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Ana Silvia Teixeira & Cynthia Ladvocat 1

2ª Edição

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AS AUTORAS
Como psicólogas e terapeutas de família, Ana Silvia
Teixeira e Cynthia Ladvocat têm uma prática em
comum, que é a utilização do genograma familiar e
profissional.

Uniram-se para apresentar o genograma, através dos


canais de comunicação, como um roteiro de fácil
entendimento e aplicação simples e imediata após o
aprendizado. A intenção é contribuir para ampliar o
alcance desta poderosa ferramenta.

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INTRODUÇÃO
Você, que se interessa pelo tema, ou que lida com
indivíduos, casais e famílias no seu dia a dia
profissional, possivelmente já ouviu falar sobre
genograma.

O conteúdo deste e-book traz este recurso de


excelência, para ser acrescentado à sua caixa de
ferramentas profissionais.

Apresentamos o genograma de maneira introdutória e


didática.

Você encontrará as principais informações que


precisa para desenvolver uma compreensão de
famílias em suas relações e escolhas profissionais,
através das gerações.

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SUMÁRIO

AS AUTORAS ...................................................................... 2
INTRODUÇÃO ..................................................................... 4
SUMÁRIO ............................................................................ 5
CONSTRUA O SEU GENOGRAMA.....................................6
CONCEITO ........................................................................ 10
BENEFÍCIOS ..................................................................... 11
ORIGEM............................................................................. 14
SÍMBOLOS E LINHAS DE RELACIONAMENTO .............. 15
PADRÕES REPETITIVOS ................................................. 19
IMPLICAÇÕES DA PRÁTICA DO GENOGRAMA ............. 20
GENOGRAMA FAMILIAR .................................................. 23
GENOGRAMA PROFISSIONAL ........................................ 34
CONCLUSÕES PROVISÓRIAS ........................................ 46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................47
SITES CONSULTADOS.....................................................48
SOBRE AS AUTORAS.......................................................49

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CONCEITO

Genograma é a representação gráfica e


padronizada de uma família.

Permite o registro rápido de muitas informações


sobre seus membros, uma compreensão ampliada
de seus padrões de relações e suas escolhas
profissionais, em pelo menos três ou quatro
gerações.

Possibilita a formulação de perguntas, na busca


de um entendimento mais amplo sobre a história
familiar.

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BENEFÍCIOS

 É uma ferramenta de fácil identificação e


memorização.
 Pode-se dizer que o desenho do genograma
nunca é igual de uma família para outra…
 O genograma também pode ser comparado à
imagem de um rosto... singular entre todas as
pessoas.
 O genograma salienta a dinâmica e a história
familiar.
 Pode ser acessado e atualizado frente às
constantes mudanças da família na sua linha
da vida e em seu ciclo vital.
 Seu aprendizado permanece e se multiplica
com o exercício da prática.
 É utilizado por profissionais dos mais diversos
campos, conforme o foco específico de suas
práticas.
 Facilita a inclusão de uma infinidade de fatores
mais complexos dos relacionamentos como,
por exemplo, processos migratórios,
obstáculos ou enfrentamento de situações que
marcam uma história familiar.
 É como um brasão familiar, que antigamente
representava uma marca de família, como
uma assinatura e um lacre.

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Brasão Real no portão do Palácio
de Buckingham em Londres

Os mecanismos de busca da internet,


principalmente o Google vieram para facilitar, em
muito, a procura por pessoas, seus nomes,
sobrenomes, histórias e origens familiares, além
de outros inúmeros dados.

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Informações que antes eram obtidas apenas entre
familiares e através dos documentos, hoje estão a
um clique do nosso alcance.

Através das redes sociais, como Instagram,


Facebook, LinkedIn e outras há sempre uma
média de aproximação entre pessoas, que diminui
a cada dia. De alguém que conhece alguém, que
conhece alguém… que conhece aquela pessoa ou
alguém daquela família.

Para facilitar o trabalho de quem deseja


construir um genograma há vários sites
intuitivos neste sentido. Genopro, Family Tree
Builder e Free Online Family Tree, entre
outros.
Eles facilitam a busca de informações para
compor a história de famílias e a construção
da árvore genealógica, de forma intuitiva e
com a adição de fotos e registros de dados
importantes.

