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28 ° IDEIAS COLUNA

5 a 18 de maio de 2021 JL JORNALDELETRAS.PT

A política da cor:
Leão o Africano e muitos mais,
bem como a sensação que com eles
experimentei de ver-me devolvido

o racismo e o colorismo
a um passado que me sabia novo e
do qual eu me ia apropriando.
Não estava desamparado nessa
empresa, porque trazia comigo o
que, sobre a expansão oceânica
. dos portugueses, me ficara, entre
outros, de Zurara, Cadamosto,
Duarte Pacheco Pereira, João de
Barros e l!!l por que não dizê-lo?
® Camões. Em quase todos eles
encontrava resumos ou fragmen­
tos da história de sociedades sem
SOCIEDADE BREVE
escrita, registros que se foram Boaventura de Sousa Santos
multiplicando, cada vez mais
minuciosos, ao longo de 400 anos,
nos testemunhos que sobre suas
andanças deixarãm ew:opeus e pele é o nosso maior tonalidades de cor de pele não impedem que o precon-
americanos, homens de aventura invólucro protetor natural. ceito se adapte e reconstitua incessantemente segundo
e ciência, nem sempre simpáticos Por que é que a cor da pele os contextos, ora parecendo um resíduo do passado, ora
aos africanos e frequentemente tem um significado social reemergindo com renovaaa virulência. Por outro lado,
preconceituosos, mas que sabiam infinitamente maior do que o seu carácter insidioso decorre da sua "disponibilida­
ver, ouvir e relatar por escrito o a cor da pupila dos olhos? de" para ser interiorizado por aqueles e aquelas que são
que viam e ouviam. Não consigo Tanto na tradição cristã vítimas dele, caso em que uns e outras passam a avaliar
imaginar que se possa ler sem (incluindo o secularismo a sua existência e o seu papel na sociedade em função do
interesse e emoção Archibald em que ela se prolongou) cânone da hierarquia racial. Finalmente, a lógica racial
Dalzel, Mungo Park, o padre como na tradição budista, a escuridão e a claridade da cor insinua-se tão profundamente na cultura e na
Vicente Ferreira Pires, René Caillé, foram metáforas conceptuais que pretenderam dar conta lingua que está presente em contextos tão naturaliza­
Heinrich Barth, Capelo, !vens, do aperfeiçoamento da pessoa humana nas suas relações dos que parecem nada ter a ver com o preconceito. Por
Serpa Pinto ou Leo Frobenius. com poderes que a transcendem. Referem-se a movi­ exemplo, no espaço de lingua portuguesa (pelo menos
Não era só para ajustar o passado mentos do conhecimento e da vida interior. A trajetória no Brasil e em Portugal) as crianças aprendem que o
ao presente que se alteravam as da escuridão para a claridade está aberta a todos os seres lápis de cor bege é o lápis cor-de-pele.
tradições. Duas ou mais pessoas que humanos. E, aliás, a máxlrna claridade (por exemplo, na
vejam a mesma cena delas farão re­ presença da divindade) pode converter-se na máxi- A PRIMAZIA DADA À VISÃO NA ANÁLISE eurocêntrica
latos diferentes. E estes serão ainda ma escuridão, sendo disso exemplo o horror divino de do mundo faz com que a cor da pele seja uma das varia­
mais discordantes, se essas pessoas George Bataille, ou no máximo silêncio do universo, no ções mais visíveis entre os humanos. Está relacionada
caso do José Saramago. com as respostas à radiação de raios ultravioletas. A pele
Porém, com a moderna expansão colonial euro­ mais escura, com mais melanina, protege as populações
peia, sobretudo a partir do século XVI, a escuridão e originárias de regiões próximas do equador. É, pois, na
a claridade foram sendo progressivamente utilizadas sua origem uma resposta físico-biológica ao meio am­
para distinguir entre seres humanos, para os classificar biente. Como é que, apesar de a origem da humanidade
e hierarquizar. Foi então que a escuridão e a claridade ter ocorrido em regiões com maior radiação ultravioleta,
foram mobilizadas como fatores identitários, para defi- a cor da pele acabou por se converter em marcador de
. nlr as cores da pele dos humanos, transferindo para essa desumanização? Foi um processo histórico longo que,
Não estava definição significados antigos. Se antes tais significados em alguns contextos, foi evoluindo para converter a pele
desamparado nessa partiam da ideia da condição comum dos humanos, clara e a pele escura em conotação de rígida hierarquia
a partir de então a cor da pele vai constituir um dos social, o que designamos por racismo e por colorismo. A
empresa, porque trazia vetores fundamentais da linha abissal que distingue perceção da cor deixou de ser uma característica física
comigo o que, sobre entre humanos e sub-humanos, a distinção que subjaz da pele para se tornar um marcador de poder e uma
ao racismo. construção cultural.
