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CURSO DE DIREITO
APS
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

Disciplina: SOCIOLOGIA DO DIREITO

Professor (a): ANDREZ MACHADO

Turma: 1º PERÍODO Ano/Semestre: 2022/01 ( ) 1º bim. ( x) 2º bim.

*Realização individual ou em dupla.

ALUNOS

1. BIANCA DE PAULA LESSA- 37771

2. CRISLAYNE SANTIAGO FLORENZANO MUNIZ-37726

Prezado(a) Aluno(a)!
A proposta destas atividades é que você possa, ao longo do desenvolvimento dos
conteúdos das disciplinas, responder aos questionamentos propostos de modo a ter, de
maneira individual, reflexiva e registrada, o seu entendimento sobre determinadas
informações relevantes no contexto da sua formação. Desse modo, é importante que essas
atividades sejam desenvolvidas ao longo dos bimestres e, caso surjam dúvidas na
elaboração das respostas, os professores sejam solicitados a auxiliá-lo para que o
conhecimento possa ser construído de maneira consistente. No caso da realização em
grupo, aproveitem a oportunidade para refletirem juntos sobre os questionamentos e
elaborem respostas que contemplem a reflexão conjunta.
*Atente-se ao prazo para postagem das respostas e, considerando a natureza do trabalho,
não há espaço para respostas idênticas e/ou retiradas da internet.
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QUESTÃO 1:
Nessa questão o discente deverá refletir sobre o papel do Direito no desenvolvimento
Social.

Baseando na Constituição Federal, responda: Como o Direito pode contribuir para o


desenvolvimento social? Apresente a sua argumentação recorrendo a elementos de
um artigo da Constituição.

Sugestão: utilize o texto função social do Direito

QUESTÃO 2:
Pesquise e Discorra sobre a questão.

Tema: A Dimensão Socioeconômica do Tempo

As obras de E.P Thomspon permeiam uma diversidade de assuntos que se encaixam muito
bem nas chamadas ciências sociais, entretanto, por ser um historiador, seu pensamento
adquire um cunho muito proveitoso para a disciplina da História: a dita história vista de
baixo. Foi a partir dessa escolha de análise, que poderia ser creditada vista a influência de
Marx e do marxismo em sua vida, que o historiador inglês consegue construir uma
narrativa muito rica da maneira com que os trabalhadores ingleses estavam se
relacionando com o restante da sociedade onde viviam; como compartilhavam seus
costumes em comum e quais eram suas peculiaridades comparadas ao restante da Europa.
No meio de tantos acontecimentos em decorrência do avanço do capitalismo, o
“surgimento” do tempo enquanto necessário para regular as relações de trabalho se
mostrou como um terreno fértil para que se desvendem algumas características desse
sistema econômico que mudou completamente a humanidade.

Referência: FABRO, Artur Mazzucco. O relógio ou nós? Uma visão da invenção do


tempo social na percepção político-cultural de Edward P. Thompson. Em Debate, n. 17, p.
55-69, 2017.

O avanço do capitalismo possibilitou a utilização do tempo para regular as relações


de trabalho, nesse sentido: Disserte sobre a sua compreensão do papel do tempo na
regulação das relações de trabalho e apresente uma observação sobre as relações
contemporâneas, onde os aplicativos e o smartphone aumentam o contato do
trabalhado com o seu local de trabalho.

QUESTÃO 3:
Tema: A Crítica ao Direito no Brasil: Considerações Sobre o Direito Alternativo.
O direito alternativo viabiliza novas possibilidades interpretativas ao discurso jurídico, por
meio da releitura principiológica constitucional à luz dos movimentos sociais, o que
justifica a crítica a um entendimento puramente normativo do Direito. O objetivo, em
termos gerais, visa a convidar o leitor a tecer reflexões sobre a necessidade de confrontar
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constantemente o direito positivado com os fatos sociais.


Referência: DE OLIVEIRA GOMES, Ana Paula. Algumas considerações sobre o direito
alternativo no Brasil. Revista Controle: Doutrinas e artigos, v. 12, n. 1, p. 257-270, 2014.

Como o Direito Alternativo pode contribuir para amplitude do acesso e


democratização da justiça?

