Acadêmico: Maria Eduarda Gomes da Silva R.A.

23102455-5
Curso: Serviço Social

Disciplina: Relações Interpessoais e Psicologia social

Valor da atividade: 3 Prazo: 07/07/2023

MAPA – Material de Avaliação Prática da Aprendizagem

O Mito da Democracia Racial consiste na ideia de que é algo individual, que

um indivíduo específico ofende e discrimina outro indivíduo específico e na música
“Conversa com uma menina branca” retrata a desigualdade recorrente na vida de
uma pessoa branca e de uma pessoa preta e se enquadra ao mito da democracia
racial; “(Na conversa com uma menina branca, eu disse que não era sobre ela que
se fosse individual existia uns barracos que não tinha favela [...])”; O mito ajudou a
construir uma identidade nacional que escondia o preconceito sob a falsa imagem
de um País mestiço e cordial e Por isso, as diferenças eram irrelevantes e o
Racismo inexistente. É uma teoria difundida no século XIX para forçar uma
cordialidade e naturalizar a relação entre ex-escravizados e ex-senhores de
escravos e constou com a colaboração da ideologia de romantização no processo
de miscigenação no Brasil de Gilberto Freyre com a obra “Casa Grande & Senzala”,
que sabemos que foi um processo forçado, Mas Gilberto afirmou que a
miscigenação entre colonizadores, escravos africanos e índios foi benéfica para o
Brasil. Em Corpos negros há marcas de violência, discriminação e apagamento de
sua cultura; Carregam a sua ancestralidade, força e resistência, Pois são corpos
políticos que devem ser ouvidos.
Mas sabe-se que o Preconceito Racial Brasileiro é encoberto, existindo de
forma oculta, dificulta o combate ao problema e o mito de uma sociedade igualitária
e harmônica persiste; Entretanto o Racismo existe sim e se encaixa em três
dimensões: Racismo Institucional, Estrutural e Cultural; O Racismo estruturado por
um sistema econômico, político e jurídico desigual porquê a “Classe dominante” tem
gênero, tem cor e território e é a população negra que está mais precarizada e
desigual da classe trabalhadora, em função do preconceito racial. A existência do
racismo atrapalha o sentimento de pertença social e com isso sofre um processo de
desvantagem social. No início do Século XX, surge a Teoria de Frances Galton
“Eugenia” que quer dizer “Bem nascido”, Essa teoria afirmava que a seleção natural
também valia para seres humanos e que a Intelectualidade era uma questão
hereditária e não individual e com isso estar fora do padrão europeu eugenista era
excluído da sociedade; e com isso veio a Tese do branqueamento baseada na
presença da herança africana e indígena como um obstáculo ao desenvolvimento
nacional e somente o homem branco europeu tinha a melhor saúde, maior beleza e
maior competência civilizacional comparada às demais etnias. Entretanto, No Brasil
o racismo é determinado como preconceito de marca que seria as características
físicas do indivíduo e então, não existe Democracia Racial pois há diversas provas
da existência dele, como por exemplo; A Lei n° 7.716/86 “Serão punidos, na forma
desta lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia,
religião ou procedência nacional” se tem lei é porque o racismo existe e deve ser
combatido.
A Política de assistência social é direcionada para população vulnerável, é
prioridade da categoria do serviço social; a relação com a política pública
viabilizadora de direitos; Primeiramente a importância na construção de políticas
públicas e na própria intervenção planejada com o acompanhamento de pautas do
movimento negro. Os Assistentes Sociais tem o dever ético de combater o
preconceito racial nas áreas de atuação, Assim como deve ser combatido por todos
que atuam e defendem a diversidade e os direitos humanos; juntamente com o
código de ética que o profissional deve exercer o Serviço Social sem ser
discriminado, nem discriminar, por questões de inserção de classe social, gênero,
etnia, religião, nacionalidade, opção sexual, idade e condição física; Com uma nova
ordem societária; Eliminação de todas as formas de preconceito. Uma maneira de
combater é promover projetos e campanhas como por exemplo: A campanha feita
pelo Conselho Federal de Serviço
Social (CFESS) no triênio 2017-2020 “Assistentes sociais no combate ao racismo”
com debates e ações no enfrentamento ao preconceito racial no cotidiano
profissional e dar visibilidade às violências cometidas pelo racismo brasileiro por
meio do seu trabalho e militância em conjunto a outras organizações e instituições
para promover a igualdade racial e relações humanas livres de qualquer exploração,
opressão e discriminação de racial.
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