compreenda que,
se acreditar, então verá. Tudo o que praticar mentalmente até ao momento em que a
ideia comece a tornar-se natural para si manifesta-se no plano físico. Assim
determina a Lei da Atracção.
Sentirá uma grande libertação no momento em que tomar consciência de que
não tem de ficar à espera que alguém faça o que quer que seja, para que fique
provado que essa realização é possível ou para se permitir fazê-lo. Quando pratica
novos pensamentos com o objectivo de experimentar emoções melhoradas e fica
atento aos sinais que o Universo lhe envia, começa a tomar consciência da força do
seu próprio poder. Se alguém lhe dissesse que tem uma doença incurável, poderia
responder, com toda a confiança: «Sou eu que decido aquilo que vivo, pois sou o
criador da minha experiência.» Se o seu desejo for suficientemente forte, pode
sobrepor-se às suas crenças negativas e desencadear a sua recuperação.
Esta situação não difere muito daquela da mãe cuja criança se encontra sob
um objecto muitas vezes mais pesado do que qualquer volume que ela tenha
levantado antes. Neste caso, o desejo, poderosíssimo, de salvar o filho, fez com que a
mãe tivesse conseguido erguer o tal objecto. Em condições normais isso teria sido
impossível; no entanto, o poder desse desejo sobrepôs-se às suas convicções
habituais, que se tornaram temporariamente irrelevantes. Se lhe tivesse perguntado
se acreditava que conseguiria levantar o objecto, ela teria dado uma resposta
negativa: «Claro que não! Eu nem sequer consigo pegar numa mala de viagem
cheia!» As convicções nada tiveram que ver com aquilo: o filho estava a morrer, ela
queria libertá-lo e foi isso que fez.
Jerry:
- Quero muito ser saudável, mas também acredito que posso contrair doenças.
Sempre que visito pessoas hospitalizadas suste-nho a respiração quando atravesso
os corredores, para evitar o contacto com germes.
Abraham:
- As suas visitas devem ser muito curtas! (risos)
Jerry:
- As minhas visitas são, de facto, muito breves, e costumo ir à janela amiúde
para tentar respirar um pouco de ar fresco... Se eu acreditar que posso evitar o
contacto com os germes sustendo a respiração, essa convicção impede-me de
adoecer?
Abraham:
- É uma forma estranha de manter o seu equilíbrio vibratório. Você quer
saúde, e acredita que os germes poderão fazer com que adoeça, e também acredita
que o seu comportamento de evitar o contacto com os germes pode evitar a doença,
pelo que acaba por estabelecer um equilíbrio que funciona para si, mas está a esco-
lher o caminho mais difícil.
Se ouvisse verdadeiramente o seu Sistema de Orientação, não entraria num
ambiente onde acredita que existem germes que podem comprometer o seu Bem-
Estar. O medo que sente de entrar num hospital indica-lhe que vai passar à acção
antes de ter estabelecido o seu alinhamento vibratório. Na verdade, poderia,
simplesmente, optar por não ir ao hospital, mas, se fosse essa a sua decisão, sentir-
se-ia desconfortável porque o seu amigo doente gostaria que você aparecesse. Por
isso, arranja uma forma de o visitar sem sentir medo, ou seja, estabelece um
alinhamento vibratório antes da acção de entrar no hospital. Com o tempo poderá
vir a acreditar tanto no seu Bem-Estar, ou o seu desejo de Bem-Estar pode tornar-se
de tal forma vívido e presente, que poderá estar em qualquer ambiente sem se sentir
ameaçado.
Quando estabelece o alinhamento com quem realmente é e escuta o seu
poderoso Sistema de Orientação, jamais entra num ambiente onde o seu Bem-Estar
possa ser ameaçado. Infelizmente, muitas pessoas ignoram os seus próprios
Sistemas de Orientação para agradarem aos outros. Imaginemos que duas pessoas
entram no hospital, e que uma delas sente o seu Bem-Estar ameaçado. A que não se
sente ameaçada não adoeceria, mas a que teme poderia adoecer, não devido à
presença de germes no hospital, mas devido à sua relação vibratória com o seu
próprio sentimento de Bem-Estar.
Não pretendemos alterar as suas convicções, pois não as consideramos
inadequadas. Apenas queremos que tome consciência do seu Sistema de Orientação
Emocional, para que possa estabelecer o equilíbrio vibratório entre os seus desejos e
as suas convicções.
Fazer o que está «certo» é fazer aquilo que se harmoniza com os seus intentos
e com as suas convicções.
Jerry:
- Nesse caso o facto de sair do hospital não seria um acto de cobardia?
Abraham:
- São muitas as pessoas que desrespeitam os seus Sistemas de Orientação para
agradarem às outras pessoas, e também há muitas pessoas que o rotulariam de
«egoísta» ou «cobarde» perante a sua audácia em agradar a si mesmo em vez de
lhes agradar a elas.
Por vezes somos acusados de ensinar o egoísmo, o que admitimos, porque se
não for suficientemente egoísta para olhar pela sua vibração, mantendo-se, assim,
em alinhamento com a sua Fonte (com quem realmente é), tampouco pode dar o
que quer que seja. Quando as outras pessoas lhe chamam «egoísta», ou «cobarde»,
isso significa que estão vibratoriamente desequilibradas, e, sendo assim, com certeza
que não será o comportamento de outra pessoa (neste caso o seu) que lhes restituirá
o equilíbrio.
Quanto mais pensa e fala do seu bem-estar físico, mais impregna de bem-estar
os seus próprios padrões vibratórios, e mais a Lei da Atracção lhe traz manifestações
que fortalecem e suportam essas convicções. Quando conta com mais frequência a
sua história de Bem-Estar, menos vulnerável se sente, e mais o seu ponto de atracção
se desloca, trazendo-lhe situações diferentes, relativamente às quais também irá
nutrir sentimentos diferentes.
Abraham:
- O único caminho para as coisas que deseja é o da menor resistência possível,
o do consentimento da sua Ligação à sua Fonte, ao seu Ser Interior, a quem
realmente é, a tudo o que deseja. Esse consentimento traduz-se em emoções de bem-
estar. Se permitir que a sua prioridade máxima seja sentir-se bem, sempre que tiver
uma conversa que não esteja em harmonia com a saúde que deseja, sentirá
desconforto, sendo, assim, alertado para o seu estado de resistência... e poderá,
nesse momento, escolher um pensamento que lhe traga mais bem-estar e que resti-
tua o seu equilíbrio.
Sempre que sente emoções negativas, isso significa que o seu Sistema de
Orientação está a ajudá-lo a tomar consciência de que, nesse momento, está a ter
pensamentos impregnados de resistências, os quais o impedem de receber
integralmente os benefícios da sua Corrente de Bem-Estar. E como se o seu Sistema
de Orientação lhe dissesse: «Lá estás tu de novo a fazer isto. Lá estás tu de novo a
fazer isto. Lá estás tu de novo a fazer isto.» A presença dessa emoção negativa
significa que está a atrair o que não quer.
Ao tolerarem a emoção negativa, muitas pessoas ignoram o seu Sistema de
Orientação, e, ao fazerem-no, negam a si próprias o benefício da Orientação de uma
Perspectiva mais Abrangente. Quando a vida o leva a identificar algo que deseja,
nunca mais vai ser capaz de olhar para aquilo que lhe é oposto, ou seja, para a falta
daquilo que deseja, sem sentir uma emoção negativa. Quando nasce um desejo, se
quer sentir-se bem tem de dar atenção a esse desejo, porque não pode devolverá
vida menos do que vida o levou a tornar-se. Quando identifica um desejo de bem-
estar, ou de uma condição física específica, nunca mais será capaz de se concentrar
na falta daquilo que deseja sem sentir uma emoção negativa.
Sempre que sente uma emoção negativa, interrompa o que está a fazer, ou a
pensar, ou a dizer, e pergunte-se: «O que quero eu?» No momento em que formula
esta pergunta, como direccionou a sua atenção para aquilo que quer, a emoção
negativa é substituída por um sentimento positivo, e a atracção negativa é
substituída pela atracção positiva, ajudando-o a recuperar o seu equilíbrio.
Abraham:
- Quando manteve, durante algum tempo, uma determinada tónica nos seus
pensamentos, não é fácil reconduzi-los abruptamente, porque a Lei da Atracção
traz-lhe pensamentos que se harmonizam com essa tónica. Por vezes, quando está
numa tónica negativa e surge alguém que não se encontra nessa disposição negativa
e discorda do seu ponto de vista, isso apenas o leva a defender com veemência a sua
posição. A tentativa de defender ou justificar o seu ponto de vista apenas serve para
prolongar mais o estado de resistência. Muitas pessoas mantêm-se
desnecessariamente em estados de resistência porque, para elas, é mais importante
terem «razão» do que sentirem-se bem.
Quando depara com pessoas empenhadas em convencê-lo de que têm razão, e
em mantê-lo envolvido numa conversa negativa até atingirem o seu objectivo, é
possível que o considerem «frio» ou «indiferente» se não estiver na disposição de
ouvi-las e, eventualmente, de concordar com os seus pontos de vista. Quando
prescinde do seu bem-estar, ou seja, de escolher pensamentos que se harmonizem
com a sua Perspectiva mais Abrangente, para tentar agradar um amigo negativo
que pretende desabafar, está a pagar um preço muito elevado e nem sequer está a
ajudar, efectivamente a pessoa em causa. Esse nó de desconforto no seu estômago é
a voz do seu Ser Interior que lhe diz: «Este comportamento, esta conversa não estão
em harmonia com aquilo que eu quero.» E imperativo que se disponha a ter como
prioridade agradar a si próprio, caso contrário ver-se-á frequentemente arrastado
para a negatividade que o rodeia.
Jerry:
- Existem limites para o grau de controlo sobre as condições físicas aos 100
anos de idade?
Abraham:
-Apenas aqueles que são gerados pelo seu próprio pensamento limitador, e
esses são auto-impostos.
Jerry:
- Existe, nesse caso, um momento adequado para se morrer e, se sim, qual é
esse momento?
Abraham:
- Nunca existe um fim para a Consciência do Ser, e, nessa medida, a «morte»
não existe. No entanto, existe um fim para o tempo durante o qual a sua Consciência
flui neste corpo físico específico que você identifica como a sua pessoa.
Compete-lhe a si decidir o momento em que deixa de se concentrar neste
corpo. Se aprendeu a concentrar-se em temas que lhe trazem bem-estar, e se
continua a encontrar, neste ambiente, pontos de interesse que o entusiasmem, não
existe um limite para a duração do seu enfoque no seu corpo físico. Se, pelo
contrário, se inclina para os aspectos negativos da existência, e se, de uma forma
crónica, enfraquece a sua Ligação à Corrente de Energia da Fonte, a sua experiência
física é encurtada, uma vez que o seu veículo físico não pode suster-se, a longo
prazo, sem se «reabastecer» dessa Energia. A sua emoção negativa é um sinal de que
está a cortar o acesso ao reabastecimento de Energia da Fonte. Para ter uma vida
longa tem de ser feliz.
Todas as Mortes São Formas de Suicídio?
Jerry:
- Nesse caso, todas as mortes são uma forma de «suicídio?»
Abraham:
- Essa é uma interpretação possível. Como tudo o que acontece na sua
experiência de vida se deve ao equilíbrio do seu pensamento, e mais ninguém pode
emitir os seus pensamentos ou a sua vibração, tudo o que acontece - incluindo
aquilo que designa como a morte física - é auto-inflingido. A maioria das pessoas
não decide morrer; apenas prescinde de decidir continuar a viver.
Jerry:
- Qual é o vosso ponto de vista quanto aos seres que decidem morrer e
cometem aquilo a que se chama suicídio?
Abraham:
- Não faz qualquer diferença o facto de os seus pensamentos serem
deliberadamente pensados ou gerados pela mera observação aleatória da realidade.
O que importa é que, seja como for, tem esses pensamentos, que produzem uma
vibração que, por sua vez, se traduz em manifestações que são o resultado desses
pensamentos. Assim, quer o faça ou não de uma forma deliberada, está sempre a
criar a sua própria realidade.
Certas pessoas procuram, pelos mais diversos motivos, controlar os
comportamentos de outras, o que é altamente frustrante, dada a impossibilidade de
controlar os demais, e todas as tentativas, para além de vãs, são um esforço
desperdiçado. Assim, a ideia da auto-remoção deliberada desta experiência física
através do «suicídio» causa desconforto a muitas pessoas, mas nós queremos que
tome consciência de que os seres que o fazem não cessam de existir. Quer
interrompa esta experiência física através do «suicídio» deliberado, quer se liberte
de uma forma não deliberada, continuará a ser o Ser Eterno que é, e, uma vez de
volta à dimensão Não-Física, olhará para esta experiência física, da qual se libertou,
com todo o amor e apreço.
Certas pessoas têm tanto ódio, e vivem a sua experiência física de tal forma
cronicamente dissociadas da Fonte e do Bem-Estar, que acabam por morrer. Outras
deixam de encontrar motivos de interesse e direccionam a sua atenção para a
dimensão Não-Física, sendo essa a razão da sua morte. Outras ainda não tomaram
consciência do que é a Energia, ou o pensamento, ou o alinhamento, e desejam
desesperadamente sentir-se bem mas não conseguem encontrar uma forma de deter
o sofrimento crónico de que padecem, acabando por escolher, deliberadamente,
reemergir na dimensão Não-Física. Em todo o caso, você é um Ser Eterno que, uma
vez recentrado na dimensão Não-Física, se torna uno, renovado, e totalmente
alinhado com quem realmente é.
Jerry:
- Nesse caso, de certa forma somos nós que determinamos o tempo da nossa
permanência em cada experiência de vida?
Abraham:
- Lembre-se de que nasceu na sequência de uma intenção de viver e expandir-
se em alegria. Quando ignora o seu Sistema de Orientação e continua a encontrar
pensamentos que impedem a sua Ligação à sua Fonte, reduz a Ligação à Corrente
de Energia da sua Fonte, e sem esse suporte, decai.
Jerry:
- Qual o processo que recomendariam às pessoas que desejam controlar o seu
peso?
Abraham:
- São muitas as ideias e as convicções quanto a este tema. Muitos foram os
métodos experimentados, e a maior parte dos Seres que se debatem com o controlo
do peso tentaram muitos desses métodos sem terem conseguido obter um sucesso
duradouro, pelo que interiorizaram a crença de que não conseguem controlar o seu
peso, e é precisamente por esta razão que não conseguem.
Poderíamos encorajar a visualização da forma como deseja ser, ou seja,
procure ver-se como gostaria de ser, e, assim, atrair essa condição. As ideias, a
confirmação dos demais, todas as circunstâncias e acontecimentos passíveis de
trazer-lhe a concretização desse desejo acabarão por surgir na sua experiência a
partir do momento em que comece a ver-se dessa maneira.
Quando se sente gordo não consegue atrair uma forma esbelta. Quando se
sente pobre não consegue atrair prosperidade. Aquilo que você é, ou seja, o estado
do ser que sente, é sempre o ponto de partida - a base - daquilo que atrai. E por isso
que quanto melhor corre a vida, melhor a vida se torna, e quanto pior corre a vida,
pior a vida se torna.
Quando se sente muito negativo relativamente a um determinado assunto,
não tente concentrar-se muito nele e resolvê-lo de imediato, uma vez que a sua
concentração nesse assunto apenas o intensifica. Procure distrair-se desse
pensamento até que se sinta melhor, e, depois, retome-o a partir de uma perspectiva
positiva e renovada.
Jerry:
- E por essa razão que as pessoas fazem dietas rigorosíssimas e perdem muito
peso, para, de seguida, recuperarem todo o peso que perderam? Isso deve-se ao
facto de terem tido um desejo forte mas isento de confiança e sem a visualização de
si próprias com uma forma esbelta, levando-as a aproximar-se novamente dessa
imagem gorda?
