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Etapa Ensino Fundamental História


Anos Finais Habilidade: EF09HI26.

Aula 19 - A violência
contra populações
marginalizadas no Brasil
o
9 ANO
Aula 19 – 4o Bimestre
Conteúdo Objetivos

• Causas da violência no • Identificar as causas e


Brasil;
motivações da violência contra
• Impactos da violência nas populações marginalizadas no
comunidades; Brasil;
• Cultura de paz e respeito à • Analisar os impactos da
diversidade.
violência nas vidas dessas
comunidades e grupos sociais;

• Refletir sobre estratégias para


a promoção da cultura de paz
e o respeito à diversidade.
Para começar

Você já foi vítima de discurso de ódio?


Foco no conteúdo
O que é discurso de ódio?
É a manifestação verbal ou
escrita que visa insultar ou
incitar violência contra
indivíduos ou grupos com base em
raça, etnia, religião, gênero,
orientação sexual,
nacionalidade, deficiência ou
qualquer outra característica
identitária.
Foco no conteúdo
Discurso de ódio x Liberdade de expressão
O discurso de ódio não é uma expressão legítima da liberdade de
expressão, mas sim um abuso dela. Ao promover o preconceito e a
discriminação, o discurso de ódio naturaliza a violência, desumaniza o
“outro” (quem é diferente de mim) e leva, em último grau, à violência
física e ao assassinato de pessoas de grupos discriminados.
É importante ressaltar que a liberdade de expressão é um direito
fundamental em qualquer sociedade democrática, mas, como qualquer
direito, ela deve ser exercida com responsabilidade e dentro dos limites
da lei. O discurso de ódio ultrapassa esses limites ao incitar a violência,
promover o preconceito e a discriminação e criar um ambiente que
ameaça a coexistência pacífica e a diversidade cultural.
Na prática MOSTREM

Com base no que estudamos até aqui, identifique os


comentários que são discursos de ódio:

1 2
Na prática MOSTREM
Com base no que estudamos até aqui, identifique as frases
que são discursos de ódio:

4
Na prática Correção

Resposta: Os quatro comentários são discursos de ódio, pois


promovem violência, hostilidade ou preconceito contra
indivíduos ou grupos com base em características como raça,
religião, gênero, orientação sexual etc. Esse tipo de discurso
tem o potencial de incitar discriminação e violência.
Foco no conteúdo
Formas contemporâneas de racismo
e intolerância nas redes sociais
Estudo revela que as redes sociais têm se tornado um lugar para a
prática de racismo, diferentes formas de intolerância e atos de
discriminação.
Alguns resultados:

• 81% das vítimas de racismo nas redes sociais no Brasil são


mulheres negras de classe média, com ensino superior
completo e na faixa etária de 20 a 35 anos;
Foco no conteúdo
• Os usuários brasileiros das redes sociais que se engajam na prática
de disseminar intolerância racial
são predominantemente homens (65,6% dos casos), que
tendem a utilizar vocabulário mais pesado (sobretudo palavrões) do
que as usuárias do sexo feminino;
• Foram identificadas oito categorias de eventos que desencadeiam
a publicação de posts racistas contra mulheres negras nas redes
sociais:
A) discordar de algum post ou comentário anterior de cunho negativo
contra negros;
B) evidência de engajamento com profissões consideradas mais
“nobres” e de prestígio (por exemplo: medicina, jornalismo, direito,
engenharia etc.);
Foco no conteúdo

C) relacionamento inter-racial;
D) exercer posição de liderança ou ser bem-sucedida em programa
de televisão ou como convidada de honra;
E) desfrutar de viagens de férias no exterior (sobretudo em países
localizados no hemisfério norte);
F) utilizar e/ou enaltecer a adoção de cabelo cacheado natural estilo
afro;
G) vencer concurso de beleza;
H) rejeitar proposta de relacionamento afetivo.
Na prática
Com base no que estudamos até o momento, responda:
1. A análise por cor ou raça para o último ano disponível mostra que,
regionalmente, a situação da população preta ou parda também é
mais vulnerável do que a da branca. O IBGE (2017) demonstra que a
população branca tem maior participação no mercado formal de
trabalho (68,6%) – com carteira assinada – em relação à população
negra (54,6%). Os dados levantados pelo IBGE estão associados:
A) ao equilíbrio estrutural de poder.
B) à intolerância cultural.
C) à discriminação territorial.
D) à desigualdade étnico-racial.
Na prática Correção
Com base no que estudamos até o momento, responda:
1. A análise por cor ou raça para o último ano disponível mostra que,
regionalmente, a situação da população preta ou parda também é
mais vulnerável do que a da branca. O IBGE (2017) demonstra que a
população branca tem maior participação no mercado formal de
trabalho (68,6%) – com carteira assinada – em relação à população
negra (54,6%). Os dados levantados pelo IBGE estão associados:
A) ao equilíbrio estrutural de poder.
B) à intolerância cultural.
C) à discriminação territorial.
D) à desigualdade étnico-racial.
Foco no conteúdo
Violência contra as mulheres
A violência de gênero ou violência contra mulheres pode manifestar-se
por meio de violência física, violência psicológica, violência sexual,
violência econômica e violência no trabalho.
Foco no conteúdo