a expansão oceânica Uma vez aplicada à pele humana como fator determi­ O século XIX e as primeiras décadas do século XX
dos portugueses, me nante, a cor passou a designar características "naturais" foram o tempo do apogeu da explicação científica das
que definem à partida trãnsitos sociais permitidos e diferenças raciais das quais resultava logicamente a
ficara, entre outros, de proibidos. O "natural" passou a ser uma construção hierarquia social e a recomendação da não-miscigena­
Zurara, Duarte Pacheco social concebida como factor extra-social da legitimida­ ção, da eugenia, do apartheid e da eliminação do que se
Pereira, João de Barros de da hierarquia social definida a partir das metrópoles considerava ser raças inferiores (por exemplo, Nancy
coloniais. O "escuro" passou a ser "cor", súnbolo do Stepan, Toe idea of Race in Science: Great Britain 1800-
e -por que não dizê-lo? negativo, e o "branco", "a ausência de cor", súnbolo do 1960. 1982). O conceito de "underman" (sub-homem)
-Camões positivo. Assim surgiu o racismo moderno, um dos prin­ tomou-se popular com o livro do norte-americano
cipais e mais destrutivos preconceitos da modernidade Lothrop Stoddard, Toe Revolt against Civili.zation: the Me­
eurocêntrica. Como bem analisa Francisco Bethencourt, nace of the Underman, publicado em 1922, que viria a ser
o racismo, não �endo um exclusivo ocidental, assumiu a cartilha dos nazis. Depois da II Guerra Mundial e ante
com a expansão a catástrofe genocida do nazismo e do fascismo, o para­
colonial europeia digma da ciência racista foi sendo desmontado. Hoje, os
pertencerem a distintos grupos ou um papel central estudos genéticos mostram que como as classificações
classes sociais - a versão do criado na classifica- raciais não se traduzem em diferenças genéticas impor­
só raramente é a mesma do patrão ção hierárquica tantes, não faz sentido falar de raça enquanto categoria
-, ou se estiverem em campos das populações biológica. Aliás, a variação genética entre grupos raciais
opostos. Sempre me perguntei (Racismos: das O racismo não é pequena quando comparada com as diferenças gené­
como seria o poema do Homero dos cruzadas ao século ticas no interior do mesmo grupo. Ou seja, a ideologia
troianos, e se estes, em sua Ilíada, XX. 2015). reside na cor em racista sobrevive ao desmonte das "bases científicas" do
escorraçavam os gregos. Apesar de si, mas na política racismo.