Abraham:
- Essas pessoas querem comida, e acreditam que a comida as engorda. Ao
pensarem naquilo que não querem - nessa crença -acabam por criar precisamente o
que não querem, e escolhem o caminho mais difícil. Na maior parte dos casos, a
razão pela qual perdem peso e o recuperam rapidamente de seguida é o facto de
não terem integrado uma imagem de si próprias como desejam ser, ou seja,
continuam a sentir-se gordas, continuam a pensar-se como gordas, e é essa a
imagem que prevalece... O seu corpo responde sempre a essa auto-imagem. E por
esse motivo que quando uma pessoa se vê como saudável é uma pessoa saudável.
Da mesma forma, se se vê como uma pessoa esbelta, ou consoante aquilo que deseja
em termos de musculatura, forma ou peso, é exactamente assim que passará a ser.
Abraham:
- Certas pessoas argumentam que se seguirem os nossos conselhos e comerem
tudo o que lhes apetecer, acabarão por ingerir, irreflectidamente, uma série de
alimentos prejudiciais à saúde e à manutenção do seu peso ideal. Quando as pessoas
não se sentem bem, tentam, com frequência, preencher o vazio que sentem com a
ingestão de alimentos. No entanto, se, durante algum tempo, der atenção ao seu
equilíbrio vibratório, se tomar consciência do poder de direccionar positivamente os
seus pensamentos para uma imagem do seu corpo tal como o deseja, e se acreditar
que um determinado alimento não é favorável à realização desse desejo, certamente
surgirá a orientação de uma emoção negativa. Nunca é boa ideia levar a cabo uma
determinada acção que acarrete uma emoção negativa, porque essa emoção
negativa traduz um desequilíbrio Energético, e qualquer acção realizada sob uma
emoção negativa produz sempre resultados negativos.
A emoção negativa não ocorre devido ao facto de um determinado alimento
ser prejudicial ao Bem-Estar, e sim devido à desarmonia dos pensamentos. Duas
pessoas com dietas idênticas e com programas de exercício físico também idênticos
podem obter resultados opostos, o que significa que há elementos em jogo para
além do consumo de alimentos e o gasto de calorias. Os resultados obtidos devem-
se exclusivamente ao seu alinhamento Energético em função dos seus pensamentos.
A regra de ouro é a seguinte: «Seja feliz, e depois coma, mas não coma para
obter felicidade.» Quando toma como prioridade máxima da sua vida o equilíbrio
emocional, a sua relação com os alimentos muda, o seu impulso para comer muda,
e, sobretudo, a sua resposta à ingestão de alimentos muda. Quando altera o seu
comportamento alimentar sem ter em conta a sua dinâmica vibratória, os resultados
são mínimos, mas quando muda o pensamento obtém resultados notáveis sem
necessitar de alterar os seus comportamentos.
Imaginemos que decidiu ser muito magro mas que, neste momento, não se vê
como gostaria de estar, e que pensa que se comer determinados alimentos
engordará. Como deseja ser magro mas acredita que, se comer determinados
alimentos, engordará, é inevitável que sinta emoções negativas ao comer esses
alimentos. Poderá classificar essas emoções como culpa, ou raiva, ou decepção, mas,
na verdade, sente-se mal ao ingerir esses alimentos porque essa acção não se
harmoniza com o seu conjunto de crenças e com o seu desejo, ou seja, se fizer o que
lhe apetecer acabará por constatar que se sente bem quando come os alimentos que
se harmonizam com o seu desejo e que se sente mal quando ingere os que não se
harmonizam. Quando estabelece um desejo é-lhe impossível ter comportamentos
que acredite serem contrários à realização desse desejo sem sentir emoções
negativas.
Quais São as Minhas Crenças sobre Alimentação?
Abraham:
- As suas convicções quanto à alimentação reflectem-se muito claramente nas
experiências que está a viver:
Pergunta:
- Uma pessoa importante na minha vida alertou-me para um pequeno «pneu»
na zona da cintura e aconselhou-me a fazer um esforço para me ver livre dele,
praticando mais exercício físico, comendo menos ou optando por comer sobretudo
saladas. Como se trata de uma pessoa importante para mim, segui os seus
conselhos... e o meu «pneu» cresceu!
Abraham:
- A coisa mais importante que queremos que compreenda é que quando
utiliza a palavra outro deve fazê-la acompanhar pela palavra insignificante, (risos)
Claro que compreendemos que as pessoas da sua vida são importantes, mas
não deve permitir que as opiniões que têm acerca de si sejam mais importantes que
as suas próprias opiniões. Sempre que alguém o influencia no sentido de se
concentrar em algum tema que lhe traz mal-estar você está, na verdade, a receber
uma influência negativa.
Queremos que pratique regularmente a arte de pensar, por forma a que os
pensamentos dos demais acerca da sua pessoa se tornem irrelevantes para si. A sua
verdadeira (e única) liberdade tem como base a inexistência de resistências, o que
pressupõe que tenha descoberto a forma de estabelecer o alinhamento dos seus
pensamentos crónicos com os pensamentos do seu Ser Interior. Nunca conhecemos
ninguém que tenha atingido esse alinhamento, ou esse sentimento de liberdade, sob
a influência dos desejos e crenças de outras pessoas. Quando assim é, as variáveis
em jogo são excessivas, o que gera confusão.
Se alguém lhe disser que vê algo de desagradável na sua pessoa, sugerimos
que responda assim: «Nesse caso olhe para outro lado. O que pensa do meu nariz?
Agrada-lhe? (risos) E que tal a minha orelha?» Por outras palavras, encoraje a outra
pessoa a procurar os aspectos positivos, brinque com a situação, e, sobretudo, não
permita que os seus sentimentos sejam magoados. A melhor coisa a fazer é praticar
o pensamento positivo até ao ponto em que os nossos sentimentos se libertem da
vulnerabilidade.
Não me sinto satisfeito com a minha aparência. Houve tempos em que estive
em muito boa forma e em que era magro, mas nunca foi fácil, nem nunca consegui
manter esse estado durante muito tempo. Sempre me pareceu que para estar em
forma, como gosto de estar, tenho de fazer um esforço enorme, e nunca consigo per-
manecer muito tempo com o peso ideal. Estou cansado de me privar de coisas que
gosto de comer para, de qualquer forma, nunca ter o aspecto que gostaria. E muito
difícil. Não tenho o tipo de metabolismo que me permita comer bastante das coisas
que gosto. Não é justo. Mas também não gosto nada de ser gordo...
O meu corpo é, sobretudo, o reflexo dos meus pensamentos. E bom saber que
tenho o poder de direccionar os meus pensamentos. Estou ansioso por ver as
mudanças físicas - no meu corpo -que reflectem as mudanças do meu pensamento.
Sinto-me bem ao antecipar a evolução positiva do meu peso e da minha forma, e
confio que essas mudanças se estão a processar. Entretanto, sinto--me de tal forma
bem que nem sequer estou infeliz com o peso que tenho actualmente. E divertido
escolher os meus pensamentos, e mais divertido ainda ver os resultados desses
pensamentos escolhidos de uma forma deliberada. O meu corpo responde
prontamente aos meus pensamentos. E bom saber isso.
Não há uma forma certa ou errada de contar a sua história melhorada. Pode
contar a história do seu passado, ou do momento presente, ou das suas experiências
futuras. O único critério fundamental é que esteja consciente da sua intenção de
contar uma versão melhorada da sua história. Quando conta várias pequenas
histórias bem-humoradas ao longo do dia está a mudar o seu ponto de atracção.
Lembre-se de que a história que conta é a base da sua vida. Conte-a como deseja que
a sua vida seja.
Parte V
As Carreiras enquanto Lucrativas Fontes de Prazer
Os Primeiros Passos na Escolha de Uma Carreira
Jerry:
- Como podemos saber se estamos a escolher a carreira certa? E como podemos
ser bem sucedidos na carreira que escolhemos?
Abraham:
- Qual é a sua definição de carreira?
Jerry:
- Uma carreira é como o trabalho de uma vida, o trabalho ao qual nos
dedicamos de alma e coração. E, é claro, na maioria dos casos, esperamos daí uma
contrapartida financeira.
Abraham:
- O que é que quer dizer com «o trabalho de uma vida»?
Jerry:
- O trabalho que pretendemos fazer pela vida fora, quer seja sob a forma de
negócio, profissão ou emprego...
Abraham:
- Está a falar-nos de uma crença generalizada ou de um desejo interiorizado, e
aceite na sua cultura, que assenta na possibilidade de se escolher uma carreira e
contar que a escolha da mesma possa ser a base de uma vida feliz?
Jerry:
- Desde que me lembro, de facto preconiza-se, tradicionalmente, que assim seja.
Quando era muito novo, as pessoas perguntavam-me com frequência o que queria ser
quando crescesse. E interessante tomar consciência de que, apesar de eu ser apenas
uma criança, os adultos que me rodeavam transmitiam-me um sentido de urgência na
escolha de uma carreira. Lembro-me de observar o leiteiro nas entregas ao domicílio e
de pensar que gostaria que aquela fosse a minha carreira. Noutra ocasião presenciei
uma situação em que um agente da polícia ordenou à minha mãe que parasse o carro
fazendo-a encostá-lo à berma da estrada. Por momentos, fiquei de tal forma fascinado
com a ideia de que alguém pudesse obrigar a minha mãe a fazer fosse o que fosse que
tomei a resolução de ser polícia. Passado pouco tempo parti um braço e fui assistido
por um médico. Nessa altura pensei que gostaria de ser médico. Entretanto a nossa
casa incendiou-se, e a ideia de ser bombeiro pareceu-me, na altura, a mais aliciante.
Mesmo quando me transformei naquilo que a generalidade das pessoas
classifica como um ser adulto, continuei a observar e a considerar a grande
diversidade de opções disponíveis, já que a minha perspectiva também estava em
permanente mutação. Entretanto, as pessoas que me rodeavam mostravam-se algo
decepcionadas com a minha inconstância, pois achavam que eu deveria «assentar» de
uma vez por todas e desenvolver a carreira da minha vida.
Abraham:
- Ao ouvirem a história da sua infância e juventude, e ao darem-se conta da
forma como os acontecimentos mais marcantes da sua vida influenciaram a sua ideia
quanto àquilo que gostaria de fazer, muitas pessoas tenderão a rotulá-lo de infantil ou
de irrealista. Porém, queremos que saiba isto: a sua inspiração provém sempre dos
acontecimentos da sua vida, e quando se permite seguir o movimento dessas ideias
inspiradas, a possibilidade de viver experiências felizes é muito maior que a que lhe é
oferecida pela escolha rígida de uma carreira com base nos motivos que as outras
pessoas utilizam para justificarem as suas escolhas, como sejam a tradição familiar ou
o retorno financeiro.
Não é, pois, de surpreender que muitas pessoas sintam dificuldade em decidir
aquilo que querem fazer para o resto das suas vidas, pois o ser humano é um Ser
multifacetado que tem como intenção fundamental desfrutar a sua natureza
absolutamente livre, e, no seu processo de procura de experiências plenas, crescer e
expandir-se. Por outras palavras, se não houver uma percepção real da liberdade,
nunca poderá ser feliz, e sem alegria não poderá experimentar a verdadeira expansão.
Por muito infantil que possa parecer a sua postura, é muito natural que a vida inspire
a sua próxima aventura, bem como todas as que se lhe sucedam.
Encorajamo-lo a decidir, tão cedo quanto possível na sua vida, que a sua
principal intenção e a razão da sua existência sejam viver feliz para todo o sempre.
Essa seria, sem dúvida, uma boa escolha de carreira: gravitar em torno das actividades
e dos desejos que se harmonizam com as suas intenções mais profundas, que são a li-
berdade, o crescimento e a alegria. Faça uma «carreira» que consista numa vida feliz,
em vez de ter como objectivo encontrar um trabalho que o ajude a obter o dinheiro
suficiente para fazer as coisas que lhe trazem felicidade. Quando a felicidade é o
factor mais importante da sua vida - e quando aquilo que faz «na vida» lhe traz
felicidade — conseguiu encontrar a melhor combinação possível.
Pode tornar-se exímio em sentir-se bem sob quaisquer condições, mas quando
se torna bom a estabelecer, antes de mais, o seu equilíbrio vibratório, atraindo, assim,
a partir desse estado de harmonia, determinados acontecimentos e circunstâncias
favoráveis, as suas potencialidades para viver uma felicidade sustentada aumentam
significativamente.
Jerry:
- Hoje em dia ainda existem culturas (denominadas primitivas ou selvagens)
que parecem viver momento a momento, sem empregos; por outras palavras, quando
os seres a elas pertencentes têm fome pescam um peixe ou colhem frutos de uma
árvore.
Abraham:
- Será que essas pessoas lerão estas palavras? (risos) [Claro que não lerão.] Na
sua perspectiva, qual será, basicamente, o tipo de pessoas que lerão este trabalho?
Jerry:
- As pessoas que acreditam que é essencial terem algum tipo de rendimento
proveniente de uma actividade remunerada.
Abraham:
- Na sua opinião, qual é a principal razão pela qual as pessoas acreditam que
deveriam encontrar uma carreira cedo na vida e mantê-la até à velhice?
Jerry:
- Não posso falar por toda a gente, mas parece-me que há uma componente
moral ou ética naquilo que se preconiza para essa etapa da vida, como se a escolha de
uma carreira que produza dinheiro fosse vista como um dever. Por outras palavras,
não é considerado apropriado receber dinheiro sem se dar nada em troca, ou seja, sem
se ser, de alguma forma, produtivo.
Abraham:
- Tem razão. A maioria das pessoas sente a necessidade de justificar a sua vida
com o esforço do seu trabalho, e talvez seja por isso que, quando os participantes de
um workshop se conhecem, perguntam uns aos outros ao apresentarem-se: O que faz
na vida?
Jerry:
- Durante cerca de quarenta anos ganhei a vida a trabalhar uma média de hora e
meia por dia. Muitas vezes as pessoas que me rodeavam deixavam transparecer
ressentimento pelo facto de eu ter os rendimentos que tinha trabalhando tão pouco, o
que, regra geral, me levava a justificar-me, mencionando a energia que gastava nesses
breves noventa minutos, os anos que foram necessários para me tornar bom naquilo
que fazia ou as horas que passo na estrada para poder realizar o meu trabalho. Por
outras palavras, eu sentia sempre a necessidade de me justificar demonstrando que
pagava um preço justo por aquilo que recebia.
Abraham:
- Quando estabelece o seu alinhamento vibratório (o que significa que está em
harmonia com a Fonte no seu interior e que os seus desejos estão em harmonia com
as suas convicções) nunca sente a necessidade de se justificar. Muitas pessoas tentam
justificar os seus comportamentos ou as suas ideias, mas nunca é bom utilizar as
opiniões das outras pessoas como ponto de referência para o seu próprio
alinhamento. Para esse efeito deve utilizar o seu próprio Sistema de Orientação.
Desde muito cedo na sua vida, são muitas as pessoas que tentam exigir-lhe o
cumprimento de um conjunto de regras, e que siga determinadas opiniões, mas se
permitir que aquilo que essas pessoas querem seja o motor das suas decisões, vai-se
distanciando cada vez mais do seu alinhamento com quem realmente é e das
intenções com as quais nasceu, bem como daquelas que foram surgindo em função da
sua experiência de vida. Se não se libertar da necessidade de agradar às outras
pessoas, substituindo-a pela sua intenção poderosa de estabelecer o alinhamento com
quem realmente é (a sua Fonte), nunca experimentará o deleite da liberdade. Para
isso, terá de prestar atenção à forma como se sente e escolher pensamentos de bem-
estar, indicativos de que estabeleceu o seu alinhamento.
Quando sente que alguém o desaprova ou o ataca, a reacção mais natural é
defender-se; porém, quando se habitua a estabelecer o alinhamento com o seu Ser
Interior, a necessidade de se defender acaba por se dissipar, uma vez que todos os
sentimentos de vulnerabilidade são substituídos por uma consciência firme de quem
realmente é.