Desde o começo dos tempos, vivenciamos um


sistema patriarcal, no qual o homem detinha o
poder econômico, político e sexual sobre a
mulher.
Para a mulher eram delegados alguns papéis a
serem cumpridos: a mãe, a esposa, a cuidadora,
a reprodutora, a dócil, a honesta. Dessa forma,
sua condição sempre esteve ligada à ideia de
posse e submissão ao homem.
Foco no conteúdo
Essas desigualdades existentes entre homens e mulheres
são ensinadas desde a infância, com base em conceitos socialmente
construídos, especialmente na divisão de papéis sociais.
Na contemporaneidade, a mulher conquistou espaço no mercado de
trabalho, mas manteve os mesmos papéis domésticos, gerando a
chamada “jornada dupla” ou “jornada tripla” de trabalho
(“trabalhadora-esposa” ou “trabalhadora-esposa-mãe”).
Foco no conteúdo

Vale lembrar que até


recentemente, a absolvição de
agressores do sexo masculino era
justificada pela “legítima defesa de
sua honra”, e o feminicídio, por
sua vez, por suspeita de
adultério, falta de cumprimento
das obrigações conjugais da
mulher ou mesmo quando a
esposa desejasse obter o divórcio.
Foco no conteúdo
Dessa forma, a violência contra as mulheres seria o resultado de uma
concepção que define a condição feminina como inferior à masculina.
As diferenças físicas e sociais entre o feminino e o masculino são
transformadas em desigualdades hierárquicas através de discursos
sobre a mulher.
Na prática MOSTREM
Com base no que estudamos até aqui, responda:

1. A respeito da relação entre o papel social da mulher e o


mercado de trabalho, estão corretas as afirmativas abaixo,
exceto:
A) O salário da mulher ainda é proporcionalmente menor do que o dos
homens na atualidade, principalmente quando nos referimos às mulheres
negras.
B) O número de mulheres que ocupam cargos de nível superior e chefia
nas empresas supera o de homens.
C) Apesar de uma maior presença no mercado de trabalho, ainda há uma
desigualdade no que se refere aos diferentes gêneros.
D) A mulher ainda procura conciliar as responsabilidades relacionadas
com a sua atividade profissional e as tarefas familiares e domésticas.
Na prática Correção
Com base no que estudamos até aqui, responda:

1. A respeito da relação entre o papel social da mulher e o


mercado de trabalho, estão corretas as afirmativas abaixo,
exceto:
A) O salário da mulher ainda é proporcionalmente menor do que o dos
homens na atualidade, principalmente quando nos referimos às mulheres
negras.
B) O número de mulheres que ocupam cargos de nível superior e
chefia nas empresas supera o de homens.
C) Apesar de uma maior presença no mercado de trabalho, ainda há uma
desigualdade no que se refere aos diferentes gêneros.
D) A mulher ainda procura conciliar as responsabilidades relacionadas
com a sua atividade profissional e as tarefas familiares e domésticas.
Foco no conteúdo
Leis contra a violência
É preciso destacar que no Brasil existem legislações que criminalizam
as violências citadas. A Constituição da República Federativa do Brasil
de 1988 contém diversos dispositivos que visam garantir a proteção
dos direitos humanos e a criminalização de violências de variadas
formas. Alguns dos principais aspectos legais relacionados com isso
incluem:
Igualdade e não discriminação: a Constituição proíbe a
discriminação de qualquer natureza, garantindo igualdade de direitos
para todos os cidadãos, independentemente de raça, gênero, religião,
orientação sexual, entre outros critérios;
Foco no conteúdo
Violência doméstica e familiar contra a mulher: a Lei Maria da
Penha, de 2006, é uma legislação específica que criminaliza a
violência doméstica e familiar contra a mulher. Ela estabelece
medidas protetivas, prevê a prisão preventiva do agressor em certos
casos e promove a criação de delegacias especializadas e juizados de
violência doméstica;
Racismo: o Brasil também dispõe de leis que criminalizam o
racismo, incluindo a Lei n. 7.716/1989, que define os crimes
resultantes de preconceito de raça ou cor. Além disso, a Constituição
Brasileira considera o racismo crime inafiançável e imprescritível;
Foco no conteúdo