Sobre determinado facto ocor­ ter passado por Apesar do descrédito da base cientifica do racismo,
rido no antigo Daomé, temos de muitas mutações, o da cor centrada o racismo como ideologia permanece e tem-se mesmo
confrontar as versões de William preconceito racial na desigualdade acentuado nos tempos mais.recentes. Traços morfo­
Snelgrave, Robert Norris, Vicente tem mantido uma lógicos do rosto, do cabelo, ou da cor da pele conti­
Ferreira Pires, Melville Herskovits notável estabilida­
de poder e na nuam a ser usados como marcadores da discriminação
e um escritor contemporâneo, de. Por um lado, concentração racial, e em muitos países determinam as variações na
Maurice Glélé. Um ouviu a história a imensa diver­ discriminação que têm por alvo vários grupos sociais
de um mercador; outro, do rei; sidade de traços
excludente de racializados, sejam eles negros, asiáticos, indígenas,
outro, de um estrangeiro; outro; de fisiológicos e de privilégios ciganos ou latinos, para não falar, dependendo do
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tempo e do contexto, em judeus, irlandeses, portugueses, privados por parte de pessoas classificadas como de raça outras circunstâncias, a ter mais êxito na obtenção de emprego,
espanhóis, italianos, eslavos. A cor da pele, em especial, negra ( ou de qualquer outra raça que não a branca), em na carreira profissional, nos concursos de beleza ou nos vídeos
tem assumido um significado particularmente insidioso ao resultado das lutas contra a discriminação racial, sobretudo musicais. No caso do Brasil o testemunho de Bianca Santana
determinar diferenças sistemáticas de tratamento dentro de dos últimos 50 anos, a verdade é que as pessoas racializadas reflecte bem esta dimensão do racismo estrutural: "Minha pele
grupos que partilham a mesma "identidade racializada" ou que acederam a esses lugares têm, em geral, uma cor de pele não é retinta. Tenho a cor da miscigenação brasileira, que tan­
"comunidade de cor". mais clara. Apesar da imensa diversidade dos tons de pele, a tas vezes foi utilizada para reafirmar o mito da democracia so­
Nas Américas, este fenómeno levou à formulação do con­ cor de pele marcou e marca não só diferenças raciais como cial...Poder ser vista como branca, ou melhor, como não negra,
ceito de colorismo para designar esse tratamento diferencial. diferenças de tratamento no interior da mesma identidade me permitiu oportunidades que provavelmente eu não teria se
Não há colorismo sem racismo nem colonialismo. O colorismo racial. O colorismo é talvez a arma mais insidiosa do racismo tivesse a pele mais escura, como ocupar um cargo de coorde­
potencia a complexidade e a gravidàde das narrativas e das para dividir os grupos racializados. Por exemplo, nos EUA, nação em um colégio europeu, de elite"(https: //revistacult. uol.
práticas racistas e reitera a violência epistémica e ontológica os escravizados negros de cor mais clara eram mais caros, com.br /home/colorismo-e-o-mito-da-democracia-racial/).
do projecto colonial, uma violência ainda mais cruel quando e eram procurados para o trabalho doméstico nas casas da O colorismo também tem existido no interior do mesmo
ocorre no interior dos grupos racializados. O código colorista plantação, enquanto aos escravizados de cor mais escura es­ grupo racial quando, por exemplo, no século XIX e início do
estabelece que quanto mais "branca" é a cor da pele, maior tava destinado o trabalho árduo nos campos. Aliás, os escra­ século XX, os clubes das elites negras dos EUA recusavam o
é a probabilidade de alguém ser candidato aos privilégios da vocratas usavam as diferenças de cor de pele para provocar a acesso a pessoas com a cor mais escura. ·A interiorização do
branquitude, mas, tal como acontece com a identidade racial, divisão entre os escravos. colorismo levou e continua a levar a práticas de branquea­
a definição da cor da pele é uma construção social, cultural, mento de pele e a procura de produtos de branqueamento tem
económica e política. MUITO DEPOIS DA ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA, o racismo crescido enormemente (Lynn Thomas, Beneath the Surface: a
Os estudos sociais da cor de pele mostram que a identi­ e colorismo não só se mantiveram como se estenderam a novas tmnsnational history of skin lighteners, 2020). Mas, por outro
ficação e a classificação da cor de pele variam de sociedade categorias de população, por exemplo, os imigrantes europeus. lado, o colorismo também pode operar em sentido inverso,.
para sociedade e mesmo dentro da mesma sociedade. Vem a Ou seja, a matriz da exclusão assente no racismo da diferencia­ em contextos de comunidades altamente racializadas e como
propósito recordar que Bethencourt decidiu estudar a história ção fenotípica tem um dinamismo tão cruel e insondável que reação de ressentimento: discriminar as pessoas de pele mais
do racismo para poder responder a esta pergunta: como é pos­ chega a alastrar "por analogia". Nos EUA do início do século clara consideradas fracas ou inferiores por serem o produ�o de
sível que a mesma pessoa seja considerada negra nos Estados XX, irlandeses, italianos e portugueses foram considerados mistura de raças.