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Como se pode ver, há várias maneiras de se
buscar e registrar informações que compõem uma
história familiar.
Veremos mais adiante como organizar e fazer
uma leitura destes dados em seus aspectos
relacionais e profissionais.

ORIGEM

O genograma apresenta um formato padronizado,


elaborado a partir da contribuição de profissionais
americanos reconhecidos no âmbito da terapia e
medicina da família.

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Esses estudos foram organizados e publicados
por McGoldrick, Gerson e Petry no livro
Genogramas Avaliação e Intervenção Familiar.

Seu desenho apresenta símbolos que


representam os membros de uma família e as
relações entre eles. E permite uma contínua
atualização, à medida em que famílias e contextos
se modificam ao longo dos anos.

SÍMBOLOS E LINHAS DE RELACIONAMENTO

O genograma é construído através de símbolos. O


sexo masculino é representado por um quadrado e
colocado à esquerda. O feminino é representado
por um círculo, e para facilitar a visualização,
sempre colocado à direita.

A representação básica de uma família se dá


através de linhas. Uma linha horizontal une os
membros de um casal. Filhos abaixo, por ordem
cronológica de idade, da esquerda para a direita.

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Confira a seguir, os símbolos e linhas recorrentes
mais utilizados. Caso deseje complementar seu
conhecimento sobre a variedade de símbolos
baixe e imprima a sua lista de símbolos do
genograma pelo site GenoPro.

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Fonte: GenoPro, 2016. Disponível em:
https://www.genopro.com/genogram/Genogram-Basic-Symbols.pdf Acesso em: 04/04/2018.

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PADRÕES REPETITIVOS

Devem ser pesquisados no levantamento dos


dados, de acordo com o objetivo da construção do
genograma.

 História médica dos membros, doenças


psiquiátricas, sintomas como compulsão
e dependência química;

 Problemas alimentares ou de
aprendizagem;

 Etnia, religião, processo migratório;

 Escolaridade, grau de formação,


ocupação e profissão;

 Relacionamento entre os casais, pais e filhos,


irmãos, primos, etc...

 Questões de gênero, funções e papéis


familiares;
 Eventos vitais, importantes, traumáticos.

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IMPLICAÇÕES DA PRÁTICA DO GENOGRAMA

Em geral podemos pensar na história ou cena


familiar como auto referencial.

Ou seja, quando escutamos sobre as relações


familiares, podemos fazer uma analogia com a
nossa família, em algum ponto específico ou de
uma maneira mais ampla. E por isso, a escuta
sobre uma família pode provocar impacto,
emoções e sentimentos inesperados no
profissional ou pessoa que aplica o genograma.

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Acreditamos que, uma vez que esta ferramenta
seja suficientemente assimilada, uma mudança do
paradigma é provocada.

Pois após o seu uso chega-se à conclusão de


como é complexo compreender famílias, sem
considerar as histórias familiares e seu contexto,
reveladas pelo genograma.

A cada nova informação, vinda da própria família


ou de outros profissionais, novos entendimentos
podem iluminar aspectos antes não percebidos e
contribuir para os estudos e intervenção.

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A eficiência dessa avaliação virá com a prática no
atendimento de famílias.

Para o profissional é importante que já tenha


construído seu genograma e analisado as suas
relações e padrões familiares.

A partir deste processo de autoconhecimento


espera-se que o profissional tenha mais clareza
sobre sua história. E que, desta forma não projete
seus próprios impasses na família, fonte do seu
estudo ou atendimento.

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GENOGRAMA FAMILIAR

A análise do genograma pode partir de uma


demanda específica, como por exemplo, da família
e as relações entre seus membros, ou escolhas e
mandatos profissionais.

E como exemplo da prática da construção do


genograma pensamos em uma história com
personagens os quais têm sido muito seguidos e
comentados na imprensa. Trata-se da família real
britânica.

O romance e o casamento dos príncipes têm sido


apresentados publicamente e existem muitas
versões, o que resulta em revelações oficiais e
especulações da imprensa e tabloides.

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Genograma da família real britânica

As histórias de princesas sempre fizeram parte


dos contos de fadas.

E até hoje ainda a história da família real britânica


fascina pela realeza e pela magia. Mesmo aos
adultos, pois parece fazer parte de uma realidade
mágica.

Por ser de conhecimento público, esta história é


um bom exemplo de roteiro de genograma prático,
com hipóteses sobre a dinâmica familiar e,
principalmente, como prevenção para a geração
mais nova.