Quaisquer que sejam as suas escolhas, haverá sempre alguém que discorda
delas, mas quando descobre o seu equilíbrio e mantém o seu alinhamento, o mais
provável é que as pessoas que o rodeiam comecem a perguntar-lhe qual é o seu
segredo para o sucesso, em vez de o criticarem por esse mesmo sucesso. De qualquer
forma, as pessoas que continuam a criticá-lo permaneceriam insatisfeitas com as suas
justificações, por mais convincentes que fossem os seus argumentos.
A sua missão não é a de colmatar o sentimento de escassez dos demais, mas sim
a de se manter a si mesmo em harmonia. Quando permite que a sociedade em que
vive, ou mesmo outra pessoa, se pronuncie acerca dos comportamentos que você
deveria ou não ter, essa harmonia é perdida, porque o sentimento de liberdade,
inerente à natureza do seu Ser, é posto em causa. Quando está atento ao que sente e
pratica a auto-responsabilização com base na escolha dos seus pensamentos, através
dos quais estabelece o alinhamento com quem realmente é, está a dar um exemplo de
sucesso que será altamente inspirador e benéfico para as pessoas que o observam.
Não pode ajudar as pessoas pobres a serem bem sucedidas a partir de um estado
de pobreza, nem ajudar as pessoas doentes a melhorarem a partir de um estado de
doença. Apenas pode ajudar os demais a partir de um estado de vitalidade, clareza de
espírito e alinhamento.
Abraham:
- Qual é a principal razão que determina a motivação por uma dada carreira?
Jerry:
- Li um estudo recente onde se conclui que as pessoas procuram sobretudo o
prestígio. Por outras palavras, se tiverem de escolher entre uma posição mais elevada
ou dinheiro escolhem o título.
Abraham:
- As pessoas que procuram o prestígio substituíram o seu próprio Sistema de
Orientação pela aprovação dos demais, e essa é uma forma pouco plena de se viver,
porque aqueles que o observam e a quem procura agradar não lhe darão atenção
durante muito tempo. Esse estudo é, muito provavelmente, rigoroso, porque no geral
as pessoas preocupam-se mais com aquilo que os outros pensam delas do que com
aquilo que sentem, e essa forma de orientação não tem consistência.
Por vezes as pessoas preocupam-se com o facto de que, se considerarem, acima
de tudo, egoistamente, aquilo que lhes traz felicidade, estarão a ser injustas ou a
demonstrar desrespeito pelos demais, mas nós sabemos que é exactamente o
contrário que se passa. Quando se preocupa com o seu alinhamento com a Fonte -
que se traduz na forma como se sente -e se esforça por manter a sua Ligação, as
pessoas que estão em contacto consigo recebem o benefício do seu estado. Não lhe
será possível animar outra pessoa a menos que esteja ligado à sua própria Fonte de
Bem-Estar.
Compreendemos que seja muito aliciante ser o centro das atenções e ser
apreciado. Quando isso acontece, é porque as pessoas estão a fazer exactamente o que
acabámos de descrever: ao apreciarem-no ligam-se à Fonte através de si e, por outro
lado, reforçam a sua Ligação. No entanto, não é nada prático solicitar aos demais que
mantenham o seu respectivo alinhamento com a Fonte, e também que o mantenham
a si como objecto de atenção para lhe permitir receber o Bem-Estar assim produzido.
Porquê? Porque não pode controlar a ligação das outras pessoas, e porque, com toda a
certeza, não será sempre o seu objecto de atenção. No entanto, pode ter o controlo
absoluto da sua Ligação à Fonte, e quando a sua intenção mais importante é a de
manter a sua ligação sem envolver as outras pessoas, liberta-se da necessidade de
agradar aos demais (o que é impossível de se fazer sempre), e torna-se apto a manter
uma Ligação e um sentimento de Bem-Estar duradouros.
E interessante constatar que as pessoas que se preocupam com o que sentem,
que mantêm uma atitude positiva e de bem-estar, que mantêm a sua ligação à Fonte e
emitem pensamentos positivos relativamente aos temas em que se concentram são
vistas como atraentes, recebendo o apreço e a aprovação dos outros.
Não pode obter a aprovação que procura a partir de um estado de necessidade
ou de escassez dessa aprovação. Um gabinete com uma vista panorâmica ou um lugar
de estacionamento em seu nome não podem preencher o vazio de não estar em
harmonia com quem realmente é. Quando estabelece esse alinhamento, todos esses
pormenores perdem importância, embora acabem por se materializar.
Jerry:
- Diverti-me muito ao longo dos vinte anos em que estive ligado à indústria do
entretenimento. Não trabalhava durante muitas horas, pelo que me sobrava bastante
tempo para outros desafios, aventuras e experiências novas... e, no entanto, por vezes
eu dizia que me sentia como se estivesse a caminhar sobre areia e que, quando olhava
para trás, não via as marcas dos meus pés. Por outras palavras, sentia que
proporcionava ao meu público um prazer temporário sem lhes deixar nada que tivesse
um valor duradouro.
Será que todos nós temos a capacidade intrínseca de inspirar os outros? Essa
capacidade é gerada a outros níveis do nosso ser ou somos nós que captamos essas
intenções nas pessoas que nos rodeiam quando nascemos nesta dimensão física?
Abraham:
- Você nasce com uma vontade inata de ter valor, de enaltecer, e com a
consciência de que tem valor. O sentimento de escassez que descreve não se prende
com a sua falta de capacidade para acrescentar valor à vida das outras pessoas, e sim
com o facto de os seus pensamentos o manterem desviado do seu alinhamento
pessoal. É assim que funciona: quando estabelece o alinhamento com quem realmente
é (com o seu Ser Interior ou Fonte), é inevitável que a sua presença enalteça as
pessoas com quem se cruza, e, nesse estado de alinhamento, não se dá conta da
quantidade de pessoas que não estão alinhadas. A Lei da Atracção não o rodeia de
pessoas insatisfeitas quando você se sente satisfeito. A Lei da Atracção não o rodeia de
pessoas satisfeitas quando você está insatisfeito.
Não pode compensar a sua falta de alinhamento dedicando mais tempo ou
energia à acção. Nesse estado, não consegue encontrar ideias eficazes que marquem a
diferença. O seu valor na vida dos outros depende de um único factor: o seu
alinhamento pessoal com a Fonte. A única coisa que pode, efectivamente, dar é o
exemplo do seu alinhamento, que os outros observam, e depois desejam, e depois se
esforçam por atingir, mas que não pode ser você a dar-lhes.
O entretenimento que proporcionou ao seu público foi um contributo muito
mais significativo do que possa ter imaginado na altura, porque aquilo que ofereceu a
essas pessoas foi um momento de distracção dos aspectos desagradáveis das suas
vidas, ou seja, durante o tempo em que elas não concentraram a sua atenção nos
problemas conseguiram estabelecer, em muitos casos, um alinhamento temporário
com a Fonte. No entanto, não pode manter-se como objecto de atenção dessas
pessoas, para assim lhes assegurar o bem-estar. Cada pessoa é responsável pelos seus
próprios pensamentos e pela escolha dos seus objectos de atenção.
No seu âmago, está consciente da sua qualidade de criador feliz,
permanentemente a ser chamado a realizar essa natureza, embora não tenha de
cumprir uma longa lista de requisitos. A sua intenção inicial foi a de permitir-se
receber a inspiração proveniente dos desejos e ideias de expansão geradas no seu
ambiente físico, e estabelecer o alinhamento com a Energia da Fonte presente no seu
interior, por forma a viver essas ideias e desejos. Por outras palavras, sabia que os seus
desejos seriam originados na sua participação na vida física, e que, uma vez
estabelecido um desejo, poderia concentrar os seus pensamentos até desencadear um
sentimento de expectativa que, por sua vez, o concretizaria.
O papel dos seres que o rodeiam no seu processo de criação é o de
proporcionarem a diversidade onde são gerados os seus desejos. A sua intenção não
era comparar o seu valor ao dos demais, e sim ser inspirado com novas ideias geradas
pela combinação dos acontecimentos exteriores. As comparações com as outras
pessoas apenas deveriam servir para inspirar os seus desejos expandidos, e nunca para
diminuir o seu valor.
A sua vida não é aquilo que faz depois do trabalho, no fim-de--semana, ou
depois da reforma. A sua vida acontece a cada momento, e é expressa pela forma
como se sente a cada momento. Se o seu trabalho for desagradável, se não lhe trouxer
realização ou for demasiado duro, isso não se deve ao facto de se encontrar no lugar
errado, e sim ao facto de a sua perspectiva estar limitada por pensamentos não
harmoniosos.
Não lhe é possível ter um final feliz numa viagem que não foi agradável. O fim
não justifica os meios. O caminho contém sempre a essência do termo da viagem.
Jerry:
- A minha liberdade sempre foi o mais importante para mim, e nunca me dispus
a abrir mão dela por dinheiro. Sempre afirmei que o dinheiro me interessava muito
pouco na medida em que nunca estive disposto a abdicar da minha liberdade por essa
causa; porém, com o tempo, aquela sensação de «não deixar pegadas na areia» levou-
me a perguntar a mim próprio se a vida não seria mais do que divertir-me.
Pouco tempo depois de ter colocado essa questão, encontrei o livro Tbink and
Grow Rich, e apesar de a ideia de pensar ou de enriquecer não ser, à partida, aliciante
para mim, acabei por me interessar muito pelo livro. Senti desde logo que aquele livro
iria ser importante na minha vida. A sua mensagem era: Tome uma decisão quanto
àquilo que quer! Parecia uma ideia simples, mas eu senti o seu poder de uma forma
estranha e nova para mim, e, pela primeira vez na minha vida, comecei a tomar
decisões quanto ao que queria de uma forma consciente, e a anotá-las: «Quero
trabalhar por conta própria; quero ter o meu próprio negócio; não quero trabalhar
num lugar fixo; não quero sentir-me limitado; não quero ter empregados (não quero
esse tipo de responsabilidade); quero liberdade.»
Na verdade, eu desejava ser capaz de controlar os meus rendimentos e queria
viajar, ou poder estar onde me aprouvesse. Queria que o meu trabalho enaltecesse, de
alguma forma, a vida de cada pessoa com quem me cruzasse (ou, pelo menos,
esperava não prejudicar ninguém) e jamais quereria contribuir para diminuir a vida
fosse de quem fosse.
As pessoas costumavam rir-se quando eu dizia isto, e comentavam: «Jerry, és
mesmo um sonhador. Isso não existe!», e eu respondia: «Tem de existir. Emerson
disse que nunca desejamos aquilo que não temos capacidade de conquistar.» Acredito
nisso, pelo que comecei a criar expectativas quanto a possíveis oportunidades...
Cerca de trinta dias após ter definido aquilo que queria, encontrei um homem
que me mostrou um negócio que eu poderia desenvolver na Califórnia, e essa foi a
oportunidade que surgiu em resposta à minha formulação. Nos anos seguintes esse
negócio cresceu, sempre conforme à essência daquilo que eu queria e que nomeei por
escrito.
Jerry:
- Quando pensei naquilo que queria não disse que teria de ser alguma coisa que
eu já soubesse fazer, ou para a qual tivesse uma apetência ou uma capacidade
específica. Apenas mencionei aquilo que queria.
Qualquer um de nós pode ter acesso àquilo que quer? Qualquer pessoa pode ter
aquilo que deseja a partir do momento em que definimos o que queremos?
Abraham:
- Sim. Se esta experiência de vida lhe inspirou o desejo, é porque contém o
potencial de o satisfazer ao pormenor.
Essas decisões quanto àquilo que quer consubstanciaram-se ao longo do tempo,
com base nas suas vivências. A sua determinação em concentrar-se nessas decisões e
em escrevê-las ao pormenor reforçaram a sua confiança e a sua expectativa. Quando
os seus desejos e as suas convicções convergem surge a expectativa. Quando acalenta
uma expectativa, o seu desejo acaba por se manifestar rapidamente na sua
experiência.
A liberdade foi, durante muito tempo, o elemento mais importante dos seus
desejos, e, a partir de um determinado momento, quando identificava alguma
situação que não ameaçava o seu desejo de liberdade e com potencial para gerar
rendimentos, permitia que o seu desejo de ganhar mais dinheiro se expandisse, ao
passo que, anteriormente, rejeitava, à partida, qualquer que fosse a situação que
pudesse, potencialmente, comprometer a sua liberdade.
Recorde que nasceu com uma tríade de intenções primordiais: a liberdade, o
crescimento e a alegria. A liberdade é a base do seu ser, porque tudo o que lhe
acontece surge como uma resposta aos pensamentos que tem, e ninguém mais pode
controlar os seus pensamentos. Quando aprende a alinhar os seus pensamentos com
quem realmente é, tendo como centro da sua procura a alegria, todas as resistências
se dissipam e consente a expansão ou o crescimento que a sua experiência de vida lhe
inspirou.
Abraham:
- Quando escolhe uma carreira, ou quando executa as tarefas inerentes à sua
actual actividade profissional, se a sua principal intenção for a de sentir alegria
enquanto trabalha, a sua tríade de intenções estabelece rapidamente o seu
alinhamento; porque, quando se sente bem, harmoniza-se totalmente com os
aspectos Não-Físicos e mais abrangentes do seu Ser. Esse alinhamento permite-lhe
expandir-se na direcção de todas as coisas que a sua vida o ajudou a identificar como
desejadas, e, por isso, o seu crescimento agiliza-se e torna-se mais satisfatório.
A liberdade é a base da sua experiência de vida; não é algo que tenha de
aprender. A alegria é o seu objectivo, e o crescimento é o vector resultante. No
entanto, se acredita que não é merecedor e apenas exprime o seu valor através da
acção, não poderá encontrar o seu equilíbrio. Muitas vezes, quando explicamos esta
tríade de intenções perfeita - liberdade, crescimento e alegria - a maior parte dos Seres
físicos focalizam imediatamente a sua atenção na ideia do crescimento, devido à
ansiedade que sentem de provar o seu valor, valor esse que nunca esteve em causa,
uma vez que não é preciso provar ou justificar nada. A razão da sua existência não
requer justificação, porque a existência já é, em si mesma, justificação.
Eu Sou o Criador de Uma Carreira Feliz
Abraham:
- Gostaríamos que visse a sua «carreira» como a criação de uma experiência de
vida feliz. Não se veja como um criador de coisas ou um imitador das criações dos
demais, ou alguém cujo propósito seja a acumulação de coisas. Veja-se como um
criador, cujo objecto de criação é a sua experiência de vida feliz. Essa é a sua missão. A
sua busca. A razão da sua existência.
Jerry:
- Abraham, na vossa perspectiva é moral e eticamente correcto nunca se
retribuir aquilo que nos é dado? Por outras palavras, é correcto as pessoas viverem de
heranças, ou de dinheiro ganho em jogos de sorte, ou de doações, ou de subsídios do
Estado?
Abraham:
- A sua pergunta mostra a sua crença de que há um preço a pagar pelo Bem-
Estar que flui para si, que há o dever de uma contrapartida implícita - na forma de
acção - que justifique esse Bem-Estar. Não é esse o caso. Não é necessário, nem
possível, justificar o Bem-Estar que flui para si, mas é necessário que estabeleça o
alinhamento com esse Bem-Estar. Não pode concentrar-se na falta de Bem-Estar e, ao
mesmo tempo, consentir o Bem-Estar na sua experiência de vida.
Muitas pessoas concentram-se nas coisas indesejadas, sem tomarem
deliberadamente consciência da Orientação Emocional que provém do seu interior, e
tentam compensar essa forma negativa de pensamento com a acção física. Devido à
inexistência de alinhamento da Energia, essas pessoas não obtêm resultados com as
suas acções, pelo que tendem a esforçar-se ainda mais, mas, mesmo assim, as coisas
não melhoram.
Tal como acontece com o ar que respira, a abundância é-lhe perfeitamente
acessível. A vida pode ser boa na medida em que a deixe ser.
