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NOTIFICAÇÃO DA VIOLÊNCIA.
CONCEITOS
CONCEITOS
Gênero
Violência doméstica
Gênero
Conceito de Violência
Violência é um termo que deriva do latim violentia significando vis, força e vigor,
e em sentido amplo, é qualquer comportamento ou conjunto de comportamentos
que visem causar dano a outra pessoa, ser vivo ou objeto.
❑ Violência contra a Mulher: é qualquer conduta – ação ou omissão – de discriminação, agressão ou coerção,
ocasionada pelo simples fato de vítima ser mulher e que cause dano, morte, constrangimento, limitação, sofrimento
físico, sexual, moral, psicológico, social, político ou econômico ou perda patrimonial. Essa violência pode acontecer
tanto em espaços públicos como privados.
❑ Violência de Gênero: violência sofrida pelo fato de ser mulher, sem distinção de raça, classe social, religião, idade ou
qualquer outra condição, produto de um sistema social que subordina o sexo feminino.
❑ Violência Doméstica – Art. 5º: quando ocorre em casa, no ambiente doméstico, ou em uma relação de familiaridade,
afetividade ou coabitação.
Definindo a violência contra as mulheres
➢ “Qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à
mulher, tanto no âmbito público como no privado.” Convenção de Belém do Pará (1994, art. 1º).
➢ Não pode ser compreendida sem mencionar a dimensão entre Sexo e Gênero.
➢ “A violência contra as mulheres só pode ser entendida no contexto das relações desiguais de gênero, como forma de
reprodução do controle do corpo feminino e das mulheres numa sociedade sexista e patriarcal. As desigualdades de
gênero têm, assim, na violência contra as mulheres, sua expressão máxima que, por sua vez, deve ser compreendida
como uma violação dos direitos humanos das mulheres.” Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra
as Mulheres (2011, p. 21).
Conceitos
Violência doméstica
Qualquer ação ou omissão que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual,
psicológico ou patrimonial no âmbito da unidade doméstica, no âmbito
da família ou em qualquer relação íntima de afeto – nos termos estabelecidos
na Lei Maria da Penha.
Conceitos
Feminicídio
Lei Nº 2.848 , de 7 de dezembro de 1940 e da Lei Nº 13.104, de 9 de março de
2015 é um homicídio qualificado contra a mulher por razões da condição de sexo
feminino, quais sejam: I – violência doméstica e familiar, II – menosprezo ou
discriminação à condição de mulher
Ou seja:
❑ Cultura Religiosa
❑ Cultura Popular
❑ “Em problema de marido e mulher, ninguém mete a colher”
Os estereótipos
223.500
223.050
223.000
222.500
222.000
221.500 221.238
221.000
220.500
220.000
Violência doméstica
2016 2017
1.200 1.133
1.000 929
800
600
400
200
0
Feminicídio
2016 2017
I. Tensão
Essa fase se caracteriza por agressões verbais, crise de ciúmes, destruição de objetos e
ameaças. A mulher procura acalmar o agressor, evitando discussões, assim a mulher vai
tornando-se mais submissa e amedrontada. Em diversos momentos a mulher sente culpa e se
acha responsável pela situação de violência em que vive, quando não procura relacionar a atitude
violenta do parceiro com o cansaço, uso de drogas e álcool.
II. Explosão
Essa fase é marcada por agressões verbais e físicas graves e constantes, provocando ansiedade
e medo crescente. Essa etapa é mais aguda e costuma ser mais rápida que a primeira etapa.
O réu foi levado a júri em 1991, mas, em virtude do número excessivo de recursos, apenas em setembro de 2002,
portanto, mais de 19 anos da prática do crime, foi o autor finalmente preso (condenado a 10 anos e seis meses de
prisão).
O caso “Maria da Penha” chegou ao conhecimento da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, órgão da
Organização dos Estados Americanos (OEA), através de denúncia feita pela própria Maria da Penha e por outros
órgãos. Em virtude de tal provocação, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos publicou o relatório 54/2001.
LEI MARIA DA PENHA
o Realizou-se uma profunda análise do fato denunciado, apontando-se as falhas cometidas pelo Estado
Brasileiro.
o Este relatório serviu como incentivo para que se restabelecessem as discussões sobre o tema,
culminando, passados pouco mais de cinco anos de sua publicação, com o advento, finalmente, da Lei
11.340/06, batizada como LEI MARIA DA PENHA.