Unidos, de cor no Caribe ou na África do Sul e branca no Brasil? "brancos escuros" e só gradualmente (e completamente?) a
Eu acrescentaria duas outras perguntas. Por que é que a classi­ cor da sua pele foi sendo "branqueada", acompanhando a sua A COR, A CONTRA-COR E O ARCO-IRIS A cor da pele é
ficação varia dentro do mesmo país? No caso da sociedade bra­ ascensão social. Mas afinal foi a ascensão social que branqueou
um marcador essencialista nas nossas sociedades desiguais e
sileira, quem é considerado branco na Bahia discriminadoras e, como fenómeno político,
pode ser considerado negro em São Paulo. E __ pode ser utilizado com diferentes orienta­
poderá a classificação variar no tempo? ções políticas e até como forma de compen­
sação histórica. Em 1903, o grande intelec­
QUANDO SE FALA CRITICAMENTE DE tual negro norte americano W.E.B. Ou Bois
RACISMO é grande a tendência para sa­ escreveu profeticamente que o problema do
lientar os danos, a violência e a destruição século XX seria "the calor line", a "linha da
que ele causa nas populações racializadas. divisão racial pela cor". Assim foi e assim
Mas, desta forma, a cor dos que causam o parece continuar a ser já bem dentro do
racismo torna-se invisível. A pele de quem século XXI. Em meados do século passado
exerce a atitude racista não tem cor, sobre­ Franz Fanon mostrava eloquentemente
tudo em contextos em que a 'cor branca' como o racismo atuava por via de uma fra­
está associada à manutenção de privilégios tura dialética entre o corpo e o mundo, entre
herdados do esclavagismo e do colonialis­ o "esquema corporal" e o "esquema racial
mo. O mesmo se poderia dizer da pele dos epidérmico". O fenótipo epidérmico seria
árabes sauditas em relação aos paquista­ trivial se não existisse o racismo fenotípico.
neses, filipinos ou bangla<l.echianos ou dos A lógica racial e colorista tanto é usada
chineses em relação a africanos. Tornam-se para excluir os "outros", como para unir o
assim invisíveis quer a cor da pele quer os "nós". Reside aí um dos fios com que se tece
privilégios que ela justifica. Porque é que a a extrema-direita do nosso tempo. No polo
análise crítica do racismo incide sobretu- oposto, o movimento black is beautiful dos
do nas discriminações sofridas por corpos afro-americanos na década de 1960, que
racializados e negligencia os privilégios dos depois se espalhou por outros países (por
corpos não racializados? exemplo, na África do Sul do apartheid),
Afinal, quando se fala de "supremacia consistiu em reclamar a cor e mudar a sua
branca" não se fala da qualidade da cor, mas conotação. Sempre que a cor é politizada
do poder e dos privilégios que ela invoca. contra o racismo para unir a luta antirracial
Muito para além dos contextos da suprema­ e a luta anticapitalista, a cor da pele tende a
cia branca (a branquitude), o uso racista da perder o essencialismo e a ser relativizada.
