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Karl Marx

(1818-1883)
Materialismo histórico-dialético
Socialismo científico
Karl Marx
(1818-1883)
 Dialética e materialismo
Até o início da modernidade, a tradição filosófica dominante na
Europa pressupunha a existência de duas dimensões da
realidade: essencial (ser, substância, natureza, universalidade,
infinito) e sensível (acidente, aparência, movimento, finitude,
história, particularidade, temporalidade).
A transformação do mundo: unidade entre teoria e práxis, da
interpretação do mundo à transformação. Materialismo
histórico: “as relações materiais que os homens estabelecem e o
modo como produzem seus meios de vida formam a base de
todas as suas relações”. Pensamento/consciência são
decorrentes das relações materiais (homem/natureza).
Karl Marx
(1818-1883)
 Contra o liberalismo: Marx se pergunta: se a riqueza vem do
trabalho, porque os que mais trabalham são os que têm menos
riqueza?
 A questão primeira para responder a essa pergunta vem da ideia da
propriedade. Marx mostra como o outro lado da moeda da
propriedade é a expropriação: se um tem, isso implica em negar o
acesso aos demais. A propriedade é a origem da desigualdade. E ela
não existe só no capitalismo. Existia no feudalismo e em diversos
modos de produção anteriores.
 A desigualdade significa violência: a história é a história da luta de
classes – da luta dos privilegiados por manter seus privilégios e
dos desprivilegiados por igualdade.
Karl Marx
(1818-1883)
 A diferença do capitalismo é que ele promete igualdade. Ele
promete liberdade. Ele diz que somos livres e iguais. O que
Marx quer mostrar é que essa liberdade e essa igualdade são
mais um discurso do que uma prática.
 Para Marx, o capitalismo tende, portanto, a aprofundar a
desigualdade entre proletários e capitalistas. E por mais que
os proletários não tenham consciência disso (porque há uma
série de discursos e ideologias que encobrem essa relação),
eles são os prejudicados nesta relação injusta, e não estão tão
distantes da condição dos antigos servos e escravos.
Karl Marx
(1818-1883)
 O papel do Estado na luta de classes (I)
O Estado tem um papel nessa luta de classes. Ele é o lugar onde
essa luta se processa na briga pelas leis e pelas instituições. E
como o poder e a riqueza estão do lado dos capitalistas, eles
têm mais condição de controlar o Estado.
“(...) a burguesia, desde o estabelecimento da grande industria
e do mercado mundial, conquistou, finalmente, a soberania
política exclusiva no Estado representativo moderno. O
governo moderno não é senão um comitê para gerir os
negócios comuns de toda a classe burguesa.”
Karl Marx
(1818-1883)
 O papel do Estado na luta de classes (II)

Marx diz que não há democracia enquanto houver Estado.


Sempre estaremos numa ditadura enquanto ele existir. Agora
estamos na ditadura burguesa.

Então ele defende um mundo em que não haja Estado, nem


desigualdade social. Essa sociedade seria a sociedade
Comunista. Nela não haveria propriedade privada, mas tudo
seria de todos.
Karl Marx
(1818-1883)
 Ditadura do proletariado:
Contudo, nós não estamos preparados pra uma sociedade assim.
Antes dessa sociedade, seria preciso um período de transição.
Nesse período nós seríamos educados para viver em real
igualdade. Pra isso, seria preciso conter os burgueses, que não
vão querer simplesmente abrir mão de seus privilégios. Por isso
o agente dessa transição seria a classe dos trabalhadores, que
poderiam se unir para acabar com os privilégios da burguesia e,
consequentemente, com a propriedade privada.
Karl Marx
(1818-1883)
 Comunismo
Sociedade sem classes, sem Estado, propriedade coletiva dos
meios de produção. “Garantida a apropriação social das
condições de existência, extinguir-se-ia a contradição entre o
indivíduo privado e o ser coletivo, sendo geradas as condições
para a liberação das capacidades criadoras humanas,
promovendo a instalação do reino da liberdade o qual ‘só
começa quando se deixa de trabalhar por necessidade e
condições impostas desde o exterior’”

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