Homofobia e transfobia: embora não exista uma lei


específica que criminalize a homofobia e a transfobia, o Supremo
Tribunal Federal (STF) decidiu em 2019 que atos de discriminação
por orientação sexual ou identidade de gênero são equiparados ao
crime de racismo até que o Congresso Nacional legisle sobre o
assunto;
Violência contra crianças e adolescentes: o Estatuto da Criança
e do Adolescente (ECA), de 1990, estabelece direitos e
proteções especiais para crianças e adolescentes, incluindo medidas
para prevenir e combater a violência contra eles;
Foco no conteúdo
Direitos humanos em geral: a Constituição
Brasileira também assegura a proteção dos direitos
humanos, incluindo o direito à vida, à liberdade, à integridade física e
moral, à dignidade, entre outros.
É importante destacar que, apesar de leis que criminalizam essas
violências, a eficácia da sua aplicação e fiscalização pode variar, e a luta
contra essas formas de violência continua a ser um desafio no Brasil,
assim como em muitos outros países. A conscientização, a educação e a
mobilização social também desempenham um papel fundamental para a
promoção dos direitos humanos e a prevenção da violência.
Foco no conteúdo
Leis de combate à discriminação racial:
• LEI N. 7.716, DE 5 DE JANEIRO DE 1989 –
Define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.

• LEI N. 12.288/2010, DE 20 DE JULHO DE 2010 –


Institui o Estatuto da Igualdade Racial.

Lei de combate à LGBTfobia:


• LEI N. 10.948, DE 5 DE NOVEMBRO DE 2001 (Lei estadual – SP) –
Dispõe sobre as penalidades a serem aplicadas
à prática de discriminação em razão de orientação sexual.
Foco no conteúdo
Leis de combate à violência contra a mulher:
• Lei Maria da Penha (11.340/2006) - cria mecanismos
para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher e
estabelece medidas de assistência e proteção.

• Lei Carolina Dieckmann (12.737/2012) - tornou crime


a invasão de aparelhos eletrônicos para obtenção de
dados particulares.

• Lei do Minuto Seguinte (12.845/2013) - oferece garantias


a vítimas de violência sexual, como atendimento imediato pelo
SUS, amparo médico, psicológico e social, exames preventivos
e informações sobre seus direitos.
Foco no conteúdo

• Lei Joanna Maranhão (12.650/2015) - alterou os prazos


quanto à prescrição de crimes de abusos sexuais de crianças e
adolescentes. A prescrição passou a valer após a vítima completar
18 anos, e o prazo para denúncia aumentou para 20 anos.

• Lei do Feminicídio (13.104/2015) - prevê o feminicídio como


circunstância qualificadora do crime de homicídio, ou seja, quando
o crime for praticado contra a mulher por razões da condição de
sexo feminino.
Copiar e realizar a atividade no caderno.

Aplicando
ATIVIDADE ÚNICA.
A partir do conteúdo estudado nesta
aula, elabore frases que denunciem a
violência contra pessoas negras,
mulheres e pessoas LGBTQIA+.
Os estudantes podem elaborar
cartazes e montar painéis na escola,
com a finalidade de promover a
cultura de paz e o respeito à
diversidade.
Faça uma frase denunciando a violência contra
pessoas negras, uma referente às mulheres e
outra referente as pessoas LGBTQIA+.
O que aprendemos hoje?

• Nesta aula, identificamos causas históricas e


motivações da violência contra pessoas negras,
mulheres e pessoas LGBTQIA+. Também foi possível
analisar os impactos da violência nas vidas dessas
comunidades e grupos sociais. Finalmente,
refletimos sobre quais estratégias podem ser
adotadas para a promoção da cultura de paz e do
respeito à diversidade.
Tarefa SP
Localizador: 102987

1. Professor, para visualizar a tarefa da aula, acesse com


seu login: tarefas.cmsp.educacao.sp.gov.br
2. Clique em “Atividades” e, em seguida, em “Modelos”.
3. Em “Buscar por”, selecione a opção “Localizador”.
4. Copie o localizador acima e cole no campo de busca.
5. Clique em “Procurar”.