Se acredita que tem de trabalhar arduamente para ter abundância, não terá
abundância sem se esforçar muito. No entanto, em muitos casos, quanto mais
trabalha pior se sente, e quanto pior se sente, menos consente os resultados que
deseja receber por contrapartida do seu esforço. E por esse motivo que muitas pessoas
se sentem desencorajadas e desorientadas, pois, por mais que se esforcem não
conseguem prosperar.
O apreço, o amor e o alinhamento com a Fonte constituem a melhor forma de,
por assim dizer, «retribuir». Se estiver em sofrimento ou em esforço, nada terá para
dar. Há quem se queixe de injustiça perante o facto de algumas pessoas receberem
muito com pouco esforço, enquanto outras que trabalham muito nunca chegam a ter
sucesso. No entanto, a Lei da Atracção é sempre justa. Aquilo que você vive, a cada
momento, é uma réplica exacta dos seus padrões vibratórios de pensamento. Nada é
mais justo que o fluir da vida, uma vez que, ao pensar, está a vibrar, e ao vibrar, está a
atrair, recebendo, na sua existência, a essência daquilo que emite.
Jerry:
- Se retirássemos da equação o factor dinheiro, ou seja, se não tivéssemos de
desenvolver acções para ganhar dinheiro, o que estaríamos a fazer com as nossas
vidas?
Abraham:
- O que a maioria das pessoas faz é tentar compensar o seu equilíbrio vibratório
com a acção. Por outras palavras, as pessoas pensam tanto naquilo que não querem
que impedem o aparecimento na sua vida daquilo que querem, e tentam compensar o
seu estado de desarmonia com a acção. Se tomar como prioridade máxima o seu
alinhamento vibratório, reconhecendo e aceitando o valor e a importância das suas
emoções e tentando focar-se em coisas que lhe trazem bem-estar, será amplamente
beneficiado por esse alinhamento, ou seja, acontecer-lhe-ão coisas maravilhosas sem
ter de desenvolver grandes esforços.
De uma maneira geral, as acções são desenvolvidas a partir de estados de grande
resistência vibratória, e é por isso que muitas pessoas acreditam que a vida tem de
constituir um grande esforço. E também por essa razão que muitas pessoas acreditam
que o sucesso e a liberdade se opõem, quando, na realidade, são sinónimos. Não é
necessário retirar da equação o factor dinheiro, mas é necessário que tome como
prioridade a procura da alegria na sua vida. Quando assim é, está a atrair abundância
a todos os níveis.
Abraham:
- Seria muito vantajoso se pudéssemos falar-lhe no seu primeiro dia de vida na
dimensão física, pois dir-lhe-íamos o seguinte: «Bem-vindo ao planeta Terra. Não há
nada que você não possa ser, ter ou fazer. O seu trabalho aqui, ou seja, a sua carreira,
consiste na busca da alegria.»
«Você vive num Universo de liberdade absoluta. É de tal forma livre que cada
um dos pensamentos tem o poder de atrair.»
«Quando tem pensamentos que lhe trazem bem-estar estabelece a harmonia
com quem realmente é. Faça, pois, uso da sua liberdade absoluta. Se tomar como
prioridade a busca da alegria, todo o crescimento que alguma vez imaginou surgirá na
sua experiência de uma forma abundante.»
No entanto, este não é o primeiro dia da sua vida. Na maior parte dos casos, irá
ler estas palavras muito tempo depois de já se ter convencido de que não é um ser
livre ou merecedor, pensando que tem de provar, através da acção, que merece
receber alguma coisa. São muitas as pessoas que estão envolvidas em carreiras
profissionais que não consideram gratificantes, sentindo que não podem abandonadas
devido às repercussões financeiras, que produziriam um desconforto ainda maior que
o da actividade profissional em causa. Outras pessoas estão desempregadas e não têm
rendimentos, pelo que vivem um desconforto profundo devido ao facto de não
possuírem meios de subsistência nem perspectivas de segurança futura. Qualquer que
seja a sua situação, se tomar a decisão de se concentrar nos aspectos positivos que ela
contém, deixará de emanar resistência, que é o único estado que o mantém afastado
daquilo que deseja.
Não tem de voltar atrás e desfazer o que foi feito no passado, nem de se castigar
pelos seus insucessos. Se conseguir olhar para este momento como o começo da sua
experiência de vida, fazendo um esforço no sentido de se libertar dos pensamentos de
resistência, e daqueles que lhe trazem mal-estar, ressentimento e falta de auto-estima,
que normalmente se ligam ao tema dinheiro, o seu cenário financeiro começará desde
já a mudar. Basta dizer: «Aqui estou, no primeiro dia do resto da minha experiência
de vida física. A minha principal intenção, doravante, é procurar razões para me sentir
bem. Quero sentir--me bem. Nada é mais importante do que sentir-me bem.»
Abraham:
- É muito comum que certos aspectos do seu ambiente de trabalho não lhe
tragam bem-estar, e, por isso, há momentos em que se convence de que a única forma
de poder sentir-se bem é afastar-se dessas influências negativas. No entanto, a ideia
de se demitir tampouco lhe traz bem-estar, devido às consequências financeiras, uma
vez que os seus recursos económicos são limitados, e por isso permanece infeliz e
aprisionado.
Se pudesse distanciar-se um pouco e ver a sua carreira não como algo que tem
de fazer para receber dinheiro, mas como a forma como aplica a sua experiência de
vida em prol de ter um percurso pleno de alegria, tomaria consciência de que muitos
dos seus pensamentos não se harmonizam com a busca da alegria. Se disser a si
próprio: «Nada é mais importante do que sentir-me bem», verificará que os seus
pensamentos, palavras e comportamentos tomam outras direcções.
O simples exercício de procurar, deliberadamente, os aspectos positivos do seu
actual emprego e dos seus colegas de trabalho proporcionar-lhe-á, de imediato, um
sentimento de alívio que traduz uma mudança da sua vibração, o que, por sua vez,
significa que o seu ponto de atracção também mudou. Quando isso acontece, a Lei da
Atracção traz-lhe encontros com determinadas pessoas, ou mesmo experiências com
determinadas pessoas. E, por assim dizer, um processo de criação de dentro para fora,
ao contrário do mais ortodoxo - de fora para dentro -, que parte da acção e nunca fun-
ciona. A simples - mas poderosa - resolução de querer sentir-se bem determinará que
as coisas comecem a melhorar de forma drástica.
Jerry:
- O que diriam àquelas pessoas que estão à procura do primeiro emprego, ou
que estão prestes a mudar de carreira, tendo como premissas a remuneração e o
crescimento na carreira, a procura do produto ou serviço, e outros aspectos afins, para
decidirem que direcção tomar?
Abraham:
- A vida que já viveu levou-o a identificar os pormenores da experiência que
procura, pelo que a situação perfeita está pronta para entrar na sua vida. O seu
trabalho não consiste em procurar activamente as circunstâncias perfeitas, e sim em
consentir a evolução dos acontecimentos que o conduzem a uma posição que satisfaz
as intenções desenvolvidas ao longo do seu percurso de vida. Por outras palavras,
nunca sabe mais claramente aquilo que quer senão quando está a viver o que não
quer.
Assim, o facto de ter pouco dinheiro leva-o a pedir mais dinheiro. Um chefe que
não tem apreço pelos seus colaboradores leva-o a pedir um chefe que aprecie o seu
talento e disponibilidade. Um emprego que lhe traga poucos desafios leva-o a desejar
uma situação que inspire mais expansão e exija mais das suas capacidades. Um
emprego que exija longas permanências em filas de trânsito leva-o a desejar trabalhar
mais perto de casa... etc. Gostaríamos de alertar as pessoas que gostariam de ver mu-
danças no seu ambiente de trabalho para o facto de que essas mudanças já se
encontram posicionadas no seu Registo Vibratório. O seu trabalho consiste em
estabelecer o alinhamento com aquilo que as suas experiências passadas e presentes o
levaram a desejar.
Esta ideia pode parecer-lhe estranha, mas a forma mais rápida de conseguir
melhorar o seu ambiente de trabalho é concentrando--se nos aspectos desse mesmo
ambiente que lhe trazem bem-estar. As pessoas costumam fazer exactamente o
oposto, ou seja, nomeiam os pontos fracos que justificam os seus sentimentos. No
entanto, como a Lei da Atracção lhe traz a essência daquilo em que centra a sua
atenção, se der atenção a coisas que não deseja acaba por atrair mais coisas
indesejadas. Quando abandona uma situação devido aos aspectos indesejados
presentes na mesma, acaba por encontrar a essência desses mesmos elementos
indesejados na situação seguinte.
Pense e fale sobre aquilo que deseja.
Faça listas dos aspectos agradáveis da situação em que se encontra.
Pense, entusiasmado, nos aspectos evolutivos que estão preparados para entrar
na sua vida.
Não dê importância àquilo de que não gosta. Enfatize aquilo de que gosta.
Observe a resposta do Universo à sua vibração melhorada.
Jerry:
- Nesse caso, a menos que as pessoas se concentrem, a cada momento, naquilo
que querem, deslocando a sua atenção dos aspectos indesejados dos seus cenários
passados ou presentes, continuarão, de alguma forma, a recriar situações negativas?
Abraham:
- Absolutamente correcto! Por mais justificada que a sua emoção negativa possa
ser, você está a comprometer o seu futuro.
A maior parte das pessoas já teve uma quantidade de pensamentos sobre aquilo
que deseja que seria a suficiente para dez ou vinte vidas felizes, mas as respectivas
manifestações não se concretizam porque a sua porta está fechada, e o motivo pelo
qual a porta se mantém fechada são as suas queixas em torno daquilo que está a ser
ou as suas justificações quanto ao estado em que se encontra... Procure motivos para
se sentir bem, e, no seu estado de alegria, irá abrir essa porta que estava fechada. Ao
abrir a sua porta, todas essas coisas acerca das quais disse «Eu quero» poderão
começara entrar. Esperamos que, nessas condições, você seja capaz de viver feliz para
todo o sempre, o que, afinal, corresponde totalmente à sua intenção primordial
quando decidiu abraçar esta carreira que é a experiência de vida física.
Jerry:
- Na minha juventude, quando vivi numa série de grandes quintas em
Oklahoma, Missouri e Arkansas, fiz muitas coisas para ganhar dinheiro. Eram
trabalhos árduos e todos eles desinteressantes. Trabalhei na colheita de frutos, em
criação e venda de galinhas, em plantação, colheita e venda de tomate, como lenha-
dor e vendedor de lenha. Não posso dizer que não ganhei dinheiro (ganhava
consideravelmente bem para a época), mas não gostava do que fazia. Durante os meus
tempos de liceu, em Nova Orleães, tive outros empregos igualmente desinteressantes:
assentador de telhados, mecânico na área da metalurgia e operador de elevadores. O
primeiro emprego interessante que tive foi o de nadador-salvador na praia de
Pontchartrain.
Penso que era uma pessoa comum, e que, nessa altura, não me ocorreu que
poderia ganhar dinheiro a fazer alguma coisa que me entusiasmasse. Durante essa
época da minha vida em que trabalhei arduamente em empregos nada gratificantes,
fazia outras coisas depois do trabalho: juntava-me a outros jovens, no parque, tocava
guitarra, cantava no coro da igreja com a New Orleans Opera, chefiava um grupo de
escuteiros, fazia ginástica acrobática e era professor voluntário de dança e ginástica.
Fiz coisas maravilhosas e muito gratificantes pelas quais nunca fui remunerado.
No entanto, em adulto nunca mais trabalhei durante muito tempo em coisas
que não gostava. Comecei, entretanto, a trabalhar por conta própria, e a ser
remunerado pelas actividades não remuneradas que costumava realizar nas minhas
horas livres, após o trabalho.
Não tinha formação específica - nem planeava ter - para levar por diante uma
carreira musical, ou na área da dança ou da ginástica acrobática. Entretanto, o
sindicato dos metalúrgicos decretou uma greve, e enquanto estive sem trabalhar, um
homem no ginásio da YMCA convidou-me a integrar o «El Gran Circo de Santos y
Artigas», em Cuba, como trapezista de varas. Foi assim que me desviei da rota
«segura» da carreira de assentador de telhados, ou de metalúrgico, que o meu pai
preconizava para mim, na qual era relativamente bom e auferia um ordenado certo,
apesar de não retirar daí qualquer prazer. A consequência da greve indesejada
decretada pelo sindicato fez-me mudar facilmente de direcção, abraçando uma vida
alegre de aventura e lucro financeiro. Comecei como acrobata com esse circo cubano
e mantive-me no mundo do espectáculo durante mais de vinte anos, tendo
desempenhado diversas funções.
Abraham:
- Veja como os pormenores da sua vida demonstram claramente o que temos
abordado aqui. Como vê, aqueles anos da sua juventude em que trabalhou tão
arduamente ajudaram-no não só a identificar aquilo que não queria como a
determinar o que preferia. Apesar de ter trabalhado, durante a sua adolescência, em
áreas que não lhe agradaram, nunca deixou de passar bastante tempo - na verdade,
todos os seus momentos livres - a fazer coisas que realmente gostava de fazer. Assim,
as duas partes da equação para o processo de criação feliz estavam posicionadas: o
trabalho árduo levou-o a pedir, e o tempo que passava a fazer música, ginástica e
outras actividades gratificantes colocou-o numa plataforma de consentimento
crónico; o Universo, por seu lado, através da via da menor resistência, proporcionou-
lhe um meio viável para aceder à liberdade, ao crescimento e à alegria que desejava.
Devido ao intenso desagrado sentido ao longo dos seus anos de trabalho árduo,
ousou ser uma pessoa suficientemente estranha e suficientemente diferente para se
permitir procurar a sua felicidade, e isso aproximou-o de muitas das coisas que
desejou.
A maior parte das pessoas sentem uma diferença pronunciada entre as coisas
que querem e as coisas que acreditam que têm de fazer, colocando as actividades
remuneradas na categoria das coisas que têm de ser feitas. E por essa razão que é tão
difícil ganhar dinheiro, e que o dinheiro parece, quase sempre, ser escasso.
Se for suficientemente sagaz para seguir a pista dos pensamentos que lhe
trazem bem-estar, descobrirá que essa via de felicidade o conduzirá a todas as coisas
que deseja. Quando procura deliberadamente os aspectos positivos dos
acontecimentos da sua vida, estabelece o alinhamento vibratório com quem
realmente é e com as coisas que verdadeiramente quer, e quando o faz, o Universo
oferece-lhe os meios viáveis para realizar os seus desejos.
Jerry:
- Por exemplo, a Esther e eu não tencionamos ser remunerados pelo trabalho
que fazemos convosco, Abraham. Adoramos aprender convosco e estamos
empolgados com os resultados positivos que obtivemos quando aplicámos os
conhecimentos que nos foram transmitidos, mas nunca foi nossa intenção que este
trabalho se convertesse num negócio. Foi uma experiência muito esclarecedora,
gratificante (ainda é...), mas, neste momento, expandiu-se e adquiriu proporções
planetárias.
Abraham:
- Está a dizer que à medida que a sua experiência de vida se expandiu, as suas
ideias e os seus desejos também se expandiram? Apesar de, no início, não conseguir
ver ou descrever os pormenores de como gostaria que as coisas acontecessem, o facto
de gostar do que estava a fazer e de se sentir bem acabou por se transformar numa
espécie de avenida para a concretização de desejos que foram formulados muito
tempo antes de nos ter conhecido e de ter começado este trabalho.
Jerry:
- Sim. O que me levou a aproximar-me foi a necessidade de descobrir uma
forma mais eficaz de ajudar as pessoas a terem sucesso financeiro e também de querer
aprender a viver a vida em conformidade com as Leis do Universo naturais.
Trabalho e Liberdade
Jerry:
- A maior parte das actividades a que me dediquei ao longo da vida, às quais
poderíamos chamar as minhas carreiras, não surgiram na minha experiência como
uma forma de ganhar dinheiro. São, antes de mais, actividades que gosto de fazer, e
que, com o tempo, acabaram por ser remuneradas.