Lei 11.340/06
A Lei nº 13.104/2015 acrescentou um sexto inciso ao rol do §2º para tratar do feminicídio:
Homicídio qualificado
Brasil ocupa 5º lugar (de 84 países) com a maior taxa de mortes violentas de
mulheres, atrás apenas de El Salvador, Colômbia, Guatemala (da América
Latina) e da Federação Russa (Mapa da Violência, 2015).
POLÍTICA NACIONAL DE ENFRENTAMENTO A
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER
Política Nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres
Introdução
➢ Brasília - 2011;
➢ As mulheres sofrem cotidianamente com um fenômeno que se manifesta dentro de seus próprios
lares, na grande parte das vezes praticado por seus companheiros e familiares;
➢ O fenômeno da violência doméstica e sexual praticado contra mulheres constitui uma das principais
formas de violação dos Direitos Humanos, atingindo-as em seus direitos à vida, à saúde e à
integridade física;
➢ Não existem estatísticas sistemáticas e oficiais que apontem para a magnitude desse fenômeno
apenas alguns estudos, realizados por institutos de pesquisa não governamentais.
Dados sobre a violência
➢ A Fundação Perseu Abramo (2010), aponta que aproximadamente 24% das mulheres já
foram vítimas de algum tipo de violência doméstica;
➢ Segundo estudo divulgado pela UNESCO em 1999, uma em cada três ou quatro meninas
é abusada sexualmente antes de completar 18 anos;
Dados sobre a violência
➢ Promover uma mudança cultural a partir da disseminação de atitudes igualitárias e valores éticos de irrestrito
respeito às diversidades de gênero e de valorização da paz;
➢ Garantir e proteger os direitos das mulheres em situação de violência considerando as questões raciais, étnicas,
geracionais, de orientação sexual, de deficiência e de inserção social, econômica e regional;
➢ Garantir a implementação da Lei Maria da Penha e demais normas jurídicas nacionais e internacionais
(combate e garantia de direitos);
➢ Promover ações de prevenção a todas as formas de violência contra as mulheres nos espaços público e
privado (prevenção);
➢ Promover a atenção à saúde das mulheres em situação de violência com atendimento qualificado ou
específico (assistência);
Ações e prioridades da Política Nacional de Enfrentamento
à Violência contra as Mulheres
➢ Além das prioridades mencionadas, a Política Nacional incorporou em 2007 ações voltadas para o
enfrentamento ao tráfico de mulheres, para a garantia de direitos das mulheres em situação de
prisão e para o combate à feminização da AIDS.
Princípios e Diretrizes
➢ Garantir o cumprimento dos tratados, acordos e convenções internacionais firmados e ratificados pelo Estado
Brasileiro relativos ao enfrentamento da violência contra as mulheres;
➢ Reconhecer a violência de gênero, raça e etnia como violência estrutural e histórica que expressa a opressão das
mulheres e que precisa ser tratada como questão da segurança, justiça, educação, assistência social e saúde pública;
➢ Combater as distintas formas de apropriação e exploração mercantil do corpo e da vida das mulheres, como a
exploração sexual e o tráfico de mulheres;
➢ Implementar medidas preventivas nas políticas públicas, de maneira integrada e intersetorial nas áreas de saúde,
educação, assistência, turismo, comunicação, cultura, direitos humanos e justiça;
➢ Incentivar a formação e capacitação de profissionais para o enfrentamento à violência contra as mulheres, em especial
no que tange à assistência;
➢ Estruturar a Redes de Atendimento à mulher em situação de violência nos Estados, Municípios e Distrito Federal.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A MULHER
VÍTIMA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Os serviços de saúde são essenciais nas ações de enfrentamento da violência, já que são
nesses ambientes que, na maioria das vezes, as vítimas recebem o primeiro atendimento e/ou
cuidados.
Apto para identificar, e assim NOTIFICAR, uma vítima da violência doméstica, mas
também para prestar a conduta adequada a esse tipo de paciente já que é
imprescindível que a busca pelo serviço.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
De acordo com Freitas RJM, et al. (2017), a identificação dos casos de violência
ocorre na primeira etapa do processo de enfermagem, ou seja, no histórico e/ou
coleta de dados.
Acolhimento
Abordagem multiprofissional
Registro e notificação
Orientações e acompanhamentos
http://www.de.ufpb.br/~labteve/projetos/p
andora.html
FIM
E-mail: rafaelaprimaa@gmail.com