Videotutorial: http://tarefasp.educacao.sp.gov.br/.
Referências
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de
1988. Brasília, 5 de outubro de 1988. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm.
Acesso em: 14 set. 2023.
CASIQUE CASIQUE, L.; FUREGATO, A. R. F. Violence against women:
theoretical reflections. Revista Latino-Americana de
Enfermagem, v. 14, n. 6, p. 950-956, nov. 2006.
GUIMARÃES, M. C.; PEDROZA, R. L. S. Violência contra a mulher:
problematizando definições teóricas, filosóficas e jurídicas.
Psicologia & Sociedade, v. 27, n. 2, p. 256-266, maio 2015.
Referências

LEMOV, Doug. Aula nota 10: 49 técnicas para ser um professor campeão
de audiência. Trad. Leda Beck; consultoria e revisão técnica Guiomar N. de
Mello e Paula Louzano. São Paulo: Da Prosa/ Fund. Lemann, 2011.
MARTINELLI, Aline. Violência contra a mulher: uma abordagem histórica.
Teoria Jurídica Contemporânea, julho-dezembro, 2020. Disponível
em: https://revistas.ufrj.br/index.php/rjur/article/view/26566/21525 .
Acesso em: 14 set. 2023.
OLIVEIRA, C. G. B. de; Mendes, G. A. dos S.; Sakr, R. L. Discurso de ódio:
significado e regulação jurídica. Revista Paradigma, v. 30, n. 1, p. 2-30.
Disponível em: https://revistas.unaerp.br/paradigma/article/view/2645 .
Acesso em: 14 set. 2023.
Referências
PEIXOTO, Valdenízia Bento. Violência contra LGBTs: premissas
históricas da violação no Brasil. Periódicus, Salvador, v. 1, n. 10,
nov. 2018-abr. 2019. Disponível em:
https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/downlo
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SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo Paulista:
Etapas Educação Infantil e Ensino Fundamental./Secretaria da
Educação. São Paulo: SEE, 2019.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Coordenadoria
Pedagógica – COPED, 2023. Currículo em Ação – 8º ano, Volume 1.
São Paulo, 2022.
Referências

SCHÄFER, G.; LEIVAS, P. G. C.; SANTOS, R. H. dos S. Discurso de


ódio: da abordagem conceitual ao discurso parlamentar. RIL
Brasília, ano 52, n. 207, jul./set. 2015. Disponível em:
https://www12.senado.leg.br/ril/edicoes/52/207/ril_v52_n207_p143
.pdf. Acesso em: 14 set. 2023.
TRINDADE, Luiz Valério P. Formas contemporâneas de racismo e
intolerância nas redes sociais. Portal Geledés. Disponível em:
https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2018/07/FormasCo
ntemporaneasRacismo_Portuguese-final.pdf. Acesso em: 14 set.
2023.
Referências
Lista de imagens e vídeos
Slide 3
– https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2023-02/denuncias-de-crimes-na-internet-com-discurso-de-odio-c
rescem-em-2022
Slide 4 – https://media.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/2018/05/hate-speech-1024x683-686d3a58.png
Slide 6 –
https://s2.glbimg.com/tQpbx8OBfM_xUw_Wggg8i4P_uKI=/i.glbimg.com/og/ig/infoglobo1/f/original/2019/06/02/miss_piaui.jpg
e https://minio.scielo.br/documentstore/1980-3508/VBVZpJsyzRT4hNY3bJ6QJfw/5653a215f9fa50727d292e5c60688fc4d278c5
05.png
Slide 7 –
https://minio.scielo.br/documentstore/1980-3508/VBVZpJsyzRT4hNY3bJ6QJfw/5653a215f9fa50727d292e5c60688fc4d278c505
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Slide 14
– https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-03/no-brasil-uma-mulher-e-vitima-de-violencia-cada-quatro-horas
Slide
15 – https://www.institutoclaro.org.br/educacao/wp-content/uploads/sites/2/2022/07/estereotipos-de-genero-fundo.png
e https://www.estadao.com.br/resizer/Dk2e3P_YO4EZcB2hvB7AWGNhtzk=/1200x1200/filters:format(jpg):quality(80):focal(-5
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Slide 16
– https://www.institutoclaro.org.br/educacao/wp-content/uploads/sites/2/2022/07/estereotipos-de-genero-fundo.png
Slide 17
– https://www.cnnbrasil.com.br/politica/stf-decide-que-uso-da-legitima-defesa-da-honra-em-crimes-de-feminicidio-e-inconstit
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