cor e da ausência de cor está sempre ligado à
A perceção da cor deixou de ser uma característica física da pele Intensamente politizada, a luta do Black
instrumentalização do poder e dos privilé­ para se tornar um marcador de poder e uma construção cultural Panther Party foi notável, sobretudo dos
gios. Referi acima o racismo dos chineses na anos 1970-1980, no esforço de abolir a re-
China contra os negros africanos. A verdade levância das diferenças de cor da pele entre
é que o tribunal superior da África do Sul a comunidade negra. E ontem, como hoje,
considerou em 2008 que, para efeito de acesso às ações afir­ a pele ou foi a pele sem matriz fenotípica que facilitou a ascen­ continua em aberto a questã9 de saber em que medidá grupos
mativas em vigor para promover o "empoderamento econó­ são? A resposta é óbvia. de várias raças, etnias e cores de pele se podem unir nas lutas
mico dos negros", os chineses nascidos na África do Sul eram A persistência do racismo e do colorismo está bem patente contra o capitalismo, o colonialismo, o racismo e o sexismo,
considerados... negros. neste instantâneo fotográfico do Brasil. No dia 22 de março de para dessa forma aumentar as possibilidades de êxito das lutas
A conclusão urgente parece ser esta: só razões políticas e 2018 o conhecido jornal norte-americano Wall Street Journal por uma sociedade mais justa. Períodos de maior otimismo têm
lutas de poder podem explicar a instrumentalização social da publicava uma reportagem intitulada ''A procura de esperma sido seguidos por períodos de maior pessimismo com inquie­
cor da pele; e, do mesmo modo, só elas explicam que o pro­ americano aumenta exponencialmente no Brasil". Relatava que tante circularidade. Duas coisas parecem certas. Por um lado,
vável incremento da multiplicidade de tonalidades de cor de nos sete anos anteriores a importação de sémen norte-ameri­ os essencialismos identitários tendem a tomar mais difícil a
pele decorrente da miscigenação ou crioulização não se tradu- cano por parte de mulheres brasileiras brancas, ricas, solteiras e articulação das lutas sociais contra a desigualdade e a discrimi­
za no fim do racismo e da violência e injustiça que ele causa. lésbicas tinha aumentado extraordinariamente. As preferências nação. Por outro lado, não se pode confundir a mudança da cor
Apesar da diversidade de contextos já referida, historicamente iam para doadores de pele clara e com olhos azuis. Segundo a do poder com a mudança da natureza do poder. Afinal, a bur­
o problema tem assumido particular acuidade nos países-onde Fairfax Cryobank, o maior exportador de esperma para o Bra­ guesia negra norte-americana tem-se preocupado em chegar
há população considerada branca, por mais pequena que seja, sil, este país era o mercado de sémen em maior aumento. En­ ao poder capitalista e não em mudá-lo (vide Barack Obama). E
mas em posições de poder, e assume contornos diferentes em quanto em 2011 apenas 11 tubos sémen tinha sido importados, não será diferente noutros lugares.
contextos diferentes. A investigação tem incidido sobretudo em 2017, o número subira para 500 tubos. Segundo o jornalista, Escreveu Wittgenstein (Anotações sobre Cores, 1996: 17) que
no modo como as diferenças de cor de pele entre pessoas a preferência por doadores brancos reflete a preocupação com um povo de daltónicos teria outros conceitos sobre as cores. Seria
consideradas da "mesma raça" determinam diferenças de o racismo "num país onde a classe social e a cor da pele estão esta uma.solução para o racismo assente na cor da pele? Se estiver
tratamento. intimamente ligadas". certa a minha proposta de que o racismo não reside na cor em si,
O caso mais tratado é o dos países herdeiros da violência Para as consumidoras, "as crianças de pele clara terão a mas na política da cor centrada na desigualdade de poder e na
da escravatura, sobretudo em contexto americano. As aná­ expectativa de melhores salários e de um tratamento mais justo concentração excludente de privilégios, a resposta é não. Man­
lises mostram consistentemente que, apesar de ter havido por parte da policia". Nos EUA as mulheres negras com tom tendo-se a estrutura de poder, o preconceito não desapareceria,
avanços muito significativos no acesso a cargos públicos e de pele mais claro e traços europeus tendem, em igualdade de apenas se expressaria doutra forma e com outra justificação. JL

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