A curiosidade sobre esta história pode colaborar


para o exercício da construção do genograma com
muitos aspectos para se estudar e hipóteses para
se levantar.

Para a análise da biografia da família real


podemos iniciar por um ponto no ciclo vital na
história. Uma fase ou uma época. Por exemplo,
quando os filhos de Lady Diana eram pequenos.

Podemos escolher um personagem referente para


o estudo desta família, por exemplo a história de
Harry, no relacional ou no profissional.

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Ou focar na relação entre os membros, por
exemplo sobre os casamentos da família real,
como o de Charles e Diana.

E podemos focar sobre um tema, como por


exemplo a vivência da maternidade na família
real… Como foi a Rainha Elizabeth como mãe? E
mãe de Diana? E a própria Lady Diana como viveu
sua maternidade?

A família real tem muitos pontos interessantes a


serem observados. Um exemplo é: de que forma o
casamento de Charles e Diana pode influenciar a
vida dos seus dois filhos?

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A história de Charles

A Rainha Elizabeth teve quatro filhos. Toda a


atenção se concentrou no primogênito, por ser
Charles o 1º na ordem da sucessão do trono.

Talvez por isso, pouco ou nada se divulga sobre


os demais filhos.

Charles sempre foi muito dedicado a sua mãe.


Quando era bem jovem conheceu Camilla, dois
anos mais velha que ele. Sua mãe não aceitou
esse relacionamento, e ele acatou sua ordem de
se afastar.

A rainha aprovou o namoro com a jovem


professora Diana, que tinha uma família de
“sangue nobre”.

A história de Diana

Os pais de Diana precisavam de um filho homem


para que ele herdasse o título de duque e todas as
propriedades.

Diana foi a 3ª filha, decepcionando os pais que


desejavam um menino. Por esta razão, ela não
tinha nem um nome feminino escolhido, não foi
logo registrada e não teve padrinhos da realeza.

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Após três anos, seu irmão Spencer nasceu e
Diana se tornou muito ligada a ele. Os pais de
Diana tiveram conflitos frente à infidelidade,
depressão e dependência química da sua mãe.

Eles se separaram em litígio e ela perdeu a


guarda dos filhos.

O casamento de Charles e Diana

O casamento da princesa do povo com o filho da


Rainha Elizabeth atraiu a atenção de todo o
mundo.

Charles apresentou Camilla a Diana como sua


amiga, que frequentava o castelo e as festas da
família.

Lady Diana sabia que deveria gerar um menino


que seria o herdeiro do trono inglês. Nasceu
William e logo depois Harry.

Lady Di estava infeliz, sofria de depressão e


repetiu os problemas de sua mãe, na dependência
de remédios e no envolvimento em casos
amorosos.

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Separou-se de Charles, e viveu distante dos filhos
até sua morte em Paris, junto de seu namorado,
aos 36 anos.

Interessante observar as relações triangulares por


traição, tanto na família de origem de Diana, como
na de Charles.

O casal Charles e Lady Di repetiu esse padrão de


relações extraconjugais, de conflitos e inclusive de
perda da guarda de filhos.

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Através de uma leitura trigeracional, o genograma
da família real permite levantar algumas hipóteses
sobre os casamentos do príncipe William com
Kate e do príncipe Harry com Meghan.

Considerando o contexto das famílias nobres, o


filho primogênito, tem uma posição superior sobre
os irmãos mais novos.

William foi criado com mais regalias pois é


considerado um futuro rei. Seu irmão Harry foi
mais rebelde e dizia que como nunca seria rei,
poderia sair e namorar a vontade.

O que a história da geração passada pode


influenciar a vida de George, Charlotte e Louis
Arthur, filhos de William e Kate?

O primogênito George é chamado no castelo de


“pequeno reizinho”, o que certamente influenciará
também as suas relações com seus irmãos.

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Harry se casou com uma atriz americana,
divorciada e descendente de negra, por parte de
mãe. No entanto, seu pai Charles foi “impedido”
pela rainha de casar com Camila por ela ser mais
velha. Portanto Harry quebrou a tradição da
família, rompendo com os padrões da realeza.