Abraham:
- Esse é o verdadeiro segredo do sucesso que tem vivido ao longo de muitos
anos. Como estabeleceu, ainda jovem, que sentir--se bem era o mais importante para
si, conseguiu encontrar uma diversidade de formas interessantes de se manter fiel a
essa intenção, sem ter consciência, na altura, de que o segredo de todo o sucesso
reside em manter-se feliz.
A maioria das pessoas aprende que a sua própria felicidade é um tema egoísta e
inadequado, e que os verdadeiros objectivos de vida deveriam girar em torno dos
compromissos, das responsabilidades, dos esforços e dos sacrifícios... Porém,
queremos que compreenda que pode ter compromissos, pode ser responsável, pode
motivar as outras pessoas e... ser feliz. Na verdade, a menos que consiga encontrar
uma forma de se ligar à sua verdadeira felicidade, todos os outros temas da sua vida se
tornam vazios, como palavras ocas, não fundamentadas por um valor verdadeiro. O
ser humano apenas pode ser enaltecido a partir do seu estado de força e ligação.
Quando as pessoas dizem «Não quero trabalhar», o que realmente estão a dizer
é: «Não quero ir a um lugar onde tenho de fazer coisas que não quero fazer para
ganhar dinheiro.» Quando lhes perguntamos porquê, dizem: «Porque quero ser livre.»
No entanto, o que procuram não é libertar-se da acção, porque a acção até pode ser
gratificante, nem do dinheiro, porque dinheiro e liberdade são sinónimos. Procuram,
isso sim, libertar-se da negatividade, da resistência, do facto de não se permitirem ser
quem realmente são. Por outro lado, desejam abundância - seu direito à nascença - e
libertar-se da escassez.
Os Aspectos Positivos?
Abraham:
- Sempre que sente uma emoção negativa isso é um sinal do seu Sistema de
Orientação Interior de que, nesse momento, está a concentrar-se nos aspectos
negativos de um determinado assunto, e que, ao fazê-lo, se está a privar de algo que
deseja.
Se estabelecer a intenção de se concentrar nos aspectos positivos dos temas aos
quais dá atenção, começará, de imediato, a sentir os sinais de uma evolução dos seus
padrões de resistência, uma vez que, em virtude da sua mudança vibratória, o
Universo passa a ter condições para poder concretizar os desejos que sempre teve.
É frequente as pessoas, depois de mudarem de emprego e de entidade patronal,
chegarem à conclusão de que encontram os mesmos problemas em todas as situações,
isto porque se levam a si mesmas para todos os lugares aonde vão. Quando muda de
emprego mas continua a queixar-se daquilo que estava mal no seu último emprego
para fundamentar a decisão de ter-se demitido, está a activar a mesma mistura
vibratória de resistência, e, com isso, a impedir que as coisas que deseja se manifestem
na sua vida.
A melhor forma de conseguir melhorar a sua situação profissional é centrar-se
nos aspectos mais positivos do lugar onde se encontra até que todos os seus padrões
de pensamento fiquem impregnados do sentimento de apreço. É essa mudança
vibratória que vai permitir a entrada de melhores condições e circunstâncias na sua
experiência de vida.
Certas pessoas temem que, se seguirem a nossa sugestão de procurar os
aspectos positivos da situação em que se encontram, isso apenas contribua para se
manterem no mesmo lugar indesejado durante mais tempo, mas o oposto é que é
verdadeiro: quando cria um estado de apreço, está a libertar-se das limitações auto-
impostas (todas as limitações são auto-impostas), criando assim as condições
necessárias para receber coisas maravilhosas.
Jerry:
- Abraham, qual é o papel do apreço na criação da equação? E qual é o papel
desse estado de apreço na atitude de gratidão? Aprendi, com o livro Think and Grotv
Ricb, de Napoleon Hill, a decidir o que quero e, de seguida, a concentrar-me nisso, ou
seja, a pensar nisso, até que os meus desejos se manifestem. Por outras palavras,
digamos que estabeleci objectivos e tempos de concretização. Porém, quando vos
descobri tomei consciência de que as coisas que descrevia como as mais maravilhosas
que me aconteceram nem sequer foram aquelas que eu havia designado como desejos
(o que também acabou por deixar de ser assim). Aquilo que se manifestava na minha
vida era a essência das coisas pelas quais eu tinha nutrido um elevado apreço. Passo a
exemplificar:
Eu conhecia a Esther há muito tempo antes de começarmos a namorar, e nunca
a quis ao longo de todos esses anos, mas admirava muitas facetas da sua pessoa...
entretanto, ela (e as suas deliciosas facetas) entrou completamente na minha vida,
marcando uma diferença fabulosa nos melhores aspectos da minha vida.
Da mesma forma, li e reli os livros de Seth sem nunca ter desejado ter um
«Seth» na minha vida, mas sempre com um grande apreço pelos ensinamentos dessa
«entidade Não-Física» chamada Seth, e por Jane Roberts e Robert Butts, que
mediaram a experiência. E agora aqui está Abraham, que não é propriamente Seth,
mas que traz à minha vida a essência de tudo o que apreciei tanto nas experiências
metafísicas fenomenais de Seth com Jane e Robert.
Há mais de quarenta anos, visitei, nas imediações de San Francisco, uma família
que vivia de uma actividade muito básica, quase primitiva, até, de lapidação.
Trabalhavam em casa e o negócio era desenvolvido através de encomendas postais.
Jamais me passou pela cabeça querer aquele negócio para mim, mas, devido ao meu
apreço por ele, relatei a milhares de pessoas a história da minha experiência, até que
um dia, cerca de vinte anos depois, a caminho do correio para levantar as encomendas
de gravações dos Ensinamentos de Abraham, apercebi-me de que estava a viver a
essência desse negócio que assentava nas encomendas postais e que eu tanto tinha
admirado. Vejam, agora, quantos milhões de pessoas foram tocadas de uma forma
positiva em consequência do negócio que é a disseminação desta filosofia!
Poderia referir muitos mais casos, mas mencionarei apenas o seguinte: quando a
Esther e eu nos mudámos para San Antonio, no Texas, alugámos, temporariamente,
uma pequena casa onde havia um poço, onde fizemos uma pequena horta e uma
capoeira, e onde tínhamos uma cabra leiteira. Costumávamos passear a pé:
atravessávamos a estrada, em frente à nossa casa, passávamos por uma pequena pista
de aterragem e entrávamos num bosque de cedros e carvalhos. Mesmo em pleno
Verão dávamos belos passeios; percorríamos os trilhos dos veados e as zonas mais
densas da floresta.
Um dia descobrimos que um dos trilhos dos veados desembocava num pequeno
«prado» escondido entre os carvalhos. Foi maravilhoso! A erva, as flores, toda a
ambiência era verdadeiramente encantadora. Adorámos aquele lugar da floresta e
regressámos muitas vezes. Invocámos cenários em torno do que aquele lugar,
aparentemente antigo e natural, poderia ter sido para as pessoas que o descobriram
no passado. Perguntámo-nos qual seria a razão pela qual tinha sobre nós um efeito
tão inexplicavelmente agradável, e sentimos um grande apreço! No entanto, nunca
dissemos que queríamos ter aquele pedaço de terra. Apenas o apreciámos.
Cinco ou seis anos mais tarde, recebemos uma chamada de uma pessoa
desconhecida que nos informou de que tinha ouvido dizer que andávamos à procura
de um terreno para construirmos o nosso escritório... os quinze hectares que nos
ofereceu continham aquele lugar mágico! Esses quinze hectares passaram a fazer
parte de uma área de cerca de quarenta... e, um dia em que estava a apreciar os belos
carvalhos do terreno de vinte hectares vizinho... enfim, sem entrar em grandes
pormenores, o importante é referir que esse pequeno prado passou a estar integrado
num terreno de quarenta hectares que passaram a ser oitenta, ao longo da Interstate
10... com uma pista de aterragem, um estacionamento para helicópteros, um estábulo
(apesar de não termos aviões, nem cavalos). Tudo isto evoluiu a partir do nosso
grande apreço por um pequeno prado no meio da floresta.
Abraham, gostaria que comentasse a minha perspectiva quanto à emoção do
apreço.
Abraham:
- A vibração do verdadeiro amor, o sentimento de estar apaixonado, o
sentimento que por vezes tem quando vê alguém e sente que ambos se movimentam
através um do outro. O sentimento que tem quando contempla a inocência de uma
criança e sente a beleza e o poder desse ser. O amor e o apreço são vibrações
idênticas.
O apreço é a vibração de alinhamento com quem realmente é. E a ausência de
resistência, de medo, de dúvida, de autonegação ou ódio para com os demais. O
apreço é a ausência de tudo o que traz mal-estar perante tudo o que traga bem-estar.
Quando se concentra naquilo que quer, quando conta a história da sua vida tal como
quer que ela seja, aproxima-se cada vez mais do estado de apreço, e, quando o atinge,
ele puxa-o, de uma forma muito poderosa, para todas as coisas que considera boas.
Quanto às diferenças entre o apreço e a gratidão, muitas pessoas utilizam
ambos os termos de forma indiferenciada, embora a essência vibratória de ambos
difira, porque quando sente gratidão normalmente está a focalizar-se num esforço
feito. Por outras palavras, sente-se feliz por já não se encontrar nessa luta, cuja
vibração ainda está, de alguma forma, presente. Também temos a diferença entre
inspiração, que se prende com o chamamento de quem você realmente é, e
motivação, que é algo que o impulsiona a movimentar-se.
O apreço é um sentimento de sintonia, de abertura, de alinhamento vibratório
com «a pessoa em quem me tornei»; o estado de apreço é «o meu ser em sintonia com
o todo que eu sou».
Estar nesse estado de apreço é ver o que o rodeia com os olhos da Fonte.
Quando se encontra nesse estado, pode percorrer uma rua apinhada de gente e
repleta de todo o tipo de situações que exasperariam a generalidade das pessoas sem
sequer percepcionar toda essa agitação, porque a sua vibração de apreço o chama para
elementos de outra natureza vibratória.
O estado de apreço é um estado de ligação a Deus. Sentir apreço é ser quem
verdadeiramente é, é ser o ser que era quando nasceu e o ser que será no momento da
sua morte, o que constituiria - se estivéssemos na sua dimensão física - a nossa
procura em todos os momentos.
Joseph Campbell utilizou o termo alegria, e nós corroboramos: «Siga a sua
alegria.» No entanto, por vezes não consegue ter acesso à alegria no estado em que se
encontra. Se estiver em desespero siga a sua vingança. O movimento é a favor da
corrente. Se odeia siga a sua raiva. Se está enfurecido siga a sua frustração. O
movimento é a favor da corrente. Se se sente frustrado siga a sua esperança. O
movimento é a favor da corrente. Se tem esperança está a aproximar-se do estado de
apreço.
Quando entra na vibração da esperança, aconselhamos a que comece a elaborar
listas das coisas que lhe trazem bem-estar e que encha muitos cadernos com a
enumeração de todas essas coisas. Faça listas de aspectos positivos. Faça listas das
coisas que ama. Vá ao restaurante, procure os seus pratos preferidos e nunca se queixe
seja do que for. Procure sempre o que mais gosta, e mesmo que goste apenas de uma
única coisa, centre nela a totalidade da sua atenção, usando-a como ponto de partida
para ser quem realmente é.
Quando utiliza essas coisas que brilham na sua vida e lhe trazem bem-estar
como pontos de partida para concentrar a sua atenção tendo em vista ser quem é, está
a sintonizar-se com esse outro ser que realmente é, e o mundo começa a transformar-
se perante os seus olhos. A sua missão não é mudar o mundo para as outras pessoas,
mas sim transformá-lo para si. O estado de apreço é Pura Ligação à Fonte, onde a
percepção da escassez é inexistente.
Abraham:
- Da mesma forma que certas pessoas se concentram na falta de dinheiro,
muitas concentram-se na falta de tempo, e, regra geral, esses dois aspectos em falta
estão ligados e afectam-se mutuamente de uma forma negativa. Regra geral, o motivo
desta associação nociva de temas em falta é o sentimento de que não há tempo para
se fazer o que é necessário para atingir o sucesso.
A principal razão pela qual as pessoas sentem falta de tempo reside no facto de
que tentam extrair demasiados resultados das suas acções. Se não tem consciência do
poder que reside no alinhamento e não faz qualquer esforço no sentido de estabelecer
o seu alinhamento pessoal, ou seja, se se sente esmagado, ou zangado, ou ressentido,
ou descompensado e, a partir dessas perspectivas emocionais, desenvolve uma acção
que visa atingir objectivos, o mais provável é que sinta uma enorme falta de tempo.
Nenhuma quantidade de acção pode compensar a ausência de alinhamento da
Energia, mas quando se preocupa com o que sente e estabelece como prioridade a
preservação do seu equilíbrio vibratório, começa a sentir que o Universo se torna mais
cooperante, abrindo-lhe muitas portas. Se considerarmos uma pessoa que tenha
estabelecido o seu alinhamento vibratório, o esforço físico requerido para atingir um
determinado objectivo representa apenas uma fracção do esforço necessário a outra
pessoa que não tenha estabelecido essa harmonia. Os resultados experimentados por
alguém que esteja em alinhamento são, comparativamente, muito superiores aos
resultados obtidos por alguém que não esteja nesse estado.
Se sente escassez de tempo e dinheiro, o melhor que tem a fazer é concentrar-se
em pensamentos que lhe tragam bem-estar, escrever longas listas de aspectos
positivos, procurar razões para se sentir bem e fazer coisas que lhe tragam bem-estar.
Reservar tempo para se sentir melhor, para encontrar aspectos positivos, para
estabelecer o alinhamento com quem realmente é produz resultados notáveis e ajuda-
o a gerir o seu tempo com muito mais eficácia.
A escassez de tempo não é um problema seu. A falta de dinheiro não é um
problema seu. E a falta de Ligação à Energia que cria mundos que está na origem de
todas as sensações de escassez que experimenta. Esses vazios ou faltas apenas podem
ser preenchidos com um único elemento: Ligação à Fonte e alinhamento com quem
realmente é.
O seu tempo depende da percepção que tem dela, e, apesar de a passagem do
tempo ser igual para todos, o seu alinhamento afecta essa percepção, bem como os
resultados que permite que se manifestem na sua vida. Quando reserva algum tempo
para visualizar a sua vida como quer que ela seja, acede a um poder que lhe está
inacessível quando se concentra predominantemente nos problemas da sua vida.
Quando observa as enormes diferenças dos esforços que as pessoas aplicam face
aos resultados que obtêm, é forçado a concluir que a acção não é a única incógnita da
equação. A diferença reside no facto de que algumas pessoas recebem o benefício
proporcionado pelo alinhamento devido aos pensamentos que têm, enquanto outras
não permitem a entrada em jogo desse benefício, também devido aos pensamentos
que têm.
Imagine-se a correr dois quilómetros, e que, ao longo do percurso, passa por
duas mil portas. Imagine que tem de abrir cada uma dessas portas antes de
prosseguir. Imagine agora que, à medida que se vai aproximando das portas, cada uma
delas se vai abrindo para si, permitindo-lhe prosseguir sem ter de abrandar. Quando
está em alinhamento com a Energia que cria mundos deixa de ter de parar para abrir
cada uma das portas. O seu alinhamento energético permite que as condições
exteriores se organizem favoravelmente, e, quando assim é, a sua acção consiste em
desfrutar do benefício do alinhamento que estabeleceu.
Abraham:
- Você é um criador poderoso que veio até esta dimensão de liderança do
pensamento plenamente consciente de que iria criar através do poder do seu
pensamento, direccionando deliberadamente a sua atenção para as coisas que deseja.
A sua intenção não foi fazer depender essa criação da acção.
Pode levar algum tempo a ajustar-se à ideia de que cria através dos seus
pensamentos e não através da acção, e, por isso, nunca é demais sublinharmos o valor
do pensamento e a importância de falar nas coisas como gostaria que elas fossem em
vez de se referir a elas tal como são. A partir do momento em que toma consciência
do poder do seu pensamento e direcciona, de uma forma deliberada, esta poderosa
ferramenta para as coisas que deseja, descobre que a componente de acção da sua
vida se prende, sobretudo, com a maneira como desfruta aquilo que já foi criado com
o seu pensamento.