QUESTÃO 1
O direito possui 3 funções sociais, a primeira é a de prevenir o conflito,
estabelecendo normas que facilitem o modo de se relacionar em sociedade. Uma
segunda função social do direito é a de compor os conflitos que porventura se
estabeleçam, nessa função é essencial que se faça presente algumas
características que são elas a anterioridade, a publicidade e a universalidade.
Elas se refletem no fato de que para que haja solução do conflito é necessário
que a forma com que ele será resolvido seja conhecida, as normas que irão
nortear essa conduta de resolução precisam ser claras, públicas e precisam ser
aplicadas em todos os casos que se apresentarem semelhantes.
Como terceira função social do direito podemos destacar a função de trazer
o bem-estar e a segurança jurídica nas relações, promovendo um
desenvolvimento social, já que caso não existisse uma organização nas relações
e na resolução dos conflitos, a sociedade viveria constantes momentos de
turbulência e insegurança nas relações. O direito além de prevenir e solucionar o
conflito, traz uma relativa harmonia que permite uma evolução da sociedade.
A Constituição Federal de 1988 trouxe em seu artigo 5º vários incisos que
regulam e norteiam as relações sociais, de tal forma que o bem maior da
coletividade seja alcançado e assegurado, é o caso do inciso XXII – “é garantido o
direito de propriedade”; e do inciso XXIII – “a propriedade atenderá a sua função
social;”. Ao mesmo tempo que a Constituição garante que o cidadão tem direito a
ter sua propriedade, ela coloca limites visando atingir um bem social, dizendo que
essa propriedade deverá atender a sua função social, ou seja, o direito à
propriedade sofrerá limitação caso não atenda à coletividade, se o imóvel ou a
terra estiver sendo produtivo, gerando renda e atendendo ainda que indiretamente
a sociedade, esse direito se manterá, mas caso a propriedade esteja abandonada
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ou improdutiva, poderá seu proprietário perder seu direito de posse em prol de um


bem maior, sendo devidamente indenizado.

QUESTÃO 2

Os avanços tecnológicos e as mudanças nas relações de trabalho atingem


profundamente as formas e relações das nossas vidas em sociedade. Thompson
se aprofundou no estudo da criação do “tempo” e como ele colaborou com as
mudanças desencadeadas pelo capitalismo e a revolução industrial. O controle
mais racional do tempo com a chegada e a popularização do relógio mudou
significativamente as relações de trabalho e a vida em sociedade. O controle do
tempo é uma ferramenta importante para o capitalismo, um dos instrumentos mais
importantes para burocratização do trabalho.
Atualmente, estamos vivendo um novo momento de profundas
transformações dessas relações com o uso de smartphones e as tecnologias
trazidas pela internet. Os smartphones chegaram como forma de lazer e
comunicação, mas hoje atuam como uma das principais ferramentas de trabalho
em quase todos os ramos profissionais. Da ciência ao comércio da esquina,
estamos cada vez mais dependentes dessas ferramentas e aplicativos. Como
consequência disso novas discussões surgem a respeito dos direitos trabalhistas,
como a discussão sobre obrigação de participar de grupos de trabalho, horários
para recebimento de e-mails e mensagens fora dos horários laborativos, etc.

QUESTÃO 3

O Movimento Alternativo do Direito trata-se de um movimento crítico ao


direito tradicional e seus dogmas. É um movimento que busca, através do estudo
em conjunto feito pelos operadores jurídicos, a implementação de um direito mais
democrático e social. O direito alternativo traz profundas críticas ao direito atual
como seu apego irrestrito às leis. Uma outra crítica relevante é a de que não
existe neutralidade no direito. As leis são regidas pelos detentores do poder
dominante da época e não refletem necessariamente as aspirações das classes
mais desfavorecidas.
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O direito alternativo está em eterna construção, sua defesa e luta é pelo


cumprimento de leis que tenham conteúdo sociais. Na hipótese de lacunas
nessas leis, defende-se a ideia de uma interpretação social através dos princípios
constitucionais que regem nossa sociedade. Através da interpretação crítica das
leis busca-se construir uma sociedade democrática que tenha como fundamento
a redução das desigualdades e o fim dos privilégios. Repensar o direito de forma
crítica e fazer com que ele cumpra um papel sobretudo social é uma forma de
democratizar a justiça.

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