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Como o estudo do genograma poderia ajudar
os príncipes nos cuidados com suas famílias
recém construídas?
Podemos levantar hipóteses sobre as relações
familiares, entretanto ainda falta:

 Ligar os membros através das linhas de


relacionamento, para dar visibilidade aos
conflitos, rompimentos e distanciamentos;

 Incluir a biografia sobre os pais e mães de


Kate e Meghan, para que seus filhos tenham
informações dos seus avós maternos;

 Identificar as díades e relações entre os


membros;

 Identificar as triangulações, a relação de dois


membros com um terceiro membro, sejam por
afinidade ou por traição.

As histórias familiares podem apresentar muitas


versões, o que depende do relato do protagonista
ou mesmo do grupo familiar.

Novos dados sempre poderão surgir


posteriormente e enriquecer o genograma.

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No caso hipotético da família real o tema
casamento e maternidade levou a algumas
considerações hipotéticas, pois as informações
não foram coletadas junto a família e sim em
fontes diversas, como a imprensa escrita, falada
ou virtual.

Portanto, este estudo não é fidedigno, pois teve


como meta servir de exercício sobre a construção
de um genograma.

Podemos agora ampliar nosso foco das relações


familiares para as relações profissionais da família
real.

Confira na página seguinte o genograma da


Família Real Britânica em três gerações, a partir
de Harry e William, seus pais, tios e avós.

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Genograma da Família Real

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GENOGRAMA PROFISSIONAL

O genograma profissional registra as profissões


dos membros de uma família e suas trajetórias.
Mostra como ela se organiza profissionalmente e o
grau de influência sobre os seus membros. Amplia
a visão da sua história profissional, na medida em
que revela aspectos até então despercebidos na
trama das relações familiares.

Genograma profissional da família real britânica

O registro das profissões e trajetórias dos


membros da família real no genograma, revelam
uma família tradicional monárquica.

Ao nascerem, seus membros já têm um futuro


profissional definido. E maior ou menor opção de
escolhas, em função de sua posição hierárquica.

São educados nas melhores escolas particulares


inglesas e esperado que apresentem performance
acima da média.

Suas carreiras são repletas de conquistas e


premiações.

A formação militar e desportista, o estudo de


Geografia, História, História da Arte e o trabalho

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humanitário fazem parte da formação básica de
seus membros.

Ao casarem-se, são presenteados com títulos de


principados, condados e ducados. Estes lhes
demandam deveres em honra da rainha.
Configuram-se como trabalho, e são remunerados
por isso, pelos contribuintes.

Escolhemos o príncipe Harry como personagem


referente desta família, para exemplificar um
genograma profissional.

Desta forma, apresentamos o genograma


profissional de Harry, com o registro da sua
profissão e da profissão dos membros de sua
família, considerando as três gerações. A de Harry
e seu irmão William, dos seus pais, tios e avós.

Entre as informações registradas no genograma


de Harry é possível observar as influências
recebidas pelo lado materno e paterno.

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Genograma Profissional de Harry

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Harry pertence a uma família de
tradição milenar. Para terem
pertencimento, seus membros
devem abrir mão de boa parte da
sua individualidade e autonomia
profissional, em detrimento dos
interesses do reino.

Em seus primeiros anos, a educação de Harry,


passa pela influência da mãe, quebrando tradições
da família real, quando frequenta escola pública.

Depois segue as tradições da família do pai.


Continua os estudos em escolas particulares,
estuda Geografia, História e História da Arte.
Desenvolve a prática de esportes, trabalha com
caridade e conquista lugar no Exército Britânico.

Forma-se militar e a atua durante 10 anos nas


Forças Armadas do Reino Unido. Conquista vários
títulos militares, medalhas de honra e nomeações
militares honorárias.

Ao se casar, Harry e sua esposa Meghan recebem


o título de Duque e Duquesa de Sussex. Harry
passa a ter compromissos reais, torna-se chefe de
Estado do Ducado de Sussex e deixa as Forças
Armadas.

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Seu irmão William é o segundo na
linha de sucessão. Oficial Militar,
exerce a profissão de Príncipe do
Reino Unido e Duque de Cambridge. É
herdeiro de compromissos oficiais da
Rainha Elizabeth. George, seu filho
primogênito, aos cinco anos de idade
já exerce função de “pequeno reizinho”.