Quando estabelece o alinhamento vibratório (o que significa que os seus
pensamentos lhe trazem bem-estar) e se sente inspirado a agir, consegue o melhor de
dois mundos. Quando está em sintonia com a frequência vibratória da Fonte, as suas
acções não requerem esforço, são inspiradoras e produzem resultados agradáveis.
Quando, pelo contrário, a acção não é levada a cabo a partir de um estado de
alinhamento vibratório, exige muito mais esforço, tende a ser ineficaz e, com o tempo,
torna-se esgotante.
A maioria das pessoas está de tal forma ocupada com o imediato que não tem
tempo para cuidar do que é realmente importante. Muitos são os que nos dizem que
estão de tal forma ocupados a ganhar dinheiro que nem sequer têm tempo para
desfrutar do dinheiro que ganham... Quando faz depender a sua criação da acção, é
frequente que se sinta demasiado cansado para desfrutar daquilo que criou.
Pergunta:
- O meu trabalho é uma aventura de que gosto muito. No entanto, quando ligo
o tema finanças ao tema trabalho gera-se uma tensão que me subtrai a alegria. Trata-
se de aspectos que não podem ser associados?
Abraham:
- Esta é uma história recorrente que costuma ser contada pelas pessoas criativas
ligadas à música ou a outra forma de arte.
Quando estas pessoas decidem ganhar dinheiro a fazerem aquilo que mais
gostam de fazer não só têm dificuldade em ganhar o dinheiro suficiente como deixam
de sentir a alegria que sentiam antes de tomarem essa decisão.
A maioria das pessoas tem uma atitude muito negativa para com o dinheiro,
porque se referem mais amiúde àquilo que não podem comprar, ou à falta de
dinheiro, que ao benefício do dinheiro. Por outro lado, costumam passar mais tempo
a pensar no que está a acontecer na sua experiência de vida do que naquilo que
prefeririam que acontecesse, e, sem querer, pensam em dinheiro com base numa
perspectiva de escassez.
Assim, quando liga uma ideia acerca de algo de que gosta - a sua aventura, a sua
música, a sua arte - a algum outro aspecto da sua vida relativamente ao qual sente
carência (como é o caso do dinheiro), o equilíbrio do seu pensamento tende a centrar-
se no sentimento dominante.
Quando começa a passar mais tempo a visualizar aquilo que deseja e menos
tempo a observar o que é, e quando pratica a arte de contar a sua história melhorada,
com o tempo a sua aventura acaba por totnar-se a vibração dominante. Quando assim
é, ou seja, quando estabelece a ligação entre essa actividade e a ideia de poder ganhar
dinheiro, a ligação é harmoniosa, e os dois aspectos enaltecem-se mutuamente.
Não há melhor forma de ganhar dinheiro que a fazer algo que lhe dê muito
prazer. O dinheiro pode entrar na sua experiência das mais diversas formas. Não é a
escolha do ofício que limita os ganhos, e sim a sua atitude para com o dinheiro.
E precisamente por esse motivo que estão sempre a surgir mercados-nicho e
que há sempre pessoas a enriquecerem com ideias que, até um determinado
momento, não eram consideradas comercialmente viáveis. Cada um é o criador da sua
própria realidade, dos seus mercados e do fluxo de dinheiro que se movimenta na sua
experiência de vida.
Não pode definir certas actividades como difíceis e outras como fáceis, porque
todas as coisas que estão em harmonia com aquilo que quer são fáceis e fluidas,
enquanto todas aquelas que não estejam em harmonia com aquilo que quer são mais
difíceis e geram resistências.
Sempre que se sente em esforço procure tomar consciência de que o seu
pensamento contraditório está a gerar resistência. A resistência deve-se ao facto de
pensar sobre aquilo que não quer, e é isso que gera o cansaço.
Sei que não permanecerei neste lugar a fazer este trabalho. E bom saber que as
coisas estão sempre a evoluir, e é empolgante antecipar a minha evolução.
Ê certo que as coisas poderiam ser melhores em vários aspectos no lugar onde
trabalho, mas isso não constitui um problema, porque «o lugar onde estou» está
continuamente a mudar para melhor. E bom saber que quando procuro os aspectos
positivos da situação em que me encontro, esses aspectos tornam-se mais relevantes
na minha experiência.
Gosto de saber que as coisas estão sempre a meu favor, e vejo sinais disso... cada
vez mais.
Não existe uma forma certa ou errada de contar a sua história melhorada. Pode
ser a história do seu passado, do seu momento presente, das suas experiências ou
expectativas futuras. O único critério fundamental é a consciência da sua intenção de
contar uma versão melhorada e mais bem-humorada da sua história. Quando conta
muitas histórias positivas ao longo do seu dia, muda o seu ponto de atracção.
Harmonia Vibratória?
Bom dia. Estamos extremamente felizes por ter vindo. É maravilhoso podermos
estar juntos com o propósito de co-criar, não acha? Tem a noção daquilo que quer
neste momento? A sério? Muito bem. Acreditamos que está convicto quanto àquilo
que quer, até certo ponto. Por outras palavras, saber o que não quer ajuda-o a ter a
noção do que quer, certo?
Reformulemos: acredita que o seu estado vibratório é conforme com os seus
desejos? A sério? De seguida explicar-lhe-emos como pode saber se está em harmonia
vibratória com os seus desejos: se for o caso, estará a viver os seus desejos, ou seja,
quando o seu estado vibratório é conforme com os seus desejos você vive-os. Quando
forma um par vibratório com os euros que a sua vida o ajudou a determinar que
deseja, tem acesso a esse dinheiro e gasta esse dinheiro... o dinheiro entra e sai da sua
experiência, movimenta-se na sua vida. Quando o seu estado vibratório é conforme
com o relacionamento que a sua experiência de vida o levou a ansiar, então está a
viver esse relacionamento.
Como vê, a pergunta não era propriamente linear (não se sinta mal com isto...),
porque a maioria dos nossos amigos físicos pensam que, quando formulamos a
pergunta «Sabe o que quer?», nos referimos aos aspectos ainda não manifestados da
realidade. Por outras palavras, ainda quero, ainda desejo.
Certa vez, ao tentarmos ajudar uma determinada pessoa a centrar-se nos
aspectos positivos da sua vida, essa pessoa disse--nos: «Oh, Abraham, eu não quero
isso... isso já eu tenho.»
No entanto, o que essa pessoa queria realmente dizer era o seguinte: «As coisas
que quero são aquelas que ainda não aconteceram.»
Queremos ajudá-lo a tomar consciência de que quando pensa nas coisas que
quer partindo do pressuposto de que essas coisas são aquelas que ainda não estão a
ser fruídas (que ainda estão em falta na sua experiência, ou seja, sem as quais
continua a viver, e, sobretudo, cuja falta desperta emoções negativas como a frustra-
ção com a demora em manifestarem-se, ou a decepção ao aperceber-se de que fazem
parte da vida de outras pessoas), essa postura traduz a sua frequência vibratória
habitual (poderíamos designada por emissão vibratória crónica, que é, na verdade, a
definição de crença). E assim mantida essa crença numa espécie de posição suspensa
que determina que a distância entre ela e o lugar onde você se encontra não se reduz.
É por essa razão que muitas pessoas vivem durante tanto tempo em situações de
estagnação.
Já conheceu pessoas assim - que têm um mau relacionamento, por exemplo, do
qual se queixam sempre que estão consigo, relacionamento esse que, entretanto,
termina numa data altura porque atingiu o limite do suportável... e, de repente,
surgem com um novo relacionamento, para, quase de seguida, começarem de novo a
queixar-se?
Se tiver uma memória razoável e prestar a devida atenção àquilo que essas
pessoas dizem (eventualmente estamos a falar de si...), constatará que, apesar de a sua
experiência ser atravessada por diversos rostos e lugares, não existe mudança. E como
se casassem com a mesma pessoa vezes sucessivas (risos), como se namorassem com a
mesma pessoa vezes sucessivas, ou seja, mudam-se uma e outra vez para o mesmo
bairro, para a mesma casa onde estão presentes os mesmos problemas, e onde vivem,
uma e outra vez, rodeados pelos mesmos vizinhos.
Por exemplo, Jerry diz a Esther: «Ainda tens aquele problema com o chão, não
tens?», porque, projecto após projecto, há sempre um problema com o chão. E ela
responde: «Gosto de chãos.»
E ele acrescenta: «E óbvio. Se nem sequer pensasses no chão poderíamos ter um
chão perfeito.» (risos)
Cada pessoa tem os seus padrões de pensamento, e a Lei da Atracção contribui
para manter os padrões de crenças (uma crença não é mais que um pensamento
recorrente). Nas suas primeiras vivências, dada a sua exposição à vida, começa a de-
senvolver padrões de pensamento. Alguns destes padrões são--lhe meticulosamente
ensinados por outras pessoas, outros decorrem da sua observação de determinadas
situações que memorizou e sobre as quais falou, que acabaram por ser novamente
atraídas... e novamente recordadas e verbalizadas, e mais uma vez atraídas.
Por outras palavras, a vida aqui é mesmo interessante, não lhe parece ? Não
pode falar durante muito tempo sobre um determinado tema sem que esse tema
comece a estar presente e a repetir-se na sua experiência de vida. E precisamente isso
que o leva a desenvolver os padrões daquilo a que chama verdades. Então diz: «Ao
início eu não tinha a certeza, mas depois reflecti durante algum tempo, e, ao dar
atenção a um determinado tema, comecei a vê-lo manifestado nas mais diversas
situações. Neste momento acredito, e porque acredito, esse tema manifesta-se na
minha experiência.»
E nós dizemos: É maravilhoso, não é?... Quando são coisas que deseja... mas
quando repete padrões de pensamento em torno de coisas que não deseja - e, no seu
mundo, as pessoas são demasiado boas nisso. A sabedoria colectiva diz que quando
não temos muito presente a nossa história, corremos o risco de viver em repetição.
No entanto, nós dizemos exactamente o contrário: quanto mais presente tem o
que quer que seja, mais activa se torna a essência desse pensamento na sua vibração, e
quanto mais essa essência é activada na sua vibração, mais a Lei da Atracção lhe traz
vivências conformes com esses pensamentos. E quanto mais a Lei da Atracção lhe traz
situações semelhantes, mais as observa, e quanto mais as observa mais as verbaliza, e
quanto mais fala nelas mais as tem presentes e mais vibra nelas.
Quanto mais vibrações emite ligadas a um determinado tema, mais a Lei da
Atracção o reforça, e quanto mais a Lei da Atracção o reforça e manifesta, mais você o
vive, mais o verbaliza, mais o tem presente e mais emite a sua vibração.... Quanto
mais emite a sua vibração mais a Lei da Atracção se alinha com esse tema, e mais se
reforça essa presença na sua vida, e, quanto mais presente, mais verbalizado. Quanto
mais verbalizado, mais reforçada é a sua emissão vibratória. Quanto mais forte a sua
emissão vibratória, mais a Lei da Atracção se alinha com a vibração e mais manifesta a
sua essência. Quanto mais a Lei da Atracção... Poderíamos continuar indefinidamente
(risos). A sua experiência de vida demonstra-lhe precisamente isso: Não pode
continuar a contar a mesma história sem continuar a viver com as mesmas
circunstâncias.
E por esse motivo que decidimos que este encontro se chamaria A Arte de
Contar Uma História Diferente - a arte de contar a história que a vida o ensinou,
gradualmente, a extrair, contando--a pelas suas próprias palavras, com as suas
próprias observações, as suas expectativas, a sua vibração. Quando assim é, e quando
a Lei da Atracção responde à emissão deliberada dos seus pensamentos, então começa
a obter aquilo que quer, e não aquilo que observa.
Compreende agora que foi, antes de ter nascido neste corpo físico, Energia da
Fonte? E também que a parte do seu ser que permanece Energia da Fonte reside na
dimensão Não-Física? A ideia é comparável à electricidade, que percorre as paredes da
sua casa, permitindo-lhe ligar à corrente, por exemplo, uma torradeira onde tosta o
seu pão. Alguém poderia, porém, argumentar: «Porque razão não pode a electricidade
ser a torradeira?»
Nós respondemos: Porque a electricidade é a electricidade, e a torradeira é a
torradeira. A parte do seu ser que é Energia da Fonte, ou seja, a sua parte física,
corresponde à torradeira, e todas essas dimensões operam em conjunto, porque, no
seu percurso físico, na sua expressão física, você é um explorador. Está aqui na Face
Expandida do Pensamento, de chegada a uma nova conclusão Expandida,
relativamente à qual a sua Fonte interior diz: «Concordamos - existe conformidade - e
tornar-nos-emos a equivalência vibratória desse pensamento.»
Teria de se distanciar bastante para saber o que nós sabemos sobre a criação das
coisas - sobre a criação do seu planeta, sobre a criação daquilo a que chama a vida no
planeta Terra -, mas queremos que tome consciência de que tudo aquilo a que chama
manifestação (coisas físicas apreensíveis pelos seus cinco sentidos), antes de o ser foi
vibração. Tudo o que é começa por ser pensamento, e, depois, pensamento vibratório
pensado durante mais tempo, até ao ponto em que, com o tempo e mercê da quan-
tidade suficiente de atenção, toma forma e se manifesta.
Possui muitas certezas quanto à realidade que vive ao trocar impressões e ao
concordar com os seus semelhantes sobre muitas das condições do ambiente que o
rodeia. Terá teorizado a sua realidade espácio-temporal de formas que granjearam a
concórdia colectiva. Então diz: «Vemos esta sala, medimo-la e chegamos a uma
conclusão conjunta sobre a sua dimensão. Sabemos o que são metros quadrados.
Sabemos medir. Sabemos o que são distâncias, a maioria de nós concorda no que toca
às cores. Concordamos sobre tantos aspectos porque utilizamos os nossos sentidos
físicos para descodificarmos a vibração.»
Queremos que inverta os seus pensamentos (sabemos que não é fácil, porque a
sua realidade física parece tão sólida e permanente, tão estática e real), pois tudo é
vibração em movimento, e tudo está a ser permanentemente interpretado por si, a
entidade que percepciona.
Aquilo que vê com os seus olhos é uma mera interpretação vibratória. Aquilo
que ouve com os seus ouvidos, e até aquilo que cheira, saboreia, e sente com a sua
pele e os seus dedos é interpretação vibratória. No entanto, como o faz há tanto
tempo, e como há tanto tempo estão convencionados determinados parâmetros de
percepção, toma esta realidade estática como uma estupenda plataforma de solidez.
Queremos, no entanto, que compreenda que esta realidade que percepciona como
estável e sólida nada tem de estático, pois está constantemente a mudar, a
transformar--se e a moldar-se em conformidade com as possibilidades oferecidas pela
sua condição física e pelo seu nível de percepção.
Queremos que tenha um vislumbre do seu mundo físico captado pelos olhos da
Fonte, porque quando começa a ver o mundo com o olhar da Fonte, quando começa a
afastar-se do seu registo perceptivo habitual, quando começa a desviar a sua atenção
dos aspectos do seu planeta que não quer imitar, repetir e ensinar aos seus filhos...
quando começa antes a direccionar a sua atenção para os aspectos que quer manter
na sua vibração, e aos quais quer que a Lei da Atracção responda...
No entanto, não precisa de se preocupar com a resposta da Lei da Atracção, pois
esta está constantemente activa. O interruptor da Lei da Atracção está sempre ligado,
o que significa que qualquer que seja a sua emissão vibratória, recebe uma resposta da
Lei da Atracção. Contudo, há algo de que a maioria de vós não tem consciência: a Lei
da Atracção responde a dois aspectos do seu Ser. Como já referimos, existe uma parte
Não-Física do seu ser, que está sempre centrada no plano Não-Físico (consegue imagi-
nar há quanto tempo isto se passa?...), e também a parte física, que está presente
desde o início do seu ser físico, necessariamente muito mais recente.
