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A dupla validade do direito Moderno consiste no fato de que ele é formado por normas
que ao mesmo tempo são coercitivas e de liberdade, assim, ao mesmo tempo que
garante liberdade, esta, é limitada até onde a liberdade do outro começa.
O problema que pode ser gerado por essa interpretação é o de que o direito é fruto de
decisões, as quais podem sempre ser mudadas, especialmente diante do fato de não
haver apenas uma fonte do direito. Quando se coloca uma norma coercitiva, tendo a
noção de que um dia ela poderá ser modificada por outra decisão, existe um problema
de legitimidade. Somente através da democracia é possível tal legitimação.
O paradigma cientifico está mais ligado a verdade da ciência, aos fatos científicos que
existem durante determinado período histórico, que orientam o trabalho dos cientistas,
possuindo implicações éticas e práticas.
O paradigma jurídico por sua vez se relaciona a compreensão que a sociedade
desenvolve acerca do direito e dessa forma orienta as práticas jurídicas de determinado
período histórico.
A importância destes conceitos para a Teoria Geral do Direito Público e a Teoria da
Constituição, é de que, para o primeiro, propõe uma reconstrução de seus princípios
jurídicos por meio de uma perspectiva interna e normativa e para o segundo, busca
analisar o direito dentro da realidade na qual é construída.
4 – Caracterize, em linhas gerais, o processo de modernização social do Direito, fazendo
um contraponto entre as visões paradigmáticas do Direito pré-moderno e do Direito
moderno.
Nos paradigmas social e liberal existe uma grande importância na proteção da autonomia privada,
perde-se assim a interdependência entre o público e o privado. O paradigma procedimentalista tenta
buscar isso de volta, a soberania popular, expressa através da democracia, entra em jogo para evitar
o surgimento de novas formas de se acabarem, ou não se estabelecerem novos programas sociais, de
última relevância para a garantia dos direitos humanos. Ademais, outra tentativa do paradigma
procedimentalista se relaciona a autonomia pública e privada, onde ambas devem se construir, uma
alimentando a outra.
Nesse enfoque, tendo como exemplo as “políticas feministas de equiparação”, nota-se que uma
igualdade formal não é suficiente uma vez que o acesso ao trabalho ocorreu de forma desigual, com
mulheres exercendo os mesmos cargos que homens, mas recebendo menos e muitas vezes
trabalhando mais. Fazem-se necessários assim, políticas que garantam igualdade material, com
igualdade oportunidades, devendo estas medidas serem estabelecidas de forma democrática, através
do paradigma procedimentalista, sob o risco de ao contrário, serem estabelecidas novas políticas que
gerem desigualdade.