Sua mãe Diana, Princesa de Gales,


ao casar-se com o Príncipe Charles
deixa a profissão de professora
primária. Mãe dedicada insiste para
que os filhos frequentem outros
ambientes, fora dos limites do
ambiente da realeza. Defensora de
causas humanitárias, viaja em missões da Família
Real. Mantém amizades com celebridades, ousa
quebrar protocolos de uma instituição milenar e
torna-se uma das figuras mais icônicas do século
XX. Morre aos 36 anos.

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Seu pai Charles exerce a profissão
de Príncipe de Gales, Duque de
Rothesay e Duque de Cornwall.
Viúvo de Diana, é casado com
Camilla Parker. É herdeiro de
compromissos oficiais da rainha.

Seu avô Philip, Príncipe e Duque de


Edinburg serve na Marinha Real
durante a 2ª Guerra Mundial. Após o
casamento com a Rainha Elizabeth
passa a acompanhar a esposa nos
compromissos da realeza.

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Sua avó Elizabeth é a matriarca da
família. Rainha do Reino Unido da
Grã-Bretanha, Irlanda do Norte e de
outros 15 Reinos e Chefe da
Commonwealth. Ascende ao cargo
em 1952. Enfrenta movimentos
republicanos, supera críticas à
monarquia e mantém sua popularidade pessoal.

Sua tia Anne, a Princesa Real,


exerce atribuições e deveres reais
oficiais em nome da mãe. Trabalha
com caridade, representa o Comitê
Olímpico Internacional e o Comitê
das Organizações dos Jogos
Olímpicos para Londres. É reitora da
Universidade de Londres.

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Seu tio Edward, Conde de Wessex
e Visconde Severn, por conta dos
seus títulos presta deveres públicos
em honra da rainha. Graduado em
artes, exerce também a atividade de
produtor e diretor de arte. Mantém
sua carreira profissional, apesar do
status e deveres como membro da família real.

Seu tio Andrew, Duque de York.


Militar, cumpre agenda oficial.
Exerce o cargo de representante dos
negócios britânicos no estrangeiro e
preside várias instituições de
solidariedade.

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Influências nas escolhas de Harry

De forma geral, diferentemente do irmão, Harry


parece repetir comportamentos semelhantes aos
de sua mãe, Diana.

Em sua transição para a vida adulta Harry faz uso


de drogas, enfrenta as tradições e ousa quebrar
protocolos. Em seu confronto provoca uma
instituição milenar, que se obriga a flexibilizar-se.

Escolhe como esposa uma atriz, negra por parte


de mãe, divorciada e com vocação herdada da
família para trabalhos humanitários. Esta vocação
de Meghan, de alguma forma, a identifica com os
ideais da família real.

Harry se transforma no mais popular membro da


família real britânica, com mais de sete biografias
publicadas até antes do seu casamento.
Por outro lado, Harry parece inspirar-se, ao
escolher o caminho já conhecido e seguido por
membros da família paterna.

Após infância marcada pela morte da mãe e


adolescência tumultuada forma-se militar e
cumpre seu papel familiar, ao destacar-se na
carreira, nos esportes, trabalhos voluntários,
chegar à maturidade e casar-se.

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Aceita o ducado de Sussex como presente de
casamento, torna-se chefe de Estado deste
ducado e deixa a carreira militar.

O que Harry ganha com a construção do


genograma profissional

É certo que as razões, sentimentos, inspirações,


dramas de lealdade, erros, acertos e pressões
sofridas por Harry, na busca por sua identidade
pessoal e profissional só a ele competem.

Mas pode-se dizer que também é certo, que o


registro das informações de Harry no genograma
profissional pode lhe oferecer uma nova
percepção. Um outro olhar para sua carreira. Um
olhar com possibilidade de novas descobertas e
percepções sobre sua identidade pessoal e
profissional. Este exemplo de genograma
profissional foi formatado a partir de dados
públicos, coletados em redes de informações pela
internet, para fins de exemplo. Portanto todas as
considerações levantadas são hipotéticas.

Se ainda desta forma, o genograma profissional


possibilita um novo olhar sobre as heranças,
mandatos, padrões e lealdades profissionais da
família real… Podemos então imaginar o quão rico
e importante para seus membros, principalmente

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as novas gerações, poderá vir a ser a construção,
ao vivo e em família, do seu próprio genograma,
na busca de um entendimento mais amplo sobre a
história de suas profissões.

Genograma profissional para famílias ou grupos


familiares

Neste capítulo vimos o genograma profissional de


um jovem adulto, o Príncipe Harry.