Assim, a Lei da Atracção responde a essas duas dimensões do seu ser. Queremos
que tome consciência de que a parte dominante do seu ser é a mais abrangente, a
maior, uma vez que a Lei da Atracção responde não apenas a quem você era antes de
ter nascido neste corpo físico, mas também a quem realmente é como resultado da
sua existência aqui, neste corpo físico. Compreende agora que esta experiência de vida
determina que a parte mais abrangente do seu ser se expanda e se transforme? Sabe
que essa é a verdadeira razão pela qual está aqui?
A história que os seres humanos contam a este respeito, muito irracional e
irrealista, poderia ser formulada como se segue: «A Fonte é perfeita, e eu estou aqui
para aprender a ser perfeito. A Fonte criou Leis que eu devo aprender, o que farei;
serei perseverante, e procurarei atingir a perfeição que a Fonte atingiu.» Queremos
que tome consciência de que essa Fonte de que fala está sempre no seu interior. Não
pode afastar-se dela. Pode desviar-se muito facilmente, mas a Fonte que o habita está
sempre dentro de si, e pode avaliar pela forma como se sente até que ponto os seus
pensamentos, a cada momento, permitem, ou não, a plenitude da fonte.
Quando sente amor por si próprio ou por alguém isso significa que está em
Harmonia Vibratória com a Fonte interior. Quando sente ódio por alguém ou por si
próprio isso significa que está muito longe da harmonia vibratória com a sua Fonte, e
que a discrepância vibratória entre aquilo que se permite ser e quem verdadeiramente
é lhe é dada a conhecer pelas suas emoções negativas. A emoção negativa, qualquer
que seja a sua intensidade, significa sempre que está a desviar-se da plenitude de
quem é.
Quando, na sua dimensão física humana, se permite acompanhar as faíscas de
desejo geradas na sua Fonte interior, começa a sentir paixão, entusiasmo, amor,
certeza, flexibilidade, vitalidade e uma grande energia... E um estado de paixão pela
vida, em que está a ser quem verdadeiramente é. Quando sente frustração, ou
esgotamento, ou raiva, ira ou decepção, medo ou depressão, está a desviar-se cada vez
mais de quem realmente é.
Queremos que tome consciência de que as emoções que sente são (a cada
momento em que são sentidas, quer sejam de amor ou de desespero), sempre, os
indicadores da relação vibratória entre o ser que a vida o levou a tornar-se e aquilo
que se permite ser a cada momento, em função da focalização da sua atenção.
Estamos a falar de uma orientação que lhe é proporcionada momento a
momento, tema a tema, e que lhe dá pistas quanto a quem realmente é, quanto àquilo
que quer e quanto às suas intenções mais profundas relativamente ao seu destino. Por
outras palavras, trata-se de um sistema de Orientação sofisticado que está
permanentemente à sua disposição desde que o saiba interpretar.
Os sistemas de navegação do seu veículo são semelhantes. Identificam o local
onde se encontra e pode programá-los com o destino desejado que eles determinam a
rota desde o ponto de partida. O seu Sistema de Orientação funciona da mesma
maneira.
Aqui está você, provavelmente com pouco dinheiro ou com um relacionamento
infeliz, ou em baixo de forma, ou assustado com alguma doença. Aqui está você, a
viver uma experiência feita de contrastes, a emitir constantemente chispas de desejo
por vivências melhoradas, a emitir mais chispas do que nunca, pois o facto de ter
consciência do que não quer ajuda-o a identificar aquilo que quer. A sua Fonte
interior não só acompanha esses desejos como cria versões vibratórias do estado de
expansão do seu ser.
Queremos colocar-lhe a seguinte questão: neste momento você sente que está -
através dos seus pensamentos e das suas palavras - a permitir-se acompanhar-se a si
próprio? Está a acompanhar o que a vida o levou a tornar-se? Se assim for, isso
significa que está sintonizado, harmonizado, ligado, sentindo--se muito bem. Se assim
for, isso significa que está a permitir-se ser essa versão expandida de si mesmo, e que
vê o mundo com os olhos da Fonte.
Se, pelo contrário, sente emoções negativas, isso significa que está a concentrar
a sua atenção em algo que não é válido. Por outras palavras, sabemos que não são
coisas inventadas por si, mas sim observadas. Você não está a tentar, de uma forma
deliberada, manter-se desviado de quem verdadeiramente é, mas, sempre que sente
uma emoção negativa, mantém-se afastado de quem realmente é.
Pergunta: Muito obrigado. Esta fortuna que tenho vindo a construir há tanto
tempo, eu...
Abraham: Não seja sarcástico neste momento, (risos)
Pergunta: Gostaria que partilhasse um pouco mais da sua experiência no que
toca a direccionar-me deliberadamente para o estado de permissão.
Abraham: É bem possível que as pessoas que venham a ouvir a gravação desta
sessão (e particularmente as que se encontram nesta sala neste momento) se sintam
impelidas a dizer, no final do dia: «O Abraham é mesmo picuinhas.» No entanto,
queremos que sinta, se conseguir, o lugar-sentimento de onde provém esta
pergunta. Por outras palavras, esta «verdadeira fortuna»... pareceu-nos provir de
um sentimento de ironia. «Se ela existe... por onde anda a minha? (risos) Se a Lei da
Atracção funciona como diz, e se eu construí, de facto, essa fortuna, onde está ela e
como posso tocá-la?»
Queremos que sinta, por um momento, qual é a vibração dominante desse
sentimento que emitiu. Essa vibração foi emitida a partir da falta de dinheiro ou da
posse de dinheiro?
Nós sabemos que diz: «Claro que a vibração foi emitida a partir de um estado
de carência, porque o dinheiro ainda não apareceu. Como é que ele poderia emitir
uma vibração relativa a um estado do ser que ainda não foi atingido?» Nós dizemos
que tem de ser você a descobrir como fazê-lo, pois se assim não for, nunca poderá
experimentar o estado do ser que deseja atingir. Tem de encontrar a essência
vibratória do dinheiro.
Pensamos que é lógico que tenha dúvidas na fase inicial. «Onde está? Que
estou a fazer de errado? O que deveria fazer de uma forma diferente?» Aquilo que
diz é muito importante. Queremos que sinta a armadilha criada pelas suas atitudes
e palavras. É, pois, fundamental que encontre uma forma de se distrair da falta de
dinheiro, enquanto, interiormente, activa o sentimento do dinheiro.
Procure, por exemplo, sentir apreço pela prosperidade que está a viver, ou
pela possibilidade de ser mais próspero. Queremos que tome consciência de que,
quando assume uma atitude de esperança, em termos vibratórios se aproxima muito
mais do estado de permissão do que quando se posiciona numa vibração de dúvida.
Provocámo-lo com base na presença do sarcasmo em torno dessa suposta
«fortuna», mas queremos que compreenda que quando se sente sarcástico, ou
pessimista, se encontra a uma grande distância de se sentir optimista ou
esperançado. Respondendo à sua questão - «De que forma poderei permitir que a
minha fortuna se aproxime de mim?» -, finja que já tem acesso a essa fortuna. Retire
partes dela e gaste-a mentalmente. Imagine como se irá sentir bem quando
efectivamente a tiver. Desfrute do sentimento de alívio antes de ter uma razão
palpável para sentir esse alívio. Quando aquilo que sente conta muito para si, os
seus pensamentos são conduzidos para lá da realidade.
Assim, o sarcasmo (estamos a brincar um pouco com isto) está mais longe de
permitir a entrada de dinheiro que o estado de optimismo ou de expectativa
positiva. Sinta a diferença entre esta abordagem - «O meu dinheiro tarda a chegar à
minha vida. Começo a acreditar que se encontre à minha espera no meu Registo
Vibratório, mas não consigo descobrir a forma de permitir que se manifeste» - e o
sentimento que é gerado quando diz: «Vai ser excelente quando eu descobrir. Vai
ser excelente quando, por fim, descobrir.» Liberte-se da resistência. «Ainda não
descobri. Estou a tentar há imenso tempo e ainda não descobri.» Estas são
afirmações de resistência, contra a corrente. «Anseio descobrir isto» é uma
afirmação que liberta a resistência, tal como as afirmações que se seguem:
«Vai ser excelente quando eu descobrir. Tenho vislumbres disto no meu
quotidiano, nos mais diversos assuntos. Estou a ir bem na minha descoberta. Gosto
de saber que existe uma fortuna reservada para mim. Gosto de saber que a minha
experiência de vida me levou a colocar coisas no meu Registo Vibratório. Gosto de
ter consciência de que a minha Fonte interior me pôs na expectativa de receber essa
abundância.»
«E bom saber que a minha emoção negativa me indica até que ponto me
desviei da forma como a Fonte me vê. E bom saber que a minha emoção negativa
me indica que a Fonte me vê como um ser próspero, e que, no momento em que
estou a sentir uma emoção negativa não estou a ser próspero. É bom saber que a
Fonte pode conduzir-me a sentimentos mais positivos, e que os sentimentos
negativos me indicam que não estou a movimentar-me em direcção aos
pensamentos da Fonte. E bom saber tudo isto.»
«Sou bastante bom nisto. Tenho consciência daquilo que sinto, e consigo
distinguir as diferenças. Tenho consciência da correlação entre o que pensei e senti e
aquilo que se manifesta. Sei que a realidade muda em conformidade com os meus
sentimentos crónicos. Também compreendo que é necessário um esforço de con-
centração para deixar de ter os pensamentos que sempre tive, substituindo-os por
outros. Sei que quando me concentro durante algum tempo, tudo se vai tornando
progressivamente mais fácil. Por outro lado, quanto mais tempo me focar numa
determinada afirmação, quanto mais fácil me for formular essa afirmação e quanto
mais a expressar, mais fácil se tornará viver a expectativa que ela contém. Conheço a
diferença entre o sentimento de esperança e o de dúvida, e entre o sentimento de
entusiasmo e o de desânimo. Sei fazer isto. Sei que sei fazer isto.» Estes são os diálo-
gos que fazem a diferença no mundo. É este o trabalho.
Sabemos que lhe pode parecer um processo lento, mas este é o trabalho. Você
não criou os seus pensamentos crónicos de uma assentada só. (O conceito de crónico
não é, necessariamente, negativo. Neste caso, os seus pensamentos crónicos são
aqueles que pensa habitualmente sobre um dado assunto.) Os pensamentos crónicos
são criados gradualmente, e, da mesma forma, não podem ser suprimidos de
repente. Os pensamentos crónicos dissipam-se gradualmente... se pretender
suprimi-los de uma só vez, sentir-se-á desencorajado. Se tencionar superá-los de
uma forma gradual, sentir-se-á encorajado. Comece a contar a sua história da forma
como gostaria que fosse, como quer que ela seja, frase a frase, ideia por ideia.
Nós contaríamos assim a sua história: «Ouvi, recentemente, dizer que existe
uma verdadeira fortuna à minha espera no meu Registo Vibratório. Gostei de ouvir
isso. A ideia de que a minha experiência de vida é a razão pela qual essa fortuna
existe é realmente empolgante. Gosto da ideia de que posso ser ou fazer ou ter o que
quer que deseje, e, por isso, estou a começar a contar a história da minha vida como
quero que ela seja. Não penso^ue o dinheiro seja a via para a felicidade nem que
seja a raiz de todo o mal. Penso que o dinheiro é uma via para a liberdade. Quando
há mais dinheiro há mais escolhas, e quando há mais escolhas, a vida é mais
agradável. Gosto da ideia de poder tomar as minhas decisões com base naquilo que
sinto, em vez de as fazer depender do dinheiro que posso ou não gastar.
»Gosto das oportunidades que o dinheiro proporciona, pelo que penso que o
meu entusiasmo não se deve exclusivamente a essa fortuna que me espera, mas às
oportunidades que poderá trazer-me, a mim, à minha família, às pessoas que me
estão próximas, e ao impacto que poderá ter na minha visão da vida, e na forma
como experimento a vida. É empolgante pensar em todas essas mudanças.
«Aprecio os vários aspectos da minha vida, mas também consigo vislumbrar
as formas como esse dinheiro que se aproxima irá enaltecê-la. Cem euros extra, hoje,
poderiam concretizar essas mudanças. Mil euros extra, hoje, poderiam concretizar
essas mudanças. Se eu permitisse que esses mil euros extra entrassem na minha vida
este ano, faria isto com eles. Se eu permitisse a entrada de cinco mil euros extra
todos os anos, poderia viver ali, e poderia conduzir aquele automóvel, e poderia
trabalhar ou não trabalhar ali.» (risos) Brinque com isto. Viva as suas visões.
Já sugerimos uma série de jogos, mas o mais produtivo de todos (e já vimos
muitas pessoas a aplicarem estes processos) é o seguinte: Ponha cem euros no seu
bolso com a intenção de os gastar mentalmente todos os dias, durante vários dias
seguidos. Imagine a quantidade de coisas que, se assim o desejasse, poderia trocar
por esses cem euros.
É extraordinário até que ponto este simples jogo pode mudar a forma como se
sente quanto ao dinheiro. É uma prática muito libertadora, porque, regra geral, você
diz «Quero isto mas não devia», mas a sua nota de cem diz «Eu podia, se quisesse.
Podia se quisesse. Posso fazê-lo.» Assim, em vez de afirmar, vezes sem conta, «Não
posso comprar isto», você afirma: «Podia se quisesse. Podia se quisesse. Podia se
quisesse. Podia se quisesse.»
Uma certa pessoa disse-nos:
- Abraham, vê-se bem que não é um ser físico, porque com cem euros não se
compram assim tantas coisas.
Nós respondemos:
- Se, hoje, você gastar cem euros mil vezes, isso perfaz cem mil euros, o que
contribui enormemente para mudar a sua vibração.
As pessoas costumam argumentar:
- Mas não é real. Nós retorquimos:
- Mas irá ser, se, antes, você o sentir, e quando a vibração no seu interior for
estável, dar-se-á a manifestação.
A Lei da Atracção traz-lhe o caminho, o método, os co-cria-dores e os
resultados que as suas vibrações invocaram. Quando invoca prosperidade na sua
vibração, a prosperidade manifestar--se-á na sua experiência a todos os momentos
sob diversas formas. A partir do momento em que se torne apenas um pouco mais
activo do que já é neste processo, para onde quer que olhe encontrará uma grande
prova de prosperidade.
As coisas não são tão complicadas quanto possa imaginar. Sabe por que razão
lhe parecem complicadas? Como tem estado centrado naquilo que é, e porque emite
uma vibração do que é, e porque recebe mais daquilo que é, diz o seguinte: «Fiz
todo este esforço, realizei todo este trabalho, trabalhei estes anos todos, mas apenas
consegui chegar aqui. O que poderá trazer-me este pequeno esforço insignificante se
eu já realizei esforços muito maiores e só cheguei onde cheguei?» Nós respondemos
que o que realizou foi um esforço de acção, mas que, neste momento, está a ser
encorajado a realizar um esforço vibratório. O esforço vibratório permite-lhe fazer
uso do poder e da Energia que cria mundos.
As mudanças vibratórias consistentes produzem grandes alterações ao nível
da manifestação, mas quando diz «Eu quero mas, eu quero mas, eu quero mas, eu
quero mas», não consegue abrir caminhos. Porém, quando diz «Eu quero porque, eu
quero porque, eu quero porque, eu quero porque», está a abrir caminhos.
Quando as suas afirmações são: «Acredito que posso fazer. Penso que posso
fazer. Duvido que possa fazer. Não estou a fazer. Acredito que estou a fazer.
Gostaria de fazer. Gostaria muito de fazer mas não posso fazer porque não fiz antes,
mas gostaria de fazer. Quero realmente fazer mas não farei. Quase ninguém faz.
