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Artes

Integrantes: Ana Clara , Anaelise, Bruna, Giovana Teles, Maria Cecilia ,


Maria Eduarda e Yasmin.
Turma: 1 ano com tec em administração

Justiça racial e direitos humanos dos povos e comunidades


tradicionais

O Brasil é um país marcado pela diversidade cultural e étnica , porém,tal riqueza tem
sido censurada pelo silenciamento da questão racial. Campeão em desigualdades, as
desvantagens são profundamente presentes na realidade da população negra e de
segmentos dos povos e comunidades tradicionais que vivem e sobrevivem em
condições sociais desiguais e racialmente seletivas.
Apesar de ser uma nação multiétnica, justamente por seu processo de colonização,
que se estabeleceu há mais de 500 anos, neste período criou-se alguns preceitos
discriminatórios contra a população indígena. Entre eles, o mito de serem
improdutivos e gerarem despesas ao Estado, incentivando a banalização da cultura,
apagamento histórico, tomada de seus territórios para atividades de desmatamento e
garimpo ilegal, entre outros.
Os indígenas, como mencionado, foram o primeiro grupo a ser escravizado em nosso
país, quando ainda colônia. Aos poucos, essa mão de obra foi sendo gradativamente
substituída pela dos escravos africanos, mas essa foi uma transição lenta e que não
aconteceu de maneira uniforme.
Infelizmente, predomina em nosso país a naturalização das hierarquias raciais.
O projeto de colonialidade, a escravidão moderna e seus efeitos perversos sob a forma
do racismo estrutural prevalecem. O racismo foi por muito tempo naturalizado na
sociedade e, muitas vezes, o debate sobre esse tema causa constrangimento ou
irritação, porque provoca nas pessoas a necessidade de refletir sobre suas ações.
Atualmente, é perceptível a necessidade de enfrentar o racismo, e diversos setores da
sociedade brasileira já adquiriram práticas que vão contra a essa ideologia. O racismo
estrutural é uma forma de estabelecer barreiras para os grupos que sofrem o
preconceito. Então, ele torna a sociedade mais desigual e dificulta o acesso a
oportunidades, não apenas econômicas e de educação, mas o próprio tratamento
perante a lei. Nós percebemos que os grupos que sofrem racismo na sociedade
brasileira ,sofrem de uma maneira constante, e isso dificulta a maneira como as
pessoas buscam oportunidades, então, de fato, o racismo prejudica o desenvolvimento
da sociedade”. Logo, é revisitando nosso passado cruel de exploração e discriminação
que desvendamos a forma como a categoria raça serviu para instituir uma linha que
separa de forma contundente grupos socialmente incluídos e outros oprimidos e
fortemente invisíveis.
O tema da descriminação racial é seus desdobramentos é essencial para
compreendermos que o racismo está na base estrutural da sociedade, e este trabalho
analisará criticamente o processo histórico de construção da desigualdade racial no
Brasil e como o processo de acumulação primitiva do capital se beneficiou do trabalho
escravo, produzindo suas riquezas e ao mesmo tempo adversidades , a fim de
apresentar o cenário atual das desigualdades sociais e raciais.
Raça é um elemento estruturante de como os direitos foram e são concebidos,
negados e usufruídos de forma desigual no Brasil e em todo mundo. Já que o racismo
é uma forma pautada de discriminação que tem a raça como fundamento, e que se
manifesta por meio de práticas conscientes ou inconscientes que culminam em
desvantagens ou privilégios para indivíduos, a depender do grupo racial ao qual
pertençam.
Para acabar com o racismo, devemos mencionar raça explicitamente, priorizar uma
abordagem interseccional e estrutural para a discriminação racial e levar a sério o
papel das comunidades de cor e seus representantes, não só na luta contra a
desigualdade racial, mas também na definição da natureza dos direitos humanos.
Raça, gênero e classe social estruturam opressões que se combinam e se entrecruzam,
aumentando falhas na disposição de garantia de direitos. Partimos assim de uma
perspectiva comprometida com os cruzamentos entre raça, classe, gênero e
sexualidade .
O racismo não é um “problema” da ordem do privado: o racismo é um problema de
ordem pública, cujo combate passa pela responsabilidade das instituições políticas.
Ou seja, o rancor de toda dor e retrocesso , haverá futuro e, se tudo sair como o
esperado , será bem diferente do presente que insiste em manter a discriminação
racial e seus resultados.

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