No entanto, o genograma profissional, assim como


este exemplo, pode ser aplicado indistintamente a
qualquer família ou grupo familiar.

A diferença está em que cada família traz suas


tradições, lealdades e maneiras de enfrentar
situações. Maior ou menor grau de controle e
influência sobre seus membros e o determinado
contexto onde se inserem.

Mas todas trazem em comum, a missão de


oferecer aos seus membros um ambiente
saudável para crescer e se desenvolver. Da
melhor maneira, e com os recursos que dispõem.
Todas buscam oferecer, em maior ou menor grau
um espírito de família e pertencimento e, por que
não, um direcionamento na profissão e carreira. É
com este entendimento que vemos o genograma

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profissional, como uma excelente ferramenta para
quem deseja se conhecer melhor
profissionalmente, a partir da sua história familiar,
e implementar mudanças em sua profissão e
carreira.

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CONCLUSÕES PROVISÓRIAS
Com este e-book você tem acesso ao que é, como se
constrói e como se faz a leitura de um genograma
familiar. E ainda pode complementar seu entendimento
com o exemplo do genograma da família real, onde a
fantasia e realidade parecem se mesclar.

Pode também identificar no genograma profissional os


mandatos que recaem sobre as gerações mais novas.
Sendo assim…

Que tal construir o seu próprio genograma?

Que tal continuar seu estudo sobre famílias e suas


histórias, a partir da prática do genograma?

Que tal aprender a identificar e analisar as linhas de


relacionamento que se cruzam e ligam os membros de
uma família, em sua complexidade?

Que tal compartilhar seu aprendizado com colegas?

Que tal buscar leituras sobre outras biografias e praticar


a construção de genogramas?

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARTER, B.; MCGOLDRICK, M. As mudanças no


ciclo de vida familiar. Uma estrutura para a terapia
de famíliar. Porto Alegre: Artmed, 1995.

CEVERNY, C. O livro do genograma. São Paulo:


Roca, 2014.

MCGOLDRICK, M.; GERSON, S.; PETRY,S.


Genogramas: avaliação e intervenção familiar.
Porto Alegre: Artmed, 2012.

Créditos das Imagens

Páginas 04, 06, 10, 18-20 - Banco de Imagens


Pexels

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Página 24 - Neftali/Shutterstock

Página 25 – Rook76/Shutterstock

Página 29 - Featureflash Photo Agency/Shutterstock

Página 32 - Lorna Roberts/Shutterstock

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SITES CONSULTADOS

Folha de são Paulo - Pesquisa por árvore


genealógica da família real - Acesso em
04/04/2018.

Wikipedia - Pesquisa familiares de Harry - Acesso


em 04/04/2018.
O Globo - Pesquisa por família do Príncipe
Charles e princesa Diana - Acesso em 04/04/
2018.
Bibliografia Autorizada - Pesquisa por Biografia da
Princesa Diana - Acesso em 04/04/ 2018.

Claudia/Abril - Pesquisa por Princesa Diana -


Acesso em 04/04/2018.

Purepeople - Pesquisa por Príncipe William -


Acesso em 04/04/2018.

Ana Silvia Teixeira & Cynthia Ladvocat 48

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SOBRE AS AUTORAS
Cynthia Ladvocat formou-se como psicóloga há mais
de 40 anos. Sempre teve interesse no registro das
informações dos casos clínicos.

Em 1985 teve contato com essa nova ferramenta, o


genograma, que a auxilia desde então para interpretar
os dados biográficos familiares.

Em 2012 foi convidada para supervisionar e revisar a 1ª


edição brasileira do livro Genogramas, Avaliação e
Intervenção Familiar.

É psicanalista e terapeuta familiar, atendendo em


consultório privado no Leblon, Rio de Janeiro.

cyladvocat@globo.com
cynthialadvocat.com.br
Ana Silvia Teixeira & Cynthia Ladvocat 49

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Ana Silvia Teixeira, após atuar por mais de 18 anos
junto a casais e famílias com questões ligadas à
profissão e carreira complementou sua expertise com a
certificação em Coaching.

Levou em sua bagagem profissional o genograma como


ferramenta de excelência para o seu trabalho de
coaching de carreira.

contato@anasilviateixeira.com.br
anasilviateixeira.com.br

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