Bem que gostaria de fazer, e quero fazer, mas é difícil fazer e não estou a abrir
caminhos. Quero fazer mas não sei o que fazer...», nada muda, ou seja, permanece
sempre sob o mesmo velho hábito vibratório crónico e banal em torno da «forma
como se sente». Terá de recorrer à sua força de vontade para centrar os seus
pensamentos num fio condutor diferente para a sua história. Conte-nos, agora, a sua
história financeira.
Pergunta:
- Está tudo bem. Depreendo, depois desta conversa, que está tudo bem. Sinto
isso interiormente. Sinto que é maravilhoso e, de certa forma, orgânico. Esta
percepção faz parte do processo?
Abraham:
- Essa percepção é o processo, porque, como dissemos, noventa e nove por
cento da criação acontece no plano vibratório, anteriormente à etapa da
manifestação. E como viajar de Phoenix para San Diego, sendo que quer estar em
San Diego: enquanto está a percorrer os 700 quilómetros que separam ambas as
cidades, não está onde quer estar. Se se sente frustrado pelo facto de não estar onde
quer estar, em termos vibratórios é como se mudasse de direcção e regressasse a
Phoenix. Fisicamente nunca chegaria lá, mas, no que toca à viagem física, poderia
afirmar: «Compreendo esta viagem, e por isso posso fazê-la. Posso ver o meu
progresso. A cada quilómetro percorrido continuo centrado na direcção do meu
destino, distanciando-me cada vez mais do lugar onde não quero estar e
aproximando-me mais do lugar onde quero estar.
Nós encorajamo-lo a manter a fé porque existem sinais de que está a
aproximar-se cada vez mais. Assim, a menos que esteja a caminhar a pé, ninguém é
desencorajado com o progresso da viagem, ou seja, você mantém a fé, mantém a
convicção, e não diz: «San Diego é um sonho impossível.» Também não diz «San
Diego é incurável - tentei e tentei e tentei, mas não consigo lá chegar», porque sabe
que consegue.
Quando estabelece a ligação entre a forma como se sente e a direcção em que
está a movimentar-se, e proclama com honestidade para si próprio «Sinto-me
optimista! - quando digo "Tudo está bem", estou convicto disso... sinto isso», então
podemos afirmar que é impossível não chegar lá. Se mantiver a sua expectativa, essa
atitude e essa frequência vibratória, a manifestação terá de acontecer, e
rapidamente.
Você diz: «Estou a caminho. Falei com Abraham. Abraham falou durante mais
de 68 segundos, e eu captei o sentimento da vibração daquilo que foi expresso, e
quando eu disse "Tudo está bem" senti, de facto, isso. Seguidamente, olhei para a
minha situação na vida real e constatei que ainda não estava em San Diego. Por
outras palavras, olhei para um determinado tema e senti a sua faceta negativa,
porque constatei que não me encontrava onde quero estar (quero fazer uma
determinada coisa mas não tenho dinheiro para isso), e senti decepção.
Nós dizemos: óptimo. A decepção é o seu indicador de que aquilo que acabou
de acontecer fez com que tivesse perdido o sentimento de expectativa e começado a
centrar-se em algo que não essa expectativa. O que pode fazer, agora, para
recuperar esse sentimento?
Quando parte desse sentimento de desânimo e se direcciona para algo que lhe
traga bem-estar, está a purificar a sua vibração, de uma tal forma que ela nunca mais
retoma esse mesmo estado.
É o que se passa quando sente uma emoção negativa e reserva algum tempo
para a identificar e digerir (como estamos a fazer aqui) até sentir alívio, o que
demora, habitualmente, pelo menos 68 segundos. Quando sente real e visceralmente
o sentimento de alívio, então enaltece e purifica a sua vibração relacionada com o
tema em causa. O que aconteceu é que se movimentou no Universo, ou seja,
deslocou-se para um ponto vibratório diferente.
O aspecto mais importante que queremos que interiorize é o seguinte: como se
deslocou para um ponto vibratório diferente, o plano da manifestação também tem
de se deslocar. No momento em que realiza esse esforço, todos os elementos do
Universo relacionados com o tema em causa respondem à sua nova emissão
vibratória.
É nesse momento que depara com uma ideia que compensa. E nesse dia que
tem um encontro com alguém que tem algo a oferecer-lhe e a quem você tem algo a
oferecer. É nesse dia que é preparada uma contrapartida financeira. Por outras
palavras, esse pequeno esforço que não conseguia ver que estava a aproximá-lo de
«San Diego», que não conseguia ver porque não é visível da mesma forma que o é o
facto de estar a conduzir um automóvel numa determinada direcção, mas que é
sentido e logo percebido... Sentiu esse pequeno esforço e compreendeu a
importância daquilo que sentiu, e manteve, e manteve e manteve, e manteve...
passado pouco tempo deixa de ter esperança quanto à manifestação da abundância
na sua vida, ou seja, não se limita a acreditar, mas sabe, porque sente a proximidade
da manifestação.
Pensamento a pensamento, pensamento a pensamento, pensamento a
pensamento, você purifica, purifica, purifica. Qual é o significado desta
«purificação?» E contara sua história mais da forma como quer que ela seja, e menos
da forma como não quer que ela seja. E deixar de encarar a realidade e passar a criar
a realidade.
Os seus amigos perguntam-lhe: «O que tens feito?», e você responde: «Coisas
boas.»
Perguntam-lhe os seus amigos: «Sempre conseguiste comprar aquilo que
querias? Sempre conseguiste o emprego que querias?», e você responde: «Estou
prestes a fazê-lo.»
Os seus amigos reformulam: «Não percebeste a minha pergunta, (risos)
Conseguiste ou não?» E você responde: «Não percebeste a minha resposta. Eu disse
que estava prestes a conseguir.»
Os seus amigos insistem: «Se ainda não conseguiste, é porque não
conseguiste», e você responde: «Nada disso. Já consegui vi-bratoriamente, e agora
que já consegui vibratoriamente tudo vai acontecer. É assim que a hei opera. Tenho
vibratoriamente.»
«E como sabes que vão acontecer?»
«Porque me sinto bem.»
«Queres dizer que te sentes bem antes de obteres o que queres? (risos) O que
se passa contigo?»
«Conheço o processo. Estabeleci o alinhamento vibratório com o meu desejo, e
por isso ele será concretizado. É assim que opera a Lei.»
«E como é que sabes que estabeleceste o alinhamento vibratório?», insiste o
seu amigo pessimista.
«Sei porque me sinto bem quando penso nisso. Sinto-me bem quando penso
na minha prosperidade. Não me sinto sarcástico, nem decepcionado, nem
desencorajado. Sinto-me optimista porque sei que vai acontecer. Sinto-me, de facto,
tão optimista que até tenho uma lista daquilo que vou fazer com a minha fortuna.
Aqui está a minha lista...»
Temos outro jogo a sugerir-lhe. Trata-se de um jogo de cheques em que irá
depositar 1000 euros na sua conta (euros vibratórios) e gastar esse mesmo montante.
No segundo dia irá depositar 2000 euros e gastá-los. No terceiro dia irá depositar
3000 mil euros e gastá-los... No 365.° dia gastará os 365 000 euros que depositou.
Quando gasta vibratoriamente este dinheiro, ou seja, quando o gasta
mentalmente, o que acontece é que está a criar pontos de escoamento... quando cria
um ponto de escoamento vibratório, esse ponto de escoamento vai atrair aquilo que
tem de ser escoado através da sua pessoa. Isso é desejo, paixão, empolgamento.
Por outras palavras, quando, nesta realidade espácio-temporal, prepara
vibratoriamente um desejo, há um movimento que se inicia, e quando se permite
acompanhar esse movimento, sente-se maravilhosamente bem. Quando não se
permite acompanhar o movimento sente-se pessimamente. (Ouviu isto?) Por outras
palavras, quando se sente muito mal com alguma coisa, isso significa que terá
pedido algo, e que a parte mais abrangente de si se transformou, para integrar esse
desejo, embora não permita que o resto do seu ser acompanhe essa evolução.
Queremos que tome consciência de que você é a razão pela qual a sua
Corrente se movimenta tão depressa, de que é o único responsável pelo facto de
estar direccionado a favor ou contra a Corrente, e também de que tudo o que sente
se prende com o posicionamento que escolheu.
A razão para desejar tudo o que deseja é pensar que se sentirá melhor se tiver
acesso à concretização desses desejos. Quer se trate de dinheiro, ou de algum bem
material, ou de um relacionamento, circunstância ou acontecimento - tudo o que
deseja deve-se ao facto de pensar que se sentiria melhor se o seu desejo fosse
concretizado. Porém, quando descobre que a mera ideia daquilo que deseja lhe traz
bem-estar, isso significa que tocou a essência vibratória do seu desejo. Entretanto, a
Lei da Atracção traz-lhe a concretização desse desejo, com toda a riqueza de por-
menores que a vida o levou a formular para si próprio. Tem de ser, e na realidade é.
No ambiente em que vive está a projectar, a cada momento, em função das
suas vivências, uma experiência de vida melhorada, e quando as novas Energias
engendram novos seres recém--nascidos libertos de resistências, estes colherão
(precisamente devido ao facto de estarem libertos de resistências) os benefícios
daquilo que você acrescentou ao Registo Vibratório Colectivo, da mesma maneira
que você, na sua actual realidade espácio-tem-poral, está a colher os benefícios
lançados pelas gerações que o antecederam, porque a humanidade não vive sem
pedir evolução. O que queremos que compreenda é que não tem de morrer para
fechar a sua lacuna, e não tem de renascer para colher os benefícios dos desejos
vibratórios que pôs em movimento. Pode fazer tudo isso aqui e agora, nesta vida; na
verdade, foram essas as suas intenções: «Vou incarnar num corpo físico, e a
diversidade inspi-rar-me-á uma ideia, ideia essa à qual, uma vez acalentada,
dedicarei toda a minha atenção.» Não foi isto que acabámos de mencionar?
Concentre toda a sua atenção em cada desejo que nasce no seu ser, e não se
preocupe com a realidade que determinou que tivesse desejado aquilo que desejou.
A ideia mais importante que queremos transmitir-lhe neste seminário é a
seguinte: permita que a sua consciência, em vez de se concentrar na realidade em
que está inserido, e perante a verdade de que tudo o que está a ser vivido é
temporário e pouco relevante, seja. A realidade é como o ponteiro da gasolina do
seu veículo. Já reparou como se movimenta rapidamente (risos), em especial nos
últimos tempos? Por outras palavras, o ponteiro é um mero indicador. Apenas um
mero indicador.
Assim, o que se manifesta é apenas um indicador temporário de uma vibração
temporária. E claro que pode argumentar: «Mas não parece nada temporário,
porque sinto que estou a viver esta realidade há muito tempo.» Nós dizemos-lhe
que isso se deve ao facto de manter as mesmas respostas e emitir as mesmas
vibrações, que geram os mesmos acontecimentos, que não deixam de ser novos. Não
se trata de estar a viver uma nova vida, mas sim uma nova vivência de uma nova
vida gerada por uma nova vibração. O que se passa é que a vibração que está a
emitir neste momento é a mesma que emitiu ontem, devido ao hábito de pensar,
hoje, nas coisas da mesma maneira que pensou ontem.
Caso se tenha afastado durante algum tempo da casa onde cresceu, ou das
pessoas que o acompanharam na sua infância e adolescência, e se a casa for a
mesma e as mesmas pessoas ainda a habitarem, apareça por lá e sinta o seu grau de
pertença a esse espaço, tendo em conta tudo o que aconteceu entretanto na sua vida
e o quanto esses acontecimentos o tornaram tão diferente da pessoa que era quando
também habitava esse espaço. Tome consciência de que há um processo de
expansão continuamente em curso dentro de si.
Gostamos muito quando pergunta: «De que forma posso deslocar-me do lugar
onde estou para o lugar onde quero estar?» A resposta é: «Olhe em direcção ao
lugar onde quer estar, fale na direcção do lugar onde quer estar, e não olhe, sequer,
de relance, para o lugar de onde veio. Se conseguir fazer isto, a sua "verdadeira
fortuna" aparecerá muito rapidamente.»
Participante:
- Espantoso. Obrigado!
Abraham:
- Gostámos desta dinâmica. Foi muito gratificante a interacção com cada uma
das pessoas que esteve aqui presente. Apreciámos o empenho de todos os que nos
escutaram, procurando, pacientemente, ir ao encontro do lugar onde se encontram
enterradas as vossas pepitas de ouro.
Dizemos o que dizemos não para que se direccione para os resultados que
pensa desejar, mas para que possa sentir o alívio palpável e saber que pode
encontrá-lo sempre que necessitar.
Não o orientamos para as manifestações por pensarmos que elas são essenciais
à sua experiência de vida, e sim para a criação bem sucedida das suas
manifestações, porque queremos que controle a sua própria vibração, uma vez que a
sua vibração é, a cada momento, a sua vida.
O que sente neste momento resulta da mistura da pessoa na qual se tornou
com a pessoa que se permite ser. Não há nada de mais verdadeiro do que isto.
Quando toma consciência das ferramentas ao seu dispor que lhe permitem
direccionar-se para o ser que realmente é, pode, por fim, ser o Ser de felicidade que
nasceu para ser.
O nosso objectivo não é que se torne um milionário de sucesso, apesar de isso
poder perfeitamente acontecer. Queremos que seja o Ser feliz que desfruta o
processo de descoberta desse estado de felicidade. Queremos que a descida do rio
seja algo de tão importante para si, na sua dimensão física, como foi no momento
em que decidiu incarnar.
Queremos que tome consciência daquilo que não quer para que possa tomar
consciência do que quer, e queremos que sinta a diferença. Queremos que sinta o
alívio quando se direccionar para aquilo que quer, e queremos que sinta a
consciência de que elevou a sua vibração no momento em que isso acontece. Quere-
mos que sinta a alegria de constatar que as Forças do Universo convergem na sua
vida, oferecendo-lhe os sinais de que o alinhamento foi estabelecido. Depois
também queremos que, uma vez posicionado nessa nova plataforma, sinta o
contraste que vai gerar outro desejo.
Queremos que sinta o poder desse novo desejo e da sua relação vibratória com
ele, e queremos que reconheça, mais uma vez, que não está a acompanhar o ser em
que a vida desejava que se tornasse. No entanto, também queremos que saboreie o
facto de saber aquilo que tem de ser feito, e que tantas vezes foi feito. Queremos que
procure, deliberadamente, os pensamentos que lhe trazem bem-estar. Procure os
pensamentos que lhe tragam bem-estar, movimente-se na direcção daquilo que
quer, e sinta uma nova manifestação.
Queremos que deite mãos ao barro que é a sua vida, e que o molde com
alegria. Não queremos que se concentre nos resultados, e sim no processo de
alinhamento, na sua Energia interior, na emoção que pode ser melhorada, no
reconhecimento dos sinais que surgem na sequência dessa emoção melhorada.
Gostámos da forma como se sentiram e como se sentem. É bom saber que não
poderiam sentir-se como se sentem se não se tivessem sentido como se sentiram. Por
outras palavras, essa relação vibratória é a vida, e não há nada de errado nisso. E
assim que se molda o barro.
Gostámos muito, mesmo muito, de estar aqui. No estado em que nos
encontramos sabemos que a vida é maravilhosa. Convidamo-vos a olhar para o
vosso mundo através dos nossos olhos porque aquilo que vemos é, realmente,
muito bom! A vossa presença aqui vai trazer-vos coisas boas. Há muito amor! Como
sempre, permaneceremos jubilosamente incompletos.
Índice
Prefácio por Jerry Hicks...................................................... 9
Parte I: Comutação e o Livro dos Aspectos Positivos.......... 17
Parte II: Atrair Dinheiro e Manifestar Abundância.............. 77
Parte III: Manter o Meu Bem-Estar Físico........................... 119
Parte IV: Perspectivas para a Saúde, o Peso e a Mente......... 165
Parte V: As Carreiras enquanto Lucrativas Fontes de Prazer... 195
Transcrição de Abraham ao Vivo: Workshop
«A Lei da Atracção»......................................................... 231
Sobre os Autores