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Síntese do texto: Estudos Socioeconômicos

Mariana Ambrogi Aguiar


O texto estudado de autoria da Doutora Regina Célia Tamaso Mioto,
aborda o tema dos estudos socioeconômicos no campo do serviço social. A
proposta é construir, dentro de quatro tópicos, um diálogo sobre o assunto a
fim de uma qualificação dessa ação profissional

Na introdução acontece uma ambientação, somos situados sobre o tema


e como ele é fortemente vinculado a ação profissional do assistente social, ele
é desenvolvido para que o profissional tome conhecimento das condições em
que o sujeito vive. Logo após, já é apresentada uma problematização em cima
dos estudos socioeconômicos, o debate se debruça na Lei n. 8.662 que cobre
o exercício da profissão e em seu artigo 4° atribui o estatuto de competência
profissional. Consta no item XI a competência de “realizar estudos
socioeconômicos com usuários para fins de benefícios e serviços sociais junto
a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras
entidades” (CRESS/SC, 1999).

Para entender o contexto é mostrado que o estudo socioeconômico já foi


visto, interpretado e utilizado de várias formas para diferentes fins durante a
história da profissão se adaptando a cada momento. A partir disso somos
direcionados ao primeiro tópico do texto: Serviço Social e os estudos
socioeconômicos.

No tópico é relembrado o início da profissão, a visão assistencialista, o


exercício direcionado ao capital e não ao sujeito e o estudo, que nessa época,
era usado como uma “triagem” para decidir se a demanda do usuário seria ou
não atendida. A relação era clientelista, os problemas da população eram
vistos como culpa individual dos sujeitos e não como adventos do modelo de
produção capitalista, e quando atendidos era um trabalho feito de forma
imediatista, assim que o problema fosse solucionado os profissionais não
prestariam mais nenhuma assistência ou qualquer tipo de acompanhamento.

Após a retrospectiva temos a retomada dos estudos socioeconômicos a


profissão, de nova roupagem ele aparece baseado na teoria social de Marx e
com o auxílio do avanço do debate teórico-metodológico e ético-político. Uma
atuação visando mudanças efetivas e conscientização da população.

No mesmo tópico é aprofundado o debate citado na introdução, como


esta pratica pode trazer um viés neoliberal que adota o ideal de meritocracia,
maléfico para as políticas sociais.

Partindo para o segundo tópico a autora nos explica o que são, como e
onde acontecem os estudos sociais. Eles são feitos a partir de observações,
entrevistas e ou visitas domiciliares, é desta forma que o assistente social pode
levantar dados para responder a demanda pontual e desenvolver respostas
para outras demandas mais gerais. Depois da explicação são pontuados os
diversos espaços de atuação onde o estudo social é utilizado.

O terceiro tópico discorre sobre os usuários, quem são eles. É mostrado


como a família pode ser constituída de diversas formas e nenhuma pode ser
descartada. Também vemos que o sujeito procura a assistente para ter uma
demanda, causada pela expressão da questão social, atendida.

No último tópico é trabalhada a importância da documentação dos


dados, é alí, de uma forma palpável que se pode visualizar melhor as
demandas a serem sanadas. Partindo da demanda individual se abre um leque
para responder as demandas coletivas.

Concluindo, a autora retoma a importância do compromisso com o


código de ética, defesa dos direitos humanos e a favor da consolidação da
cidadania. É preciso utilizar o estudo social a favor dos usuários, de forma
profissional.

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